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DIREITO ADMINISTRATIVO EM EXERCÍCIOS (FCC)

Processo Administrativo Federal Lei N. 9.784/99 (Bloco II)


Produção: Equipe Pedagógica Gran Cursos Online

PROCESSO ADMINISTRATIVO – LEI N. 9.784/99 (BLOCO II)

QUESTÕES DE CONCURSO

7. (2014/ FCC/ TRT - 2ª REGIÃO (SP)/ ANALISTA JUDICIÁRIO) Órgão inte-


grante do Poder Legislativo federal, no desempenho da função administrati-
va, solucionou controvérsia proferindo ato administrativo restritivo de direito
sem, no entanto, observar a Lei no 9.784/1999.

Considerando o âmbito de aplicação da referida lei, é correto afirmar que o


administrador atuou
a. em desconformidade com a lei, porque os preceitos da norma também se
aplicam aos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário da União, respec-
tivamente, quando no desempenho de função legislativa e judicial.
b. conforme a lei, porque o ato normativo aplica-se tão somente às unidades
de atuação integrantes da estrutura da Administração direta e da estrutura
da Administração indireta federal.
c. conforme a lei, porque o referido ato normativo aplica-se, exclusivamente,
ao Poder Executivo federal, abrangendo a Administração pública direta e
indireta.
d. conforme a lei, porque o referido ato normativo aplica-se ao Poder Exe-
cutivo federal, abrangendo a Administração pública direta e indireta e ao
Poder Judiciário federal, não se aplicando ao Poder Legislativo federal,
estadual ou local.
e. em desconformidade com a lei, porque os preceitos da supracitada norma
também se aplicam aos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário da
União, quando no desempenho de função administrativa.

Comentário
A Lei n. 9.784/1999 aplica-se aos 3 Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário),
mas trata do processo administrativo em âmbito Federal. Sendo assim, ela só
se aplicará ao Legislativo e Judiciário em seus aspectos administrativos e
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não regerá os procedimentos legislativos (são aplicadas as regras do processo


legislativo da Constituição e no Regimento Interno) e judicial (são aplicadas as
regras do Direito Processual Civil, Direito Processual Penal, Direito Processual
Trabalhista).
A supracitada lei aplica-se tão somente às unidades de atuação integrantes
da estrutura da Administração direta e da estrutura da Administração indireta
federal dos 3 Poderes (Executivo,Legislativo e Judiciário). Sendo assim, não
é possível considerar a atuação direta e indireta apenas do Poder Executivo.
Um ato produzido por uma autoridade do Poder Legislativo, que não tenha
observado a Lei n. 9.784/1999, estará em desconformidade, pois os seus
preceitos também se aplicam aos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário
da União quando no desempenho da função meramente administrativa.

8. (2013/ FCC/ TRT - 5ª Região (BA)/ ANALISTA JUDICIÁRIO) O TRT/BA ins-


taurou processo administrativo para a verificação de conduta de servidor.
Nesse processo houve, por parte do órgão administrativo, delegação de
competência dentro dos limites estabelecidos pela Lei nº 9.784/99.

É regra atinente à delegação de competência no processo administrativo,


a. a possibilidade de ocorrer na edição de atos de caráter normativo.
b. a faculdade de publicação do ato no meio oficial.
c. a revogabilidade do ato.
d. a possibilidade de ocorrer na decisão de recurso administrativo.
e. o ato não poder conter ressalva de exercício da atribuição delegada.

Comentário
São estabelecidas 3 situações em que a competência é indelegável (Art. 13):
• Não se admite delegação de competência para atos normativos.
• Não se admite delegação de competência para apreciar e julgar recursos
administrativos.
• Não se admite delegação para competência em matéria exclusiva.
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O Art. 14 diz expressamente que o ato de delegação e sua revogação devem


ser publicados em Imprensa Oficial (Diário Oficial).
O ato de delegação pode ser revogado a qualquer momento (Art. 14)
Não é possível ter delegação para decisão de recursos (Art. 13).
O ato que faz a delegação pode expressamente conter as ressalvas do poder
delegado para o exercício dessa competência (Art. 14).

9. (2014/ FCC/ TRF - 3ª REGIÃO/ ANALISTA JUDICIÁRIO) Segundo a Lei no


9.784/99, o órgão competente poderá declarar extinto o processo administra-
tivo quando exaurida sua finalidade ou o objeto da decisão se tornar
a. inútil, apenas.
b. impossível, apenas.
c. impossível ou prejudicado por fato superveniente, apenas.
d. prejudicado por fato superveniente, apenas.
e. impossível, inútil ou prejudicado por fato superveniente.

Comentário
De acordo com o artigo 65, caso se torne impossível, inútil ou prejudicado
em razão de fato ou circunstância superveniente, o processo administrativo
poderá ser declarado extinto pela autoridade competente.

10. (2014/ FCC/ TRF - 3ª REGIÃO/ TÉCNICO JUDICIÁRIO) Inácio, servidor pú-
blico federal do Tribunal Regional Federal da 3a Região e responsável pela
condução de determinado processo administrativo, detectou que uma das
partes interessadas do aludido processo é casada com Carlos, com quem
possui amizade íntima. Vale salientar que o mencionado processo adminis-
trativo apresenta uma pluralidade de partes interessadas. No caso narrado e
nos termos da Lei no 9.784/1999,
a. o processo deverá continuar a ser conduzido por Inácio, tendo em vista
que existe uma pluralidade de partes interessadas.
b. trata-se de hipótese de impedimento expressamente prevista na lei.
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c. inexiste qualquer proibitivo para que Inácio continue na condução do pro-


cesso, pouco importando a pluralidade de partes interessadas.
d. Inácio deverá afastar-se da condução do processo por razão moral, embo-
ra não se trate nem de impedimento, nem de suspeição.
e. Inácio deverá declarar-se suspeito

Comentário
Os artigos 19 e 20 da Lei n. 9.784/1999 trata da hipótese de suspeição (amizade
íntima ou inimizade notória) – quando o servidor designado para conduzir um
processo encontra-se em circunstância que compromete ou põe em dúvida a
sua imparcialidade na condução do processo.
Por questão de moralidade administrativa, o servidor envolvido em caso de
suspeição, deve declarar-se suspeito.

11. (2014/ FCC/ TRT - 19ª REGIÃO (AL), ANALISTA JUDICIÁRIO) Nos termos
da Lei no 9.784/99, considere:
I – O recurso administrativo não será conhecido quando interposto por quem
não seja legitimado.
II – Quando o recurso administrativo for interposto perante órgão incompeten-
te, ele não será conhecido; no entanto, será indicada a autoridade compe-
tente ao recorrente, sendo-lhe devolvido o prazo para recurso.
III – O recurso administrativo será conhecido ainda que interposto fora do pra-
zo, haja vista que determinadas formalidades legais podem ser relevadas
em prol do interesse público.

Está correto o que consta APENAS em:


a. III
b. I e III.
c. I e II.
d. II e III.
e. II.
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Comentário
O recurso administrativo não será conhecido quando (Art. 62):
• interposto fora do prazo;
• interposto perante autoridade ou órgão que não seja o competente;
• interposto porque não é legitimado;
• interposto quando já exauridas as circunstâncias do processo.

GABARITO

7. e
8. c
9. e
10. e
11. c

 Obs.: Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos
Online, de acordo com a aula preparada e ministrada pelo professor
Emerson Caetano.

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