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Lei Anticorrupção – Processo Administrativo de Responsabilização
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Nesta aula, serão estudados a competência para instaurar e para julgar, as fases e os
prazos de atos que são praticados dentro do PAR.
COMPETÊNCIA
Obs.: Por exemplo, foi verificado que um servidor da PGFN foi punido porque estava extin-
guindo várias dívidas ativas tributárias de pessoas e empresas, de modo fraudulento.
Abre-se um processo administrativo disciplinar contra aquele servidor, apurando-se a
sua responsabilidade administrativa. O Ministro da Economia pode, de ofício, deter-
minar um PAR contra as pessoas jurídicas que tiveram benefício em razão da condu-
ta daquele servidor. São processos diferentes, mas ele pode, de ofício, abrir um PAR,
sem provocação de ninguém. Pode acontecer também no Judiciário, dentro do STF
ou do STJ, quando se descobre que há uma empresa beneficiando-se de servidores,
com o intuito de gerar prescrição em processos, ou até mesmo de magistrados, que
estão atuando em favor das empresas mediante combinação. O próprio Presidente
do Tribunal, de ofício, pode determinar a instauração do PAR.
Obs.: Por exemplo, para o PAR dentro da Receita Federal, quem tem competência é o
Ministro da Economia. Aconteceu uma fraude na fiscalização dentro da Receita
Federal. São muitos PAR. Se o Ministro da Economia fosse instaurar e julgar todos
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esses processos, seria muita atribuição. Ele pode delegar, no exemplo, ao Secretá-
rio da Receita Federal para instaurar e julgar processos de PAR dentro da Receita,
e delegar ao Procurador Geral da Fazenda Nacional a instauração e o julgamento
de processos de responsabilidade de atos que são contra a Fazenda Nacional, no
âmbito da sua dívida ativa. Tanto o ato de instauração quanto o de julgamento são
passíveis de delegação, mas é vedada a subdelegação. Por exemplo, se o Secre-
tário da Receita quisesse delegar isso para alguém, não poderia, porque é vedado.
5m
CGU – Atribuições
COMISSÃO
Obs.: Quando a autoridade instauradora vai instaurar o processo, faz uma portaria infor-
mando qual empresa será responsável e já designando quem serão os dois servido-
res (ou mais) estáveis que irão compor essa comissão. A estabilidade é importante
para se ter a proteção de não perder o cargo, salvo em situações excepcionais,
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Obs.: A comissão em si, que é administrativa, não tem poder de requisitar busca e apreen-
são de computadores de uma empresa, por exemplo. É necessário que ela faça uma
representação para a AGU ingressar com a medida cautelar de busca e apreensão,
judicialmente, e o juiz autorize que seja feita a tal busca e apreensão.
Obs.: Enquanto está tramitando a ação judicial que determinará a busca e apreensão – ou
outra medida, a comissão pode propor que se suspenda o processo enquanto não
se efetivarem as medidas.
§ 3º A comissão deverá concluir o processo no prazo de 180 (cento e oitenta) dias con-
tados da data da publicação do ato que a instituir e, ao final, apresentar relatórios sobre os
fatos apurados e eventual responsabilidade da pessoa jurídica, sugerindo de forma motivada
as sanções a serem aplicadas.
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§ 4º O prazo previsto no § 3º poderá ser prorrogado, mediante ato fundamentado da auto-
ridade instauradora.
Obs.: Essa prorrogação pode ser por mais 180 dias ou prazo diferente que a autoridade
entenda cabível. Só não pode acontecer prescrição.
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DEFESA
Sobre a tramitação do processo, há uma portaria que instaura a comissão, e essa comis-
são faz uma ata dizendo quais atos investigatórios irá praticar, se haverão testemunhas, perí-
cia, etc. A comissão terá todas as provas e decidirá então se vai indiciar ou não a empresa.
Se decidir não indiciar, o processo acaba, mas se decidir indiciar, ela fará o indiciamento
e uma acusação formal contra a empresa. Feito o indiciamento, a empresa será intimada
para, em 30 dias, apresentar defesa, que será analisada pela comissão juntamente com as
provas, e fará um relatório final, sugerindo à autoridade competente qual sanção que ela
entenda cabível.
RELATÓRIO FINAL
Art. 12. O processo administrativo, com o relatório da comissão, será remetido à autori-
dade instauradora, na forma do art. 10, para julgamento.
PAR
↗
não indiciamento (acusação formal)
Portaria → Instrução (provas)
(2 ou + servidores ↘
indiciamento (documento/provas)
estáveis) ↳ intimação → defesa (30 dias)
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↓
RF
↙ ↘
multa public.
de decisão
↓
autoridade
competente
julgamento
15m
�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pelo professor Gustavo Scatolino da Silva.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
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