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Representação
Lei n. 8.429/1992
Art. 14. Qualquer pessoa poderá representar à autoridade administrativa competente para que
seja instaurada investigação destinada a apurar a prática de ato de improbidade.
Obs.: não se pode confundir a possibilidade de representar com a legitimidade, isto é, ser
legitimado para ingressar com uma ação, o que somente cabe ao Ministério Público
(MP). A representação é apenas uma comunicação, uma denúncia, seja à ouvidoria,
ao MP etc. Vale destacar que “qualquer pessoa” não pode se restrita ao cidadão,
pois este é apenas quem possui seus direitos políticos, que pode votar e ser votado
– “qualquer pessoa” é muito mais abrangente.
Obs.: a lei de improbidade é para uma ação civil, ou seja, não se trata de crime de im-
probidade. Apesar disso, a lei prevê um crime, que consiste na representação falsa
por ato de improbidade, ou seja, se alguém faz uma representação falsa, deverá
responder por isso. Por essa razão, há a necessidade de identificação do autor da
representação.
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DIREITO ADMINISTRATIVO
Lei n. 8.429/1992 – Lei de Improbidade Administrativa (atualizada)
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Obs.: no caso de processo administrativo disciplinar (PAD) para apuração de prática de ato
de improbidade, a sanção máxima é a demissão.
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Obs.: apesar dessa previsão, na prática, não é comum que o MP ou o Tribunal de Contas
designe representante para acompanhar o PAD. Normalmente, apenas após o térmi-
no do PAD é que o processo é encaminhando ao MP e ao Tribunal de Contas.
Em primeiro lugar, ocorre a distribuição da petição. A lei determina que a ação deve ser
proposta onde ocorreu o ato de improbidade ou onde se encontra a pessoa jurídica lesada.
Após a ação proposta, a pessoa jurídica será intimada para, caso queira, intervir no processo
e atuar juntamente com o MP.
Após a distribuição da petição, ocorrerá a citação e será aberto o prazo para a contesta-
ção. Antes das últimas alterações na lei, o juiz, antes da citação, mandava intimar o acusado
para fazer uma defesa prévia, na qual tentaria convencer o juiz a não receber a ação. Após
isso, o juiz decidia pelo recebimento ou não da ação – se a recebesse, determinava a citação
do réu, que, citado, apresentaria a contestação. Assim, havia uma fase de notificação prévia
à citação, que foi extinta com a nova redação da lei: se o juiz entender que a petição inicial
preenche todos os requisitos, . determinará a citação do acusado, para que apresente sua
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contestação.
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A lei prevê que a sentença será nula se condenar o acusado por tipo diverso do constante
da inicial . ou se condenar sem provas.
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Essa sentença não possui reexame obrigatório – cumpre lembrar que, em algumas situ-
ações, a lei prevê que, diante da condenação contra o Estado, o juiz é obrigado a remeter
o processo ao tribunal, para que esse confirme a decisão do juiz. No caso da lei de impro-
bidade, o reexame não é necessário, assim, se o MP recorrer, o processo sobe ao tribunal,
se não recorrer, transita em julgado, porque o juiz não remeterá o processo de ofício para
reexame do tribunal.
A qualquer momento do processo, o juiz pode converter a ação de improbidade em ação
civil pública e dessa decisão caberá agravo de instrumento. Na realidade, a ação de impro-
bidade já é uma ação civil pública para fins de responsabilização por improbidade. Mas se
o juiz, no curso do processo, entender que não houve improbidade, apesar de ter sido cau-
sado prejuízo ao erário, converterá a ação civil pública de improbidade em ação civil pública
comum de ressarcimento ao erário. Nesse caso, a ação não visará mais à punição do agente.
Dessa decisão de conversão caberá recurso de agravo de instrumento, por parte da MP.
O rito apresentado pode ser esquematizado conforme a imagem a seguir.
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�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pelo professor Gustavo Scatolino da Silva.
�A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
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