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INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

Faculdade de Ciências de Educação

Curso de Licenciatura em Ensino de português

Função da literatura

Chica Ajunta Luís Ginga: 71230053

Quelimane, agosto de 2023


INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

Departamento de Ciências de Educação

Curso de Licenciatura em Ensino de Português

Função da literatura

Trabalho de Campo a ser submetido


na Coordenação do Curso de
Licenciatura em Ensino de
Português da UnISCED.

Tutor:

Chica Ajunta Luís Ginga: 71230053

Quelimane, agosto de 2023


Índice
1. Introdução ............................................................................................................... 1

2. Objetivos ................................................................................................................. 2

2.1 Geral ........................................................................................................................ 2

2.2 Específico ................................................................................................................. 2

3. Função da literatura ................................................................................................. 3

3.1 Funções .................................................................................................................... 3

3.2 Funções que a literatura foi adquirindo dos tempos, desde Horácio à contemporaneidade
....................................................................................................................................... 5

4.1 A evasão do escritor pode realizar-se, no plano da criação literária, de diferentes modos:
....................................................................................................................................... 6

4. Paradoxo da Função da literatura concebido por Platão e Aristóteles ....................... 7

5. Aspetos diferenciados da função da literatura no romantismo e na contemporaneidad

6.1 Função da literatura no Romantismo ......................................................................... 8

6.2 Função da literatura na época contemporânea ........................................................... 9

6. Conclusão ............................................................................................................. 10

7. Referências Bibliográficas .........................................................................................11


1. Introdução

O presente trabalho tem como o tema funções da literatura, dizer que literatura vem do latim litera
(que significa letra), logo o conceito da literatura esta diretamente ligado a palavra escrita, a arte
de escrever ou ate a erudição. Ate o seculo XVIII, na europa a literatura era vista como saber,
conhecimento, arte e a ciência em geral, mas no final do mesmo seculo este termo passou a ser
denotado poesia, verso e prosa (visão que pendura ate a atualidade na classificação de géneros
textuais.

Literatura é a forma de arte produzida por meio de palavras, apesar de sua definição não ser
fechada. Ela pode ter diversas funções, como despertar emoções, representar a realidade, transmitir
culturas e tradições etc. Entretanto, ela não é utilitária como um manual de instruções ou um texto
científico. Ela é dividida, desde a Antiguidade, em três gêneros: narrativo ou épico, dramático e
lírico.

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2. Objetivos

2.1 Geral
 Debruçar sobre as funções da literatura.

2.2 Específico
 Identificar as funções que a literatura foi adquirindo dos tempos, desde Horácio à
contemporaneidade;
 Explicar o paradoxo da função da literatura concebido por Platão e Aristóteles;
 Comentar sobre os aspetos diferenciadores da função no romantismo e na
contemporaneidade

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3. Função da literatura

"Literatura é uma modalidade artística que tem como matéria-prima a palavra, usada na construção
de histórias ou na expressão de emoções e ideias. O texto literário, diferentemente do texto não
literário, possui caráter subjetivo e conotativo. Apesar de muitas vezes não ter uma função de uso
prático (caráter utilitário), os autores e leitores atribuem à Literatura algumas funções sociais, como
a reflexão sobre a realidade."

3.1 Funções

A Literatura não tem uma função absoluta e definitiva. Na verdade, em cada leitor, a
Literatura relaciona-se de um jeito diferente. Para alguns, ler um poema pode ser uma maneira
de entender os próprios sentimentos. Para outros, um romance pode funcionar como um modo
de conhecer um mundo diferente do seu.

Há aqueles que podem encontrar filosofias de vida em um texto literário. Outros ainda
encontram uma forma profunda de pensar a sociedade e a política lendo livros de Literatura.

Não há, portanto, como dizer qual é a função da Literatura. Não obstante, é possível dizer que ela
tem papel fundamental na construção do homem enquanto sujeito e cidadão. Por meio do
texto literário, é possível compreender a si mesmo e às diversas dinâmicas sociais do mundo.

Os estudiosos da área costumam dividir as funções em cinco grupos:

 Catártica;
 Estética;
 Cognitiva;
 político-social;
 lúdica.

Catártica

Uma obra tem função catártica quando ela é capaz de provocar no leitor uma espécie de
“explosão” de sentimento.

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Ou seja, é quando um texto tem a capacidade de aflorar nossas sensações, como tristeza, alegria,
raiva, realização.

Os textos catárticos são aqueles que tem como objetivo “mexer” profundamente com os
sentimentos do leitor, gerando choro, sorrisos, ansiedade, calafrios etc.

Diversos textos literários tem função catártica, mas as poesias são as mais conhecidas.

Estética

O principal objetivo desse tipo de texto é despertar a admiração do leitor devido à sua perfeição
artística. Ou seja, perceber e valorizar a beleza da construção da obra.

Esse aspecto do “belo” na literatura pode estar ligado ao jogo de palavras e imagens criados
pelo autor, pela perfeição da escrita, pela capacidade criativa única, entre outros fatores.

O Parnasianismo é um dos movimentos literários que mais explorou essa função da literatura.
A habilidade de compor poemas com rima, ritmo e métrica perfeitos era muito valorizada nesse
estilo literário.

Cognitiva

Uma função primordial de todo tipo de produção escrita é, sem dúvidas, a capacidade de
transmitir informações. Com a literatura, não seria diferente.

Os textos literários com função cognitiva tem o principal objetivo de transmitir conhecimentos
ao leitor – sobre períodos da história, sentimentos variados, situações humanas diversas,
características culturais etc.

Político-social

As obras literárias também podem ter como função a representação da realidade, buscando
descrever, criticar, ironizar e satirizar problemas da nossa sociedade.

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As questões sociopolíticas retratadas podem ser diversas, como o racismo, a seca, a corrupção,
a pobreza, o autoritarismo político, entre outros.

Diversas escolas literárias ao longo da nossa história tiveram esse objetivo mais presente nas
suas produções. O Realismo é um dos movimentos literários mais relevantes nesse sentido.

Lúdica

Como as outras artes, a literatura também pode ter a função de simplesmente entreter o leitor,
ou seja, divertir e proporcionar algum tipo de prazer, como relaxamento e diversão.

Essa é a função mais básica da literatura, pois, na realidade, o leitor sempre está em busca de
textos literários que possam envolvê-lo.
Funções que a literatura foi adquirindo dos tempos, desde Horácio à contemporaneidade
Os conhecidos versos de Horácio que assinalam com finalidade da poesia aut prodesse aut
delectare, não implicam um conceito de poesia autónoma, de uma poesia exclusivamente fiel a
valores poéticos, ao lado de uma poesia pedagógica. O prazer, o doce referido por Horácio e
mencionado por uma longa tradição literária europeia de raiz horaciana, conduz antes a uma
conceção hedonista da poesia, o que constitui ainda um meio de tornar dependente, e quantas vezes
de subalternizar lastimavelmente, a obra poética.

De feito, até meados do século XVIII, confere-se à literatura, quase sem exceção, ou uma finalidade
hedonista ou uma finalidade pedagógico-moralista. E dizemos quase sem exceção, porque alguns
casos se podem mencionar nos quais se patenteia com maior ou menor acuidade a consciência da
autonomia da literatura. Calímaco, por exemplo, característico representante da cultura helenística,
procura e cultiva uma poesia original, rica de belos efeitos sonoros, de ritmos novos e gráceis,
alheia a motivações morais.

Séculos mais tarde, alguns trovadores provençais transformaram a sua atividade poética numa
autêntica religião da arte, consagrando-se de modo total à criação do poema e ao seu
aperfeiçoamento formal, excluindo dos seus propósitos qualquer intenção utilitária. Um fino
conhecedor da literatura medieval, o Prof. Antonio Viscardi, escreve a este respeito: "O que conta

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é a fé nova da arte, em que todos observam e praticam com devoção sincera". Desta fé nasce o
sentido trovadoresco da arte que é o fim de si mesma. A arte pela arte é descoberta dos trovadores.

Na origem da necessidade que o escritor experimenta de se evadir, podem atuar diversos motivos.
Entre os mais relevantes, contam-se os seguintes:

a) Conflito com a sociedade: o escritor sente a mediocridade, a vileza e a injustiça da


sociedade que o rodeia e, numa atitude de amargura e de desprezo, foge a essa sociedade e
refugia-se na literatura. Este problema da incompreensão e do conflito entre o escritor e a
sociedade agravou-se singularmente a partir do pré-romantismo, em virtude sobretudo das
doutrinas de Rousseau acerca da corrupção imposta ao homem pela sociedade, e atingiu
com o romantismo uma tensão exasperada. Nesta oposição em que se defrontam o escritor
e a sociedade, desempenha primacial papel o sentimento de unicidade que existe em todo
o artista autêntico.
b) Problemas e sofrimentos íntimos que torturam a alma do escritor e aos quais este foge
pelo caminho da evasão. A inquietação e o desespero dos românticos – o mal du siècle –
estão na origem da fuga ao circunstante e do anélito por uma realidade desconhecida. O
tédio, o sentimento de abandono e de solidão, as angústias de um destino frustrado
constituem outros tantos motivos que abrem a porta da evasão;
c) Recusa de um universo finito, absurdo e radicalmente imperfeito. Geralmente, esta
recusa envolve um sentido metafísico, pois implica uma tomada de posição perante os
problemas da existência de Deus, da finalidade do mundo, do significado do destino
humano, etc. Lembremos a revolta dos românticos ante o mundo finito, ou a fuga dos
surrealistas de um mundo falsificado pela razão;

4.1 A evasão do escritor pode realizar-se, no plano da criação literária, de diferentes modos:
I. Transformando a literatura numa autêntica religião, numa actividade tiranicamente
absorvente no seio da qual o artista, empolgado pelas torturas e pelos êxtases da sua
criação, esquece o mundo e a vida. Flaubert e Henry James são dois altíssimos exemplos
desta evasão através do culto fanático da arte;

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II. Evasão no tempo, buscando em épocas remotas a beleza, a grandiosidade e o encanto
que o presente é incapaz de oferecer. Assim os românticos cultivaram frequentemente,
pelo mero gosto da evasão, os temas medievais, tal como os poetas da arte pela arte,
como vimos, se deleitaram com a antiguidade greco-latina.
III. Evasão no espaço, manifestando-se pelo gosto de paisagens, de figuras e de costumes
exóticos. O Oriente constituiu em todos os tempos copiosa fonte de exotismo, mas não
devemos esquecer outras regiões igualmente importantes sob este aspecto, como a
Espanha e a Itália para os românticos (Gautier, Mérimée, Stendhal) e as vastas regiões
americanas para alguns autores pré-românticos e românticos (Prévost, Saint-Pierre,
Chateubriand, escritores indianistas do romantismo brasileiro, etc
IV. O sonho, os paraísos artificiais provocados pelas drogas e pelas bebidas, a orgia, etc.,
representam outros processos de evasão com larga projecção na literatura. A literatura
romântica e simbolista oferece muitos exemplos destas formas de evasão.
4. Paradoxo da Função da literatura concebido por Platão e Aristóteles

Na estética platónica aparece o problema da literatura como conhecimento, embora o filósofo


conclua pela impossibilidade de a obra poética poder ser um adequado veículo de conhecimento.

Segundo Platão, a imitação poética não constitui um processo revelador da verdade, assim se
opondo à filosofia que, partindo das coisas e dos seres, ascende à consideração das Ideias, realidade
última e fundamental; a poesia, com efeito, limita-se a fornecer uma cópia, uma imitação das coisas
e dos seres que, por sua vez, são uma mera imagem (phantasma) das Ideias

Por conseguinte, enquanto Platão condena a mimese poética como meio inadequado de alcançar
a verdade, Aristóteles consideraa como instrumento válido sob o ponto de vista gnosiológico: o
poeta, diferentemente do historiador, não representa factos ou situações particulares; o poeta cria
um mundo coerente em que os acontecimentos são representados na sua universalidade, segundo
a lei da probabilidade ou da necessidade, assim esclarecendo a natureza profana da acção humana
e dos seus móbeis. O conhecimento assim proposto pela obra literária actua depois no real, pois se
a obra poética é "uma construção formal baseada em elementos do mundo real", o conhecimento
proporcionado por essa obra tem de iluminar aspectos da realidade que a permite.

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Ao passo que Aristóteles, que apresenta uma visão contraria do seu mestre, concebendo a pesia
como veículo de conhecimento geral do que a história que lida com questões particulares, ou seja
o poeta diferentemente do historiador apresenta factos particulares, mas sim cria um mundo
coerente em que os acontecimentos são representados na sua universalidade, iluminando os aspetos
da realidade que a permite.

5. Aspetos diferenciados da função da literatura no romantismo e na contemporaneidade

6.1 Função da literatura no Romantismo


Apenas com o romantismo e a época contemporânea voltou a ser debatido, com profundidade e
amplidão, o problema da literatura como conhecimento. Na estética romântica, a poesia é
concebida como a única via de conhecimento da realidade profunda do ser, pois o universo aparece
povoado de coisas e de formas que, aparentemente inertes e desprovidas de significado, constituem
a presença simbólica de uma realidade misteriosa e invisível.

Schelling afirma que a "natureza é um poema de sinais secretos e misteriosos" e von Arnim refere-
se à poesia como a forma de conhecimento da realidade íntima do universo: o poeta é o vidente
que alcança e interpreta o desconhecido, reencontrando a unidade primordial que se reflecte
analogicamente nas coisas. "As obras poéticas, acentua Von Arnim, não são verdadeiras daquela
verdade que esperamos da história e que exigimos dos nossos semelhantes, nas nossas relações
humanas; elas não seriam o que procuramos, o que nos procura, se pudessem pertencer inteiramente
à terra. Porque toda a obra poética reconduz ao seio da comunidade eterna o mundo que, ao tornar-
se terrestre, daí se exilou. Chamamos videntes os poetas sagrados; chamamos vidência de uma
espécie superior à criação poética.

Assim a poesia se identifica com a experiência mágica e a linguagem poética se transforma em


veículo do conhecimento absoluto, ou se volve mesmo, por força encantatória, em criadora de
realidade. Através sobretudo de Rimbaud e de Lautréamont, a herança romântica da poesia como
vidência é retomada pelo surrealismo, que concebe o poema como revelação das profundezas
vertiginosas do eu e dos segredos da suprarealidade, como instrumento de perquisição psicológica
e cósmica.

A escrita automática representa a mensagem através da qual o mistério cósmico – o "acaso


objetivo" (le hasard objectif), na terminologia do movimento surrealista – se desnuda ao homem;

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e a intuição poética, segundo Breton, fornece o fio que ensina o caminho da gnose, isto é, o
conhecimento da realidade supra-sensível, "invisivelmente visível num eterno mistério

6.2 Função da literatura na época contemporânea


Contemporaneamente, a questão da literatura como conhecimento tem preocupado particularmente
a chamada estética simbólica ou semântica – representada sobretudo por Ernest Cassirer e Susanne
Langer, para a qual a literatura, longe de constituir uma diversão ou atividade lúdica, representa a
revelação, através das formas simbólicas da linguagem, das infinitas potencialidades obscuramente
pressentidas na alma do homem.

Cassirer afirma que a poesia é "a revelação da nossa vida pessoal" e que toda a arte proporciona
um conhecimento da vida interior, contraposto ao conhecimento da vida exterior oferecido pela
ciência, e Susanne Langer igualmente considera a literatura como revelação "do carácter da
subjetividade", opondo o modo discursivo, próprio do conhecimento científico, ao modo
apresentativo, próprio do conhecimento proporcionado pela arte.

Para alguns estetas e críticos, porém, a literatura constitui um domínio perfeitamente alheio ao
conhecimento, pois enquanto este dependeria do raciocínio e da mente, aquela vincular-se-ia ao
sentimento e ao coração, limitando-se a comunicar emoções. A literatura, com efeito, não é uma
filosofia disfarçada, nem o conhecimento que transmite se identifica com conceitos abstractos ou
princípios científicos.

Longe de ser um divertimento de diletantes, a literatura afirma-se como meio privilegiado de


exploração e de conhecimento da realidade interior, do eu profundo que as convenções sociais, os
hábitos e as exigências pragmáticas mascaram continuamente: "A arte digna deste nome – escreve
Marcel Proust – deve exprimir a nossa essência subjetiva e incomunicável. [...] O que não tivemos
que decifrar, esclarecer através do nosso esforço pessoal, o que era claro antes de nós, não nos
pertence. Não vem de nós próprios senão o que arrancamos da obscuridade que está em nós e que
os outros não conhecem".

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6. Conclusão

Ao concluir o trabalho dizer que o Paradoxo da Função da literatura concebido por Platão e
Aristóteles Na estética platónica aparece o problema da literatura como conhecimento, embora o
filósofo conclua pela impossibilidade de a obra poética poder ser um adequado veículo de
conhecimento.

Segundo Platão, a imitação poética não constitui um processo revelador da verdade, assim se
opondo à filosofia que, partindo das coisas e dos seres, ascende à consideração das Ideias, realidade
última e fundamental; a poesia, com efeito, limita-se a fornecer uma cópia, uma imitação das coisas
e dos seres que, por sua vez, são uma mera imagem (phantasma) das Ideias

Por conseguinte, enquanto Platão condena a mimese poética como meio inadequado de alcançar a
verdade, Aristóteles consideraa como instrumento válido sob o ponto de vista gnosiológico: o
poeta, diferentemente do historiador, não representa factos ou situações particulares; o poeta cria
um mundo coerente em que os acontecimentos são representados na sua universalidade, segundo
a lei da probabilidade ou da necessidade, assim esclarecendo a natureza profana da acção humana
e dos seus móbeis.

Apenas com o romantismo e a época contemporânea voltou a ser debatido, com profundidade e
amplidão, o problema da literatura como conhecimento. Na estética romântica, a poesia é
concebida como a única via de conhecimento da realidade profunda do ser, pois o universo aparece
povoado de coisas e de formas que, aparentemente inertes e desprovidas de significado, constituem
a presença simbólica de uma realidade misteriosa e invisível.

Schelling afirma que a "natureza é um poema de sinais secretos e misteriosos" e von Arnim refere-
se à poesia como a forma de conhecimento da realidade íntima do universo: o poeta é o vidente
que alcança e interpreta o desconhecido, reencontrando a unidade primordial que se reflecte
analogicamente nas coisas.

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Referências Bibliográficas
C, F. A. (2011). teoria da Literatura . sao cristovao Brasil : UFS:CESAD.

SILVA, V. M. (1990; ). Teoria de Literatura. Coimbra, : Almedina,.

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