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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Ensino à Distância


Centro de Recursos de Maputo

Texto Jornalístico: a Crónica.

Discente: Florinda Alberto Manhice/708239121


Curso: Licenciatura em ensino da língua portuguesa
Cadeira: Português II
Ano de Frequência: 2º

Maputo, Maio de 2024


Índice

1.Introdução......................................................................................................................................1

1.1.Objectivos...............................................................................................................................1

1.1.1.Objectivo geral.................................................................................................................1

1.1.2.Objectivos específicos......................................................................................................1

1.2.Metodologia............................................................................................................................2

2.Revisão da literatura......................................................................................................................3

2.1.Origens e Evolução.................................................................................................................3

2.1.1.Características Estruturais................................................................................................4

2.1.2.Características Linguísticas e Estilísticas.........................................................................5

3.Produção da crónica......................................................................................................................6

3.1.Fases da elaboração................................................................................................................6

3.1.1.A crónica..........................................................................................................................7

Conclusão.........................................................................................................................................9

Referências bibliográficas..............................................................................................................10
1.Introdução.

Os Textos Jornalísticos constituem um dos pilares fundamentais no estudo da Língua Portuguesa


II, destacando-se entre eles a crónica, uma modalidade textual com raízes profundas na Idade
Média. Este trabalho propõe-se a uma análise aprofundada dessa forma de expressão literária,
conduzindo o estudante por duas etapas cruciais: a revisão da literatura e a produção autoral. Na
primeira etapa, será realizado um mergulho nas origens históricas da crónica, explorando sua
evolução ao longo do tempo e as características estruturais, linguísticas e estilísticas que a
definem como um gênero único. Na segunda etapa, o foco recairá na aplicação prática dos
conhecimentos adquiridos, desafiando o estudante a produzir uma crónica original, fundamentada
nas informações colhidas na revisão da literatura. Dessa forma, almeja-se não apenas o
enriquecimento do saber sobre a crónica, mas também o desenvolvimento da competência escrita
do estudante dentro desta tipologia textual. Ciente da importância da originalidade e autoria,
ressalta-se a necessidade de evitar a cópia de textos de autores pré-existentes, incentivando a
criação genuína e a expressão individual do estudante. Este trabalho, portanto, visa proporcionar
uma imersão completa no universo da crónica, capacitando o estudante a compreender, analisar e
criar dentro deste gênero literário tão relevante e enriquecedor.

1.1.Objectivos

1.1.1.Objectivo geral

 Este trabalho tem como objetivo geral proporcionar ao estudante uma compreensão
aprofundada da crónica como modalidade textual jornalística, capacitando-o para a
produção autoral dentro deste gênero literário.

1.1.2.Objectivos específicos

 Investigar as origens históricas da crónica, explorando sua evolução desde a Idade Média
até os dias atuais.

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 Analisar as características estruturais, linguísticas e estilísticas que definem a crónica
como forma de expressão literária, destacando suas peculiaridades dentro do contexto
jornalístico.
 Desenvolver a competência escrita do estudante na produção de crónicas, aplicando os
conhecimentos adquiridos na revisão da literatura e buscando uma abordagem autoral e
original.

1.2.Metodologia

Para elaboração deste trabalho será feito uma revisão bibliográfica. Onde foi usado o método
indutivo, que é um método responsável pela generalização, isto é, partimos de algo particular
para uma questão mais ampla, mais geral.

Para Lakatos e Marconi (2007), Indução é um processo mental por intermédio do qual, partindo
de dados particulares, suficientemente constatados, infere-se uma verdade geral ou universal, não
contida nas partes examinadas. Portanto, o objectivo dos argumentos indutivos é levar a
conclusões cujo conteúdo é muito mais amplo do que o das premissas nas quais me baseio.

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2.Revisão da literatura

A crônica é um gênero literário que tem suas origens profundamente entrelaçadas com a história
e a tradição oral. Sua evolução ao longo dos séculos reflete não apenas mudanças na sociedade e
na linguagem, mas também transformações na forma como os eventos são registrados e
interpretados. Vamos explorar suas origens, evolução e características estruturais, linguísticas e
estilísticas, referenciando alguns autores e obras significativas.

2.1.Origens e Evolução.

A crônica é um gênero literário que possui raízes antigas e uma evolução marcante ao longo da
história da literatura. Sua origem remonta à tradição oral, mas foi na escrita que se consolidou
como forma literária. No contexto português, Fernão Lopes é um dos primeiros autores a se
destacar no desenvolvimento desse gênero. Em suas crônicas históricas, como as presentes na
"Crónica Geral de Espanha" (século XV), Lopes narra eventos importantes com detalhes vivos e
uma narrativa envolvente, dando início a uma tradição rica de crônicas históricas em Portugal.

No século XIX, com o surgimento do jornalismo moderno, a crônica jornalística ganhou espaço
nos periódicos da época. Machado de Assis, um dos maiores escritores brasileiros, contribuiu
significativamente para esse desenvolvimento com suas "Crônicas da Semana", publicadas
inicialmente no jornal "Gazeta de Notícias" a partir de 1884. Em suas crônicas, Machado
abordava uma ampla gama de temas, desde questões sociais e políticas até reflexões sobre a vida
cotidiana, utilizando um estilo perspicaz e irônico que cativava os leitores.

Ao longo do século XX, a crônica continuou a evoluir, adaptando-se aos novos meios de
comunicação e aos desafios do mundo moderno. Autores como Fernando Pessoa deixaram sua
marca no gênero com obras como o "Livro do Desassossego", publicado postumamente em 1982,
onde apresenta crônicas introspectivas e filosóficas que exploram a complexidade da existência
humana.

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Assim, a crônica, desde suas origens na tradição oral até sua consolidação como forma literária,
tem desempenhado um papel vital na expressão artística e na reflexão sobre a sociedade e o
mundo ao nosso redor. Autores como Fernão Lopes, Machado de Assis e Fernando Pessoa
contribuíram para enriquecer e diversificar esse gênero fascinante ao longo dos séculos.

2.1.1.Características Estruturais.

A crônica, enquanto gênero literário, apresenta características estruturais que a distinguem de


outras formas de escrita, proporcionando uma flexibilidade que permite uma ampla gama de
abordagens e estilos por parte dos autores.

Em sua essência, a crônica é frequentemente definida pela sua brevidade e informalidade, sendo
geralmente mais curta do que outros gêneros literários, como o romance ou o ensaio. No entanto,
essa brevidade não implica necessariamente em simplicidade; ao contrário, muitas vezes a
concisão da crônica exige uma habilidade especial por parte do autor para transmitir suas ideias
de forma eficaz e impactante.

Um exemplo marcante dessa característica estrutural pode ser encontrado nas crônicas de
Machado de Assis, um dos mais renomados escritores brasileiros. Suas "Crônicas da Semana",
publicadas a partir de 1884 no jornal "Gazeta de Notícias", são exemplares desse estilo conciso e
incisivo. Em seus escritos, Machado apresenta uma variedade de temas e reflexões sobre a
sociedade e a vida cotidiana, utilizando uma linguagem acessível e direta que ressoa com os
leitores.

Além da brevidade, outra característica estrutural importante da crônica é sua natureza híbrida,
que muitas vezes combina elementos de narração, reflexão e comentário pessoal do autor. Essa
mistura de estilos permite uma grande liberdade criativa, possibilitando ao autor abordar uma
ampla gama de assuntos e explorar diferentes perspectivas.

Um exemplo notável dessa característica é encontrado nas crônicas de Rubem Braga, um dos
mestres do gênero no Brasil. Suas crônicas, publicadas em diversos jornais e revistas ao longo do
século XX, são conhecidas por sua capacidade única de mesclar observações do cotidiano com
reflexões profundas sobre a condição humana. Em obras como "Ai de Ti, Copacabana" (1960),

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Braga demonstra sua habilidade em combinar elementos narrativos e ensaísticos de forma fluida
e envolvente.

Outra característica estrutural fundamental da crônica é sua proximidade com o leitor, resultante
de uma linguagem coloquial e de uma abordagem pessoal dos temas abordados. Essa
proximidade cria uma sensação de intimidade entre o autor e o leitor, permitindo uma maior
identificação e empatia com as experiências e reflexões apresentadas na crônica.

Um exemplo exemplar dessa característica pode ser encontrado nas crônicas de Fernando Sabino,
autor brasileiro conhecido por sua habilidade em capturar a essência da vida cotidiana em suas
escritas. Em obras como "O Encontro Marcado" (1956), Sabino utiliza uma linguagem simples e
direta para compartilhar suas observações e reflexões sobre temas como amor, amizade e
passagem do tempo, criando uma conexão emocional com o leitor.

Em resumo, as características estruturais da crônica, incluindo sua brevidade, natureza híbrida e


proximidade com o leitor, contribuem para sua singularidade como forma literária. Autores como
Machado de Assis, Rubem Braga e Fernando Sabino demonstram em suas obras a riqueza e a
diversidade desse gênero fascinante, que continua a cativar leitores em todo o mundo até os dias
atuais.

2.1.2.Características Linguísticas e Estilísticas.

As características linguísticas e estilísticas da crônica desempenham um papel fundamental na


definição e na distinção desse gênero literário. Ao longo dos anos, diversos autores têm deixado
suas marcas distintas nesse aspecto, contribuindo para a riqueza e a diversidade do gênero.

Uma das características linguísticas mais marcantes da crônica é sua linguagem acessível e
coloquial, que estabelece uma comunicação direta e íntima com o leitor. Essa linguagem, muitas
vezes despojada de formalidades excessivas, cria uma sensação de proximidade e familiaridade,
permitindo que o autor compartilhe suas reflexões e observações de forma envolvente. Um
exemplo notável dessa característica pode ser encontrado nas crônicas de Rubem Braga,
conhecido por sua linguagem simples e direta, que cativa o leitor com sua autenticidade e
sinceridade. Em obras como "Ai de Ti, Copacabana" (1960), Braga utiliza uma linguagem

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coloquial para explorar temas como amor, solidão e a passagem do tempo, criando uma conexão
emocional com o público.

Além da linguagem acessível, as crônicas também são marcadas por uma variedade de estilos
estilísticos, que refletem a diversidade de vozes e perspectivas dos autores. Esses estilos podem
variar desde o humor sutil até a reflexão filosófica, permitindo uma ampla gama de abordagens e
expressões. Um exemplo notável desse aspecto é encontrado nas crônicas de Fernando Pessoa,
um dos maiores poetas da língua portuguesa. Em obras como o "Livro do Desassossego"
(publicado postumamente em 1982), Pessoa apresenta crônicas marcadas por uma prosa poética e
reflexiva, que explora temas como a identidade, a existência e a busca pelo sentido da vida. Sua
linguagem intrincada e sua profundidade filosófica destacam-se como exemplos extraordinários
de estilo na crônica.

Além disso, a crônica frequentemente incorpora elementos literários como metáforas, ironias e
jogos de palavras para criar efeitos estilísticos e transmitir significados mais profundos. Esses
recursos linguísticos adicionam camadas de complexidade e interesse às crônicas, tornando-as
não apenas um meio de entretenimento, mas também de reflexão e contemplação. Autores como
Machado de Assis, em suas "Crônicas da Semana", demonstram maestria no uso desses recursos
para criar textos que são ao mesmo tempo divertidos e perspicazes, convidando o leitor a uma
reflexão mais profunda sobre a condição humana e a sociedade em que vivemos.

Em suma, as características linguísticas e estilísticas da crônica desempenham um papel crucial


na definição e na apreciação desse gênero literário. Através de uma linguagem acessível, estilos
diversos e recursos estilísticos, os autores conseguem criar textos que cativam, emocionam e
provocam o leitor, garantindo a perenidade e a relevância desse gênero fascinante na literatura
contemporânea.

3.Produção da crónica

3.1.Fases da elaboração

Escolha um Tema: Decida sobre o assunto ou tema que deseja abordar em sua crônica.
Pode ser uma experiência pessoal, uma observação do cotidiano, um acontecimento atual,
entre outros.
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Defina o Estilo: Considere o estilo que deseja adotar para sua crônica. Você pode optar
por uma abordagem mais poética, humorística, reflexiva, irônica, entre outras. Escolha
um estilo que se adeque ao seu tema e à sua voz como escritor.
Estruture a Crônica: Pense na estrutura básica da sua crônica. Geralmente, uma crônica
inclui uma introdução cativante, desenvolvimento do tema principal e uma conclusão que
amarre os elementos da crônica.
Crie uma Introdução Atraente: Comece sua crônica com uma introdução que capte a
atenção do leitor. Pode ser uma frase impactante, uma pergunta intrigante, uma cena
vívida ou uma observação interessante.
Desenvolva o Tema: No corpo da crônica, desenvolva o tema principal de forma clara e
envolvente. Utilize detalhes sensoriais, diálogos, descrições vívidas e reflexões pessoais
para enriquecer sua narrativa.
Incorpore Elementos Literários: Adicione elementos literários, como metáforas, ironias,
simbolismos e referências culturais, para enriquecer sua escrita e transmitir significados
mais profundos.
Mantenha a Coesão e a Coerência: Certifique-se de que sua crônica mantenha uma
progressão lógica e coesa. Os parágrafos devem fluir naturalmente um para o outro,
conectando as ideias de forma harmoniosa.
Conclusão Impactante: Termine sua crônica com uma conclusão que deixe uma impressão
duradoura no leitor. Pode ser uma reflexão final, uma reviravolta inesperada, uma
chamada à ação ou uma mensagem inspiradora
Revisão e Edição:Após concluir o primeiro rascunho, revise sua crônica em busca de
erros gramaticais, coesão, clareza e consistência. Faça as edições necessárias para
aprimorar a qualidade do texto.
Compartilhe Sua Crônica: Uma vez finalizada e revisada, compartilhe sua crônica com
outras pessoas. Você pode publicá-la em um blog, em redes sociais, submetê-la a
concursos literários ou simplesmente compartilhá-la com amigos e familiares.

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Lembre-se de que a prática é fundamental para aprimorar suas habilidades de escrita em crônicas.
Experimente diferentes estilos, temas e técnicas, e não tenha medo de explorar sua criatividade e
originalidade. Boa escrita!

3.1.1.A crónica

Título: Uma Jornada pelos Bastidores da Cidade

Na agitada metrópole em que vivemos, onde cada esquina conta uma história e cada rosto carrega
um segredo, há um universo oculto que muitos desconhecem: os bastidores da cidade. É nesse
cenário vibrante e multifacetado que nos aventuramos hoje, em busca de desvendar os segredos e
as peculiaridades que tornam esta cidade única.

Nossa jornada começa nas ruas movimentadas do centro, onde o pulsar da vida urbana é mais
intenso. Entre o vai e vem dos pedestres apressados e o zumbido constante dos carros,
encontramos pequenos recantos de tranquilidade, como praças escondidas e cafés acolhedores,
onde os habitantes da cidade buscam refúgio do caos cotidiano.

À medida que nos afastamos do centro, adentramos bairros pitorescos, cada um com sua própria
identidade e charme. Nas ruas estreitas e arborizadas, encontramos lojas de antiguidades que
parecem ter parado no tempo, restaurantes familiares que servem iguarias tradicionais e pequenos
mercados onde é possível encontrar de tudo um pouco.

Mas é nos bastidores desses bairros que descobrimos verdadeiros tesouros escondidos. Em uma
rua tranquila, encontramos um ateliê de um artista local, onde telas coloridas ganham vida sob
pinceladas habilidosas. Mais adiante, descobrimos uma pequena livraria, onde os livros
empoeirados guardam histórias antigas e novas descobertas esperam para serem feitas.

A jornada nos leva também aos subúrbios da cidade, onde a paisagem urbana dá lugar a campos
verdes e casas espaçosas. Aqui, a vida segue em um ritmo mais tranquilo, marcado pelo som dos
pássaros e o cheiro da terra molhada. É um mundo à parte, onde os moradores cultivam hortas e
jardins, criam animais de estimação e compartilham momentos de convívio com a vizinhança.

Mas não são apenas os lugares que tornam esta cidade especial. São as pessoas que a habitam,
com suas histórias de vida, seus sonhos e suas lutas diárias. É o vendedor ambulante que percorre

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as ruas vendendo seus produtos com um sorriso no rosto, o idoso que alimenta os pombos na
praça todas as manhãs e o jovem artista que transforma as paredes cinzentas em murais coloridos.

Nossa jornada pelos bastidores da cidade chega ao fim, mas as histórias que descobrimos ao
longo do caminho continuam a ecoar em nossos corações. Por trás da fachada de concreto e
vidro, existe um mundo de beleza, diversidade e humanidade que merece ser explorado e
celebrado. E é nessa celebração da vida urbana, com todas as suas contradições e complexidades,
que encontramos a verdadeira essência desta cidade que chamamos de lar.

Conclusão

Nesta jornada pela arte da crônica, mergulhamos nas profundezas da escrita criativa, explorando
as nuances e os encantos desse gênero literário fascinante. Desde a escolha do tema até a
estruturação do texto, passando pelo desenvolvimento da narrativa e pela incorporação de
elementos literários, cada passo nos conduziu a uma compreensão mais profunda e apreciação
pela crônica.

Ao longo do caminho, aprendemos que a crônica não é apenas uma forma de expressão artística,
mas também uma poderosa ferramenta de conexão humana. Por meio das histórias e reflexões
compartilhadas em suas páginas, a crônica nos permite transcender as barreiras do tempo e do
espaço, conectando-nos uns aos outros em um nível mais profundo e significativo.

Na era digital em que vivemos, onde a velocidade muitas vezes supera a substância e a
superficialidade é prevalente, a crônica continua a nos lembrar da importância de pausar, refletir
e apreciar os momentos simples da vida. Ela nos convida a olhar além da superfície e a encontrar
beleza no ordinário, poesia no prosaico e significado no mundano.

Portanto, ao encerrar esta jornada, somos lembrados do poder transformador da crônica - uma
poderosa ferramenta de expressão, conexão e compreensão mútua. Que possamos continuar a

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explorar e apreciar a riqueza e a diversidade desse gênero literário único, celebrando as histórias
que nos unem e nos inspiram a cada passo do caminho.

Referências bibliográficas

 "O Melhor de Rubem Braga" - Rubem Braga. (1940)


 "Ai de Ti, Copacabana" - : Rubem Braga. (1960).
 "O Encontro Marcado" - Fernando Sabino (1956).
 "Crônicas da Cidade" - Carlos Drummond de Andrade.(1954).
 "Sagarana"- Guimarães Rosa. (1946).
 "O Homem que Sabia Javanês"- Lima Barreto (1911).
 "A Morte e a Morte de Quincas Berro D'Água" - Jorge Amado. (1959).

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