Você está na página 1de 6

Exercícios de Fixação 02

(Direito Processual Penal II)

Julgue os Itens abaixo como sendo V (verdadeiro) ou F (Falso), mas justifique à sua
resposta.

1. Oferecida denúncia ou queixa, o juiz deverá citar o réu para a apresentação de


resposta escrita em dez dias, Após tal manifestação da defesa, o juiz proferirá decisão
de recebimento ou de rejeição da denúncia ou queixa apresentada.
(F) Falso. Conforme o Código de Processo Penal, no bojo do artigo 396, destaca-se:
“…oferecida a denúncia ou queixa, o juiz, se não a rejeitar liminarmente, recebê-la-á e
ordenará a citação do acusado para responder à acusação, por escrito, no prazo de 10
(dez) dias. (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008).”.
Sendo assim, a afirmativa é falsa pois após oferecida a denúncia o juíz já irá decidir
sobre a rejeição ou o recebimento desta.

2. No procedimento comum, após o oferecimento da resposta pelo acusado, o juiz


deverá absolvê-lo sumariamente quando há falta de justa causa para o exercício da ação
penal ou verificar a existência manifesta de qualquer causa excludente da culpabilidade.
(F) Falso. O juíz deverá absolver o acusado sumariamente quando:
Art. 397. Após o cumprimento do disposto no art. 396-A, e parágrafos, deste Código,
o juiz deverá absolver sumariamente o acusado quando verificar: (Redação dada pela
Lei nº 11.719, de 2008).
I - a existência manifesta de causa excludente da ilicitude do fato; (Incluído pela
Lei nº 11.719, de 2008).
II - a existência manifesta de causa excludente da culpabilidade do agente, salvo
inimputabilidade; (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
III - que o fato narrado evidentemente não constitui crime; ou (Incluído pela Lei
nº 11.719, de 2008).
IV - extinta a punibilidade do agente. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).

Podemos verificar o rol taxativo do artigo 397 do CPP, que não se enquadra na
afirmativa pois a falta de justa causa para o exercício da ação não é o suficiente para ser
aplicada a absolvição sumária do acusado.

3. Em se tratando de procedimento comum ordinário, o juiz deverá absolver


sumariamente o acusado quando o fato foi cometido em situação de manifesta
inexigibilidade de conduta diversa.
(V) Verdadeiro. Pois a manifesta inexigibilidade da conduta diversa é uma excludente
de culpabilidade, portanto inexistira o crime, e por isso a absolvição sumária se impõe.
4. Uma das diferenças previstas no CPP entre o rito ordinário e o sumário é a
previsão do prazo para a realização da audiência de instrução e julgamento.
(V) Verdadeiro. Pois no rito ordinário, a instrução e julgamento deve ocorrer em até
sessenta dias (artigo 400, CPP), enquanto no procedimento sumário o prazo máximo é
de 30 dias (artigo 531, CPP);

5. Nos procedimentos ordinário e sumário, oferecida a denúncia ou queixa, o Juiz,


se não a rejeitar liminarmente, recebê-la-á e ordenará a citação do acusado para
responder à acusação. Apresentada a resposta, não é causa expressa de absolvição
sumária a inépcia manifesta da denúncia.
(V) Verdadeiro. Pois a inépcia manifesta da denúncia não é o suficiente para a
absolvição sumária, não se enquadrando no rol taxativo do artigo 397 do CPP.
6. No que toca os procedimentos, o CPP estabelece que não apresentada a resposta
no prazo legal, ou se o acusado, citado, não constituir defensor, o Juiz determinará a
suspensão do processo e do prazo prescricional.
(F) Falso. Pois, conforme o parágrafo segundo do artigo 396-A, se o acusado citado não
constituir defensor, o juíz nomeará defensor para oferecê-la, concedendo-lhe vista dos
autos por 10 (dez) dias..
7.Se o acusado, citado por edital, não comparecer, nem constituir advogado, o juiz
poderá determinar a antecipação da prova testemunhal, produzindo-a apenas na
presença do MP.
(F) Falso. O juíz só poderá determinar antecipação de provar urgentes, conforme diz o
artigo 366 do Código de Processo Penal.

8. O juiz deve absolver sumariamente o acusado somente quando houver manifesta


causa excludente da ilicitude do fato; existência manifesta de causa excludente da
culpabilidade do agente, salvo inimputabilidade.
(F) Falso. O juíz também deve absolver sumariamente o acusado quando o fato narrado
evidentemente não constitui crime e pela extinção de punibilidade do agente.

9. Na resposta a acusação o réu pode suscitar nulidade e excludente da ilicitude.


(V) Verdadeiro. Na resposta à acusação o réu pode suscitar nulidade e excludente da
ilicitude. não pode suscitar a atipicidade do fato, embora possa especificar as provas
pretendidas. pode arguir preliminares, mas não causa de extinção da punibilidade. não
pode suscitar decadência ou abolitio criminis.

10. O juiz deverá absolver sumariamente o acusado quando verificar indícios da


existência de causa excludente da ilicitude do fato.
(F) Falso. O juiz deve absolver sumariamente o acusado somente quando houver
manifesta causa excludente da ilicitude do fato, não apenas quando verificar indícios.
11. Se o órgão do MP, na ação penal pública incondicionada, não oferecer proposta
de transação penal, o juiz poderá fazê-lo, propondo ao autor do fato a imediata
aplicação de multa ou pena restritiva de direitos.

(F) Falso. Pois não cabe ao juíz substituir o Ministério Público – titular da ação penal –
para conceder o benefício ao autor.
12. Os institutos despenalizantes de que trata a Lei 9.099/95 e a Lei 10.259/01 são
aplicáveis às autoridades que gozam de prerrogativa de foro.
(V) Verdadeiro. São aplicáveis os institutos despenalizantes às autoridades que gozam
de prerrogativa de foro.

13. A Lei 9.099/95 não é aplicável no âmbito da Justiça Militar nem nos casos que
envolvam violência doméstica ou familiar contra a mulher.
(V) Verdadeiro. O (STF) decidiu que os acusados de violência doméstica contra mulher
devem responder ao processo sem serem beneficiados por medidas como a reparação do
dano, a transação penal (acordo com o Ministério Público) e a suspensão condicional do
processo, independentemente de a infração se tratar de crime ou de contravenção penal.
A decisão foi tomada no julgamento do Habeas Corpus (HC) 106212 e determinou o
alcance do artigo 41 da Lei Maria da Penha (Lei 11.340/2006), que veda a aplicação da
Lei dos Juizados Especiais (Lei 9.099/1995).

14. Consideram-se infrações de menor potencial ofensivo, no âmbito da Justiça


Federal, aquelas que a lei comine pena máxima não superior a dois anos, cumuladas
ou não com multa, exceto as contravenções penais.
(V) Verdadeiro. Pois todos os crimes a que a lei comine pena máxima não superior a
dois anos (ainda que atualmente possuam rito especial) serão de menor potencial
ofensivo, no âmbito da Justiça Federal.

15. No juizado especial criminal, a suspensão do processo poderá ocorrer no caso de


infração cometida em concurso formal e material, se a pena mínima cominada for
igual ou inferior a um ano.
(V) Verdadeiro. Pois conforme dispõe o artigo 89 da Lei do juizado especial criminal
Art. 89. Nos crimes em que a pena mínima cominada for igual ou inferior a um ano,
abrangidas ou não por esta Lei, o Ministério Público, ao oferecer a denúncia, poderá
propor a suspensão do processo, por dois a quatro anos, desde que o acusado não esteja
sendo processado ou não tenha sido condenado por outro crime, presentes os demais
requisitos que autorizariam a suspensão condicional da pena (art. 77 do Código Penal).
Desde que a pena mínima cominada for igual ou inferior a um ano.
16. No tocando aos juizados especiais criminais cabe recurso especial contra decisão
proferida por turma recursal.
(F) Falso. Pois conforme a Súmula 203 do STJ não cabe recurso especial contra decisão
proferida por órgão de segundo grau dos Juizados Especiais.

17. A sentença de transação penal, nos termos do Art. 76, §5º, da Lei 9.099/95, tem
às seguintes características: tem natureza homologatória e não faz coisa julgada
material.
(F) Falso. O entendimento do Ministro Teori Zavaski prevaleceu e não há mais natureza
homologatória a sentença de transação penal.

18. A Lei 9.099/95 tem como princípio inspirador constante de seu Art.2º a
simplicidade e a celeridade, buscando-se, sempre que possível, a conciliação ou não
da transação. Assim, da transação penal, acolhida pelo autor da infração a proposta e
sendo esta aplicada pelo juiz, caberá apelação.

(V) Verdadeira. Cabe apelação. O não recebimento da inicial acusatória desafia o


recurso de apelação

19. No âmbito dos juizados especiais criminais a sentença conterá relatório,


fundamentação e dispositivo.

(F) Falso. A sentença tem a peculiaridade de dispensar o relatório, conforme


determina o art.81, §3º, da Lei dos Juizados Especiais. Não significa dizer que
a sentença possa carecer de fundamentação que justifique o livre
convencimento motivado do julgador.

20. No procedimento dos juizados especiais criminais os embargos de declaração


não suspendem o prazo para o recurso.
(F) Falso. Conforme o artigo 83 em seu § 2o Os embargos de declaração interrompem
o prazo para a interposição de recurso. (Redação dada pela Lei nº 13.105, de 2015)
(Vigência)

21. A Lei 9.099/95 dispõe que se o representante do MP recusar-se a oferecer ao


autor do fato a proposta de transação ou de suspensão condicional do processo, a
proposta poderá ser subsidiariamente apresentada pelo juiz.
(F) Falso. O juíz não poderá conceder benefício em nome do Ministério Público.
22. A Lei 9.099/95 dispõe que é na audiência preliminar, se não houver composição
de danos ou transação, o único momento destinado ao exame de admissibilidade ou
não da denúncia ou da queixa.
(F) Falso. Não é na audiência preliminar que ocorre o exame de admissibilidade da
denúncia ou queixa.

23. A Lei 9.099/95 dispõe que se, na audiência preliminar, não tiver havido
possibilidade de tentativa de conciliação e de oferecimento de proposta de transação,
o juiz assegurará essa possibilidade no dia e hora designados para a audiência de
instrução e julgamento.
(V) Verdadeiro. O próximo ato após a tentativa frustrada da conciliação e do
oferecimento da proposta de transação penal é o agendamento de audiência de instrução
e julgamento onde será analisado o mérito processual.

24. A Lei 9.099/95 dispõe que cabe o recurso de embargos declaratórios, no prazo
de dois dias, quando, em sentença ou acórdão, houver obscuridade, contradição,
omissão ou dúvida.
(F) Falso. O prazo para a interposição do recurso é em 5 dias.

25. Acerca do rito sumaríssimo, são regras procedimentais expressamente previstas


na Lei 9.099/95, a possibilidade de oferecimento de denúncia oral e a necessidade de
apresentação concomitante de interposição e razões em caso de apelação.
(V) Verdadeiro. Encontra-se de acordo com o artigo 77 e 82 parágrafo 1 da Lei
9.099/95

Você também pode gostar