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Tutor:
2. Objetivos...................................................................................................................... 2
2.2 Específico...................................................................................................................... 2
5. vícios da inconstitucionalidade.................................................................................... 6
8. Conclusão .................................................................................................................... 9
O presente trabalho tem como o tema A inconstitucionalidade da Lei em Moçambique e dizer que
a constitucionalidade de uma norma não está atrelada apenas a critérios matérias, mas também a
critérios formais, de modo que esse controle de constitucionalidade pode ser feito de várias
maneiras, sendo que sua classificação será determinada em relação ao modo ou à forma, quanto ao
órgão de incidência e/ou quanto ao momento do controle.
A inconstitucionalidade ocorre pelo desrespeito das regras previstas na constituição para a criação
de uma Lei ou norma (processo legislativo).
2.1 Geral
Conceituar inconstitucionalidade ou ilegalidade.
2.2 Específico
Falar sobre A inconstitucionalidade da Lei em Moçambique;
Debruçar sobre os vícios da inconstitucionalidade;
Comentar sobre a relevância da questão inconstitucionalidade.
3. A inconstitucionalidade da Lei em Moçambique
A expressão inconstitucional, aplicada a uma lei, tem, pelo menos, três acepções diferentes,
variando segundo a natureza da Constituição a que aludir:
I. Empregada em relação a um ato do parlamento inglês, significa simplesmente que esse ato
é, na opinião do indivíduo que o aprecia, oposto ao espírito da Constituição inglesa; mas
não pode significar que esse ato seja infração da legalidade e, como tal, nulo.
II. Aplicada a uma lei das câmaras francesas, exprimiria que essa lei, ampliando, suponhamos,
a extensão do período presidencial, é contrária ao disposto na Constituição. Mas não se
segue necessariamente daí que a lei se tenha por vã; pois não é certo que os tribunais
franceses se reputem obrigados a desobedecer às leis inconstitucionais. Empregada por
franceses a expressão de ordinário se deve tomar com simples termo de censura.
III. Dirigido a um ato do Congresso, o vocábulo inconstitucional quer dizer que esse ato excede
os poderes do congresso e é, por conseqüência, nulo. Neste caso a palavra não importa
necessariamente reprovação. O americano poderia, sem incongruência alguma, dizer que
um ato do Congresso é uma boa lei, beneficia o país, mas, infelizmente, peca por
inconstitucionalidade, isto é, ultra vires, isto é nulo. (BARBOSA, Rui apud MENDES In:
BRANCO; COELHO; MENDES, 2010, p. 1156)
4. Tipos de inconstitucionalidade
Os vícios relativos à formalidade afetam o ato normativo sem atingir seu conteúdo, referindo-se
aos procedimentos e pressupostos relativos às feições que formam a lei.
Ensina-nos Gilmar Mendes que “os vícios formais traduzem defeito de formação do ato normativo,
pela inobservância de princípio de ordem técnica ou procedimental ou pela violação de regras de
competência”. (In: BRANCO; COELHO; MENDES, 2010, p. 1170).
Luís Roberto Barroso traz a seguinte classificação: A primeira possibilidade a se considerar, quanto
ao vício de forma, é a denominada inconstitucionalidade orgânica, que se traduz na inobservância
da regra de competência para a edição do ato (...). De outra parte, haverá inconstitucionalidade
formal propriamente dita se determinada espécie normativa for produzida sem a observância do
processo legislativo próprio. (2006, 26-27).
Do exposto, fica claro que a inconstitucionalidade formal faz referência ao erro na observância da
competência ou nas regras relativa ao processo definido na Constituição
A inconstitucionalidade material envolve, porém, não só o contraste direto do ato legislativo com
o parâmetro constitucional, mas também a aferição do desvio de poder ou do excesso de poder
legislativo.
Se uma norma legal vem depois da Constituição e com essa é incompatível, tem-se um caso típico
de inconstitucionalidade. Se a contradição, no entanto, for entre norma constitucional
superveniente e o direito ordinário pré-constitucional, indaga-se se seria caso de
inconstitucionalidade ou de mera revogação.
Tem-se também caso em que a norma editada com os parâmetros constitucionais vigente à época
pode tornar-se com ela incompatível em decorrência de mudanças fáticas ou de mudanças na
interpretação constitucional.
Esse tipo de discussão tem enorme relevância prática, já que, dependendo do modelo adotado,
tratando-se de mera revogação da lei anterior, qualquer órgão jurisdicional terá competência para
apreciá-la; no entanto, tratando-se de inconstitucionalidade, a atribuição para manifestar acerca da
questão será dos órgãos jurisdicionais competentes.
Durante a Constituição de 1967/69, a orientação do Supremo Tribunal Federal (STF) não deixava
duvida que a compatibilidade do direito anterior com norma constitucional superveniente deveria
ser aferida no âmbito do direito intertemporal. (MENDES In: BRANCO; COELHO; MENDES,
2010, p. 1177).
Este tipo de inconstitucionalidade pressupõe uma conduta positiva do legislador, que se não
compatibiliza com os princípios constitucionalmente consagrados. Envolve um facere do Estado,
e compreende os atos legislativos incompatíveis com a Constituição. A inconstitucionalidade por
ação acarreta a invalidação de um ato que existe, que foi praticado. (2008, p. 353).
5. vícios da inconstitucionalidade
A doutrina distingue entre vícios formais e vícios materiais. São vícios formais aqueles que
incidem sobre o acto normativo em si, independentemente do seu conteúdo, mas atendendo apenas
ao processo seguido para a sua expressão externa. Está-se em presença destes quando os
procedimentos adoptados para a elaboração de um acto se chocam com a Constituição.
São vícios materiais aqueles que dizem respeito ao conteúdo do acto, quando este conteúdo é
contrário à chamada Lei-Mãe.
Há autores que defendem que em matéria constitucional, se pode distinguir entre a inexistência
relativamente aos atos para os quais faltem os requisitos considerados essenciais pela Constituição,
e nulidade ipso jure no que respeita aos atos que contradigam formal ou substancialmente a
Constituição, quando essa contradição não resulte da falta de um requisito próprio da existência do
ato.
Sem entrar na discussão doutrinária profunda sobre a matéria, pode dizer-se que a consequência
necessária da inconstitucionalidade das leis é a nulidade absoluta, pois é princípio fundamental na
maioria das legislações, incluindo a moçambicana, a prevalência das normas hierarquicamente
superiores sobre as inferiores.
Ao concluir o persente trabalho dizer que as normas constitucionais ocupam uma posição de
primariedade e supremacia em relação a todas outras normas legais. Assim, sempre que estas não
se conformam com aquelas, está-se em presença do vício da inconstitucionalidade. Neste artigo
far-se-á uma breve reflexão sobre esta matéria.
A doutrina distingue entre vícios formais e vícios materiais. São vícios formais aqueles que incidem
sobre o ato normativo em si, independentemente do seu conteúdo, mas atendendo apenas ao
processo seguido para a sua expressão externa. Está-se em presença destes quando os
procedimentos adotados para a elaboração de um ato se chocam com a Constituição. São vícios
materiais aqueles que dizem respeito ao conteúdo do ato, quando este conteúdo é contrário à
chamada Lei-Mãe.
Há autores que defendem que em matéria constitucional, se pode distinguir entre a inexistência
relativamente aos atos para os quais faltem os requisitos considerados essenciais pela Constituição,
e nulidade isso jure no que respeita aos atos que contradigam formal ou substancialmente a
Constituição, quando essa contradição não resulte da falta de um requisito próprio da existência do
ato.
Sem entrar na discussão doutrinária profunda sobre a matéria, pode dizer-se que a consequência
necessária da inconstitucionalidade das leis é a nulidade absoluta, pois é princípio fundamental na
maioria das legislações, incluindo a moçambicana, a prevalência das normas hierarquicamente
superiores sobre as inferiores.
Referências Bibliográficas
(s.d.). Obtido em 17 de agosto de 2023, de
https://egov.ufsc.br/portal/conteudo/constitucionalidade-e-inconstitucionalidade-
prote%C3%A7%C3%A3o-das-dire