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INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

Faculdade de Ciências de Educação

Curso de Licenciatura em Ensino de Português

Trabalho de Estudos da Literatura

Funções da Literatura

Nome de Estudante: Estefânia Aquimo Muetetere

Código de Estudante: 96230426

Mandimba, Maio de 2023


INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

Faculdade de Ciências de Educação

Curso de Licenciatura em Ensino de Português

Trabalho de Estudos da Literatura

Funções da Literatura

Trabalho de Carácter avaliativo,


desenvolvido no Campo a ser submetido
na Coordenação do Curso de Licenciatura
em Ensino de Português da UnISCED.

Tutor:

Nome de Estudante: Estefânia Aquimo Muetetere

Código de Estudante: 96230426

Mandimba, Setembro de 2023


Índice

1. Introdução.................................................................................................................................3

1.1.1. Geral: ............................................................................................................................. 3

1.1.2. Especifico: ..................................................................................................................... 3

1.2. Metodologia ...................................................................................................................... 3

2. Desenvolvimento teórico ...................................................................................................... 4

2.1. O texto literário apresenta ................................................................................................. 4

2.2. As Funções de textos Literários ........................................................................................ 5

2.2.1. Função Comunicativa .................................................................................................... 5

2.2.2. Função Estética ............................................................................................................. 5

2.2.3. Função Político-Social .................................................................................................. 5

2.2.4. Função Evasiva ............................................................................................................. 5

2.3. Diferenças entre textos Literários e não Literários ........................................................... 5

2.4. Paradoxo da função da literatura concebido por Platão e Aristóteles ............................... 6

2.5. Os Diferenciadores da literatura do romantismo e da contemporariedade ....................... 7

3. Conclusão .................................................................................................................................9

4. Referência bibliográfica .........................................................................................................10


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1. Introdução

O presente trabalho é referente a disciplina de Estudos da Literatura, e faz menção sobre as


Funções da Literatura. A literatura é uma criação humana e, por este ter vontades, valores e
necessidades que constantemente mudam, a literatura o acompanha neste transitar, pois “reflete o
modo de se ver a vida e de estar no mundo.

Objectivos:

1.1.1. Geral:

 Conhecer as Funções da Literatura.

1.1.2. Especifico:

 Identificar as Funções da Literatura;

 Analisar as Funções da Literatura; e

 Descrever as Funções da Literatura.

1.2.Metodologia

O trabalho baseia-se no método bibliográfico onde são usados matérias como livros e outros
diversos outros artigos.
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2. Desenvolvimento teórico

Contextualização:

Refere Amaral (2000), que:

A literatura é uma criação humana e, por este ter vontades, valores e necessidades que
constantemente mudam, a literatura o acompanha neste transitar, pois “reflecte o modo de se ver
a vida e de estar no mundo.”

Amaral (2000), Literatura é uma arte e usa a palavra como matéria-prima:

 Arte literária é mimeses (imitação da realidade). Conforme Aristóteles é a arte que imita
pela palavra;
 Comumente a literatura usa a língua de maneira artística, deixando transparecer a beleza,
a harmonia e o estilo próprio do(a) autor(a).
 A literatura é marcada pela intensa subjectividade e pelo processo criativo, por vezes
utiliza figuras de linguagem para ampliar os sentidos das palavras. (Amaral, 2000).

A literatura pode ser também transmitida oralmente. Como exemplo, tem-se as obras de autores
clássicos como Homero, Vigílio, sobretudo com as epopeias, que eram textos orais (tais obras são
vistas na escrita – por isso permanecem, mesmo bastante antigas). Na actualidade, a oralidade na
literatura é vista dentre os cantadores e repentistas.

2.1.O texto literário apresenta

Gellhaus (2012) afirma que:

 Ficcionalidade- Textos que não fazem, necessariamente, parte da realidade;


 Estética – Representar a realidade, a parte de uma visão específica, trazendo um grau de
beleza;

 Plurissignificado- Uso de palavras que assume em diferentes significados;

 Subjectividade – Expressão pessoal de experiências, emoções e sentimentos.


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2.2.As Funções de textos Literários

Jakobson, R. (2008), A arte tem como função nos ajudar a olhar o mundo, sua beleza (ou
tristeza), sua imensidão, a ver o que não se estampa de imediato, a “desempoeirar” nossa vista
para enxergar melhor.

2.2.1. Função Comunicativa

Busca uma comunicação entres os interlocutores de épocas diferentes. O leitor de um texto


literário ou contemplador de uma obra de arte, não só recebe a comunicação, mas também recria
e atualiza a obra, de acordo com os aspectos do seu tempo. (Amaral, 2000)

2.2.2. Função Estética

Gellhaus (2012), Proporciona prazer por meio da contemplação do belo. Para os gregos o belo, na
arte, consistia na proximidade da obra de arte com a verdade ou a natureza.

2.2.3. Função Político-Social

Desenvolve um projecto transformador da sociedade, para tanto busca reflectir acerca das
mazelas sociais. (Amaral, 2000);

2.2.4. Função Evasiva

A literatura como um instrumento de fuga da realidade. Provoca sonhos, sair um pouco da rotina,
o chamado “dar asas à imaginação (Bessa, 2012)

2.3.Diferenças entre textos Literários e não Literários

 Texto literário – Linguagem conotativa, pessoal.


 Texto não literário: Linguagem denotativa, impessoal, informativa.
 Os textos literários são aqueles que possuem função estética, destinam-se ao
entretenimento, ao belo, à arte, à crítica social, à ficção.
 Já os não literários são os textos com função utilitária, pois servem para informar,
convencer, explicar, ordenar. (Gellhaus, 2012).
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2.4.Paradoxo da função da literatura concebido por Platão e Aristóteles

De acordo com Bourdieu (2010), Para Aristóteles a literatura é tomada a partir de si mesma,
ficando salva da dependência de factores extraliterários como sociedade, política e religião.
Nesse pensador, a literatura ganha autonomia. Infelizmente sua difusão no mundo romano por
meio de Horácio trouxe confusão com a retórica e, consequentemente, uma perda significativa
para os avanços no estudo da literatura propriamente dita. Esse prejuízo atravessou toda a Idade
Média fazendo-se presente nas acções catequéticas da Igreja católica as quais ajudavam a
disseminar uma concepção pragmática, utilitária da literatura, até que nos séculos XVIII e XIX os
estudos filosóficos enveredaram pela estética e recuperaram a originalidade da estagirita, quando
a visão ética e política de literatura cede lugar à visão estética.

A poesia ganha em Aristóteles um estatuto próprio, e tem na poética a sua teoria, que é diferente
da teoria da oratória, da eloquência, isto é, a retórica. Na Poética, Aristóteles trata da natureza da
poesia, dos géneros literários e« da linguagem em que o texto está elaborado.
Aristóteles nunca criou normas. Ele procurou ver em que consistia o fenômeno literário, por isso
foi descritivo em vez de normativo.
Para ele, as formas da literatura grega: a épica e a dramaturgia (tanto no âmbito da tragédia como
no âmbito da comédia) dependiam da mimese, da imitação, e diferenciava cada uma a partir de
três condições: o objecto imitado, o modo como se dava a imitação e o meio de imitação.

Jakobson (2008), Platão foi o primeiro pensador a tecer considerações sobre a literatura. Mas,
como era filósofo e não literato, a sua preocupação se voltava para o campo da filosofia e seu
objectivo era alcançar a verdade das coisas. Daí os comentários dele sobre a literatura, que nessa
época não recebia esse nome mas o nome de poesia, se organizávamos em torno de um interesse
não literário. Na verdade, ele nunca criou uma teoria sistemática da literatura. Nos muitos dos
seus Diálogos encontramos afirmações a respeito da arte e da poesia que servem de reflexão,
ainda que para serem refutadas, até hoje. Para Platão, a verdade devia ser o destino para onde
convergiam todos os interesses do homem. Mas aí ele se defrontava com um problema não
pequeno diante da literatura que, não sendo filosofia, não estava interessada na verdade nem na
metafísica nem no sentido transcendental das coisas.
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Ora, para Platão, a verdade estava fora do mundo aparente. A verdade estava nas idéias e tudo o
que aparecia aos sentidos, ou seja, todo o mundo do fenómeno era um mundo de aparência e, se
era aparente, não era verdadeiro. Se não era verdadeiro, era falso. Aqui temos um problema sério.
(Bourdieu, 2010).

Segundo Platão, a imitação poética não constitui um processo revelador da verdade, assim se
opondo à filosofia que, partindo das coisas e dos seres, ascende à consideração das Ideias,
realidade última e fundamental; a poesia, com efeito, limita-se a fornecer uma cópia, uma
imitação das coisas e dos seres que, por sua vez, são uma mera imagem (phantasma) das Ideias.

2.5.Os Diferenciadores da literatura do romantismo e da contemporariedade

Para Bourdieu (2010), Romantismo é um dos maiores movimentos literários do século XIX.
Baseado em características como a subjetividade, a idealização amorosa, a fuga à realidade e o
nacionalismo, suas influências marcaram não só a arte, como a cultura e os costumes daquele
momento, que retratavam os valores burgueses da época. Diferente da poesia, a prosa é uma
modelo de texto escrito em parágrafos, narrando os acontecimentos de um enredo junto a um
grande aspecto descritivo.
Os principais acontecimentos e influências que marcaram esse período são: Instalação da Corte
Portuguesa no Brasil (1808); Independência do Brasil (1822); Abertura dos Portos; Chegadas das
missões estrangeiras (científicas e culturais); Surgimento da imprensa nacional; Revolução
Industrial; Era Napoleônica; Revolução Francesa.

Segundo Bourdieu (2010), O conceito “literatura contemporânea” é um conceito de periodização


da história literária muito utilizado e, aparentemente, autoexplicativo. Quando se fala sobre o
contemporâneo com colegas de filologias e tradições críticas diferentes, percebe-se que, sim, há
diferenças. Meu objetivo é delinear as diferenças e o possível denominador comum. Vou começar
com uma comparação da delimitação do contemporâneo em algumas culturas e continuar com a
discussão sobre as possíveis definições do contemporâneo.

Apenas com o romantismo e a época contemporânea voltou a ser debatido, com profundidade e
amplidão, o problema da literatura como conhecimento. Na estética romântica, a poesia é
concebida como a única via de conhecimento da realidade profunda do ser, pois o universo
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aparece povoado de coisas e de formas que, aparentemente inertes e desprovidas de significado,


constituem a presença simbólica de uma realidade misteriosa e invisível. O mundo é um
gigantesco poema, uma vasta rede de hieróglifos, e o poeta decifra este enigma, penetra na
realidade invisível e, através da palavra simbólica, revela a face oculta das coisas.
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3. Conclusão

O trabalho visou a debruçar sobre as Funções da Literatura, percebe-se que a sendo a literatura a
arte da palavra e esta, a unidade básica da língua, podemos dizer que a literatura, assim como a
língua que utiliza, é um instrumento de comunicação e, por isso, cumpre também o papel social
de transmitir os conhecimentos e a cultura de uma comunidade. Apesar de estar ligada a uma
língua, que lhe serve de suporte, a literatura não está presa a ela, usando-a livremente, chegando a
subverter suas regras e o sentido de suas palavras.
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4. Referência bibliográfica

AMARAL, E.; MARTINS, G. (2002): Literatura para Unicamp. São Paulo: Ateliê.

ARISTÓTELES. (2003): Poética. Tradução de Eudoro de Sousa. Lisboa: Casa da Moeda.

BOURDIEU, Pierre. (2010): As regras da arte: gênese e estrutura do campo literário. São
Paulo: Companhia das Letras.

GELLHAUS, A. (2012): Aspectos cognitivos da literatura. Pandaemonium ger. [online].


JAKOBSON, R. (2008): Linguística e comunicação. São Paulo: Cultrix.

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