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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO – UEMA

CENTRO DE ESTUDOS SUPERIORES DE BARRA DO CORDA – CESBAC


CURSO: LETRAS LICENCIATURA LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURAS DE
LÍNGUA PORTUGUESA
DISCIPLINA: LITERATURA BRASILEIRA DO ROMANTISMO AO REALISMO
DOCENTE: RAIMUNDO JOSÉ
6° PERÍODO

FRANCISCO DAS CHAGAS PEREIRA DE MELO

O NACIONALISMO NAS TRÊS GERAÇÕES ROMÂNTICAS

Barra do Corda – MA
2022
FRANCISCO DAS CHAGAS PEREIRA DE MELO

O NACIONALISMO NAS TRÊS GERAÇÕES ROMÂNTICAS

Trabalho apresentado a disciplina de


Literatura Brasileira do Romantismo ao
Realismo, no curso de Licenciatura em
Letras da Universidade Estadual do Maranhã
– UEMA.
Orientador: Prof. Me. Raimundo José

Barra do Corda – MA
2022
O NACIONALISMO NAS TRÊS GERAÇÕES ROMÂNTICAS

O Romantismo foi um movimento artístico, intelectual e filosófico que teve o


seu surgimento no final do século XVIII na Europa. No Brasil esse mesmo
movimento obteve destaque na literatura, que reuniu várias produções de textos
poéticos, teatrais e românticos. Tendo como marco inicial, a publicação do livro de
poemas “Suspiros poéticos de saudades”, de Gonçalves de Magalhães em 1836.
Esse movimento teve três gerações, sendo a primeira indianista, a segunda
ultrarromântica ou byroniana e a terceira geração condoreira ou geração hugoana.
O Nacionalismo é uma exaltação de forma exacerbada do amor pela pátria e
a criação de um herói nacional. No Brasil esse herói foi representado pelos índios
valentes e civilizados. Daqui em diante, mostrar-se-á que tipo de Brasil é
representado em cada uma das três gerações do romantismo, que será apresentado
logo após a leitura de poemas de um autor que represente bem a sua geração.
A primeira geração romântica é nomeada como indianista, pois nela o índio é
eleito como herói da formação da sociedade brasileira. Os principais literatos são, na
prosa temos, José de Azevedo (1890 - 1929); já na poesia temos, Gonçalves Dias
(1823 - 1864).
Nos poemas de Gonçalves Dias, é possível ver a presença do
nacionalismo/indianismo, pois se trata de poemas escritos na primeira geração do
romantismo. O autor mostra um Brasil real, exaltando o Brasil através das paisagens
nacionais e a idealização dos indígenas como herói nacional, podendo ser vista com
bastante frequência nas suas poesias tais como; A Canção do Exílio, Os Timbiras e
I-Jucama Pirama.
A segunda geração romântica pode ser descrita como ultrarromântica ou
byroniana. Ultrarromântica, pois é forte o sentimentalismo e nas obras dessa
geração, ver-se uma excessiva valorização das vivências pessoais. Byroniana, por
seguir referências ou estilos do escritor romântico inglês Lord Byron. Álvares de
Azevedo (1831-1852) é o principal autor dessa geração, podemos citar Casimiro de
Abreu (1839-1860) como um bom escritor que pode representar essa geração.
Nas obras de Álvares de Azevedo, ele recorria ao sentimentalismo, do
egocentrismo, do amor, da tristeza além de trazer a influência do escritor Lord
Byron. Nessa geração, o Brasil é a apresentado de maneira fictícia e irreal.
Na terceira geração do romantismo conhecida como geração condoreira
ocorreu no período de 1870 a 1880. Nessa geração, os escritores almejavam mudar
a realidade do Brasil referente à escravidão trazendo para época a discussão acerca
das questões sociais. Esse período pode ser chamado também de geração
hugoana, por ter influência do escritor francês Victor Hugo (1802-1885), no geral o
francês denunciava o preconceito e pobreza por meio das suas obras. Nessa
geração, Castro Alves (1847-1871) é tido como o principal autor dessa vertente.
Nos poemas de Castro Alves é possível ver a denúncia da escravidão que era
praticada no Brasil e com isso, o mesmo construiu um discurso abolicionista. Tendo
essa informação, o autor apresenta nos seus poemas um Brasil real e que precisava
de mudanças, por isso essa terceira geração veio para mostrar de maneira real a
realidade dos menos favorecidos daquela época por meio de suas obras.
Nesse sentido, torna-se evidente, portanto, a presença do nacionalismo nas
três gerações do romantismo, mas que em cada geração, o nacionalismo ora é mais
expressivo, ora menos. Tendo em vista tudo isso, pode se dizer que cada geração
contribuiu para a existência do nacionalismo brasileiro.

REFERÊNCIAS

MARINHO, Fernando. Fases do Romantismo. Português, 2022. Disponível em:


<https://www.portugues.com.br/literatura/astresfasesromantismo.html >. Acesso em:
22 de maio de 2022.

NEVES, Flávia. Romantismo. Norma Culta, 2022. Disponível em:


<https://www.normaculta.com.br/romantismo/>. Acesso em: 22 de maio de 2022.

MARINHO, Fernando. Romantismo no Brasil. Brasil Escola. Disponível em:


<https://brasilescola.uol.com.br/literatura/romantismo-no-brasil.htm>. Acesso em 22
de maio de 2022.

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