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PRECEDENTES

HISTÓRICOS

REPERCUSSÃO GERAL STF

REPERCUSSÃO GERAL STJ

PRECEDENTES HISTÓRICOS (STF / STJ)

Inconstitucionalidade da condução coercitiva para


interrogatório
Direito Processual Penal Outros temas Temas diversos
Origem: STF

O CPP, ao tratar sobre a condução coercitiva, prevê o seguinte: Art. 260. Se o


acusado não atender à intimação para o interrogatório, reconhecimento ou
qualquer outro ato que, sem ele, não possa ser realizado, a autoridade poderá
mandar conduzi-lo à sua presença. O STF declarou que a expressão “para o
interrogatório”, prevista no art. 260 do CPP, não foi recepcionada pela
Constituição Federal. Assim, caso seja determinada a condução coercitiva de
investigados ou de réus para interrogatório, tal conduta poderá ensejar: • a
responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente ou da autoridade • a ilicitude
das provas obtidas • a responsabilidade civil do Estado. Modulação dos efeitos: o
STF afirmou que o entendimento acima não desconstitui (não invalida) os
interrogatórios que foram realizados até a data do julgamento, ainda que os
interrogados tenham sido coercitivamente conduzidos para o referido ato
processual. STF. Plenário. ADPF 395/DF e ADPF 444/DF, Rel. Min. Gilmar
Mendes, julgados em 13 e 14/6/2018 (Info 906).

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Imprescritibilidade da ação de ressarcimento ao erário


em caso de atos de improbidade praticados dolosamente
Direito Administrativo Improbidade administrativa Prazo prescricional
Origem: STF

São imprescritíveis as ações de ressarcimento ao erário fundadas na prática de


ato doloso tipificado na Lei de Improbidade Administrativa. STF. Plenário. RE
852475/SP, Rel. orig. Min. Alexandre de Moraes, Rel. para acórdão Min. Edson
Fachin, julgado em 08/08/2018.

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Legitimidade do MP para pleitear tratamento médico ou


entrega de medicamentos
Direito Processual Civil Outros temas Geral
Origem: STJ

O Ministério Público é parte legítima para pleitear tratamento médico ou entrega


de medicamentos nas demandas de saúde propostas contra os entes
federativos, mesmo quando se tratar de feitos contendo beneficiários
individualizados, porque se refere a direitos individuais indisponíveis, na forma
do art. 1º da Lei n. 8.625/1993 (Lei Orgânica Nacional do Ministério Público).
STJ. 1ª Seção. REsp 1682836-SP, Rel. Min. Og Fernandes, julgado em
25/04/2018 (recurso repetitivo) (Info 624).

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Análise da constitucionalidade da MP 2.183-56/2001, que


alterou o DL 3.365/41
Direito Administrativo Intervenção do estado na propriedade privada Desapropriação
Origem: STF

O DL 3.365/41 dispõe sobre desapropriações por utilidade pública. Veja o que


diz o art. 15-A, que foi incluído pela MP 2.183-56/2001: “Art. 15-A No caso de
imissão prévia na posse, na desapropriação por necessidade ou utilidade pública
e interesse social, inclusive para fins de reforma agrária, havendo divergência
entre o preço ofertado em juízo e o valor do bem, fixado na sentença, expressos
em termos reais, incidirão juros compensatórios de até seis por cento ao ano
sobre o valor da diferença eventualmente apurada, a contar da imissão na
posse, vedado o cálculo de juros compostos. § 1º Os juros compensatórios
destinam-se, apenas, a compensar a perda de renda comprovadamente sofrida
pelo proprietário. § 2º Não serão devidos juros compensatórios quando o imóvel
possuir graus de utilização da terra e de eficiência na exploração iguais a zero. §
3º O disposto no caput deste artigo aplica-se também às ações ordinárias de
indenização por apossamento administrativo ou desapropriação indireta, bem
assim às ações que visem a indenização por restrições decorrentes de atos do
Poder Público, em especial aqueles destinados à proteção ambiental, incidindo
os juros sobre o valor fixado na sentença. § 4º Nas ações referidas no § 3º, não
será o Poder Público onerado por juros compensatórios relativos a período
anterior à aquisição da propriedade ou posse titulada pelo autor da ação.” O STF
analisou a constitucionalidade do art. 15-A do DL 3.365/41 e chegou às
seguintes conclusões: 1) em relação ao “caput” do art. 15-A do DL 3.365/41: 1.a)
reconheceu a constitucionalidade do percentual de juros compensatórios no
patamar fixo de 6% ao ano para remuneração do proprietário pela imissão
provisória do ente público na posse de seu bem; 1.b) declarou a
inconstitucionalidade do vocábulo “até”; 1.c) deu interpretação conforme a
Constituição ao “caput” do art. 15-A, de maneira a incidir juros compensatórios
sobre a diferença entre 80% do preço ofertado em juízo pelo ente público e o
valor do bem fixado na sentença; 2) declarou a constitucionalidade do § 1º do
art. 15-A, que condiciona o pagamento dos juros compensatórios à comprovação
da “perda da renda comprovadamente sofrida pelo proprietário”; 3) declarou a
constitucionalidade do § 2º do art. 15-A, afastando o pagamento de juros
compensatórios quando o imóvel possuir graus de utilização da terra e de
eficiência iguais a zero; 4) declarou a constitucionalidade do § 3º do art. 15-A,
estendendo as regras e restrições de pagamento dos juros compensatórios à
desapropriação indireta. 5) declarou a inconstitucionalidade do § 4º do art. 15-A;
6) declarou a constitucionalidade da estipulação de parâmetros mínimo (0,5%) e
máximo (5%) para a concessão de honorários advocatícios e a
inconstitucionalidade da expressão “não podendo os honorários ultrapassar R$
151.000,00 (cento e cinquenta e um mil reais)” prevista no § 1º do art. 27. STF.
Plenário. ADI 2332/DF, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 17/5/2018 (Info
902).

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Ação de improbidade administrativa: ministro de estado


e foro competente
Direito Administrativo Improbidade administrativa Sujeitos da improbidade administrativa
Origem: STF

Os agentes políticos, com exceção do Presidente da República, encontram-se


sujeitos a duplo regime sancionatório, de modo que se submetem tanto à
responsabilização civil pelos atos de improbidade administrativa quanto à
responsabilização político-administrativa por crimes de responsabilidade. O foro
especial por prerrogativa de função previsto na Constituição Federal em relação
às infrações penais comuns não é extensível às ações de improbidade
administrativa. STF. Plenário. Pet 3240 AgR/DF, rel. Min. Teori Zavascki, red. p/
o ac. Min. Roberto Barroso, julgado em 10/5/2018 (Info 901).

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STF restringe foro por prerrogativa de função


Direito Processual Penal Competência Foro por prerrogativa de função
Origem: STF

As normas da Constituição de 1988 que estabelecem as hipóteses de foro por


prerrogativa de função devem ser interpretadas restritivamente, aplicando-se
apenas aos crimes que tenham sido praticados durante o exercício do cargo e
em razão dele. Assim, por exemplo, se o crime foi praticado antes de o indivíduo
ser diplomado como Deputado Federal, não se justifica a competência do STF,
devendo ele ser julgado pela 1ª instância mesmo ocupando o cargo de
parlamentar federal. Além disso, mesmo que o crime tenha sido cometido após a
investidura no mandato, se o delito não apresentar relação direta com as funções
exercidas, também não haverá foro privilegiado. Foi fixada, portanto, a seguinte
tese: O foro por prerrogativa de função aplica-se apenas aos crimes cometidos
durante o exercício do cargo e relacionados às funções desempenhadas. STF.
Plenário. AP 937 QO/RJ, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 03/05/2018.
Após o final da instrução processual, com a publicação do despacho de
intimação para apresentação de alegações finais, a competência para processar
e julgar ações penais não será mais afetada em razão de o agente público vir a
ocupar outro cargo ou deixar o cargo que ocupava, qualquer que seja o motivo.
STF. Plenário. AP 937 QO/RJ, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em
03/05/2018.

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Transgênero pode alterar seu prenome e gênero no


registro civil mesmo sem fazer cirurgia de
transgenitalização e mesmo sem autorização judicial
Direito Civil Direitos da personalidade Nome
Origem: STF

Os transgêneros, que assim o desejarem, independentemente da cirurgia de


transgenitalização, ou da realização de tratamentos hormonais ou
patologizantes, possuem o direito à alteração do prenome e do gênero (sexo)
diretamente no registro civil. STF. Plenário. ADI 4275/DF, rel. orig. Min. Marco
Aurélio, red. p/ o acórdão Min. Edson Fachin, julgado em 28/2 e 1º/3/2018 (Info
892).

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É aplicável a alínea “d” do inciso I do art. 1º da LC 64/90,


com a redação dada pela LC 135/2010, a fatos anteriores
a sua publicação
Direito Eleitoral Outros temas Geral
Origem: STF

A condenação por abuso do poder econômico ou político em ação de


investigação judicial eleitoral, transitada em julgado, “ex vi” do artigo 22, inciso
XIV, da Lei Complementar 64/90, em sua redação primitiva, é apta a atrair a
incidência da inelegibilidade do artigo 1º, inciso I, alínea "d", na redação dada
pela Lei Complementar 135/2010, aplicando-se a todos os processos de
registros de candidatura em trâmite. STF. Plenário. RE 929670/DF, rel. orig. Min.
Ricardo Lewandowski, red. p/ o ac. Min. Luiz Fux, julgado em 1º/3/2018
(repercussão geral) (Info 892).

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É possível celebrar acordo em ADPF


Direito Constitucional Controle de constitucionalidade ADPF
Origem: STF
É possível que seja celebrado um acordo no bojo de uma arguição de
descumprimento de preceito fundamental (ADPF)? SIM. É possível a celebração
de acordo num processo de índole objetiva, como a ADPF, desde que fique
demonstrado que há no feito um conflito intersubjetivo subjacente (implícito), que
comporta solução por meio de autocomposição. Vale ressaltar que, na
homologação deste acordo, o STF não irá chancelar ou legitimar nenhuma das
teses jurídicas defendidas pelas partes no processo. O STF irá apenas
homologar as disposições patrimoniais que forem combinadas e que estiverem
dentro do âmbito da disponibilidade das partes. A homologação estará apenas
resolvendo um incidente processual, com vistas a conferir maior efetividade à
prestação jurisdicional. STF. Plenário. ADPF 165/DF, Rel. Min. Ricardo
Lewandowski, julgado em 1º/3/2018 (Info 892).

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É possível a impetração de habeas corpus coletivo


Direito Processual Penal Habeas corpus e revisão criminal Noções gerais
Origem: STF

O STF admitiu a possibilidade de habeas corpus coletivo. O habeas corpus se


presta a salvaguardar a liberdade. Assim, se o bem jurídico ofendido é o direito
de ir e vir, quer pessoal, quer de um grupo determinado de pessoas, o
instrumento processual para resgatá-lo é o habeas corpus, individual ou coletivo.
A ideia de admitir a existência de habeas corpus coletivo está de acordo com a
tradição jurídica nacional de conferir a maior amplitude possível ao remédio
heroico (doutrina brasileira do habeas corpus). Apesar de não haver uma
previsão expressa no ordenamento jurídico, existem dois dispositivos legais que,
indiretamente, revelam a possibilidade de habeas corpus coletivo. Trata-se do
art. 654, § 2º e do art. 580, ambos do CPP. O art. 654, § 2º estabelece que
compete aos juízes e tribunais expedir ordem de habeas corpus de ofício. O art.
580 do CPP, por sua vez, permite que a ordem concedida em determinado
habeas corpus seja estendida para todos que se encontram na mesma situação.
Assim, conclui-se que os juízes ou Tribunais podem estender para todos que se
encontrem na mesma situação a ordem de habeas corpus concedida
individualmente em favor de uma pessoa. Existem mais de 100 milhões de
processos no Poder Judiciário, a cargo de pouco mais de 16 mil juízes, exigindo
do STF que prestigie remédios processuais de natureza coletiva com o objetivo
de emprestar a máxima eficácia ao mandamento constitucional da razoável
duração do processo e ao princípio universal da efetividade da prestação
jurisdicional. Diante da inexistência de regramento legal, o STF entendeu que se
deve aplicar, por analogia, o art. 12 da Lei nº 13.300/2016, que trata sobre os
legitimados para propor mandado de injunção coletivo. Assim, possuem
legitimidade para impetrar habeas corpus coletivo: 1) o Ministério Público; 2) o
partido político com representação no Congresso Nacional; 3) a organização
sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em
funcionamento há pelo menos 1 (um) ano; 4) a Defensoria Pública. STF. 2ª
Turma.HC 143641/SP. Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgado em 20/2/2018
(Info 891).

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Efeito vinculante de declaração incidental de


inconstitucionalidade
Direito Constitucional Controle de constitucionalidade Outros temas
Origem: STF

Se uma lei ou ato normativo é declarado inconstitucional pelo STF,


incidentalmente, ou seja, em sede de controle difuso, essa decisão, assim como
acontece no controle abstrato, também produz eficácia erga omnes e efeitos
vinculantes. O STF passou a acolher a teoria da abstrativização do controle
difuso. Assim, se o Plenário do STF decidir a constitucionalidade ou
inconstitucionalidade de uma lei ou ato normativo, ainda que em controle difuso,
essa decisão terá os mesmos efeitos do controle concentrado, ou seja, eficácia
erga omnes e vinculante. Houve mutação constitucional do art. 52, X, da CF/88.
A nova interpretação deve ser a seguinte: quando o STF declara uma lei
inconstitucional, mesmo em sede de controle difuso, a decisão já tem efeito
vinculante e erga omnes e o STF apenas comunica ao Senado com o objetivo de
que a referida Casa Legislativa dê publicidade daquilo que foi decidido. STF.
Plenário. ADI 3406/RJ e ADI 3470/RJ, Rel. Min. Rosa Weber, julgados em
29/11/2017 (Info 886).

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Judiciário pode impor aos parlamentares as medidas


cautelares do art. 319 do CPP, no entanto, a respectiva
Casa legislativa pode rejeitá-las (caso Aécio Neves)
Direito Constitucional Poder Legislativo Imunidade parlamentar
Origem: STF

O Poder Judiciário possui competência para impor aos parlamentares, por


autoridade própria, as medidas cautelares previstas no art. 319 do CPP, seja em
substituição de prisão em flagrante delito por crime inafiançável, por constituírem
medidas individuais e específicas menos gravosas; seja autonomamente, em
circunstâncias de excepcional gravidade. Obs: no caso de Deputados Federais e
Senadores, a competência para impor tais medidas cautelares é do STF (art.
102, I, “b”, da CF/88). Importante, contudo, fazer uma ressalva: se a medida
cautelar imposta pelo STF impossibilitar, direta ou indiretamente, que o
Deputado Federal ou Senador exerça o seu mandato, então, neste caso, o
Supremo deverá encaminhar a sua decisão, no prazo de 24 horas, à Câmara
dos Deputados ou ao Senado Federal para que a respectiva Casa delibere se a
medida cautelar imposta pela Corte deverá ou não ser mantida. Assim, o STF
pode impor a Deputado Federal ou Senador qualquer das medidas cautelares
previstas no art. 319 do CPP. No entanto, se a medida imposta impedir, direta ou
indiretamente, que esse Deputado ou Senador exerça seu mandato, então, neste
caso, a Câmara ou o Senado poderá rejeitar (“derrubar”) a medida cautelar que
havia sido determinada pelo Judiciário. Aplica-se, por analogia, a regra do §2º do
art. 53 da CF/88 também para as medidas cautelares diversas da prisão. STF.
Plenário. ADI 5526/DF, rel. orig. Min. Edson Fachin, red. p/ o ac. Min. Alexandre
de Moraes, julgado em 11/10/2017 (Info 881).

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Em caso de sucessão causa mortis do companheiro


deverão ser aplicadas as mesmas regras da sucessão
causa mortis do cônjuge
Direito Civil Casamento e união estável União estável
Origem: STJ

O STF fixou a seguinte tese: No sistema constitucional vigente, é inconstitucional


a diferenciação de regimes sucessórios entre cônjuges e companheiros,
devendo ser aplicado, em ambos os casos, o regime estabelecido no art. 1.829
do Código Civil. STF. Plenário. RE 646721/RS, Rel. Min. Marco Aurélio, red. p/ o
ac. Min. Roberto Barroso e RE 878694/MG, Rel. Min. Roberto Barroso, julgados
em 10/5/2017 (repercussão geral) (Info 864). O STJ acompanhou o
entendimento do Supremo e também decidiu de forma similar: É inconstitucional
a distinção de regimes sucessórios entre cônjuges e companheiros, devendo ser
aplicado, em ambos os casos, o regime estabelecido no art. 1.829 do CC/2002.
STJ. 3ª Turma. REsp 1332773-MS, Rel. Min. Ricardo Villas BôasCueva, julgado
em 27/6/2017 (Info 609).

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O ensino religioso nas escolas públicas brasileiras pode
ter natureza confessional
Direito Constitucional Direitos e garantias fundamentais Educação
Origem: STF

A CF/88 prevê que “o ensino religioso, de matrícula facultativa, constituirá


disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental.”
(art. 210, § 1º). Diante disso, nas escolas públicas são oferecidas aulas de
ensino religioso, normalmente vinculadas a uma religião específica. É o chamado
ensino religioso confessional. O PGR ajuizou ADI pedindo que fosse conferida
interpretação conforme a Constituição ao art. 33, §§ 1º e 2º da LDB e ao art. 11,
§ 1º do acordo Brasil-Santa Sé. Na ação, o PGR afirmava que não é permitido
que se ofereça ensino religioso confessional (vinculado a uma religião
específica). Para o autor, o ensino religioso deve ser voltado para a história e a
doutrina das várias religiões, ensinadas sob uma perspectiva laica e deve ser
ministrado por professores regulares da rede pública de ensino, e não por
pessoas vinculadas às igrejas. O STF julgou improcedente a ADI e decidiu que o
ensino religioso nas escolas públicas brasileiras pode ter natureza confessional,
ou seja, pode sim ser vinculado a religiões específicas. A partir da conjugação do
binômio Laicidade do Estado (art. 19, I) e Liberdade religiosa (art. 5º, VI), o
Estado deverá assegurar o cumprimento do art. 210, § 1º da CF/88, autorizando
na rede pública, em igualdade de condições o oferecimento de ensino
confessional das diversas crenças, mediante requisitos formais previamente
fixados pelo Ministério da Educação. Assim, deve ser permitido aos alunos, que
expressa e voluntariamente se matricularem, o pleno exercício de seu direito
subjetivo ao ensino religioso como disciplina dos horários normais das escolas
públicas de ensino fundamental, ministrada de acordo com os princípios de sua
confissão religiosa, por integrantes da mesma, devidamente credenciados a
partir de chamamento público e, preferencialmente, sem qualquer ônus para o
Poder Público. Dessa forma, o STF entendeuque a CF/88 não proíbe que sejam
oferecidas aulas de uma religião específica, que ensine os dogmas ou valores
daquela religião. Não há qualquer problema nisso, desde que se garanta
oportunidade a todas as doutrinas religiosas. STF. Plenário.ADI 4439/DF, rel.
orig. Min. Roberto Barroso, red. p/ o ac. Min. Alexandre de Moraes, julgado em
27/9/2017 (Info 879).

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Transexual pode alterar seu prenome e gênero no


registro civil mesmo sem fazer a cirurgia de
transgenitalização
Direito Civil Direitos da personalidade Nome
Origem: STJ

O direito dos transexuais à retificação do prenome e do sexo/gênero no registro


civil não é condicionado à exigência de realização da cirurgia de
transgenitalização. Trata-se de novidade porque, anteriormente, a jurisprudência
exigia a realização da cirurgia de transgenitalização. STJ. 4ª Turma.REsp
1626739-RS, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 9/5/2017 (Info 608).

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Diversos aspectos relacionados com a homologação do


acordo
Direito Processual Penal Outros temas Colaboração premiada
Origem: STF

Papel do Poder Judiciário no acordo de colaboração premiada A colaboração é


um meio de obtenção de prova cuja iniciativa não se submete à reserva de
jurisdição.Nesse sentido, as tratativas e a celebração da avença são mantidas
exclusivamente entre o Ministério Público e o pretenso colaborador. O Poder
Judiciário é convocado ao final dos atos negociais apenas para aferir os
requisitos legais de existência e validade, com a indispensável homologação.
Natureza da decisão que homologa o acordo de colaboração premiada A
decisão do magistrado que homologa o acordo de colaboração premiada não
julga o mérito da pretensão acusatória, mas apenas resolve uma questão
incidente. Por isso, esta decisão tem natureza meramente homologatória,
limitando-se ao pronunciamento sobre a regularidade, legalidade e
voluntariedade do acordo (art. 4º, § 7º, da Lei nº 12.850/2013). Na decisão
homologatória, magistrado examina se as cláusulas contratuais ofendem
manifestamente o ordenamento jurídico No ato de homologação da colaboração
premiada, não cabe ao magistrado, de forma antecipada e extemporânea, tecer
juízo de valor sobre o conteúdo das cláusulas avençadas, exceto nos casos de
flagrante ofensa ao ordenamento jurídico vigente. Em caso colaboração
premiada envolvendo investigados ou réus com foro no Tribunal, qual é o papel
do Relator? É atribuição do Relator homologar, monocraticamente, o acordo de
colaboração premiada, analisando apenas a sua regularidade, legalidade e
voluntariedade, nos termos do art. 4º, § 7º da Lei nº 12.850/2013. Em caso
colaboração premiada envolvendo investigados ou réus com foro no Tribunal,
qual é o papel do órgão colegiado? Compete ao órgão colegiado, em decisão
final de mérito,avaliar o cumprimento dos termos do acordo homologado e a sua
eficácia, conforme previsto no art. 4º, § 11 da Lei nº 12.850/2013. Acordo de
colaboração homologado pelo Relator deve, em regra, produzir seus efeitos,
salvo se presente hipótese de anulabilidade O acordo de colaboração
devidamente homologado individualmente pelo relator deve, em regra, produzir
seus efeitos diante do cumprimento dos deveres assumidos pelo colaborador.
Vale ressaltar, no entanto, que o órgão colegiado detém a possibilidade de
analisar fatos supervenientes ou de conhecimento posterior que firam a
legalidade do acordo, nos termos do § 4º do art. 966 do CPC/2015. O direito
subjetivo do colaborador nasce e se perfectibiliza na exata medida em que ele
cumpre seus deveres. O cumprimento dos deveres pelo colaborador é condição
sine qua non para que ele possa gozar dos direitos decorrentes do acordo. Por
isso diz-se que o acordo homologado como regular, voluntário e legal gera
vinculação condicionada ao cumprimento dos deveres assumidos pela
colaboração, salvo ilegalidade superveniente apta a justificar nulidade ou
anulação do negócio jurídico. STF. Plenário. Pet 7074/DF, Rel. Min. Edson
Fachin, julgado em 21, 22, 28 e 29/6/2017 (Info 870).

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Constitucionalidade do sistema de cotas raciais em


concursos públicos
Direito Constitucional Controle de constitucionalidade Outros temas
Origem: STF

Constitucionalidade do sistema de cotas raciais em concursos públicos A Lei nº


12.990/2014 estabeleceu uma cota aos negros de 20% das vagas em concursos
públicos realizados no âmbito da administração pública federal, das autarquias,
das fundações públicas, das empresas públicas e das sociedades de economia
mista controladas pela União. O STF declarou que essa Lei é constitucional e
fixou a seguinte tese de julgamento: "É constitucional a reserva de 20% das
vagas oferecidas nos concursos públicos para provimento de cargos efetivos e
empregos públicos no âmbito da administração pública direta e indireta.” Além
da autodeclaração, é possível que a Administração Pública adote critérios de
heteroidentificação para analisar se o candidato se enquadra nos parâmetros da
cota A Lei nº 12.990/2014 estabeleceu uma cota aos negros de 20% das vagas
em concursos públicos da administração pública federal, direta e indireta.
Segundo o art. 2º da Lei, poderão concorrer às vagas reservadas a candidatos
negros aqueles que se autodeclararem pretos ou pardos no ato da inscrição no
concurso público, conforme o quesito cor ou raça utilizado pelo IBGE. Trata-se
do chamado critério da autodeclaração. O STF afirmou que este critério é
constitucional. Entretanto, é possível também que a Administração Pública adote
um controle heterônomo, sobretudo quando existirem fundadas razões para
acreditar que houve abuso na autodeclaração. Assim, é legítima a utilização de
critérios subsidiários de heteroidentificação dos candidatos que se declararam
pretos ou pardos. A finalidade é combater condutas fraudulentas e garantir que
os objetivos da política de cotas sejam efetivamente alcançados. Vale ressaltar
que tais critérios deverão respeitar a dignidade da pessoa humana e assegurar o
contraditório e a ampla defesa. Exemplos desse controle heterônomo: exigência
de autodeclaração presencial perante a comissão do concurso; exigência de
apresentação de fotos pelos candidatos; formação de comissões com
composição plural para entrevista dos candidatos em momento posterior à
autodeclaração. Essa conclusão do STF foi resumida na seguinte tese de
julgamento: "É legítima a utilização, além da autodeclaração, de critérios
subsidiários de heteroidentificação, desde que respeitada a dignidade da pessoa
humana e garantidos o contraditório e a ampla defesa". STF. Plenário. ADC
41/DF, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 8/6/2017 (Info 868). Vale ressaltar
as Forças Armadas integram a Administração Pública Federal, de modo que a
vagas oferecidas nos concursos por elas promovidos sujeitam-se à política de
cotas prevista na Lei 12.990/2014. STF. Plenário. ADC 41 ED, Rel. Min. Roberto
Barroso, julgado em 12/04/2018.

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Transporte aéreo internacional e aplicabilidade das


Convenções de Varsóvia e de Montreal
Direito do Consumidor Conceito de consumidor Geral
Origem: STF

Em caso de extravio de bagagem ocorrido em transporte internacional


envolvendo consumidor, aplica-se o CDC ou a indenização tarifada prevista nas
Convenções de Varsóvia e de Montreal? As Convenções internacionais. Nos
termos do art. 178 da Constituição da República, as normas e os tratados
internacionais limitadores da responsabilidade das transportadoras aéreas de
passageiros, especialmente as Convenções de Varsóvia e Montreal, têm
prevalência em relação ao Código de Defesa do Consumidor. Art. 178. A lei
disporá sobre a ordenação dos transportes aéreo, aquático e terrestre, devendo,
quanto à ordenação do transporte internacional, observar os acordos firmados
pela União, atendido o princípio da reciprocidade. STF. Plenário. RE 636331/RJ,
Rel. Min. Gilmar Mendes e ARE 766618/SP, Rel. Min. Roberto Barroso, julgados
em 25/05/2017 (repercussão geral) (Info 866). O STJ passou a acompanhar o
mesmo entendimento do STF: É possível a limitação, por legislação internacional
espacial, do direito do passageiro à indenização por danos materiais decorrentes
de extravio de bagagem. STJ. 3ª Turma. REsp 673.048-RS, Rel. Min. Marco
Aurélio Bellizze, julgado em 08/05/2018 (Info 626).

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Não há necessidade de prévia autorização da ALE para


que o STJ receba denúncia criminal contra o Governador
do Estado
Direito Constitucional Poder Executivo Geral
Origem: STF

Não há necessidade de prévia autorização da Assembleia Legislativa para que o


STJ receba denúncia ou queixa e instaure ação penal contra Governador de
Estado, por crime comum. Em outras palavras, não há necessidade de prévia
autorização da ALE para que o Governador do Estado seja processado por crime
comum. Se a Constituição Estadual exigir autorização da ALE para que o
Governador seja processado criminalmente, essa previsão é considerada
inconstitucional. Assim, é vedado às unidades federativas instituir normas que
condicionem a instauração de ação penal contra Governador por crime comum à
previa autorização da Casa Legislativa. Se o STJ receber a denúncia ou queixa-
crime contra o Governador, ele ficará automaticamente suspenso de suas
funções no Poder Executivo estadual? NÃO. O afastamento do cargo não se dá
de forma automática. O STJ, no ato de recebimento da denúncia ou queixa, irá
decidir, de forma fundamentada, se há necessidade de o Governador do Estado
ser ou não afastado do cargo. Vale ressaltar que, além do afastamento do cargo,
o STJ poderá aplicar qualquer uma das medidas cautelares penais (exs: prisão
preventiva, proibição de ausentar-se da comarca, fiança, monitoração eletrônica
etc.). STF. Plenário. ADI 4777/BA, ADI 4674/RS, ADI 4362/DF, rel. orig. Min.
Dias Toffoli, red. p/ o acórdão Min. Roberto Barroso, julgado em 9/8/2017 (Info
872). STF. Plenário. ADI 5540/MG, Rel. Min. Edson Fachin, julgado em 3/5/2017
(Info 863). STF. Plenário. ADI 4764/AC, ADI 4797/MT e ADI 4798/PI, Rel. Min.
Celso de Mello, red. p/ o ac. Min. Roberto Barroso, julgados em 4/5/2017 (Info
863).

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Brasileiro, titular de green card, que adquire


nacionalidade norte-americana, perde a nacionalidade
brasileira e pode ser extraditado pelo Brasil
Direito Constitucional Direitos e garantias fundamentais Nacionalidade
Origem: STF

Se um brasileiro nato que mora nos EUA e possui o green card decidir adquirir a
nacionalidade norte-americana, ele irá perder a nacionalidade brasileira. Não se
pode afirmar que a presente situação se enquadre na exceção prevista na alínea
“b” do inciso II do § 4º do art. 12 da CF/88. Isso porque, como ele já tinha o
green card, não havia necessidade de ter adquirido a nacionalidade norte-
americana como condição para permanência ou para o exercício de direitos
civis. O estrangeiro titular de green card já pode morar e trabalhar livremente nos
EUA. Dessa forma, conclui-se que a aquisição da cidadania americana ocorreu
por livre e espontânea vontade. Vale ressaltar que, perdendo a nacionalidade,
ele perde os direitos e garantias inerentes ao brasileiro nato. Assim, se cometer
um crime nos EUA e fugir para o Brasil, poderá ser extraditado sem que isso
configure ofensa ao art. 5º, LI, da CF/88. STF. 1ª Turma. MS 33864/DF, Rel. Min.
Roberto Barroso, julgado em 19/4/2016 (Info 822). STF. 1ª Turma. Ext 1462/DF,
Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 28/3/2017 (Info 859).
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Os livros eletrônicos gozam de imunidade tributária


Direito Tributário Imunidade tributária Imunidade cultural
Origem: STF

A imunidade tributária constante do art. 150, VI, “d”, da Constituição Federal


(CF), aplica-se ao livro eletrônico (“e-book”), inclusive aos suportes
exclusivamente utilizados para fixá-lo. STF. Plenário. RE 330817/RJ, Rel. Min.
Dias Toffoli, julgado em 8/3/2017 (repercussão geral) (Info 856).

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Estado deve indenizar preso que se encontre em


situação degradante
Direito Administrativo Responsabilidade civil Casos envolvendo detentos
Origem: STF

Considerando que é dever do Estado, imposto pelo sistema normativo, manter


em seus presídios os padrões mínimos de humanidade previstos no
ordenamento jurídico, é de sua responsabilidade, nos termos do art. 37, § 6º, da
Constituição, a obrigação de ressarcir os danos, inclusive morais,
comprovadamente causados aos detentos em decorrência da falta ou
insuficiência das condições legais de encarceramento. STF. Plenário. RE
580252/MS, rel. orig. Min. Teori Zavascki, red. p/ o ac. Min. Gilmar Mendes,
julgado em 16/2/2017 (repercussão geral) (Info 854).
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Interrupção da gravidez no primeiro trimestre da


gestação
Direito Penal Crimes contra a vida Aborto
Origem: STF

A interrupção da gravidez no primeiro trimestre da gestação provocada pela


própria gestante (art. 124) ou com o seu consentimento (art. 126) não é crime. É
preciso conferir interpretação conforme a Constituição aos arts. 124 a 126 do
Código Penal – que tipificam o crime de aborto – para excluir do seu âmbito de
incidência a interrupção voluntária da gestação efetivada no primeiro trimestre. A
criminalização, nessa hipótese, viola diversos direitos fundamentais da mulher,
bem como o princípio da proporcionalidade. STF. 1ª Turma. HC 124306/RJ, rel.
orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ o ac. Min. Roberto Barroso, julgado em
29/11/2016 (Info 849).

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Administração Pública deve descontar os dias não


trabalhados por servidor público em greve
Direito Administrativo Servidores públicos Greve
Origem: STF

A administração pública deve proceder ao desconto dos dias de paralisação


decorrentes do exercício do direito de greve pelos servidores públicos, em
virtude da suspensão do vínculo funcional que dela decorre. É permitida a
compensação em caso de acordo. O desconto será, contudo, incabível se ficar
demonstrado que a greve foi provocada por conduta ilícita do Poder Público.
STF. Plenário. RE 693456/RJ, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 27/10/2016
(repercussão geral) (Info 845).

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Substituição tributária progressiva e restituição do ICMS


pago a mais quando a BC efetiva da operação for inferior
à presumida
Direito Tributário ICMS e outros impostos estaduais Geral
Origem: STF

É devida a restituição da diferença do Imposto sobre Circulação de Mercadorias


e Serviços (ICMS) pago a mais, no regime de substituição tributária para a
frente, se a base de cálculo efetiva da operação for inferior à presumida. STF.
Plenário. ADI 2675/PE, Rel. Min. Ricardo Lewandowski e ADI 2777/SP, red. p/ o
ac. Min. Ricardo Lewandowski, julgados em 19/10/2016 (Info 844). STF.
Plenário. RE 593849/MG, Rel. Min. Edson Fachin, julgados em 19/10/2016
(repercussão geral) (Info 844).

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É possível o início da execução da pena condenatória


após a prolação de acórdão condenatório em 2º grau
Direito Processual Penal Execução penal Execução provisória da pena
Origem: STF
A execução provisória de acórdão penal condenatório proferido em grau de
apelação, ainda que sujeito a recurso especial ou extraordinário, não ofende o
princípio constitucional da presunção de inocência (art. 5º, LVII, da CF/88) e não
viola o texto do art. 283 do CPP. STF. Plenário. ADC 43 e 44 MC/DF, rel. orig.
Min. Marco Aurélio, red. p/ o ac. Min. Edson Fachin, julgados em 05/10/2016
(Info 842).

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É inconstitucional a prática da vaquejada


Direito Ambiental Outros temas Geral
Origem: STF

É inconstitucional lei estadual que regulamenta a atividade da “vaquejada”.


Segundo decidiu o STF, os animais envolvidos nesta prática sofrem tratamento
cruel, razão pela qual esta atividade contraria o art. 225, § 1º, VII, da CF/88. A
crueldade provocada pela “vaquejada” faz com que, mesmo sendo esta uma
atividade cultural, não possa ser permitida. A obrigação de o Estado garantir a
todos o pleno exercício de direitos culturais, incentivando a valorização e a
difusão das manifestações, não prescinde da observância do disposto no inciso
VII do § 1º do art. 225 da CF/88, que veda práticas que submetam os animais à
crueldade. STF. Plenário. ADI 4983/CE, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em
06/10/2016 (Info 842).

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É inconstitucional a prática da vaquejada


Direito Constitucional Temas diversos Meio Ambiente
Origem: STF

É inconstitucional lei estadual que regulamenta a atividade da “vaquejada”.


Segundo decidiu o STF, os animais envolvidos nesta prática sofrem tratamento
cruel, razão pela qual esta atividade contraria o art. 225, § 1º, VII, da CF/88. A
crueldade provocada pela “vaquejada” faz com que, mesmo sendo esta uma
atividade cultural, não possa ser permitida. A obrigação de o Estado garantir a
todos o pleno exercício de direitos culturais, incentivando a valorização e a
difusão das manifestações, não prescinde da observância do disposto no inciso
VII do § 1º do art. 225 da CF/88, que veda práticas que submetam os animais à
crueldade. STF. Plenário. ADI 4983/CE, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em
06/10/2016 (Info 842).

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Necessidade de prévio requerimento administrativo


Direito Previdenciário Processo administrativo e judicial previdenciário Geral
Origem: STJ

Em regra, o segurado/dependente somente pode propor a ação pleiteando a


concessão do benefício previdenciário se anteriormente formulou requerimento
administrativo junto ao INSS e este foi negado. Assim, para que se proponha a
ação pleiteando a concessão do benefício previdenciário, é preciso que, antes,
tenha ocorrido uma das três situações abaixo: 1) o interessado requereu
administrativamente o benefício, mas este foi negado pelo INSS (total ou
parcialmente); 2) o interessado requereu administrativamente o benefício, mas o
INSS não deu uma decisão em um prazo máximo de 45 dias; 3) o interessado
não requereu administrativamente o benefício, mas é notório que, sobre esse
tema, o INSS tem posição contrária ao pedido feito pelo segurado. STF. Plenário.
RE 631240/MG, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 27/8/2014 (repercussão
geral) (Info 756). STJ. 1ª Seção. REsp 1369834-SP, Rel. Min. Benedito
Gonçalves, julgado em 24/9/2014 (recurso repetitivo) (Info 553).

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Inconstitucionalidade do critério de renda per capita


inferior a 1/4
Direito Previdenciário Benefício de prestação continuada Geral
Origem: STF

O § 3º do art. 20 da Lei nº 8.742/93, que prevê o critério da renda per capita


inferior a 1/4 do salário-mínimo para concessão do LOAS, é
INCONSTITUCIONAL. Este critério encontra-se defasado e a análise da situação
de miserabilidade deverá ser feita, no caso concreto, com base em outros
parâmetros. STF. Plenário. RE 567985/MT, red. p/ o acórdão Min. Gilmar
Mendes, 17 e 18/4/2013; RE 580963/PR, rel. Min. Gilmar Mendes, 17 e
18/4/2013 (repercussão geral) (Info 702).

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Falta de vagas nos regimes semiaberto e aberto e


cumprimento da pena
Direito Processual Penal Execução penal Temas diversos
Origem: STJ

Súmula vinculante 56: A falta de estabelecimento penal adequado não autoriza a


manutenção do condenado em regime prisional mais gravoso, devendo-se
observar, nesta hipótese, os parâmetros fixados no Recurso Extraordinário (RE)
641320.

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É possível o início da execução da pena condenatória


após a prolação de acórdão condenatório em 2º grau
Direito Processual Penal Execução penal Temas diversos
Origem: STF

A execução provisória de acórdão penal condenatório proferido em grau de


apelação, ainda que sujeito a recurso especial ou extraordinário, não
compromete o princípio constitucional da presunção de inocência. Em outras
palavras, é possível o início da execução da pena condenatória após a prolação
de acórdão condenatório em 2º grau e isso não ofende o princípio constitucional
da presunção da inocência. STF. Plenário. HC 126292/SP, Rel. Min. Teori
Zavascki, julgado em 17/2/2016 (Info 814).

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Cabimento de embargos infringentes no STF


Direito Processual Penal Recursos Geral
Origem: STF

São cabíveis embargos infringentes contra decisão do STF que tiver condenado
o réu em processo de competência originária daquela Corte, desde que tenha
havido, no mínimo, quatro votos divergentes. Os embargos infringentes do STF
estão previstos no art. 331, I, do RISTF, que foi recepcionado pela CF/88 com
força de lei ordinária e não foi revogado pela Lei nº 8.038/90. STF. Plenário. AP
470 AgR — vigésimo quinto/MG, rel. orig. Min. Joaquim Barbosa, red. p/ o
acórdão Min. Teori Zavascki; AP 470 AgR — vigésimo sexto/MG, rel. orig. Min.
Joaquim Barbosa, red. p/ o acórdão Min. Roberto Barroso; AP 470 AgR —
vigésimo sétimo/MG, rel. Min. Joaquim Barbosa, 18.9.2013 (Info 720).

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Constitucionalidade do Provimento do TJ que


regulamentou a audiência de custódia
Direito Processual Penal Prisão e liberdade Prisão em flagrante
Origem: STF

Audiência de custódia consiste no direito que a pessoa presa em flagrante


possui de ser conduzida (levada), sem demora, à presença de uma autoridade
judicial (magistrado) que irá analisar se os direitos fundamentais dessa pessoa
foram respeitados (ex: se não houve tortura), se a prisão em flagrante foi legal e
se a prisão cautelar deve ser decretada ou se o preso poderá receber a
liberdade provisória ou medida cautelar diversa da prisão. A audiência de
custódia é prevista na Convenção Americana de Direitos Humanos (CADH), que
ficou conhecida como "Pacto de San Jose da Costa Rica", promulgada no Brasil
pelo Decreto 678/92 e ainda não regulamentada em lei no Brasil. Diante dessa
situação, o TJSP editou o Provimento Conjunto nº 03/2015 regulamentando a
audiência de custódia no âmbito daquele Tribunal. O STF entendeu que esse
Provimento é constitucional porque não inovou na ordem jurídica, mas apenas
explicitou conteúdo normativo já existente em diversas normas da CADH e do
CPP. Por fim, o STF afirmou que não há que se falar em violação ao princípio da
separação dos poderes porque não foi o Provimento Conjunto que criou
obrigações para os delegados de polícia, mas sim a citada convenção e o CPP.
STF. Plenário. ADI 5240/SP, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 20/8/2015 (Info 795).

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Ministério Público pode realizar diretamente a
investigação de crimes
Direito Processual Penal Investigação criminal Geral
Origem: STF

O STF reconheceu a legitimidade do Ministério Público para promover, por


autoridade própria, investigações de natureza penal, mas ressaltou que essa
investigação deverá respeitar alguns parâmetros que podem ser a seguir
listados: 1) Devem ser respeitados os direitos e garantias fundamentais dos
investigados; 2) Os atos investigatórios devem ser necessariamente
documentados e praticados por membros do MP; 3) Devem ser observadas as
hipóteses de reserva constitucional de jurisdição, ou seja, determinadas
diligências somente podem ser autorizadas pelo Poder Judiciário nos casos em
que a CF/88 assim exigir (ex: interceptação telefônica, quebra de sigilo bancário
etc.); 4) Devem ser respeitadas as prerrogativas profissionais asseguradas por
lei aos advogados; 5) Deve ser assegurada a garantia prevista na Súmula
vinculante 14 do STF (“É direito do defensor, no interesse do representado, ter
acesso amplo aos elementos de prova que, já documentados em procedimento
investigatório realizado por órgão com competência de polícia judiciária, digam
respeito ao exercício do direito de defesa”); 6) A investigação deve ser realizada
dentro de prazo razoável; 7) Os atos de investigação conduzidos pelo MP estão
sujeitos ao permanente controle do Poder Judiciário. A tese fixada em
repercussão geral foi a seguinte: “O Ministério Público dispõe de competência
para promover, por autoridade própria, e por prazo razoável, investigações de
natureza penal, desde que respeitados os direitos e garantias que assistem a
qualquer indiciado ou a qualquer pessoa sob investigação do Estado,
observadas, sempre, por seus agentes, as hipóteses de reserva constitucional
de jurisdição e, também, as prerrogativas profissionais de que se acham
investidos, em nosso País, os advogados (Lei 8.906/1994, art. 7º, notadamente
os incisos I, II, III, XI, XIII, XIV e XIX), sem prejuízo da possibilidade — sempre
presente no Estado democrático de Direito — do permanente controle
jurisdicional dos atos, necessariamente documentados (Enunciado 14 da Súmula
Vinculante), praticados pelos membros dessa Instituição.” STF. 1ª Turma. HC
85011/RS, red. p/ o acórdão Min. Teori Zavascki, julgado em 26/5/2015 (Info
787). STF. Plenário. RE 593727/MG, rel. orig. Min. Cezar Peluso, red. p/ o
acórdão Min. Gilmar Mendes, julgado em 14/5/2015 (repercussão geral) (Info
785).

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No tráfico de drogas, o regime inicial nem sempre será o


fechado
Direito Penal Lei de Drogas (Lei 11.343/2006) Geral
Origem: STF e STJ

Qual é o regime inicial de cumprimento de pena do réu que for condenado por
tráfico de drogas? • Lei nº 8.072/90: prevê que o regime inicial deve ser,
obrigatoriamente, o fechado (art. 2º, § 1º). • Plenário do STF: esse § 1º do art. 2º
da Lei nº 8.072/90 é INCONSTITUCIONAL. O regime inicial nas condenações
por crimes hediondos ou equiparados (como é o caso do tráfico de drogas) não
tem que ser obrigatoriamente o fechado, podendo ser também o regime
semiaberto ou aberto, desde que presentes os requisitos do art. 33, § 2º, alíneas
“b” e “c”, do Código Penal. • STJ: também adota o entendimento do STF. Assim,
é possível a fixação de regime prisional diferente do fechado para o início do
cumprimento de pena imposta ao condenado por tráfico de drogas. STF.
Plenário. HC 111840/ES, rel. Min. Dias Toffoli, 27/6/2012 (Info 672). STJ. 3ª
Seção. EREsp 1285631-SP, Rel. Min. Sebastião Reis Junior, julgado em
24/10/2012 (Info 507). É inconstitucional a fixação ex lege, com base no art. 2º, §
1º, da Lei 8.072/1990, do regime inicial fechado, devendo o julgador, quando da
condenação, ater-se aos parâmetros previstos no artigo 33 do Código Penal.
STF. Plenário. ARE 1052700 RG, Rel. Min. Edson Fachin, julgado em
02/11/2017 (repercussão geral).

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Classificação indicativa dos programas de rádio e TV


Direito da Criança e do Adolescente Aspectos cíveis da proteção à criança e ao
adolescente Geral
Origem: STF

É inconstitucional a expressão “em horário diverso do autorizado” contida no art.


254 do ECA. "Art. 254. Transmitir, através de rádio ou televisão, espetáculo em
horário diverso do autorizado ou sem aviso de sua classificação: Pena - multa de
vinte a cem salários de referência; duplicada em caso de reincidência a
autoridade judiciária poderá determinar a suspensão da programação da
emissora por até dois dias." O Estado não pode determinar que os programas
somente possam ser exibidos em determinados horários. Isso seria uma
imposição, o que é vedado pelo texto constitucional por configurar censura. O
Poder Público pode apenas recomendar os horários adequados. A classificação
dos programas é indicativa (e não obrigatória). STF. Plenário. ADI 2404/DF, Rel.
Min. Dias Toffoli, julgado em 31/8/2016 (Info 837).

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Interrupção de gravidez de feto anencéfalo é conduta


atípica
Direito Penal Crimes contra a vida Aborto
Origem: STF
É inconstitucionalidade a interpretação segundo a qual a interrupção da gravidez
de feto anencéfalo seria conduta tipificada nos arts. 124, 126 e 128, I e II, do CP.
A interrupção da gravidez de feto anencéfalo é atípica. STF. Plenário. ADPF
54/DF, rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 11 e 12/4/2012.

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Emenda parlamentar em medida provisória e


contrabando legislativo
Direito Constitucional Processo legislativo Medidas provisórias
Origem: STF

Durante a tramitação de uma medida provisória no Congresso Nacional, os


parlamentares poderão apresentar emendas? SIM, no entanto, tais emendas
deverão ter relação de pertinência temática com a medida provisória que está
sendo apreciada. Assim, a emenda apresentada deverá ter relação com o
assunto tratado na medida provisória. Desse modo, é incompatível com a
Constituição a apresentação de emendas sem relação de pertinência temática
com medida provisória submetida à sua apreciação. STF. Plenário. ADI 5127/DF,
rel. orig. Min. Rosa Weber, red. p/ o acórdão Min. Edson Fachin, julgado em
15/10/2015 (Info 803). STF. Plenário. ADI 5012/DF, Rel. Min. Rosa Weber,
julgado em 16/3/2017 (Info 857).

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Ação de improbidade contra agentes políticos é de


competência do juízo de 1ª instância
Direito Administrativo Improbidade administrativa Competência
Origem: STJ
Para o STJ, a ação de improbidade administrativa deve ser processada e julgada
nas instâncias ordinárias, ainda que proposta contra agente político que tenha
foro privilegiado no âmbito penal e nos crimes de responsabilidade. STJ. Corte
Especial. AgRg na Rcl 12514-MT, Rel. Min. Ari Pargendler, julgado em 16/9/2013
(Info 527).

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Aprovação e direito à nomeção: tese fixada pelo STF em


repercussão geral
Direito Administrativo Concursos públicos Aprovação e direito à nomeação
Origem: STF

O surgimento de novas vagas ou a abertura de novo concurso para o mesmo


cargo, durante o prazo de validade do certame anterior, não gera
automaticamente o direito à nomeação dos candidatos aprovados fora das vagas
previstas no edital, ressalvadas as hipóteses de preterição arbitrária e imotivada
por parte da administração, caracterizada por comportamento tácito ou expresso
do Poder Público capaz de revelar a inequívoca necessidade de nomeação do
aprovado durante o período de validade do certame, a ser demonstrada de forma
cabal pelo candidato. Assim, o direito subjetivo à nomeação do candidato
aprovado em concurso público exsurge nas seguintes hipóteses: a) quando a
aprovação ocorrer dentro do número de vagas dentro do edital; b) quando
houver preterição na nomeação por não observância da ordem de classificação;
e c) quando surgirem novas vagas, ou for aberto novo concurso durante a
validade do certame anterior, e ocorrer a preterição de candidatos de forma
arbitrária e imotivada por parte da administração nos termos acima. STF.
Plenário. RE 837311/PI, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 09/12/2015 (repercussão
geral) (Info 811).

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Restrição a candidatos com tatuagem
Direito Administrativo Concursos públicos Noções gerais
Origem: STF

Editais de concurso público não podem estabelecer restrição a pessoas com


tatuagem, salvo situações excepcionais em razão de conteúdo que viole valores
constitucionais. STF. Plenário. RE 898450/SP, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em
17/8/2016 (repercussão geral) (Info 835).

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Biografias: autorização prévia e liberdade de expressão


Direito Civil Direitos da personalidade Temas diversos
Origem: STF

Para que seja publicada uma biografia NÃO é necessária a autorização prévia do
indivíduo biografado, das demais pessoas retratadas, nem de seus familiares.
Essa autorização prévia seria uma forma de censura, não sendo compatível com
a liberdade de expressão consagrada pela CF/88. As exatas palavras do STF
foram as seguintes: “É inexigível o consentimento de pessoa biografada
relativamente a obras biográficas literárias ou audiovisuais, sendo por igual
desnecessária a autorização de pessoas retratadas como coadjuvantes ou de
familiares, em caso de pessoas falecidas ou ausentes”. Caso o biografado ou
qualquer outra pessoa retratada na biografia entenda que seus direitos foram
violados pela publicação, terá direito à reparação, que poderá ser feita não
apenas por meio de indenização pecuniária, como também por outras formas,
tais como a publicação de ressalva, de nova edição com correção, de direito de
resposta etc. STF. Plenário. ADI 4815/DF, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em
10/6/2015 (Info 789).

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Direito ao esquecimento
Direito Civil Direitos da personalidade Direito à imagem
Origem: STJ

O STJ admite, a depender do caso concreto, o chamado direito ao


esquecimento. STJ. 4ª Turma. REsp 1335153-RJ e REsp 1.334.097-RJ, Rel.
Min. Luis Felipe Salomão, julgados em 28/5/2013 (Info 527).

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Constitucionalidade da Lei da Ficha Limpa


Direito Eleitoral Outros temas Geral
Origem: STF

Principais conclusões do STF sobre o tema: I — A Lei da “Ficha Limpa” (LC


135/2010) é inteiramente compatível com a Constituição, não tendo sido
declarado inconstitucional nenhum de seus dispositivos. II — A Lei da “Ficha
Limpa” não viola o princípio da presunção de inocência porque este postulado
refere-se ao campo penal e processual penal, enquanto a LC trata de matéria
eleitoral (inelegibilidade). III — Não é possível “descontar” (“detração”) do
período de 8 anos de inelegibilidade o tempo em que a pessoa ficou inelegível
antes do trânsito em julgado e antes de cumprir a pena. IV — Os atos praticados
antes da vigência da LC 135/2010, assim como as condenações anteriores a
esta Lei, PODEM ser utilizados para configurar as hipóteses de inelegibilidade
previstas na Lei da Ficha Limpa, sem que isso configure violação ao princípio da
irretroatividade. STF. Plenário. ADC 29/DF, rel. Min. Luiz Fux, 15 e 16/2/2012,
ADC 30/DF, rel. Min. Luiz Fux, 15 e 16/2/2012 e ADI 4578/DF, rel. Min. Luiz Fux,
15 e 16/2/2012 (repercussão geral) (Info 655).

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Inconstitucionalidade das doações feitas por pessoas


jurídicas
Direito Eleitoral Financiamento de campanha eleitoral Geral
Origem: STF

As contribuições de pessoas jurídicas para campanhas eleitorais e partidos


políticos são inconstitucionais. As contribuições de pessoas físicas são válidas e
regulam-se de acordo com a lei em vigor. STF. Plenário. ADI 4650/DF, Rel. Min.
Luiz Fux, julgado em 16 e 17/9/2015 (Info 799).

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Responsabilidade da União por plano econômico e


congelamento de tarifas (“caso Varig”)
Direito Administrativo Responsabilidade civil Casos concretos
Origem: STF

O STF reconheceu que a União deve indenizar companhia aérea que explorava
os serviços de aviação sob o regime de concessão, pelos prejuízos causados
decorrentes de plano econômico que determinou o congelamento das tarifas de
aviação. STF. Plenário. RE 571969/DF, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em
12/3/2014 (Info 738).

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Crimes de responsabilidade envolvendo Governadores


de Estado
Direito Constitucional Poder Executivo Geral
Origem: STF

I — O Estado-membro não pode dispor sobre crime de responsabilidade, ainda


que seja na Constituição estadual. Isso porque a competência para legislar sobre
crime de responsabilidade é privativa da União, nos termos do art. 22, I, e art. 85
da CF/88. II — As Constituições estaduais não podem prever que os
Governadores serão julgados pela Assembleia Legislativa em caso de crimes de
responsabilidade. Isso porque o art. 78, § 3º da Lei 1.079/50 afirma que a
competência para julgar os Governadores de Estado em caso de crimes de
responsabilidade é de um “Tribunal Especial”, composto especialmente para
julgar o fato e que será formado por 5 Deputados Estaduais e 5
Desembargadores, sob a presidência do Presidente do Tribunal de Justiça. STF.
Plenário. ADI 4791/PR, Rel. Min. Teori Zavascki; ADI 4800/RO e ADI 4792/ES,
Rel. Min. Cármen Lúcia, julgados em 12/2/2015 (Info 774).

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Ordem de votação dos Deputados Federais na fase de


juízo de admissibilidade do processo de Impeachment
Direito Constitucional Poder Executivo Geral
Origem: STF

Caso o Presidente da República seja "acusado" de ter praticado um crime de


responsabilidade, a Câmara dos Deputados é que irá decidir se autoriza ou não
a instauração de processo, nos termos do art. 51, I, da CF/88. O art. 187, § 4º do
Regimento da Câmara dos Deputados prevê que, na votação que autoriza ou
não a instauração de processo, cada Deputado Federal será chamado
nominalmente e deverá responder "sim" ou "não". Ainda segundo este § 4º, a
chamada dos Deputados Federais para votar deverá ocorrer, "alternadamente,
do norte para o sul e vice-versa". Segundo decidiu o STF, não existe nenhuma
inconstitucionalidade nesta previsão, não havendo ofensa aos princípios do
contraditório, da ampla defesa, da impessoalidade, da moralidade e da
República. Qualquer tipo de votação nominal, independentemente do critério
adotado, jamais poderá afastar a possibilidade de "efeito cascata". O STF
afirmou, ainda, que não se pode exigir isenção e imparcialidade dos membros da
Câmara dos Deputados e do Senado Federal. Na realidade, o “impeachment” é
uma questão política que deve de ser resolvida com critérios políticos. A garantia
da imparcialidade está no alto quórum exigido para a votação. STF. Plenário.
ADI 5498 MC/DF, rel. orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ o acórdão Min. Teori
Zavascki, julgado em 14/4/2016 (Info 821). STF. Plenário. MS 34127 MC/DF, MS
34128 MC/DF, Rel. orig. Min. Roberto Barroso, red. p/ o acórdão Min. Teori
Zavascki, julgados em 14/4/2016 (Info 821).

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Decisão do STF que definiu o rito do processo de


impeachment da presidente Dilma
Direito Constitucional Poder Executivo Geral
Origem: STF
Principais conclusões do STF na decisão que definiu o rito do processo de
impeachment da Presidente Dilma: 1) Não há direito à defesa prévia antes do
recebimento da denúncia pelo Presidente da Câmara. 2) É possível a aplicação
subsidiária dos Regimentos Internos da Câmara e do Senado que tratam sobre o
impeachment, desde que sejam compatíveis com os preceitos legais e
constitucionais pertinentes. 3) Após o início do processo de impeachment,
durante a instrução probatória, a defesa tem o direito de se manifestar após a
acusação. 4) O interrogatório deve ser o ato final da instrução probatória. 5) O
recebimento da denúncia no processo de “impeachment” ocorre apenas após a
decisão do Plenário do Senado Federal. Assim, a Câmara dos Deputados
somente atua no âmbito pré-processual, não valendo a sua autorização como
um recebimento da denúncia, em sentido técnico. Compete ao Senado decidir se
deve receber ou não a denúncia cujo prosseguimento foi autorizado pela
Câmara. O Senado não está vinculado à decisão da Câmara. 6) A decisão do
Senado que delibera se instaura ou não o processo se dá pelo voto da maioria
simples, presente a maioria absoluta de seus membros. 7) É possível a
aplicação analógica dos arts. 44, 45, 46, 47, 48 e 49 da Lei 1.079/1950 — os
quais determinam o rito do processo de “impeachment” contra Ministros do STF
e o PGR — ao processamento no Senado Federal de crime de responsabilidade
contra o Presidente da República. 8) Não é possível que sejam aplicadas, para o
processo de impeachment, as hipóteses de impedimento do CPP. Assim, não se
pode invocar o impedimento do Presidente da Câmara para participar do
processo de impeachment com base em dispositivos do CPP. 9) A eleição da
comissão especial do impeachment deve ser feita por indicação dos líderes e
voto aberto do Plenário. Os representantes dos partidos políticos ou blocos
parlamentares que irão compor a chapa da comissão especial da Câmara dos
Deputados deverão ser indicados pelos líderes, na forma do Regimento Interno
da Câmara dos Deputados. Assim, não é possível a apresentação de
candidaturas ou chapas avulsas para a formação da comissão especial. STF.
Plenário. ADPF 378/DF, Rel. Min. Edson Fachin, julgado em 16, 17 e 18/12/2015
(Info 812).

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Emissão de parecer pela comissão mista de Deputados e
Senadores
Direito Constitucional Processo legislativo Medidas provisórias
Origem: STF

A emissão de parecer sobre as medidas provisórias, por comissão mista de


deputados e senadores antes do exame, em sessão separada, pelo plenário de
cada uma das casas do Congresso Nacional (CF, art. 62, § 9º) configura fase de
observância obrigatória no processo constitucional de conversão dessa espécie
normativa em lei ordinária. Vale ressaltar, no entanto, que o parecer da comissão
mista (previsto no § 9º do art. 62 da CF/88) é obrigatório apenas para as
medidas provisórias assinadas e encaminhadas ao Congresso Nacional a partir
do julgamento da ADI 4029. As medidas provisórias anteriores a essa ADI 4029
não precisaram passar, obrigatoriamente, pela comissão mista por estarem
regidas pelas regras da Resolução n.º 01, do Congresso Nacional. Os arts. 5º,
caput e 6º, §§ 1º e 2º da Resolução nº 1, do CN foram reconhecidos
inconstitucionais pelo STF, no entanto, a Corte determinou que essa declaração
de inconstitucionalidade somente produz efeitos ex nunc (a partir da decisão);
Todas as leis aprovadas segundo a tramitação da Resolução nº 1 (ou seja, sem
parecer obrigatório da comissão mista após o 14º dia) são válidas e não podem
ser questionadas por esta razão. STF. Plenário. ADI 4029/AM, Rel. Min. Luiz
Fux, julgado em 7 e 8/3/2012 (Info 657).

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Perda do mandato por infidelidade partidária não se


aplica a cargos eletivos majoritários
Direito Constitucional Poder Legislativo Perda do mandato
Origem: STF

Se o titular do mandato eletivo, sem justa causa, decidir sair do partido político
no qual foi eleito, ele perderá o cargo que ocupa? a) Se for um cargo eletivo
MAJORITÁRIO: NÃO A perda do mandato em razão de mudança de partido não
se aplica aos candidatos eleitos pelo sistema majoritário, sob pena de violação
da soberania popular e das escolhas feitas pelo eleitor. No sistema majoritário, o
candidato escolhido é aquele que obteve mais votos, não importando o
quociente eleitoral nem o quociente partidário. Nos pleitos dessa natureza, os
eleitores votam no candidato e não no seu partido político. Desse modo, no
sistema majoritário, a imposição da perda do mandato por infidelidade partidária
é antagônica (contrária) à soberania popular. b) Se for um cargo eletivo
PROPORCIONAL: SIM O mandato parlamentar conquistado no sistema eleitoral
proporcional pertence ao partido político. Assim, se o parlamentar eleito decidir
mudar de partido político, ele sofrerá um processo na Justiça Eleitoral que
poderá resultar na perda do seu mandato. Neste processo, com contraditório e
ampla defesa, será analisado se havia justa causa para essa mudança. STF.
Plenário. ADI 5081/DF, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 27/5/2015 (Info
787). Quais as hipóteses que atualmente podem ser consideradas como justa
causa para a mudança de partido? As situações estão elencadas no art. 22-A da
Lei nº 9.096/95 (Incluído pela Lei nº 13.165/2015). Importante citar também a
exceção prevista no § 5º do art. 17 da CF/88 (Incluído pela EC 97/2017).

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Afastamento de Deputado Federal do cargo por decisão


judicial
Direito Constitucional Poder Legislativo Imunidade parlamentar
Origem: STF
O STF entendeu que a manutenção de Eduardo Cunha na função de
parlamentar e de Presidente da Câmara dos Deputados representaria risco para
as investigações penais instauradas contra ele e, por essa razão, determinou a
suspensão do exercício do seu mandato de Deputado Federal e, por
consequência, da função de Presidente da Câmara dos Deputados que era por
ele ocupada. A decisão foi baseada na medida cautelar prevista no art. 319, VI,
do CPP. Esse inciso VI do art. 319 do CPP pode ser utilizado como fundamento
para se afastar do cargo Deputados Federais e Senadores. Os §§ 2º e 3º do art.
55 da CF/88 outorgam às Casas Legislativas do Congresso Nacional a
competência para decidir a respeito da perda do mandato político. Isso não
significa, no entanto, que o Poder Judiciário não possa suspender o exercício do
mandato parlamentar. A legitimidade do deferimento das medidas cautelares de
persecução criminal contra Deputados e Senadores encontra abrigo no princípio
da inafastabilidade da jurisdição (art. 5º, XXXV, da CF/88) e no fato de que as
imunidades parlamentares não são absolutas, podendo ser relativizadas quando
o cargo não for exercido segundo os fins constitucionalmente previstos. Vale
ressaltar que os membros do Poder Judiciário e até o chefe do Poder Executivo
podem ser suspensos de suas atribuições quando estejam sendo acusados de
crime. Desse modo, não há razão para conferir tratamento diferenciado apenas
aos Parlamentares, livrando-osde qualquer intervenção preventiva no exercício
do mandato por ordem judicial. STF. Plenário. AC 4070/DF, Rel. Min. Teori
Zavascki, julgado em 5/5/2016 (Info 824).

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Parlamentares não têm imunidade formal quanto à prisão


em caso de condenação definitiva
Direito Constitucional Poder Legislativo Imunidade parlamentar
Origem: STF
O § 2º do art. 53 da CF/88 veda apenas a prisão penal cautelar (provisória) do
parlamentar, ou seja, não proíbe a prisão decorrente da sentença transitada em
julgado, como no caso de Deputado Federal condenado definitivamente pelo
STF. STF. Plenário. AP 396 QO/RO, AP 396 ED-ED/RO, Rel.Min. Cármen Lúcia,
julgado em 26/6/2013 (Info 712).

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Imunidade parlamentar e "Caso Bolsonaro"


Direito Constitucional Poder Legislativo Imunidade parlamentar
Origem: STF

A imunidade parlamentar material (art. 53 da CF/88) protege os Deputados


Federais e Senadores, qualquer que seja o âmbito espacial (local) em que
exerçam a liberdade de opinião. No entanto, para isso é necessário que as suas
declarações tenham conexão (relação) com o desempenho da função legislativa
ou tenham sido proferidas em razão dela. Para que as afirmações feitas pelo
parlamentar possam ser consideradas como "relacionadas ao exercício do
mandato", elas devem ter, ainda de forma mínima, um teor político. Exemplos de
afirmações relacionadas com o mandato: declarações sobre fatos que estejam
sendo debatidos pela sociedade; discursos sobre fatos que estão sendo
investigados por CPI ou pelos órgãos de persecução penal (Polícia, MP);
opiniões sobre temas que sejam de interesse de setores da sociedade, do
eleitorado, de organizações ou grupos representados no parlamento etc.
Palavras e opiniões meramente pessoais, sem relação com o debate
democrático de fatos ou ideias não possuem vínculo com o exercício das
funções de um parlamentar e, portanto, não estão protegidos pela imunidade
material. No caso concreto, as palavras do Deputado Federal dizendo que a
parlamentar não merecia ser estuprada porque seria muito feia não são
declarações que possuem relação com o exercício do mandato e, por essa
razão, não estão amparadas pela imunidade material. STF. 1ª Turma. Inq
3932/DF e Pet 5243/DF, Rel. Min. Luiz Fux, julgados em 21/6/2016 (Info 831).

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BNDES é obrigado a fornecer ao TCU documentos sobre


financiamentos concedidos
Direito Constitucional Tribunal de Contas Noções gerais
Origem: STF

O BNDES celebrou um contrato de financiamento com um grande grupo


empresarial de carnes bovinas. A Comissão de Controle Externo da Câmara dos
Deputados solicitou ao TCU que realizasse auditoria neste contrato. O TCU
instaurou o procedimento e determinou ao BNDES que enviasse os documentos
relacionados com a operação. O BNDES impetrou mandado de segurança no
STF contra o TCU pedindo para não ser obrigado a fornecer as informações
solicitadas, sob o fundamento de que isso violaria o sigilo bancário e empresarial
da empresa que recebeu o financiamento. O STF concordou com as razões
invocadas no MS? NÃO. O STF denegou (indeferiu) o mandado de segurança
impetrado e determinou que o BNDES enviasse as informações. O envio de
informações ao TCU relativas a operações de crédito originárias de recursos
públicos não é coberto pelo sigilo bancário. O acesso a tais dados é
imprescindível à atuação do TCU na fiscalização das atividades do BNDES. O
STF possui precedentes no sentido de que o TCU não detém legitimidade para
requisitar diretamente informações que importem quebra de sigilo bancário. No
entanto, a Corte reputou que a situação acima relatada seria diferente dos
demais precedentes do Tribunal, já que se trata de informações do próprio
BNDES em um procedimento de controle legislativo financeiro de entidades
federais por iniciativa do Parlamento. STF. 1ª Turma. MS 33340/DF, Rel. Min.
Luiz Fux, julgado em 26/5/2015 (Info 787).
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Superação legislativa da jurisprudência (reação


legislativa)
Direito Constitucional Controle de constitucionalidade Outros temas de controle concentrado
de constitucionalidade
Origem: STF

As decisões definitivas de mérito proferidas pelo STF no julgamento de ADI,


ADC ou ADPF possuem eficácia contra todos (erga omnes) e efeito vinculante (§
2º do art. 102 da CF/88). O Poder Legislativo, em sua função típica de legislar,
não fica vinculado. Assim, o STF não proíbe que o Poder Legislativo edite leis ou
emendas constitucionais em sentido contrário ao que a Corte já decidiu. Não
existe uma vedação prévia a tais atos normativos. O legislador pode, por
emenda constitucional ou lei ordinária, superar a jurisprudência. Trata-se de uma
reação legislativa à decisão da Corte Constitucional com o objetivo de reversão
jurisprudencial. No caso de reversão jurisprudencial (reação legislativa) proposta
por meio de emenda constitucional, a invalidação somente ocorrerá nas restritas
hipóteses de violação aos limites previstos no art. 60, e seus §§, da CF/88. Em
suma, se o Congresso editar uma emenda constitucional buscando alterar a
interpretação dada pelo STF para determinado tema, essa emenda somente
poderá ser declarada inconstitucional se ofender uma cláusula pétrea ou o
processo legislativo para edição de emendas. No caso de reversão
jurisprudencial proposta por lei ordinária, a lei que frontalmente colidir com a
jurisprudência do STF nasce com presunção relativa de inconstitucionalidade, de
forma que caberá ao legislador o ônus de demonstrar, argumentativamente, que
a correção do precedente se afigura legítima. Assim, para ser considerada
válida, o Congresso Nacional deverá comprovar que as premissas fáticas e
jurídicas sobre as quais se fundou a decisão do STF no passado não mais
subsistem. O Poder Legislativo promoverá verdadeira hipótese de mutação
constitucional pela via legislativa. STF. Plenário. ADI 5105/DF, Rel. Min. Luiz
Fux, julgado em 1º/10/2015 (Info 801).

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É possível que o Fisco requisite das instituições


financeiras informações bancárias sobre os contribuintes
sem intervenção do Poder Judiciário
Direito Constitucional Direitos e garantias fundamentais Sigilo bancário
Origem: STF

As autoridades e os agentes fiscais tributários da União, dos Estados, do Distrito


Federal e dos Municípios podem requisitar diretamente das instituições
financeiras informações sobre as movimentações bancárias dos contribuintes.
Esta possibilidade encontra-se prevista no art. 6º da LC 105/2001, que foi
considerada constitucional pelo STF. Isso porque esta previsão não se
caracteriza como "quebra" de sigilo bancário, ocorrendo apenas a “transferência
de sigilo” dos bancos ao Fisco. Vale ressaltar que os Estados-Membros e os
Municípios somente podem obter as informações previstas no art. 6º da LC
105/2001, uma vez regulamentada a matéria de forma análoga ao Decreto
Federal nº 3.724/2001, observados os seguintes parâmetros: a) pertinência
temática entre a obtenção das informações bancárias e o tributo objeto de
cobrança no procedimento administrativo instaurado; b) prévia notificação do
contribuinte quanto à instauração do processo e a todos os demais atos,
garantido o mais amplo acesso do contribuinte aos autos, permitindo-lhe tirar
cópias, não apenas de documentos, mas também de decisões; c) sujeição do
pedido de acesso a um superior hierárquico; d) existência de sistemas
eletrônicos de segurança que fossem certificados e com o registro de acesso; e,
finalmente, e) estabelecimento de mecanismos efetivos de apuração e correção
de desvios. A Receita Federal, atualmente, já pode requisitar tais informações
bancárias porque possui esse regulamento. Trata-se justamente do Decreto
3.724/2001 acima mencionada, que regulamenta o art. 6º da LC 105/2001. O art.
5º da LC 105/2001, que permite obrigar as instituições financeiras a informarem
periodicamente à Receita Federal as operações financeiras realizadas acima de
determinado valor, também é considerado constitucional. STF. Plenário. ADI
2390/DF, ADI 2386/DF, ADI 2397/DF e ADI 2859/DF, Rel. Min. Dias Toffoli,
julgados em 24/2/2016 (Info 815). STF. Plenário. RE 601314/SP, Rel. Min. Edson
Fachin, julgado em 24/2/2016 (repercussão geral) (Info 815).

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Inconstitucionalidade das doações eleitorais feitas por


pessoas jurídicas
Direito Constitucional Direitos e garantias fundamentais Direitos políticos
Origem: STF

As contribuições de pessoas jurídicas para campanhas eleitorais e partidos


políticos são inconstitucionais. As contribuições de pessoas físicas são válidas e
regulam-se de acordo com a lei em vigor. STF. Plenário. ADI 4650/DF, Rel. Min.
Luiz Fux, julgado em 16 e 17/9/2015 (Info 799).

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Estado de Coisas Inconstitucional


Direito Constitucional Direitos e garantias fundamentais Sistema carcerário e estado de coisas
inconstitucional
Origem: STF

O Estado de Coisas Inconstitucional ocorre quando se verifica a existência de


um quadro de violação generalizada e sistêmica de direitos fundamentais,
causado pela inércia ou incapacidade reiterada e persistente das autoridades
públicas em modificar a conjuntura, de modo que apenas transformações
estruturais da atuação do Poder Público e a atuação de uma pluralidade de
autoridades podem modificar a situação inconstitucional. O STF reconheceu que
o sistema penitenciário brasileiro vive um "Estado de Coisas Inconstitucional",
com uma violação generalizada de direitos fundamentais dos presos. As penas
privativas de liberdade aplicadas nos presídios acabam sendo penas cruéis e
desumanas. Vale ressaltar que a responsabilidade por essa situação deve ser
atribuída aos três Poderes (Legislativo, Executivo e Judiciário), tanto da União
como dos Estados-Membros e do Distrito Federal. A ausência de medidas
legislativas, administrativas e orçamentárias eficazes representa uma verdadeira
"falha estrutural" que gera ofensa aos direitos dos presos, além da perpetuação
e do agravamento da situação. Assim, cabe ao STF o papel de retirar os demais
poderes da inércia, coordenar ações visando a resolver o problema e monitorar
os resultados alcançados. Diante disso, o STF, em ADPF, concedeu
parcialmente medida cautelar determinando que: • juízes e Tribunais de todo o
país implementem, no prazo máximo de 90 dias, a audiência de custódia; • a
União libere, sem qualquer tipo de limitação, o saldo acumulado do Fundo
Penitenciário Nacional para utilização na finalidade para a qual foi criado,
proibindo a realização de novos contingenciamentos. Na ADPF havia outros
pedidos, mas estes foram indeferidos, pelo menos na análise da medida
cautelar. STF. Plenário. ADPF 347 MC/DF, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em
9/9/2015 (Info 798).

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Judiciário pode determinar a realização de obras


emergenciais em estabelecimento prisional
Direito Constitucional Direitos e garantias fundamentais Controle jurisdicional de políticas
públicas
Origem: STF

É lícito ao Poder Judiciário impor à Administração Pública obrigação de fazer,


consistente na promoção de medidas ou na execução de obras emergenciais em
estabelecimentos prisionais para dar efetividade ao postulado da dignidade da
pessoa humana e assegurar aos detentos o respeito à sua integridade física e
moral, nos termos do que preceitua o art. 5º, XLIX, da CF, não sendo oponível à
decisão o argumento da reserva do possível nem o princípio da separação dos
poderes. STF. Plenário. RE 592581/RS, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgado
em 13/8/2015 (repercussão geral) (Info 794).

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Biografias: não é necessária autorização prévia do


biografado
Direito Constitucional Direitos e garantias fundamentais Liberdade de expressão
Origem: STF

Para que seja publicada uma biografia NÃO é necessária autorização prévia do
indivíduo biografado, das demais pessoas retratadas, nem de seus familiares.
Essa autorização prévia seria uma forma de censura, não sendo compatível com
a liberdade de expressão consagrada pela CF/88. As exatas palavras do STF
foram as seguintes: “É inexigível o consentimento de pessoa biografada
relativamente a obras biográficas literárias ou audiovisuais, sendo por igual
desnecessária a autorização de pessoas retratadas como coadjuvantes ou de
familiares, em caso de pessoas falecidas ou ausentes”. Caso o biografado ou
qualquer outra pessoa retratada na biografia entenda que seus direitos foram
violados pela publicação, terá direito à reparação, que poderá ser feita não
apenas por meio de indenização pecuniária, como também por outras formas,
tais como a publicação de ressalva, de nova edição com correção, de direito de
resposta etc. STF. Plenário. ADI 4815/DF, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em
10/6/2015 (Info 789).

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STF (REPERCUSSÃO GERAL)

Constitucionalidade da contribuição adicional de 2,5%


sobre a folha de salários para as instituições financeiras
(Lei 7.787/89)
Direito Tributário Contribuições Contribuições diversas
Origem: STF

É constitucional a contribuição adicional de 2,5% (dois e meio por cento) sobre a


folha de salários instituída para as instituições financeiras e assemelhadas pelo
art. 3º, § 2º, da Lei nº 7.787/89, ainda que considerado o período anterior à EC
20/98. STF. Plenário. RE 599309/SP, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgado
em 6/6/2018 (repercussão geral) (Info 905).

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Imprescritibilidade da ação de ressarcimento ao erário
em caso de atos de improbidade praticados dolosamente
Direito Administrativo Improbidade administrativa Prazo prescricional
Origem: STF

São imprescritíveis as ações de ressarcimento ao erário fundadas na prática de


ato doloso tipificado na Lei de Improbidade Administrativa. STF. Plenário. RE
852475/SP, Rel. orig. Min. Alexandre de Moraes, Rel. para acórdão Min. Edson
Fachin, julgado em 08/08/2018.

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PIS e alteração da base de cálculo para instituição


financeira
Direito Tributário Contribuições PIS/COFINS
Origem: STF

São constitucionais a alíquota e a base de cálculo da contribuição ao Programa


de Integração Social (PIS), previstas no art. 72, V, do Ato das Disposições
Constitucionais Transitórias (ADCT), destinada à composição do Fundo Social
de Emergência (FSE), nas redações da Emenda Constitucional Revisional
1/1994 e das Emendas Constitucionais 10/1996 e 17/1997, observados os
princípios da anterioridade nonagesimal e da irretroatividade tributária. STF.
Plenário. RE 578846/SP, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 6/6/2018
(repercussão geral) (Info 905).

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Limitação do direito à indenização em viagens
internacionais
Direito do Consumidor Temas diversos Geral
Origem: STJ

É possível a limitação, por legislação internacional especial, do direito do


passageiro à indenização por danos materiais decorrentes de extravio de
bagagem. STJ. 3ª Turma. REsp 673048-RS, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze,
julgado em 08/05/2018 (Info 626). Nos termos do art. 178 da Constituição da
República, as normas e os tratados internacionais limitadores da
responsabilidade das transportadoras aéreas de passageiros, especialmente as
Convenções de Varsóvia e Montreal, têm prevalência em relação ao Código de
Defesa do Consumidor. STF. Plenário. RE 636331/RJ, Rel. Min. Gilmar Mendes
e ARE 766618/SP, Rel. Min. Roberto Barroso, julgados em 25/05/2017
(repercussão geral) (Info 866).

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É aplicável a alínea “d” do inciso I do art. 1º da LC 64/90,


com a redação dada pela LC 135/2010, a fatos anteriores
a sua publicação
Direito Eleitoral Outros temas Geral
Origem: STF

A condenação por abuso do poder econômico ou político em ação de


investigação judicial eleitoral, transitada em julgado, “ex vi” do artigo 22, inciso
XIV, da Lei Complementar 64/90, em sua redação primitiva, é apta a atrair a
incidência da inelegibilidade do artigo 1º, inciso I, alínea "d", na redação dada
pela Lei Complementar 135/2010, aplicando-se a todos os processos de
registros de candidatura em trâmite. STF. Plenário. RE 929670/DF, rel. orig. Min.
Ricardo Lewandowski, red. p/ o ac. Min. Luiz Fux, julgado em 1º/3/2018
(repercussão geral) (Info 892).

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Constitucionalidade do ressarcimento ao SUS previsto


no art. 32 da Lei 9.656/98
Direito Constitucional Direitos e garantias fundamentais Saúde
Origem: STF

É constitucional o ressarcimento previsto no art. 32 da Lei nº 9.656/98, o qual é


aplicável aos procedimentos médicos, hospitalares ou ambulatoriais custeados
pelo SUS e posteriores a 4.6.1998, assegurados o contraditório e a ampla
defesa, no âmbito administrativo, em todos os marcos jurídicos. O art. 32 da Lei
nº 9.656/98 prevê que, se um cliente do plano de saúde utilizar-se dos serviços
do SUS, o Poder Público poderá cobrar do referido plano o ressarcimento que
ele teve com essas despesas.Assim, o chamado “ressarcimento ao SUS”, criado
pelo art. 32, é uma obrigação legal das operadoras de planos privados de
assistência à saúde de restituir as despesas que o SUS teve ao atender uma
pessoa que seja cliente e que esteja coberta por esses planos. STF. Plenário.RE
597064/RJ, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 7/2/2018 (repercussão geral)
(Info 890).

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Incidem juros de mora entre a data da realização dos


cálculos e a da requisição ou do precatório
Direito Processual Civil Execução Precatório
Origem: STJ
Incidem os juros de mora no período compreendido entre a data da realização
dos cálculos e a da requisição de pequeno valor (RPV) ou do precatório. STF.
Plenário.RE 579431/RS, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 19/4/2017
(repercussão geral) (Info 861). STJ. Corte Especial. EREsp 1150549-RS, Rel.
Min. Og Fernandes, julgado em 29/11/2017 (Info 617). Obs: cuidado para não
confundir com a SV 17:Durante o período previsto no parágrafo 1º (obs: atual §
5º) do artigo 100 da Constituição, não incidem juros de mora sobre os
precatórios que nele sejam pagos. O período de que trata este RE 579431/RS é
anterior à requisição do precatório, ou seja, anterior ao interregno tratado pela
SV 17.

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Em caso de sucessão causa mortis do companheiro


deverão ser aplicadas as mesmas regras da sucessão
causa mortis do cônjuge
Direito Civil Casamento e união estável União estável
Origem: STJ

O STF fixou a seguinte tese: No sistema constitucional vigente, é inconstitucional


a diferenciação de regimes sucessórios entre cônjuges e companheiros,
devendo ser aplicado, em ambos os casos, o regime estabelecido no art. 1.829
do Código Civil. STF. Plenário. RE 646721/RS, Rel. Min. Marco Aurélio, red. p/ o
ac. Min. Roberto Barroso e RE 878694/MG, Rel. Min. Roberto Barroso, julgados
em 10/5/2017 (repercussão geral) (Info 864). O STJ acompanhou o
entendimento do Supremo e também decidiu de forma similar: É inconstitucional
a distinção de regimes sucessórios entre cônjuges e companheiros, devendo ser
aplicado, em ambos os casos, o regime estabelecido no art. 1.829 do CC/2002.
STJ. 3ª Turma. REsp 1332773-MS, Rel. Min. Ricardo Villas BôasCueva, julgado
em 27/6/2017 (Info 609).
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Índices de juros e correção monetária aplicados para


condenações contra a Fazenda Pública (decisão do STF)
Direito Processual Civil Fazenda Pública em juízo Geral
Origem: STF

O art. 1º-F da Lei nº 9.494/97, com a redação dada pela Lei nº 11.960/2009, na
parte em que disciplina os juros moratórios aplicáveis a condenações da
Fazenda Pública, é inconstitucional ao incidir sobre débitos oriundos de relação
jurídico-tributária, aos quais devem ser aplicados os mesmos juros de mora
pelos quais a Fazenda Pública remunera seu crédito tributário, em respeito ao
princípio constitucional da isonomia (art. 5º, da CF/88). Quanto às condenações
oriundas de relação jurídica não-tributária, a fixação dos juros moratórios
segundo o índice de remuneração da caderneta de poupança é constitucional,
permanecendo hígido, nesta extensão, o disposto no art. 1º-F da Lei nº 9.494/97,
com a redação dada pela Lei nº 11.960/2009. O art. 1º-F da Lei nº 9.494/97, com
a redação dada pela Lei nº 11.960/2009, na parte em que disciplina a
atualização monetária das condenações impostas à Fazenda Pública segundo a
remuneração oficial da caderneta de poupança, revela-se inconstitucional ao
impor restrição desproporcional ao direito de propriedade (art. 5º, XXII, da
CF/88), uma vez que não se qualifica como medida adequada a capturar a
variação de preços da economia, sendo inidônea a promover os fins a que se
destina. STF. Plenário. RE 870947/SE, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 20/9/2017
(repercussão geral) (Info 878).

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Contribuição previdenciária e parcelas pagas a título de
participação nos lucros
Direito Previdenciário Contribuição previdenciária Geral
Origem: STJ

Incide contribuição previdenciária sobre as parcelas pagas pela empresa aos


empregados a título de participação nos lucros? • SIM: entre a promulgação da
CF/88 até a edição da MP 794/94. • NÃO: a partir da MP 794/94, que
regulamentou o inciso XI do art. 7º da CF/88. STF. Plenário. RE 569441/RS, rel.
orig. Min. Dias Toffoli, red. p/ o acórdão Min. Teori Zavascki, 30/10/2014
(repercussão geral) (Info 765).

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É constitucional a quarentena para recontratação de


servidores temporários prevista no art. 9º, III, da Lei
8.745/93
Direito Administrativo Servidores públicos Servidores temporários (art. 37, IX, da CF)
Origem: STF

No âmbito da administração pública federal, é vedada a contratação temporária


do mesmo servidor antes de decorridos 24 meses do encerramento do contrato
anterior. Tal regra está prevista no art. 9º, III, da Lei nº 8.745/93: Art. 9º O
pessoal contratado nos termos desta Lei não poderá: III - ser novamente
contratado, com fundamento nesta Lei, antes de decorridos 24 (vinte e quatro)
meses do encerramento de seu contrato anterior, salvo nas hipóteses dos
incisos I e IX do art. 2º desta Lei, mediante prévia autorização, conforme
determina o art. 5º desta Lei. O STF, ao analisar um caso concreto envolvendo a
contratação temporária de professores, decidiu que essa regra é constitucional e
fixou a seguinte tese: “É compatível com a Constituição Federal a previsão legal
que exija o transcurso de 24 (vinte e quatro) meses, contados do término do
contrato, antes de nova admissão de professor temporário anteriormente
contratado.” STF. Plenário. RE 635648/CE, Rel. Min. Edson Fachin, julgado em
14/6/2017 (repercussão geral) (Info 869).

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A nomeação tardia a cargo público em decorrência de


decisão judicial não gera direito à promoção retroativa
Direito Administrativo Concursos públicos Aprovação e direito à nomeação
Origem: STF

A nomeação tardia de candidatos aprovados em concurso público, por meio de


ato judicial, à qual atribuída eficácia retroativa, não gera direito às promoções ou
progressões funcionais que alcançariam se houvesse ocorrido, a tempo e modo,
a nomeação. STF. Plenário. RE 629392 RG/MT, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado
em 8/6/2017 (repercussão geral) (Info 868).

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Exercentes de mandato eletivo que não forem vinculados


a regime próprio deverão pagar contribuição
previdenciária ao RGPS
Direito Previdenciário Outros temas Geral
Origem: STF

Incide contribuição previdenciária sobre os rendimentos pagos aos exercentes


de mandato eletivo, decorrentes da prestação de serviços à União, aos Estados
e ao Distrito Federal ou aos Municípios, após o advento da Lei nº 10.887/2004,
desde que não vinculados a regime próprio de previdência. STF. Plenário.RE
626837/GO, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 25/5/2017 (repercussão geral)
(Info 866).

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Obrigação de fazer não está sujeita a precatório


Direito Processual Civil Execução Execução contra a Fazenda Pública
Origem: STF

A execução provisória de obrigação de fazer em face da Fazenda Pública não


atrai o regime constitucional dos precatórios. Assim, em caso de “obrigação de
fazer”, é possível a execução provisória contra a Fazenda Pública, não havendo
incompatibilidade com a Constituição Federal. Ex: sentença determinando que a
Administração institua pensão por morte para dependente de ex-servidor. STF.
Plenário.RE 573872/RS, Rel. Min. Edson Fachin, julgado em 24/5/2017
(repercussão geral) (Info 866).

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Prazo prescricional em caso de acidente aéreo


Direito do Consumidor Responsabilidade pelo fato do produto ou do serviço Geral
Origem: STF

Qual é o prazo prescricional da ação de responsabilidade civil no caso de


acidente aéreo em voo doméstico?5 anos, segundo entendimento do STJ,
aplicando-se o CDC. Qual é o prazo prescricional da ação de responsabilidade
civil no caso de acidente aéreo em voo internacional?2 anos, com base no art.
29 da Convenção de Varsóvia. Nos termos do art. 178 da Constituição da
República, as normas e os tratados internacionais limitadores da
responsabilidade das transportadoras aéreas de passageiros, especialmente as
Convenções de Varsóvia e Montreal, têm prevalência em relação ao Código de
Defesa do Consumidor. STF. Plenário.RE 636331/RJ, Rel. Min. Gilmar Mendes e
ARE 766618/SP, Rel. Min. Roberto Barroso, julgados em 25/05/2017
(repercussão geral) (Info 866).

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Transporte aéreo internacional e aplicabilidade das


Convenções de Varsóvia e de Montreal
Direito do Consumidor Conceito de consumidor Geral
Origem: STF

Em caso de extravio de bagagem ocorrido em transporte internacional


envolvendo consumidor, aplica-se o CDC ou a indenização tarifada prevista nas
Convenções de Varsóvia e de Montreal? As Convenções internacionais. Nos
termos do art. 178 da Constituição da República, as normas e os tratados
internacionais limitadores da responsabilidade das transportadoras aéreas de
passageiros, especialmente as Convenções de Varsóvia e Montreal, têm
prevalência em relação ao Código de Defesa do Consumidor. Art. 178. A lei
disporá sobre a ordenação dos transportes aéreo, aquático e terrestre, devendo,
quanto à ordenação do transporte internacional, observar os acordos firmados
pela União, atendido o princípio da reciprocidade. STF. Plenário. RE 636331/RJ,
Rel. Min. Gilmar Mendes e ARE 766618/SP, Rel. Min. Roberto Barroso, julgados
em 25/05/2017 (repercussão geral) (Info 866). O STJ passou a acompanhar o
mesmo entendimento do STF: É possível a limitação, por legislação internacional
espacial, do direito do passageiro à indenização por danos materiais decorrentes
de extravio de bagagem. STJ. 3ª Turma. REsp 673.048-RS, Rel. Min. Marco
Aurélio Bellizze, julgado em 08/05/2018 (Info 626).
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Exercentes de mandato eletivo que não forem vinculados


a regime próprio deverão pagar contribuição
previdenciária ao RGPS
Direito Administrativo Servidores públicos Aposentadoria
Origem: STF

Incide contribuição previdenciária sobre os rendimentos pagos aos exercentes


de mandato eletivo, decorrentes da prestação de serviços à União, aos Estados
e ao Distrito Federal ou aos Municípios, após o advento da Lei nº 10.887/2004,
desde que não vinculados a regime próprio de previdência. STF. Plenário.RE
626837/GO, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 25/5/2017 (repercussão geral)
(Info 866).

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Em regra, é possível a relativização da coisa julgada


formada em ação de investigação de paternidade julgada
sem DNA
Direito Civil Parentesco Ação de investigação de paternidade
Origem: STJ

Deve ser relativizada a coisa julgada estabelecida em ações de investigação de


paternidade em que não foi possível determinar-se a efetiva existência de
vínculo genético a unir as partes, em decorrência da não realização do exame de
DNA, meio de prova que pode fornecer segurança quase absoluta quanto à
existência de tal vínculo. STF. Plenário. RE 363889, Rel. Min. Dias Toffoli,
julgado em 02/06/2011 (repercussão geral) Nas ações de investigação de
paternidade, o STJ e STF admitem a relativização da coisa julgada quando na
demanda anterior não foi possível a realização do exame de DNA, em
observância ao princípio da verdade real. STJ. 3ª Turma. AgInt no REsp
1417628/MG, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze, julgado em 28/03/2017.

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O confisco de bens apreendidos em decorrência do


tráfico pode ocorrer ainda que o bem não fosse utilizado
de forma habitual e mesmo que ele não tenha sido
alterado
Direito Penal Lei de Drogas (Lei 11.343/2006) Geral
Origem: STF

É possível o confisco de todo e qualquer bem de valor econômico apreendido em


decorrência do tráfico de drogas, sem a necessidade de se perquirir a
habitualidade, reiteração do uso do bem para tal finalidade, a sua modificação
para dificultar a descoberta do local do acondicionamento da droga ou qualquer
outro requisito além daqueles previstos expressamente no art. 243, parágrafo
único, da Constituição Federal. STF. Plenário. RE 638491/PR, Rel. Min. Luiz
Fux, julgado em 17/5/2017 (repercussão geral) (Info 865).

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Para ser beneficiada pela sentença favorável da ação


coletiva proposta por associação é necessário que a
pessoa esteja filiada no momento da propositura e seja
residente no âmbito da jurisdição do órgão julgador
Direito Processual Civil Processo coletivo Geral
Origem: STF

A eficácia subjetiva da coisa julgada formada a partir de ação coletiva, de rito


ordinário, ajuizada por associação civil na defesa de interesses dos associados,
somente alcança os filiados, residentes no âmbito da jurisdição do órgão
julgador, que o fossem em momento anterior ou até a data da propositura da
demanda, constantes da relação jurídica juntada à inicial do processo de
conhecimento. STF. Plenário. RE 612043/PR, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado
em 10/5/2017 (repercussão geral) (Info 864). Sobre o mesmo tema, veja
também: STF. Plenário. RE 573232/SC, rel. orig. Min. Ricardo Lewandowski, red.
p/ o acórdão Min. Marco Aurélio, julgado em 14/5/2014 (repercussão geral) (Info
746).

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Em caso de sucessão causa mortis do companheiro


deverão ser aplicadas as mesmas regras da sucessão
causa mortis do cônjuge
Direito Civil Sucessões Sucessão legítima
Origem: STF

No sistema constitucional vigente, é inconstitucional a diferenciação de regimes


sucessórios entre cônjuges e companheiros, devendo ser aplicado, em ambos
os casos, o regime estabelecido no artigo 1.829 do Código Civil. STF. Plenário.
RE 646721/RS, Rel. Min. Marco Aurélio, red. p/ o ac. Min. Roberto Barroso e RE
878694/MG, Rel. Min. Roberto Barroso, julgados em 10/5/2017 (repercussão
geral) (Info 864).

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O regime inicial de pena nos crimes hediondos não
precisa ser obrigatoriamente o fechado
Direito Penal Crimes hediondos (Lei 8.072/90) Geral
Origem: STF e STJ

A hediondez ou a gravidade abstrata do delito não obriga, por si só, o regime


prisional mais gravoso, pois o juízo, em atenção aos princípios constitucionais da
individualização da pena e da obrigatoriedade de fundamentação das decisões
judiciais, deve motivar o regime imposto observando a singularidade do caso
concreto. Assim, é inconstitucional a fixação de regime inicial fechado com base
unicamente na hediondez do delito. STF. 1ª Turma. ARE 935967 AgR, Rel. Min.
Edson Fachin, julgado em 15/03/2016. STF. 2ª Turma. HC 133617, Rel. Min.
Gilmar Mendes, julgado em 10/05/2016. É inconstitucional a fixação ex lege, com
base no art. 2º, § 1º, da Lei 8.072/1990, do regime inicial fechado, devendo o
julgador, quando da condenação, ater-se aos parâmetros previstos no artigo 33
do Código Penal. STF. Plenário. ARE 1052700 RG, Rel. Min. Edson Fachin,
julgado em 02/11/2017.

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Não compete ao STF julgar execução individual de


sentença coletiva mesmo que tenha julgado a lide que
originou o cumprimento de sentença
Direito Processual Civil Competência Competências envolvendo o STF
Origem: STF
Não compete originariamente ao STF processar e julgar execução individual de
sentenças genéricas de perfil coletivo, inclusive aquelas proferidas em sede
mandamental. Tal atribuição cabe aos órgãos judiciários competentes de
primeira instância. STF. 2ª Turma. PET 6076 QO /DF, rel. Min. Dias Toffoli,
julgado em 25/4/2017 (Info 862).

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Continuam pertencendo à União os terrenos de marinha


situados em ilha costeira que seja sede de Município
Direito Administrativo Temas diversos Geral
Origem: STF

A EC 46/2005 não interferiu na propriedade da União, nos moldes do art. 20, VII,
da Constituição Federal, sobre os terrenos de marinha e seus acrescidos
situados em ilhas costeiras sede de Municípios. STF. Plenário. RE 636199/ES,
Rel. Min. Rosa Weber, julgado em 27/4/2017 (repercussão geral) (Info 862).

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Se a pessoa acumular licitamente dois cargos públicos


ela poderá receber acima do teto
Direito Administrativo Servidores públicos Teto constitucional remuneratório
Origem: STF

Nos casos autorizados constitucionalmente de acumulação de cargos, empregos


e funções, a incidência do art. 37, XI, da Constituição Federal pressupõe
consideração de cada um dos vínculos formalizados, afastada a observância do
teto remuneratório quanto ao somatório dos ganhos do agente público. Ex: se
determinado Ministro do STF for também professor da UnB, ele irá receber seu
subsídio integral como Ministro e mais a remuneração decorrente do magistério.
Nesse caso, o teto seria considerado especificamente para cada cargo, sendo
permitido que ele receba acima do limite previsto no art. 37, XI da CF se
considerarmos seus ganhos globais. STF. Plenário. RE 612975/MT e RE
602043/MT, Rel. Min. Marco Aurélio, julgados em 26 e 27/4/2017 (repercussão
geral) (Info 862).

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O inadimplemento dos encargos trabalhistas dos


empregados do contratado não transfere
automaticamente ao Poder Público a responsabilidade
pelo seu pagamento
Direito Administrativo Contratos administrativos Geral
Origem: STF

O inadimplemento dos encargos trabalhistas dos empregados do contratado não


transfere automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade pelo
seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos termos do art. 71, §
1º, da Lei nº 8.666/93. Obs: a tese acima foi a fixada pelo STF. No entanto,
penso que é importante um esclarecimento revelado durante os debates: é
possível sim, excepcionalmente, que a Administração Pública responda pelas
dívidas trabalhistas contraídas pela empresa contratada e que não foram pagas,
desde que o ex-empregado reclamante comprove, com elementos concretos de
prova, que houve efetiva falha do Poder Público na fiscalização do contrato. STF.
Plenário. RE 760931/DF, rel. orig. Min. Rosa Weber, red. p/ o ac. Min. Luiz Fux,
julgado em 26/4/2017 (repercussão geral) (Info 862).
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Universidades públicas podem cobrar mensalidade em


cursos de especialização
Direito Constitucional Direitos e garantias fundamentais Educação
Origem: STF

A garantia constitucional da gratuidade de ensino não obsta a cobrança por


universidades públicas de mensalidade em cursos de especialização. STF.
Plenário. RE 597854/GO, Rel. Min. Edson Fachin, julgado em 26/4/2017
(repercussão geral) (Info 862).

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Estrangeiros residentes no Brasil têm direito ao BPC


Direito Previdenciário Benefício de prestação continuada Geral
Origem: STF

Os estrangeiros residentes no País são beneficiários da assistência social


prevista no art. 203, V, da Constituição Federal, uma vez atendidos os requisitos
constitucionais e legais. STF. Plenário. RE 587970/SP, Rel. Min. Marco Aurélio,
julgado em 19 e 20/4/2017 (repercussão geral) (Info 861).

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Conselhos profissionais não estão sujeitos ao regime de
precatórios
Direito Administrativo Organização administrativa Conselhos Profissionais
Origem: STF

Os pagamentos devidos, em razão de pronunciamento judicial, pelos Conselhos


de Fiscalização (exs: CREA, CRM, COREN, CRO) não se submetem ao regime
de precatórios. STF. Plenário. RE 938837/SP, rel. orig. Min. Edson Fachin, red.
p/ o ac. Min. Marco Aurélio, julgado em 19/4/2017 (repercussão geral) (Info 861).

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Se uma pessoa jurídica de direito público faz contrato de


cessão de uso de imóvel com empresa privada, esta
última não goza de imunidade e deverá pagar IPTU
Direito Tributário Imunidade tributária Outros julgados
Origem: STF

Incide o IPTU, considerado imóvel de pessoa jurídica de direito público cedido a


pessoa jurídica de direito privado, devedora do tributo. Ex: a União celebrou
contrato de concessão de uso de imóvel com uma empresa privada por meio da
qual esta última poderia explorar comercialmente determinado imóvel
pertencente ao patrimônio público federal. A empresa privada queria deixar de
pagar IPTU alegando que o imóvel gozaria de imunidade tributária. O STF não
aceitou a tese e afirmou que não incide a imunidade neste caso. STF. Plenário.
RE 601720/RJ, rel. orig. Min. Edson Fachin, red. p/ o ac. Min. Marco Aurélio,
julgado em 6/4/2017 (repercussão geral) (Infos 860 e 861).

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Sociedade de economia mista com finalidade lucrativa e
que for arrendatária de imóvel público não goza de
imunidade tributária
Direito Tributário Imunidade tributária Outros julgados
Origem: STF

A imunidade recíproca, prevista no art. 150, VI, “a”, da Constituição Federal, não
se estende a empresa privada arrendatária de imóvel público, quando seja ela
exploradora de atividade econômica com fins lucrativos. Nessa hipótese é
constitucional a cobrança do IPTU pelo Município. Ex: a União, proprietária de
um grande terreno localizado no Porto de Santos, arrendou este imóvel para a
Petrobrás (sociedade de economia mista), que utiliza o local para armazenar
combustíveis. Antes do arrendamento, a União não pagava IPTU com relação a
este imóvel em virtude da imunidade tributária recíproca. Depois que houve o
arrendamento, a Petrobrás passa a ter que pagar o imposto. STF. Plenário. RE
594015/DF, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 6/4/2017 (repercussão geral)
(Info 860).

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EC 70/2012 produz efeitos financeiros somente a partir da


data de sua promulgação
Direito Administrativo Servidores públicos Aposentadoria
Origem: STF

Os efeitos financeiros das revisões de aposentadoria concedida com base no art.


6º-A da EC 41/2003, introduzido pela EC 70/2012, somente se produzirão a
partir da data de sua promulgação (30/3/2012). STF. Plenário. RE 924456/RJ,
rel. orig. Min. Dias Toffoli, red. p/ o ac. Min. Alexandre de Moraes, julgado em
5/4/2017 (repercussão geral) (Info 860).

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A contribuição social do empregador rural sobre a receita


bruta, prevista no art. 25 da Lei 8.212/91, com redação
dada pela Lei 10.256/2001, é constitucional
Direito Tributário Contribuições Contribuições diversas
Origem: STF

É constitucional formal e materialmente a contribuição social do empregador


rural pessoa física, instituída pela Lei nº 10.256/2001, incidente sobre a receita
bruta obtida com a comercialização de sua produção. STF. Plenário. RE
718874/RS, Rel. orig. Min. Edson Fachin, red. p/ o ac. Min. Alexandre de
Moraes, julgado em 29 e 30/3/2017 (repercussão geral) (Info 859).

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Mesmo antes da EC 20/98, a contribuição social a cargo


do empregador incidia sobre quaisquer ganhos habituais
do empregado
Direito Tributário Contribuições Contribuições diversas
Origem: STF
A contribuição social a cargo do empregador incide sobre ganhos habituais do
empregado, quer anteriores ou posteriores à Emenda Constitucional 20/1998.
STF. Plenário. RE 565160/SC, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 29/3/2017
(repercussão geral) (Info 859).

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Prazo prescricional para cobrança em juízo dos valores


de FGTS
Direito do Trabalho e Processual do Trabalho Diversos Geral
Origem: STF

O prazo prescricional para a cobrança judicial dos valores devidos relativos ao


FGTS é de 5 anos. Isso porque a verba de FGTS tem natureza trabalhista,
devendo ser aplicado o art. 7º, XXIX, da CF/88. Antes, entendia-se que esse
prazo era de 30 anos. Como houve uma mudança brusca da jurisprudência, o
STF, por razões de segurança jurídica, modulou os efeitos desta decisão. Assim,
esse novo prazo prescricional de 5 anos somente vale a partir do julgamento do
STF que alterou a jurisprudência anterior (ARE 709212/DF). Dessa forma, o STF
decidiu que : • para aqueles casos cujo termo inicial da prescrição – ou seja, a
ausência de depósito no FGTS – ocorrer após a data do julgamento da ARE
709212/DF, aplica-se, desde logo, o prazo de 5 anos. • Por outro lado, para os
casos em que o prazo prescricional já estava em curso antes do julgamento da
ARE 709212/DF, aplica-se o que ocorrer primeiro: 30 anos, contados do termo
inicial, ou 5 anos, a partir do julgamento da ARE 709212/DF. O art. 23, § 5º, da
Lei nº 8.036/90 e o art. 55 do Decreto 99.684/90, que previam o prazo
prescricional de 30 anos, são inconstitucionais. STF. Plenário. ARE 709212/DF,
Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 13/11/2014 (repercussão geral) (Info 767).
STF. Plenário. RE 522897/RN, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 16/3/2017
(Info 857).
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Os componentes eletrônicos que fazem parte de curso


em fascículos de montagem de placas gozam de
imunidade tributária
Direito Tributário Imunidade tributária Imunidade cultural
Origem: STF

A imunidade da alínea “d” do inciso VI do art. 150 da CF/88 alcança


componentes eletrônicos destinados, exclusivamente, a integrar unidade didática
com fascículos. STF. Plenário. RE 595676/RJ, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado
em 8/3/2017 (repercussão geral) (Info 856).

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Os livros eletrônicos gozam de imunidade tributária


Direito Tributário Imunidade tributária Imunidade cultural
Origem: STF

A imunidade tributária constante do art. 150, VI, “d”, da Constituição Federal


(CF), aplica-se ao livro eletrônico (“e-book”), inclusive aos suportes
exclusivamente utilizados para fixá-lo. STF. Plenário. RE 330817/RJ, Rel. Min.
Dias Toffoli, julgado em 8/3/2017 (repercussão geral) (Info 856).

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Os requisitos para o gozo de imunidade devem estar
previstos em lei complementar
Direito Tributário Imunidade tributária Outros julgados
Origem: STF

Os requisitos para o gozo de imunidade hão de estar previstos em lei


complementar. STF. Plenário. ADI 2028/DF, ADI 2036/DF, ADI 2228/DF, rel.
orig. Min. Joaquim Barbosa, red. p/ o ac. Min. Rosa Weber, julgados em 23/2 e
2/3/2017 (Info 855). STF. Plenário. RE 566622/RS, Rel. Min. Marco Aurélio,
julgado em 23/2/2017 (Info 855).

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A imunidade tributária subjetiva é aplicada se a entidade


imune for contribuinte de fato?
Direito Tributário Imunidade tributária Outros julgados
Origem: STF

A imunidade tributária subjetiva aplica-se a seus beneficiários na posição de


contribuinte de direito, mas não na de simples contribuinte de fato, sendo
irrelevante, para a verificação da existência do beneplácito constitucional, a
repercussão econômica do tributo envolvido. • Se a entidade imune for
contribuinte de direito: incide a imunidade subjetiva. • Se a entidade imune for
contribuinte de fato: não incide a imunidade subjetiva. STF. Plenário. RE
608872/MG, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 22 e 23/2/2017 (repercussão
geral) (Info 855).

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Estado deve indenizar preso que se encontre em
situação degradante
Direito Administrativo Responsabilidade civil Casos envolvendo detentos
Origem: STF

Considerando que é dever do Estado, imposto pelo sistema normativo, manter


em seus presídios os padrões mínimos de humanidade previstos no
ordenamento jurídico, é de sua responsabilidade, nos termos do art. 37, § 6º, da
Constituição, a obrigação de ressarcir os danos, inclusive morais,
comprovadamente causados aos detentos em decorrência da falta ou
insuficiência das condições legais de encarceramento. STF. Plenário. RE
580252/MS, rel. orig. Min. Teori Zavascki, red. p/ o ac. Min. Gilmar Mendes,
julgado em 16/2/2017 (repercussão geral) (Info 854).

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Aposentadoria compulsória e titulares de serventias


judiciais não estatizadas
Direito Administrativo Servidores públicos Aposentadoria
Origem: STF

Não se aplica a aposentadoria compulsória prevista no art. 40, § 1º, II, da CF aos
titulares de serventias judiciais não estatizadas, desde que não sejam ocupantes
de cargo público efetivo e não recebam remuneração proveniente dos cofres
públicos. STF. Plenário. RE 647827/PR, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em
15/2/2017 (repercussão geral) (Info 854).

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Competência para julgar crimes ambientais envolvendo
animais silvestres, em extinção, exóticos ou protegidos
por compromissos internacionais
Direito Processual Penal Competência Justiça Federal X Justiça Estadual
Origem: STF

Compete à Justiça Federal processar e julgar o crime ambiental de caráter


transnacional que envolva animais silvestres, ameaçados de extinção e
espécimes exóticas ou protegidas por compromissos internacionais assumidos
pelo Brasil. STF. Plenário. RE 835558/SP, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em
9/2/2017 (repercussão geral) (Info 853)

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É válida a penhora realizada sobre bens de sociedade de


economia mista que posteriormente foi sucedida pela
União
Direito Processual Civil Execução Precatório
Origem: STF

É válida a penhora em bens de pessoa jurídica de direito privado, realizada


anteriormente à sucessão desta pela União, não devendo a execução prosseguir
mediante precatório (art. 100, caput e § 1º, da Constituição Federal). STF.
Plenário. STF. Plenário. RE 693112-MG, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em
09/02/2017 (repercussão geral) (Info 853).

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Princípio da legalidade tributária e lei que delega a
fixação do valor da taxa para ato infralegal, desde que
respeitados os parâmetros máximos
Direito Tributário Princípios constitucionais tributários Princípio da legalidade
Origem: STF

Não viola a legalidade tributária a lei que, prescrevendo o teto, possibilita o ato
normativo infralegal fixar o valor de taxa em proporção razoável com os custos
da atuação estatal, valor esse que não pode ser atualizado por ato do próprio
conselho de fiscalização em percentual superior aos índices de correção
monetária legalmente previstos. STF. Plenário. RE 838284/SC, Rel. Min. Dias
Toffoli, julgado em 19/10/2016 (repercussão geral) (Info 842 e 844).

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União pode conceder incentivos relacionados com o IR e


o IPI mesmo que isso diminua os repasses destinados ao
FPM
Direito Tributário Impostos federais Imposto de renda
Origem: STF

É constitucional a concessão regular de incentivos, benefícios e isenções fiscais


relativos ao Imposto de Renda e Imposto sobre Produtos Industrializados por
parte da União em relação ao Fundo de Participação de Municípios e respectivas
quotas devidas às Municipalidades. STF. Plenário. RE 705423/SE, Rel. Min.
Edson Fachin, julgado em 17/11/2016 (repercussão geral) (Info 847).
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A desaposentação é ilegal
Direito Previdenciário Aposentadoria Noções gerais
Origem: STF

No âmbito do Regime Geral de Previdência Social - RGPS, somente lei pode


criar benefícios e vantagens previdenciárias, não havendo, por ora, previsão
legal do direito à "desaposentação", sendo constitucional a regra do art. 18, § 2º,
da Lei 8.213/1991. STF. Plenário. RE 381367/RS, RE 661256/SC e RE
827833/SC, red. p/ o ac. Min. Dias Toffoli, julgados em 26 e 27/10/2016
(repercussão geral) (Info 845).

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Administração Pública deve descontar os dias não


trabalhados por servidor público em greve
Direito Administrativo Servidores públicos Greve
Origem: STF

A administração pública deve proceder ao desconto dos dias de paralisação


decorrentes do exercício do direito de greve pelos servidores públicos, em
virtude da suspensão do vínculo funcional que dela decorre. É permitida a
compensação em caso de acordo. O desconto será, contudo, incabível se ficar
demonstrado que a greve foi provocada por conduta ilícita do Poder Público.
STF. Plenário. RE 693456/RJ, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 27/10/2016
(repercussão geral) (Info 845).

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Substituição tributária progressiva e restituição do ICMS
pago a mais quando a BC efetiva da operação for inferior
à presumida
Direito Tributário ICMS e outros impostos estaduais Geral
Origem: STF

É devida a restituição da diferença do Imposto sobre Circulação de Mercadorias


e Serviços (ICMS) pago a mais, no regime de substituição tributária para a
frente, se a base de cálculo efetiva da operação for inferior à presumida. STF.
Plenário. ADI 2675/PE, Rel. Min. Ricardo Lewandowski e ADI 2777/SP, red. p/ o
ac. Min. Ricardo Lewandowski, julgados em 19/10/2016 (Info 844). STF.
Plenário. RE 593849/MG, Rel. Min. Edson Fachin, julgados em 19/10/2016
(repercussão geral) (Info 844).

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É inconstitucional o art. 2º da Lei 11.000/2004 quando


delega aos conselhos profissionais a competência para
definir as anuidades sem parâmetro legal
Direito Tributário Contribuições Contribuições diversas
Origem: STF

É inconstitucional, por ofensa ao princípio da legalidade tributária, lei que delega


aos conselhos de fiscalização de profissões regulamentadas a competência de
fixar ou majorar, sem parâmetro legal, o valor das contribuições de interesse das
categorias profissionais e econômicas, usualmente cobradas sob o título de
anuidades, vedada, ademais, a atualização desse valor pelos conselhos em
percentual superior aos índices legalmente previstos. STF. Plenário. RE
704292/PR, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 19/10/2016 (repercussão geral)
(Info 844).

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Princípio da legalidade tributária e lei que delega a


fixação do valor da taxa para ato infralegal, desde que
respeitados os parâmetros máximos
Direito Tributário Taxas Geral
Origem: STF

Não viola a legalidade tributária a lei que, prescrevendo o teto, possibilita o ato
normativo infralegal fixar o valor de taxa em proporção razoável com os custos
da atuação estatal, valor esse que não pode ser atualizado por ato do próprio
conselho de fiscalização em percentual superior aos índices de correção
monetária legalmente previstos. STF. Plenário. RE 838284/SC, Rel. Min. Dias
Toffoli, julgado em 19/10/2016 (repercussão geral) (Info 842 e 844).

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Incide ICMS sobre a tarifa de assinatura básica mensal de


telefonia
Direito Tributário ICMS e outros impostos estaduais Geral
Origem: STF

O Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) incide sobre a


tarifa de assinatura básica mensal cobrada pelas prestadoras de serviço de
telefonia, independentemente da franquia de minutos concedida ou não ao
usuário. STF. Plenário. RE 912888/SP, Rel. Min. Teori Zavascki, julgado em
13/10/2016 (repercussão geral) (Info 843). Cuidado. Não confundir com o RE
572020/DF, rel. orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ o acórdão Min. Luiz Fux, julgado
em 6/2/2014 (Info 734).

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Incide ISS sobre o serviço prestado pelos planos de


assistência à saúde
Direito Tributário Impostos municipais ISS
Origem: STF

As operadoras de planos privados de assistência à saúde (plano de saúde e


seguro-saúde) realizam prestação de serviço sujeita ao Imposto Sobre Serviços
de Qualquer Natureza - ISSQN, previsto no art. 156, III, da CF/88. STF. Plenário.
RE 651703/PR, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 29/09/2016 (repercussão geral)
(Info 841).

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Regime de subsídio e pagamento de 13º e férias a


Prefeito e Vice-Prefeito
Direito Administrativo Servidores públicos Remuneração
Origem: STF

O art. 39, § 4º, da Constituição Federal não é incompatível com o pagamento de


terço de férias e décimo terceiro salário. STF. Plenário. RE 650898/RS, rel. orig.
Min. Marco Aurélio, red. p/ o ac. Min. Roberto Barroso, julgado em 1º/2/2017
(repercussão geral) (Info 852).

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TJ pode julgar ADI contra lei municipal tendo como


parâmetro norma da Constituição Federal?
Direito Constitucional Controle de constitucionalidade Representação de inconstitucionalidade
em face da constituição estadual
Origem: STF

Tribunais de Justiça podem exercer controle abstrato de constitucionalidade de


leis municipais utilizando como parâmetro normas da Constituição Federal,
desde que se trate de normas de reprodução obrigatória pelos estados. STF.
Plenário. RE 650898/RS, rel. orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ o ac. Min. Roberto
Barroso, julgado em 1º/2/2017 (repercussão geral) (Info 852).

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Portaria nº 655/93 e parcelamento de débitos de COFINS


Direito Tributário Contribuições COFINS
Origem: STF

Não viola o princípio da isonomia e o livre acesso à jurisdição a restrição de


ingresso no parcelamento de dívida relativa à Contribuição para Financiamento
da Seguridade Social - COFINS, instituída pela Portaria nº 655/93, dos
contribuintes que questionaram o tributo em juízo com depósito judicial dos
débitos tributários. STF. Plenário. RE 640905/SP, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em
15/12/2016 (repercussão geral) (Info 851).

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Aposentadoria compulsória não se aplica a cargos
comissionados
Direito Administrativo Servidores públicos Aposentadoria
Origem: STF

Os servidores ocupantes de cargo exclusivamente em comissão não se


submetem à regra da aposentadoria compulsória prevista no art. 40, § 1º, II, da
CF, a qual atinge apenas os ocupantes de cargo de provimento efetivo,
inexistindo, também, qualquer idade limite para fins de nomeação a cargo em
comissão. Ressalvados impedimentos de ordem infraconstitucional, não há óbice
constitucional a que o servidor efetivo, aposentado compulsoriamente,
permaneça no cargo comissionado que já desempenhava ou a que seja
nomeado para cargo de livre nomeação e exoneração, uma vez que não se trata
de continuidade ou criação de vínculo efetivo com a Administração. STF.
Plenário. RE 786540/DF, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 15/12/2016
(repercussão geral) (Info 851).

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Possibilidade de o proprietário afastar a sanção do art.


243 da CF/88 se provar que não teve culpa
Direito Administrativo Intervenção do estado na propriedade privada Desapropriação
Origem: STF

A expropriação prevista no art. 243 da Constituição Federal pode ser afastada,


desde que o proprietário comprove que não incorreu em culpa, ainda que in
vigilando ou in eligendo. STF. Plenário. RE 635336/PE, Rel. Min. Gilmar Mendes,
julgado em 14/12/2016 (repercussão geral) (Info 851).
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Competência
Direito Previdenciário Previdência privada Geral
Origem: STF

Compete à Justiça COMUM ESTADUAL (e não à Justiça do Trabalho) julgar


demandas que envolvam a complementação de aposentadoria por entidades de
previdência privada. STF. Plenário. RE 586453/SE, rel. orig. Min. Ellen Gracie,
red. p/ o acórdão Min. Dias Toffoli, 20/2/2013. RE 583050/RS, rel. orig. Min.
Cezar Peluso, red. p/ o acórdão Min. Dias Toffoli, 20/2/2013 (Info 695). STF.
Plenário. CC 7706 AgR-segundo-ED-terceiros/SP, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado
em 12/3/2015 (Info 777).

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Ação revisional de benefício previdenciário e decadência


Direito Previdenciário Processo administrativo e judicial previdenciário Geral
Origem: STF

Para a ação de revisão de benefício previdenciário, a lei prevê prazo decadencial


de 10 anos. Antes da MP 1.523-9/97 (28/06/1997), não havia prazo para a
revisão dos benefícios. Se um benefício foi concedido antes da MP 1.523-9/97
(28/06/1997), a revisão desse benefício também se sujeita ao prazo decadencial
de 10 anos, porém, considera-se que esse prazo teve início não na data em que
o benefício foi concedido, mas sim no dia 28/06/1997, data em que entrou em
vigor a MP 1.523-9/97. Dessa forma, as pessoas cujos benefícios
previdenciários foram concedidos até 28/06/1997 (data da MP 1.523-9/97), se
desejavam a revisão do benefício, tiveram que ingressar com a ação até
28/06/2007 (10 anos após a MP). Após esse prazo, houve a decadência do
direito. Para o STF, não existe direito adquirido à inexistência de prazo
decadencial para fins de revisão de benefício previdenciário, ou seja, mesmo
para as pessoas que tiveram benefícios concedidos antes da MP 1.523-9/97 vale
o lapso decadencial de 10 anos, que será contado a partir da vigência da
referida medida provisória. STF. Plenário. RE 626489/SE, rel. Min. Roberto
Barroso, julgado em 16/10/2013 (repercussão geral) (Info 724). Este
entendimento também é adotado pelo STJ: Aplica-se o prazo de decadência
instituído pela Medida Provisória 1.523-9/1997, convertida na Lei 9.528/1997, ao
direito de revisão dos benefícios concedidos anteriormente a esse preceito
normativo, com termo a quo a contar da sua vigência (28.6.1997). STJ. 2ª
Turma. REsp 1651794/SP, Rel. Min. Herman Benjamin, julgado em 16/03/2017.

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Necessidade de prévio requerimento administrativo


Direito Previdenciário Processo administrativo e judicial previdenciário Geral
Origem: STJ

Em regra, o segurado/dependente somente pode propor a ação pleiteando a


concessão do benefício previdenciário se anteriormente formulou requerimento
administrativo junto ao INSS e este foi negado. Assim, para que se proponha a
ação pleiteando a concessão do benefício previdenciário, é preciso que, antes,
tenha ocorrido uma das três situações abaixo: 1) o interessado requereu
administrativamente o benefício, mas este foi negado pelo INSS (total ou
parcialmente); 2) o interessado requereu administrativamente o benefício, mas o
INSS não deu uma decisão em um prazo máximo de 45 dias; 3) o interessado
não requereu administrativamente o benefício, mas é notório que, sobre esse
tema, o INSS tem posição contrária ao pedido feito pelo segurado. STF. Plenário.
RE 631240/MG, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 27/8/2014 (repercussão
geral) (Info 756). STJ. 1ª Seção. REsp 1369834-SP, Rel. Min. Benedito
Gonçalves, julgado em 24/9/2014 (recurso repetitivo) (Info 553).

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Princípio da contagem recíproca do tempo de


contribuição
Direito Previdenciário Outros temas Geral
Origem: STF

O art. 201, § 9º da CF/88 prevê o chamado “princípio da contagem de tempo


recíproca para fins de aposentadoria”. Esse dispositivo quer dizer que se a
pessoa trabalhou na iniciativa privada e, consequentemente, contribuiu para o
RGPS, terá direito de “levar” esse tempo de contribuição para o RPPS e somá-lo
para fins de aposentadoria. O inverso também é verdadeiro. A lei estadual ou
municipal não pode estabelecer requisitos (condições) para que essa contagem
recíproca do tempo de contribuição seja realizada. Ex: a lei não pode exigir que o
servidor público pague um número mínimo de contribuições no RPPS para que
ele possa “aproveitar” o tempo de contribuição no RGPS. A imposição de tais
restrições, por legislação local, viola o § 9º do art. 201 da CF/88. STF. Plenário.
RE 650851 QO/SP, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 1º/10/2014
(repercussão geral) (Info 761).

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Inconstitucionalidade do critério de renda per capita


inferior a 1/4
Direito Previdenciário Benefício de prestação continuada Geral
Origem: STF
O § 3º do art. 20 da Lei nº 8.742/93, que prevê o critério da renda per capita
inferior a 1/4 do salário-mínimo para concessão do LOAS, é
INCONSTITUCIONAL. Este critério encontra-se defasado e a análise da situação
de miserabilidade deverá ser feita, no caso concreto, com base em outros
parâmetros. STF. Plenário. RE 567985/MT, red. p/ o acórdão Min. Gilmar
Mendes, 17 e 18/4/2013; RE 580963/PR, rel. Min. Gilmar Mendes, 17 e
18/4/2013 (repercussão geral) (Info 702).

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Utilização do EPI pelo segurado e PPP indicando eficácia


dos equipamentos contra ruído
Direito Previdenciário Aposentadoria Aposentadoria especial
Origem: STF

Se a empresa fornecer EPI ao segurado e este for eficaz para inibir os efeitos do
agente nocivo, o trabalho por ele desempenhado deixa de ser considerado
especial para fins de aposentadoria? O segurado perderá o direito de esse
tempo ser enquadrado como de atividade especial? SIM. O STF decidiu que o
direito à aposentadoria especial pressupõe a efetiva exposição do trabalhador a
agente nocivo à sua saúde. Assim, se o Equipamento de Proteção Individual
(EPI) for realmente capaz de neutralizar a nocividade, o trabalhador não terá
direito à concessão da aposentadoria especial. A Corte não aceitou o argumento
de que a aposentadoria especial seria devida em qualquer hipótese, desde que o
ambiente fosse insalubre. Em outras palavras, não basta o risco potencial do
dano, sendo necessária a efetiva exposição. Resumindo, nas exatas palavras do
STF: “o direito à aposentadoria especial pressupõe a efetiva exposição do
trabalhador a agente nocivo a sua saúde, de modo que se o Equipamento de
Proteção Individual (EPI) for realmente capaz de neutralizar a nocividade, não
haverá respaldo à concessão constitucional de aposentadoria especial”. Um dos
campos do Perfil Profissiográfico Profissional (PPP) indica se a empresa
forneceu EPI para reduzir a exposição do trabalhador aos agentes nocivos e se
tais equipamentos foram eficazes. Imagine, então, que o PPP informe que o
segurado trabalhava com níveis de ruído acima de 85dB, mas, ao mesmo tempo,
indique que o trabalhador utilizava EPI (protetores auriculares) e que estes eram
eficazes. Nesse caso, o trabalho desempenhado continuará sendo considerado
como especial para fins de aposentadoria? O segurado continuará tendo direito
de que esse tempo seja enquadrado como de atividade especial? SIM. Na
hipótese de o trabalhador ser exposto a RUÍDO acima dos limites legais de
tolerância (atualmente 85dB), a declaração do empregador, no âmbito do PPP,
de que o EPI fornecido é eficaz, não serve para descaracterizar esse tempo de
serviço como especial para fins de aposentadoria. Está provado na literatura
científica e de medicina do trabalho que o uso de EPI com o intuito de evitar
danos sonoros não é capaz de inibir os efeitos nocivos do ruído na saúde do
trabalhador. Dito de outro modo, em matéria de ruído, o uso de EPI não é eficaz
para eliminar a nocividade. Mesmo utilizando o aparelho, o trabalhador terá
danos à sua saúde. Logo, faz jus ao tempo especial mesmo que haja uso de
EPI. Nas exatas palavras do STF: “na hipótese de exposição do trabalhador a
ruído acima dos limites legais de tolerância, a declaração do empregador no
âmbito do Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP), no sentido da eficácia do
Equipamento de Proteção Individual (EPI), não descaracteriza o tempo de
serviço especial para a aposentadoria”. STF. Plenário. ARE 664335/SC, Rel.
Min. Luiz Fux, julgado em 4/12/2014 (repercussão geral) (Info 770).

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Lei estadual não pode exigir garantia de empresa


inadimplente para que esta emita nota fiscal
Direito Tributário Outros temas Geral
Origem: STF

É INCONSTITUCIONAL a lei que exija que a empresa em débito com a Fazenda


Pública tenha que oferecer uma garantia (ex.: fiança) para que possa emitir
notas fiscais. Tal previsão configura “sanção política” (cobrança do tributo por
vias oblíquas), o que viola as garantias do livre exercício do trabalho, ofício ou
profissão (art. 5º, XIII), da atividade econômica (art. 170, parágrafo único) e do
devido processo legal (art. 5º, LIV). STF. Plenário. RE 565048/RS, Rel. Min.
Marco Aurélio, julgado em 29/5/2014 (repercussão geral)(Info 748).

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Inconstitucionalidade do inciso IV do art. 22 da Lei


8.212/91
Direito Tributário Contribuições Contribuições diversas
Origem: STF

A contribuição previdenciária prevista no inciso IV do art. 22 da Lei 8.212/91 é


inconstitucional por não se enquadrar no art. 195, I, “a”, da CF/88. Obs: após
essa decisão do STF, o Senado, nos termos do art. 52, X, da CF/88, editou a
Resolução nº 10/2016 suspendendo a execução do inciso IV do art. 22 da Lei nº
8.212/91. STF. Plenário. RE 595838/SP, rel. Min. Dias Toffoli, julgado em
23/4/2014 (repercussão geral)(Info 743).

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Incide PIS/PASEP sobre negócios jurídicos praticados


por cooperativa com terceiros
Direito Tributário Contribuições PIS/COFINS
Origem: STF

A receita auferida pelas cooperativas de trabalho decorrentes dos atos (negócios


jurídicos) firmados com terceiros se insere na materialidade da contribuição ao
PIS/PASEP. STF. Plenário. RE 599362/RJ ED, Rel. Min. Dias Toffoli julgado em
18/08/2016 (repercussão geral) (Info 835).

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Valor retido de ICMS e base de cálculo


Direito Tributário Contribuições COFINS
Origem: STF

O valor retido em razão do ICMS pode ser considerado como faturamento e


integrar a base de cálculo da COFINS? NÃO. O valor retido em razão do ICMS
não pode ser incluído na base de cálculo da COFINS sob pena de violar o art.
195, I, “b”, da CF/88. STF. Plenário. RE 240785/MG, Rel. Min. Marco Aurélio,
julgado em 8/10/2014 (Info 762). O Imposto sobre Circulação de Mercadorias e
Serviços (ICMS) não compõe a base de cálculo para a incidência da contribuição
para o PIS e da COFINS. STF. Plenário. RE 574706/PR, Rel. Min. Cármen Lúcia,
julgado em 15/3/2017 (repercussão geral) (Info 857).

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Lei municipal e progressividade em função do valor do


antes da EC 29/2000
Direito Tributário Impostos municipais IPTU
Origem: STF

Antes da EC 29/2000, a CF/88 permitia para o IPTU apenas a progressividade


em razão da função social da propriedade (art. 182, § 4º, II). A Constituição não
previa, expressamente, a progressividade em razão do valor do imóvel (art. 156,
§ 1º, I). Ocorre que mesmo antes da EC 29/2000, muitos Municípios editaram
leis prevendo alíquotas progressivas em razão do valor do imóvel. O STF
considera que essas leis são inválidas: Súmula 668-STF: É inconstitucional a lei
municipal que tenha estabelecido, antes da emenda constitucional 29/2000,
alíquotas progressivas para o IPTU, salvo se destinada a assegurar o
cumprimento da função social da propriedade urbana. Com a declaração de
inconstitucionalidade da lei municipal, os contribuintes irão pagar o IPTU com
base em qual alíquota? A mínima prevista. O STF firmou a seguinte tese:
"Declarada inconstitucional a progressividade de alíquota tributária, é devido o
tributo calculado pela alíquota mínima correspondente, de acordo com a
destinação do imóvel." STF. Plenário. RE 602347/MG, Rel. Min. Edson Fachin,
julgado em 4/11/2015 (repercussão geral) (Info 806).

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Impossibilidade de majoração da base de cálculo por


meio de decreto
Direito Tributário Impostos municipais IPTU
Origem: STF

A base de cálculo do IPTU é o VALOR VENAL do imóvel (art. 33 do CTN). Os


Municípios não podem alterar ou majorar, por decreto, a base de cálculo do
IPTU, sob pena de violação ao art. 150, I da CF/88. A simples atualização do
valor monetário da base de cálculo poderá ser feita por decreto do Prefeito.
Assim, os Municípios podem atualizar, anualmente, o valor dos imóveis, com
base nos índices oficiais de correção monetária, visto que a atualização não
constitui aumento de tributo (art. 97, § 1º do CTN) e, portanto, não se submete à
reserva legal imposta pelo art. 150, I da CF/88. Conclusão: é inconstitucional a
majoração, sem edição de lei em sentido formal, do valor venal de imóveis para
efeito de cobrança do IPTU acima dos índices oficiais de correção monetária.
STF. Plenário. RE 648245/MG, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 1/8/2013
(repercussão geral) (Info 713).

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Somente lei em sentido formal pode instituir o regime de
recolhimento do ICMS por estimativa
Direito Tributário ICMS e outros impostos estaduais Geral
Origem: STF

Quando se fala em regime de apuração, isso significa a forma por meio da qual o
valor tributo será calculado. No caso do ICMS, existem vários regimes de
apuração do imposto. A LC 87/96 autoriza que os Estados membros adotem o
regime de apuração por estimativa. O Estado-membro pode estabelecer o
regime de estimativa por meio de Decreto? NÃO. Somente lei em sentido formal
pode instituir o regime de recolhimento do ICMS por estimativa. STF. Plenário.
RE 632265/RJ, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 18/6/2015 (repercussão
geral) (Info 790).

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ICMS e Leasing internacional


Direito Tributário ICMS e outros impostos estaduais Geral
Origem: STF

Há incidência de ICMS no caso de leasing internacional? REGRA: NÃO. Em


regra, não incide o ICMS importação na operação de arrendamento mercantil
internacional, uma vez que no leasing não há, necessariamente, a transferência
de titularidade do bem. Em outras palavras, pode haver ou não a compra. Assim,
não incide o imposto se existe a possibilidade de o bem ser restituído ao
proprietário e o arrendatário não efetuar a opção de compra. EXCEÇÃO: incidirá
ICMS importação se ficar demonstrado que houve a antecipação da opção de
compra. Isso ocorre quando não existe a possibilidade de o bem ser restituído ao
proprietário, seja por circunstâncias naturais (físicas), seja porque se trata de
insumo. STF. Plenário. RE 540829/SP, red. p/ o acórdão Min. Luiz Fux, julgado
em 11/9/2014 (repercussão geral) (Info 758). STF. Plenário. RE 226899/SP, rel.
orig. Min. Ellen Gracie, red. p/ o acórdão Min. Cármen Lúcia, julgado em
1º/10/2014 (Info 761).

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Após a EC 33/2001, é constitucional o ICMS sobre a


importação de bens
Direito Tributário ICMS e outros impostos estaduais Geral
Origem: STF

Após a EC 33/2001, é CONSTITUCIONAL a instituição do ICMS incidente sobre


a importação de bens, sendo irrelevante a classificação jurídica do ramo de
atividade da empresa importadora. Antes da EC 33/2001 essa prática era
inconstitucional. As leis estaduais anteriores à EC 33/2001 que previam a
cobrança de ICMS importação para pessoas que não fossem contribuintes
habituais de imposto são inválidas, considerando que o sistema jurídico
brasileiro não contempla a figura da constitucionalidade superveniente. Para ser
constitucionalmente válida a incidência do ICMS sobre operações de importação
de bens, as modificações no critério material na base de cálculo e no sujeito
passivo da regra-matriz deveriam ter sido realizadas em lei posterior à EC
33/2001. A súmula 660 do STF está superada. STF. Plenário. RE 439796/PR;
RE 474267/RS, Rel. Min. Joaquim Barbosa, julgados em 6/11/2013 (repercussão
geral) (Info 727)

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Princípio da não-cumulatividade e redução da base de
cálculo equiparada a isenção parcial
Direito Tributário ICMS e outros impostos estaduais Geral
Origem: STF

A redução da base de cálculo de ICMS equivale à hipótese de isenção parcial, a


acarretar a anulação proporcional de crédito desse mesmo imposto, relativo às
operações anteriores, salvo disposição em lei estadual em sentido contrário.
Assim, reduzida a base de cálculo, tem-se impossibilitado o creditamento
integral, sem que se possa falar em ofensa ao princípio da não-cumulatividade
(art. 155, § 2º, II, “b”, da CF/88). Para o STF, a redução de base de cálculo deve
ser considerada como se fosse uma “isenção parcial”. Logo, também acarreta a
anulação proporcional do crédito do ICMS relativo às operações anteriores, salvo
disposição em lei estadual em sentido contrário. Assim, se foi reduzida a base de
cálculo do ICMS, não será permitido que a empresa faça o creditamento integral,
sem que se possa falar em ofensa ao princípio da não-cumulatividade (CF, art.
155, § 2º, II, “b”). Em outras palavras, se houver redução na base de cálculo em
uma das operações da cadeia de circulação de mercadorias, aplica-se a regra do
art. 155, § 2º, II, “b”, da CF/88. STF. Plenário. RE 635688/RS, Min. Gilmar
Mendes, julgado em 16/10/2014 (repercussão geral) (Info 763). STF. Plenário.
RE 477323/RS, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 16/10/2014 (Info 763).

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IOF e transmissão de ações de companhias abertas


Direito Tributário Impostos federais Outros temas
Origem: STF

É constitucional o art. 1º, IV, da Lei nº 8.033/90, uma vez que a incidência de IOF
sobre o negócio jurídico de transmissão de títulos e valores mobiliários, tais
como ações de companhias abertas e respectivas bonificações, encontra
respaldo no art. 153, V, da CF, sem ofender os princípios tributários da
anterioridade e da irretroatividade, nem demandar a reserva de lei
complementar. Art. 1º São instituídas as seguintes incidências do imposto sobre
operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores
mobiliários: IV — transmissão de ações de companhias abertas e das
consequentes bonificações emitidas. STF. Plenário. RE 583712/SP, Rel. Min.
Edson Fachin, julgado em 4/2/2016 (repercussão geral) (Info 813).

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Descontos incondicionais e sua não incidência na base


de cálculo do IPI
Direito Tributário Impostos federais Imposto sobre produtos industrializados
Origem: STF

Os descontos incondicionais não devem integrar a base de cálculo do IPI. Ex.:


se o preço “cheio” do produto era 120, mas foi dado um desconto de 20 para o
adquirente, a base de cálculo do IPI será 100 (e não 120). É inconstitucional, por
ofensa ao art. 146, III, a, da CF/88, o § 2º do art. 14 da Lei 4.502/1964, com a
redação dada pelo art. 15 da Lei 7.798/1989, no ponto em que determina a
inclusão de descontos incondicionais na base de cálculo do IPI. STF. Plenário.
RE 567935/SC, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 4/9/2014 (repercussão
geral) (Info 757).

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Incide o IPI em importação de veículos automotores por


pessoa natural
Direito Tributário Impostos federais Imposto sobre produtos industrializados
Origem: STF
Incide o IPI em importação de veículos automotores por pessoa natural, ainda
que não desempenhe atividade empresarial, e o faça para uso próprio. STF.
Plenário. RE 723651/PR, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 3 e 4/2/2016
(repercussão geral) (Info 813).

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Aumento de alíquota e irretroatividade


Direito Tributário Impostos federais Imposto de renda
Origem: STF

É inconstitucional a aplicação retroativa de lei que majora a alíquota incidente


sobre o lucro proveniente de operações incentivadas ocorridas no passado,
ainda que no mesmo ano-base, tendo em vista que o fato gerador se consolida
no momento em que ocorre cada operação de exportação, à luz da
extrafiscalidade da tributação na espécie. A Súmula 584 do STF permanece
válida. No entanto, este enunciado não se aplica para as hipóteses em que o
tributo tenha função extrafiscal. STF. Plenário. RE 592396/SP, Rel. Min. Edson
Fachin, julgado em 3/12/2015 (repercussão geral) (Info 810).

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IR e inconstitucionalidade do art. 12 da Lei 7.713/88


Direito Tributário Impostos federais Imposto de renda
Origem: STF

O art. 12 da Lei nº 7.713/1988 afirma que se a pessoa receber rendimentos


acumuladamente, o imposto incidirá, no mês do recebimento ou crédito, sobre o
total dos rendimentos. Assim, se o indivíduo recebe, em um só mês, uma
indenização trabalhista ou algum benefício previdenciário que estava atrasado,
acaba sendo punido duas vezes. Isso porque ele deveria ter recebido as
parcelas na época própria, mas não aconteceu. Quando finalmente consegue
auferi-las, é tributado com uma alíquota superior de imposto de renda em virtude
do valor recebido considerado globalmente. Por essa razão, para ao STF, o art.
12 é INCONSTITUCIONAL. A alíquota do IR deve ser a correspondente ao
rendimento recebido pela pessoa mês a mês (regime de competência), e não
aquela que incidiria sobre valor total pago de uma única vez (regime de caixa), e,
portanto, mais alta. STF. Plenário. RE 614406/RS, rel. orig. Min. Ellen Gracie,
red. p/ o acórdão Min. Marco Aurélio, julgado em 23/10/2014 (repercussão geral)
(Info 764).

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O fato de o imóvel estar vago ou sem edificação não é


suficiente, por si só, para retirar a imunidade tributária
Direito Tributário Imunidade tributária Imunidade de entidades educacionais e assistenciais
Origem: STF

E se o imóvel da instituição de ensino estiver vago ou não edificado, ele, mesmo


assim, gozará da imunidade? SIM. O fato de o imóvel estar vago ou sem
edificação não é suficiente, por si só, para retirar a garantia constitucional da
imunidade tributária. Não é possível considerar que determinado imóvel está
voltado a finalidade diversa da exigida pelo interesse público apenas pelo fato
de, momentaneamente, estar sem edificação ou ocupação. Em suma, essa
imunidade tributária é aplicada aos bens imóveis, temporariamente ociosos, de
propriedade das instituições de educação e de assistência social sem fins
lucrativos que atendam os requisitos legais. STF. 1ª Turma. RE 385091/DF, Rel.
Min. Dias Toffoli, julgado em 6/8/2013 (Info 714). STF. Plenário. RE 767332/MG,
Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 31/10/2013 (repercussão geral).
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Imunidade tributária recíproca e dívidas tributárias


decorrentes de sucessão
Direito Tributário Imunidade tributária Imunidade tributária recíproca
Origem: STF

A antiga RFFSA era uma sociedade de economia mista federal, que foi extinta, e
a União tornou-se sua sucessora legal nos direitos e obrigações. A União goza
de imunidade tributária recíproca (art. 150, VI, “a”, da CF/88). A RFFSA não
desfrutava do benefício pois se tratava de entidade exploradora de atividade
econômica. Os débitos tributários que a RFFSA possuía foram transferidos para
a União e devem ser pagos, não podendo este ente invocar a imunidade
tributária recíproca. O STF concluiu que a imunidade tributária recíproca não
afasta a responsabilidade tributária por sucessão, na hipótese em que o sujeito
passivo era contribuinte regular do tributo devido. Tese fixada: “A imunidade
tributária recíproca não exonera o sucessor das obrigações tributárias relativas
aos fatos jurídicos tributários ocorridos antes da sucessão (aplicação “retroativa”
da imunidade tributária).” STF. Plenário. RE 599176/PR, Rel. Min. Joaquim
Barbosa, julgado em 5/6/2014 (repercussão geral) (Info 749).

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A imunidade tributária recíproca reconhecida aos


Correios alcança o IPTU incidente sobre imóveis de sua
propriedade, bem assim os por ela utilizados
Direito Tributário Imunidade tributária Imunidade tributária recíproca
Origem: STF

A imunidade tributária recíproca reconhecida à Empresa Brasileira de Correios e


Telégrafos — ECT alcança o IPTU incidente sobre imóveis de sua propriedade,
bem assim os por ela utilizados. Se houver dúvida acerca de quais imóveis
estariam afetados ao serviço público, cabe à administração fazendária (Fisco)
produzir prova em contrário, haja vista militar em favor do contribuinte a
presunção de imunidade anteriormente conferida em benefício dele. Assim, para
que o Município possa cobrar IPTU sobre o imóvel, ele deverá identificar e
provar que aquele imóvel específico não se destina às finalidades essenciais dos
Correios. Ex.: o Ministro Relator Dias Toffoli citou que a imunidade alcança os
imóveis próprios da ECT, não abrangendo os imóveis pertencentes às empresas
que são franquias dos Correios ou que são meros prestadores de serviços para
a entidade. STF. Plenário. RE 773992/BA, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em
15/10/2014 (repercussão geral).

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Não incide o ICMS sobre o serviço de transporte de bens


e mercadorias realizado pelos Correios
Direito Tributário Imunidade tributária Imunidade tributária recíproca
Origem: STF

Os Correios gozam de imunidade tributária porque são uma empresa pública que
desempenha serviços públicos. Ocorre que os Correios, além das atividades que
desenvolvem de forma exclusiva, como é o caso da entrega de cartas, também
realizam alguns serviços em concorrência com a iniciativa privada (ex.: entrega
de encomendas). Mesmo quando os Correios realizam o serviço de transporte
de bens e mercadorias, concorrendo, portanto, com a iniciativa privada, ainda
assim gozam de imunidade e ficam livres de pagar ICMS. Assim, o STF decidiu
que a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos — ECT goza de imunidade
tributária recíproca mesmo quando realiza o transporte de bens e mercadorias.
STF. Plenário. RE 627051/PE, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 12/11/2014
(repercussão geral)(Info 767).

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Regra da anterioridade nonagesimal e lei de conversão


da MP
Direito Tributário Princípios constitucionais tributários Princípio da anterioridade
Origem: STF

Nos casos em que a majoração de alíquota tenha sido estabelecida somente na


lei de conversão, o termo inicial da contagem é a data da conversão da medida
provisória em lei. STF. Plenário. RE 568503/RS, rel. Min. Cármen Lúcia, julgado
em 12/2/2014 (repercussão geral)(Info 735).

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Ações propostas contra a Administração Pública por


servidores pré CF/88 que ingressaram sem concurso
público e em regime celetista
Direito do Trabalho e Processual do Trabalho Diversos Geral
Origem: STF

Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar demandas propostas contra


órgãos da Administração Pública, por servidores que ingressaram em seus
quadros, sem concurso público, antes da CF/88, sob regime da CLT, com o
objetivo de obter prestações de natureza trabalhista. STF. Plenário. ARE 906491
RG, Rel. Min. Teori Zavascki, julgado em 01/10/2015 (repercussão geral).
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Plano de dispensa incentivada e validade da quitação


ampla de parcelas contratuais
Direito do Trabalho e Processual do Trabalho Diversos Geral
Origem: STF

A transação extrajudicial que importa rescisão do contrato de trabalho em razão


de adesão voluntária do empregado a plano de dispensa incentivada enseja
quitação ampla e irrestrita de todas as parcelas objeto do contrato de emprego,
caso essa condição tenha constado expressamente do acordo coletivo que
aprovou o plano, bem como dos demais instrumentos celebrados com o
empregado. STF. Plenário. RE 590415/SC e RE 590415 AgR/SC, Rel. Min.
Roberto Barroso, julgados em 30/4/2015 (repercussão geral) (Info 783).

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Proibição de tratamento diferenciado entre a licença-


maternidade e a licença-adotante
Direito do Trabalho e Processual do Trabalho Diversos Geral
Origem: STF

O art. 210 da Lei nº 8.112/90, assim como outras leis estaduais e municipais,
prevê que o prazo para a servidora que adotar uma criança é inferior à licença
que ela teria caso tivesse tido um filho biológico. De igual forma, este dispositivo
estabelece que, se a criança adotada for maior que 1 ano de idade, o prazo será
menor do que seria se ela tivesse até 1 ano. Segundo o STF, tal previsão é
inconstitucional. Foi fixada, portanto, a seguinte tese: Os prazos da licença-
adotante não podem ser inferiores ao prazo da licença-gestante, o mesmo
valendo para as respectivas prorrogações. Em relação à licença-adotante, não é
possível fixar prazos diversos em função da idade da criança adotada. STF.
Plenário. RE 778889/PE, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 10/3/2016
(repercussão geral) (Info 817).

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Possibilidade de concessão de indulto para pessoas


submetidas a medida de segurança
Direito Processual Penal Execução penal Indulto
Origem: STF

Indulto é um ato do Presidente da República (art. 84, XII, da CF/88),


materializado por meio de um Decreto, por meio do qual é extinto o efeito
executório da condenação imposta a alguém. Em outras palavras, mesmo
havendo ainda pena a ser cumprida, o Estado renuncia ao seu direito de punir,
sendo uma causa de extinção da punibilidade (art. 107, II, CP).
Tradicionalmente, o indulto é concedido a pessoas que receberam uma pena por
terem sido condenadas pela prática de infração penal. No entanto, é possível
que o indulto seja concedido a pessoas que receberam medida de segurança.
Sobre o tema, o STF definiu a seguinte tese: "Reveste-se de legitimidade jurídica
a concessão, pelo Presidente da República, do benefício constitucional do
indulto (CF, art. 84, XII), que traduz expressão do poder de graça do Estado,
mesmo se se tratar de indulgência destinada a favorecer pessoa que, em razão
de sua inimputabilidade ou semi-imputabilidade, sofre medida de segurança,
ainda que de caráter pessoal e detentivo." STF. Plenário. RE 628658/RS, Rel.
Min. Marco Aurélio, julgado em 4 e 5/11/2015 (Info 806).

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Parâmetros fixados no Recurso Extraordinário (RE)
641320
Direito Processual Penal Execução penal Temas diversos
Origem: STF

a) A falta de estabelecimento penal adequado não autoriza a manutenção do


condenado em regime prisional mais gravoso; b) Os juízes da execução penal
poderão avaliar os estabelecimentos destinados aos regimes semiaberto e
aberto, para qualificação como adequados a tais regimes. São aceitáveis
estabelecimentos que não se qualifiquem como “colônia agrícola, industrial”
(regime semiaberto) ou “casa de albergado ou estabelecimento adequado”
(regime aberto) (art. 33, §1º, alíneas “b” e “c”, do CP); c) Havendo déficit de
vagas, deverá determinar-se: (i) a saída antecipada de sentenciado no regime
com falta de vagas; (ii) a liberdade eletronicamente monitorada ao sentenciado
que sai antecipadamente ou é posto em prisão domiciliar por falta de vagas; (iii)
o cumprimento de penas restritivas de direito e/ou estudo ao sentenciado que
progride ao regime aberto; d) Até que sejam estruturadas as medidas
alternativas propostas, poderá ser deferida a prisão domiciliar ao sentenciado.
STF. Plenário. RE 641320/RS, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 11/5/2016
(repercussão geral) (Info 825).

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Progressão no caso de crimes hediondos


Direito Processual Penal Execução penal Progressão de regime
Origem: STJ
A exigência de cumprimento de um 1/6 da pena para a progressão de regime se
aplica a crimes hediondos praticados antes da vigência da Lei 11.464/2007, que,
ao alterar a redação do art. 2º da Lei 8.072/90, passou a exigir o cumprimento de
2/5 da pena, para condenado primário, e 3/5, para reincidente. Para os crimes
anteriores à Lei nº 11.464/2007, como o antigo § 1º era inconstitucional, o STF
considera que é possível a progressão de regime cumprido 1/6 da pena (art. 112
da LEP). No mesmo sentido é o entendimento do STJ (Súmula 471-STJ). Para
os crimes posteriores à Lei nº 11.464/2007, foi prevista a possibilidade de
progressão de regime para crimes hediondos, conforme os requisitos previstos
no § 2º do art. 2º (2/5 se primário e 3/5 se reincidente). STF. Plenário. RE
579167/AC, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 16/5/2013 (repercussão geral)
(Info 706).

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Em caso de ação coletiva movida por associação


somente serão beneficiados com a decisão os
associados que autorizaram a propositura de forma
expressa
Direito Processual Civil Processo coletivo Geral
Origem: STF

A autorização estatutária genérica conferida à associação não é suficiente para


legitimar a sua atuação em juízo na defesa de direitos de seus filiados. Para
cada ação, é indispensável que os filiados autorizem de forma expressa e
específica a demanda. Teses firmadas pelo STF neste julgado: "O disposto no
artigo 5º, inciso XXI, da Carta da República encerra representação específica,
não alcançando previsão genérica do estatuto da associação a revelar a defesa
dos interesses dos associados." "As balizas subjetivas do título judicial,
formalizado em ação proposta por associação, é definida pela representação no
processo de conhecimento, presente a autorização expressa dos associados e a
lista destes juntada à inicial." Exceção: no caso de impetração de mandado de
segurança coletivo, a associação não precisa de autorização específica dos
filiados. STF. Plenário. RE 573232/SC, rel. orig. Min. Ricardo Lewandowski, red.
p/ o acórdão Min. Marco Aurélio, julgado em 14/5/2014 (repercussão geral) (Info
746).

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Legitimidade da Defensoria Pública para propor ACP na


tutela de direitos difusos e coletivos de pessoas
necessitadas
Direito Processual Civil Processo coletivo Geral
Origem: STF

A Defensoria Pública tem legitimidade para a propositura de ação civil pública


em ordem a promover a tutela judicial de direitos difusos e coletivos de que
sejam titulares, em tese, as pessoas necessitadas. STF. Plenário. RE
733433/MG, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 4/11/2015 (repercussão geral)
(Info 806).

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Procuradores federais não são intimados pessoalmente


nos juizados
Direito Processual Civil Juizados especiais Geral
Origem: STF
Os Procuradores Federais que atuam nos Juizados Especiais Federais não
desfrutam da prerrogativa da intimação pessoal. Assim, não se aplica o art. 17
da Lei nº 10.910/2004 nos Juizados Especiais Federais. Novo CPC: o CPC/2015
prevê a prerrogativa de os advogados públicos serem intimados pessoalmente
(art. 183). Apesar disso, penso que o entendimento acima continua válido. STF.
Plenário. ARE 648629/RJ, rel. Min. Luiz Fux, julgado em 24/4/2013 (Info 703).

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Advogado pode receber honorários por RPV mesmo que


o crédito da parte seja por precatório
Direito Processual Civil Execução Precatório
Origem: STF e STJ

Se a Fazenda Pública for condenada a pagar dinheiro, deverá o pagamento ser


feito, em regra, por meio de precatório. Se a quantia for considerada como de
“pequeno valor”, não haverá necessidade de precatório. É possível que a
execução de honorários advocatícios devidos pela Fazenda Pública se faça
mediante Requisição de Pequeno Valor (RPV) na hipótese em que os honorários
não excedam o valor limite a que se refere o art. 100, § 3º, da CF, ainda que o
crédito dito “principal” seja executado por meio do regime de precatórios. Em
outras palavras, é possível o fracionamento de precatório para pagamento de
honorários advocatícios. STF. Plenário. RE 564132/RS, red. p/ o acórdão Min.
Cármen Lúcia, julgado em 30/10/2014 (repercussão geral) (Info 765). STJ. 1ª
Seção. REsp 1347736-RS, Rel. Min. Castro Meira, Rel. para acórdão Min.
Herman Benjamin, julgado em 9/10/2013 (recurso repetitivo) (Info 539).

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Pequeno valor é considerado individualmente em caso
de litisconsórcio ativo facultativo
Direito Processual Civil Execução Precatório
Origem: STF

Se a Fazenda Pública for condenada a pagar dinheiro, deverá o pagamento ser


feito, em regra, por meio de precatório. Se a quantia for considerada como de
“pequeno valor”, não haverá necessidade de precatório. Caso a condenação
tenha decorrido de uma ação proposta por litisconsortes ativos, o “pequeno
valor” para fins de dispensa do precatório será considerado individualmente para
cada litisconsorte, não devendo ser somada a quantia devida a todos. Assim, ao
contrário do que alega a Fazenda Pública, o fracionamento do valor da
execução, em caso de litisconsórcio facultativo, para expedição de requisição de
pequeno valor em favor de cada credor, não implica violação ao art. 100, § 8º, da
CF/88. STF. Plenário. RE 568645/SP, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em
24/9/2014 (repercussão geral) (Info 760).

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Citação por hora certa é constitucional


Direito Processual Penal Procedimento Citação por edital
Origem: STF

É constitucional a citação com hora certa no âmbito do processo penal. STF.


Plenário. RE 635145/RS, rel. orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ o acórdão Min. Luiz
Fux, julgado em 1º/8/2016 (repercussão geral) (Info 833).

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Disponibilizar ou adquirir material pornográfico
envolvendo criança ou adolescente
Direito Processual Penal Competência Justiça Federal X Justiça Estadual
Origem: STF

Compete à Justiça Federal processar e julgar os crimes consistentes em


disponibilizar ou adquirir material pornográfico envolvendo criança ou
adolescente (arts. 241, 241-A e 241-B do ECA), quando praticados por meio da
rede mundial de computadores (internet). STF. Plenário. RE 628624/MG, Rel.
Orig. Min. Marco Aurélio, Red. p/ o acórdão Min. Edson Fachin, julgado em 28 e
29/10/2015 (repercussão geral) (Info 805).

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Ministério Público pode realizar diretamente a


investigação de crimes
Direito Processual Penal Investigação criminal Geral
Origem: STF

O STF reconheceu a legitimidade do Ministério Público para promover, por


autoridade própria, investigações de natureza penal, mas ressaltou que essa
investigação deverá respeitar alguns parâmetros que podem ser a seguir
listados: 1) Devem ser respeitados os direitos e garantias fundamentais dos
investigados; 2) Os atos investigatórios devem ser necessariamente
documentados e praticados por membros do MP; 3) Devem ser observadas as
hipóteses de reserva constitucional de jurisdição, ou seja, determinadas
diligências somente podem ser autorizadas pelo Poder Judiciário nos casos em
que a CF/88 assim exigir (ex: interceptação telefônica, quebra de sigilo bancário
etc.); 4) Devem ser respeitadas as prerrogativas profissionais asseguradas por
lei aos advogados; 5) Deve ser assegurada a garantia prevista na Súmula
vinculante 14 do STF (“É direito do defensor, no interesse do representado, ter
acesso amplo aos elementos de prova que, já documentados em procedimento
investigatório realizado por órgão com competência de polícia judiciária, digam
respeito ao exercício do direito de defesa”); 6) A investigação deve ser realizada
dentro de prazo razoável; 7) Os atos de investigação conduzidos pelo MP estão
sujeitos ao permanente controle do Poder Judiciário. A tese fixada em
repercussão geral foi a seguinte: “O Ministério Público dispõe de competência
para promover, por autoridade própria, e por prazo razoável, investigações de
natureza penal, desde que respeitados os direitos e garantias que assistem a
qualquer indiciado ou a qualquer pessoa sob investigação do Estado,
observadas, sempre, por seus agentes, as hipóteses de reserva constitucional
de jurisdição e, também, as prerrogativas profissionais de que se acham
investidos, em nosso País, os advogados (Lei 8.906/1994, art. 7º, notadamente
os incisos I, II, III, XI, XIII, XIV e XIX), sem prejuízo da possibilidade — sempre
presente no Estado democrático de Direito — do permanente controle
jurisdicional dos atos, necessariamente documentados (Enunciado 14 da Súmula
Vinculante), praticados pelos membros dessa Instituição.” STF. 1ª Turma. HC
85011/RS, red. p/ o acórdão Min. Teori Zavascki, julgado em 26/5/2015 (Info
787). STF. Plenário. RE 593727/MG, rel. orig. Min. Cezar Peluso, red. p/ o
acórdão Min. Gilmar Mendes, julgado em 14/5/2015 (repercussão geral) (Info
785).

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INSS é dispensado do pagamento de porte de remessa e


retorno
Direito Processual Civil Recursos Noções gerais
Origem: STF

Se o INSS interpuser um recurso, ele precisará pagar o porte de remessa e


retorno (despesas postais para o transporte do recurso)? NÃO. O INSS é
dispensado de pagar o porte de remessa e retorno mesmo nos processos que
tramitam na Justiça Estadual. Segundo decidiu o STF, o INSS é exonerado de
recolher o porte de remessa e retorno com base no § 1º do art. 511 do CPC
1973 (§ 1º do art. 1.007 do CPC 2015). O porte de remessa e retorno é uma
despesa de serviço postal prestado pelos Correios (empresa pública federal) e
que é remunerada por tarifa (preço público). Desse modo, o porte de remessa e
retorno não tem natureza jurídica de taxa, não sendo uma taxa estadual. Sendo
o porte de remessa e retorno uma tarifa paga a uma empresa pública federal, o
CPC, que é uma lei federal, poderia, de forma válida, prever a sua dispensa para
o INSS. Trata-se de diploma editado pela União, a quem compete dispor sobre
as receitas públicas oriundas da prestação do serviço público postal. O STF
resumiu a solução da controvérsia por meio da seguinte frase: "Aplica-se o
parágrafo 1º do artigo 511 do CPC, para dispensa de porte de remessa e
retorno, ao exonerar o seu respectivo recolhimento por parte do INSS”. STF.
Plenário. RE 594116/SP, Rel. Min. Edson Fachin, julgado em 3/12/2015
(repercussão geral) (Info 810).

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O simples fato de o STF ter declarado a


inconstitucionalidade de uma lei não faz com que ocorra
automaticamente a desconstituição da sentença
transitada em julgado anterior que tenha aplicado este
ato normativo
Direito Processual Civil Ação rescisória Geral
Origem: STF

A decisão do STF que declara a constitucionalidade ou a inconstitucionalidade


de lei ou ato normativo não produz a automática reforma ou rescisão das
sentenças anteriores que tenham adotado entendimento diferente; para que tal
ocorra, será indispensável a interposição do recurso próprio ou, se for o caso, a
propositura da ação rescisória própria, nos termos do art. 485, V, do CPC 1973,
observado o respectivo prazo decadencial. Ressalva-se desse entendimento,
quanto à indispensabilidade da ação rescisória, a questão relacionada à
execução de efeitos futuros da sentença proferida em caso concreto sobre
relações jurídicas de trato continuado. STF. Plenário. RE 730462, Rel. Min. Teori
Zavascki, julgado em 28/05/2015 (repercussão geral).

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Súmula 343 do STF e violação de norma constitucional


Direito Processual Civil Ação rescisória Geral
Origem: STF

Se a sentença foi proferida com base na jurisprudência do STF vigente à época


e, posteriormente, esse entendimento foi alterado, não se pode dizer que essa
decisão impugnada tenha violado literal disposição de lei. Desse modo, não cabe
ação rescisória em face de acórdão que, à época de sua prolação, estava em
conformidade com a jurisprudência predominante do STF. STF. Plenário. AR
2199/SC, Rel. Min. Marco Aurélio, red. p/ o acórdão Min. Gilmar Mendes, julgado
em 23/4/2015 (Info 782). STF. Plenário. RE 590809/RS, Rel. Min. Marco Aurélio,
julgado em 22/10/2014 (repercussão geral) (Info 764).

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Ações propostas contra a Administração Pública por
servidores pré CF/88 que ingressaram sem concurso
público e em regime celetista
Direito Processual Civil Competência Justiça do Trabalho
Origem: STF

Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar demandas propostas contra


órgãos da Administração Pública, por servidores que ingressaram em seus
quadros, sem concurso público, antes da CF/88, sob regime da CLT, com o
objetivo de obter prestações de natureza trabalhista. STF. Plenário. ARE 906491
RG, Rel. Min. Teori Zavascki, julgado em 01/10/2015 (repercussão geral).

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Aplicação do § 2º do art. 109 da CF/88 também às


autarquias federais
Direito Processual Civil Competência Justiça federal comum
Origem: STF

O § 2º do art. 109 da CF/88 prevê que as causas propostas contra a União


poderão ser ajuizadas na seção (ou subseção) judiciária: • em que for
domiciliado o autor; • onde houver ocorrido o ato ou fato que deu origem à
demanda; • onde esteja situada a coisa; ou • no Distrito Federal. Apesar de o
dispositivo somente falar em “União”, o STF entende que a regra de competência
prevista no § 2º do art. 109 da CF/88 também se aplica às ações propostas
contra autarquias federais. Isso porque o objetivo do legislador constituinte foi o
de facilitar o acesso à justiça. STF. Plenário. RE 627709/DF, Rel. Min. Ricardo
Lewandowski, julgado em 20/8/2014 (Info 755).

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Competência para julgar causas envolvendo a OAB
Direito Processual Civil Competência Justiça federal comum
Origem: STF

Compete à justiça federal processar e julgar ações em que a Ordem dos


Advogados do Brasil (OAB), quer mediante o conselho federal, quer seccional,
figure na relação processual. STF. Plenário. RE 595332/PR, Rel. Min. Marco
Aurélio, julgado em 31/8/2016 (repercussão geral) (Info 837).

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Princípio da precaução, campo eletromagnético e


legitimidade dos limites fixados pela Lei 11.934/2009
Direito Ambiental Outros temas Geral
Origem: STF

No atual estágio do conhecimento científico, que indica ser incerta a existência


de efeitos nocivos da exposição ocupacional e da população em geral a campos
elétricos, magnéticos e eletromagnéticos gerados por sistemas de energia
elétrica, não existem impedimentos, por ora, a que sejam adotados os
parâmetros propostos pela Organização Mundial de Saúde (OMS), conforme
estabelece a Lei nº 11.934/2009. STF. Plenário. RE 627189/SP, Rel. Min. Dias
Toffoli, julgado em 8/6/2016 (repercussão geral) (Info 829).

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Inconstitucionalidade de lei municipal que proíbe a
queima da cana
Direito Ambiental Competência Geral
Origem: STF

O Município é competente para legislar sobre o meio ambiente, juntamente com


a União e o Estado-membro/DF, no limite do seu interesse local e desde que
esse regramento seja harmônico com a disciplina estabelecida pelos demais
entes federados (art. 24, VI, c/c o art. 30, I e II, da CF/88). O STF julgou
inconstitucional lei municipal que proíbe, sob qualquer forma, o emprego de fogo
para fins de limpeza e preparo do solo no referido município, inclusive para o
preparo do plantio e para a colheita de cana-de-açúcar e de outras culturas.
Entendeu-se que seria necessário ponderar, de um lado, a proteção do meio
ambiente obtida com a proibição imediata da queima da cana e, de outro, a
preservação dos empregos dos trabalhadores que atuem neste setor. No caso, o
STF entendeu que deveria prevalecer a garantia dos empregos dos
trabalhadores canavieiros, que merecem proteção diante do chamado progresso
tecnológico e da respectiva mecanização, ambos trazidos pela pretensão de
proibição imediata da colheita da cana mediante uso de fogo. Além disso, as
normas federais que tratam sobre o assunto apontam para a necessidade de se
traçar um planejamento com o intuito de se extinguir gradativamente o uso do
fogo como método despalhador e facilitador para o corte da cana. Nesse sentido:
Lei 12.651/2012 (art. 40) e Decreto 2.661/98. STF. Plenário. RE 586224/SP, Rel.
Min. Luiz Fux, julgado em 5/3/2015 (repercussão geral) (Info 776).

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No tráfico de drogas, o regime inicial nem sempre será o


fechado
Direito Penal Lei de Drogas (Lei 11.343/2006) Geral
Origem: STF e STJ

Qual é o regime inicial de cumprimento de pena do réu que for condenado por
tráfico de drogas? • Lei nº 8.072/90: prevê que o regime inicial deve ser,
obrigatoriamente, o fechado (art. 2º, § 1º). • Plenário do STF: esse § 1º do art. 2º
da Lei nº 8.072/90 é INCONSTITUCIONAL. O regime inicial nas condenações
por crimes hediondos ou equiparados (como é o caso do tráfico de drogas) não
tem que ser obrigatoriamente o fechado, podendo ser também o regime
semiaberto ou aberto, desde que presentes os requisitos do art. 33, § 2º, alíneas
“b” e “c”, do Código Penal. • STJ: também adota o entendimento do STF. Assim,
é possível a fixação de regime prisional diferente do fechado para o início do
cumprimento de pena imposta ao condenado por tráfico de drogas. STF.
Plenário. HC 111840/ES, rel. Min. Dias Toffoli, 27/6/2012 (Info 672). STJ. 3ª
Seção. EREsp 1285631-SP, Rel. Min. Sebastião Reis Junior, julgado em
24/10/2012 (Info 507). É inconstitucional a fixação ex lege, com base no art. 2º, §
1º, da Lei 8.072/1990, do regime inicial fechado, devendo o julgador, quando da
condenação, ater-se aos parâmetros previstos no artigo 33 do Código Penal.
STF. Plenário. ARE 1052700 RG, Rel. Min. Edson Fachin, julgado em
02/11/2017 (repercussão geral).

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Utilização da natureza e quantidade da droga na


dosimetria na pena
Direito Penal Lei de Drogas (Lei 11.343/2006) Geral
Origem: STF e STJ

A natureza e a quantidade da droga NÃO podem ser utilizadas para aumentar a


pena-base do réu (1ª fase da dosimetria) e também para conceder ao réu uma
menor redução de pena na aplicação do benefício do art. 33, § 4º (3ª fase de
dosimetria). Haveria, nesse caso, bis in idem. Assim, a natureza e a quantidade
do entorpecente não podem ser utilizadas na 1ª fase da dosimetria, para a
fixação da pena-base, e na 3ª fase, para a definição do patamar da causa de
diminuição do § 4º do art. 33 da Lei nº 11.343/2006 em um sexto (menor
percentual). A valoração da natureza e da quantidade da droga deverá ser
realizada na primeira ou na terceira fase de aplicação da pena, vedada a
aplicação conjunta sob pena de bis in idem. STF. Plenário. HC 112776/MS e HC
109193/MG, Rel. Min. Teori Zavascki, julgados em 19/12/2013 (Info 733). STF.
2ª Turma. RHC 122684/MG, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em 16/9/2014 (Info
759). As circunstâncias da natureza e da quantidade da droga apreendida
devem ser levadas em consideração apenas em uma das fases do cálculo da
pena, sob pena de bis in idem. STF. Plenário. ARE 666334 RG, Rel. Min. Gilmar
Mendes, julgado em 03/04/2014 (repercussão geral). Em consonância com
entendimento firmado pelo Supremo Tribunal Federal em sede de repercussão
geral (ARE 666.334/MG, Rel. Ministro GILMAR MENDES, DJ 6/5/2014), o
Superior Tribunal de Justiça pacificou o entendimento de que configura bis in
idem a utilização da natureza e da quantidade de entorpecente,
concomitantemente, na 1ª e na 3ª fases da dosimetria da pena. STJ. 5ª Turma.
HC 329.744/MS, Rel. Min. Ribeiro Dantas, julgado em 19/11/2015.

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Existência de inquéritos policiais ou de ações penais


sem trânsito em julgado não podem ser considerados
como maus antecedentes
Direito Penal Dosimetria da pena Primeira fase (circunstâncias judiciais)
Origem: STF

A existência de inquéritos policiais ou de ações penais sem trânsito em julgado


não podem ser considerados como maus antecedentes para fins de dosimetria
da pena. STF. Plenário. RE 591054/SC, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em
17/12/2014 (repercussão geral) (Info 772). STF. Plenário. HC 94620/MS e HC
94680/SP, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgados em 24/6/2015 (Info 791).

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Desnecessidade de registro do contrato de alienação


fiduciária de veículos no RTD
Direito Civil Alienação fiduciária em garantia Alienação fiduciária de bens móveis
Origem: STF

Quando for realizada a alienação fiduciária de um veículo, o contrato deverá ser


registrado no DETRAN e esta informação constará no CRV do automóvel. É
desnecessário o registro do contrato de alienação fiduciária de veículos em
cartório. STF. Plenário. RE 611639/RJ, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em
21/10/2015 (repercussão geral). STF. Plenário. ADI 4333/DF e ADI 4227/DF,
Rel. Min. Marco Aurélio, julgados em 21/10/2015 (Info 804).

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Usucapião especial urbana e possibilidade de a área do


imóvel ser inferior ao "módulo urbano"
Direito Civil Direitos reais Usucapião
Origem: STF e STJ

Determinada pessoa preencheu os requisitos para obter o direito à usucapião


especial urbana, prevista no art. 183 da CF/88. Ocorre que o juiz negou o pedido
alegando que o plano diretor da cidade proíbe a existência de imóveis urbanos
registrados com metragem inferior a 100m2. Em outras palavras, fixou que o
módulo mínimo dos lotes urbanos naquele Município seria de 100m2 e, como a
área ocupada pela pessoa seria menor que isso, ela não poderia registrar o
imóvel em seu nome. A decisão do magistrado está correta? O fato de haver
essa limitação na lei municipal impede que a pessoa tenha direito à usucapião
especial urbana? NÃO. Se forem preenchidos os requisitos do art. 183 da CF/88,
a pessoa terá direito à usucapião especial urbana e o fato de o imóvel em
questão não atender ao mínimo dos módulos urbanos exigidos pela legislação
local para a respectiva área (dimensão do lote) não é motivo suficiente para se
negar esse direito, que tem índole constitucional. Para que seja deferido o direito
à usucapião especial urbana basta o preenchimento dos requisitos exigidos pelo
texto constitucional, de modo que não se pode impor obstáculos, de índole
infraconstitucional, para impedir que se aperfeiçoe, em favor de parte
interessada, o modo originário de aquisição de propriedade. STF. Plenário. RE
422349/RS, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 29/4/2015 (repercussão geral)
(Info 783). STJ. 3ª Turma. REsp 1360017-RJ, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas
Cueva, julgado em 5/5/2016 (Info 584).

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FGTS e prazo prescricional para cobrança em juízo


Direito Administrativo Temas diversos Geral
Origem: STF

O prazo prescricional para a cobrança judicial dos valores devidos relativos ao


FGTS é de 5 anos. Isso porque a verba de FGTS tem natureza trabalhista,
devendo ser aplicado o art. 7º, XXIX, da CF/88. Antes, entendia-se, de forma
consolidada, que esse prazo era de 30 anos. Como houve uma mudança brusca
da jurisprudência, o STF, por razões de segurança jurídica, modulou os efeitos
desta decisão. Assim, esse novo prazo prescricional de 5 anos somente vale a
partir deste julgado do Supremo. O art. 23, § 5º, da Lei 8.036/90 e o art. 55 do
Decreto 99.684/90, que previam o prazo prescricional de 30 anos, foram julgados
inconstitucionais. STF. Plenário. ARE 709212/DF, Rel. Min. Gilmar Mendes,
julgado em 13/11/2014 (repercussão geral) (Info 767).

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Poder de polícia de trânsito e guardas municipais


Direito Administrativo Poderes administrativos Poder de polícia
Origem: STF

As guardas municipais podem realizar a fiscalização de trânsito? SIM. As


guardas municipais, desde que autorizadas por lei municipal, têm competência
para fiscalizar o trânsito, lavrar auto de infração de trânsito e impor multas. O
STF definiu a tese de que é constitucional a atribuição às guardas municipais do
exercício do poder de polícia de trânsito, inclusive para a imposição de sanções
administrativas legalmente previstas (ex: multas de trânsito). STF. Plenário. RE
658570/MG, rel. orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ o acórdão Min. Roberto
Barroso, julgado em 6/8/2015 (repercussão geral) (Info 793).

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Prazo prescricional da ação de ressarcimento ao erário


Direito Administrativo Temas diversos Geral
Origem: STF

É prescritível a ação de reparação de danos à Fazenda Pública decorrente de


ilícito civil. Dito de outro modo, se o Poder Público sofreu um dano ao erário
decorrente de um ilícito civil e deseja ser ressarcido, ele deverá ajuizar a ação no
prazo prescricional previsto em lei. Vale ressaltar, entretanto, que essa tese não
alcança prejuízos que decorram de ato de improbidade administrativa que, até o
momento, continuam sendo considerados imprescritíveis (art. 37, § 5º). STF.
Plenário. RE 669069/MG, Rel. Min. Teori Zavascki, julgado em 3/2/2016
(repercussão geral) (Info 813). Em embargos de declaração opostos contra esta
decisão, o STF afirmou que: a) O conceito de ilícito civil deve ser buscado pelo
método de exclusão: não se consideram ilícitos civis aqueles que decorram de
infrações ao direito público, como os de natureza penal, os decorrentes de atos
de improbidade e assim por diante. b) As questões relacionadas com o início do
prazo prescricional não foram examinadas no recurso extraordinário porque
estão relacionadas com matéria infraconstitucional, que devem ser decididas
segundo a interpretação da legislação ordinária. c) Não deveria haver modulação
dos efeitos, considerando que na jurisprudência do STF não havia julgados
afirmando que as pretensões de ilícito civil seriam imprescritíveis. Logo, o
acórdão do STF não frustrou a expectativa legítima da Administração Pública.
STF. Plenário. RE 669069 ED/MG, Rel. Min. Teori Zavascki, julgado em
16/6/2016 (Info 830).

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Pensão por morte, paridade e integralidade


Direito Administrativo Servidores públicos Pensão por morte
Origem: STF

Os pensionistas de servidor falecido posteriormente à EC 41/2003 terão direito à


paridade e à integralidade? PARIDADE • Em regra, eles não têm direito à
paridade com servidores em atividade; • Exceção: terão direito à paridade caso
se enquadrem na regra de transição prevista no art. 3º da EC 47/2005.
INTEGRALIDADE • Os pensionistas de servidor falecido posteriormente à EC
41/2003 não possuem direito à integralidade (CF, art. 40, § 7º, I), não havendo
regra de transição para isso. A tese firmada pelo STF em sede de repercussão
geral foi a seguinte: “Os pensionistas de servidor falecido posteriormente à
Emenda Constitucional 41/2003 têm direito à paridade com servidores em
atividade (artigo 7º EC 41/2003), caso se enquadrem na regra de transição
prevista no artigo 3º da EC 47/2005. Não têm, contudo, direito à integralidade
(artigo 40, parágrafo 7º, inciso I, CF).” STF. Plenário. RE 603580/RJ, Rel. Min.
Ricardo Lewandowski, julgado em 20/5/2015 (repercussão geral) (Info 786).

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Aposentadoria por invalidez (Lei 8.112/90)


Direito Administrativo Servidores públicos Aposentadoria
Origem: STF e STJ

A CF/88 prevê, em seu art. 40, § 1º, I, a possibilidade de os servidores públicos


serem aposentados caso se tornem total e permanentemente incapazes para o
trabalho. Trata-se da chamada aposentadoria por invalidez. Em regra, a
aposentadoria por invalidez será paga com proventos proporcionais ao tempo de
contribuição. Excepcionalmente, ela será devida com proventos integrais se essa
invalidez for decorrente de acidente em serviço, moléstia profissional ou doença
grave, contagiosa ou incurável, especificada em lei. Assim, a concessão de
aposentadoria por invalidez com proventos integrais exige que a doença
incapacitante esteja prevista em rol taxativo da legislação de regência. O art. 41,
§ 1º, I, da CF/88 é bastante claro ao exigir que a lei defina as doenças e
moléstias que ensejam aposentadoria por invalidez com proventos integrais.
Logo, esse rol legal deve ser tido como EXAUSTIVO (TAXATIVO). Com base no
entendimento acima exposto, o STJ tem decidido que serão PROPORCIONAIS
(e não integrais) os proventos de aposentadoria de servidor público federal
diagnosticado com doença grave, contagiosa ou incurável que não esteja
prevista no art. 186, § 1º, da Lei 8.112/90 nem indicada em lei. STJ. 2ª Turma.
REsp 1324671-SP, Rel. Min. Humberto Martins, julgado em 3/3/2015 (Info 557).
STF. Plenário. RE 656860/MT, Rel. Min. Teori Zavascki, julgado em 21/8/2014
(Info 755).
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Remunerações acima do teto constitucional e base de


cálculo para incidência do IR e da contribuição
previdenciária
Direito Administrativo Servidores públicos Teto constitucional remuneratório
Origem: STF

Existem determinados servidores, especialmente aposentados, que, por terem


vantagens pessoais incorporadas em seus vencimentos (ex: quintos), “no papel”,
deveriam receber mais do que o teto. Ex: João, Desembargador aposentado,
incorporou diversas gratificações pessoais ao longo de sua carreira. Assim, a
remuneração bruta de João é de R$ 50 mil, mas ele só receberá, de fato, até o
valor do teto, devendo ser ressaltado que a quantia que superar o limite
constitucional não lhe será paga. O valor que, no momento do pagamento, é
descontado da remuneração total do servidor por estar superando o teto
constitucional é chamado de “abate-teto”. O servidor público, antes de receber
sua remuneração líquida, é obrigado a pagar imposto de renda e contribuição
previdenciária. Esse valor já é descontado na folha pela entidade pagadora.
Assim, o Tribunal de Justiça, antes de pagar a remuneração de um
Desembargador, já desconta os valores que ele deverá pagar de IR e
contribuição previdenciária. As alíquotas do IR e da contribuição previdenciária
incidem sobre o valor da remuneração do servidor público. Ex: valor do IR =
27,5% multiplicado pela remuneração do servidor. Em termos tributários,
podemos dizer que a base de cálculo do IR e da contribuição previdenciária é a
remuneração do servidor. Se o servidor tem uma remuneração “no papel”
superior ao teto, o imposto de renda e a contribuição previdenciária incidirão
sobre essa remuneração total ou sobre a remuneração total menos o abate-teto?
Em outras palavras, a remuneração de João é 50 mil; ocorre que o teto do
funcionalismo é 33 mil; João pagará IR e CP sobre 50 mil ou sobre 33 mil? Sobre
os 33 mil. A base de cálculo para se cobrar o IR e a contribuição previdenciária é
o valor da remuneração do servidor depois de ser excluída a quantia que
exceder o teto. Como o recurso extraordinário foi julgado sob a sistemática de
repercussão geral, o STF definiu, em uma frase, a tese que será aplicada em
todos os demais casos idênticos. A tese firmada foi a seguinte: “Subtraído o
montante que exceder o teto e subteto previsto no artigo 37, inciso XI, da
Constituição Federal, tem-se o valor que vale como base para o Imposto de
Renda e para a contribuição previdenciária”. STF. Plenário. RE 675978/SP, Rel.
Min. Cármen Lúcia, julgado em 15/4/2015 (repercussão geral) (Info 781).

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Vantagens pessoais também devem estar dentro do teto,


mesmo que anteriores à EC 41/2003
Direito Administrativo Servidores públicos Teto constitucional remuneratório
Origem: STF

Alguns servidores continuavam tentando excluir do teto as vantagens pessoais


que haviam adquirido antes da EC 41/2003 (que implementou, na prática, o teto
no funcionalismo). Argumentavam que a garantia da irredutibilidade de
vencimentos, modalidade qualificada de direito adquirido, impediria que as
vantagens percebidas antes da vigência da EC 41/2003 fossem por ela
alcançadas. O STF acolheu esse argumento? As vantagens pessoais anteriores
à EC 41/2003 estão fora do teto? NÃO. Computam-se para efeito de observância
do teto remuneratório do artigo 37, XI, da Constituição da República, também os
valores percebidos anteriormente à vigência da EC 41/2003 a título de vantagens
pessoais pelo servidor público, dispensada a restituição de valores
eventualmente recebidos em excesso e de boa-fé até o dia 18/11/2015. STF.
Plenário. RE 606358/SP, Rel. Min. Rosa Weber, julgado em 18/11/2015
(repercussão geral) (Info 808).
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A instituição do teto teve eficácia imediata e todas as


remunerações tiveram que se submeter a ele
Direito Administrativo Servidores públicos Teto constitucional remuneratório
Origem: STF

O teto de retribuição fixado pela EC nº 41/2003 é de eficácia imediata e todas as


verbas de natureza remuneratória recebidas pelos servidores públicos da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios devem se submeter a ele,
ainda que adquiridas de acordo com regime legal anterior. A aplicação imediata
da EC nº 41/2003 e a redução das remunerações acima do teto não afrontou o
princípio da irredutibilidade nem violou a garantia do direito adquirido. Em outras
palavras, com a EC nº 41/2003, quem recebia acima do teto fixado, teve a sua
remuneração reduzida para respeitar o teto. Essa redução foi legítima. STF.
Plenário. RE 609381/GO, Rel. Min. Teori Zavascki, julgado em 2/10/2014 (Info
761).

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Magistrado não pode receber quintos decorrentes de


cargo público que exercia antes de ingressar na
magistratura
Direito Administrativo Servidores públicos Remuneração
Origem: STF
É vedada a incorporação de quintos, aos vencimentos de magistrados,
decorrente de exercício de função comissionada em cargo público, ocorrido em
data anterior ao ingresso na magistratura. As vantagens remuneratórias
adquiridas no exercício de determinado cargo público não autoriza o seu titular,
quando extinta a correspondente relação funcional, a transportá-las para o
âmbito de outro cargo, pertencente a carreira e regime jurídico distintos, criando,
assim, um direito de tertium genus, composto das vantagens de dois regimes
diferentes. Por outro lado, considerando a vedação constitucional de acumulação
remunerada de cargos públicos, não será legítimo transferir, para um deles,
vantagem somente devida pelo exercício do outro. A vedação de acumular
certamente se estende tanto aos deveres do cargo (= de prestar seus serviços)
como aos direitos (de obter as vantagens remuneratórias). Assim, não encontra
amparo constitucional a pretensão de acumular, no cargo de magistrado ou em
qualquer outro, a vantagem correspondente a “quintos”, a que o titular fazia jus
quando no exercício de cargo diverso. STF. Plenário. RE 587371/DF, Rel. Min.
Teori Zavascki, julgado em 14/11/2013 (repercussão geral) (Info 728).

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Despedida de empregado público e motivação


Direito Administrativo Servidores públicos Regime jurídico
Origem: STF

Os empregados públicos não fazem jus à estabilidade prevista no art. 41 da


CF/88, salvo aqueles admitidos em período anterior ao advento da EC 19/98. Em
atenção, no entanto, aos princípios da impessoalidade e isonomia, que regem a
admissão por concurso público, a dispensa do empregado de empresas públicas
e sociedades de economia mista que prestam serviços públicos deve ser
motivada, assegurando-se, assim, que tais princípios, observados no momento
daquela admissão, sejam também respeitados por ocasião da dispensa. A
motivação do ato de dispensa, assim, visa a resguardar o empregado de uma
possível quebra do postulado da impessoalidade por parte do agente estatal
investido do poder de demitir. STF. Plenário. RE 589998/PI, Rel. Min. Ricardo
Lewandowski, 20/3/2013 (repercussão geral) (Info 699).

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Impossibilidade de ampliação de jornada de trabalho sem


alteração da remuneração do servidor
Direito Administrativo Servidores públicos Regime jurídico
Origem: STF

O STF possui entendimento consolidado no sentido de que o servidor público


não tem direito adquirido de manter o regime jurídico existente no momento em
que ingressou no serviço público. No entanto, as mudanças no regime jurídico do
servidor não podem reduzir a sua remuneração, considerando que o art. 37, XV,
da CF/88 assegura o princípio da irredutibilidade dos vencimentos. No caso
concreto, os servidores de determinado órgão público tinham jornada de trabalho
de 20 horas semanais. Foi editada, então, uma Lei aumentando a jornada de
trabalho para 40 horas semanais, sem, contudo, majorar a remuneração paga. O
STF entendeu que a lei que alterou a jornada de trabalho não poderia ser
aplicada aos servidores que, antes de sua edição, já estivessem legitimamente
subordinados à carga horária inferior. Isso porque, se fossem obrigados a
trabalhar mais sem aumento da remuneração, haveria uma redução proporcional
dos vencimentos recebidos. Assim, nas hipóteses em que houver aumento de
carga horária dos servidores, essa só será válida se houver formal elevação
proporcional da remuneração; caso contrário, a regra será inconstitucional, por
violação da norma constitucional da irredutibilidade vencimental. STF. Plenário.
ARE 660010/PR, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 30/10/2014 (repercussão
geral) (Info 762). STF. Plenário. MS 25875/DF, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado
em 9/10/2014 (Info 762).
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Em regra, não se aplica a teoria do fato consumado a


candidato que assumiu o cargo por força de decisão
precária posteriormente revertida
Direito Administrativo Concursos públicos Teoria do fato consumado e concurso público
Origem: STF

Não é compatível com o regime constitucional de acesso aos cargos públicos a


manutenção no cargo, sob fundamento de fato consumado, de candidato não
aprovado que nele tomou posse em decorrência de execução provisória de
medida liminar ou outro provimento judicial de natureza precária,
supervenientemente revogado ou modificado. Igualmente incabível, em casos
tais, invocar o princípio da segurança jurídica ou o da proteção da confiança
legítima. A posse ou o exercício em cargo público por força de decisão judicial de
caráter provisório não implica a manutenção, em definitivo, do candidato que não
atende a exigência de prévia aprovação em concurso público (art. 37, II, da
CF/88), valor constitucional que prepondera sobre o interesse individual do
candidato, que não pode invocar, na hipótese, o princípio da proteção da
confiança legítima, pois conhece a precariedade da medida judicial. Em suma,
não se aplica a teoria do fato consumado para candidatos que assumiram o
cargo público por força de decisão judicial provisória posteriormente revista. STF.
Plenário. RE 608482/RN, Rel. Min. Teori Zavascki, julgado em 7/8/2014
(repercussão geral) (Info 753). O STJ possui o mesmo entendimento: STJ. 1ª
Turma. AgRg no AREsp 474423/RS, Rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho,
julgado em 04/04/2017. Obs: a situação será diferente se o servidor se
aposentou antes do fim do processo: STJ. 1ª Seção. MS 20.558-DF, Rel. Min.
Herman Benjamin, julgado em 22/2/2017 (Info 600).

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Posse em cargo público por determinação judicial e
ausência do dever de indenizar
Direito Administrativo Concursos públicos Posse em cargo público por determinação judicial e
dever de indenizar
Origem: STF

O candidato que teve postergada a assunção em cargo por conta de ato ilegal da
Administração tem direito a receber a remuneração retroativa? Regra: NÃO. Não
cabe indenização a servidor empossado por decisão judicial sob o argumento de
que houve demora na nomeação. Dito de outro modo, a nomeação tardia a
cargo público em decorrência de decisão judicial não gera direito à indenização.
Exceção: será devida indenização se ficar demonstrado, no caso concreto, que o
servidor não foi nomeado logo por conta de uma situação de arbitrariedade
flagrante. Nas exatas palavras do STF: “Na hipótese de posse em cargo público
determinada por decisão judicial, o servidor não faz jus à indenização, sob
fundamento de que deveria ter sido investido em momento anterior, salvo
situação de arbitrariedade flagrante.” STF. Plenário. RE 724347/DF, rel. orig.
Min. Marco Aurélio, red. p/ o acórdão Min. Roberto Barroso, julgado em
26/2/2015 (repercussão geral) (Info 775). A nomeação tardia a cargo público em
decorrência de decisão judicial NÃO gera direito à indenização. STJ. 6ª Turma.
AgRg nos EDcl nos EDcl no RMS 30.054-SP, Rel. Min. Og Fernandes, julgado
em 19/2/2013 (Info 515).

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Aprovação e direito à nomeção: tese fixada pelo STF em


repercussão geral
Direito Administrativo Concursos públicos Aprovação e direito à nomeação
Origem: STF

O surgimento de novas vagas ou a abertura de novo concurso para o mesmo


cargo, durante o prazo de validade do certame anterior, não gera
automaticamente o direito à nomeação dos candidatos aprovados fora das vagas
previstas no edital, ressalvadas as hipóteses de preterição arbitrária e imotivada
por parte da administração, caracterizada por comportamento tácito ou expresso
do Poder Público capaz de revelar a inequívoca necessidade de nomeação do
aprovado durante o período de validade do certame, a ser demonstrada de forma
cabal pelo candidato. Assim, o direito subjetivo à nomeação do candidato
aprovado em concurso público exsurge nas seguintes hipóteses: a) quando a
aprovação ocorrer dentro do número de vagas dentro do edital; b) quando
houver preterição na nomeação por não observância da ordem de classificação;
e c) quando surgirem novas vagas, ou for aberto novo concurso durante a
validade do certame anterior, e ocorrer a preterição de candidatos de forma
arbitrária e imotivada por parte da administração nos termos acima. STF.
Plenário. RE 837311/PI, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 09/12/2015 (repercussão
geral) (Info 811).

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Não compete ao Poder Judiciário, no controle de


legalidade, substituir banca examinadora
Direito Administrativo Concursos públicos Controle de questões de concurso pelo Poder
Judiciário
Origem: STF

Não compete ao Poder Judiciário, no controle de legalidade, substituir banca


examinadora para avaliar respostas dadas pelos candidatos e notas a elas
atribuídas. Excepcionalmente, é permitido ao Judiciário juízo de compatibilidade
do conteúdo das questões do concurso com o previsto no edital do certame.
STF. Plenário. RE 632853, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 23/04/2015
(repercussão geral) (Info 782)

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Teste físico em concurso público e inexistência de direito


à segunda chamada
Direito Administrativo Concursos públicos Fases do concurso
Origem: STF

Os candidatos em concurso público NÃO têm direito à prova de segunda


chamada nos testes de aptidão física em razão de circunstâncias pessoais,
ainda que de caráter fisiológico ou de força maior, salvo se houver previsão no
edital permitindo essa possibilidade. STF. Plenário. RE 630733/DF, Rel. Min.
Gilmar Mendes, 15/5/2013 (repercussão geral) (Info 706). O entendimento acima
vale, inclusive para candidatas que não possam fazer o teste físico por estarem
grávidas. Nesse sentido: STJ. 1ª Turma. AgRg no RMS 48.218/MG, Rel. Min.
Gurgel de Faria, julgado em 06/12/2016.

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Cláusula de barreira em concurso público é


constitucional
Direito Administrativo Concursos públicos Noções gerais
Origem: STF

É constitucional a regra denominada “cláusula de barreira”, inserida em edital de


concurso público, que limita o número de candidatos participantes de cada fase
da disputa, com o intuito de selecionar apenas os concorrentes mais bem
classificados para prosseguir no certame. STF. Plenário. RE 635739/AL, Rel.
Min. Gilmar Mendes, julgado em 19/2/2014 (repercussão geral) (Info 736).

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Restrição a candidatos com tatuagem


Direito Administrativo Concursos públicos Noções gerais
Origem: STF

Editais de concurso público não podem estabelecer restrição a pessoas com


tatuagem, salvo situações excepcionais em razão de conteúdo que viole valores
constitucionais. STF. Plenário. RE 898450/SP, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em
17/8/2016 (repercussão geral) (Info 835).

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Recurso do MP contra sentença que defere registro de


candidatura
Direito Eleitoral Direito processual eleitoral Geral
Origem: STF

O Plenário do STF reconheceu que o Ministério Público Eleitoral possui


legitimidade para recorrer de decisão que deferiu registro de candidatura, mesmo
que não tenha apresentado impugnação ao pedido inicial desse registro. O STF,
com essa decisão, modifica a posição até então dominante no TSE. Vale
ressaltar, no entanto, que esse novo entendimento manifestado pelo STF foi
modulado e só valerá a partir das eleições de 2014. Assim, nos recursos que
tratam sobre o tema, referentes ao pleito de 2012, deverá continuar sendo
aplicado o entendimento do TSE que estendia ao MP a regra da Súmula 11-TSE.
STF. Plenário. ARE 728188/RJ. Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgado em
18/12/2013 (repercussão geral) (Info 733).

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Impossibilidade da figura do Prefeito itinerante


Direito Eleitoral Outros temas Geral
Origem: STF

A pessoa que já exerceu dois mandatos consecutivos de Prefeito, ou seja, foi


eleito e reeleito, fica inelegível para um terceiro mandato, ainda que seja em
município diferente. Não se admite a figura do “Prefeito itinerante”. O art. 14, §
5º, da CF deve ser interpretado no sentido de que a proibição da segunda
reeleição é absoluta e torna inelegível para determinado cargo de Chefe do
Poder Executivo o cidadão que já cumpriu 2 mandatos consecutivos (reeleito
uma única vez) em cargo da mesma natureza, ainda que em ente da federação
diverso. As decisões do TSE que acarretem mudança de jurisprudência no curso
do pleito eleitoral ou logo após o seu encerramento não se aplicam
imediatamente ao caso concreto e somente têm eficácia sobre outras situações
em pleito eleitoral posterior. STF. Plenário. RE 637485/RJ, rel. Min. Gilmar
Mendes, 1º/8/2012 (repercussão geral) (Info 673).

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Constitucionalidade da Lei da Ficha Limpa


Direito Eleitoral Outros temas Geral
Origem: STF
Principais conclusões do STF sobre o tema: I — A Lei da “Ficha Limpa” (LC
135/2010) é inteiramente compatível com a Constituição, não tendo sido
declarado inconstitucional nenhum de seus dispositivos. II — A Lei da “Ficha
Limpa” não viola o princípio da presunção de inocência porque este postulado
refere-se ao campo penal e processual penal, enquanto a LC trata de matéria
eleitoral (inelegibilidade). III — Não é possível “descontar” (“detração”) do
período de 8 anos de inelegibilidade o tempo em que a pessoa ficou inelegível
antes do trânsito em julgado e antes de cumprir a pena. IV — Os atos praticados
antes da vigência da LC 135/2010, assim como as condenações anteriores a
esta Lei, PODEM ser utilizados para configurar as hipóteses de inelegibilidade
previstas na Lei da Ficha Limpa, sem que isso configure violação ao princípio da
irretroatividade. STF. Plenário. ADC 29/DF, rel. Min. Luiz Fux, 15 e 16/2/2012,
ADC 30/DF, rel. Min. Luiz Fux, 15 e 16/2/2012 e ADI 4578/DF, rel. Min. Luiz Fux,
15 e 16/2/2012 (repercussão geral) (Info 655).

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Natureza do parecer exarado pelo Tribunal de Contas no


julgamento das contas dos Prefeitos
Direito Eleitoral Inelegibilidades Geral
Origem: STF

Parecer técnico elaborado pelo Tribunal de Contas tem natureza meramente


opinativa, competindo exclusivamente à Câmara de Vereadores o julgamento
das contas anuais do chefe do Poder Executivo local, sendo incabível o
julgamento ficto das contas por decurso de prazo. STF. Plenário. RE
729744/MG, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 10/8/2016 (repercussão geral)
(Info 834).

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Competência para julgamento das contas dos Prefeitos
Direito Eleitoral Inelegibilidades Geral
Origem: STF

Para os fins do artigo 1º, inciso I, alínea g, da Lei Complementar 64/1990, a


apreciação das contas de prefeito, tanto as de governo quanto as de gestão,
será exercida pelas Câmaras Municipais, com auxílio dos Tribunais de Contas
competentes, cujo parecer prévio somente deixará de prevalecer por decisão de
dois terços dos vereadores. STF. Plenário. RE 848826/DF, rel. orig. Min. Roberto
Barroso, red. p/ o acórdão Min. Ricardo Lewandowski, julgado em 10/8/2016
(repercussão geral) (Info 834).

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As hipóteses de inelegibilidade são aplicáveis às


eleições suplementares
Direito Eleitoral Inelegibilidades Geral
Origem: STF

As hipóteses de inelegibilidade previstas no art. 14, § 7º, da CF, inclusive quanto


ao prazo de seis meses, são aplicáveis às eleições suplementares. STF.
Plenário. RE 843455/DF, Rel. Min. Teori Zavascki, julgado em 7/10/2015
(repercussão geral) (Info 802).

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Inelegibilidade reflexa e falecimento do titular do cargo


no primeiro mandato
Direito Eleitoral Inelegibilidades Geral
Origem: STF

A inelegibilidade do art. 14, § 7º, da Constituição NÃO ALCANÇA o cônjuge


supérstite (sobrevivente, viúvo) quando o falecimento tiver ocorrido no primeiro
mandato, com regular sucessão do vice-prefeito, e tendo em conta a construção
de novo núcleo familiar. A Súmula Vinculante 18 do STF não se aplica aos casos
de extinção do vínculo conjugal pela morte de um dos cônjuges. STF. Plenário.
RE 758461/PB, Rel. Min. Teori Zavascki, julgado em 22/5/2014 (repercussão
geral) (Info 747).

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Responsabilidade civil do Estado em caso de morte de


detento
Direito Administrativo Responsabilidade civil Casos envolvendo detentos
Origem: STF

Em caso de inobservância de seu dever específico de proteção previsto no art.


5º, inciso XLIX, da CF/88, o Estado é responsável pela morte de detento. STF.
Plenário. RE 841526/RS, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 30/3/2016 (repercussão
geral) (Info 819).

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Os serviços sociais autônomos não precisam realizar


concurso público para contratar seu pessoal
Direito Administrativo Organização administrativa Serviços Sociais Autônomos
Origem: STF
Os serviços sociais autônomos precisam realizar concurso público para contratar
seu pessoal? NÃO. Os serviços sociais autônomos, por possuírem natureza
jurídica de direito privado e não integrarem a Administração Pública, mesmo que
desempenhem atividade de interesse público em cooperação com o ente estatal,
NÃO estão sujeitos à observância da regra de concurso público (art. 37, II, da
CF/88) para contratação de seu pessoal. Obs.: vale ressaltar, no entanto, que o
fato de as entidades do Sistema “S” não estarem submetidas aos ditames
constitucionais do art. 37, não as exime de manterem um padrão de objetividade
e eficiência na contratação e nos gastos com seu pessoal. STF. Plenário. RE
789874/DF, Rel. Min. Teori Zavascki, julgado em 17/9/2014 (repercussão geral)
(Info 759).

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Possibilidade de divulgação de vencimentos dos


servidores públicos com relação nominal
Direito Administrativo Princípios administrativos Publicidade
Origem: STF

É legítima a publicação, inclusive em sítio eletrônico mantido pela Administração


Pública, dos nomes de seus servidores e do valor dos correspondentes
vencimentos e vantagens pecuniárias. STF. Plenário. ARE 652777/SP, Rel. Min.
Teori Zavascki, julgado em 23/4/2015 (repercussão geral) (Info 782)

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Plano de dispensa incentivada e validade da quitação


ampla de parcelas contratuais
Direito Constitucional Temas diversos Temas relacionados com direito do trabalho
Origem: STF
A transação extrajudicial que importa rescisão de contrato de trabalho, em razão
de adesão voluntária do empregado a plano de dispensa incentivada, enseja
quitação ampla e irrestrita de todas as parcelas objeto do contrato de emprego,
caso essa condição tenha constado expressamente do acordo coletivo que
aprovou o plano, bem como dos demais instrumentos celebrados com o
empregado. STF. Plenário. RE 590415/SC e RE 590415 AgR/SC, Rel. Min.
Roberto Barroso, julgados em 30/4/2015 (repercussão geral) (Info 783).

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Advogados da União e Procuradores federais não


possuem direito a 60 dias de férias
Direito Constitucional Advocacia Pública Geral
Origem: STF

Os Procuradores Federais têm direito apenas às férias de 30 dias, conforme


previsto no art. 5º da Lei 9.527/97. O caput do art. 131 da CF/88, que exige lei
complementar para tratar sobre a organização e funcionamento da AGU, vale
apenas para a carreira dos Advogados da União (que fazem a assistência
jurídica da Administração Direta), não se aplicando para os Procuradores
Federais (que cuidam da representação judicial e extrajudicial das autarquias e
fundações). Logo, a carreira de Procurador Federal pode ser disciplinada por
meio de lei ordinária. Diante disso, o STF decidiu que o art. 1º da Lei 2.123/53 e
o art. 17, parágrafo único, da Lei 4.069/62, que estendiam as mesmas
prerrogativas e vantagens dos membros do MPU aos procuradores autárquicos
(atuais Procuradores Federais), NÃO foram recepcionados pela CF/88 com
status de lei complementar. Como o art. 1º da Lei 2.123/53 e o art. 17, parágrafo
único, da Lei 4.069/62 foram recepcionados com natureza de leis ordinárias,
conclui-se que eles foram validamente revogados pela Lei 9.527/97, que, em seu
art. 5º, previu férias anuais de 30 dias. STF. Plenário. RE 602381/AL, Rel. Min.
Cármen Lúcia, julgado em 20/11/2014 (Info 768). Obs: o STJ decidiu que o
mesmo entendimento acima vale também para os Advogados da União que não
possuem direito a 60 dias de férias (STJ. 1ª Turma. AgInt no REsp 1379602/AL,
Rel. Min. Benedito Gonçalves, julgado em 06/04/2017).

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Legitimidade do Ministério Público estadual para atuar no


STJ e STF
Direito Constitucional Ministério Público Atuação
Origem: STJ

Os Ministérios Públicos dos Estados e do Distrito Federal têm legitimidade para


propor e atuar em recursos e meios de impugnação de decisões judiciais em
trâmite no STF e no STJ, oriundos de processos de sua atribuição, sem prejuízo
da atuação do Ministério Público Federal. STF. Plenário Virtual. RE 985392/RS,
Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 26/05/2017 (repercussão geral). Os
Ministérios Públicos estaduais não estão vinculados, nem subordinados, no
plano processual, administrativo e/ou institucional, à Chefia do Ministério Público
da União, o que lhes confere ampla possibilidade de atuação autônoma nos
processos em que forem partes, inclusive perante os Tribunais Superiores.
Assim, por exemplo, o Ministério Público Estadual possui legitimidade para o
ajuizamento de ação rescisória perante o STJ para impugnar acórdão daquela
Corte que julgou processo no qual o parquet estadual era parte. STJ. Corte
Especial. EREsp 1.236.822-PR, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, julgado em
16/12/2015 (Info 576). STF. 1ª Turma. ACO 2351 AgR, Rel. Min. Luiz Fux,
julgado em 10/02/2015.

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Legitimidade para a execução de acórdão do Tribunal de
Contas
Direito Constitucional Tribunal de Contas Execução de condenação proferida pelo Tribunal de
Contas
Origem: STF

Quem tem legitimidade para propor a execução de acórdão condenatório


proferido pelo Tribunal de Contas? Segundo a posição do STF, o estado-
membro não tem legitimidade para promover execução judicial para cobrança de
multa imposta por Tribunal de Contas estadual à autoridade municipal, uma vez
que a titularidade do crédito é do próprio ente público prejudicado, a quem
compete a cobrança, por meio de seus representantes judiciais (no caso, o
Município). O STJ possui entendimento diferente e decide que a legitimidade irá
variar caso o acórdão do Tribunal de Contas tenha determinado o ressarcimento
ao erário ou, então, apenas uma multa (AgRg no REsp 1181122/RS, Rel. p/
Acórdão Min. Mauro Campbell Marques, Segunda Turma, julgado em
06/05/2010). STF. 1ª Turma. RE 580943 AgR/AC, Rel. Min. Ricardo
Lewandowski, julgado em 18/6/2013 (Info 711). STF. Plenário. ARE 823347 RG,
Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 02/10/2014 (repercussão geral).

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É possível que o Fisco requisite das instituições


financeiras informações bancárias sobre os contribuintes
sem intervenção do Poder Judiciário
Direito Constitucional Direitos e garantias fundamentais Sigilo bancário
Origem: STF
As autoridades e os agentes fiscais tributários da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios podem requisitar diretamente das instituições
financeiras informações sobre as movimentações bancárias dos contribuintes.
Esta possibilidade encontra-se prevista no art. 6º da LC 105/2001, que foi
considerada constitucional pelo STF. Isso porque esta previsão não se
caracteriza como "quebra" de sigilo bancário, ocorrendo apenas a “transferência
de sigilo” dos bancos ao Fisco. Vale ressaltar que os Estados-Membros e os
Municípios somente podem obter as informações previstas no art. 6º da LC
105/2001, uma vez regulamentada a matéria de forma análoga ao Decreto
Federal nº 3.724/2001, observados os seguintes parâmetros: a) pertinência
temática entre a obtenção das informações bancárias e o tributo objeto de
cobrança no procedimento administrativo instaurado; b) prévia notificação do
contribuinte quanto à instauração do processo e a todos os demais atos,
garantido o mais amplo acesso do contribuinte aos autos, permitindo-lhe tirar
cópias, não apenas de documentos, mas também de decisões; c) sujeição do
pedido de acesso a um superior hierárquico; d) existência de sistemas
eletrônicos de segurança que fossem certificados e com o registro de acesso; e,
finalmente, e) estabelecimento de mecanismos efetivos de apuração e correção
de desvios. A Receita Federal, atualmente, já pode requisitar tais informações
bancárias porque possui esse regulamento. Trata-se justamente do Decreto
3.724/2001 acima mencionada, que regulamenta o art. 6º da LC 105/2001. O art.
5º da LC 105/2001, que permite obrigar as instituições financeiras a informarem
periodicamente à Receita Federal as operações financeiras realizadas acima de
determinado valor, também é considerado constitucional. STF. Plenário. ADI
2390/DF, ADI 2386/DF, ADI 2397/DF e ADI 2859/DF, Rel. Min. Dias Toffoli,
julgados em 24/2/2016 (Info 815). STF. Plenário. RE 601314/SP, Rel. Min. Edson
Fachin, julgado em 24/2/2016 (repercussão geral) (Info 815).

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Diferença de classes no SUS é inconstitucional


Direito Constitucional Direitos e garantias fundamentais Saúde
Origem: STF

É inconstitucional a possibilidade de um paciente do Sistema Único de Saúde


(SUS) pagar para ter acomodações superiores ou ser atendido por médico de
sua preferência, a chamada "diferença de classes". Existe uma portaria do
Ministério da Saúde (Portaria 113/1997) que proíbe a diferença de classe. Este
ato estava sendo questionado e o STF, em recurso extraordinário submetido à
repercussão geral, declarou que ele é constitucional, firmando a seguinte tese,
que vale de forma ampla para todos os casos envolvendo diferença de classe: "É
constitucional a regra que veda, no âmbito do Sistema Único de Saúde — SUS,
a internação em acomodações superiores, bem como o atendimento
diferenciado por médico do próprio SUS, ou por médico conveniado, mediante o
pagamento da diferença dos valores correspondentes." STF. Plenário. RE
581488/RS, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 3/12/2015 (repercussão geral)
(Info 810).

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As hipóteses de inelegibilidade são aplicáveis às


eleições suplementares
Direito Constitucional Direitos e garantias fundamentais Direitos políticos
Origem: STF

As hipóteses de inelegibilidade previstas no art. 14, § 7º, da CF, inclusive quanto


ao prazo de seis meses, são aplicáveis às eleições suplementares. STF.
Plenário. RE 843455/DF, Rel. Min. Teori Zavascki, julgado em 7/10/2015
(repercussão geral) (Info 802).

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Judiciário pode determinar a realização de obras
emergenciais em estabelecimento prisional
Direito Constitucional Direitos e garantias fundamentais Controle jurisdicional de políticas
públicas
Origem: STF

É lícito ao Poder Judiciário impor à Administração Pública obrigação de fazer,


consistente na promoção de medidas ou na execução de obras emergenciais em
estabelecimentos prisionais para dar efetividade ao postulado da dignidade da
pessoa humana e assegurar aos detentos o respeito à sua integridade física e
moral, nos termos do que preceitua o art. 5º, XLIX, da CF, não sendo oponível à
decisão o argumento da reserva do possível nem o princípio da separação dos
poderes. STF. Plenário. RE 592581/RS, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgado
em 13/8/2015 (repercussão geral) (Info 794).

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Proibição de tratamento diferenciado entre a licença-


maternidade e a licença-adotante
Direito Constitucional Direitos e garantias fundamentais Direito sociais
Origem: STF

O art. 210 da Lei nº 8.112/90, assim como outras leis estaduais e municipais,
prevê que o prazo para a servidora que adotar uma criança é inferior à licença
que ela teria caso tivesse tido um filho biológico. De igual forma, este dispositivo
estabelece que, se a criança adotada for maior que 1 ano de idade, o prazo será
menor do que seria se ela tivesse até 1 ano. Segundo o STF, tal previsão é
inconstitucional. Foi fixada, portanto, a seguinte tese: Os prazos da licença-
adotante não podem ser inferiores ao prazo da licença-gestante, o mesmo
valendo para as respectivas prorrogações. Em relação à licença-adotante, não é
possível fixar prazos diversos em função da idade da criança adotada. STF.
Plenário. RE 778889/PE, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 10/3/2016
(repercussão geral) (Info 817).

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Parâmetros para a validade da entrada forçada em


domicílio sem mandado judicial
Direito Constitucional Direitos e garantias fundamentais Inviolabilidade de domicílio
Origem: STF

A entrada forçada em domicílio sem mandado judicial só é lícita, mesmo em


período noturno, quando amparada em fundadas razões, devidamente
justificadas “a posteriori”, que indiquem que dentro da casa ocorre situação de
flagrante delito, sob pena de responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente
ou da autoridade, e de nulidade dos atos praticados. STF. Plenário. RE
603616/RO, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 4 e 5/11/2015 (repercussão
geral) (Info 806).

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Possibilidade de se obter dados do contribuinte que


constem nos sistemas dos órgãos fazendários
Direito Constitucional Direitos e garantias fundamentais Habeas data
Origem: STF
O habeas data é a garantia constitucional adequada para a obtenção dos dados
concernentes ao pagamento de tributos do próprio contribuinte constantes dos
sistemas informatizados de apoio à arrecadação dos órgãos da administração
fazendária dos entes estatais. No caso concreto, o STF reconheceu que o
contribuinte pode ajuizar habeas data para ter acesso às informações
relacionadas consigo e que estejam presentes no sistema SINCOR da Receita
Federal. O SINCOR (Sistema de Conta Corrente de Pessoa Jurídica) é um
banco de dados da Receita Federal no qual ela armazena as informações sobre
os débitos e créditos dos contribuintes pessoas jurídicas. A decisão foi tomada
com base no SINCOR, mas seu raciocínio poderá ser aplicado para outros
bancos de dados mantidos pelos órgãos fazendários. STF. Plenário. RE
673707/MG, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 17/6/2015 (repercussão geral) (Info
790).

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Constitucionalidade do sistema de cotas em


universidades para alunos de escolas públicas
Direito Constitucional Direitos e garantias fundamentais Princípio da igualdade
Origem: STF

É também constitucional fixar cotas para alunos que sejam egressos de escolas
públicas. STF. Plenário. RE 597285/RS, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgado
em 9/5/2012 (repercussão geral) (Info 665).

Ver julgado

































STJ (REPERCUSSÃO GERAL)

O acréscimo de 25% previsto no art. 45 da Lei 8.213/91


para a aposentadoria por invalidez pode ser estendido
para todas as demais espécies de aposentadoria pagas
pelo INSS
Direito Previdenciário Aposentadoria Aposentadoria por invalidez
Origem: STJ

Comprovada a necessidade de assistência permanente de terceiro, é devido o


acréscimo de 25%, previsto no art. 45 da Lei nº 8.213/91, a todas as
modalidades de aposentadoria pagas pelo INSS. Apesar de o art. 45 da Lei nº
8.213/91 falar apenas em “aposentadoria por invalidez”, o STJ entendeu que se
pode estender esse adicional para todas as demais espécies de aposentadoria
(especial, por idade, tempo de contribuição). STJ. 1ª Seção. REsp 1.720.805-RJ
e 1648305-RS, Rel. para acórdão Min. Regina Helena Costa, julgados em
23/08/2018 (recurso repetitivo).

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É ilegal a disciplina de creditamento prevista nas


Instruções Normativas da SRF 247/2002 e 404/2004
Direito Tributário Contribuições PIS/COFINS
Origem: STJ

É ilegal a disciplina de creditamento prevista nas Instruções Normativas da SRF


ns. 247/2002 e 404/2004, porquanto compromete a eficácia do sistema de não-
cumulatividade da contribuição ao PIS e da COFINS, tal como definido nas Leis
ns. 10.637/2002 e 10.833/2003 e o conceito de insumo deve ser aferido à luz
dos critérios de essencialidade ou relevância, ou seja, considerando-se a
imprescindibilidade ou a importância de determinado item - bem ou serviço - para
o desenvolvimento da atividade econômica desempenhada pelo Contribuinte.
STJ. 1ª Seção. REsp 1221170-PR, Rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho, julgado
em 22/02/2018 (recurso repetitivo) (Info 624).

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Legitimidade do MP para pleitear tratamento médico ou


entrega de medicamentos
Direito Processual Civil Outros temas Geral
Origem: STJ

O Ministério Público é parte legítima para pleitear tratamento médico ou entrega


de medicamentos nas demandas de saúde propostas contra os entes
federativos, mesmo quando se tratar de feitos contendo beneficiários
individualizados, porque se refere a direitos individuais indisponíveis, na forma
do art. 1º da Lei n. 8.625/1993 (Lei Orgânica Nacional do Ministério Público).
STJ. 1ª Seção. REsp 1682836-SP, Rel. Min. Og Fernandes, julgado em
25/04/2018 (recurso repetitivo) (Info 624).

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Competência do DNIT para fiscalizar trânsito nas
rodovias e estradas federais
Direito Administrativo Poderes administrativos Poder de polícia
Origem: STJ

O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes - DNIT detém


competência para a fiscalização do trânsito nas rodovias e estradas federais,
podendo aplicar, em caráter não exclusivo, penalidade por infração ao Código de
Trânsito Brasileiro, consoante se extrai da conjugada exegese dos arts. 82, § 3º,
da Lei nº 10.233/2001 e 21 da Lei nº 9.503/1997 (Código de Trânsito Brasileiro).
STJ. 1ª Seção. REsp 1588969-RS, Rel. Min. Assusete Magalhães, julgado em
28/02/2018 (recurso repetitivo) (Info 623).

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Segurado que tenha desempenhado serviço rurícola


antes da Lei nº 8.213/91
Direito Previdenciário Aposentadoria Aposentadoria rural
Origem: STJ

O segurado que tenha provado o desempenho de serviço rurícola em período


anterior à vigência da Lei nº 8.213/91, embora faça jus à expedição de certidão
nesse sentido para mera averbação nos seus assentamentos, somente tem
direito ao cômputo do aludido tempo rural, no respectivo órgão público
empregador, para contagem recíproca no regime estatutário se, com a certidão
de tempo de serviço rural, acostar o comprovante de pagamento das respectivas
contribuições previdenciárias, na forma da indenização calculada conforme o
dispositivo do art. 96, IV, da Lei nº 8.213/91. STJ. 1ª Seção. REsp 1682678-SP,
Rel. Min. Og Fernandes, julgado em 25/04/2018 (recurso repetitivo) (Info 624).
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Requisitos para a concessão judicial de medicamentos


não previstos pelo SUS
Direito Constitucional Direitos e garantias fundamentais Saúde
Origem: STJ

A concessão dos medicamentos não incorporados em atos normativos do SUS


exige a presença cumulativa dos seguintes requisitos: (I) comprovação, por meio
de laudo médico fundamentado e circunstanciado expedido por médico que
assiste o paciente, da imprescindibilidade ou necessidade do medicamento,
assim como da ineficácia, para o tratamento da moléstia, dos fármacos
fornecidos pelo SUS; (II) incapacidade financeira de arcar com o custo do
medicamento prescrito; e (III) existência de registro na ANVISA do medicamento.
STJ. 1ª Seção. REsp 1657156-RJ, Rel. Min. Benedito Gonçalves, julgado em
25/04/2018 (recurso repetitivo) (Info 625).

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Qual é o valor máximo considerado insignificante no


caso de crimes tributários e descaminho?
Direito Penal Princípio da insignificância Noções gerais
Origem: STJ

Incide o princípio da insignificância aos crimes tributários federais e de


descaminho quando o débito tributário verificado não ultrapassar o limite de R$
20.000,00 (vinte mil reais), a teor do disposto no art. 20 da Lei n. 10.522/2002,
com as atualizações efetivadas pelas Portarias n. 75 e 130, ambas do Ministério
da Fazenda. STJ. 3ª Seção. REsp 1688878-SP, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior,
julgado em 28/02/2018 (recurso repetitivo) (Info 622). STF. 2ª Turma. HC
155347, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 17/04/2018.

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Fixação do valor mínimo para reparação dos danos


prevista no art. 387, IV, do CPP
Direito Penal Lei Maria da Penha (Lei 11.340/2006) Geral
Origem: STJ

Nos casos de violência contra a mulher praticados no âmbito doméstico e


familiar, é possível a fixação de valor mínimo indenizatório a título de dano moral,
desde que haja pedido expresso da acusação ou da parte ofendida, ainda que
não especificada a quantia, e independentemente de instrução probatória.
CPP/Art. 387. O juiz, ao proferir sentença condenatória: IV - fixará valor mínimo
para reparação dos danos causados pela infração, considerando os prejuízos
sofridos pelo ofendido. STJ. 3ª Seção. REsp 1643051-MS, Rel. Min. Rogerio
Schietti Cruz, julgado em 28/02/2018 (recurso repetitivo) (Info 621).

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Cláusula contratual que prevê reajuste de mensalidade


de plano de saúde em decorrência de mudança de faixa
etária do segurado
Direito do Consumidor Proteção contratual Plano de saúde
Origem: STJ

O reajuste de mensalidade de plano de saúde individual ou familiar fundado na


mudança de faixa etária do beneficiário é válido desde que (i) haja previsão
contratual, (ii) sejam observadas as normas expedidas pelos órgãos
governamentais reguladores e (iii) não sejam aplicados percentuais
desarrazoados ou aleatórios que, concretamente e sem base atuarial idônea,
onerem excessivamente o consumidor ou discriminem o idoso. STJ. 2ª Seção.
REsp 1568244/RJ, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, julgado em 14/12/2016
(recurso repetitivo). STJ. 4ª Turma. AgInt no AREsp 1191139/RS, Rel. Min. Luis
Felipe Salomão, julgado em 27/02/2018.

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Índices de juros e correção monetária aplicados para


condenações contra a Fazenda Pública (decisão do STJ)
Direito Processual Civil Fazenda Pública em juízo Geral
Origem: STJ

O índice de correção monetária previsto no art. 1º-F da Lei 9.494/97 (TR) não
pode ser aplicado para condenações impostas à Fazenda Pública O art. 1º-F da
Lei nº 9.494/1997 (com redação dada pela Lei nº 11.960/2009), para fins de
correção monetária, não é aplicável nas condenações judiciais impostas à
Fazenda Pública, independentemente de sua natureza. Os juros de mora
previstos no art. 1º-F da Lei 9.494/97 podem ser aplicados para condenações
impostas à Fazenda Pública, com exceção de matéria tributária O art. 1º-F da Lei
nº 9.494/1997 (com redação dada pela Lei nº 11.960/2009), na parte em que
estabelece a incidência de juros de mora nos débitos da Fazenda Pública com
base no índice oficial de remuneração da caderneta de poupança, aplica-se às
condenações impostas à Fazenda Pública, excepcionadas as condenações
oriundas de relação jurídico-tributária. Ações condenatórias em geral As
condenações judiciais de natureza administrativa em geral sujeitam-se aos
seguintes encargos: a) até dezembro/2002: juros de mora de 0,5% ao mês;
correção monetária de acordo com os índices previstos no Manual de Cálculos
da Justiça Federal, com destaque para a incidência do IPCA-E a partir de
janeiro/2001; b) no período posterior à vigência do CC/2002 e anterior à vigência
da Lei nº 11.960/2009: juros de mora correspondentes à taxa Selic, vedada a
cumulação com qualquer outro índice; c) no período posterior à vigência da Lei
nº 11.960/2009: juros de mora segundo o índice de remuneração da caderneta
de poupança; correção monetária com base no IPCA-E. Servidores e
empregados públicos As condenações judiciais referentes a servidores e
empregados públicos sujeitam-se aos seguintes encargos: a) até julho/2001:
juros de mora: 1% ao mês (capitalização simples); correção monetária: índices
previstos no Manual de Cálculos da Justiça Federal, com destaque para a
incidência do IPCA-E a partir de janeiro/2001; b) agosto/2001 a junho/2009: juros
de mora: 0,5% ao mês; correção monetária: IPCA-E; c) a partir de julho/2009:
juros de mora: remuneração oficial da caderneta de poupança; correção
monetária: IPCA-E. Desapropriações No tocante às condenações judiciais
referentes a desapropriações diretas e indiretas, relativamente à correção
monetária, incidem, em síntese, os índices previstos no Manual de Cálculos da
Justiça Federal, com destaque para a incidência do IPCA-E a partir de janeiro de
2001. Em relação aos juros de mora, de acordo com o Manual de Cálculos da
Justiça Federal, aplicam-se os seguintes índices: a) até dezembro/2009: 0,5%
(capitalização simples), nos termos do art. 15-B do Decreto-Lei n. 3.365/1941; b)
janeiro/2010 a abril/2012: 0,5% (capitalização simples), nos termos do art. 97, §
16, do ADCT (incluído pela EC n. 62/2009), combinado com a Lei n. 8.177/1991;
c) a partir de maio/2012: o mesmo percentual de juros incidentes sobre a
caderneta de poupança, capitalizados de forma simples, correspondentes a: i)
0,5% ao mês, caso a taxa SELIC ao ano seja superior a 8,5%; ii) 70% da taxa
SELIC ao ano, mensalizada, nos demais casos, nos termos do art. 97, § 16, do
ADCT (incluído pela EC n. 62/2009), combinado com a Lei n. 8.177/1991, com
alterações da MP n. 567/2012 convertida na Lei n. 12.703/2012. No que
concerne aos juros compensatórios, os índices previstos são os seguintes: a) até
10/06/1997: 1% (capitalização simples), nos termos da Súmula n. 618/STF e
Súmula n. 110 do extinto TFR; b) 11/06/1997 a 13/09/2001: 0,5% (capitalização
simples), nos termos do art. 15-A, do Decreto-Lei n. 3.365/41, introduzido pela
MP n. 1.577/97 e suas sucessivas reedições; c) a partir de 14/09/2001: 1%
(capitalização simples), nos termos da ADI 2.332/DF, REsp 1.111.829/SP e
Súmula n. 408/STJ.* * Esta conclusão da letra “c” está “superada”. Isso porque o
STF reconheceu a constitucionalidade do percentual de juros compensatórios no
patamar fixo de 6% ao ano (0,5% ao mês) para remuneração do proprietário pela
imissão provisória do ente público na posse de seu bem previsto no art. 15-A do
DL 3.365/41. As Súmulas 618 do STF e 408 do STJ estão superadas. Veja a ADI
2332/DF, Rel. Min. Roberto Barroso, julgada em 17/5/2018 (Info 902). Matéria
previdenciária As condenações impostas à Fazenda Pública de natureza
previdenciária sujeitam-se à incidência do INPC, para fins de correção
monetária, no que se refere ao período posterior à vigência da Lei nº
11.430/2006, que incluiu o art. 41-A na Lei nº 8.213/91. Quanto aos juros de
mora, no período posterior à vigência da Lei nº 11.960/2009, incidem segundo a
remuneração oficial da caderneta de poupança. Indébito tributário A correção
monetária e a taxa de juros de mora incidentes na repetição de indébitos
tributários devem corresponder às utilizadas na cobrança de tributo pago em
atraso. Não havendo disposição legal específica, os juros de mora são
calculados à taxa de 1% ao mês (art. 161, § 1º, do CTN). Observada a regra
isonômica e havendo previsão na legislação da entidade tributante, é legítima a
utilização da taxa Selic, sendo vedada sua cumulação com quaisquer outros
índices. STJ. 1ª Seção. REsp 1495146-MG, Rel. Min. Mauro Campbell Marques,
julgado em 22/02/2018 (recurso repetitivo) (Info 620).

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O segurado especial tem direito ao auxílio-acidente sem


precisar comprovar o recolhimento de contribuição como
segurado facultativo
Direito Previdenciário Auxílio-acidente Geral
Origem: STJ

O segurado especial, cujo acidente ou moléstia é anterior à vigência da Lei n.


12.873/2013, que alterou a redação do inciso I do artigo 39 da Lei n. 8.213/1991,
não precisa comprovar o recolhimento de contribuição como segurado facultativo
para ter direito ao auxílio-acidente. STJ. 1ª Seção.REsp 1361410-RS, Rel. Min.
Benedito Gonçalves, julgado em 08/11/2017(recurso repetitivo) (Info 619). Obs:
depois da Lei nº 12.873/2013 o segurado especial continua tendo direito ao
auxílio-acidente sem precisar comprovar o recolhimento de contribuição como
segurado facultativo. Assim, a tese seria melhor redigida se afirmasse o
seguinte: O segurado especial, seja antes ou depois da Lei nº 12.873/2013, tem
direito ao auxílio-acidente sem precisar comprovar o recolhimento de
contribuição como segurado facultativo.

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Se o segurado estava desempregado no momento da


prisão, ele é considerado de baixa renda,
independentemente do último salário de contribuição
Direito Previdenciário Auxílio-reclusão Geral
Origem: STJ

O auxílio-reclusão é um benefício previdenciário pago aos dependentes do


segurado que for preso, desde que ele (segurado) tenha baixa renda, não receba
remuneração da empresa durante a prisão, nem esteja em gozo de auxílio-
doença, de aposentadoria ou de abono de permanência. Se o segurado, no
momento em que foi preso, estava desempregado, a Portaria Ministerial
determina que será considerado como critério para “baixa renda” o seu último
salário de contribuição (referente ao último trabalho). Ex: João foi preso em
2015, momento em que estava desempregado; seu último salário decontribuição
era de R$ 3.000,00; pela Portaria, mesmo João estando desempregado, não
poderia ser considerado de baixa renda e seus familiares não teriam direito ao
benefício. O STJ concorda com essa previsão da Portaria? Esse critério do
último salário de contribuição para o segurado preso desempregado é válido?
NÃO. Na análise de concessão do auxílio-reclusão, o fato de o recluso que
mantenha a condição de segurado pelo RGPS estar desempregado ou sem
renda no momento em que foi preso demonstra que ele tinha “baixa renda”,
independentemente do valor do último salário de contribuição. O critério
econômico da renda deve ser aferido no momento da reclusão, pois é nele que
os dependentes sofrem o baque da perda do provedor. Se, nesse instante, o
segurado estava desempregado, presume-se que se encontrava em baixa renda,
sendo, portanto, devido o benefício a seus dependentes. Para a concessão de
auxílio-reclusão (art. 80 da Lei nº 8.213/91), o critério de aferição de renda do
segurado que não exerce atividade laboral remunerada no momento do
recolhimento à prisão é a ausência de renda, e não o último salário de
contribuição. STJ. 1ª Seção. REsp 1485417-MS, Rel. Min. Herman Benjamin,
julgado em 22/11/2017 (recurso repetitivo) (Info 618).

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Ações envolvendo trade dress e nulidade de registro de


marca
Direito Empresarial Propriedade industrial Outros temas
Origem: STJ

As questões acerca do trade dress (conjunto-imagem) dos produtos,


concorrência desleal e outras demandas afins, por não envolver registro no INPI
e cuidando de ação judicial entre particulares, é inequivocamente de
competência da Justiça estadual, já que não afeta interesse institucional da
autarquia federal. No entanto, compete à Justiça Federal, em ação de nulidade
de registro de marca, com a participação do INPI, impor ao titular a abstenção do
uso, inclusive no tocante à tutela provisória. STJ. 2ª Seção. REsp 1527232-SP,
Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 13/12/2017 (recurso repetitivo) (Info
618).

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Princípio da insignificância, crimes contra a ordem
tributária e descaminho
Direito Penal Princípio da insignificância Crimes nos quais se reconhece a aplicação
Origem: STF e STJ

Incide o princípio da insignificância aos crimes tributários federais e de


descaminho quando o débito tributário verificado não ultrapassar o limite de R$
20.000,00 (vinte mil reais), a teor do disposto no art. 20 da Lei n. 10.522/2002,
com as atualizações efetivadas pelas Portarias n. 75 e 130, ambas do Ministério
da Fazenda. STJ. 3ª Seção. REsp 1.709.029/MG, Rel. Min. Sebastião Reis
Júnior, julgado em 28/02/2018 (recurso repetitivo).

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Bens das filiais podem ser penhorados para pagar


dívidas tributárias da matriz
Direito Processual Civil Execução fiscal Geral
Origem: STJ

Os valores depositados em contas em nome das filiais estão sujeitos à penhora


por dívidas tributárias da matriz. STJ. 1ª Seção. REsp 1.355.812-RS, Rel. Min.
Mauro Campbell Marques, julgado em 22/5/2013 (recurso repetitivo) (Info 524).

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Bens das filiais podem ser penhorados para pagar


dívidas tributárias da matriz
Direito Tributário Temas diversos Geral
Origem: STJ

Os valores depositados em contas em nome das filiais estão sujeitos à penhora


por dívidas tributárias da matriz. STJ. 1ª Seção. REsp 1.355.812-RS, Rel. Min.
Mauro Campbell Marques, julgado em 22/5/2013 (recurso repetitivo) (Info 524).

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Competência para julgar demandas cíveis com pedidos


ilíquidos contra massa falida
Direito Empresarial Falência e recuperação judicial Falência
Origem: STJ

A competência para processar e julgar demandas cíveis com pedidos ilíquidos


contra massa falida, quando em litisconsórcio passivo com pessoa jurídica de
direito público, é do juízo cível no qual for proposta a ação de conhecimento,
competente para julgar ações contra a Fazenda Pública, de acordo as
respectivas normas de organização judiciária. STJ. 1ª Seção.REsp 1643856-SP,
Rel. Min. Og Fernandes, julgado em 13/12/2017 (recurso repetitivo) (Info 617).

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Intimação pessoal dos membros do Ministério Público no


processo penal
Direito Processual Penal Procedimento Temas diversos
Origem: STJ
O termo inicial da contagem do prazo para impugnar decisão judicial é, para o
Ministério Público, a data da entrega dos autos na repartição administrativa do
órgão, sendo irrelevante que a intimação pessoal tenha se dado em audiência,
em cartório ou por mandado. STJ. 3ª Seção. REsp 1349935-SE, Rel. Min.
Rogério Schietti Cruz, julgado em 23/8/2017 (recurso repetitivo) (Info 611).

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Quem pode ser responsável técnico em drogarias


Direito Administrativo Organização administrativa Conselhos Profissionais
Origem: STJ

É facultado aos técnicos de farmácia, regularmente inscritos no Conselho


Regional de Farmácia, a assunção de responsabilidade técnica por drogaria,
independentemente do preenchimento dos requisitos previstos nos arts. 15, § 3º,
da Lei nº 5.991/73, c/c o art. 28 do Decreto nº 74.170/74, entendimento que deve
ser aplicado até a entrada em vigor da Lei nº 13.021/2014. Obs: após a Lei nº
13.021/2014 apenas farmacêuticos habilitados na forma da lei poderão atuar
como responsáveis técnicos por farmácias com manipulação e drogarias. STJ.
1ª Seção.REsp 1243994-MG, Rel. Min. Og Fernandes, julgado em 14/6/2017
(recurso repetitivo) (Info 611).

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Praticar sexo com menor de 14 anos é crime


Direito Penal Crimes contra a dignidade sexual Estupro de vulnerável (art. 217-A)
Origem: STJ
Súmula 593-STJ: O crime de estupro de vulnerável configura-se com a
conjunção carnal ou prática de ato libidinoso com menor de 14 anos, sendo
irrelevante o eventual consentimento da vítima para a prática do ato, experiência
sexual anterior ou existência de relacionamento amoroso com o agente. STJ. 3ª
Seção. Aprovada em 25/10/2017, DJe 06/11/2017.

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A nulidade de uma das cláusulas da migração do plano


implica a nulidade de todo o negócio jurídico
Direito Previdenciário Previdência privada Geral
Origem: STJ

Em havendo transação para migração de plano de benefícios, em observância à


regra da indivisibilidade da pactuação e proteção ao equilíbrio contratual, a
anulação de cláusula que preveja concessão de vantagem contamina todo o
negócio jurídico, conduzindo ao retorno ao status quo ante. STJ. 2ª Seção.REsp
1551488-MS, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 14/6/2017 (recurso
repetitivo) (Info 608).

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Em caso de migração, o participante não tem direito de


aplicação dos índices de correção monetária sobre a
reserva de poupança
Direito Previdenciário Previdência privada Geral
Origem: STJ
Em caso de migração de plano de benefícios de previdência complementar, não
é cabível o pleito de revisão da reserva de poupança ou de benefício, com
aplicação do índice de correção monetária. STJ. 2ª Seção.REsp 1551488-MS,
Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 14/6/2017(recurso repetitivo) (Info
608).

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Demora de se obter documentos em poder de terceiro e


prescrição da execução
Direito Processual Civil Execução Noções gerais
Origem: STJ

A partir da vigência da Lei nº 10.444/2002, que incluiu o § 1º ao art. 604,


dispositivo que foi sucedido, conforme Lei nº 11.232/2005, pelo art. 475-B, §§ 1º
e 2º, todos do CPC/1973, não é mais imprescindível, para acertamento de
cálculos, a juntada de documentos pela parte executada ou por terceiros,
reputando-se correta a conta apresentada pelo exequente, quando a requisição
judicial de tais documentos deixar de ser atendida, injustificadamente, depois de
transcorrido o prazo legal. Assim, sob a égide do diploma legal citado, incide o
lapso prescricional, pelo prazo respectivo da demanda de conhecimento (Súmula
150/STF), sem interrupção ou suspensão, não se podendo invocar qualquer
demora na diligência para obtenção de fichas financeiras ou outros documentos
perante a administração ou junto a terceiros. STJ. 1ª Seção.REsp 1336026-PE,
Rel. Min. Og Fernandes, julgado em 28/6/2017 (recurso repetitivo) (Info 607).

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A correção monetária dos depósitos judiciais deve incluir
os expurgos inflacionários
Direito Processual Civil Execução fiscal Geral
Origem: STJ

A correção monetária dos depósitos judiciais deve incluir os expurgos


inflacionários. STJ. Corte Especial.REsp 1131360-RJ, Rel. Min. Napoleão Nunes
Maia Filho, Rel. para acórdão Min. Maria Thereza de Assis Moura, julgado em
3/5/2017 (recurso repetitivo) (Info 607).

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Mesmo que o precatório tenha sido expedido apenas da


parte, o advogado poderá executar os honorários
advocatícios
Direito Processual Civil Juros, correção monetária, custas e honorários advocatícios Geral
Origem: STJ

O fato de o precatório ter sido expedido em nome da parte não exclui a


titularidade do advogado para o recebimento dos créditos oriundos dos
honorários de sucumbência, nos termos do art. 23 do Estatuto da Advocacia. O
crédito consubstanciado nos honorários de sucumbência pertence ao advogado,
que detém o direito material de executá-lo ou, se assim o preferir, cedê-lo a
terceiro. STJ. Corte Especial. REsp 1102473-RS, Rel. Min. Maria Thereza de
Assis Moura, julgado em 16/5/2012 (recurso repetitivo) (Info 497).

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ACP proposta pelo MP e honorários periciais
Direito Processual Civil Processo coletivo Geral
Origem: STJ

Nas ações civis públicas, o Ministério Público tem o dever de antecipar os


honorários devidos a perito? NÃO. Não é possível se exigir do Ministério Público
o adiantamento de honorários periciais em ações civis públicas. O art. 18 da Lei
nº 7.347/85 explica que na ação civil pública não haverá qualquer adiantamento
de despesas. Trata-se de regramento próprio, que impede que o autor da ação
civil pública arque com os ônus periciais e sucumbenciais, ficando afastada,
portanto, as regras específicas do CPC. Mas o perito irá trabalhar de graça?
NÃO. A referida isenção conferida ao Ministério Público em relação ao
adiantamento dos honorários periciais não pode obrigar que o perito exerça seu
ofício gratuitamente. Da mesma forma, não se pode transferir ao réu o encargo
de financiar ações contra ele movidas. Dessa forma, a solução é aplicar, por
analogia, a Súmula 232 do STJ: "A Fazenda Pública, quando parte no processo,
fica sujeita à exigência do depósito prévio dos honorários do perito". Assim, nas
perícias requeridas pelo Ministério Público nas ações civis públicas, cabe à
Fazenda Pública à qual se acha vinculado o Parquet arcar com o adiantamento
dos honorários periciais. Ex: em uma ACP proposta pelo MPE-BA, se o Parquet
requerer uma perícia, quem irá adiantar os honorários do perito será o Estado da
Bahia. STJ. 1ª Seção. REsp 1253844/SC, Rel. Min. Mauro Campbell Marques,
julgado em 13/03/2013 (recurso repetitivo)

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Não incide contribuição previdenciária a cargo da


empresa sobre a importância paga nos 15 dias que
antecedem o auxílio-doença
Direito Previdenciário Contribuição previdenciária Geral
Origem: STJ

Não incide contribuição previdenciária a cargo da empresa sobre a importância


paga nos 15 dias que antecedem o auxílio-doença. Isso porque essa verba não
ostenta caráter salarial, mas sim de benefício previdenciário. STJ. 1ª Seção.
REsp 1230957-RS, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, julgado em 26/2/2014
(recurso repetitivo) (Info 536).

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Não incide contribuição previdenciária a cargo da


empresa sobre o aviso prévio indenizado
Direito Previdenciário Contribuição previdenciária Geral
Origem: STJ

NÃO incide contribuição previdenciária a cargo da empresa sobre o valor pago a


título de aviso prévio indenizado. Isso porque essa verba não ostenta caráter
salarial, mas sim de natureza indenizatória. STJ. 1ª Seção. REsp 1230957-RS,
Rel. Min. Mauro Campbell Marques, julgado em 26/2/2014 (recurso repetitivo)
(Info 536).

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Incide contribuição previdenciária a cargo da empresa


sobre os valores pagos a título de salário-maternidade
Direito Previdenciário Contribuição previdenciária Geral
Origem: STJ
O salário-maternidade tem natureza salarial. Por essa razão, incide contribuição
previdenciária a cargo da empresa sobre os valores pagos a título de salário-
maternidade. STJ. 1ª Seção. REsp 1.230.957-RS, Rel. Min. Mauro Campbell
Marques, julgado em 26/2/2014 (recurso repetitivo) (Info 536).

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Incide contribuição previdenciária a cargo da empresa


sobre os valores pagos a título de horas extras, adicional
noturno e adicional de periculosidade
Direito Previdenciário Contribuição previdenciária Geral
Origem: STJ

Estão sujeitas à incidência de contribuição previdenciária as parcelas pagas pelo


empregador a título de: • horas extras e seu respectivo adicional • adicional
noturno e • adicional de periculosidade. STJ. 1ª Seção. REsp 1358281-SP, Rel.
Min. Herman Benjamin, julgado em 23/4/2014 (recurso repetitivo) (Info 540).

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Contribuição previdenciária e férias


Direito Previdenciário Contribuição previdenciária Geral
Origem: STJ

Incide contribuição previdenciária sobre o pagamento das FÉRIAS e sobre o


pagamento do TERÇO CONSTITUCIONAL DE FÉRIAS? * FÉRIAS GOZADAS:
incide. É verba salarial. * TERÇO DE FÉRIAS GOZADAS: não Incide. É verba
indenizatória. * FÉRIAS INDENIZADAS: não incide (art. 28, § 9º, “d”, Lei
8.212/91). * TERÇO DE FÉRIAS INDENIZADAS: não incide (art. 28, § 9º, “d”, Lei
8.212/91). STJ. 1ª Turma. AgRg no REsp 1.240.038-PR, Rel. Min. Og
Fernandes, julgado em 8/4/2014 (Info 541). STJ. 1ª Seção. REsp 1.230.957-RS,
Rel. Min. Mauro Campbell Marques, julgado em 26/2/2014 (Info 536).

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União não deve figurar na ação proposta pedindo a


implementação do piso nacional do magistério
Direito Administrativo Servidores públicos Remuneração
Origem: STJ

Os dispositivos do art. 4º, caput, e §§ 1º e 2º, da Lei nº 11.738/2008 não


amparam a tese de que a União é parte legítima, perante terceiros particulares,
em demandas que visam à sua responsabilização pela implementação do piso
nacional do magistério, afigurando-se correta a decisão que a exclui da lide e
declara a incompetência da Justiça Federal para processar e julgar o feito ou, em
sendo a única parte na lide, que decreta a extinção da demanda sem resolução
do mérito. STJ. 1ª Seção.REsp 1559965-RS, Rel. Min. Og Fernandes, julgado
em 14/6/2017 (recurso repetitivo) (Info 606).

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Caso IPSEMG (STF ADI 3106-MG) e repetição de indébito


aos que, a partir de 14/4/2010, tenham sido cobrados sem
adesão aos serviços de saúde
Direito Tributário Temas diversos Geral
Origem: STJ

A partir de 14/4/2010 deve ser reconhecida a natureza contratual da relação


firmada entre os servidores do Estado de Minas Gerais e o IPSEMG, instituída
pelo art. 85 da Lei Complementar Estadual nº 64/2002, sendo garantida a
restituição de indébito somente àqueles que, após essa data, não tenham
aderido expressa ou tacitamente aos serviços de saúde disponibilizados. STJ. 1ª
Seção. REsp 1348679-MG, Rel. Min. Herman Benjamin, julgado em 23/11/2016
(recurso repetitivo) (Info 604).

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Lesão corporal resultante de violência doméstica contra


a mulher é crime de ação pública incondicionada
Direito Penal Lei Maria da Penha (Lei 11.340/2006) Geral
Origem: STJ

A ação penal nos crimes de lesão corporal leve cometidos em detrimento da


mulher, no âmbito doméstico e familiar, é pública incondicionada. STJ. 3ª Seção.
Pet 11805-DF, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 10/5/2017 (recurso
repetitivo) (Info 604). Vide Súmula 542-STJ: A ação penal relativa ao crime de
lesão corporal resultante de violência doméstica contra a mulher é pública
incondicionada.

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Início do prazo em caso de intimação/citação realizadas
por correio, oficial de justiça ou por carta de ordem,
precatória ou rogatória
Direito Processual Civil Procedimento Citação e intimações
Origem: STJ

Nos casos de intimação/citação realizadas por correio, oficial de justiça, ou por


carta de ordem, precatória ou rogatória, o prazo recursal inicia-se com a juntada
aos autos do aviso de recebimento, do mandado cumprido, ou da juntada da
carta. STJ. Corte Especial. REsp 1632777-SP, Rel. Min. Napoleão Nunes Maia
Filho, julgado em 17/5/2017 (recurso repetitivo) (Info 604).

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Cálculo do salário de benefício e décimo terceiro salário


Direito Previdenciário Outros temas Geral
Origem: STJ

O décimo terceiro salário (gratificação natalina) somente integra o cálculo do


salário de benefício, nos termos da redação original do § 7º do art. 28 da Lei nº
8.212/91 e § 3º do art. 29 da Lei nº 8.213/91, quando os requisitos para a
concessão do benefício forem preenchidos em data anterior à publicação da Lei
nº 8.870/94, que expressamente excluiu o décimo terceiro salário do cálculo da
Renda Mensal Inicial (RMI), independentemente de o Período Básico de Cálculo
(PBC) do benefício estar, parcialmente, dentro do período de vigência da
legislação revogada. STJ. 1ª Seção. REsp 1546680-RS, Rel. Min. Og Fernandes,
julgado em 10/5/2017 (recurso repetitivo) (Info 603).

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Prazo prescricional em caso de repetição de indébito de
tarifas de água e esgoto
Direito do Consumidor Proteção contratual Concessionárias de serviço público
Origem: STJ

Súmula 412-STJ: A ação de repetição de indébito de tarifas de água e esgoto


sujeita-se ao prazo prescricional estabelecido no Código Civil. O prazo
prescricional para as ações de repetição de indébito relativo às tarifas de
serviços de água e esgoto cobradas indevidamente é de: a) 20 (vinte) anos, na
forma do art. 177 do Código Civil de 1916; ou b) 10 (dez) anos, tal como previsto
no art. 205 do Código Civil de 2002, observando-se a regra de direito
intertemporal, estabelecida no art. 2.028 do Código Civil de 2002. STJ. 1ª Seção.
REsp 1532514-SP, Rel. Min. Og Fernandes, Primeira Seção, julgado em
10/5/2017 (recurso repetitivo) (Info 603).

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Lojas que vendam animais vivos e medicamentos


veterinários não precisam se inscrever no Conselho
Regional de Medicina Veterinária
Direito Administrativo Temas diversos Geral
Origem: STJ

Não estão sujeitas a registro perante o respectivo Conselho Regional de


Medicina Veterinária, nem à contratação de profissionais nele inscritos como
responsáveis técnicos, as pessoas jurídicas que explorem as atividades de
comercialização de animais vivos e a venda de medicamentos veterinários, pois
não são atividades reservadas à atuação privativa do médico veterinário. STJ. 1ª
Seção.REsp 1.338.942-SP, Rel. Min. Og Fernandes, julgado em 26/4/2017
(recurso repetitivo) (Info 602).

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Não se pode conferir à aposentadoria complementar os


aumentos reais concedidos para benefícios mantidos
pelo INSS
Direito Previdenciário Previdência privada Geral
Origem: STJ

Nos planos de benefícios de previdência complementar administrados por


entidade fechada, a previsão regulamentar de reajuste, com base nos mesmos
índices adotados pelo Regime Geral de Previdência Social, não inclui a parte
correspondente a aumentos reais. Em outras palavras, se o plano de previdência
prever que o reajuste da aposentadoria complementar será feito segundo os
mesmos índices dos benefícios mantidos pelo INSS isso não garante que os
beneficiários da previdência complementar terão exatamente o mesmo aumento
da previdência oficial. Eles terão direito apenas à reposição das perdas
causadas pela inflação (nos mesmos índices do regime geral). No entanto,
aquilo que for além da reposição da inflação (aumento real do valor do benefício)
não será estendido aos beneficiários da previdência complementar. STJ. 2ª
Seção. REsp 1564070-MG, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 22/3/2017
(recurso repetitivo) (Info 601).

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É de competência da Justiça Estadual a ação de
restituição de indébito proposta pelo usuário contra a
concessionária de energia elétrica
Direito Processual Civil Competência Justiça estadual
Origem: STJ

Não há, em regra, interesse jurídico da ANEEL – Agência Nacional de Energia


Elétrica – para figurar como ré ou assistente simples de ação de repetição de
indébito relativa a valores cobrados por força de contrato de fornecimento de
energia elétrica celebrado entre usuário do serviço e concessionária do serviço
público. Em razão disso, essa ação é de competência da Justiça Estadual. STJ.
1ª Seção.REsp 1389750-RS, Rel. Min. Herman Benjamin, julgado em
14/12/2016 (recurso repetitivo) (Info 601).

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Não se pode fazer exigências para que se crie ou altere


os dados do CNPJ se tais exigências estiverem previstas
em atos infralegais
Direito Administrativo Temas diversos Geral
Origem: STJ

A inscrição e modificação dos dados no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas


- CNPJ devem ser garantidas a todas as empresas legalmente constituídas,
mediante o arquivamento de seus estatutos e suas alterações na Junta
Comercial Estadual, sem a imposição de restrições infralegais, que obstaculizem
o exercício da livre iniciativa e desenvolvimento pleno de suas atividades
econômicas. A Lei nº 5.614/70, que versa sobre o cadastro federal de
contribuintes, outorgou ao Ministro da Fazenda o dever de regular o instrumento
de registro, para dotar o sistema de normas procedimentais para viabilizar a
inscrição e atualização dos dados, sem permitir que imposições limitadoras da
livre iniciativa restassem veiculadas sob o jugo da mencionada lei. Assim, é
ilegítima a criação de empecilhos, mediante norma infralegal, para a inscrição e
alteração dos dados cadastrais no CNPJ. STJ. 1ª Seção. REsp 1103009/RS,
Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 09/12/2009 (recurso repetitivo).

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Os Conselhos de Fiscalização Profissional estão isentos


de custas processuais?
Direito Administrativo Organização administrativa Conselhos Profissionais
Origem: STF e STJ

NÃO. Os Conselhos Profissionais, apesar de sua natureza autárquica, não estão


isentos do pagamento de custas judiciais, conforme previsão expressa do art. 4º,
parágrafo único, da Lei nº 9.289/96. Assim, o benefício da isenção do preparo
conferido aos entes públicos previstos no art. 4º, caput, da Lei 9.289/1996 é
inaplicável aos Conselhos de Fiscalização Profissional. STF. 1ª Turma. RMS
33572 AgR, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 09/08/2016. STJ. 1ª Seção.
REsp 1338247/RS, Rel. Min. Herman Benjamin, julgado em 10/10/2012 (recurso
repetitivo).

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O art. 20 da Lei 10.522/2002 não se aplica às autarquias


federais
Direito Processual Civil Execução fiscal Geral
Origem: STJ

O art. 20 da Lei nº 10.522/2002 refere-se unicamente aos débitos inscritos na


Dívida Ativa da União pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional ou por ela
cobrados. Não se demonstra possível, portanto, aplicar-se, por analogia, o
referido dispositivo legal às execuções fiscais propostas pelas autarquias e
fundações públicas federais cujos créditos são cobrados pela Procuradoria-Geral
Federal (art. 10 da Lei nº 10.480/2002). As atribuições da Procuradoria-Geral
Federal e da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional são distintas, razão pela
qual não se pode equipará-las para os fins do art. 20 da Lei nº 10.522/2002. Em
suma: o art. 20 da Lei nº 10.522/2002 não se aplica às execuções de créditos
das autarquias federais, cobrados pela Procuradoria-Geral Federal. STJ. 1ª
Seção. REsp 1343591-MA, Rel. Min. Og Fernandes, julgado em 11/12/2013
(recurso repetitivo) (Info 533).

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A capitalização de juros, seja qual for a sua


periodicidade, somente será considerada válida se
estiver expressamente pactuada no contrato
Direito Civil Contratos Outros contratos
Origem: STJ

A cobrança de juros capitalizados nos contratos de mútuo é permitida quando


houver expressa pactuação. Isso significa que a capitalização de juros, seja qual
for a sua periodicidade (anual, semestral, mensal), somente será considerada
válida se estiver expressamente pactuada no contrato. A pactuação da
capitalização dos juros é sempre exigida, inclusive para a periodicidade anual. O
art. 591 do Código Civil permite a capitalização anual, mas não determina a sua
aplicação automaticamente. Não é possível a incidência da capitalização sem
previsão no contrato. STJ. 2ª Seção. REsp 1388972-SC, Rel. Min. Marco Buzzi,
julgado em 8/2/2017 (recurso repetitivo) (Info 599).

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Incide contribuição do PSS sobre a correção monetária


dos valores remuneratórios atrasados recebidos pelo
servidor público por força de decisão judicial
Direito Previdenciário Outros temas Geral
Origem: STJ

Incide contribuição previdenciária sobre os valores recebidos a título de


CORREÇÃO MONETÁRIA em execução de sentença na qual se reconheceu o
direito a reajuste de servidores públicos. STJ. 1ª Turma. REsp 1.268.737-RS,
Rel. Min. Regina Helena Costa, julgado em 14/2/2017 (Info 598). Por outro lado,
não há incidência de contribuição previdenciária sobre os JUROS DE MORA
relativos às diferenças remuneratórias pagas aos servidores públicos. Assim, os
juros moratórios consectários de condenação judicial que reconheceu a mora da
Administração Pública no pagamento de diferenças remuneratórias aos
servidores não integram a base de cálculo da contribuição para o PSS, prevista
no art. 16-A da Lei nº 10.887/2004. STJ. 1ª Seção. REsp 1239203/PR, Rel. Min.
Mauro Campbell Marques, julgado em 12/12/2012.

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Prazo prescricional para cobrança de cotas


condominiais: 5 anos
Direito Civil Direitos reais Condomínio comum
Origem: STJ

Na vigência do Código Civil de 2002, é quinquenal o prazo prescricional para que


o condomínio geral ou edilício (vertical ou horizontal) exercite a pretensão de
cobrança de taxa condominial ordinária ou extraordinária, constante em
instrumento público ou particular, a contar do dia seguinte ao vencimento da
prestação. STJ. 2ª Seção. REsp 1483930-DF, Rel. Min. Luis Felipe Salomão,
julgado em 23/11/2016 (recurso repetitivo) (Info 596).

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Impossibilidade de revisão de cláusulas contratuais em


ação de prestação de contas
Direito Processual Civil Procedimentos especiais Temas gerais
Origem: STJ

Não é possível a revisão de cláusulas contratuais em ação de exigir contas


(ação de prestação de contas). STJ. 2ª Seção. REsp 1497831-PR, Rel. Min.
Paulo de Tarso Sanseverino, Rel. para acórdão Min. Maria Isabel Gallotti,
julgado em 14/9/2016 (recurso repetitivo) (Info 592).

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Impossibilidade de revisão de cláusulas contratuais em


ação de prestação de contas
Direito Civil Contratos Noções gerais sobre contratos
Origem: STJ

Não é possível a revisão de cláusulas contratuais em ação de exigir contas


(ação de prestação de contas). STJ. 2ª Seção. REsp 1497831-PR, Rel. Min.
Paulo de Tarso Sanseverino, Rel. para acórdão Min. Maria Isabel Gallotti,
julgado em 14/9/2016 (recurso repetitivo) (Info 592).

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Prazo prescricional da repetição de indébito envolvendo


contrato de cédula de crédito rural
Direito Civil Prescrição Outros prazos prescricionais
Origem: STJ

Qual é o prazo prescricional da ação de repetição de indébito envolvendo


contrato de cédula de crédito rural? • Se o fato ocorreu sob a vigência do
CC/1916: 20 anos. • Se o fato ocorreu sob a vigência do CC/2002: 3 anos. O
termo inicial do prazo prescricional é a data do pagamento (efetiva lesão). STJ.
2ª Seção. REsp 1361730-RS, Rel. Min. Raul Araújo, julgado em 10/8/2016
(recurso repetitivo) (Info 592).

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Juiz não pode extinguir execução fiscal de ofício


invocando a inconstitucionalidade do art. 3º, § 1°, da Lei
nº 9.718/98
Direito Tributário Contribuições PIS/COFINS
Origem: STJ

A declaração de inconstitucionalidade do art. 3º, § 1º, da Lei nº 9.718/1998, pelo


STF, não afasta automaticamente a presunção de certeza e de liquidez da CDA,
motivo pelo qual é vedado extinguir de ofício, por esse motivo, a Execução
Fiscal. Três razões para isso: 1) existem casos em que a base de cálculo
apurada do PIS e da Cofins é composta integralmente por receitas que se
enquadram no conceito clássico de faturamento; 2) ainda que haja outras
receitas estranhas à atividade operacional da empresa, é possível expurgá-las
do título mediante simples cálculos aritméticos; 3) eventual excesso deve ser
alegado como matéria de defesa, não cabendo ao juízo da Execução inverter a
presunção de certeza, de liquidez e de exigibilidade do título executivo. STJ. 1ª
Seção. REsp 1386229-PE, Rel. Min. Herman Benjamin, julgado em 10/8/2016
(recurso repetitivo) (Info 591).

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Desconstituída penhora indevida, em regra, não haverá


condenação do embargado em honorários se o imóvel
ainda estava no nome do antigo proprietário
Direito Processual Civil Procedimentos especiais Temas gerais
Origem: STJ

Nos embargos de terceiro cujo pedido foi acolhido para desconstituir a constrição
judicial, os honorários advocatícios serão arbitrados com base no princípio da
causalidade, responsabilizando-se o atual proprietário (embargante), se este não
atualizou os dados cadastrais. Os encargos de sucumbência serão suportados
pela parte embargada, porém, na hipótese em que esta, depois de tomar ciência
da transmissão do bem, apresentar ou insistir na impugnação ou recurso para
manter a penhora sobre o bem cujo domínio foi transferido para terceiro. Ex:
Pedro adquiriu uma casa por meio de contrato de promessa de compra e venda.
Ocorre que não foi até o Registro de Imóveis para providenciar a transcrição do
título. O antigo proprietário do imóvel estava sendo executado e o credor, após
consulta no cartório, indicou a referida casa para ser penhorada, o que foi aceito
pelo juiz. Pedro foi informado da penhora e apresentou embargos de terceiro na
execução provando que o referido imóvel foi por ele adquirido. O juiz acolheu os
embargos e determinou o levantamento da penhora. A parte embargada não se
opôs a isso. Na sentença dos embargos, o juiz deverá condenar Pedro a pagar
honorários advocatícios em favor da parte embargada. STJ. 1ª Seção. REsp
1452840-SP, Rel. Min. Herman Benjamin, julgado em 14/9/2016 (recurso
repetitivo) (Info 591)

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Competência do juiz da execução para fixação do


calendário prévio de saídas temporárias
Direito Processual Penal Execução penal Saída temporária
Origem: STJ

Competência do juiz da execução para fixação do calendário prévio de saídas


temporárias O calendário prévio das saídas temporárias deverá ser fixado,
obrigatoriamente, pelo Juízo das Execuções, não se lhe permitindo delegar à
autoridade prisional a escolha das datas específicas nas quais o apenado irá
usufruir os benefícios. STJ. 3ª Seção. REsp 1544036-RJ, Rel. Min. Rogerio
Schietti Cruz, julgado em 14/9/2016 (recurso repetitivo) (Info 590).

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Possibilidade de fixação de calendário anual de saídas


temporárias por ato judicial único
Direito Processual Penal Execução penal Saída temporária
Origem: STJ

Possibilidade de fixação de calendário anual de saídas temporárias por ato


judicial único É recomendável que cada autorização de saída temporária do
preso seja precedida de decisão judicial motivada. Entretanto, se a apreciação
individual do pedido estiver, por deficiência exclusiva do aparato estatal, a
interferir no direito subjetivo do apenado e no escopo ressocializador da pena,
deve ser reconhecida, excepcionalmente, a possibilidade de fixação de
calendário anual de saídas temporárias por ato judicial único, observadas as
hipóteses de revogação automática do art. 125 da LEP. STJ. 3ª Seção. REsp
1544036-RJ, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 14/9/2016 (recurso
repetitivo) (Info 590).

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Prazo mínimo entre saídas temporárias


Direito Processual Penal Execução penal Saída temporária
Origem: STJ

Prazo mínimo entre saídas temporárias As autorizações de saída temporária


para visita à família e para participação em atividades que concorram para o
retorno ao convívio social, se limitadas a cinco vezes durante o ano, deverão
observar o prazo mínimo de 45 dias de intervalo entre uma e outra. Na hipótese
de maior número de saídas temporárias de curta duração, já intercaladas
durante os doze meses do ano e muitas vezes sem pernoite, não se exige o
intervalo previsto no art. 124, § 3º, da LEP. STJ. 3ª Seção. REsp 1544036-RJ,
Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 14/9/2016 (recurso repetitivo) (Info
590).

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Possibilidade de concessão de mais de cinco saídas


temporárias por ano
Direito Processual Penal Execução penal Saída temporária
Origem: STJ
Possibilidade de concessão de mais de cinco saídas temporárias por ano
Respeitado o limite anual de 35 dias, estabelecido pelo art. 124 da LEP, é
cabível a concessão de maior número de autorizações de curta duração. STJ. 3ª
Seção. REsp 1544036-RJ, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 14/9/2016
(recurso repetitivo) (Info 590).

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Prazo prescricional da pretensão condenatória


decorrente de nulidade de cláusula de reajuste de plano
ou seguro de assistência à saúde
Direito do Consumidor Proteção contratual Plano de saúde
Origem: STJ

Em caso de pretensão de nulidade de cláusula de reajuste prevista em contrato


de plano ou seguro de assistência à saúde ainda vigente, com a consequente
repetição do indébito, a ação ajuizada está fundada no enriquecimento sem
causa e, por isso, o prazo prescricional é trienal, nos termos do art. 206, § 3º, IV,
do Código Civil. Em outras palavras, se o usuário do plano de saúde (ou do
seguro-saúde), ainda com o contrato em vigor, pretende declarar a nulidade da
cláusula de reajuste e obter a devolução dos valores pagos a mais, o prazo
prescricional para isso é de 3 anos. No Código Civil passado, não havia uma
previsão como a do art. 206, § 3º, IV, do CC/2002. O art. 177 do CC/1916
afirmava que, se para a situação concreta não houvesse prazo prescricional
expressamente previsto na lei, deveria ser aplicado o prazo de 20 anos caso a
ação versasse sobre direitos pessoais. Logo, se o fato ocorreu na vigência do
CC/1916, o prazo prescricional aplicável é de 20 anos. Resumindo, foi fixada a
seguinte tese: Na vigência dos contratos de plano ou de seguro de assistência à
saúde, a pretensão condenatória decorrente da declaração de nulidade de
cláusula de reajuste nele prevista prescreve em 20 anos (art. 177 do CC/1916)
ou em 3 anos (art. 206, § 3º, IV, do CC/2002), observada a regra de transição do
art. 2.028 do CC/2002. STJ. 2ª Seção. REsp 1361182-RS, Rel. Min. Marco
Buzzi, Rel. para acórdão Min. Marco Aurélio Bellizze, julgado em 10/8/2016
(recurso repetitivo) (Info 590).

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As cotas de fundo de investimento não são consideradas


dinheiro para os fins do art. 835, I, do CPC. Recusa de
nomeação à penhora de cotas de fundo de investimento
Direito Processual Civil Execução Penhora
Origem: STJ

A cota de fundo de investimento não se subsume à ordem de preferência legal


disposta no inciso I do art. 835 do CPC/2015 (art. 655 do CPC/1973). Em outras
palavras, as cotas de fundo de investimento não podem ser consideradas como
dinheiro aplicado em instituição financeira. STJ. 2ª Seção. REsp 1.388.642-SP,
Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze, julgado em 3/8/2016 (recurso repetitivo) (Info
589). Em uma execução contra um banco, o magistrado determinou a penhora
de dinheiro constante de suas agências bancárias para pagamento do credor e
negou a nomeação que havia sido feita pelo banco para que a penhora recaísse
sobre cotas de fundo de investimento. O STJ decidiu que: A recusa da
nomeação à penhora de cotas de fundo de investimento, reputada legítima a
partir das particularidades de cada caso concreto, não encerra, em si, excessiva
onerosidade ao devedor, violação do recolhimento dos depósitos compulsórios e
voluntários do Banco Central do Brasil ou afronta à impenhorabilidade das
reservas obrigatórias. STJ. 2ª Seção. REsp 1388642-SP, Rel. Min. Marco Aurélio
Bellizze, julgado em 3/8/2016 (recurso repetitivo) (Info 589).

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Prazo prescricional da pretensão de restituição de
comissão de corretagem ou de SATI
Direito do Consumidor Proteção contratual Compra de imóveis
Origem: STJ

Prescreve em 3 anos a pretensão do promitente-comprador de restituição dos


valores pagos a título de comissão de corretagem ou de serviço de assistência
técnico-imobiliária (SATI), ou atividade congênere (art. 206, § 3º, IV, CC). STJ. 2ª
Seção. REsp 1551956-SP, Rel. Min. Paulo de Tarso Sanseverino, julgado em
24/8/2016 (recurso repetitivo) (Info 589).

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Legitimidade passiva ad causam de incorporadora


imobiliária em demanda que objetiva restituição de
comissão de corretagem e de SATI
Direito do Consumidor Proteção contratual Compra de imóveis
Origem: STJ

Tem legitimidade passiva "ad causam" a incorporadora, na condição de


promitente-vendedora, para responder a demanda em que é pleiteada pelo
promitente-comprador a restituição dos valores pagos a título de comissão de
corretagem e de taxa de assessoria técnico-imobiliária, alegando-se prática
abusiva na transferência desses encargos ao consumidor. STJ. 2ª Seção. REsp
1551968-SP, Rel. Min. Paulo de Tarso Sanseverino, julgado em 24/8/2016
(recurso repetitivo) (Info 589).

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Abusividade de cobrança de SATI ao consumidor pelo
promitente-vendedor de imóvel
Direito do Consumidor Proteção contratual Compra de imóveis
Origem: STJ

É abusiva a cobrança pelo promitente-vendedor do serviço de assessoria


técnico-imobiliária (SATI), ou atividade congênere, vinculado à celebração de
promessa de compra e venda de imóvel. STJ. 2ª Seção. REsp 1599511-SP, Rel.
Min. Paulo de Tarso Sanseverino, julgado em 24/8/2016 (recurso repetitivo) (Info
589).

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Validade do repasse da comissão de corretagem ao


consumidor pela incorporadora imobiliária

Direito do Consumidor Proteção contratual Compra de imóveis


Origem: STJ

É válida a cláusula contratual que transfere ao promitente-comprador a


obrigação de pagar a comissão de corretagem nos contratos de promessa de
compra e venda de unidade autônoma em regime de incorporação imobiliária,
desde que previamente informado o preço total da aquisição da unidade
autônoma, com o destaque do valor da comissão de corretagem. STJ. 2ª Seção.
REsp 1599511-SP, Rel. Min. Paulo de Tarso Sanseverino, julgado em 24/8/2016
(recurso repetitivo) (Info 589).
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Termo inicial do prazo prescricional para cobrança de


IPVA
Direito Tributário ICMS e outros impostos estaduais IPVA
Origem: STJ

O Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) é lançado de


ofício no início de cada exercício e constituído definitivamente com a
cientificação do contribuinte para o recolhimento da exação, a qual pode ser
realizada por qualquer meio idôneo, como o envio de carnê ou a publicação de
calendário de pagamento, com instruções para a sua efetivação. A notificação do
contribuinte para o recolhimento do IPVA perfectibiliza a constituição definitiva do
crédito tributário, iniciando-se o prazo prescricional para a execução fiscal no dia
seguinte à data estipulada para o vencimento da exação. STJ. 1ª Seção. REsp
1320825-RJ, Rel. Min. Gurgel de Faria, julgado em 10/8/2016 (recurso repetitivo)
(Info 588).

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Tráfico privilegiado não é hediondo (cancelamento da


Súmula 512-STJ)
Direito Penal Lei de Drogas (Lei 11.343/2006) Geral
Origem: STF e STJ

O chamado "tráfico privilegiado", previsto no § 4º do art. 33 da Lei nº


11.343/2006 (Lei de Drogas), não deve ser considerado crime equiparado a
hediondo. STF. Plenário. HC 118533/MS, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em
23/6/2016 (Info 831). O tráfico ilícito de drogas na sua forma privilegiada (art. 33,
§ 4º, da Lei nº 11.343/2006) não é crime equiparado a hediondo e, por
conseguinte, deve ser cancelado o Enunciado 512 da Súmula do Superior
Tribunal de Justiça. STJ. 3ª Seção. Pet 11796-DF, Rel. Min. Maria Thereza de
Assis Moura, julgado em 23/11/2016 (recurso repetitivo) (Info 595). O que dizia a
Súmula 512-STJ: "A aplicação da causa de diminuição de pena prevista no art.
33, § 4º, da Lei n. 11.343/2006 não afasta a hediondez do crime de tráfico de
drogas."

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Tráfico privilegiado não é hediondo (cancelamento da


Súmula 512-STJ)
Direito Penal Lei de Drogas (Lei 11.343/2006) Geral
Origem: STF e STJ

O chamado "tráfico privilegiado", previsto no § 4º do art. 33 da Lei nº


11.343/2006 (Lei de Drogas), não deve ser considerado crime equiparado a
hediondo. STF. Plenário. HC 118533/MS, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em
23/6/2016 (Info 831). O tráfico ilícito de drogas na sua forma privilegiada (art. 33,
§ 4º, da Lei nº 11.343/2006) não é crime equiparado a hediondo e, por
conseguinte, deve ser cancelado o Enunciado 512 da Súmula do Superior
Tribunal de Justiça. STJ. 3ª Seção. Pet 11796-DF, Rel. Min. Maria Thereza de
Assis Moura, julgado em 23/11/2016 (recurso repetitivo) (Info 595). O que dizia a
Súmula 512-STJ: "A aplicação da causa de diminuição de pena prevista no art.
33, § 4º, da Lei n. 11.343/2006 não afasta a hediondez do crime de tráfico de
drogas."

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Concessão de benefício de prestação programada e
continuada e necessidade de cessação do vínculo do
participante com o ente federado patrocinador
Direito Previdenciário Previdência privada Geral
Origem: STJ

Nos planos de benefícios de previdência privada patrocinados pelos entes


federados – inclusive suas autarquias, fundações, sociedades de economia
mista e empresas controladas direta ou indiretamente -, para se tornar elegível a
um benefício de prestação que seja programada e continuada, é necessário que
o participante previamente cesse o vínculo laboral com o patrocinador, sobretudo
a partir da vigência da Lei Complementar nº 108/2001, independentemente das
disposições estatutárias e regulamentares. STJ. 2ª Seção. REsp 1433544-SE,
Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 9/11/2016 (recurso repetitivo) (Info
594).

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Valores computados como receitas que tenham sido


transferidos para outras pessoas jurídicas integram a
base de cálculo do PIS/PASEP e COFINS
Direito Tributário Contribuições PIS/COFINS
Origem: STJ

O artigo 3º, § 2º, III, da Lei nº 9.718/98 não teve eficácia jurídica, de modo que
integram o faturamento e também o conceito maior de receita bruta, base de
cálculo das contribuições ao PIS/PASEP e COFINS, os valores que, computados
como receita, tenham sido transferidos para outra pessoa jurídica. STJ. 1ª
Seção. REsp 1144469-PR, Rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho, Rel. para
acórdão Min. Mauro Campbell Marques, julgado em 10/8/2016 (recurso
repetitivo) (Info 594).

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Piso salarial nacional para os professores da educação


básica e reflexos na carreira e nas demais verbas
recebidas por tais profissionais
Direito Administrativo Servidores públicos Remuneração
Origem: STJ

A Lei nº 11.738/2008, em seu art. 2º, § 1º, ordena que o vencimento inicial das
carreiras do magistério público da educação básica deve corresponder ao piso
salarial profissional nacional, sendo vedada a fixação do vencimento básico em
valor inferior, não havendo determinação de incidência automática em toda a
carreira e reflexo imediato sobre as demais vantagens e gratificações, o que
somente ocorrerá se estas determinações estiverem previstas nas legislações
locais. STJ. 1ª Seção. REsp 1426210-RS, Rel. Min. Gurgel de Faria, julgado em
23/11/2016 (recurso repetitivo) (Info 594).

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Tutela antecipada (tutela provisória) e devolução de


benefício previdenciário complementar
Direito Previdenciário Previdência privada Geral
Origem: STJ
Os valores de benefícios previdenciários complementares recebidos por força de
tutela antecipada posteriormente revogada devem ser devolvidos, observando-
se, no caso de desconto em folha de pagamento, o limite de 10% (dez por cento)
da renda mensal do benefício previdenciário até a satisfação integral do valor a
ser restituído. STJ. 3ª Turma. REsp 1555853-RS, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas
Cueva, julgado em 10/11/2015 (Info 573). STJ. 2ª Seção. REsp 1548749-RS,
Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 13/4/2016 (Info 584).

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Impossibilidade de concessão de verba não prevista no


regulamento
Direito Previdenciário Previdência privada Geral
Origem: STJ

Nos planos de benefícios de previdência privada fechada, patrocinados pelos


entes federados — inclusive suas autarquias, fundações, sociedades de
economia mista e empresas controladas direta ou indiretamente —, é vedado o
repasse de abono e vantagens de qualquer natureza para os benefícios em
manutenção, sobretudo a partir da vigência da LC 108/2001, independentemente
das disposições estatutárias e regulamentares. Não é possível a concessão de
verba não prevista no regulamento do plano de benefícios de previdência
privada, pois a previdência complementar tem por pilar o sistema de
capitalização, que pressupõe a acumulação de reservas para assegurar o
custeio dos benefícios contratados, em um período de longo prazo. STJ. 2ª
Seção. REsp 1425326-RS, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 28/5/2014
(recurso repetitivo) (Info 541).

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Benefícios previdenciários recebidos indevidamente
podem ser inscritos em dívida ativa?
Direito Previdenciário Processo administrativo e judicial previdenciário Geral
Origem: STJ

A jurisprudência entendia que não. Nesse sentido: Não é possível a inscrição em


dívida ativa de valor correspondente a benefício previdenciário indevidamente
recebido e não devolvido ao INSS. STJ. 1ª Seção. REsp 1350804-PR, Rel. Min.
Mauro Campbell Marques, julgado em 12/6/2013 (recurso repetitivo) (Info 522).
Ocorre que foi editada a Lei nº 13.494/2017 que acrescentou o § 3º ao art. 115
da Lei nº 8.213/91 prevendo expressamente a possibilidade de inscrição em
dívida ativa do valor correspondente a benefício previdenciário ou assistencial
indevidamente recebido e não devolvido ao INSS.

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Devolução dos benefícios previdenciários recebidos por


decisão judicial reformada
Direito Previdenciário Processo administrativo e judicial previdenciário Geral
Origem: STJ

A reforma da decisão que antecipa a tutela obriga o autor da ação a devolver os


benefícios previdenciários indevidamente recebidos. STJ. 1ª Seção. REsp
1401560-MT, Rel. Min. Sérgio Kukina, Rel. para acórdão Min. Ari Pargendler,
julgado em 12/2/2014 (recurso repetitivo) (Info 570).

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Necessidade de prévio requerimento administrativo
Direito Previdenciário Processo administrativo e judicial previdenciário Geral
Origem: STJ

Em regra, o segurado/dependente somente pode propor a ação pleiteando a


concessão do benefício previdenciário se anteriormente formulou requerimento
administrativo junto ao INSS e este foi negado. Assim, para que se proponha a
ação pleiteando a concessão do benefício previdenciário, é preciso que, antes,
tenha ocorrido uma das três situações abaixo: 1) o interessado requereu
administrativamente o benefício, mas este foi negado pelo INSS (total ou
parcialmente); 2) o interessado requereu administrativamente o benefício, mas o
INSS não deu uma decisão em um prazo máximo de 45 dias; 3) o interessado
não requereu administrativamente o benefício, mas é notório que, sobre esse
tema, o INSS tem posição contrária ao pedido feito pelo segurado. STF. Plenário.
RE 631240/MG, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 27/8/2014 (repercussão
geral) (Info 756). STJ. 1ª Seção. REsp 1369834-SP, Rel. Min. Benedito
Gonçalves, julgado em 24/9/2014 (recurso repetitivo) (Info 553).

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Aplicação do art. 34 do Estatuto do Idoso ao benefício


requerido por pessoa com deficiência
Direito Previdenciário Benefício de prestação continuada Geral
Origem: STJ

Aplica-se o parágrafo único do art. 34 do Estatuto do Idoso (Lei nº 10.741/2003),


por analogia, a pedido de benefício assistencial feito por pessoa com deficiência
a fim de que benefício previdenciário recebido por idoso, no valor de um salário
mínimo, não seja computado no cálculo da renda per capita prevista no art. 20, §
3º, da Lei nº 8.742/93. STJ. 1ª Seção. REsp 1355052-SP, Rel. Min. Benedito
Gonçalves, julgado em 25/2/2015 (recurso repetitivo) (Info 572).

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Pensão por morte e filho universitário maior que 21 anos


Direito Previdenciário Pensão por morte Geral
Origem: STJ

O filho maior de 21 anos, ainda que esteja cursando o ensino superior, não tem
direito à pensão por morte, ressalvadas as hipóteses de invalidez ou deficiência
mental ou intelectual previstas no art. 16, I, da Lei 8.213/1991. STJ. 1ª Seção.
REsp 1369832-SP, Rel. Min. Arnaldo Esteves Lima, julgado em 12/6/2013
(recurso repetitivo) (Info 524).

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Limites de ruído: Decreto 4.882/2003


Direito Previdenciário Aposentadoria Aposentadoria especial
Origem: STJ

O Decreto 4.882/2003 reduziu de 90dB para 85dB o nível máximo de ruídos a


que o trabalhador pode estar submetido no seu trabalho. Se ele trabalhar
durante 25 anos acima desse nível de ruído, terá direito à aposentadoria
especial. Mesmo o Decreto 4.882/2003 sendo favorável ao trabalhador por ter
reduzido o limite de ruído, ele não pode retroagir para alcançar situações
ocorridas antes de sua vigência. Assim, o limite de tolerância para configuração
da especialidade do tempo de serviço para o agente ruído deve ser de 90 dB no
período de 6/3/1997 a 18/11/2003, sendo impossível aplicação retroativa do
Decreto 4.882/2003, que reduziu o patamar para 85 dB, sob pena de ofensa ao
art. 6º da LINDB. A partir de quantos decibéis o ruído é considerado atividade
especial? • Antes do Decreto 2.171/97 (até 05/03/1997): acima de 80 decibéis. •
Depois do Decreto 2.171/97 e antes do Decreto 4.882/2003 (de 06/03/1997 até
18/11/2003): acima de 90 decibéis. • A partir do Decreto 4.882/2003 (de
19/11/2003 até hoje): acima de 85 decibéis. STJ. 1ª Seção. REsp 1398260-PR,
Rel. Min. Herman Benjamin, julgado em 14/5/2014 (recurso repetitivo) (Info 541).

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Aposentadoria por invalidez concedida pela via judicial e


data de início do benefício
Direito Previdenciário Aposentadoria Aposentadoria por invalidez
Origem: STJ

Caso o segurado proponha ação judicial para obter aposentadoria por invalidez
sem ter requerido o benefício administrativamente junto ao INSS, se o juiz julgar
procedente o pedido, deverá conceder a aposentadoria de forma retroativa à
data da citação. Para o STJ, a citação válida informa o litígio, constitui em mora a
autarquia previdenciária federal e deve ser considerada como termo inicial para a
implantação da aposentadoria por invalidez concedida na via judicial quando
ausente a prévia postulação administrativa. STJ. 1ª Seção. REsp 1369165-SP,
Rel. Min. Benedito Gonçalves, julgado em 26/2/2014 (recurso repetitivo) (Info
536).

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Cálculo da aposentadoria por invalidez decorrente da
conversão de auxílio-doença
Direito Previdenciário Aposentadoria Aposentadoria por invalidez
Origem: STJ

A aposentadoria por invalidez decorrente da conversão de auxílio-doença, sem


retorno do segurado ao trabalho, será apurada na forma estabelecida no art. 36,
§ 7º, do Decreto 3.048/1999. Art. 36 (...) § 7º A renda mensal inicial da
aposentadoria por invalidez concedida por transformação de auxílio-doença será
de cem por cento do salário-de-benefício que serviu de base para o cálculo da
renda mensal inicial do auxílio doença, reajustado pelos mesmos índices de
correção dos benefícios em geral. STJ. 1ª Seção. REsp 1410433-MG, Rel. Min.
Arnaldo Esteves Lima, julgado em 11/12/2013 (recurso repetitivo) (Info 533).

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Requisitos para aposentadoria rural por idade prevista no


art. 143 da Lei nº 8.213/91
Direito Previdenciário Aposentadoria Aposentadoria rural
Origem: STJ

O segurado especial tem que estar laborando no campo quando completar a


idade mínima para ter direito à aposentadoria por idade rural prevista no art. 143
da Lei nº 8.213/1991, momento em que poderá requerer seu benefício. Fica
ressalvada a hipótese do direito adquirido em que o segurado especial
preencheu ambos os requisitos de forma concomitante, mas não requereu o
benefício. STJ. 1ª Seção. REsp 1354908-SP, Rel. Min. Mauro Campbell
Marques, julgado em 9/9/2015 (Info 576).

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Extinção de processo por ausência de início de prova
material de atividade rural e possibilidade de ajuizamento
de nova demanda
Direito Previdenciário Aposentadoria Aposentadoria rural
Origem: STJ

Se a petição inicial de ação em que se postula a aposentadoria rural por idade


não for instruída com documentos que demonstrem início de prova material
quanto ao exercício de atividade rural, o processo deve ser extinto sem
resolução de mérito por falta de pressuposto de constituição e desenvolvimento
válido do processo (art. 485, IV, do CPC/2015). Isso significa que o segurado
poderá ajuizar nova ação caso reúna os elementos necessários a essa iniciativa
(art. 486, § 1º). STJ. Corte Especial. REsp 1352721-SP, Rel. Min. Napoleão
Nunes Maia Filho, julgado em 16/12/2015 (recurso repetitivo) (Info 581).

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Pode ser concedida mesmo que integrante da família


exerça atividade incompatível
Direito Previdenciário Aposentadoria Aposentadoria rural
Origem: STJ

O fato de um dos integrantes da família exercer atividade incompatível com o


regime de economia familiar não descaracteriza, por si só, a condição de
segurado especial dos demais componentes. STJ. 1ª Seção. REsp 1304479-SP,
Rel. Min. Herman Benjamin, julgado em 10/10/2012 (recurso repetitivo).
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Prova exclusivamente testemunhal não é suficiente


Direito Previdenciário Aposentadoria Aposentadoria rural
Origem: STJ

A prova exclusivamente testemunhal é insuficiente para comprovação da


atividade laborativa do trabalhador rural “boia-fria”, sendo indispensável que ela
venha corroborada por razoável início de prova material, conforme exige o art.
55, § 3º, da Lei nº 8.213/1991. STJ. 1ª Seção. REsp 1321493-PR, Rel. Min.
Herman Benjamin, julgado em 10/10/2012 (recurso repetitivo).

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Incidência de PIS e COFINS em juros sobre capital


próprio
Direito Tributário Contribuições PIS/COFINS
Origem: STJ

Não são dedutíveis da base de cálculo das contribuições ao PIS e COFINS o


valor destinado aos acionistas a título de juros sobre o capital próprio, na
vigência da Lei nº 10.637/2002 e da Lei nº 10.833/2003. Não é possível
classificar os juros sobre capital próprio como sendo “lucros e dividendos” em
razão de possuírem diferenças jurídicas. Logo, não se pode excluir da base de
cálculo do PIS e da COFINS os JCP (juros sobre capital próprio) invocando o art.
1º, §3º, V, "b", da Lei nº 10.637/2002 e o mesmo dispositivo da Lei nº
10.833/2003, considerando que eles tratam apenas de "lucros e dividendos".
STJ. 1ª Seção. REsp 1200492-RS, Rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho, Rel.
para acórdão Min. Mauro Campbell Marques, julgado em 14/10/2015 (recurso
repetitivo)(Info 577).

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Inclusão do ISSQN no conceito de receita ou faturamento


para fins de incidência de PIS/COFINS
Direito Tributário Contribuições PIS/COFINS
Origem: STJ

O valor suportado (pago) pelo beneficiário do serviço, nele incluindo a quantia


referente ao ISSQN, compõe o conceito de receita ou faturamento para fins de
adequação à hipótese de incidência da Contribuição para o PIS e COFINS.
Assim, o valor do ISSQN integra o conceito de receita bruta, assim entendida
como a totalidade das receitas auferidas com o exercício da atividade
econômica, de modo que não pode ser dedutível da base de cálculo do PIS e da
COFINS. STJ. 1ª Seção. REsp 1330737-SP, Rel. Min. Og Fernandes, julgado em
10/6/2015 (recurso repetitivo) (Info 581).

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Aumento da alíquota da COFINS e sociedades corretoras


de seguros
Direito Tributário Contribuições COFINS
Origem: STJ

Não cabe confundir as "sociedades corretoras de seguros" com as "sociedades


corretoras de valores mobiliários" (regidas pela Resolução BACEN n. 1.655/89)
ou com os "agentes autônomos de seguros privados" (representantes das
seguradoras por contrato de agência). As "sociedades corretoras de seguros"
estão fora do rol de entidades constantes do art. 22, § 1º, da Lei nº 8.212/91.
Assim, o aumento de 3% para 4% da alíquota da COFINS promovido pelo art. 18
da Lei nº 10.684/2003 não alcança as sociedades corretoras de seguros. STJ. 1ª
Seção. REsp 1400287-RS, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, julgado em
22/4/2015 (recurso repetitivo) (Info 572). STJ. 1ª Seção. REsp 1391092-SC, Rel.
Min. Mauro Campbell Marques, Primeira Seção, julgado em 22/4/2015 (recurso
repetitivo) (Info 576).

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Isenção da COFINS nas mensalidades pagas pelos


alunos de instituições de ensino sem fins lucrativos
Direito Tributário Contribuições COFINS
Origem: STJ

A MP 1.858/99 (atual MP 2.158-35/2001) determinou que são isentas da


COFINS as receitas relativas às atividades próprias das instituições de ensino
sem fins lucrativos. Ocorre que a Receita Federal editou IN/SRF nº 247/2002
afirmando que as receitas auferidas com as mensalidades recebidas pelas
instituições de ensino sem fins lucrativos não estariam isentas de COFINS por
não se enquadrarem no conceito de "atividades próprias" das referidas
instituições. O STJ considerou ilegal essa previsão da IN e firmou a seguinte
tese: As receitas auferidas a título de mensalidades dos alunos de instituições de
ensino sem fins lucrativos são decorrentes de "atividades próprias da entidade",
conforme o exige a isenção estabelecida no art. 14, X, da MP 1.858/99 (atual MP
2.158-35/2001), sendo flagrante a ilicitude do art. 47, § 2º, da IN/SRF nº
247/2002, nessa extensão. STJ. 1ª Seção. REsp 1353111-RS, Rel. Min. Mauro
Campbell Marques, julgado em 23/9/2015 (recurso repetitivo) (Info 574).
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Produtos importados estão sujeitos à nova incidência de


IPI na operação de revenda
Direito Tributário Impostos federais Imposto sobre produtos industrializados
Origem: STJ

Houve importação do produto de procedência estrangeira e, no momento do


desembaraço, ocorreu a incidência do IPI. Será possível nova cobrança do
tributo quando ele sair do estabelecimento do importador para ser vendido? SIM.
Os produtos importados estão sujeitos a uma nova incidência do IPI quando de
sua saída do estabelecimento importador na operação de revenda, mesmo que
não tenham sofrido industrialização no Brasil. STJ. Corte Especial. EREsp
1403532-SC, Rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho, Rel. para o acórdão Min.
Mauro Campbell Marques, Corte Especial, julgado em 14/10/2015 (recurso
repetitivo) (Info 574).

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Incidência de IR sobre adicional de 1/3 de férias gozadas


Direito Tributário Impostos federais Imposto de renda
Origem: STJ

Incide imposto de renda sobre o adicional de 1/3 (um terço) de férias gozadas.
Essa verba tem natureza remuneratória (e não indenizatória) e configura
acréscimo patrimonial. STJ. 1ª Seção. REsp 1459779-MA, Rel. para acórdão
Min. Benedito Gonçalves, julgado em 22/04/2015 (recurso repetitivo) (Info 573).
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Constituição do crédito tributário com base em confissão


de dívida
Direito Tributário Temas diversos Geral
Origem: STJ

Não é possível a constituição de crédito tributário com base em documento de


confissão de dívida tributária apresentado, para fins de parcelamento, após o
prazo decadencial previsto no art. 173, I, do CTN. STJ. 1ª Seção. REsp
1355947–SP, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, julgado em 12/6/2013
(recurso repetitivo)(Info 522).

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Tarifa de esgotamento sanitário


Direito Tributário Temas diversos Geral
Origem: STJ

A concessionária de água e esgoto pode cobrar “tarifa de esgotamento sanitário”


mesmo na hipótese em que realiza apenas a coleta e o transporte dos dejetos
sanitários, sem fazer o tratamento final dos efluentes. Assim, é legal a cobrança
de tarifa de esgoto na hipótese em que a concessionária realize apenas uma —
e não todas — das quatro etapas em que se desdobra o serviço de esgotamento
sanitário (a coleta, o transporte, o tratamento e a disposição final de dejetos).
STJ. 2ª Turma. REsp 1330195-RJ, Rel. Min. Castro Meira, julgado em 6/12/2012
(Info 514). STJ. 1ª Seção. REsp 1339313-RJ, Rel. Min. Benedito Gonçalves,
julgado em 12/6/2013 (recurso repetitivo) (Info 530).
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Resumo das consequências decorrentes da prática de


falta grave
Direito Processual Penal Execução penal Prática de falta grave
Origem: STJ

Consequências decorrentes da prática de falta grave: • Progressão: a prática de


falta grave interrompe o prazo para a progressão de regime, acarretando a
modificação da data-base e o início de nova contagem do lapso necessário para
o preenchimento do requisito objetivo. • Livramento condicional: a falta grave não
interrompe o prazo para obtenção de livramento condicional (Súmula 441-STJ). •
Indulto e comutação de pena: o cometimento de falta grave não interrompe
automaticamente o prazo para o deferimento do indulto ou da comutação de
pena. A concessão desses benefícios deverá obedecer aos requisitos previstos
no decreto presidencial pelo qual foram instituídos. STJ. 3ª Seção. REsp
1364192-RS, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, julgado em 12/2/2014 (recurso
repetitivo) (Info 546).

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Súmula 345-STJ
Súmulas do STF e STJ por assunto Direito processual civil Honorários advocáticos e despesas
processuais
Origem: STJ

Súmula 345-STJ: São devidos honorários advocatícios pela Fazenda Pública nas
execuções individuais de sentença proferida em ações coletivas, ainda que não
embargadas. • Aprovada em 07/11/2007, DJ 28/11/2007. • Válida. • O STJ,
contudo, entende que a súmula continua válida mesmo após o CPC/2015.
Confira: "O art. 85, § 7º, do CPC/2015 não afasta a aplicação do entendimento
consolidado na Súmula 345 do STJ, de modo que são devidos honorários
advocatícios nos procedimentos individuais de cumprimento de sentença
decorrente de ação coletiva, ainda que não impugnados e promovidos em
litisconsócio." STJ. Corte Especial. REsp 1648238/RS, Rel. Min. Gurgel de Faria,
julgado em 20/06/2018 (recurso repetitivo).

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Revogação da suspensão condicional do processo


mesmo após o período de prova
Direito Processual Penal Outros temas Colaboração premiada
Origem: STJ

Se descumpridas as condições impostas durante o período de prova da


suspensão condicional do processo, o benefício poderá ser revogado, mesmo se
já ultrapassado o prazo legal, desde que referente a fato ocorrido durante sua
vigência. Exemplo: Rafael foi denunciado pela prática do crime de descaminho.
Como a pena mínima deste delito é igual a 1 ano, o MP, na denúncia, ofereceu
proposta de suspensão condicional do processo, que foi aceita pelo acusado em
05/05/2005 pelo período de prova de 2 anos (ou seja, até 05/05/2007). Em
05/02/2007, Rafael praticou lesão corporal e foi denunciado, em 05/04/2007. Em
05/06/2007, ou seja, após o período de prova, o juiz no momento em que ia
proferir a sentença extinguindo a punibilidade do réu, soube que ele foi
processado por outro delito. Tomando conhecimento do novo crime praticado por
Rafael, o juiz poderá revogar a suspensão concedida mesmo já tendo passado o
período de prova. STJ. 3ª Seção. REsp 1498034-RS, Rel. Min. Rogerio Schietti
Cruz, julgado em 25/11/2015 (recurso repetitivo) (Info 574).
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Imposição de obrigações equivalentes a sanções penais


como "outras condições" de que trata o art. 89, § 2º da
Lei nº 9.099/95
Direito Processual Penal Outros temas Suspensão condicional do processo
Origem: STJ

Não há óbice a que se estabeleçam, no prudente uso da faculdade judicial


disposta no art. 89, § 2º, da Lei nº 9.099/95, obrigações equivalentes, do ponto
de vista prático, a sanções penais (tais como a prestação de serviços
comunitários ou a prestação pecuniária), mas que, para os fins do sursis
processual, se apresentam tão somente como condições para sua incidência.
STJ. 3ª Seção. REsp 1498034-RS, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em
25/11/2015 (recurso repetitivo) (Info 574).

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Ação de exigir contas e não cabimento em caso de


contratos de mútuo e financiamento
Direito Processual Civil Procedimentos especiais Temas gerais
Origem: STJ

Nos contratos de mútuo e financiamento, o devedor não possui interesse de agir


para a ação de prestação de contas. STJ. 2ª Seção. REsp 1293558-PR, Rel.
Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 11/3/2015 (recurso repetitivo) (Info 558).
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Ação monitória e demonstrativo de débito atualizado


como requisito da petição inicial
Direito Processual Civil Procedimentos especiais Ação monitória
Origem: STJ

O CPC 1973 não traz os requisitos da petição inicial da ação monitória. Apesar
disso, a jurisprudência exige que a petição inicial da ação monitória na qual o
autor cobra do réu soma em dinheiro deve ser instruída com demonstrativo de
débito atualizado até a data do ajuizamento. O STJ entende que esse
documento é indispensável para que o devedor possa ter o conhecimento
detalhado da quantia que lhe está sendo cobrada, inclusive com a indicação dos
critérios, índices e taxas utilizados, a fim de que o devedor possa validamente
impugná-los nos embargos. O CPC 2015 já traz em seu texto os requisitos para
a petição inicial da ação monitória. Um deles é justamente a memória de cálculo
da dívida que esteja sendo cobrada. Desse modo, o entendimento do STJ acima
explicado foi incorporado pelo novo CPC (art. 700, § 2º, I). O que acontece se o
autor ajuizar a ação e não juntar esse demonstrativo (ou se o demonstrativo
estiver incompleto)? O juiz deverá intimá-lo para que corrija esse vício e traga
aos autos o demonstrativo atualizado. Qual é o prazo que o autor possui para
emendar a petição inicial? • 10 dias no CPC 1973 (art. 284); • 15 dias no CPC
2015 (art. 321). Outra novidade do CPC 2015 é que o juiz, ao determinar que o
autor emende ou complete a petição inicial, deverá indicar, com precisão, o que
deve ser corrigido ou completado. STJ. 2ª Seção. REsp 1154730-PE, Rel. Min.
João Otávio de Noronha, julgado em 8/4/2015 (recurso repetitivo) (Info 559).

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Termo a quo do prazo prescricional das execuções
individuais de sentença coletiva
Direito Processual Civil Processo coletivo Geral
Origem: STJ

O prazo prescricional para a execução individual é contado do trânsito em


julgado da sentença coletiva, sendo desnecessária a providência de que trata o
art. 94 da Lei nº 8.078/90 (CDC), ou seja, a publicação de editais convocando
eventuais beneficiários. STJ. 1ª Seção. REsp 1388000-PR, Rel. Min. Napoleão
Nunes Maia Filho, Rel. para acórdão Min. Og Fernandes, julgado em 26/8/2015
(recurso repetitivo) (Info 580).

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Termo inicial dos juros de mora na ACP


Direito Processual Civil Processo coletivo Geral
Origem: STJ

Os juros de mora incidem a partir da citação do devedor no processo de


CONHECIMENTO da ação civil pública quando esta se fundar em
responsabilidade contratual, cujo inadimplemento já produza a mora, salvo se a
mora já se configurou em momento anterior à citação. STJ. Corte Especial. REsp
1370899-SP, Rel. Min. Sidnei Beneti, julgado em 21/5/2014 (recurso repetitivo)
(Info 549).

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Prazo prescricional para ajuizamento da execução
individual de sentença proferida em ACP
Direito Processual Civil Processo coletivo Geral
Origem: STJ

O prazo para o ajuizamento da ação civil pública é de 5 anos, aplicando-se, por


analogia, o prazo da ação popular, considerando que as duas ações fazem parte
do mesmo microssistema de tutela dos direitos difusos. É também de 5 anos o
prazo prescricional para ajuizamento da execução individual em pedido de
cumprimento de sentença proferida em ACP. STJ. 2ª Seção. REsp 1273643-PR,
Rel. Min. Sidnei Beneti, julgado em 27/2/2013 (recurso repetitivo) (Info 515).

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Suspensão dos processos individuais enquanto se


aguarda o julgamento da ação coletiva
Direito Processual Civil Processo coletivo Geral
Origem: STJ

É possível determinar a suspensão do andamento de processos individuais até o


julgamento, no âmbito de ação coletiva, da questão jurídica de fundo neles
discutida. STJ. 1ª Seção. REsp 1353801-RS, Rel. Min. Mauro Campbell
Marques, julgado em 14/8/2013 (recurso repetitivo) (Info 527).

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Prazo prescricional para a execução fiscal de crédito


rural transferido à União
Direito Processual Civil Execução fiscal Geral
Origem: STJ

Qual é o prazo prescricional para que a União ajuíze execução fiscal cobrando
os créditos rurais que foram a ela transferidos pela MP 2.196-3/2001? • Crédito
rural cujo contrato foi celebrado sob a égide do CC-1916: 20 anos (prescrição
das ações pessoais — direito pessoal de crédito), a contar da data do
vencimento, consoante o disposto no art. 177 do CC-1916, para que dentro dele
(observado o disposto no art. 2º, § 3º, da LEF) sejam feitos a inscrição e o
ajuizamento da respectiva execução fiscal, sem embargo da norma de transição
prevista no art. 2.028 do CC/2002; • Crédito rural cujo contrato tenha sido
celebrado sob a égide do CC-2002: 5 anos (prescrição da pretensão para a
cobrança de dívidas líquidas constantes de instrumento público ou particular), a
contar da data do vencimento, consoante o disposto no art. 206, § 5º, I, do
CC/2002, para que dentro dele (observado o disposto no art. 2º, § 3º, da LEF)
sejam feitos a inscrição em dívida ativa e o ajuizamento da respectiva execução
fiscal. STJ. 1ª Seção. REsp 1373292-PE, Rel. Min. Mauro Campbell Marques,
julgado em 22/10/2014 (recurso repetitivo) (Info 565).

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Restrição de valor estabelecida pela Lei 12.514/2011 e


execuções anteriores
Direito Processual Civil Execução fiscal Cobrança de anuidades
Origem: STJ

As execuções ajuizadas ANTES da Lei 12.514/2011 devem continuar tramitando,


mesmo que sejam inferiores a quatro vezes o valor da anuidade. Para o STJ, o
art. 8° da Lei 12.514/2011, não pode ser aplicado às execuções fiscais propostas
antes da sua vigência. STJ. 1ª Seção. REsp 1404796-SP, Rel. Min. Mauro
Campbell Marques, julgado em 26/3/2014 (recurso repetitivo) (Info 538).

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Requisitos para a decretação de indisponibilidade de


bens e direitos (2)
Direito Processual Civil Execução fiscal Geral
Origem: STJ

Súmula 560-STJ: A decretação da indisponibilidade de bens e direitos, na forma


do art. 185-A do CTN, pressupõe o exaurimento das diligências na busca por
bens penhoráveis, o qual fica caracterizado quando infrutíferos o pedido de
constrição sobre ativos financeiros e a expedição de ofícios aos registros
públicos do domicílio do executado, ao Denatran ou Detran.

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Requisitos para a decretação de indisponibilidade de


bens e direitos
Direito Processual Civil Execução fiscal Geral
Origem: STJ

O art. 185-A do CTN prevê a possibilidade de ser decretada a indisponibilidade


dos bens e direitos do devedor tributário na execução fiscal. Vale ressaltar, no
entanto, que a indisponibilidade de que trata o art. 185-A do CTN só pode ser
decretada se forem preenchidos três requisitos: 1) deve ter havido prévia citação
do devedor; 2) o executado deve não ter pago a dívida nem apresentado bens à
penhora no prazo legal; 3) não terem sido localizados bens penhoráveis do
executado mesmo após a Fazenda Pública esgotar as diligências nesse sentido.
Obs.: para que a Fazenda Pública prove que esgotou todas as diligências na
tentativa de achar bens do devedor, basta que ela tenha adotado duas
providências: a) pedido de acionamento do Bacen Jud (penhora “on line”) e
consequente determinação pelo magistrado; b) expedição de ofícios aos
registros públicos do domicílio do executado e ao Departamento Nacional ou
Estadual de Trânsito — DENATRAN ou DETRAN. STJ. 1ª Seção. REsp
1377507-SP, Rel. Min. Og Fernandes, julgado em 26/11/2014 (recurso repetitivo)
(Info 552).

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Redirecionamento e execução de dívidas não-tributárias


Direito Processual Civil Execução fiscal Geral
Origem: STJ

Quando a sociedade empresária for dissolvida irregularmente, é possível o


redirecionamento da execução fiscal para o sócio-gerente da pessoa jurídica
executada mesmo que se trate de dívida ativa NÃO-TRIBUTÁRIA. Vale ressaltar
que, para que seja autorizado esse redirecionamento, não é preciso provar a
existência de dolo por parte do sócio. Assim, por exemplo, a Súmula 435 do STJ
pode ser aplicada tanto para execução fiscal de dívida ativa tributária como
também na cobrança de dívida ativa NÃO-TRIBUTÁRIA. No caso concreto, a
ANATEL estava executando créditos não-tributários que eram devidos por uma
rádio comunitária. Quando o Oficial de Justiça chegou até o endereço da
empresa constatou que ela não estava mais funcionando ali, estando
presumidamente extinta. Logo, caberá o redirecionamento da execução para o
sócio-gerente. STJ. 1ª Seção. REsp 1371128-RS, Rel. Min. Mauro Campbell
Marques, julgado em 10/9/2014 (recurso repetitivo) (Info 547).
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Emenda da inicial para fazer constar que a executada


encontra-se em falência
Direito Processual Civil Execução fiscal Geral
Origem: STJ

A constatação posterior ao ajuizamento da execução fiscal de que a pessoa


jurídica executada tivera sua falência decretada antes da propositura da ação
executiva não implica a extinção do processo sem resolução de mérito. Deve ser
dada a oportunidade de o exequente retificar a CDA, fazendo constar a
informação de que a parte devedora se encontra em estado falimentar, e
emendar a Inicial. STJ. 1ª Seção. REsp 1372243-SE, Rel. originário Min.
Napoleão Nunes Maia Filho, Rel. para acórdão Min. Og Fernandes, julgado em
11/12/2013 (recurso repetitivo) (Info 538).

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Advogado pode receber honorários por RPV mesmo que


o crédito da parte seja por precatório
Direito Processual Civil Execução Precatório
Origem: STF e STJ

Se a Fazenda Pública for condenada a pagar dinheiro, deverá o pagamento ser


feito, em regra, por meio de precatório. Se a quantia for considerada como de
“pequeno valor”, não haverá necessidade de precatório. É possível que a
execução de honorários advocatícios devidos pela Fazenda Pública se faça
mediante Requisição de Pequeno Valor (RPV) na hipótese em que os honorários
não excedam o valor limite a que se refere o art. 100, § 3º, da CF, ainda que o
crédito dito “principal” seja executado por meio do regime de precatórios. Em
outras palavras, é possível o fracionamento de precatório para pagamento de
honorários advocatícios. STF. Plenário. RE 564132/RS, red. p/ o acórdão Min.
Cármen Lúcia, julgado em 30/10/2014 (repercussão geral) (Info 765). STJ. 1ª
Seção. REsp 1347736-RS, Rel. Min. Castro Meira, Rel. para acórdão Min.
Herman Benjamin, julgado em 9/10/2013 (recurso repetitivo) (Info 539).

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Teses firmadas pelo STJ sobre fraude à execução


Direito Processual Civil Execução Fraude à execução
Origem: STJ

O STJ, apreciando o tema sob o regime do recurso repetitivo, firmou as


seguintes teses: 1) Em regra, para que haja fraude à execução, é indispensável
que tenha havido a citação válida do devedor. 2) Mesmo sem citação válida,
haverá fraude à execução se, quando o devedor alienou ou onerou o bem, o
credor já havia realizado a averbação da execução nos registros públicos (art.
615-A do CPC 1973 / art. 828 do CPC 2015). Presume-se em fraude de
execução a alienação ou oneração de bens realizada após essa averbação (§ 3º
do art. 615-A do CPC 1973 / § 4º do art. 828 do CPC 2015). 3) Persiste válida a
Súmula 375 do STJ, segundo a qual o reconhecimento da fraude de execução
depende do registro da penhora do bem alienado ou da prova de má-fé do
terceiro adquirente. 4) A presunção de boa-fé é princípio geral de direito
universalmente aceito, devendo ser respeitada a parêmia (ditado) milenar que
diz o seguinte: “a boa-fé se presume, a má-fé se prova”. 5) Assim, não havendo
registro da penhora na matrícula do imóvel, é do credor o ônus de provar que o
terceiro adquirente tinha conhecimento de demanda capaz de levar o alienante à
insolvência (art. 659, § 4º, do CPC 1973 / art. 844 do CPC 2015). STJ. Corte
Especial. REsp 956943-PR, Rel. originária Min. Nancy Andrighi, Rel. para
acórdão Min. João Otávio de Noronha, julgado em 20/8/2014 (recurso repetitivo)
(Info 552).
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Petição da impugnação ao cumprimento de sentença por


excesso de execução
Direito Processual Civil Execução Impugnação ao cumprimento de sentença
Origem: STJ

Se o devedor apresentar impugnação ao cumprimento de sentença alegando


que há excesso de execução e que o credor está pleiteando quantia superior à
que é devida, ele deverá apontar, na petição da impugnação, a parcela
incontroversa do débito, bem como as incorreções encontradas nos cálculos do
credor. Caso não faça isso, o juiz deverá rejeitar liminarmente a impugnação (§
2º do art. 475-L do CPC 1973) (§ 4º do art. 525 do CPC 2015), não sendo
permitido que o devedor faça a emenda da inicial da impugnação para corrigir
essa falha. STJ. Corte Especial. REsp 1387248-SC, Rel. Min. Paulo de Tarso
Sanseverino, julgado em 7/5/2014 (recurso repetitivo) (Info 540).

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A sentença, qualquer que seja sua natureza, pode ser


título executivo judicial, desde que estabeleça obrigação
certa e exigível
Direito Processual Civil Execução Noções gerais
Origem: STJ

A sentença, qualquer que seja sua natureza, de procedência ou improcedência


do pedido, constitui título executivo judicial, desde que estabeleça obrigação de
pagar quantia, de fazer, não fazer ou entregar coisa, admitida sua prévia
liquidação e execução nos próprios autos. STJ. Corte Especial. REsp 1324152-
SP, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 4/5/2016 (recurso repetitivo) (Info
585).

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Multa do art. 475-J, CPC 1973 (art. 523, § 1º, CPC 2015) em
cumprimento de sentença arbitral
Direito Processual Civil Execução Noções gerais
Origem: STJ

No âmbito do cumprimento de sentença arbitral condenatória de prestação


pecuniária, a multa de 10% (dez por cento) do artigo 475-J do CPC 1973 (art.
523, § 1º do CPC 2015) deverá incidir se o executado não proceder ao
pagamento espontâneo no prazo de 15 (quinze) dias contados da juntada do
mandado de citação devidamente cumprido aos autos (em caso de título
executivo contendo quantia líquida) ou da intimação do devedor, na pessoa de
seu advogado, mediante publicação na imprensa oficial (em havendo prévia
liquidação da obrigação certificada pelo juízo arbitral). STJ. Corte Especial. REsp
1102460-RJ, Rel. Min. Marco Buzzi, Corte Especial, julgado em 17/6/2015
(recurso repetitivo) (Info 569).

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Requisitos para a imposição da multa do art. 475-J do


CPC 1973 no caso de sentença ilíquida
Direito Processual Civil Execução Noções gerais
Origem: STJ
O art. 475-J do CPC 1973 (art. 523, § 1º do CPC 2015) prevê que o devedor será
intimado para pagar a quantia na qual ele foi condenado no prazo de 15 dias.
Caso não pague, o valor da condenação será acrescido de multa de 10%. A
liquidez da obrigação é pressuposto para o pedido de cumprimento de sentença.
Assim, essa multa do art. 475-J do CPC 1973 (art. 523, § 1º do CPC 2015) só
será imposta se a obrigação já estiver líquida, ou seja, se houver o valor certo
que o devedor deverá pagar. Se a sentença foi ilíquida, antes de intimar o
devedor para pagar sob pena da multa do art. 475-J do CPC 1973 (art. 523, § 1º
do CPC 2015), será necessário fazer a sua liquidação. Desse modo, para fins de
recurso especial repetitivo, o STJ fixou a seguinte tese: No caso de sentença
ilíquida, para a imposição da multa prevista no art. 475-J do CPC, revela-se
indispensável (i) a prévia liquidação da obrigação; e, após, o acertamento, (ii) a
intimação do devedor, na figura do seu Advogado, para pagar o quantum ao final
definido no prazo de 15 dias. Em outras palavras, somente após ter certeza do
valor devido (liquidação) é que se poderá intimar o devedor para pagar. Se ele,
mesmo depois de intimado, não quitar a dívida no prazo de 15 dias, aí sim
haverá a imposição da multa de 10% do art. 475-J do CPC 1973 (art. 523, § 1º
do CPC 2015). STJ. 2ª Seção. REsp 1147191-RS, Rel. Min. Napoleão Nunes
Maia Filho, julgado em 4/3/2015 (recurso repetitivo) (Info 560).

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Cabimento de honorários advocatícios em favor do


exequente na execução provisória
Direito Processual Civil Execução Execução provisória
Origem: STJ

Em execução provisória, descabe o arbitramento de honorários advocatícios em


benefício do exequente. Posteriormente, convertendo-se a execução provisória
em definitiva, após franquear ao devedor, com precedência, a possibilidade de
cumprir, voluntária e tempestivamente, a condenação imposta, deverá o
magistrado proceder ao arbitramento dos honorários advocatícios. STJ. Corte
Especial. REsp 1291736-PR, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em
20/11/2013 (recurso repetitivo) (Info 533). Penso que o entendimento acima é
alterado com o CPC 2015 (art. 85, § 1º e art. 520, § 2º).

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Sentença proferida na ação de complementação de


ações não precisa ser liquidada
Direito Processual Civil Liquidação de sentença Geral
Origem: STJ

O cumprimento de sentença condenatória de complementação de ações


dispensa, em regra, a fase de liquidação de sentença. Isso porque o
cumprimento dessa sentença depende apenas de informações disponíveis na
própria companhia ou em poder de terceiros, além de operações aritméticas
elementares. STJ. 2ª Seção. REsp 1387249-SC, Rel. Min. Paulo de Tarso
Sanseverino, julgado em 26/2/2014 (recurso repetitivo) (Info 536).

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Beneficiário da justiça gratuita tem direito de utilizar a


contadoria judicial
Direito Processual Civil Liquidação de sentença Geral
Origem: STJ

Se o credor for beneficiário da gratuidade da justiça, pode-se determinar a


elaboração dos cálculos pela contadoria judicial. STJ. 2ª Seção. REsp 1274466-
SC, Rel. Min. Paulo de Tarso Sanseverino, julgado em 14/5/2014 (recurso
repetitivo) (Info 541).

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Descabimento de honorários ao perito que elabora os


cálculos do credor
Direito Processual Civil Liquidação de sentença Geral
Origem: STJ

Na chamada “liquidação por cálculos do credor”, o exequente não pode transferir


para o executado o ônus que ele teve com o pagamento de honorários a um
perito para que este elaborasse a memória de cálculos. Para o STJ, na
liquidação por cálculos do credor, as operações aritméticas necessárias para se
chegar ao quantum debeatur são elementares (soma, subtração, divisão e
multiplicação). Por isso, não há necessidade de o credor contratar um
profissional para a sua elaboração. Essa memória de cálculos deverá ser
elaborada diretamente pela parte ou por seu advogado. Se o credor contratar um
expert para elaborar a planilha isso é um problema dele, ou seja, é um custo
extra que o credor decidiu assumir, não havendo previsão no CPC de que esse
ônus possa ser repassado ao devedor. STJ. 2ª Seção. REsp 1274466-SC, Rel.
Min. Paulo de Tarso Sanseverino, julgado em 14/5/2014 (recurso repetitivo) (Info
541).

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Ação cautelar de exibição de documentos bancários


Direito Processual Civil Processo cautelar Geral
Origem: STJ

A propositura de ação cautelar de exibição de documentos bancários (cópias e


segunda via de documentos) é cabível como medida preparatória a fim de
instruir a ação principal, bastando a demonstração da existência de relação
jurídica entre as partes, a comprovação de prévio pedido à instituição financeira
não atendido em prazo razoável, e o pagamento do custo do serviço conforme
previsão contratual e normatização da autoridade monetária. STJ. 2ª Seção.
REsp 1349453-MS, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, Segunda Seção, julgado em
10/12/2014 (recurso repetitivo) (Info 553).

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Embargos de declaração manifestamente protelatórios:


aplicação de multa e indenização
Direito Processual Civil Recursos Embargos de declaração
Origem: STJ

Em caso de embargos de declaração manifestamente protelatórios, é possível


aplicar a multa do art. 538, parágrafo único, do CPC 1973 (art. 1.026, § 2º do
CPC 2015), juntamente com a indenização prevista no art. 18, § 2º do CPC
1973. A multa prevista no art. 538, parágrafo único, do CPC 1973 (art. 1.026, §
2º do CPC 2015) tem caráter eminentemente administrativo — punindo conduta
que ofende a dignidade do tribunal e a função pública do processo —, sendo
possível sua cumulação com a sanção prevista nos arts. 17, VII, e 18, § 2º, do
CPC 1973 (arts. 80, VII e 81, § 3º), de natureza reparatória. STJ. Corte Especial.
REsp 1250739-PA, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 4/12/2013
(recurso repetitivo) (Info 541).

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São protelatórios os Embargos opostos contra acórdão
em harmonia com o STF/STJ
Direito Processual Civil Recursos Embargos de declaração
Origem: STJ

Caracterizam-se como protelatórios os embargos de declaração que visam


rediscutir matéria já apreciada e decidida pela Corte de origem em conformidade
com súmula do STJ ou STF ou, ainda, precedente julgado pelo rito dos recursos
repetitivos ou da repercussão geral. STJ. 2ª Seção. REsp 1410839-SC, Rel. Min.
Sidnei Beneti, julgado em 14/5/2014 (recurso repetitivo) (Info 541).

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Comprovação da tempestividade mediante apresentação


do termo de abertura de vista e remessa dos autos à
Fazenda Nacional
Direito Processual Civil Recursos Agravo
Origem: STJ

No agravo de instrumento, em regra, se o agravante não juntou a cópia de


certidão de intimação da decisão agravada, seu recurso não será conhecido em
virtude de esta certidão ser prevista como documento obrigatório (art. 525, I, do
CPC 1973 / art. 1.017, I, do CPC 2015). A Lei exige esse documento para que o
Tribunal possa saber quando a parte foi intimada e, assim, ter certeza que o
recurso foi interposto tempestivamente. Exceção: é possível dispensar a certidão
de intimação se existirem outros meios para se aferir a tempestividade do
recurso. O termo de abertura de vista e remessa dos autos à Fazenda Nacional
substitui, para efeito de demonstração da tempestividade do agravo de
instrumento por ela interposto, a apresentação de certidão de intimação da
decisão agravada (art. 525, I, do CPC 1973 / art. 1.017, I, do CPC 2015). STJ.
Corte Especial. REsp 1383500-SP, Rel. Min. Benedito Gonçalves, julgado em
17/2/2016 (recurso repetitivo) (Info 577).

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Recurso adesivo para majorar quantia indenizatória


decorrente de dano moral
Direito Processual Civil Recursos Noções gerais
Origem: STJ

João propõe ação de indenização por danos morais contra Pedro pedindo o
pagamento de R$ 30 mil. O juiz julga o pedido procedente, condenando o réu a
pagar a indenização por danos morais, mas fixando o valor em R$ 10 mil. João
pensou consigo mesmo: “eu queria mais, no entanto, prefiro acabar logo com
esse processo e receber imediatamente esses R$ 10 mil do que ficar tentando
R$ 30 mil por mais alguns anos; não vou recorrer”. Ocorre que, no último dia do
prazo, Pedro interpôs apelação. João foi, então, intimado para apresentar
contrarrazões à apelação. Neste momento, ele pensou: “ah, já que ele recorreu,
então agora eu também quero recorrer para aumentar o valor da indenização; já
que vou esperar mesmo, então quero tentar uma quantia maior”. Diante disso, o
advogado de João interpõe recurso adesivo pedindo a majoração do valor da
indenização por danos morais. Pedro apresenta contrarrazões alegando que o
recurso interposto por João é incabível, considerando que o recurso adesivo só
cabe se existir sucumbência recíproca e, no caso, não houve, conforme
preconiza a súmula 326 do STJ: “Na ação de indenização por dano moral, a
condenação em montante inferior ao postulado na inicial não implica
sucumbência recíproca.” A tese de Pedro está correta? NÃO. O recurso adesivo
pode sim ser interposto pelo autor da ação de indenização julgada procedente,
quando arbitrado, a título de danos morais, valor inferior ao que era almejado.
Isso porque, neste caso, estará configurado o interesse recursal do demandante
em ver majorada a condenação, hipótese caracterizadora de sucumbência
material. Realmente, só cabe recurso adesivo se houver sucumbência recíproca,
ou seja, se tanto o autor como o réu perderem na sentença. Se o autor pediu a
condenação do réu em R$ 30 mil a título de danos morais e conseguiu a
condenação em R$ 10 mil, ele ganhou a demanda sob o ponto de vista formal
(processual). Não se pode dizer que houve sucumbência formal, já que a
providência processual requerida foi atendida (o réu foi obrigado a pagar). No
entanto, sob o ponto de vista material, o autor teve sim uma sucumbência parcial
(derrota parcial). Isso porque ele não obteve exatamente o bem da vida que
pretendia (queria 30 e só teve 10). Logo, neste caso, o autor terá interesse em
ver majorada a condenação, hipótese caracterizadora, portanto, da sucumbência
material viabilizadora da irresignação recursal. Não se aplica a Súmula 326 do
STJ porque esse enunciado é baseado na definição da responsabilidade pelo
pagamento de despesas processuais e honorários advocatícios. Ele não está
relacionado com interesse recursal. A correta leitura da súmula 326 é a seguinte:
Para fins de definição de quem irá pagar as despesas processuais e os
honorários advocatícios, “na ação de indenização por dano moral, a condenação
em montante inferior ao postulado na inicial não implica sucumbência recíproca”.
Logo, se o autor pediu uma quantia a título de danos morais e obteve valor
inferior ao desejado, podemos concluir que: • Sob o ponto de vista formal, ele foi
o vencedor da demanda e não terá que pagar as despesas processuais e os
honorários advocatícios do réu (Súmula 326-STJ); • Sob o ponto de vista
material, ele foi sucumbente e terá direito de interpor recurso (principal ou
adesivo), já que não obteve o exato bem da vida pretendido. STJ. Corte
Especial. REsp 1102479-RJ, Rel. Min. Marco Buzzi, Corte Especial, julgado em
4/3/2015 (recurso repetitivo) (Info 562).

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Prorrogação do termo final do prazo para ajuizamento da
ação rescisória
Direito Processual Civil Ação rescisória Geral
Origem: STJ

Que dia ocorre o trânsito em julgado? O trânsito em julgado ocorre no dia


imediatamente subsequente ao último dia do prazo para o recurso em tese
cabível. Qual é o termo inicial do prazo de 2 anos da ação rescisória? O prazo
de 2 anos começa a ser contado do exato dia em que ocorre o trânsito em
julgado. O termo "a quo" para o ajuizamento da ação rescisória coincide com a
data do trânsito em julgado da decisão rescindenda. Dito de outro modo, o prazo
decadencial para a propositura de ação rescisória começa a correr da data do
trânsito em julgado da sentença rescindenda, incluindo no cômputo o dia do
começo. Se o último dia do prazo da rescisória for sábado, domingo ou feriado,
haverá prorrogação para o primeiro dia útil subsequente? SIM. O termo final do
prazo para o ajuizamento da ação rescisória, embora decadencial, prorroga-se
para o primeiro dia útil subsequente se recair em dia de não funcionamento da
secretaria do Juízo competente. STJ. Corte Especial. REsp 1112864-MG, Rel.
Min. Laurita Vaz, Corte Especial, julgado em 19/11/2014 (recurso repetitivo) (Info
553).

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Custas no caso de conselhos de fiscalização profissional


Direito Processual Civil Juros, correção monetária, custas e honorários advocatícios Geral
Origem: STJ

Os Conselhos de Fiscalização Profissional, embora possuam natureza jurídica


de autarquia, não estão isentos do pagamento de custas e do porte de remessa
e retorno. STJ. 1ª Seção. REsp 1338247-RS, Rel. Min. Herman Benjamin,
julgado em 10/10/2012 (recurso repetitivo).
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Discussão sobre juros e correção nos depósitos judiciais


independe de ação específica contra o banco
Direito Processual Civil Juros, correção monetária, custas e honorários advocatícios Geral
Origem: STJ

A discussão quanto à aplicação de juros e correção monetária nos depósitos


judiciais independe de ação específica contra o banco depositário. STJ. 1ª
Seção. REsp 1360212-SP, Rel. Min. Herman Benjamin, julgado em 12/6/2013
(recurso repetitivo) (Info 543).

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Responsabilidade pelos juros e correção monetária do


valor depositado em juízo
Direito Processual Civil Juros, correção monetária, custas e honorários advocatícios Geral
Origem: STJ

Na fase de execução, o depósito judicial do montante (integral ou parcial) da


condenação extingue a obrigação do devedor, nos limites da quantia depositada.
STJ. Corte Especial. REsp 1348640-RS, Rel. Min. Paulo de Tarso Sanseverino,
julgado em 7/5/2014 (recurso repetitivo) (Info 540).

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Correção monetária deve incluir os índices de deflação
Direito Processual Civil Juros, correção monetária, custas e honorários advocatícios Geral
Origem: STJ

Correção monetária significa atualizar o valor nominal da obrigação, ou seja,


manter no tempo o poder de compra original daquela quantia. Com isso, evita-se
que as oscilações por causa da inflação façam com que seja diminuído o poder
de compra do dinheiro. Se, no período em que se busca calcular a correção
monetária, houve índices negativos (deflação), tais índices devem ser também
considerados no cálculo final da correção. No entanto, se, no período que se
busca calcular a correção, a soma de todos os índices for negativa, não se deve
aplicar esse percentual, porque senão o credor seria prejudicado e receberia
uma quantia menor do que o valor original. O credor seria punido pelo devedor
não ter pago no tempo correto. Logo, em tal situação em que a correção
monetária for negativa, o credor deverá receber o valor original (valor nominal),
sem a aplicação do índice. O STJ decidiu isso agora em sede de recurso
repetitivo, resumindo a tese em uma frase: “Aplicam-se os índices de deflação
na correção monetária de crédito oriundo de título executivo judicial, preservado
o seu valor nominal.” STJ. Corte Especial. REsp 1361191-RS, Rel. Min. Paulo de
Tarso Sanseverino, julgado em 19/3/2014 (recurso repetitivo).

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Intimação do representante da Fazenda Pública Nacional


Direito Processual Civil Fazenda Pública em juízo Geral
Origem: STJ

É válida a intimação do representante judicial da Fazenda Pública Nacional por


carta com aviso de recebimento quando o respectivo órgão não possuir sede na
comarca em que tramita o feito. Novo CPC: é possível que o STJ mantenha esse
entendimento mesmo com a previsão do § 1º do art. 183 do novo CPC. Isso
porque, não havendo o órgão na comarca, fica inviabilizada a carga ou remessa,
salvo se o processo for eletrônico. STJ. 1ª Seção. REsp 1352882-MS, Rel. Min.
Herman Benjamin, julgado em 12/6/2013 (recurso repetitivo) (Info 522).

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Sendo juntado documento sigiloso, este deverá ficar


normalmente dentro dos autos principais, mas o
processo passará a tramitar em segredo de justiça
Direito Processual Civil Outros temas Geral
Origem: STJ

As informações sigilosas das partes devem ser juntadas aos autos do processo
que correrá em segredo de justiça, não sendo admitido o arquivamento em
apartado. Não há no código de processo civil nenhuma previsão para que se crie
"pasta própria" fora dos autos do processo para o arquivamento de documentos
submetidos a sigilo. Nos casos em que o interesse público justificar, cabe ao
magistrado limitar às partes o acesso aos autos passando o feito a tramitar em
segredo de justiça. STJ. 1ª Seção. REsp 1349363/SP, Rel. Min. Mauro Campbell
Marques, julgado em 22/05/2013 (recurso repetitivo).

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Decisão que fixa valor das astreintes não preclui nem faz
coisa julgada
Direito Processual Civil Astreintes Geral
Origem: STJ
A decisão que comina astreintes não preclui, não fazendo tampouco coisa
julgada. A jurisprudência do STJ é pacífica no sentido de que a multa
cominatória não integra a coisa julgada, sendo apenas um meio de coerção
indireta ao cumprimento do julgado, podendo ser cominada, alterada ou
suprimida posteriormente. STJ. 2ª Seção. REsp 1333988-SP, Rel. Min. Paulo de
Tarso Sanseverino, julgado em 9/4/2014 (recurso repetitivo) (Info 539).

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Execução provisória das astreintes fixadas em tutela


antecipada
Direito Processual Civil Astreintes Geral
Origem: STJ

O autor pode exigir o pagamento das astreintes antes do final do processo


(antes do trânsito em julgado)? Em outras palavras, é possível a execução
provisória das astreintes fixadas em tutela antecipada? A multa diária prevista no
§ 4º do art. 461 do CPC 1973, devida desde o dia em que configurado o
descumprimento, quando fixada em antecipação de tutela, somente poderá ser
objeto de execução provisória após a sua confirmação pela sentença de mérito e
desde que o recurso eventualmente interposto não seja recebido com efeito
suspensivo. STJ. Corte Especial. REsp 1200856-RS, Rel. Min. Sidnei Beneti,
julgado em 1º/7/2014 (recurso repetitivo) (Info 546). Obs: esta decisão não mais
prevalece com o novo CPC, que trata sobre o tema no § 3º do art. 537.

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Bloqueio e sequestro de verbas públicas
Direito Processual Civil Tutela provisória de urgência antecipada Geral
Origem: STJ

Em ação para fornecimento de medicamentos, o juiz pode determinar o bloqueio


e sequestro de verbas públicas em caso de descumprimento da decisão.
Tratando-se de fornecimento de medicamentos, cabe ao Juiz adotar medidas
eficazes à efetivação de suas decisões, podendo, se necessário, determinar, até
mesmo, o sequestro de valores do devedor (bloqueio), segundo o seu prudente
arbítrio, e sempre com adequada fundamentação. STJ. 1ª Seção. REsp
1069810-RS, Rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho, julgado em 23/10/2013
(recurso repetitivo) (Info 532).

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Empresa de mineração que deixou vazar resíduos de


lama tóxica
Direito Ambiental Responsabilidade civil por dano ambiental Geral
Origem: STJ

Determinada empresa de mineração deixou vazar resíduos de lama tóxica


(bauxita), material que atingiu quilômetros de extensão e se espalhou por
cidades dos Estados do Rio de Janeiro e de Minas Gerais, deixando inúmeras
famílias desabrigadas e sem seus bens móveis e imóveis. O STJ, ao julgar a
responsabilidade civil decorrente desses danos ambientais, fixou as seguintes
teses em sede de recurso repetitivo: a) a responsabilidade por dano ambiental é
objetiva, informada pela teoria do risco integral, sendo o nexo de causalidade o
fator aglutinante que permite que o risco se integre na unidade do ato, sendo
descabida a invocação, pela empresa responsável pelo dano ambiental, de
excludentes de responsabilidade civil para afastar sua obrigação de indenizar; b)
em decorrência do acidente, a empresa deve recompor os danos materiais e
morais causados e c) na fixação da indenização por danos morais,
recomendável que o arbitramento seja feito caso a caso e com moderação,
proporcionalmente ao grau de culpa, ao nível socioeconômico do autor, e, ainda,
ao porte da empresa, orientando-se o juiz pelos critérios sugeridos pela doutrina
e jurisprudência, com razoabilidade, valendo-se de sua experiência e bom senso,
atento à realidade da vida e às peculiaridades de cada caso, de modo que, de
um lado, não haja enriquecimento sem causa de quem recebe a indenização e,
de outro, haja efetiva compensação pelos danos morais experimentados por
aquele que fora lesado. STJ. 2ª Seção. REsp 1374284-MG, Rel. Min. Luis Felipe
Salomão, julgado em 27/8/2014 (Info 545).

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Empresa que deixou vazar amônia em rio e danos aos


pescadores profissionais
Direito Ambiental Responsabilidade civil por dano ambiental Geral
Origem: STJ

A responsabilidade por dano ambiental é OBJETIVA, informada pela teoria do


RISCO INTEGRAL. Não são admitidas excludentes de responsabilidade, tais
como o caso fortuito, a força maior, fato de terceiro ou culpa exclusiva da vítima.
O registro de pescador profissional e o comprovante do recebimento do seguro-
defeso são documentos idôneos para demonstrar que a pessoa exerce a
atividade de pescador. Logo, com tais documentos é possível ajuizar a ação de
indenização por danos ambientais que impossibilitaram a pesca na região. Se
uma empresa causou dano ambiental e, em decorrência de tal fato, fez com que
determinada pessoa ficasse privada de pescar durante um tempo, isso configura
dano moral. O valor a ser arbitrado como dano moral não deverá incluir um
caráter punitivo. É inadequado pretender conferir à reparação civil dos danos
ambientais caráter punitivo imediato, pois a punição é função que incumbe ao
direito penal e administrativo. Assim, não há que se falar em danos punitivos
(punitive damages) no caso de danos ambientais. STJ. 2ª Seção. REsp
1354536-SE, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 26/3/2014 (recurso
repetitivo) (Info 538).

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Aprovado o plano, ocorre a novação dos créditos


anteriores ao pedido
Direito Empresarial Falência e recuperação judicial Recuperação judicial
Origem: STJ

A novação decorrente da recuperação judicial implica a extinção de garantias


que haviam sido prestadas aos credores? NÃO. A novação prevista no Código
Civil extingue sim os acessórios e as garantias da dívida, sempre que não
houver estipulação em contrário (art. 364). No entanto, na novação prevista no
art. 59 da Lei nº 11.101/2005 ocorre justamente o contrário, ou seja, as garantias
são mantidas, sobretudo as garantias reais, as quais só serão suprimidas ou
substituídas “mediante aprovação expressa do credor titular da respectiva
garantia”, por ocasião da alienação do bem gravado (art. 50, § 1º). • Novação do
CC: em regra, extingue as garantias prestadas. • Novação da recuperação
judicial: em regra, não extingue as garantias prestadas. Portanto, muito embora o
plano de recuperação judicial opere novação das dívidas a ele submetidas, as
garantias reais ou fidejussórias, de regra, são preservadas, circunstância que
possibilita ao credor exercer seus direitos contra terceiros garantidores e impõe a
manutenção das ações e execuções aforadas em face de fiadores, avalistas ou
coobrigados em geral. STJ. 4ª Turma. REsp 1326888-RS, Rel. Min. Luis Felipe
Salomão, julgado em 8/4/2014 (Info 540). A recuperação judicial do devedor
principal não impede o prosseguimento das execuções nem induz suspensão ou
extinção de ações ajuizadas contra terceiros devedores solidários ou
coobrigados em geral, por garantia cambial, real ou fidejussória, pois não se lhes
aplicam a suspensão prevista nos arts. 6º, caput, e 52, inciso III, ou a novação a
que se refere o art. 59, caput, por força do que dispõe o art. 49, § 1º, todos da
Lei nº 11.101/2005. STJ. 2ª Seção. REsp 1333349/SP, Rel. Min. Luis Felipe
Salomão, julgado em 26/11/2014 (recurso repetitivo) (Info 554)

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Classificação dos créditos de honorários advocatícios


Direito Empresarial Falência e recuperação judicial Falência
Origem: STJ

I — Caso um advogado tenha créditos de honorários advocatícios para receber


da sociedade empresária falida, tais créditos estarão em que lugar na ordem do
art. 83 da Lei 11.101/2005? Em primeiro lugar, enquadrando-se no inciso I do
art. 83. Os créditos resultantes de honorários advocatícios (sucumbenciais ou
contratuais) têm natureza alimentar e são equiparados aos créditos trabalhistas
para efeito de habilitação em falência, estando, portanto, enquadrados no art. 83,
I. II — Se um advogado é contratado pela massa falida, os honorários
advocatícios desse causídico deverão ser pagos também segundo a ordem do
art. 83? NÃO. Os honorários de advogado resultantes de trabalhos prestados à
massa falida, depois de ter sido decretada a falência são considerados como
créditos extraconcursais, nos termos dos arts. 84 e 149 da Lei 11.101/2005. STJ.
Corte Especial. REsp 1152218-RS, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em
7/5/2014 (recurso repetitivo) (Info 540).

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Responsabilidade da sociedade incorporadora


Direito Empresarial Sociedades empresárias Outros temas
Origem: STJ

A sucessão, por incorporação, de empresas, determina a extinção da


personalidade jurídica da incorporada, com a transmissão de seus direitos e
obrigações à incorporadora. Logo, à luz do instituto jurídico da incorporação,
deve-se reconhecer que a incorporadora detém legitimidade passiva para
responder pelos atos da sociedade incorporada. STJ. 2ª Seção. REsp 1322624-
SC, Rel. Ministro Paulo de Tarso Sanseverino, julgado em 12/6/2013 (recurso
repetitivo) (Info 522).

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Sustação de protesto e prestação de contracautela


Direito Empresarial Títulos de crédito Protesto
Origem: STJ

A legislação de regência estabelece que o documento hábil a protesto


extrajudicial é aquele que caracteriza prova escrita de obrigação pecuniária
líquida, certa e exigível. Portanto, a sustação de protesto de título, por
representar restrição a direito do credor, exige prévio oferecimento de
contracautela, a ser fixada conforme o prudente arbítrio do magistrado. STJ. 2ª
Seção. REsp 1340236-SP, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em
14/10/2015 (recurso repetitivo) (Info 571)

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Local onde deverá ser realizado o protesto de cédula de


crédito bancário garantida por alienação fiduciária
Direito Empresarial Títulos de crédito Protesto
Origem: STJ

É possível, à escolha do credor, o protesto de cédula de crédito bancário


garantida por alienação fiduciária, no tabelionato em que se situa a praça de
pagamento indicada no título ou no domicílio do devedor. STJ. 2ª Seção. REsp
1398356-MG, Rel. Min. Paulo de Tarso Sanseverino, Rel. para acórdão Min. Luis
Felipe Salomão, julgado em 24/2/2016 (recurso repetitivo) (Info 579).

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Intimação por edital e necessidade de esgotamento dos


meios de localização do devedor
Direito Empresarial Títulos de crédito Cédulas de crédito
Origem: STJ

O tabelião, antes de intimar o devedor por edital, deve esgotar os meios de


localização, notadamente por meio do envio de intimação por via postal, no
endereço fornecido por aquele que procedeu ao apontamento do protesto. STJ.
2ª Seção. REsp 1398356-MG, Rel. Min. Paulo de Tarso Sanseverino, Rel. para
acórdão Min. Luis Felipe Salomão, Segunda Seção, julgado em 24/2/2016
(recurso repetitivo) (Info 579).

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Cédulas de crédito e possibilidade de capitalização de


juros
Direito Empresarial Títulos de crédito Cédulas de crédito
Origem: STJ

• Nas cédulas de crédito rural, industrial e comercial, a legislação autoriza a


capitalização semestral dos juros (autorização ex lege), não dependendo de
pactuação expressa. • O art. 5º do DL 167/67 autoriza que a capitalização seja
inferior à semestral, sendo, nesse caso, necessária a pactuação expressa. • A
capitalização dos juros nas cédulas de crédito rural pode ser, inclusive, em
periodicidade mensal, desde que pactuada no contrato. • A capitalização dos
juros nas cédulas de crédito rural é regida pelo DL 167/67, não sendo a ela
aplicável o art. 4º do Decreto 22.626/1933 (Lei de Usura) nem a MP 1.963-
17/2000 (2.170-36/2001). STJ. 2ª Seção. REsp 1333977-MT, Rel. Min. Maria
Isabel Gallotti, julgado em 26/2/2014 (recurso repetitivo) (Info 537).

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Cédula de crédito bancário é título executivo mesmo na


abertura de crédito em conta-corrente
Direito Empresarial Títulos de crédito Cédulas de crédito
Origem: STJ

A Cédula de Crédito Bancário é título executivo extrajudicial, representativo de


operações de crédito de qualquer natureza, circunstância que autoriza sua
emissão para documentar a abertura de crédito em conta-corrente, nas
modalidades de crédito rotativo ou cheque especial. O título de crédito (Cédula
de Crédito Bancário) deve vir acompanhado de claro demonstrativo acerca dos
valores utilizados pelo cliente. A Lei nº 10.931/2004 traz, de maneira taxativa, a
relação de exigências que o credor deverá cumprir, de modo a conferir liquidez e
exequibilidade à Cédula (art. 28, § 2º, incisos I e II). STJ. 2ª Seção. REsp
1291575-PR, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 14/8/2013 (recurso
repetitivo) (Info 527).

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Termo inicial de correção monetária e de juros de mora
em cobrança de cheque
Direito Empresarial Títulos de crédito Cheque
Origem: STJ

Em qualquer ação utilizada pelo portador para cobrança de cheque, a correção


monetária incide a partir da data de emissão estampada na cártula, e os juros de
mora a contar da primeira apresentação à instituição financeira sacada ou
câmara de compensação. STJ. 2ª Seção. REsp 1556834-SP, Rel. Min. Luis
Felipe Salomão, julgado em 22/6/2016 (recurso repetitivo) (Info 587).

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Protesto cambiário de cheque após o prazo de


apresentação com a indicação apenas do emitente no
apontamento
Direito Empresarial Títulos de crédito Cheque
Origem: STJ

Sempre será possível, no prazo para a execução cambial, o protesto cambiário


de cheque com a indicação do emitente como devedor. STJ. 2ª Seção. REsp
1423464-SC, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 27/4/2016 (recurso
repetitivo) (Info 584).

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Cheque pré-datado e o seu prazo de apresentação para


pagamento
Direito Empresarial Títulos de crédito Cheque
Origem: STJ

O cheque pós-datado amplia o prazo de apresentação? Em suma, no caso de


cheque pós-datado (pré-datado), a partir de quando é contado o prazo de
apresentação? 1) Pós-datação regular (efetivada no campo referente à data de
emissão): SIM. A pactuação da pós-datação de cheque, para que seja hábil a
ampliar o prazo de apresentação à instituição financeira sacada, deve espelhar a
data de emissão estampada no campo específico da cártula. O ordenamento
jurídico confere segurança e eficácia à pós-datação regular (efetivada no campo
referente à data de emissão). Ex: no dia 20/05, João emitiu (preencheu) um
cheque e o entregou para Pedro (beneficiário). No entanto, no campo reservado
para a data de emissão, ele, em vez de colocar 20/05, escreveu 20/07 (data que
ficou combinada para que Pedro sacasse o cheque). O termo inicial do prazo de
apresentação do cheque é o dia 20/07. STJ. 2ª Seção. REsp 1.423.464-SC, Rel.
Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 27/4/2016 (recurso repetitivo) (Info 584). 2)
Pós-datação extracartular (feita em campo diverso do campo específico): NÃO. A
pós-datação extracartular do cheque não modifica o prazo de apresentação nem
o prazo de prescrição do título. A pós-datação extracartular tem existência
jurídica, mas apenas com natureza obrigacional entre as partes (Súmula 370).
Esta pactuação extracartular, contudo, é ineficaz em relação à contagem do
prazo de apresentação e, por conseguinte, não tem o condão de operar o efeito
de ampliar o prazo de apresentação do cheque. Ex: João emitiu o cheque no dia
20/05 e o entregou a Pedro. No campo reservado para a data de emissão, ele
colocou 20/05 (dia atual). No entanto, no verso do cheque escreveu o seguinte:
“bom para o dia 20/07” (que foi a data combinada para que Pedro sacasse o
dinheiro). O termo inicial do prazo de apresentação do cheque continua sendo o
dia 20/05. STJ. 4ª Turma. REsp 1124709-TO, Rel. Min. Luis Felipe Salomão,
julgado em 18/6/2013 (Info 528).

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O falso pode ser absorvido pelo descaminho
Direito Penal Crimes contra a administração pública Descaminho (art. 334)
Origem: STJ

Quando o falso se exaure no descaminho, sem mais potencialidade lesiva, é por


este absorvido, como crime-fim, condição que não se altera por ser menor a
pena a este cominada. STJ. 3ª Seção. REsp 1378053-PR, Rel. Min. Nefi
Cordeiro, julgado em 10/8/2016 (recurso repetitivo) (Info 587).

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Notificações e atribuição territorial


Direito Notarial e Registral Registro de títulos e documentos Geral
Origem: STJ

A notificação extrajudicial realizada e entregue no endereço do devedor, por via


postal e com aviso de recebimento, é válida quando realizada por Cartório de
Títulos e Documentos de outra Comarca, mesmo que não seja aquele do
domicílio do devedor. É válida a notificação extrajudicial exigida para a
comprovação da mora do devedor/fiduciante nos contratos de financiamento com
garantia de alienação fiduciária realizada por via postal, no endereço do devedor,
ainda que o título tenha sido apresentado em cartório de títulos e documentos
situado em comarca diversa daquela do domicílio do devedor. STJ. 2ª Seção.
REsp 1283834-BA, Rel. Min. Maria Isabel Gallotti, julgado em 29/2/2012 (recurso
repetitivo).

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Prévia notificação e registros oriundos do cartório de
protesto
Direito Notarial e Registral Tabelionato de protesto Geral
Origem: STJ

Para que o órgão de proteção de crédito (exs.: SPC e SERASA) inclua o nome
de um consumidor no cadastro de inadimplentes, é necessário que, antes, ele
seja notificado? • REGRA: SIM. Cabe ao órgão mantenedor do cadastro de
proteção ao crédito a notificação do devedor antes de proceder à inscrição
(Súmula 359-STJ). A ausência de prévia comunicação enseja indenização por
danos morais. • EXCEÇÃO: é dispensada a prévia comunicação do devedor se o
órgão de restrição ao crédito estiver apenas reproduzindo informação negativa
que conste de registro público. “Diante da presunção legal de veracidade e
publicidade inerente aos registros do cartório de protesto, a reprodução objetiva,
fiel, atualizada e clara desses dados na base de órgão de proteção ao crédito —
ainda que sem a ciência do consumidor — não tem o condão de ensejar
obrigação de reparação de danos.” STJ. 2ª Seção. REsp 1344352-SP, Rel. Min.
Luis Felipe Salomão, Segunda Seção, julgado em 12/11/2014 (recurso repetitivo)
(Info 554).

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Sustação de protesto e prestação de contracautela


Direito Notarial e Registral Tabelionato de protesto Geral
Origem: STJ

A legislação de regência estabelece que o documento hábil a protesto


extrajudicial é aquele que caracteriza prova escrita de obrigação pecuniária
líquida, certa e exigível. Portanto, a sustação de protesto de título, por
representar restrição a direito do credor, exige prévio oferecimento de
contracautela, a ser fixada conforme o prudente arbítrio do magistrado. STJ. 2ª
Seção. REsp 1340236-SP, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em
14/10/2015 (recurso repetitivo) (Info 571)

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Responsabilidade pela baixa do protesto após o


pagamento
Direito Notarial e Registral Tabelionato de protesto Geral
Origem: STJ

Após o pagamento do título protestado, o credor que foi pago tem a


responsabilidade de retirar o protesto lavrado? NÃO. Após a quitação da dívida,
incumbe ao DEVEDOR, providenciar o cancelamento do protesto, salvo se foi
combinado o contrário entre ele e o credor. No regime próprio da Lei 9.492/1997,
legitimamente protestado o título de crédito ou outro documento de dívida, salvo
inequívoca pactuação em sentido contrário, incumbe ao devedor, após a
quitação da dívida, providenciar o cancelamento do protesto. STJ. 2ª Seção.
REsp 1339436-SP, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 10/9/2014
(recurso repetitivo) (Info 549).

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Local onde deverá ser realizado o protesto de cédula de


crédito bancário garantida por alienação fiduciária
Direito Notarial e Registral Tabelionato de protesto Geral
Origem: STJ
É possível, à escolha do credor, o protesto de cédula de crédito bancário
garantida por alienação fiduciária, no tabelionato em que se situa a praça de
pagamento indicada no título ou no domicílio do devedor. STJ. 2ª Seção. REsp
1398356-MG, Rel. Min. Paulo de Tarso Sanseverino, Rel. para acórdão Min. Luis
Felipe Salomão, julgado em 24/2/2016 (recurso repetitivo) (Info 579).

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Intimação por edital e necessidade de esgotamento dos


meios de localização do devedor
Direito Notarial e Registral Tabelionato de protesto Geral
Origem: STJ

O tabelião, antes de intimar o devedor por edital, deve esgotar os meios de


localização, notadamente por meio do envio de intimação por via postal, no
endereço fornecido por aquele que procedeu ao apontamento do protesto. STJ.
2ª Seção. REsp 1398356-MG, Rel. Min. Paulo de Tarso Sanseverino, Rel. para
acórdão Min. Luis Felipe Salomão, Segunda Seção, julgado em 24/2/2016
(recurso repetitivo) (Info 579).

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Possibilidade de penhora do bem de família do fiador


Direito Civil Bem de família Geral
Origem: STJ

Súmula 549-STJ: É válida a penhora de bem de família pertencente a fiador de


contrato de locação. STJ. 2ª Seção. Aprovada em 14/10/2015, DJe 19/10/2015.
É possível penhorar a casa do fiador por dívidas decorrentes do contrato de
locação? SIM. É legítima a penhora de bem de família pertencente a fiador de
contrato de locação. Isso porque o art. 3º, VII, da Lei 8.009/90 afirma que a
impenhorabilidade do bem de família não se aplica no caso de dívidas do fiador
decorrentes do contrato de locação. O STF decidiu que esse dispositivo é
constitucional e não viola o direito à moradia. STJ. 2ª Seção. REsp 1363368-MS,
Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 12/11/2014 (recurso repetitivo) (Info
552). Situação diferente: Não é penhorável o bem de família do fiador no caso de
contratos de locação comercial. Em outras palavras, não é possível a penhora
de bem de família do fiador em contexto de locação comercial. STF. 1ª Turma.
RE 605709/SP, Rel. Min. Dias Toffoli, red. p/ ac. Min. Rosa Weber, julgado em
12/6/2018 (Info 906).

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Legitimidade do MP para ação de alimentos


Direito Civil Alimentos Aspectos processuais
Origem: STJ

O Ministério Público tem legitimidade ativa para ajuizar ação de alimentos em


proveito de criança ou adolescente, independentemente do exercício do poder
familiar dos pais, ou de o infante se encontrar nas situações de risco descritas no
art. 98 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), ou de quaisquer outros
questionamentos acerca da existência ou eficiência da Defensoria Pública na
comarca. STJ. 2ª Seção. REsp 1265821-BA e REsp 1.327.471-MT, Rel. Min.
Luis Felipe Salomão, julgados em 14/5/2014 (recurso repetitivo) (Info 541).

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Momento consumativo do roubo


Direito Penal Crimes contra o patrimônio Roubo (art. 157)
Origem: STJ

Consuma-se o crime de roubo com a inversão da posse do bem, mediante


emprego de violência ou grave ameaça, ainda que por breve tempo e em
seguida a perseguição imediata ao agente e recuperação da coisa roubada,
sendo prescindível a posse mansa e pacífica ou desvigiada. STJ. 3ª Seção.
REsp 1499050-RJ, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 14/10/2015
(recurso repetitivo) (Info 572).

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Momento consumativo
Direito Penal Crimes contra o patrimônio Furto (art. 155)
Origem: STJ

Consuma-se o crime de furto com a posse de fato da res furtiva, ainda que por
breve espaço de tempo e seguida de perseguição ao agente, sendo prescindível
a posse mansa e pacífica ou desvigiada. STJ. 3ª Seção. REsp 1524450-RJ, Rel.
Min. Nefi Cordeiro, julgado em 14/10/2015 (recurso repetitivo) (Info 572).

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Extinção da punibilidade independentemente do


adimplemento da pena de multa
Direito Penal Dosimetria da pena Pena de multa
Origem: STJ
João foi condenado a 3 anos de reclusão (pena privativa de liberdade) e a 200
dias-multa. Após cumprir integralmente a pena privativa de liberdade, João foi
solto e a Defensoria Pública peticionou ao juízo requerendo a extinção da
punibilidade. O juiz extinguiu a pena privativa de liberdade pelo seu integral
cumprimento; todavia, determinou que fosse oficiada a Procuradoria da Fazenda
Pública para cobrança da pena de multa e afirmou que a extinção da
punibilidade só poderia ser decretada quando houvesse o pagamento do valor.
Agiu corretamente o magistrado? O inadimplemento da pena de multa impede a
extinção da punibilidade mesmo que já tenha sido cumprida a pena privativa de
liberdade ou a pena restritiva de direitos? NÃO. Nos casos em que haja
condenação a pena privativa de liberdade e multa, cumprida a primeira (ou a
restritiva de direitos que eventualmente a tenha substituído), o inadimplemento
da sanção pecuniária não obsta o reconhecimento da extinção da punibilidade.
Em outras palavras, o que importa para a extinção da punibilidade é o
cumprimento da pena privativa de liberdade ou da restritiva de direitos.
Cumpridas tais sanções, o fato de o apenado ainda não ter pago a multa não
interfere na extinção da punibilidade. Isso porque a pena de multa é considerada
dívida de valor e, portanto, possui caráter extrapenal, de modo que sua
execução é de competência exclusiva da Procuradoria da Fazenda Pública
(Súmula 521-STJ). Assim, cumprida a pena privativa de liberdade (ou restritiva
de direitos), extingue-se a execução penal e, se restar ainda pendente o
pagamento multa, esta deverá ser cobrada pela Fazenda Pública, no juízo
competente, tendo se esgotado, no entanto, a jurisdição criminal. STJ. 3ª Seção.
REsp 1519777-SP, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 26/8/2015
(recurso repetitivo) (Info 568).

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Reincidência x confissão: qual das duas prepondera?


Direito Penal Dosimetria da pena Segunda fase (agravantes e atenuantes)
Origem: STF e STJ

A reincidência e a confissão espontânea se compensam ou prepondera a


reincidência? Caso o réu tenha confessado a prática do crime (o que é uma
atenuante), mas seja reincidente (o que configura uma agravante), qual dessas
circunstâncias irá prevalecer? 1ª) Posição do STJ: em regra, reincidência e
confissão se COMPENSAM. Exceção: se o réu for multirreincidente. Em caso de
multirreincidência, prevalecerá a agravante e haverá apenas a compensação
parcial/proporcional (mas não integral). 2ª Posição do STF: a agravante da
REINCIDÊNCIA prevalece. STJ. 6ª Turma. AgRg no AREsp 713.657/DF, Rel.
Min. Nefi Cordeiro, julgado em 10/04/2018. STF. 2ª Turma. RHC 120677, Rel.
Min. Ricardo Lewandowski, julgado em 18/03/2014.

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Condomínio de fato e cobrança de taxa de manutenção


Direito Civil Direitos reais Condomínio edilício
Origem: STJ

As taxas de manutenção criadas por associações de moradores não obrigam os


não associados ou que a elas não anuíram. STJ. 2ª Seção. REsp 1280871-SP e
REsp 1439163-SP, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, Rel. para acórdão Min.
Marco Buzzi, julgados em 11/3/2015 (recurso repetitivo) (Info 562)

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A quitação do saldo residual é de responsabilidade do


mutuário nos contratos sem FCVS
Direito Civil Contratos Sistema Financeiro de Habitação
Origem: STJ

Nos contratos de financiamento celebrados no âmbito do Sistema Financeiro de


Habitação (SFH), sem cláusula de garantia de cobertura do Fundo de
Compensação das Variações Salariais (FCVS), o saldo devedor residual deverá
ser suportado pelo mutuário. STJ. 2ª Seção. REsp 1447108-CE e REsp
1443870-PE, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, julgado em 22/10/2014
(recurso repetitivo) (Info 550).

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Utilização de Tabela Price nos contratos do SFH


Direito Civil Contratos Sistema Financeiro de Habitação
Origem: STJ

A análise acerca da legalidade da utilização da Tabela Price — mesmo que em


abstrato — passa, necessariamente, pela constatação da eventual capitalização
de juros (ou incidência de juros compostos, juros sobre juros ou anatocismo),
que é questão de fato e não de direito, motivo pelo qual não cabe ao STJ tal
apreciação (Súmulas 5 e 7 do STJ). É exatamente por isso que, em contratos
cuja capitalização de juros seja vedada, é necessária a interpretação de
cláusulas contratuais e a produção de prova técnica para aferir a existência da
cobrança de juros não lineares, incompatíveis, portanto, com financiamentos
celebrados no âmbito do Sistema Financeiro da Habitação antes da vigência da
Lei 11.977?2009, que acrescentou o art. 15-A à Lei nº 4.380?1964. Em se
verificando que matérias de fato ou eminentemente técnicas foram tratadas
como exclusivamente de direito, reconhece-se o cerceamento para que seja
realizada a prova pericial. STJ. Corte Especial. REsp 1124552-RS, Rel. Min. Luis
Felipe Salomão, Corte Especial, julgado em 3/12/2014 (recurso repetitivo) (Info
554).
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Prazo prescricional para cobrança ou complementação


de valor do seguro DPVAT
Direito Civil Responsabilidade civil DPVAT
Origem: STJ

Qual é o prazo que o beneficiário possui para ajuizar ação cobrando da


seguradora a indenização do DPVAT que não lhe foi paga? Qual é o termo
inicial? A ação de cobrança do seguro obrigatório DPVAT prescreve em 3 anos
(Súmula 405-STJ e art. 206, § 3º, IX, do CC). O termo inicial do prazo
prescricional é a data em que o segurado teve ciência inequívoca do caráter
permanente da invalidez ou da morte. E se o beneficiário recebeu apenas uma
parte do seguro, mas não concorda com o valor e quer o pagamento do
restante? Ex: sofreu invalidez permanente, recebeu R$ 10 mil, mas acha que
tem direito a R$ 13.500,00. Qual é o prazo neste caso? O prazo de prescrição
para o recebimento da complementação do seguro DPVAT também é trienal.
Não há motivo para que o prazo da ação pedindo o complemento seja diferente
daquele previsto para que se pleiteie o todo. O prazo prescricional começa no
dia que foi realizado o pagamento administrativo que o beneficiário considera
que tenha sido menor que o devido. Em suma, a pretensão de cobrança e a
pretensão a diferenças de valores do seguro DPVAT prescrevem em três anos,
sendo o termo inicial, no último caso, o pagamento administrativo considerado a
menor. STJ. 2ª Seção. REsp 1418347-MG, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva,
julgado em 8/4/2015 (recurso repetitivo) (Info 559).

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Termo inicial da atualização monetária das indenizações
relativas ao seguro DPVAT
Direito Civil Responsabilidade civil DPVAT
Origem: STJ

Súmula 580-STJ: A correção monetária nas indenizações do seguro DPVAT por


morte ou invalidez, prevista no § 7º do art. 5º da Lei nº 6.194/1974, redação dada
pela Lei nº 11.482/2007, incide desde a data do evento danoso. STJ. 2ª Seção.
Aprovada em 14/09/2016, DJe 19/09/2016 (Info 590). A incidência de atualização
monetária nas indenizações por morte ou invalidez do seguro DPVAT, prevista
no § 7º do art. 5º da Lei nº 6194/74, redação dada pela Lei nº 11.482/2007,
opera-se desde a data do evento danoso. STJ. 2ª Seção. REsp 1483620-SC,
Rel. Min. Paulo de Tarso Sanseverino, julgado em 27/5/2015 (recurso repetitivo)
(Info 563).

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Requisitos para a propositura de ação de exibição de


documentos relativos ao Crediscore
Direito do Consumidor Bancos de dados e cadastros de consumidores Assuntos correlatos
Origem: STJ

Em relação ao sistema credit scoring, o interesse de agir para a propositura da


ação cautelar de exibição de documentos exige, no mínimo, a prova de: i)
requerimento para obtenção dos dados ou, ao menos, a tentativa de fazê-lo à
instituição responsável pelo sistema de pontuação, com a fixação de prazo
razoável para atendimento; e ii) que a recusa do crédito almejado ocorreu em
razão da pontuação que lhe foi atribuída pelo sistema Scoring. Assim, o
consumidor só poderá ingressar com ação cautelar de exibição de documentos
pedindo o extrato de sua pontuação no sistema Crediscore se provar esses dois
requisitos acima. STJ. 2ª Seção. REsp 1304736-RS, Rel. Min. Luis Felipe
Salomão, julgado em 24/2/2016 (recurso repetitivo) (Info 579).

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Legalidade do sistema “credit scoring”


Direito do Consumidor Bancos de dados e cadastros de consumidores Assuntos correlatos
Origem: STJ

O STJ analisou a validade do chamado sistema “credit scoring”, fixando as


seguintes teses: a) “Credit scoring”, também chamado de “crediscore”, é um
método desenvolvido para avaliação do risco de concessão de crédito, a partir
de modelos estatísticos, considerando diversas variáveis, com atribuição de uma
pontuação ao consumidor avaliado (nota do risco de crédito); b) O “credit
scoring” é considerado como prática comercial LÍCITA, estando autorizada pelo
art. 5º, IV, e pelo art. 7º, I, da Lei 12.414/2011 (Lei do Cadastro Positivo); c) Vale
ressaltar, no entanto, que para o “credit scoring” ser lícito, é necessário que
respeite os limites estabelecidos pelo sistema de proteção do consumidor no
sentido da tutela da privacidade e da máxima transparência nas relações
negociais, conforme previsão do CDC e da Lei 12.414/2011; d) Apesar de
desnecessário o consentimento do consumidor consultado, devem ser a ele
fornecidos esclarecimentos, caso solicitados, acerca das fontes dos dados
considerados (histórico de crédito), bem como as informações pessoais
valoradas; e) O desrespeito aos limites legais na utilização do sistema “credit
scoring” configura abuso no exercício desse direito, podendo ensejar a
responsabilidade objetiva e solidária do fornecedor do serviço, do responsável
pelo banco de dados, da fonte e do consulente pela ocorrência de danos morais
nas hipóteses de utilização de informações excessivas ou sensíveis, bem como
nos casos de comprovada recusa indevida de crédito pelo uso de dados
incorretos ou desatualizados. STJ. 2ª Seção. REsp 1419697-RS, Rel. Min. Paulo
de Tarso Sanseverino, julgado em 12/11/2014 (recurso repetitivo) (Info 551).
Vide Súmula 550 do STJ.

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Responsabilidade por ausência de notificação de


inscrição de correntista no CCF
Direito do Consumidor Bancos de dados e cadastros de consumidores Assuntos correlatos
Origem: STJ

Cadastro de Emitentes de Cheques sem Fundos (CCF) é um cadastro que reúne


informações sobre pessoas que emitiram cheques e que estes foram devolvidos
por falta de provisão de fundos, por conta encerrada ou por prática espúria. O
CCF é organizado e mantido pelo Banco do Brasil, mas abrange informações
sobre os cheques de todos os bancos. Assim, por exemplo, se João emite um
cheque do Itaú e o beneficiário não consegue descontá-lo porque não havia
fundos, o próprio Itaú irá comunicar esse fato ao Banco do Brasil, que irá incluir o
nome do emitente no CCF. É indispensável que o emitente do cheque seja
notificado antes de ser incluído no CCF. A inclusão no CCF sem prévia
notificação pode ensejar indenização por danos morais. O Banco do Brasil, na
condição de gestor do CCF, NÃO tem a responsabilidade de notificar
previamente o devedor acerca da sua inscrição no aludido cadastro, tampouco
legitimidade passiva para as ações de reparação de danos diante da ausência
de prévia comunicação. A responsabilidade pela inclusão do emitente no CCF é
do banco sacado. Logo, ele é que tem responsabilidade pela notificação prévia
do emitente e, caso isso não seja feito, ele é que tem o dever de indenizar o
lesado. STJ. 2ª Seção. REsp 1354590-RS, Rel. Min. Raul Araújo, julgado em
9/9/2015 (recurso repetitivo) (Info 568).

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SERASA/SPC pode reproduzir informações dos cartórios
de protesto e de distribuição judicial mesmo sem prévia
intimação do consumidor
Direito do Consumidor Bancos de dados e cadastros de consumidores Principais entendimentos
do STJ sobre o tema
Origem: STJ

Diante da presunção legal de veracidade e publicidade inerente aos registros do


CARTÓRIO DE PROTESTO ou do CARTÓRIO DE DISTRIBUIÇÃO JUDICIAL, a
reprodução objetiva, fiel, atualizada e clara desses dados na base de órgão de
proteção ao crédito — ainda que sem a ciência do consumidor — não tem o
condão de ensejar obrigação de reparação de danos. STJ. 2ª Seção. REsp
1444469-DF e REsp 1.344.352-SP, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgados em
12/11/2014 (recurso repetitivo) (Info 554).

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Qual é o prazo que tem o credor para retirar (dar baixa)


do nome do devedor no cadastro negativo?
Direito do Consumidor Bancos de dados e cadastros de consumidores Principais entendimentos
do STJ sobre o tema
Origem: STJ

O prazo é de 5 (cinco) dias úteis. Assim, mesmo havendo regular inscrição do


nome do devedor em cadastro de órgão de proteção ao crédito, após o integral
pagamento da dívida, incumbe ao CREDOR requerer a exclusão do registro
desabonador, no prazo de 5 dias úteis, a contar do primeiro dia útil subsequente
à completa disponibilização do numerário necessário à quitação do débito
vencido. STJ. 2ª Seção. REsp 1424792-BA, Rel. Min. Luis Felipe Salomão,
julgado em 10/9/2014 (recurso repetitivo) (Info 548).
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Não se aplica a taxa progressiva de juros às contas do


FGTS de trabalhadores avulsos
Direito Administrativo Temas diversos Geral
Origem: STJ

Não se aplica a taxa progressiva de juros às contas vinculadas ao FGTS de


trabalhadores qualificados como avulsos. Isso porque o trabalhador avulso não
preenche os requisitos legais para tanto. Com efeito, a legislação de regência,
desde a criação do fundo, prevê que a taxa progressiva de juros estaria
condicionada à existência de vínculo empregatício, inclusive impondo
percentuais diversos a depender do tempo de permanência na mesma empresa.
Por definição legal, inserta no art. 9º, VI, do Decreto 3.048/1999, trabalhador
avulso é "aquele que, sindicalizado ou não, presta serviço de natureza urbana ou
rural, a diversas empresas, sem vínculo empregatício, com a intermediação
obrigatória do órgão gestor de mão de obra, nos termos da Lei nº 8.630, de 25
de fevereiro de 1993, ou do sindicato da categoria, assim considerados". STJ. 1ª
Seção. REsp 1349059-SP, Rel. Min. Og Fernandes, julgado em 26/3/2014
(recurso repetitivo) (Info 546). Obs: vide súmula 517 do STJ.

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Revalidação de diploma estrangeiro


Direito Administrativo Temas diversos Geral
Origem: STJ

O registro de diploma estrangeiro no Brasil está submetido a prévio processo de


revalidação, segundo o regime previsto na Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Brasileira (art. 48, § 2º, da Lei 9.394/1996). Não existe qualquer
dispositivo legal que proíba a universidade de exigir um processo seletivo para
aceitar o pedido de revalidação de diploma, além do que isso está inserido na
autonomia didático-científica e administrativa da Instituição (art. 53, V, da Lei
9.394/1996 e art. 207 da CF/88). Portanto, desde que observados os requisitos
legais e os princípios constitucionais, deve-se garantir às universidades a
liberdade para editar regras específicas acerca do procedimento destinado à
revalidação de diplomas expedidos por universidades estrangeiras. Assim, é
legal a exigência feita por universidade, com base em resolução por ela editada,
de prévia aprovação em processo seletivo como condição para apreciar pedido
de revalidação de diploma obtido em instituição de ensino estrangeira. STJ. 1ª
Seção. REsp 1349445-SP, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, julgado em
8/5/2013 (recurso repetitivo) (Info 520).

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Compete ao CRF fiscalizar se as drogarias funcionam


com a presença de farmacêutico
Direito Administrativo Temas diversos Geral
Origem: STJ

As farmácias e drogarias deverão, obrigatoriamente, ter em seu


estabelecimento, durante todo o período de funcionamento, um farmacêutico
inscrito no Conselho Regional de Farmácia. A competência para fiscalizar essa
exigência é dos Conselhos Regionais de Farmácia. A Vigilância Sanitária não
fiscaliza a presença do farmacêutico no estabelecimento. Sua atuação fica
restrita ao licenciamento do estabelecimento e à fiscalização do cumprimento de
padrões sanitários. Em suma, o STJ definiu a seguinte tese: “Os Conselhos
Regionais de Farmácia possuem competência para fiscalização e autuação das
farmácias e drogarias, quanto ao cumprimento da exigência de manterem
profissional legalmente habilitado (farmacêutico) durante todo o período de
funcionamento dos respectivos estabelecimentos, sob pena de esses incorrerem
em infração passível de multa, nos termos do art. 24 da Lei 3.820/1960, c/c o art.
15 da Lei 5.991/1973.” STJ. 1ª Seção. REsp 1382751-MG, Rel. Min. Og
Fernandes, Primeira Seção, julgado em 12/11/2014 (recurso repetitivo) (Info 554)

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Desnecessária prova de que o réu esteja dilapidando seu


patrimônio
Direito Administrativo Improbidade administrativa Indisponibilidade de bens
Origem: STJ

Pode ser decretada a indisponibilidade dos bens ainda que o acusado não esteja
se desfazendo de seus bens. É desnecessária a prova de que os réus estejam
dilapidando efetivamente seus patrimônios ou de que eles estariam na iminência
de fazê-lo (prova de periculum in mora concreto). O requisito do periculum in
mora está implícito no referido art. 7º, parágrafo único, da Lei nº 8.429/1992, que
visa assegurar “o integral ressarcimento” de eventual prejuízo ao erário, o que,
inclusive, atende à determinação contida no art. 37, § 4º, da CF/88. Como a
indisponibilidade dos bens visa evitar que ocorra a dilapidação patrimonial, o STJ
entende que não é razoável aguardar atos concretos direcionados à sua
diminuição ou dissipação, na medida em que exigir a comprovação de que esse
fato estaria ocorrendo ou prestes a ocorrer tornaria difícil a efetivação da medida
cautelar em análise. Além do mais, o disposto no referido art. 7º em nenhum
momento exige o requisito da urgência, reclamando apenas a demonstração,
numa cognição sumária, de que o ato de improbidade causou lesão ao
patrimônio público ou ensejou enriquecimento ilícito. Vale ressaltar, no entanto,
que a decretação da indisponibilidade de bens, apesar da excepcionalidade legal
expressa da desnecessidade da demonstração do risco de dilapidação do
patrimônio, não é uma medida de adoção automática, devendo ser
adequadamente fundamentada pelo magistrado, sob pena de nulidade (art. 93,
IX, da Constituição Federal), sobretudo por se tratar de constrição patrimonial
(REsp 1319515/ES). STJ. 1ª Seção. REsp 1366721-BA, Rel. Min. Napoleão
Nunes Maia Filho, Rel. para acórdão Min. Og Fernandes, julgado em 26/2/2014
(recurso repetitivo) (Info 547).

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Para que seja decretada a indisponibilidade dos bens da


pessoa suspeita de ter praticado ato de improbidade não
se exige a demonstração de fumus boni iuris e periculum
in mora
Direito Administrativo Improbidade administrativa Indisponibilidade de bens
Origem: STJ

Basta que se prove o fumus boni iuris, sendo o periculum in mora presumido
(implícito). Assim, é desnecessária a prova do periculum in mora concreto, ou
seja, de que os réus estejam dilapidando seu patrimônio, ou na iminência de
fazê-lo, exigindo-se apenas a demonstração de fumus boni iuris, consistente em
fundados indícios da prática de atos de improbidade. A medida cautelar de
indisponibilidade de bens, prevista na LIA, consiste em uma tutela de evidência,
de forma que basta a comprovação da verossimilhança das alegações, pois pela
própria natureza do bem protegido, o legislador dispensou o requisito do perigo
da demora. STJ. 1ª Seção. REsp 1366721/BA, Rel. Min. Napoleão Nunes Maia
Filho, Rel. p/ Acórdão Min. Og Fernandes, julgado em 26/02/2014 (recurso
repetitivo).

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Servidor que recebe indevidamente valores por meio de
decisão administrativa: não tem que devolver
Direito Administrativo Servidores públicos Restituição de valores recebidos
Origem: STJ

Se o servidor público recebe valores por força de decisão administrativa


posteriormente revogada, tal quantia poderá ser exigida de volta pela
Administração Pública? NÃO. O STJ possui entendimento pacífico no sentido de
que é incabível a restituição ao erário dos valores recebidos de boa-fé pelo
servidor público em decorrência de errônea ou inadequada interpretação da lei
por parte da Administração Pública. Em virtude do princípio da legítima
confiança, o servidor público, em regra, tem a justa expectativa de que são legais
os valores pagos pela Administração Pública, porque jungida à legalidade estrita.
Assim, diante da ausência da comprovação da má-fé no recebimento dos
valores pagos indevidamente por erro de direito da Administração, não se pode
efetuar qualquer desconto na remuneração do servidor público, a título de
reposição ao erário. STJ. 1ª Seção. REsp 1244182-PB, Rel. Min. Benedito
Gonçalves, julgado em 10/10/2012 (recurso repetitivo) (Info 506).

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Fixação de limitação temporal para o recebimento de


nova ajuda de custo
Direito Administrativo Servidores públicos Alguns temas envolvendo a Lei 8.112/90
Origem: STJ

A fixação de limitação temporal para o recebimento da indenização prevista no


art. 51, I, da Lei 8.112/1990, por meio de normas infralegais, não ofende o
princípio da legalidade. STJ. 1ª Seção. REsp 1257665-CE, Rel. Min. Herman
Benjamin, julgado em 8/10/2014 (recurso repetitivo) (Info 569).

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Responsabilidade civil no caso de atropelamento em via


férrea
Direito Civil Responsabilidade civil Outros temas
Origem: STJ

No caso de atropelamento de pedestre em via férrea, configura-se a


concorrência de causas, para fins de responsabilidade civil, quando: a) a
concessionária do transporte ferroviário descumpre o dever de cercar e fiscalizar
os limites da linha férrea, mormente em locais urbanos e populosos, adotando
conduta negligente no tocante às necessárias práticas de cuidado e vigilância
tendentes a evitar a ocorrência de sinistros; e b) a vítima adota conduta
imprudente, atravessando a composição ferroviária em local inapropriado. STJ.
2ª Seção. REsp 1210064-SP, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em
8/8/2012 (recurso repetitivo).

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Dano social não se confunde com dano material, moral


ou estético
Direito Civil Responsabilidade civil Danos sociais
Origem: STJ
O dano social é uma nova espécie de dano reparável, que não se confunde com
os danos materiais, morais e estéticos, e que decorre de comportamentos
socialmente reprováveis, que diminuem o nível social de tranquilidade. Em uma
ação individual, o juiz condenou o réu ao pagamento de danos morais e, de
ofício, determinou que pagasse também danos sociais em favor de uma
instituição de caridade. O STJ entendeu que essa decisão é nula, por ser “extra
petita”. Para que haja condenação por dano social, é indispensável que haja
pedido expresso. Vale ressaltar, no entanto, que, no caso concreto, mesmo que
houvesse pedido de condenação em danos sociais na demanda em exame, o
pleito não poderia ter sido julgado procedente, pois esbarraria na ausência de
legitimidade para postulá-lo. Isso porque, na visão do STJ, a condenação por
danos sociais somente pode ocorrer em demandas coletivas e, portanto, apenas
os legitimados para a propositura de ações coletivas poderiam pleitear danos
sociais. Em suma, não é possível discutir danos sociais em ação individual. STJ.
2ª Seção. Rcl 12062-GO, Rel. Ministro Raul Araújo, julgado em 12/11/2014
(recurso repetitivo) (Info 552).

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Necessidade de demonstração de má-fé do credor para


condenação ao pagamento em dobro
Direito Civil Obrigações Cobrança judicial de dívida já paga
Origem: STJ

Para que haja a aplicação da sanção civil do pagamento em dobro por cobrança
judicial de dívida já adimplida (art. 1.531 do CC 1916 / art. 940 do CC 2002), é
imprescindível a demonstração de má-fé do credor. Permanece válido o
entendimento da Súmula 159-STF: Cobrança excessiva, mas de boa fé, não dá
lugar às sanções do art. 1.531 do Código Civil (atual art. 940 do CC 2002). STJ.
2ª Seção. REsp 1111270-PR, Rel. Min. Marco Buzzi, julgado em 25/11/2015
(recurso repetitivo) (Info 576).
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Via processual adequada para se requerer sanção por


cobrança judicial de dívida já adimplida
Direito Civil Obrigações Cobrança judicial de dívida já paga
Origem: STJ

A aplicação da sanção civil do pagamento em dobro por cobrança judicial de


dívida já adimplida (art. 1.531 do CC 1916 / art. 940 do CC 2002) pode ser
postulada pelo réu na própria defesa, independendo da propositura de ação
autônoma ou do manejo de reconvenção. STJ. 2ª Seção. REsp 1111270-PR,
Rel. Min. Marco Buzzi, julgado em 25/11/2015 (recurso repetitivo) (Info 576).

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Regra geral da prescrição em ações contra a Fazenda


Pública
Direito Administrativo Responsabilidade civil Prescrição
Origem: STJ

O prazo prescricional aplicável às ações de indenização contra a Fazenda


Pública é de 5 (CINCO) anos, conforme previsto no Decreto 20.910/32, e não de
três anos (regra do Código Civil), por se tratar de norma especial, que prevalece
sobre a geral. STJ. 1ª Seção. REsp 1251993-PR, Rel. Min. Mauro Campbell,
julgado em 12/12/2012 (recurso repetitivo) (Info 512).

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Legitimidade do MP para ação de alimentos
Direito Constitucional Ministério Público Atuação
Origem: STJ

O Ministério Público tem legitimidade ativa para ajuizar ação de alimentos em


proveito de criança ou adolescente, independentemente do exercício do poder
familiar dos pais, ou de o infante se encontrar nas situações de risco descritas no
art. 98 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), ou de quaisquer outros
questionamentos acerca da existência ou eficiência da Defensoria Pública na
comarca. STJ. 2ª Seção. REsp 1265821-BA e REsp 1.327.471-MT, Rel. Min.
Luis Felipe Salomão, julgados em 14/5/2014 (recurso repetitivo) (Info 541).

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