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Chimoio
Março, 2024
UNIVESIDADE PÚNGUÉ
Faculdade de Letras, Ciências Sociais e Humanidade
6° Grupo
Adérito Eusébio
Anacleta tomas
Anísia Alberto
Esperança Feliciano
Isaura Ismael
Jone Alberto
Chimoio
Março, 2024
Índice
1. Introdução .............................................................................................................................. 4
2. Desenvolvimento ................................................................................................................... 5
3. Conclusão............................................................................................................................. 14
1.1. Objectivo:
1.1.1. Geral:
Conhecer a essência da literatura e o seu uso
1.1.2. Especifico:
Saber o uso da literatura e a sua função literária;
Entender a linguagem literária e não literária;
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2. Desenvolvimento
2.1. A Literatura e literariedade
A literatura é certamente, (data do início do século XIX; é a inscrição, a escritura a erudição,
ou o conhecimento das letras; ainda se diz “é literatura”)
A literariedade refere-se então a características que vemos e reconhecemos quando lemos uma
obra literária e que não estão presentes em revistas cor-de-rosa ou bandas-desenhadas.
Um dos estudiosos a dar uma das primeiras definições da semiótica foi John Locke, em 1690.
“Em seu ensaio Concernem Human Understanding, definiu a semiótica, sob o nome de
semeiotiké, como um dos três grandes ramos dos estudos do conhecimento humano ao lado da
física e da ética” como bem destacou. A partir daí, esse campo de estudo foi desenvolvido por
diversos pesquisadores, entre eles o linguista suíço Ferdinand de Saussure (1857-1913),
considerado um dos fundadores da semiótica moderna. Saussure propôs que a linguagem é um
sistema de signos que representam conceitos e que a relação entre o signo e o conceito é
arbitrária.
Outro importante nome na história da semiótica é o filósofo americano Charles Sanders Peirce
(1839-1914), que desenvolveu uma teoria dos signos baseada em três categorias: ícone, índice
e símbolo. Segundo Peirce, os signos são usados para representar objectos, mas também podem
ser usados para representar ideias e conceitos abstractos.
A análise semiótica é uma ferramenta essencial para compreender como os signos e símbolos
são utilizados para produzir significado em diferentes contextos.
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Na análise semiótica, o texto é examinado cuidadosamente para identificar os signos e símbolos
presentes. Isso inclui não apenas palavras, mas também imagens, cores, sons e outros elementos
presentes na comunicação. É importante entender como esses elementos são combinados e
organizados para produzir significado.
Em resumo, a análise semiótica é uma técnica valiosa para compreender como a comunicação
é construída e como os signos e símbolos são utilizados para produzir significado. Ao aplicar
essa técnica, é possível obter uma compreensão mais profunda do texto e das mensagens que
ele transmite.
A dificuldade de se demarcar a linguagem literária da não literária pode ser observada por via
do trabalho de René Wellek (2003) com o título «A Natureza da Literatura», no qual afirma
que «a literatura, ao contrário das outras artes, não possui um veículo exclusivo».
Por exemplo:
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Publicidade e marketing: a semiótica é utilizada para compreender como as marcas e produtos
são percebidos pelo público. Para isso, publicitários utilizam símbolos e imagens que são
facilmente reconhecidos pelo público-alvo, para que a mensagem seja transmitida com rapidez
e eficiência. Através da análise dos signos e símbolos utilizados em uma campanha publicitária,
é possível entender como as pessoas se relacionam com a marca e como podemos usar essa
relação.
A compreensão que a maioria das pessoas tem da palavra signo é uma visão limitada. Na
verdade, em nossa sociedade, quase tudo é signo de algo. Certas roupas são sinais de que a
pessoa está na moda, certos carros são símbolos de status. É impossível realizar a maior parte
de nossas actividades diárias sem o auxílio de símbolos
Diferentes autores exploram essa área do conhecimento sob perspectivas variadas. Podemos
mencionar alguns, como Peirce, Jakobson.
Vale ressaltar que a Semiótica é abordada em diferentes áreas do conhecimento e, por isso,
não se pretende, aqui, esgotar todos os estudiosos do assunto, no entanto, como se verá mais
adiante na exposição dos resultados dessa pesquisa, os autores mencionados são os mais citados
em muitos aspectos, que abordam a Semiótica.
Existe semióticas, como as línguas naturais, por exemplo, cujos planos não constituem, em si
mesmo, uma semiótica. São semióticos denotativos. Outras semióticas existem, todavia, em o
plano da expressão é já uma semiótica são semióticas conotativas. Existem ainda outras
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semióticas cujo plano de conteúdo constitui em si mesmo uma semiótica. São as
metasemioticas.
Para Saussure a língua é "um sistema de signos que exprime ideias", é uma estrutura de
elementos que constitui uma instituição social e é comparável a outros sistemas significantes.
Dessa forma, Saussure (1975) admite a necessidade de uma ciência que estude "a vida dos
signos no seio da vida social", a qual denominou Semiologia. Para o autor, a Semiologia estaria
encarregada de entender as leis que regem os signos, leis essas que seriam aplicáveis também
à Linguística.
Saussure (1975) afirma que o signo linguístico é uma entidade psíquica formada por dois
elementos: o significado (conceito) e o significante (imagem acústica). Nesse sentido, o
elemento da realidade ao qual o signo se refere e, portanto, externo a ele, não é considerado
como parte do signo, sendo que o estudo dessa relação estaria a cargo da Semiologia.
A partir dessa perspectiva, Saussure (1975) aponta que a Linguística seria uma parte dessa
ciência que, para o autor, ainda estaria por existir. A definição de Saussure foi muito importante
para desenvolver uma consciência semiótica, sendo que a noção didáctica de signo antecipou
as definições posteriores de função sígnica.
Saussure acrescenta que a semiótica é uma ciência que estuda os sistemas de signos e símbolos
e o modo como eles são utilizados em várias formas de comunicação e produção de sentido.
Essa é uma área de estudo que se dedica a entender, em resumo, como as pessoas interpretam
o mundo ao seu redor.
Nesta perspectiva. Código literário configura-se como um policódigo que resulta da dinâmica
intersistemática de uma pluralidade de código e subcódigos pertencentes ao sistema
modelizante secundário que é a literatura e que entra em relação de interdependência. Um
esquema descritivo.
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Em segundo, é importante que se sublinhe que o código literário como resultado da interacção
dos diferentes códigos e subcódigos pertencente ao sistema modelizante secundário configura-
se como policódigo.
Um sistema semiótico uma série infinita de signos e interdependentes entre os quais, como
através de regras, de modo a produzir-se semiose.
2.5.1. Código
É um conjunto finito de regras que permitem ordenar e combinar unidades discretas, no quadro
dum determinado sistema semiótico com objectivo de gerar processo de significação e
comunicação que se consubstanciam em textos.
Por definição, um código é sempre transcendente, tanto no plano ontológico como no plano
cronológico, em relação aos textos que ele possibilita produzir ou receber. Deste modo afigura-
se como intrinsecamente contraditórias ou logomáquinas expressões como “código
intradiscursivo" e "código intradiscursivo", enteando-se "discursivo" como equivalente a
"textual", e não pode deixar de se classificar como absurdo lógico a afirmação de que um texto
gera o seu próprio e especifico código, o qual funciona como código de uma única mensagem.
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2.5.3. Código métrico
Coordena a organização particular da forma de expressão dos textos poéticos, considerados
subconjunto dos textos literários, quer no concernente à constituição do verso quer na
combinação e agrupamento dos versos em estrofes. À semelhança dos outros códigos este tem
relações com código fonológico. Tem também relações de interdependência com o código
léxico gramatical, visto que a distribuição dos assentos exigida pelo modelo do verso pode
impor, por exemplo, modificação na estrutura frásica. Finalmente relaciona-se com o código
semântico. O Código métrica, a sua génese no seu desenvolvimento está indissoluvelmente
ligado ao código semântico pragmático do policódigo literário e aos sistemas semióticos que
configuram a ideologia de uma dada comunidade social.
Este código é responsável pela organização da coerência textual a nível semântico (estrutura
profundo) como a nível de textura (estrutura de superfície), mediante microestrutura que
operam no âmbito dos constituintes textuais próximos.
Designação justificada pela simples razão de ser impossível estabelecer uma rígida linha
divisória entre os factores semântico e os pragmáticos, considera-se que a substância do
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conteúdo quer no âmbito sintagmático como no pragmático é sujeita a específicos processos
de semiotização até que seja conteúdo numa forma peculiar.
É assim que, como escreve Greimas citado por Aguiar e Silva (1988:105/106): o código
semântico-pragmático regula, no plano pragmático, a produção das unidades e dos conjuntos
semiliterário, resultantes da interacção de factores lógico-semânticas, histórico-sociais e
estéticos-literários, que manifesta ou o universo semiótico cosmológico ou o universo
semiótico antropológico ou o universo semiótico social ou um universo semiótico configurado
pelas inter-relações dos três universos antes referidos.
Este código correlaciona-se, através do código semântico, com os códigos religiosos, míticos
éticos e ideológicos actuantes num determinado espaço geográfico e social num tempo
histórico, manifestando assim, de forma primordial e privilegiada a visão do mundo, o modelo
do mundo, consubstanciado ao texto literário, segundo DIJK apud Aguiar e Silva (1988:106),
o código semântico-pragmático desempenha uma função dominante no policódigo literário,
porque a estrutura profunda do texto é de natureza semântica e só a partir de estrutura,
considerada programa, se pode analisar e compreender adequadamente a estrutura superficial
do texto, as regras e as convenções fónicas, prosódicas, grafemáticas, métricas, estilísticas,
técnico-compositivas e semântico-pragmáticas que a organiza. Mais a substância do conteúdo,
quer no âmbito pragmático, quer no âmbito sintagmático, é sujeita a específicos processos de
semiotização que lhe confere uma forma particular.
Desde há muitos séculos que têm procurado fundamentar a distinção entre a literatura e não-
literatura, entre textos literários e não-literários através da delimitação literária contraposta à
não-literária.
Entretanto, de acordo com uma teoria pitagórica, existem duas modalidades de expressão uma,
a mais corrente, apresenta-se "nua" desprovida de figuras e de quaisquer recursos técnico-
estilísticos; a outra, pelo contrário, caracteriza-se pelo ornato, pelo vocábulo escolhido e pelo
sábio uso de tropos.
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como arte ela constitui-se em tipo especial. Assim podemos pensar que a linguagem especial
precisa apoiar-se em uma língua e configura em textos, os quais se caracterizam em uma forma
de discurso.
Cumpre destacar ainda que o estranhamento, sendo um fenómeno complexo, acontece na base
de uma experiência prévia, através de um procedimento que pode causar o seu efeito a uma
pessoa, mas a outra, talvez não. A estrangeirização, porém, oposta à domesticação, baseia-se
na aproximação da estrutura, gramática e cultura da LF. Sob essa força orientadora, uma
tradução pode, mas não necessariamente, produzir efeito de estranhamento.
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Desde os primeiros tempos em que o homem começou a estudar a arte literária, o
questionamento sobre natureza e função da literatura tem sido assunto de muitas controvérsias.
Os filósofos do mundo antigo se dedicavam ao estudo do tema, o que se pode verificar nos
escritos de Platão, para quem toda a criação, até mesmo a criação divina era uma imitação da
natureza verdadeira o mundo das ideias.
A literatura é um termo que suscita vários conceitos desde a raiz dessa palavra até a selecção
do que é e do que não é literatura. O que refere-se à natureza da literatura centra-se na questão
das funções da mesma. A natureza pode ser normativa ou descritiva e as funções são de estética,
lúdica, cognitiva, catártica e pragmática. Sabendo o que é e para o que serve é um bom ponto
de partida para o estudo da literatura.
2.8.1. Funções
A Literatura não tem uma função absoluta e definitiva. Na verdade, em cada leitor, a Literatura
relaciona-se de um jeito diferente. Para alguns, ler um poema pode ser uma maneira de entender
os próprios sentimentos. Para outros, um romance pode funcionar como um modo de conhecer
um mundo diferente do seu.
Há aqueles que podem encontrar filosofias de vida em um texto literário. Outros ainda
encontram uma forma profunda de pensar a sociedade e a política lendo livros de Literatura.
Não há, portanto, como dizer qual é a função da Literatura. Não obstante, é possível dizer que
ela tem papel fundamental na construção do homem enquanto sujeito e cidadão.* Por meio do
texto literário, é possível compreender a si mesmo e às diversas dinâmicas sociais do mundo.
A literatura é um termo que suscita vários conceitos desde a raiz dessa palavra até a selecção
do que é e do que não é literatura. O que refere-se à natureza da literatura centra-se na questão
das funções da mesma. A natureza pode ser normativa ou descritiva e as funções são de estética,
lúdica, cognitiva, catártica e pragmática. Sabendo o que é e para o que serve é um bom ponto
de partida para o estudo da literatura.
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3. Conclusão
Conclui-se que, a literatura, a Semiose a Natureza e a sua função é descrito como um papel
fundamental na linguagem da literatura, ainda mais, a aquisição de conhecimentos mais
aprofundados e o desenvolvimento de uma percepção individual crítica, como vemos, é
fundamental para uma melhor interpretação da obra literária e isto só é possível através da
semiótica, (Semiose).
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4. Referências bibliográfica
E SILVA, Victor Manuel de Aguiar, teoria da literatura, 8 ed, editora,
www.portugues.com.br
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