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Acordo celebrado entre o Ministério Público e o agente investigado, onde após a apuração dos fatos
criminosos, o MP irá, ou: a) Arquivar, b)
Denunciar, c) Acordo de não persecução penal
Ainda que tenham provas suficientes (justa causa) para oferecer a Ação Penal, poderá ser celebrado o
ANPP, logo, o investigado não precisará se submeter a um processo judicial, tal acordo é um negócio
jurídico de natureza extraprocessual.
O Ministério Público é o titular da ação do ANPP, e irá propor por escrito, para que não seja oferecida a
denúncia em desfavor do agente investigado, que sempre deverá estar acompanhado de seu Defensor
Público.
É um direito subjetivo do acusado, tendo em vista que o Ministério Público não tem obrigação de
propor acordo, mesmo preenchido todos os requisitos, e o acuso pode recusá-lo.
As condições estabelecidas no ANPP não têm natureza de sanção penal, mas sim negocial, de direitos e
obrigações, sendo cumprido ou descumprido não se caracterizará como antecedentes criminais e
tampouco como reincidência. Após cumprido o acordo, o membro do Ministério
Público atuante no feito requererá ao Juízo competente a extinção da punibilidade do acordante, bem
como promoverá o arquivamento da investigação.
REQUISITOS
Os casos que não preencherem tais requisitos, não poderão se beneficiar do acordo.
Infração penal:
a) Com pena mínima inferior a 04 anos b)
Não passível de transação penal
c) Realizada sem violência ou grave ameaça
d) Não ser crime hediondo ou com violência doméstica, familiar, ou contra mulher
Investigado
a) Não-reincidente b)
Não ter celebrado acordo, transação penal, ou suspensão condicional do processo nos 5 anos
anteriores ao crime
c) Sua conduta ilícita não pode ser habitual, reiterada ou profissional
d) Confissão formal e circunstancial da prática delitiva a ele imputada
Em aspectos gerais, tal acordo deve ser necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime
cometido pelo investigado, o Ministério Público analisará a possibilidade do acordo de modo
discricionário;
Logo, tal acordo não é direito subjetivo do investigado, pois mesmo preenchido todos os requisitos, o MP
não é obrigado a celebrar o acordo;
Porém o investigado que se sentir prejudicado, pensando que o acordo seria necessário e suficiente para
reprovar e prevenir o crime, poderá requerer a remessa dos autos para reanalise do seu direito em Órgão
Superior do Ministério Público
CONDIÇÕES
O acordo ajustará as condições, e descreverá as obrigações a serem cumpridas pelo investigado, tais
obrigações são de natureza negocial e pactuadas de forma voluntária;
Percebe-se que o MP negocia as obrigações a serem impostas, está a sua escolha qual será imposta ao
investigado, e em contrapartida o investigado não é obrigado a acatar, pois pode recusar o acordo, logo
não assumirá as obrigações.
Dentre as obrigações que podem ser impostas no acordo, de forma cumulada ou alternada, estão:
HOMOLOGAÇÃO
Após a celebração do acordo, se procederá à homologação judicial do negócio, logo será realizado
uma audiência, onde o Juiz verificará a: Legalidade do acordo e a Voluntariedade do agente. Sendo
assim, é uma oportunidade de o magistrado verificar o atendimento aos requisitos legais, garantindo-
se o pleno funcionamento do sistema de freios e contrapesos. O Juiz não tem competência para
analisar a necessidade e suficiência do acordo celebrado, pois cabe ao MP.
O Juiz poderá não homologar o acordo se considerar inadequado, insuficiente, abusivo, ou que não
atenda aos requisitos, então se decidir não homologar, os autos são devolvidos aos Ministério Público.
Caso seja homologado, a vítima será intimada da decisão e logo após o membro do MP iniciará a
execução do acordo perante um Juízo de Execução Penal, mas nada impede que o Juízo que
homologou a sentença remeta diretamente o ANPP ao Juízo de Execução Penal (de ofício ou a
requerimento do membro do MP), e ao final se dará o arquivamento da investigação e a decretação da
extinção da punibilidade.
O membro do MP poderá:
Mas antigamente, segundo a resolução do CNMP, cumprido o acordo, causava o arquivamento das
investigações.
SIM