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Crime e violência

PEÇA Aula 8 ADC

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PRÁTICA SIMULADA CONSTITUCIONAL
PROFA. CLÁUDIA VECHI TORRES

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CASO CONCRETO 8
ADC - AÇÃO DECLARATÓRIA DE CONSTITUCIONALIDADE


Você, na qualidade de advogado, do Partido Político PXY, com representação no
Congresso Nacional, foi procurado pelo Presidente do Partido, informando que a Lei
complementar 135, de junho de 2010 versa sobre a questão de inelegibilidades
infraconstitucionais, na forma do disposto no art. 14, § 9º da CRFB/88, sendo prevista
suaE-mail
aplicação até mesmo quando se estiver diante de fatos ocorridos antes do advento do
referido diploma legal, sem que isso cause qualquer prejuízo ao princípio da
irretroatividade das leis e da segurança jurídica. Informa, ainda, a existência de
controvérsia judicial relevante sobre a aplicação da citada lei, apresentando-se
Você considera este
divergência nos documento
Tribuanis útil?
Eleitorais sobre a aplicação dos dispositivos trazidos pela Lei
Complementar 135/2010 a fatos que tenham ocorrido antes do advento do novel
diploma de inelegibilidades.
 Lei Complementar nº 135, de 04 de junho de 2010. Altera a Lei
Complementar nº 064, de 18 de maio de 1990, que estabelece, de
acordo com o § 9º do artigo 014 da Constituição Federal, casos de
inelegibilidade, prazos de cessação e determina outras providências,
 para incluir hipóteses de inelegibilidade que visam a proteger a
 probidade administrativa e a moralidade no exercício do mandato.
Este conteúdo é inapropriado? Denunciar este documento
Esclarece-se que o TRE de Sergipe, adotou entendimento segundo o qual a lei consitui
ofensa aos principios da irretroatividade da lei mais gravosa e da segurança jurídica
(conforme julgados), já o TRE de Minas Gerais optou por adotar o entendimento do
TSE, segundo o qual a Lei Complementar se aplica às condenações anteriores.
Como há controvérsia sobre a possibilidade de aplicação das hipóteses de
inelegibilidade instituídas pela Lei Complementar 135/2010, a atos jurídicos que
tenham ocorrido antes do advento do diploma legal, o partido PPXY, temeroso de que
surjam questionamentos dos candidatos que vierem a ser impugnados nas eleições de
20xx, sobre a constucionalidade da aplicação da referida lei, já que a indefinição da
questão pode causar grave insegurança jurídica nas eleições vindouras, pretende propor 
ação para que haja pronunciamento sobre o tema, e para tanto pretende demonstrar que
a aplicação dos dispositivos da lei a situações ocorridas antes da existência desta não
ofende o dispositivo nos incisos XXXVI e XL, do artigo 5º, da CRFB.

 Na qualidade de advogado, redija a peça cabível visando ver declarada a


constucionalidade da Lei Complementar 135/2010, no que tange a aplicação das
inelegibilidades à atos ocorridos anteriormente a existência da citada lei, atentando,
necessariamente, para os seguintes aspectos: a) competência do órgão julgador; b)
legitimidade; c) argumentos a favor da constitucionalidade da referida lei; d) tutela de
urgência.

 ____________________________ 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR MINISTRO PRESIDENTE DO
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

  PARTIDO POLITICO PXY, com representação no Congresso Nacional,


representado por seus Presidente, CNPJ nº ___, com sede na ___, bairro ___, cidade
 ___, por seu advogado infra-assinado, com endereço profissional na ___, onde receberá
as intimações e/ou notificações, para fins do artigo 106, I do Código de Processo Civil,
devidamente constituído, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, com
fundamento nos artigos 102, I, a/ 103, VIII da CRFB/88, propor 

AÇÃO DECLARATÓRIA DE CONSTITUCIONALIDADE COM PEDIDO


CAUTELAR   pelo procedimento especial da Lei 9.868/99, em defesa da Lei
Complementar nº. 135/2010, conforme especificará ao longo desta peça, nos termos e
fundamentos que passa a expor.

DOS FATOS
A Lei Complementar nº 135, de junho de 2010 introduziu no ordenamento jurídico
 pátrio regras que regulam a questão da inelegibilidade infraconstitucional, na forma do
disposto o artigo 14, §9º da Constituição de 1988, sendo previsto ainda a sua aplicação
até mesmo quando se estiver diante de fatos ocorridos antes do advento do referido
diploma legal, sem que isso cause qualquer prejuízo ao princípio da irretroatividade das
leis e da segurança jurídica.

  Em que pesa a importância das alterações introduzidas pela Lei


Complementar nº. 135/2010 para a promoção da moralidade e o resgate na confiança
das instituições e do processo democrático, surgiu controvérsia relevante sobre a
aplicação da citada lei, uma vez que há divergência nos Tribunais Eleitorais sobre a
aplicação dos dispositivos trazidos pela Lei Complementar nº. 135/2010 a fatos que
tenham ocorrido antes do advento do novel diploma de inelegibilidade.

  Para ilustrar a controvérsia, é de se esclarecer que o TRE de Sergipe adotou


entendimento segundo o qual a lei constitui ofensa aos princípios da irretroatividade da
lei mais gravosa e da segurança jurídica (conforme julgados). Já o TRE de Minas Gerais
optou por adotar o entendimento do TSE, segundo o qual a Lei Complementar se aplica
às condenações anteriores.

  Assim, como há controvérsia sobre a possibilidade de aplicação das hipóteses


de inelegibilidade instituída pela Lei Complementar nº 135/2010, a aos jurídicos que
tenham ocorrido antes do advento do diploma legal, o partido autor, temeroso de que
surjam questionamentos dos candidatos que vierem a ser impugnados nas eleições de
20xx, sobre a constitucionalidade da aplicação da referida lei, já que a indefinição da
questão pode causar grave insegurança jurídica nas eleições vindouras, vem propor a
 presente ação para que haja pronunciamento sobre o tema, e para tanto pretende
demonstrar que a aplicação dos dispositivos da lei a situações ocorridas antes da
existência desta não ofende o dispositivo nos incisos XXXVI e XL do artigo 5º da
Constituição.

DOS FUNDAMENTOS
INEGELIBILIDADE ART. 14, LC 135, se poderá .
Determinações de irretroatividade da lei, para inegibilidade;
ART. 14 § 9º - CF/88
Impedimento de concorrer às eleições.
Pedir unificação da norma para
POR NÃO TER IRRETROATIVIDADE DA LEI MAIS GRAVOSA
Perigo de insegurança jurídica da não aplicação da norma
Defender Tese correta do TSE e do TRE de MG.
DA LEGITIMIDADE ATIVA

  A legitimidade ativa do partido político para a propositura da presente tem


 previsão no artigo 103, VIII da Constituição e, conforme pacífica jurisprudência desta
Corte, independe de pertinência temática: “os partidos políticos têm legitimidade para
ajuizamento de ação direta de constitucionalidade, independente da matéria versada na
norma sob análise”.
  O reconhecimento da legitimidade passiva das agremiações partidárias para a
instauração de controle normativo abstrato, sem as restrições decorrentes do vínculo de
 pertinência, constituo natural derivação da própria natureza e dos fins institucionais que
 justificam a existência em nosso sistema normativo de partidos políticos.

Portanto, o requerente pode ser considerado autor neutro e universal encontra-se


dispensado de demonstrar Pertinência Temática.

DA COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

  Na forma do artigo 102, I, “a” da Constituição, é de competência originária do


STF o processamento e julgamento da Ação Declaratória de Constitucionalidade de lei
o de ato normativo federal.
  No caso sob análise, a edição da Lei Complementar nº 135/2010 gerou
insegurança jurídica, uma vez que não há uniformidade na jurisprudência dos Tribunais
Regionais Eleitorais acerca da validade da norma no que diz respeito a alcançar ou não
fatos pretéritos à sua vigência.
  Assim, há a necessidade de pronunciamento do guardião da Constituição, a
fim de que seja declarada a constitucionalidade da LC nº 135/2010, com efeitos
vinculantes e erga omnes de modo a encerrar a controvérsia surgida e uniformizar a
questão.

DA CONSTITUCIONALIDADE DA NORMA
  A presente ação tem pó objeto a declaração da constitucionalidade da LC
135/2010 que cria mecanismos pra impedir a eleição de candidatos condenados por 
improbidade administrativa, tendo a referida norma previsão para alcançar e produzir 
efeitos mesmo para fatos ocorridos anteriormente à sua vigência.Ocorre que alguns
tribunais têm afastado a aplicação da LC 135 para fatos pretéritos à sua vigência por 
considerar tal norma inconstitucional, supostamente em virtude de afronta ao princípio
da irretroatividade da norma mais gravosa, assim como ao princípio da segurança
 jurídica e da inocência.
  Nesse sentido, o TER de Sergipe tem afastado a aplicação parcial da LC 135
 por ter adotado entendimento segundo o qual a LC constitui ofensa ao princípio da
irretroatividade.
  Por outro lado, em sentido completamente oposto, sobressaem os julgados a
seguir do TER de Minas Gerais que optou por adotar o entendimento do TSE, segundo
o qual a Leu Complementar nº. 135/2010 se aplica às condutas anteriores, conforme
farta jurisprudência neste sentido.
  Vale lembrar que a própria Constituição da República, em seu artigo 14, §9º
 prevê que a Lei Complementar estabelece os casos de inelegibilidade a fim de proteger 
a probidade administrativa, a moralidade, considerando a vida pregressa do candidato e
a normalidade e legitimidade das eleições.

V – DOS PEDIDOS:

 
Pelo exposto, o CONSELHO FEDERAL DA ORDEM DOS
ADVOGADOS DO BRASIL requer:

a) seja admitida e conhecida a presente Ação Declaratória de


Constitucionalidade, considerando a existência de controvérsia judicial
relevante;

 b) sejam requisitadas as informações necessárias do Congresso


 Nacional (art. 6º, da Lei nº 9.868/1999);

c) seja determinada a intimação do Sr. Procurador Geral da


República para devida manifestação na forma do art. 19, da Lei nº
9.868/1999;

d) após o devido processamento, seja julgado procedente o


 pedido de declaração de constitucionalidade da Lei Complementar nº
135/2010 (“Lei do Ficha Limpa”).

Caso seja necessário, requer seja deferida a produção de


 provas (art 20, § 1º, da Lei nº 9.868/99).

Espera Deferimento.

Local....Data...
Advogado...OAB/UF...

 Luiz Manoel Gomes Jr.


OAB/SP 123.351

*************************************************
EXCELENTÍSSIMO SENHOR MINISTRO PRESIDENTE DO
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

CONSELHO FEDERAL DA ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL – 


CFOAB ̧ serviço público independente, dotado de personalidade jurídica nos
termos da Lei nº 8.906/94, inscrito no CNPJ sob o nº 33.205.451/0001-14, por seu
Presidente, OPHIR CAVALCANTE JUNIOR, vem, à presença de Vossa Excelência,
 por intermédio de seu advogado infra-assinado, com instrumento procuratório
específico incluso e endereço para intimações na SAUS Qd. 05, Lote 01, Bloco
M, Brasília-DF, com base no art. 103, inciso VII e art. 102, inciso I, alínea “a”
da Constituição Federal, c/c art. 13, da Lei nº 9.868/99, e de acordo com a decisão
 plenária tomada nos autos nº 2011.31.02542-01 – Conselho Pleno (certidão anexa),
 propor

AÇÃO DECLARATÓRIA DE CONSTITUCIONALIDADE

tendo por objeto a Lei Complementar nº 135, de 04 de junho de 2010


(denominada „Lei do Ficha Limpa‟), o que faz pelos seguintes fundamentos:

I – PRELIMINAR – PREVENÇÃO – MATÉRIA CONEXA - ADI 4578 -


ADC 29 - DISTRIBUIÇÃO AO MIN. LUIZ FUX:

Em primeiro lugar, registre-se que a matéria objeto da presente


Ação Declaratória coincide em parte com o objeto da ADI 4578 e da ADC 29,
ambas sob a relatoria do Min. LUIZ FUX, sendo imperiosa sua distribuição
 por prevenção, conforme art. 77-B1, do Regimento Interno.

É que alguns dispositivos da chamada „Lei do Ficha Limpa‟ –


Lei Complementar nº 135/2010 - foram impugnados no âmbito da ADI 4578,
ao passo que a ADC 29 pugna pela declaração de constitucionalidade de
outros, restando a matéria conexa.

Feitas essas considerações, passa-se a demonstrar a


constitucionalidade da Lei Complementar nº 135/2010.

II – DO ATO NORMATIVO CUJA CONSTITUCIONALIDADE SE


QUER VER DECLARADA:

O objeto da presente ação é a declaração da constitucionalidade da Lei Complementar 


nº 135, de 04 de junho de 2011, conhecida como „Lei do Ficha Limpa‟, cujo teor 
integral é a seguir reproduzido:
Art. 1o Esta Lei Complementar altera a Lei Complementar no 64, de 18 de
maio de 1990, que estabelece, de acordo com o § 9o do art. 14 da Constituição
Federal, casos de inelegibilidade, prazos de cessação e determina outras providências.
 Art. 2o A Lei Complementar no 64, de 1990, passa a vigorar com  as seguintes
alterações:
“Art. 1o
I–
c) o Governador e o Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal e o
Prefeito e o Vice-Prefeito que perderem seus cargos
4

 
g) os que tiverem suas contas relativas ao exercício de cargos ou
funções públicas rejeitadas por irregularidade insanável que
configure ato doloso de improbidade administrativa, e por decisão
irrecorrível do órgão competente, salvo se esta houver sido
suspensa ou anulada pelo Poder Judiciário, para as eleições que
se realizarem nos 8 (oito) anos seguintes, contados a partir da data
da decisão, aplicando-se o disposto no inciso II do art. 71 da
Constituição Federal, a todos os ordenadores de despesa, sem
exclusão de mandatários que houverem agido nessa condição;

h) os detentores de cargo na administração pública direta, indireta


ou fundacional, que beneficiarem a si ou a terceiros, pelo abuso do
 poder econômico ou político, que forem condenados em decisão
transitada em julgado ou proferida por órgão judicial colegiado,
 para a eleição na qual concorrem ou tenham sido diplomados, bem
como para as que se realizarem nos 8 (oito) anos seguintes;

.........................................................................................................

 j) os que forem condenados, em decisão transitada em julgado ou


 proferida por órgão colegiado da Justiça Eleitoral, por corrupção
eleitoral, por captação ilícita de sufrágio, por doação, captação ou
gastos ilícitos de recursos de campanha ou por conduta vedada aos
agentes públicos em campanhas eleitorais que impliquem cassação
do registro ou do diploma, pelo prazo de 8 (oito) anos a contar da
eleição;

k) o Presidente da República, o Governador de Estado e do


Distrito Federal, o Prefeito, os membros do Congresso Nacional,
das Assembleias Legislativas, da Câmara Legislativa, das

Mais de um milhão de membros confiam

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