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FORMAÇÕES DA LITERATURA BRASILEIRA DE 1826 A 1989: UMA BREVE


RETOMADA
Edson José Rodrigues Júnior
Universidade Federal de Pernambuco - UFPE

RESUMO: A “questão da origem” (termo emprestado de Haroldo de Campos) da literatura


brasileira inicia-se no século XIX. Nesta época, com o rompimento da relação colônia-
Metrópole entre Brasil e Portugal e o surgimento de um Estado nacional brasileiro, surgiu
também a necessidade de se construir um conceito coeso de literatura nacional. É neste
panorama que começam a surgir as primeiras tentativas de esquematização da nossa
historiografia literária, mas, ainda hoje, o ponto de partida da literatura brasileira permanece
uma questão em aberto. Este trabalho objetiva pôr em debate as diversas perspectivas de
consagrados críticos e teóricos acerca da formação da literatura brasileira, desde Ferdinand
Denis com sua obra Resumo da História Literária do Brasil, de 1826, até a polêmica do
suposto “sequestro” do barroco de Campos (1989). Neste percurso, passaremos pelas
importantes contribuições de Machado de Assis (1994), Candido (1971) e Coutinho (1981).
Os quase duzentos anos de discussões, revisões e polêmicas trouxeram significativos avanços
para nossa historiografia literária, mas a questão da origem permanece, ainda hoje, sem
resolução.
PALAVRAS-CHAVE: Literatura brasileira. Questão da origem. Historiografia literária.

ABSTRACT: The “issue of origin” (term borrowed from Haroldo de Campos) of the
brazilian literature begins in the XIX century. When Brazil became independent of Portugal,
emerged a need of a consistent national literature. In this background, the first tentative works
of brazilian literary historiography rose, but, as of today, this issue of origin remains
unsolved. The main objective of this paper is to discuss the diverse perspectives of many great
critics ant theorics about the formation of brazilian literature. Beginning with Ferdinand
Denis’ work Resumo da História Literária no Brasil, published in 1826, going all the way to
the controverse “hijack” of barroco theorized by Campos (1989). In this course, we’re gonna
pass through very important contibutions made by Machado de Assis (1994), Candido (1971)
and Coutinho (1981). Almost two-hundred years of discussion and controversy brought
several progress to our literary historiography, but the issue of origin remains yet to be
concluded.

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KEYWORDS: Brazilian literature. Issue of origin. Literary historiograpy.

INTRODUÇÃO
Como bem diz Haroldo de Campos (1989), a “questão da origem” é um problema
insistente na historiografia da literatura brasileira. Esta problemática, ainda de grande
relevância nos dias de hoje, vem desde o século XIX, embora tenha ganhado destaque com
estudos e publicações feitos no século seguinte. É desde os oitocentos, mais precisamente em
paralelo ao rompimento da colônia Brasil com a Metrópole, que se busca traçar um ponto de
partida para a literatura brasileira. Estando em plena voga a construção de um Estado nacional
brasileiro, fazia-se necessário também construir-se um conceito de literatura nacional que
fosse puramente tupiniquim, livre das influências – e das amarras – portuguesas.
Começava então a articulação de uma historiografia literária do Brasil, mas ainda nem
sempre escrita por brasileiros. Foi na França que se deu início ao burburinho acerca da nossa
literatura. Como aponta Vilalva (2008), a Revista de Niterói, publicada em Paris em 1836,
espalhava pela Europa a notícia de que literatura de qualidade estava sendo produzida nas
terras tropicais do Brasil. É nela que, segundo a autora, um grupo de jovens brasileiros
publicou um ensaio intitulado História da Literatura no Brasil, assinado por Gonçalves de
Magalhães, configurando uma das primeiras tentativas de esquematização historiográfica da
literatura brasileira. Estes jovens autores se denominavam Grupo de Paris, formado pelo
próprio Magalhães, Torres Homem e Araújo Porto Alegre.
Ainda segundo Vilalva (2008), a importância da França para estes primeiros passos da
nossa historiografia literária foi muito além da Revista de Niterói. As intrincadas relações
político-culturais entre os dois países no século XIX deram espaço a um bom número do que
a autora chama de “agentes de ligação”, destacando como o principal deles Ferninand Denis.
Este escritor francês, especialista em estudos da História do Brasil, publicou em 1826, dez
anos antes do Grupo de Paris, o Resumo da História Literária do Brasil, a primeiríssima
tentativa de sistematização de nossa literatura.
Três décadas depois da Revista de Niterói, tivemos mais uma importante publicação
para esta fase inicial: em 1953, Francisco Adolfo Vernhagen lança seu livro Florilégio da
Poesia Brasileira, uma antologia de poemas nacionais. Dez anos depois, é a vez de Ferdinand
Wolf com O Brasil literário. Na visão de Vilalva (2008), o que unia todas estas obras em

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comum em suas contribuições para o nascimento de uma história literária brasileira era o
desejo de unidade e integração nacional, só possível de ser alcançada pela integração literária.

FORMAÇÕES EM PERSPECTIVA
A primeira periodização propriamente dita da nossa literatura veio com Silvio Romero
em sua obra História da Literatura Brasileira, de 1888. A metodologia de pesquisa de
Romero não se limitava apenas às obras, mas perpassava o momento histórico de escrita, a
vida do autor e suas influências, até chegar finalmente à obra literária (VILALVA, 2008). Em
contrapartida ao trabalho de Romero e já entrando no século XX, José Veríssimo publica
História da Literatura Brasileira, com uma abordagem que valorava muito mais a estética das
obras em sua análise, deixando em segundo plano o contexto histórico e as circunstâncias do
autor. Esta dualidade entre contexto e estética viria a alimentar as discussões acerca do
assunto no decorrer deste século.
É nele, mais precisamente na década de 50, que a historiografia da literatura brasileira
sofre uma grande revolução metodológica a partir dos trabalhos de Antônio Candido, Afrânio
Coutinho e Haroldo de Campos. Todos estes importantes teóricos da nossa literatura serão
devidamente abordados no decorrer deste ensaio, mas, por enquanto, voltemos aos oitocentos.
Em 1873, Machado de Assis publicou um artigo denominado Notícia da atual
literatura brasileira: instinto de nacionalidade, em que aborda a situação da literatura
brasileira na época, bem como os desdobramentos da fase ainda inicial da historiografia feita
acerca desta literatura. O parágrafo inicial deste artigo é tão fantástico e resume tão bem toda
a questão oitocentista da literatura brasileira, que não vejo outra forma de destrinchar aqui
sobre ele sem trazê-lo na íntegra:
Quem examina a atual literatura brasileira reconhece-lhe logo, como primeiro traço,
certo instinto de nacionalidade. Poesia, romance, todas as formas literárias do
pensamento buscam vestir-se com as cores do país, e não há negar que semelhante
preocupação é sintoma de vitalidade e abono de futuro. As tradições de Gonçalves
Dias, Porto-Alegre e Magalhães são assim continuadas pela geração já feita e pela
que ainda agora madruga, como aqueles continuaram as de José Basílio da Gama e
Santa Rita Durão. [...] Esta outra independência não tem Sete de Setembro nem
campo de Ipiranga; não se fará num dia, mas pausadamente, para sair mais
duradoura; não será obra de uma geração nem duas; muitas trabalharão para ela até
perfazê-la de todo. (MACHADO DE ASSIS, 1994)

Machado de Assis (1994) traz um conceito que será bastante abordado daqui para frente
neste ensaio: a cor local. Segundo ele, o consenso geral da época jazia em produzir uma
literatura mais independente, logo, mais brasileira. Esta cor local passava a fazer-se presente

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em todas as esferas da literatura: no romance, na poesia e também na própria opinião.


Escritores buscavam mostrar em suas obras o que ele conceitua como os primeiros traços de
nossa “fisionomia literária”. Um proeminente assunto, que por muito tempo, foi sinônimo de
nossa cor local, fera o índio e a vida nas tribos. Machado (1994) cita O Uraguai de Basílio da
Gama e Caramuru de Santa Rita Durão como precursores do que viria a ser, futuramente, a
literatura brasileira, embora reconheça que o objetivo de ambos os escritores fosse muito mais
exaltar a cor local que de fato promover uma literatura independente da Metrópole.
O autor isenta, inclusive, estes escritores a quem chama “coloniais” de não terem
contribuído para a independência literária do Brasil. Ora, numa época em que mesmo a
independência política ainda era um brilho longínquo no futuro, em que a cultura e a
educação da colônia ainda seguiam à risca os moldes de Portugal, seria injusto censurar Santa
Rita Durão por descrever o Brasil tal como via, ou, em verdade, como o Brasil era visto por
todos. Mas, resumir o Brasil aos indígenas não durou para sempre. Machado aponta ainda
uma virada na representação da cor local que se deu posteriormente nos romances. Quando
passaram a ser ambientados no interior do país, estas obras traziam costumes tradicionais
brasileiros; já quando se passavam nas grandes capitais, exibiam os costumes pontuados por
características europeias, sobretudo francesas, muito presentes na sociedade do Brasil colônia.
Se por um lado Machado de Assis (1994) compreende a importância da cor local e
exalta sua representação pelos poetas precursores da literatura brasileira, por outro, ele
apresenta um contraponto, como já espera-se de um escritor tão crítico e consciente dos seus
arredores. Para ele, não se pode reconhecer como nacional, apenas obras que apresentem a cor
local, do contrário, a criatividade e a inspiração dos autores seria brutalmente limitada. A
literatura de um país não pode ser limitada por suas fronteiras, a exemplo de Shakespeare que,
com Hamlet, Otelo, Romeu e Julieta e principalmente Júlio César, não deixou de ser um
escritor genioso por não retratar as cores de seu país. É literatura mundial, sim, mas antes, é
literatura inglesa.
Machado não nega, apesar disso, a importância de uma literatura se alimentar dos
assuntos decorrentes de seu território, principalmente uma literatura nova, que está dando seus
primeiros passos sozinha, como o caso da brasileira. Ele prefere exigir do escritor,
primeiramente, um sentimento íntimo que o torne homem de seu tempo e de seu país, mesmo
que trate de assuntos longínquos no tempo e no espaço. “Um poeta não é nacional só porque

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insere nos seus versos muitos nomes de flores ou aves do país, o que pode dar uma
nacionalidade de vocabulário e nada mais” (MACHADO DE ASSIS, 1994).
Deixando para trás Machado e avançando para o século XX, temos um grande marco na
historiografia de nossa literatura com a publicação de Formação da literatura brasileira do
crítico Antônio Candido. A obra trouxe uma nova perspectiva historiográfica para o estudo da
literatura brasileira, pautada na imprescindibilidade dos fatores externos para se entender
qualquer realização literária, como o contexto sociopolítico, histórico e o público leitor;
fatores caracterizados por Candido (1971) como “elementos sociais e psíquicos”.
Os estudos de Candido (1971) foram revolucionários, não apenas por sua proposta
metodológica mais atenta ao contexto, mas, por trazerem conceitos e proposições até então
inéditos em nossa historiografia literária, como: a noção de continuidade e tradição literária, a
importância do público para a literatura e a diferenciação entre literatura propriamente dita e
manifestações literárias.
Visto isso, comecemos pelos dois últimos conceitos apresentados. A obra de Candido
foi um divisor de águas para a já mencionada “questão da origem” da literatura brasileira.
Para o autor, o que tivemos no Brasil, de 1500 a meados do século XVIII, não fora literatura,
mas uma sucessão de produções esparsas, rarefeitas, isoladas, sem continuidade e
organicidade, ou seja, apenas manifestações literárias. A literatura só se torna propriamente
literatura quando configura um conjunto coeso de obras, seguindo uma tradição pautada nas
características e nos autores afins. Ainda segundo ele, só a partir da segunda metade do século
XVIII, com o arcadismo, o Brasil passaria a ter uma literatura sistematizada e contígua
(CANDIDO, 1971, p. 22).
Este conceito de literatura enquanto sistema é crucial para a historiografia literária de
Antônio Candido. Na visão dele, a literatura propriamente dita é um “sistema de obras ligadas
por denominadores comuns” (CANDIDO, 1971, p. 23). Mas o que seriam estes
denominadores comuns? A genialidade do crítico desponta em não olhar para apenas uma
classe de características de uma obra, mas sim analisá-la em sua totalidade, interna e
externamente. Candido (1971) valora tanto os elementos internos do sistema, como a língua,
os temas abordados e a representação da cor local, bem como vai além, passando a dar conta
também dos supracitados elementos de natureza social e psíquicas, o público leitor e a
sociedade da época; elementos que se manifestam historicamente e fazem da literatura um
aspecto orgânico da civilização.

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Estes elementos externos, novos para a historiografia literária no Brasil, vão desde a
existência de um conjunto de produtores literários, mais ou menos conscientes do seu papel ao
grupo heterogêneo dos receptores, fornecendo os diferentes tipos de público, sem os quais a
obra não vive (CANDIDO, 1971, p. 23). Para o autor, no Brasil, todos estes elementos só
passam a convergir para o surgimento de uma literatura brasileira na fase neoclássica, com as
academias, com a formação de grupos de escritores árcades e com a tomada de consciência
por parte dos autores acerca de seu papel na literatura brasileira.
Esta noção de literatura como sistema, como convergência de fatores externos e
internos, deságua em outro conceito também cunhado por Candido (1971), o de continuidade
literária. Isto é, a manutenção de tradição, como processo acumulativo, de seguimento de
autores e obras pautados nos mesmos denominadores comuns. Para o crítico, é a partir dos
anos 30 do século XIX que esta tradição se consolida e se consubstancia na literatura
brasileira através do movimento romântico, desencadeado em Paris pelo Grupo de Paris, pela
Revista de Niterói e por Gonçalves de Magalhães, todos estes já abordados no início deste
ensaio.
A importância de Formação da literatura brasileira atravessou décadas, não só por sua
abordagem inovadora, mas também pelas objeções críticas às suas propostas inovadoras. Duas
destas respostas, se é que assim podem ser chamadas, elevaram ainda mais o patamar da
discussão sobre o início da literatura brasileira, na segunda metade do século XX, foram elas:
Conceito de literatura brasileira, publicado por Afrânio Coutinho em 1960, e O sequestro do
Barroco na formação da literatura brasileira: o caso Gregório de Mattos, de Haroldo de
Campos, publicada em 1989.
Apenas um ano depois da publicação de Formação, Coutinho (1981) tece sua crítica à
metodologia sócio-histórica da historiografia de Candido, enfatizando, principalmente, a
necessidade de pensar a história da literatura como uma história propriamente literária, em
que, categorias, fases e periodizações fossem formuladas, não por critérios políticos como
fizera Candido, mas puramente estéticos, voltados para os elementos internos da obra – os já
mencionados cor local, temática e língua.
O autor exaltava ainda a contribuição do Barroco para a gênese da literatura brasileira,
defendendo a tese de que o barroco provocou a aproximação entre os valores da cultura
europeia e os elementos indígenas, em que o processo de mestiçagem é a base de um
americanismo embrionário. Assim, situava o início do barroco na literatura jesuítica do século

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XVI, argumentando que a produção voltada para a catequese procurava propor uma visão
pessimista da vida terrena, e por isso exaltava os nomes de proeminentes escritores desta
época, tais como Gregório de Matos, Padre Antônio Vieira e Padre Anchieta. Para ele, a
literatura brasileira não teve início no arcadismo, tampouco no romantismo, mas sim no
momento em que o primeiro homem europeu pôs os pés aqui, “iniciando uma nova realidade
histórica, criando novas vivências que traduziu em cantos e contos populares, germinando
uma nova literatura” (COUTINHO, 1981, p. 37-38).
Já a crítica de Haroldo de Campos é um tanto mais pungente. Como o próprio título de
seu livro indica, O sequestro do Barroco. Campos (1989) critica a linearidade da perspectiva
histórica adotada por Antônio Candido, caracterizando-a como “um ideal metafísico de
entificação do nacional” (p. 12) – seja lá o que isso queira dizer, seu modelo evolutivo e
principalmente o fato de não considerar o Barroco como parte da literatura brasileira
propriamente dita. Talvez o maior descontentamento de Campos para com Candido seja o fato
de este “ignorar” a obra de Gregório de Mattos, poeta que o autor do Sequestro cita como um
dos maiores da nossa literatura e que foi relegado por Candido ao status de mera manifestação
artística, não sendo nem literatura propriamente dita.
Talvez o maior acerto da crítica de Campos (1989) seja afirmar que a perspectiva
histórica – termo que é posto entre aspas durante todo o livro – de Antônio Candido nunca foi
desatrelada de ideologia. Segundo ele, traçar uma historiografia linear e evolutiva da literatura
brasileira pressupunha que Candido delimitasse um ponto de partida para a nossa literatura,
um “quando e como se definiu uma continuidade ininterrupta de obras e autores” (p. 15), e ao
fazê-lo, Candido deliberadamente tomou escolhas ideológicas. Separando o que seria
literatura brasileira e o que não seria, incluíram as seletas academias árcades e românticas, o
resto, deixou de fora.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
É difícil discordar que a escolha de Antônio Candido foi, de fato, ideológica, mas isso
invalida sua relevância? Afinal, seus bem construídos conceitos de literatura como sistema,
manifestações literárias e continuidade literária, formam um forte alicerce para sua escolha de
fincar o ponto inicial da nossa literatura nos anos 1700. O que foi feito antes não é
estritamente ignorado, mas sim recebe outra categoria, de acordo com os parâmetros de
análise estabelecidos por Candido (1971). Dessa forma, entramos em uma outra discussão,

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que não surgiu nos dias atuais e cuja promessa é perdurar por mais algumas boas décadas:
Gregório de Mattos, Antônio Vieira, Anchieta, devemos considerá-los literatura brasileira
apenas por ser literatura de boa qualidade, ignorando sua ideologia colonial?
Antes da formação do Estado brasileiro, a literatura era feita no Brasil, mas não para o
Brasil. Se não era para a colônia, era para a Metrópole. Não seria então apenas mais um ramo
da literatura portuguesa, apenas escrita ultramar? Avanços foram feitos através dos séculos,
isto é inegável, mas a “questão da origem” da nossa literatura permanece em aberto.

REFERÊNCIAS

CAMPOS, H de. O sequestro do barroco na formação da literatura brasileira: o caso


Gregório de Mattos. Salvador: Casa de Palavras, 1989.
CANDIDO, A. A formação da literatura brasileira: momentos decisivos. 4. ed. São Paulo:
Martins, 1971.
COUTINHO, A. Conceito de literatura brasileira. Petrópolis: Vozes, 1981.
LEONEL, M. C.; SEGATTO, J. A. Organização do Estado e formação da literatura.
Disponível em: < http://www.acessa.com/gramsci/?page=visualizar&id=1042>. Acesso em:
27 de Maio de 2017.
MACHADO DE ASSIS, J. M. Literatura brasileira: instinto de nacionalidade. In: O Novo
Mundo. Obra completa de Machado de Assis. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994.
VILALVA, W. M. Identidade e nacionalismo: caminhos da historiografia literária brasileira.
In: Revista Alere, Universidade do Estado de Mato Grosso, v.1, n.1, 2008.

RECEBIDO EM: 13/10/2017 | APROVADO EM: 03/11/2017

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