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DIREITO PROCESSUAL PENAL – RENATO BRASILEIRO DE LIMA

Aula 12
COMPETÊNCIA
CRIMINAL III

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1. MECANISMOS DE SOLUÇÃO DE CONFLITOS.

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2. Princípio do juiz natural.

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3. COMPETÊNCIA.

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4. GUIA PARA FIXAÇÃO DE COMPETÊNCIA.

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5. COMPETÊNCIA CRIMINAL DA JUSTIÇA MILITAR
DA UNIÃO E DOS ESTADOS.

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6. COMPETÊNCIA CRIMINAL DA JUSTIÇA
ELEITORAL.

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7. COMPETÊNCIA CRIMINAL DA JUSTIÇA DO
TRABALHO.

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8. COMPETÊNCIA CRIMINAL DA JUSTIÇA
FEDERAL.

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9. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA ESTADUAL.

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10. JUSTIÇA POLÍTICA OU EXTRAORDINÁRIA.

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Consiste em uma atividade jurisdicional exercida
por órgãos políticos, geralmente alheios ao Poder
Judiciário, quando se trata de crimes de
responsabilidade (infrações político-
administrativas).

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11. COMPETÊNCIA POR PRERROGATIVA DE
FUNÇÃO (“RATIONE PERSONAE”/“RATIONE
FUNCIONAE”).

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11.1. Regras Básicas.

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a. Investigação e indiciamento de pessoas com
foro por prerrogativa de função:

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b. Arquivamento de inquérito nas hipóteses de
atribuição originária do PGR/PGJ:

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c. Duplo grau de jurisdição:

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d. (Des) necessidade de o crime ser cometido
durante o exercício do cargo e relacionado às
funções desempenhadas pelo agente e (im)
possibilidade de prorrogação da competência do
respectivo Tribunal quando cessado o exercício
funcional.

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- Regra da contemporaneidade: a competência
por prerrogativa de função deve ser preservada
caso a infração penal tenha sido cometida à
época e em razão do exercício funcional;

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Súmula 394 do STF: “cometido o crime durante o
exercício funcional, prevalece a competência
especial por prerrogativa de função, ainda que o
inquérito ou a ação penal sejam iniciados após a
cessação daquele exercício. (Cancelada "ex
nunc" pelos Inq 687 QO-RTJ 179/912, AP 315 QO-
RTJ 180/11, AP 319 QO-DJ de 31/10/2001, Inq 656
QO-DJ de 31/10/2001, Inq 881 QO-RTJ 179/440 e
AP 313 QO-RTJ 171/745)”.
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Súmula 396 do STF: “Para a ação penal por
ofensa à honra, sendo admissível a exceção da
verdade quanto ao desempenho de função
pública, prevalece a competência especial por
prerrogativa de função, ainda que já tenha
cessado o exercício funcional do ofendido”.

Obs: esta súmula está ultrapassada diante do


cancelamento da súmula n. 394 do STF;
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- Regra da atualidade: o agente faz jus ao foro por
prerrogativa de função apenas enquanto estiver
exercendo a função. Cessada a função, cessa o
direito ao foro por prerrogativa de função;

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CPP
Art. 84. A competência pela prerrogativa de
função é do Supremo Tribunal Federal, do
Superior Tribunal de Justiça, dos Tribunais
Regionais Federais e Tribunais de Justiça dos
Estados e do Distrito Federal, relativamente às
pessoas que devam responder perante eles por
crimes comuns e de responsabilidade. (Redação
dada pela Lei nº 10.628, de 24.12.2002)
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(...) § 1º A competência especial por prerrogativa de função,
relativa a atos administrativos do agente, prevalece ainda que o
inquérito ou a ação judicial sejam iniciados após a cessação do
exercício da função pública. (Incluído pela Lei nº 10.628, de
24.12.2002) (Vide ADIN nº 2797)
§ 2º A ação de improbidade, de que trata a Lei no 8.429, de 2
de junho de 1992, será proposta perante o tribunal competente
para processar e julgar criminalmente o funcionário ou
autoridade na hipótese de prerrogativa de foro em razão do
exercício de função pública, observado o disposto no § 1o.
(Incluído pela Lei nº 10.628, de 24.12.2002) (Vide ADIN nº 2797)

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- Regra da atualidade limitada, restrita ou mista: no
julgamento de uma Questão de Ordem na Ação Penal 937, o
Plenário do Supremo alterou mais uma vez seu entendimento
acerca da matéria e fixou as seguintes teses: I – o foro por
prerrogativa de função aplica-se apenas aos crimes
cometidos durante o exercício do cargo e relacionados às
funções desempenhadas; II – após o final da instrução
processual, com a publicação do despacho de intimação para
apresentação de alegações finais, a competência para
processar e julgar ações penais não será mais afetada em
razão de o agente público vir a ocupar cargo ou deixar o
cargo que ocupava, qualquer que seja o motivo.

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STF: “(...) O foro por prerrogativa de função aplica-se apenas aos
crimes cometidos durante o exercício do cargo e relacionados às
funções desempenhadas. Após o final da instrução processual, com
a publicação do despacho de intimação para apresentação de
alegações finais, a competência para processar e julgar ações
penais não será mais afetada em razão de o agente público vir a
ocupar outro cargo ou deixar o cargo que ocupava, qualquer que
seja o motivo. A Corte registrou que essa nova linha interpretativa
deve ser aplicada imediatamente aos processos em curso, com a
ressalva de todos os atos praticados e decisões proferidas pelo STF
e pelos demais juízos com base na jurisprudência anterior,
conforme precedente firmado no Inq 687 QO/SP (DJU de 25.8.1999).
(STF, Pleno, AP 937 QO/RJ, Rel. Min. Roberto Barroso, j. 03/05/2018).

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STJ: “A ação de improbidade administrativa tem natureza cível-administrativa,
a possibilidade da perda do cargo não a transforma em ação penal. Então, não
está abrangida pela norma do art. 105, I, "a" da Constituição Federal. O
Supremo Tribunal Federal, ao analisar a ADI 2.797, enfrentou questão parecida
com o precedente do direito americano sobre controle da constitucionalidade -
Marbury v. Madison, 5 U.S. (1 Cranch) 137 (1803) -, que envolve a possibilidade
de uma lei ampliar a competência originária da Suprema Corte. A Lei n.
10.628/2002 criou hipótese de competência originária não prevista
expressamente na CF/1988 justamente na questão da improbidade
administrativa. A referida lei foi considerada inconstitucional por criar hipótese
de competência originária diferente das expressamente indicadas pelo
constituinte. Afinal, se estivesse apenas declarando uma norma constitucional
implícita, não seria caso de procedência da ADI 2.797. Agravo regimental não
provido”. (STJ, Corte Especial, AgRg na Rcl 10.037/MT, Rel. Min. Luis Felipe
Salomão, j. 21/10/2015, Dje 25/11/2015)

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Ante o teor da decisão proferida pelo STF na AP 937 QO/RJ, é possível
extrairmos algumas conclusões:

i. a nova orientação da Suprema Corte é válida não apenas para os


feitos de competência do Supremo Tribunal Federal, mas também
para aqueles de competência das demais cortes dotadas de
competência originária (v.g., Superior Tribunal de Justiça, Tribunais
de Justiça dos Estados, Tribunais Regionais Federais, etc.);

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ii. a regra da atualidade limitada, restrita ou mista deve ser aplicada,
doravante, a todo e qualquer agente dotado de foro por prerrogativa
de função, seja ele um Deputado Federal ou um Promotor de Justiça,
seja ele um Senador da República ou um magistrado, sob pena de se
estabelecer uma nova e ainda mais odiosa violação ao princípio da
isonomia, porém desta feita restrita àqueles que têm direito de serem
julgados originariamente pelos Tribunais. Por isso, com a devida
vênia, pensamos que laborou em equívoco a Corte Especial do
Superior Tribunal de Justiça ao proceder ao julgamento de uma
questão de ordem na Ação Penal n. 703/GO. In casu, a despeito do
explícito reconhecimento de que um crime ambiental praticado por
um Desembargador não guardava nenhuma relação com o cargo,
deliberou-se pela prorrogação da competência daquela Corte pelo
fato de a prescrição ser iminente;
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iii. na visão do Supremo Tribunal Federal, não havendo solução
de descontinuidade entre os mandatos exercidos pela
autoridade dotada de foro por prerrogativa de função, em
virtude de sua reeleição para o mandato imediatamente
subsequente ao anterior, ainda que para mandatos cruzados,
deverá ser preservada a competência do respectivo Tribunal
para processar e julgar os crimes por ele cometidos durante o
exercício do primeiro mandato, em obediência ao requisito da
atualidade da função. Subsiste a competência por prerrogativa
de função nos casos de mandatos cruzados, ou seja, quando
um Deputado Federal é eleito para o Senado Federal, ou vice-
versa, como declarou a 2ª Turma do STF no Inq. 4.342 ED-PR
(Rel. Min. Edson Fachin, j. 25.10.2019, DJe 262 29.11.2019).
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(PGR –PROCURADOR DA REPÚBLICA – 2015) JUIZ ESTADUAL QUE
TENHA COMETIDO DELITO CONTRA OS INTERESSES DA UNIÃO
FEDERAL, PRESENTE A HIPÓTESE DO ART. 109, IV, CF/88, É
DENUNCIADO PERANTE O TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO
RESPECTIVO. DOIS DIAS APÓS O RECEBIMENTO DA PEÇA
ACUSATÓRIA, O MAGISTRADO SE APOSENTA VOLUNTARIAMENTE,
QUANDO ENTÃO O TRIBUNAL DE JUSTIÇA DETERMINA A REMESSA
DOS AUTOS AO JUIZ ESTADUAL EM PRIMEIRO GRAU, QUE
IMEDIATAMENTE RECONHECE SUA INCOMPETÊNCIA E ENVIA OS
AUTOS AO JUIZ FEDERAL NA MESMA CIDADE. ENCAMINHADOS OS
AUTOS AO MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL EM PRIMEIRO GRAU, AO
RECEBE-LOS, DEVERA O MEMBRO DO PARQUET:

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(a) Reconhecer a nulidade dos atos processuais praticados, pois a
competência originária para o recebimento da peça acusatória seria
do Tribunal Regional Federal respectivo, apresentando, se assim
entender, nova denúncia perante o Juiz Federal;
(b) Por serem absolutamente validos todos os atos já praticados, com
a perda da prerrogativa de foro a competência se transfere para o Juiz
Federal que a detém, razão pela qual e hipótese de pedir o regular
processamento segundo o rito próprio para o crime em relação ao
qual houve a denuncia, cujo recebimento e hígido e não necessita de
ratificação;
(c) Fazer manifestação no sentido da incompetência da Justiça
Federal, devendo o Juiz Federal suscitar conflito negativo de
competência perante o Superior Tribunal de Justiça;
(d) Nenhuma das opções acima é correta;
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Gabarito: B

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e. Crime cometido após o exercício funcional:

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f. Crime doloso contra a vida:

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Súmula n. 721 do STF: “A competência
constitucional do Tribunal do Júri prevalece sobre
o foro por prerrogativa de função estabelecido
exclusivamente pela Constituição Estadual”.

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Súmula vinculante n. 45: “A competência
constitucional do Tribunal do Júri prevalece sobre
o foro por prerrogativa de função estabelecido
exclusivamente pela Constituição Estadual”;

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Obs: se a competência especial por prerrogativa de função estiver estabelecida na Constituição
Federal, prevalecerá sobre a competência constitucional do júri, em razão do princípio da
especialidade. Porém, compatibilizando esse raciocínio com a nova orientação firmada pelo
Supremo Tribunal Federal no julgamento de Questão de Ordem na Ação Penal n. 937 (regra da
contemporaneidade exposta anteriormente), justifica-se a competência originária do respectivo
Tribunal desta autoridade dotada de foro por prerrogativa de função previsto na Constituição
Federal tão somente se o crime doloso contra a vida em questão tiver sido por ela praticado durante
o exercício do cargo e em razão de suas funções. Recentemente, o tema foi levado à apreciação do
Supremo Tribunal Federal (Inq. 4.789/RJ, Rel. Min. Luís Roberto Barroso, j. 1º/08/2019): o caso
concreto versava sobre inquérito instaurado para apurar a prática de homicídio doloso contra o
pastor Anderson do Carmo na cidade de Niterói. Ante a constatação do possível envolvimento da
Deputada Federal F. D. d. S. no crime investigado, o Parquet Estadual requereu a remessa de cópia
dos autos ao Supremo para que fosse analisada a sua competência para a supervisão das
investigações sobre pessoa que ostenta foro por prerrogativa de função previsto na Constituição
Federal. Aos olhos do Min. Barroso, como até o momento não havia qualquer elemento que
revelasse relação de causalidade entre o crime doloso contra a vida e o exercício do cargo, e,
considerando-se, ademais, a nova orientação firmada na Questão de Ordem na Ação Penal n. 937,
não haveria motivo para se reconhecer a competência originária do Supremo, daí por que
reconheceu a competência do Juízo da 3ª Vara Criminal da Comarca de Niterói/RJ para dar
prosseguimento às investigações.

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g. Concurso de agentes:

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Súmula 704 do STF: “não viola as garantias do
juiz natural, da ampla defesa e do devido
processo legal a atração por continência ou
conexão do processo do corréu ao foro por
prerrogativa de função de um dos denunciados”.

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Súmula n. 702 do STF: “A competência do
Tribunal de Justiça para julgar Prefeitos restringe-
se aos crimes de competência da Justiça comum
Estadual; nos demais casos, a competência
originária caberá ao respectivo Tribunal de
segundo grau”.

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Súmula n. 703 do STF: “A extinção do mandato do
Prefeito não impede a instauração de processo
pela prática dos crimes previstos no art. 1º do
Dec.-lei 201/67.

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h. Constituições Estaduais e princípio da simetria.

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CF

Art. 125. Os Estados organizarão sua Justiça,


observados os princípios estabelecidos nesta
Constituição.

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- No julgamento da ADI 2.553/MA (Rel. Min. Alexandre de Moraes, j.
15/05/2019, DJe 17.08.2020), o Plenário do Supremo julgou procedente pedido
formulado em ação direta para declarar a inconstitucionalidade do art. 81, IV,
da Constituição do Estado do Maranhão, acrescentado pela Emenda
Constitucional 34/2001, que incluía, entre as autoridades com foro criminal
originário perante o tribunal de justiça, os procuradores de Estado, os
procuradores da assembleia legislativa, os defensores públicos e os
delegados de polícia. Prevaleceu o entendimento de que não seria viável, in
casu, a aplicação do princípio da simetria. Interpretação que conferisse às
constituições estaduais a possibilidade de definir foro, considerando o
princípio federativo e com esteio no art. 125, § 1º, da CF, permitiria aos
Estados dispor, livremente, sobre essas prerrogativas, o que seria
equivalente a assinar um cheque em branco. Por fim, esclareceu que o vice-
governador, os secretários de Estado e o comandante dos militares
estaduais, por determinação expressa do art. 28 da CF, também possuem
prerrogativa de foro, independentemente de a constituição estadual fixá-la ou
não.
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- Também se revela incompatível com a Constituição Federal norma de
Constituição estadual que disponha sobre nova hipótese de foro por prerrogativa
de função, em especial relativo a ações destinadas a processar e julgar atos de
improbidade administrativa. O constituinte derivado decorrente deve observar
mínima equivalência com o modelo federal existente – seja se atendo ao que está
previsto na CF, seja legislando por simetria. Cabe lembrar que em nenhum
momento a CF cogita de foro por prerrogativa de função para o julgamento de
autoridades processadas por ato de improbidade administrativa, sendo este um
claro limite à competência dos estados para disporem sobre o tema em suas
constituições. Com base nesse entendimento, o Plenário do STF julgou
procedente o pedido formulado em ação direta de inconstitucionalidade em face
de alteração da Constituição do Estado do Espírito Santo (art. 109, I, “h”, com
redação dada pela EC 85/12), que passou a prever que as autoridades julgadas
pelo Tribunal de Justiça nos processos criminais também fossem julgadas pela
mesma Corte em ações das quais pudesse resultar a suspensão ou perda dos
direitos políticos, a perda de função pública ou de mandato eletivo. Nesse sentido:
STF, Pleno, ADI 4870/ES, Rel. Min. Dias Toffoli, j. 14.12.2020.

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12. COMPETÊNCIA TERRITORIAL.

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- Regra de Fixação:

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CPP.
Art. 70. A competência será, de regra, determinada pelo
lugar em que se consumar a infração, ou, no caso de
tentativa, pelo lugar em que for praticado o último ato de
execução.
§ 1º Se, iniciada a execução no território nacional, a
infração se consumar fora dele, a competência será
determinada pelo lugar em que tiver sido praticado, no
Brasil, o último ato de execução.
(...)
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(...)
§ 2º Quando o último ato de execução for praticado
fora do território nacional, será competente o juiz do
lugar em que o crime, embora parcialmente, tenha
produzido ou devia produzir seu resultado.
§ 3º Quando incerto o limite territorial entre duas ou
mais jurisdições, ou quando incerta a jurisdição por ter
sido a infração consumada ou tentada nas divisas de
duas ou mais jurisdições, a competência firmar-se-á
pela prevenção.
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- Crimes formais:

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- Crimes permanente que se prolongou por várias
comarcas:

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CPP.
Art. 83. Verificar-se-á a competência por
prevenção toda vez que, concorrendo dois ou
mais juízes igualmente competentes ou com
jurisdição cumulativa, um deles tiver antecedido
aos outros na prática de algum ato do processo
ou de medida a este relativa, ainda que anterior
ao oferecimento da denúncia ou da queixa (arts.
70, § 3º, 71, 72, § 2º, e 78, II, c).
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- Crimes plurilocais de homicídio (princípio do
esboço do resultado):

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(CESPE- JUIZ SUBSTITUTO - TJ/AM-2016). Em relação à competência
no processo penal e à jurisprudência dos tribunais superiores, assinale a
opção correta.
(A) Na hipótese de um crime de latrocínio em que haja conexão com um
crime de tentativa de homicídio, deve haver a reunião de processos em um
só juízo, e preponderará a competência do juízo ao qual esteja associado o
crime cominado com pena mais grave, no caso o de latrocínio.
(B) Nos crimes culposos contra a vida em que os atos de execução
ocorram em um lugar e a consumação, em outro, excepcionalmente adota-
se a teoria da atividade, e a competência para julgar o fato será do juízo do
local dos atos executórios.

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(C) É da competência da justiça estadual o processo dos réus acusados
pelo crime de redução à condição análoga à de escravo, porque a conduta
criminosa atinge a liberdade individual de homem específico, não
caracterizando violação a interesse da União.
(D) A competência pela prevenção se dá quando, concorrendo dois ou
mais juízes igualmente competentes ou com jurisdição cumulativa, um
deles anteceda aos outros ao determinar a citação do réu.
(E) Os crimes contra a honra da vítima quando praticados pelas redes
sociais da Internet são da competência exclusiva da justiça federal.

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Gabarito: B

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- Crimes Plurilocais X Crime à distância:

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- Competência territorial com fundamento no
domicílio do acusado:

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- Crime de estelionato mediante falsificação de
cheque:

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Súmula 48 do STJ: “compete ao juízo do local da obtenção da
vantagem ilícita processar e julgar crime de estelionato
cometido mediante falsificação de cheque”.

Súmula 244 do STJ: “compete ao foro do local da recusa


processar e julgar o crime de estelionato mediante cheque sem
provisão de fundos”.

Súmula 521 do STF: “o foro competente para o processo e


julgamento dos crimes de estelionato, sob a modalidade da
emissão dolosa de cheque sem provisão de fundos, é o do
local onde se deu a recusa do pagamento pelo sacado”.
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- Estelionato na hipótese de transferência ou
depósito bancário:

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- A melhor solução jurídica é aquela que estabelece distinção entre a
hipótese de estelionato mediante depósito de cheque clonado ou
adulterado (competência do Juízo do local onde a vítima mantém
conta bancária), daquela na qual a vítima é induzida a efetivar
depósito ou transferência bancária em prol do beneficiário da fraude
(competência do Juízo onde situada a agência bancária beneficiária
do depósito ou transferência). Assim, se o crime só se consuma com
a efetiva obtenção da vantagem indevida pelo agente ativo, é certo
que só há falar em consumação, nas hipóteses de transferência e
depósito, quando o valor efetivamente ingressa na conta bancária do
beneficiário da fraude. Com esse entendimento: STJ, 3ª Seção, CC
169.053/DF, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, j. 11/12/2019, DJe
19/12/2019.

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- Crime de contrabando ou descaminho:

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Súmula 151 do STJ: A competência para o
processo e julgamento por crime de
contrabando ou descaminho define-se pela
prevenção do juízo federal do lugar da
apreensão dos bens.

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- Crime de tráfico de drogas por meio de remessa
do exterior pela via postal:

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Súmula n. 528 do STJ: “Compete ao juiz
federal do local da apreensão da droga
remetida do exterior pela via postal processar
e julgar o crime de tráfico internacional”;

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- Tráfico internacional de drogas por meio de
exportação:

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STJ: “(...) In casu, no tráfico interestadual de drogas, tal
qual a exportação, no tráfico internacional de
entorpecentes, cujos últimos atos de execução são
praticados dentro do país, é de considerar como local da
remessa do entorpecente o lugar da consumação do
delito, nos termos do art. 70 do CPP, revelando-se a
competência, inclusive, em favor da produção de provas e
do desenvolvimento dos atos processuais”. (STJ, 3ª
Seção, CC 147.802/MS, Rel. Min. Ribeiro Dantas, j.
28/09/2016, DJe 13/10/2016).

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(Procurador da República - Março/2017). No que se refere à competência no processo
penal relacionado ao tema do tráfico internacional de drogas, analise as afirmativas
abaixo à luz do entendimento consolidado na jurisprudência do Superior Tribunal de
Justiça:
I – Quando se trata de importação, a competência para julgar a ação penal é do juízo do
local da apreensão da droga, onde se consuma o crime, e não o lugar do destino;
II – Quando se trata de exportação, cujos últimos atos de execução são praticados dentro
do país, frente ao disposto no art. 70 do CPP, a competência é do juízo federal do local da
remessa da droga para o exterior;
III – Tanto na importação como na exportação, a competência é do juízo federal onde
apreendida a droga;
IV – os crimes praticados nos municípios que não sejam sede de vara federal serão
processados e julgados na vara federal da circunscrição respectiva, sendo inviável a
delegação de competência para a Justiça Estadual, não podendo haver a definição da
competência de outro juízo se for crime único de tráfico.

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Ante as assertivas acima:
a) apenas as assertivas I, II e IV estão integralmente corretas;
b) apenas as assertivas I e II estão integralmente corretas;
c) apenas as assertivas III e IV estão integralmente corretas;
d) apenas a assertiva III está integralmente correta.

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GABARITO: A

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- Crime de uso de passaporte falso:

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Súmula n. 200 do STJ: “O Juízo Federal
competente para processar e julgar acusado
de crime de uso de passaporte falso é o do
lugar onde o delito se consumou”.

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- Crimes praticados no estrangeiro:

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CPP.
Art. 88. No processo por crimes praticados fora
do território brasileiro, será competente o juízo da
Capital do Estado onde houver por último
residido o acusado. Se este nunca tiver residido
no Brasil, será competente o juízo da Capital da
República.

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- Infração de menor potencial ofensivo:

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Lei 9.099/95.
Art. 63. A competência do Juizado será
determinada pelo lugar em que foi praticada a
infração penal.

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(FCC – JUIZ SUBSTITUTO – TJ/SC - 2017). Considere os Casos 1 e 2
abaixo.
Caso 1: Iniciada a prática de homicídio em Florianópolis, a morte da vítima
ocorreu em Itajaí e a prisão do acusado em Blumenau.
Caso 2: Delito de menor potencial ofensivo foi praticado em Itajaí e se
consumou no Balneário de Camboriú, não sendo possível a transação
penal.
É competente para julgar as ações penais,
(A) o Tribunal do Júri da Comarca de Itajaí (Caso 1) e o juiz singular,
segundo a organização judiciária da Comarca do Balneário de Camboriú
(Caso 2).
(B) em ambos os casos, segundo a regra de distribuição, o juiz criminal da
Comarca de Itajaí.
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(C) o Tribunal do Júri da Comarca de Florianópolis (Caso 1) e o juiz
singular, segundo a organização judiciária da Comarca de Itajaí (Caso 2).
(D) o Tribunal do Júri (Caso 1) e o juiz singular (Caso 2), segundo a
organização judiciária da Comarca de Itajaí.
(E) em ambos os casos, segundo a regra de prevenção, o juiz criminal da
Comarca de Itajaí.

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Gabarito: D

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13. CONEXÃO E CONTINÊNCIA.

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13.1. Conexão.

Pode ser compreendida como o nexo, a


dependência recíproca que dois ou mais fatos
delituosos guardam entre si, recomendando a
união de todos eles em um mesmo processo
penal, perante o mesmo órgão jurisdicional, a fim
de que este tenha uma perfeita visão do quadro
probatório.
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CPP
Art. 76. A competência será determinada pela conexão:
I - se, ocorrendo duas ou mais infrações, houverem sido
praticadas, ao mesmo tempo, por várias pessoas reunidas, ou
por várias pessoas em concurso, embora diverso o tempo e o
lugar, ou por várias pessoas, umas contra as outras;
II - se, no mesmo caso, houverem sido umas praticadas para
facilitar ou ocultar as outras, ou para conseguir impunidade ou
vantagem em relação a qualquer delas;
III - quando a prova de uma infração ou de qualquer de suas
circunstâncias elementares influir na prova de outra infração.

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13.1.1. Espécies de Conexão.

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a) Conexão intersubjetiva: várias pessoas e vários
delitos.

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a.1) Conexão intersubjetiva por simultaneidade:

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a.2) Conexão intersubjetiva por concurso
(concursal):

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a.3) Conexão intersubjetiva por reciprocidade:

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b) Conexão objetiva, lógica, material ou
teleológica:

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c) Conexão instrumental, probatória ou
processual:

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13.2. Continência.

Configura-se quando uma demanda, em face de


seus elementos (partes, pedido e causa de pedir)
estiver contida em outra.

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CPP.
Art. 77. A competência será determinada pela
continência quando:
I - duas ou mais pessoas forem acusadas pela
mesma infração;
II - no caso de infração cometida nas condições
previstas nos arts. 51, § 1º, 53, segunda parte, e
54 do Código Penal.

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13.2.1. Espécies de Continência.

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a) Continência subjetiva ou por cumulação
subjetiva:

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CP, Art. 29 - Quem, de qualquer modo, concorre para o crime
incide nas penas a este cominadas, na medida de sua
culpabilidade. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
§ 1º - Se a participação for de menor importância, a pena pode
ser diminuída de um sexto a um terço. (Redação dada pela Lei
nº 7.209, de 11.7.1984)
§ 2º - Se algum dos concorrentes quis participar de crime
menos grave, ser-lhe-á aplicada a pena deste; essa pena será
aumentada até metade, na hipótese de ter sido previsível o
resultado mais grave. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)

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b) Continência por cumulação objetiva:

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CP.
Art. 70 - Quando o agente, mediante uma só ação ou omissão,
pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não, aplica-se-lhe a
mais grave das penas cabíveis ou, se iguais, somente uma
delas, mas aumentada, em qualquer caso, de um sexto até
metade. As penas aplicam-se, entretanto, cumulativamente, se
a ação ou omissão é dolosa e os crimes concorrentes resultam
de desígnios autônomos, consoante o disposto no artigo
anterior.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Parágrafo único - Não poderá a pena exceder a que seria
cabível pela regra do art. 69 deste Código. (Redação dada pela
Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
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CP.
Art. 73 - Quando, por acidente ou erro no uso dos meios
de execução, o agente, ao invés de atingir a pessoa que
pretendia ofender, atinge pessoa diversa, responde
como se tivesse praticado o crime contra aquela,
atendendo-se ao disposto no § 3º do art. 20 deste
Código. No caso de ser também atingida a pessoa que o
agente pretendia ofender, aplica-se a regra do art. 70
deste Código.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)
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CP.
Art. 74 - Fora dos casos do artigo anterior,
quando, por acidente ou erro na execução do
crime, sobrevém resultado diverso do pretendido,
o agente responde por culpa, se o fato é previsto
como crime culposo; se ocorre também o
resultado pretendido, aplica-se a regra do art. 70
deste Código. (Redação dada pela Lei nº 7.209,
de 11.7.1984)
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(MPE- PROMOTOR DE JUSTIÇA –MP/SC – 2016) ANALISE OS
ENUNCIADOS DAS QUESTÕES ABAIXO E ASSINALE “VERDADEIRO” –
(V) OU “FALSO” – (F)
( ) A competência, segundo o Código de Processo Penal, será
determinada pela continência, quando a prova de uma infração ou de
qualquer de suas circunstâncias elementares influir na prova de outra
infração e, por conexão, entre outros casos, se, ocorrendo duas ou mais
infrações, houverem sido praticadas, ao mesmo tempo, por várias pessoas
reunidas, ou por várias pessoas em concurso, embora diverso o tempo e o
lugar, ou por várias pessoas, umas contra as outras.

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Gabarito: FALSO

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13.3. Efeitos da Conexão e da Continência.

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a) Processo e julgamento único (“simultaneus
processus”):

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CPP.
Art. 79. A conexão e a continência importarão unidade de
processo e julgamento, salvo:
I - no concurso entre a jurisdição comum e a militar;
II - no concurso entre a jurisdição comum e a do juízo de
menores.
§ 1º Cessará, em qualquer caso, a unidade do processo, se,
em relação a algum corréu, sobrevier o caso previsto no art.
152.
§ 2º A unidade do processo não importará a do julgamento, se
houver corréu foragido que não possa ser julgado à revelia, ou
ocorrer a hipótese do art. 461.
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Súmula 704 do STF: “não viola as garantias do
juiz natural, da ampla defesa e do devido
processo legal a atração por continência ou
conexão do processo do corréu ao foro por
prerrogativa de função de um dos denunciados”.

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b) Um foro ou um ou um juízo exercerá força
atrativa (“forum attractionis” ou “vis attractiva”):

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CPP.
Art. 82. Se, não obstante a conexão ou
continência, forem instaurados processos
diferentes, a autoridade de jurisdição prevalente
deverá avocar os processos que corram perante
os outros juízes, salvo se já estiverem com
sentença definitiva. Neste caso, a unidade dos
processos só se dará, ulteriormente, para o efeito
de soma ou de unificação das penas.
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Súmula 235 do STJ: “a conexão não determina a
reunião dos processos, se um deles já foi
julgado”.

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13.4. Foro Prevalente.

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a) Competência prevalente do Tribunal do Júri:
CPP.
Art. 78. Na determinação da competência por conexão ou
continência, serão observadas as seguintes regras:
(Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948)
I - no concurso entre a competência do júri e a de outro
órgão da jurisdição comum, prevalecerá a competência do
júri; (Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948)
(...)

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CPP.
Art. 79. A conexão e a continência importarão
unidade de processo e julgamento, salvo:
I - no concurso entre a jurisdição comum e a
militar;
II - no concurso entre a jurisdição comum e a do
juízo de menores.
(...)
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b) Jurisdições distintas:

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- Concurso entre jurisdição comum e especial:
CPP.
Art. 78. Na determinação da competência por conexão ou
continência, serão observadas as seguintes regras:
(Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948)
(...)
IV - no concurso entre a jurisdição comum e a especial,
prevalecerá esta. (Redação dada pela Lei nº 263, de
23.2.1948)

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-Concurso entre órgãos de jurisdição superior e inferior:

CPP.
Art. 78. Na determinação da competência por conexão ou
continência, serão observadas as seguintes regras: (Redação
dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948)
(...)
III - no concurso de jurisdições de diversas categorias,
predominará a de maior graduação; (Redação dada pela Lei nº
263, de 23.2.1948)

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CPP.
Art. 80. Será facultativa a separação dos
processos quando as infrações tiverem sido
praticadas em circunstâncias de tempo ou de
lugar diferentes, ou, quando pelo excessivo
número de acusados e para não Ihes prolongar a
prisão provisória, ou por outro motivo relevante,
o juiz reputar conveniente a separação.

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-Concurso entre justiça federal e estadual:

Súmula 122 do STJ: “compete à Justiça Federal o


processo e julgamento unificado dos crimes
conexos de competência federal e estadual, não
se aplicando a regra do Art. 78, II, "a", do Código
de Processo Penal”.

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CPP.
Art. 78. Na determinação da competência por conexão ou
continência, serão observadas as seguintes regras: (Redação
dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948)
(...)
Il - no concurso de jurisdições da mesma categoria: (Redação
dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948)
(...)
a) preponderará a do lugar da infração, à qual for cominada a
pena mais grave; (Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948)

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- Concurso entre infração penal comum e
infração de menor potencial ofensivo:

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Lei 9.099/95.
Art. 60. O Juizado Especial Criminal, provido por juízes
togados ou togados e leigos, tem competência para a
conciliação, o julgamento e a execução das infrações penais
de menor potencial ofensivo, respeitadas as regras de
conexão e continência. (Redação dada pela Lei nº 11.313, de
2006)
Parágrafo único. Na reunião de processos, perante o juízo
comum ou o tribunal do júri, decorrentes da aplicação das
regras de conexão e continência, observar-se-ão os
institutos da transação penal e da composição dos danos
civis. (Incluído pela Lei nº 11.313, de 2006)
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c) Jurisdições da mesma categoria:

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- Regras de fixação:

1) Prevalece o juízo da comarca em que tiver sido


praticado o delito mais grave (CPP, art. 78, II, “a”);
2) Local do maior número de infrações, se as penas forem
de igual gravidade (CPP, art. 78, II, “b”);
3) Não havendo as distinções acima, o critério é o da
prevenção (CPP, art. 78, II, “c”).

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CPP.
Art. 78. Na determinação da competência por conexão ou
continência, serão observadas as seguintes regras: (Redação
dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948)
(...)
Il - no concurso de jurisdições da mesma categoria: (Redação
dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948)
(...)
a) preponderará a do lugar da infração, à qual for cominada a
pena mais grave; (Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948)

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(...)
b) prevalecerá a do lugar em que houver ocorrido
o maior número de infrações, se as respectivas
penas forem de igual gravidade; (Redação dada
pela Lei nº 263, de 23.2.1948)
c) firmar-se-á a competência pela prevenção, nos
outros casos; (Redação dada pela Lei nº 263, de
23.2.1948)

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(Procurador da República-Março/2017). Crime apenado
com 2 a 12 anos de reclusão foi cometido na jurisdição
federal do Município “X”. Outro crime, porém apenado
com reclusão de 3 a 8 anos de reclusão, foi cometido na
jurisdição federal do Município “Y”. Os crimes são
conexos entre si e devem ser processados conjuntamente
por força do art. 78, II, “a”, do CPP. Segundo entendimento
preponderante na doutrina e na jurisprudência, a
competência é do Juízo Federal com jurisdição sobre o
município “Y”.

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GABARITO: ERRADA

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(MPE- PROMOTOR DE JUSTIÇA –MP/SC – 2016) ANALISE OS
ENUNCIADOS DAS QUESTÕES ABAIXO E ASSINALE “VERDADEIRO” –
(V) OU “FALSO” – (F)
( ) De acordo com o Código de Processo Penal, a conexão e a continência
importarão unidade de processo e julgamento, salvo no concurso entre a
jurisdição comum e militar e no concurso entre a jurisdição comum e a do
juízo de menores. Segundo o mesmo Estatuto, na determinação da
competência por conexão ou continência serão observadas, entre outras,
as seguintes regras: no concurso de jurisdições da mesma categoria,
preponderará a do lugar da infração à qual for cominada a pena mais
grave; prevalecerá a do lugar em que houver ocorrido o maior número de
infrações, se as respectivas penas forem de igual gravidade.

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Gabarito: VERDADEIRO

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(MP/MG – Maio de 2018). Examine as alternativas abaixo,
referentes à competência, assinalando a correta:
a) Entre as exceções ao princípio da unicidade, figura a
situação em que o concurso de pessoas, em crime doloso
contra a vida, dá-se entre o agente que responde
originariamente perante Tribunal de Justiça e aquele que não
se submete, em regra, a foro por prerrogativa de função;
b) Em crime praticado fora do Brasil, quando aplicável a lei
brasileira, o juízo competente será sempre o da Capital da
República;

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c) A teor do que dispõe o CPP, na hipótese de crimes conexos,
concorrendo jurisdições da mesma categoria, preponderá a
determinada pela prevenção;
d) A unidade de processo e de julgamento imposta pelo CPP
não prevalece se, ocorrendo dois crimes dolosos contra a vida,
conexos, for um deles de competência da Justiça Federal e
outro da Justiça Estadual.

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GABARITO: A

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