Você está na página 1de 22

Instituto Superior de Ciências e Educação à Distância

CENTRO DE RECURSO DE CHIMOIO


2º ano 2020

1. O estudante:
Nome: Francisco Manuel Zeca
Curso: Direito Código do Estudante: 51190270
Ano de Frequência: 2º /2020

2. O trabalho
Trabalho de Direito Comunitário Código da Disciplina:
Nº de Páginas: (22)
Tutores:

Registo Data da Entrega:


Recepção por: 08/10/2020

3. A correcção:
Corrigido por:
Cotação (0 –20):
4. Feedback do Tutor:

1
Direito Comunitário Outubro 2020.
Instituto Superior de Ciências de Educação à Distância

Nome do Estudante: Francisco Manuel Zeca

Curso de Direito IIº Ano

Chimoio

Cadeira: Direito Comunitário 2020

2
Direito Comunitário Outubro 2020.
ÍNDICE
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 4
TEMA ...................................................................................................................................... 6
JUSTIFICATIVA ..................................................................................................................... 6
OBJETIVOS ............................................................................................................................. 6
METODOLOGIA ..................................................................................................................... 7
DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO ............................................................................... 8
ETAPAS DE INTEGRAÇÃO ECONÔMICA ......................................................................... 14
Zona de Preferências Tarifárias ............................................................................................... 15
Zona de Livre Comércio ......................................................................................................... 15
União Aduaneira ..................................................................................................................... 16
Mercado Comum .................................................................................................................... 16
União Econômica e Monetária ................................................................................................ 17
VANTAGENS DA INTEGRAÇÃO ECONÓMICA ............................................................... 17
CONCLUSÃO ........................................................................................................................ 20
REFERENCIA BIBLIOGRÁFICA ......................................................................................... 22

3
Direito Comunitário Outubro 2020.
INTRODUÇÃO

O presente trabalho tem como tema “Modelo Jurídico e Institucional da UA para


Integração Económica” e foi desenvolvido no âmbito do módulo Direito
Comunitário

A trajetória do processo de integração em África tem sido marcada por reformas para
adaptação às alterações sempre dinâmicas na política mundial e no sistema
internacional. Com efeito, as suas origens radicam no pan-africanismo, fundamento
ideológico que votou a unidade como instrumento essencial para a descolonização do
continente. Aliás, o Sistema colonial também se serviu da integração como meio de
facilitar a administração das regiões ocupadas próximas umas das outras. Cita-se, como
exemplo, o caso da SACU (Southern Africa Customs Union), a mais antiga União
Aduaneira existente, criada em 1910 e integrando a África do Sul, o Botswana, a
Namíbia e o Lesotho. O pan-africanismo, salvo resquícios, tem na criação
da Organização da Unidade Africana (OUA) e na descolonização a coroa das suas
realizações. A OUA, fundada em 25 de Maio de 1963, (re)tomou a integração como
estratégia no domínio das relações económicas africanas para o desenvolvimento
económico e argumento protetor das indústrias nascentes (?) e para alcançar a
autossuficiência, pela via da substituição das importações. O Plano de Ação de Lagos
(1980) e o Tratado de Abuja (1991) constituem dois documentos de referência no
processo de integração económica Africana, tendo os líderes na altura optados pelo
paradigma endógeno, autêntico e autónomo.

O Tratado de Abuja adoptou a Comunidade Económica Africana a ser instituída em


2025 através de um calendário prevendo seis fases, a saber, o reforço institucional em
1999, a coordenação e harmonização das actividades e eliminação gradual das barreiras
tarifárias e não tarifárias em 2007, a Zona de Livre Comércio e União Aduaneira em
2017, União Aduaneira Continental em 2019, o Mercado Comum Continental em
2023 e a União Económica e Monetária Continental em 2028. Oito
(8) Comunidades Económicas Regionais (CER) foram reconhecidas e consideradas
pilares da integração.

4
Direito Comunitário Outubro 2020.
Entretanto, pouco se avançou pela via endógena dada à falta de meios financeiros e
técnicos, não obstante os Programas de Ajustamento Estrutural (PAE) do FMI que,
na opinião de muitos, dificultaram o sucesso desta visão.

5
Direito Comunitário Outubro 2020.
TEMA

O presente trabalho tem como tema “Modelo Jurídico e Institucional da UA para


Integração Económica” e foi desenvolvido no âmbito do módulo Direito
Comunitário.

JUSTIFICATIVA

Tal como a sua antecessora, a Organização da Unidade Africana, a UA promove


a integração economica regional como forma de desenvolvimento económico. O
objetivo final é a completa integração das economias de todos os países da África,
numa Comunidade Económica Africana. Como cada bloco é autônomo, uma crise
inicial em um pilar não afetará diretamente os outros que sustentam o programa de
integração continental.

Em 10/06/2015, foi ratificada, em encontro da UA no Cairo, a união dos países que


formam a COMESA, EAC e SADC para a formação de uma zona de livre comércio
única, buscando um Mercado comum. Essa comunidade deve entrar em vigor em 2017,
a chamada Zona Tripartida de Livre Comércio (ZTLC) Esse é, portanto, o primeiro
passa de união dos pilares antes existentes, visando aunificação geral dos mercados
africanos.

OBJETIVOS

 Modelo Jurídico e Institucional da UA para Integração Económica


 Etapas de integração econômica.

6
Direito Comunitário Outubro 2020.
METODOLOGIA

Para podermos avançar com a definição dos métodos a serem adotados no presente
trabalho de campo (pesquisa), quero antes fazer uma breve distinção entre método e
metodologia.

Segundo Richardson (2007, p.22) “Método, vem do grego méthodos (meta = além de,
após de + ódos = caminho). Portanto, seguindo a sua origem, método é o caminho ou
maneira para chegar a determinado fim ou objectivo, distinguindo-se assim, do conceito
de metodologia, que deriva do grego methodos (caminho para chegar a um objectivo) +
logos (conhecimento). Assim, a metodologia são os procedimentos e regras utilizadas
por determinado método.” Richardson (2007, p.22).

O método a ser adotado será pesquisa

Pesquisa e ̸ ou investigação é um processo sistemático para construção de conhecimento


humano, gerando novos conhecimentos, podendo também desenvolver, colaborar,
reproduzir, refutar, ampliar, detalhar, atualizar, algum conhecimento pré-existente
servindo basicamente tanto para individuo ou grupo de individuo que a realiza quanto
para a sociedade na qual esta se desenvolve.

Do ponto de vista de procedimentos técnicos, far-se-a uma pesquisa bibliográfica a


partir da qual é possível estabelecer um plano de leitura. Trata-se de uma leitura a tenta
e sistemática que faz acompanhar de anotações e fechamento que, eventualmente,
poderão servir a fundamentação da teoria.

Etapas

 A primeira etapa consiste na recolha e revisão da literatura pertinente ao estudo,


com o objetivo de encontrar as melhores orientações metodológicas para
elaboração do ptrabalho bem como informações e trabalhos anteriores
realizados sobre o tema em pesquisa.
 Segundo etapa consistiram no tratamento e análise dos dados colhidos através
dos questionários aplicados e posteriormente faz-se a interpretação dos
resultados obtidos.

7
Direito Comunitário Outubro 2020.
DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO

O Direito de Integração Regional se consolidou com o surgimento dos blocos


econômicos, tem como objeto a integração entre países para proteção e consolidação de
objetivos comuns, geralmente estes países estão próximos por suas posições
geográficas.
Os institutos dos blocos econômicos são estabelecidos conforme suas necessidades e
seus objetivos. Sendo assim, cada bloco econômico estabelece suas normas, que
evidenciam sua Evolução, tornando-os estáveis e com credibilidade quanto a terceiros.
As diferenças institucionais caracterizam os blocos econômicos, sendo que estes
institutos são estabelecidos conforme a realidade econômica, política e histórica dos
mesmos.
O Direito de Integração se estabeleceu diante das necessidades advindas das relações
econômicas entre os Estados, com o intuito de fortalecê-los e proporcioná-los
desenvolvimento, estes objetivos, como veremos, tem se concretizado diferentemente
nos blocos econômicos, mas tem proporcionado fortalecimento aos Estados, mesmos
aqueles pertencentes a blocos econômicos ainda em fase de evolução de seus objetivos,
como Mercosul. Assim, os blocos econômicos regidos pelo Direito de Integração
proporcionam aos Estados-Membros um fortalecimento de suas economias e condições
para se
estabelecerem nas relações econômicas internacionais e intensificar suas identidades.
face de mais uma efeméride do “Dia da África” (25 de maio), importa refletir sobre o
processo de integração económica, eleito como instrumento de desenvolvimento,
competitividade, crescimento económico e factor de unidade e coesão política.
A formação de blocos económicos surge após a segunda Guerra Mundial com
enquadramento jurídico no artigo XXIV do GATT (actual OMC) como exceção ao
princípio da Cláusula da Nação Mais Favorecida e da não discriminação nas relações
comerciais entre os Estados. Os teóricos da integração como Bela Belassa e Jacob
Vinner advogaram nela vantagens económicas como o aumento da eficiência produtiva,
a possibilidade do pleno emprego dos fatores de produção, a garantia do crescimento
económico e social, o aumento da produção, a obtenção de economias de escala,
avanços tecnológicos e a melhoria dos termos de troca em relação ao resto do mundo.
Um bloco económico, dependendo do nível de integração pode garantir as quatro (4)
liberdades de movimento: bens, serviços, pessoas e capitais. Fortalece também os
mercados e confere ao bloco maior poder de barganha nas negociações com outros
parceiros, apresentando-se a uma só voz. Por conseguinte, a integração regional é
amplamente aceite em África, como estratégia-chave para o desenvolvimento do

8
Direito Comunitário Outubro 2020.
continente rico em recursos naturais, com um mosaico étnico-cultural diversificado,
embora ofuscado pelo subdesenvolvimento, pobreza, endemias, conflitos e corrupção.

A trajetória do processo de integração em África tem sido marcada por reformas para
adaptação às alterações sempre dinâmicas na política mundial e no sistema
internacional. Com efeito, as suas origens radicam no pan-africanismo, fundamento
ideológico que votou a unidade como instrumento essencial para a descolonização do
continente. Aliás, o Sistema colonial também se serviu da integração como meio de
facilitar a administração das regiões ocupadas próximas umas das outras. Cita-se, como
exemplo, o caso da SACU (Southern Africa Customs Union), a mais antiga União
Aduaneira existente, criada em 1910 e integrando a África do Sul, o Botswana, a
Namíbia e o Lesotho.

O pan-africanismo, salvo resquícios, tem na criação da Organização da Unidade


Africana (OUA) e na descolonização a coroa das suas realizações. A OUA, fundada em
25 de Maio de 1963, (re) tomou a integração como estratégia no domínio das relações
económicas africanas para o desenvolvimento económico e argumento protetor das
indústrias nascentes (?) e para alcançar a autossuficiência, pela via da substituição das
importações.

O Plano de Ação de Lagos (1980) e o Tratado de Abuja (1991) constituem dois


documentos de referência no processo de integração económica Africana, tendo os
líderes na altura optados pelo paradigma endógeno, autêntico e autónomo. O Tratado de
Abuja adoptou a Comunidade Económica Africana a ser instituída em 2025 através
de um calendário prevendo seis fases, a saber, o reforço institucional em 1999, a
coordenação e harmonização das atividades e eliminação gradual das barreiras tarifárias
e não tarifárias em 2007, a Zona de Livre Comércio e União Aduaneira em
2017, União Aduaneira Continental em 2019, o Mercado Comum Continental em
2023 e a União Económica e Monetária Continental em 2028. Oito
(8) Comunidades Económicas Regionais (CER) foram reconhecidas e consideradas
pilares da integração.

9
Direito Comunitário Outubro 2020.
Entretanto, pouco se avançou pela via endógena dada à falta de meios financeiros e
técnicos, não obstante os Programas de Ajustamento Estrutural (PAE) do FMI que,
na opinião de muitos, dificultaram o sucesso desta visão.

O fim da Guerra Fria e a globalização que se lhe seguiu mudou a visão dos líderes para
uma integração de paradigma exógeno, havendo necessidade de inserir a África na
economia global e competir com os parceiros internacionais, sob pena de continuar
marginalizada. Com a reforma institucional, a União Africana (UA), substituta da OUA,
recebeu o mandato de acelerar o ritmo da integração através da NEPAD, munindo-se
também de instituições financeiras como o Banco Central Africano, o Fundo
Monetário Africano e o Banco Africano de Investimentos. A UA inspira-se na UE
em quase tudo, exceto no modelo de integração, pois, prefere o modelo
intergovernamental, em detrimento do supranacional em que as decisões emanadas pela
Organização têm vinculação direta na ordem jurídica interna dos Estados membros.

Decorridas décadas, os resultados da integração não são homogêneos, em termos de


progressos alcançados pelas CER, porquanto algumas alcançaram a fase da União
Aduaneira e outras apenas a Zona de Livre Comércio e o fortalecimento institucional.
Ressalta-se, por exemplo, a criação da Zona de Livre Comércio Tripartida com a
SADC, a COMESA e a CEA, objetivando a União Aduaneira, a COMESA e CAO que
alcançaram a Moeda Única.

Muito recentemente, em 2018, foi assinado o acordo da Zona de Livre Comércio


Continental Africana e aprovado o Passaporte único em África. O mercado tem
enorme potencial e pode impulsionar o comércio inter-regional a avaliar pelos dados
avançados: combina 55 países com um total de 1,2 mil milhões de consumidores e um
PIB combinado de USD 2,5 biliões.

Enquanto se reconhecem e se celebram estas realizações pontuais e limitadas outros


desafios enormes persistem, nomeadamente a falta de recursos financeiros, a múltipla
filiação de Estados em diversas CER, infraestruturas inadequadas, inexistência de
mecanismos de coordenação nacionais, falta de vontade política, assimetrias
económicas, a falta de complementariedade das economias, dentre outros. Ademais, os

10
Direito Comunitário Outubro 2020.
países africanos debatem-se com problemas de dívida externa, pobreza, corrupção,
endemias, e têm nas receitas aduaneiras também a fonte para os seus orçamentos.

O panorama acima exposto suscita algumas questões para reflexão: A endógena foi
demasiado radical e utópica ou a exógena demasiado altruísta e ingênua? Com o porvir
da “nova ordem mundial” no pós-COVID-19, que mais reformas se impõem, se sim, no
processo de integração em África?

Da História certamente se pode tirar lições importantes que podem ajudar a África a
erguer-se do “berço”. Não será demasiado recordar que a política internacional é regida
pelos interesses dos Estados, “egoístas racionais” na visão dos realistas. Porque a união
faz a força, torna-se necessário e imperioso que a unidade africana se realize nos marcos
da integração que, não sendo necessariamente feita nos moldes da UE, dela pode tirar
lições úteis. Ademais o caminho faz-se caminhando.

Entre a visão endógena e a exógena impõe-se o pragmatismo. Mais do que as cimeiras e


assinaturas de acordos, a integração deve ser concreta, deve estimular a transformação,
processamento e gestão dos recursos para gerar riqueza, trazer prosperidade às
comunidades, melhorar a qualidade de vida dos cidadãos dos países membros,
proporcionar bens e serviços de melhor qualidade. A integração deve libertar a África
da mentalidade de dependência, da culpa histórica, da mão estendida à caridade
ocidental e do ciclo vicioso da dívida, potenciar o capital humano em fuga para as
Europas ao preço da “morte mediterrânica” para o regresso à terra mater livre. A
integração deve trazer infraestruturas modernas, estradas, linhas férreas, pontes, escolas,
providenciar serviços básicos de qualidade como a água, energia, saúde, educação.

É certo que o processo acarreta custos e algumas desvantagens, e que alguns sinais
vindos de blocos económicos mais avançados como a UE sejam pouco animadores. Mas
o sucesso exige focalizar e visualizar benefícios mais do que os receios, criar sinergias e
transpor desafios.

Quando a quarentena passar e chegar o mundo novo pós-COVID-19, a África deverá ser
um player com um novo papel no cenário internacional, unida, dinâmica, motivada,

11
Direito Comunitário Outubro 2020.
inspirada na memória dos clássicos pan-africanistas, Kwame Nkrumah, Sekou Touré,
Julius Nyerere, para citar alguns, e no moderno pan-africanismo encarnado no discurso
profético do Professor Patrick Loch Otieno Lumumba e nos corajosos exemplos de
Paul Kagame e Andry Rajoelina, dentre tantos que se espera.

A análise permite nos perceber que a União Econômica e Monetária da África Ocidental
(UEMAO) possui uma ligeira vantagem sobre o resto do grupo, com exceção da
Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), que se fortaleceu com a
entrada da África do Sul. De acordo com Perspectivas Econômicas na África (2012), na
África Ocidental foram reforçados os laços entre a CEDEAO e a União Econômica e
Monetária da África Ocidental (UEMOA). As duas instituições têm um programa
comum de liberalização econômica e de convergência de políticas macroeconômicas.
Na África Central, a CEEAC e a Comunidade Econômica e Monetária da África Central
(CEMAC) estão reforçando os laços mútuos, com o objetivo de harmonizarem os seus
programas. A CAO e a COMESA assinaram um memorando de entendimento para
impulsionar a harmonização de políticas e programas. A COMESA e a SADC
lançaram, igualmente, atividades conjuntas. Estes aspectos demonstram um esforço
conjunto dos lideres da União Africana em acelerar os esforços para remover os
obstáculos que ainda criam barreiras à criação de uma área de comércio livre no
continente. A Comissão da União Africana e outras organizações têm emitido
recomendações para o crescimento do comércio intra-africano e para acelerar a área de
livre comércio, objetivos apoiados pela União Africana. De igual modo, a União
Africana, juntamente com estas entidades regionais por ela reconhecidas, está
trabalhando a fim de enfrentar os problemas através da eliminação de barreiras
comerciais, do reforço da integração econômica, da promoção da livre circulação de
pessoas. Além disso, a própria UA, os agrupamentos regionais e os governos nacionais
estão tentando melhorar e reforçar os mercados financeiros na escala continental, a
União Africana está trabalhando na criação do Banco Africano de Investimento (BAI),
do Banco Central (BCA) e do Fundo Monetário Africano (FMA). Ainda de acordo com
Perspectivas Econômicas na África (2012), a União Africana lançou o Programa
Mínimo de Integração (PMI), onde são definidas áreas prioritárias em relação às quais
as comunidades econômicas regionais podem reforçar a cooperação e beneficiar das
vantagens comparativas da integração. De acordo com Fernandes (2011), quando se fala
da marginalização e em especial, no caso da África, no comércio internacional,
12
Direito Comunitário Outubro 2020.
geralmente tal referência diz respeito ao tratamento desigual que o continente recebe no
comércio mundial. Neste aspecto, o autor salienta que os países africanos ocupam uma
posição de extrema marginalização. Conforme o autor, não se trata, no entanto, de
ignorar o beneficio que a participação no comércio global acarreta no desenvolvimento
dos países. Nesta ótica, não podemos ignorar o fato de que a África consome o que não
produz e produz o que não consome. Assiste-se, desse modo, uma desregulamentação
das trocas comerciais e além das restrições ao comércio existe também grandes
debilidades nas questões de cunho ambiental. Não obstante as dificuldades acima
mencionadas, segundo Mourão (1997) não há como negar a existência de potenciais a
serem explorados com a expansão do comércio no continente. É o caso da possível
triangulação envolvendo os espaços regionais do MERCOSUL, da SADC e da EU,
centrada em torno de interesses que sejam reais e complementares dos três potenciais
parceiros regionais. Feitas as reformas políticas e econômicas e criadas as condições
que garantam a paz e assegurem a estabilidade necessárias ao investimento, o World
Bank prevê que o nível de crescimento para o continente poderá ser duplicado. De
acordo com a mesma fonte, economias da África Subsaariana continuarão crescendo a
uma média superior a 5% em 2011, com a expectativa de chegar a quase 6% em 2012,
devido às intervenções pontuais para estimular a produção em vários países.
Atualmente, a África constitui uma nova fronteira de oportunidades, além de abrigar
algumas das economias que mais crescem no mundo. Nas palavras de Ribeiro: “ao
voltar suas economias para fora, os países africanos têm como explorar e se
beneficiarem do crescimento e da elevada demanda produzida pelas economias
emergentes, particularmente pela China, pela Índia e mesmo pelo Brasil, que oferecem
grandes oportunidades para o aumento de suas exportações” (RIBEIRO, 2007 P.10). A
partir desta perspectiva, é interessante analisarmos alguns dados, especialmente em
relação ao engajamento da África com os BRICS. Segundo a ICTSD (2012), a taxa de
crescimento do comércio dos BRICS com a África ultrapassou aquela do agrupamento
com o restante do mundo, bem como a média de crescimento do comércio global.
Particularmente no que se refere ao caso de Índia e China, o intercâmbio com a África
responde por 2,6% e 2,3% de seu produto interno bruto (PIB), respectivamente. Quanto
ao Brasil, esse percentual corresponde a 1,7% e, no que diz respeito à Rússia, a 0,5%.
Nesses termos, a África do Sul é o integrante do agrupamento que apresenta o comércio
mais intenso com o continente, tendo registrado, em 2010, fluxo comercial superior a
3% de seu PIB (INTERNATIONAL CENTRE FOR TRADE AND SUSTENAIBLE

13
Direito Comunitário Outubro 2020.
DEVELOPMENT – ICTSD, 2012). O intercâmbio do continente com a África do sul
merece um destaque especial pelas características especiais desse país e pelo seu
poderio frente aos vizinhos africanos. De acordo com ICTSD (2012), durante a crise
financeira, no período 2008- 2009, o comércio total entre a África do Sul e a África
decresceu 24%, passando de US$ 21,2 bilhões em 2008 para aproximadamente US$ 16
bilhões em finais de 2009. Contudo, no ano seguinte, verifica-se uma recuperação de
17% no comércio sul africano com o continente, que atingiu US$ 18,8 bilhões.
Entretanto, cabe salientar que esse intercâmbio comercial está concentrado em poucos
países: Nigéria (35%), Angola (32%) e Moçambique (8%) compõem 75% das
importações da África do Sul, enquanto Zimbábue (17%), Moçambique (16%) e
Zâmbia (14%) representam aproximadamente 47% das exportações. Outro parceiro
importante para o continente é a China, o maior externo à África. O comércio com os
chineses passou de US$ 3,5 bilhões em 1990 para mais de US$ 120 bilhões em 2010, o
que corresponde a cerca de dois terços do total comercializado pela África com os
BRICS.

ETAPAS DE INTEGRAÇÃO ECONÔMICA

A integração regional em África foi sempre o principal objectivo dos Países africanos
desde a criação da então Organização da Unidade Africana (OUA). Grande número de
declarações foi feito pelos Estados Membros para impulsionar o processo de integração
em África. De igual modo, o Tratado de Abuja, o Plano de Acção de Lagos, o Fórum
Africano do Sector Privado, entre ouros, enfatizaram a necessidade de promover a
integração regional em África. O Tratado de Abuja, assinado em 3 de Junho de 1991 e
entrado em vigor em 12 de Maio de 1994 estipula que os Estados Africanos deverão
consentir esforços para fortalecer as Comunidades Económicas Regionais (CERs),
particularmente na coordenação, harmonização e na progressiva integração das suas
actividades de forma a permitir a criação da Comunidade Económica Africana, a qual se
tornará operacional durante um período de transição de 34 anos, subdivididos em seis
etapas distintas. Resumidamente, os objectivos maiores foram, entre outros, os de
promover o desenvolvimento económico, social e cultural e a integração das economias
africanas de força a fortalecer a autoconfiança económica bem como promover um
desenvolvimento endógeno e auto sustentado e coordenar e harmonizar as políticas
entre as existentes e futuras comunidades económicas como forma de encorajar a

14
Direito Comunitário Outubro 2020.
criação da Comunidade. 15. Em 9 de Setembro de 1999, os Chefes de Estado e de
Governos da então OUA aprovaram uma Declaração (Declaração de Syrte) apelando
para a criação da União Africana com o objectivo, inter alia, de acelerar o processo de
integração no continente para permitir-lhe jogar o papel de direito na economia global e
ao mesmo tempo tratar dos multifacetados problemas políticos, económicos e sociais
tais como caracterizados nos certos aspectos da globalização. 16. Durante a Segunda e
Terceira Conferências dos Ministros Africanos da Integração, realizadas em Kigali em
Junho de 2007 e Abidjan 2008, respectivamente, várias recomendações foram
aprovadas.

Os Economistas identificam as várias etapas do processo de integração. Segundo


Balassa (1962), a integração económica consiste em cinco etapas1. Estas etapas são:
zona de comércio livre, união aduaneira, mercado comum, união económica e completa
união económica.

Na atualidade podem ser identificados cinco etapas ou níveis de integração, que


representam graus de supressão de discriminações comerciais e de coordenação de
políticas, a saber:

Zona de Preferências Tarifárias (Área de Comércio Preferencial) – Essa é a etapa


mais incipiente de integração econômica, consiste na adoção recíproca, entre dois ou
mais países, de níveis tarifários preferenciais. Assim, as tarifas incidentes sobre o
comércio entre os países membros do grupo são inferiores às tarifas cobradas de países
não-membros. A diferença entre as tarifas acordadas e aquelas aplicadas ao comércio
com não membros dáse o nome de margem de preferência. Arranjos dessa natureza
constituem, em geral, etapas preliminares na negociação de Zonas de Livre Comércio.
Exemplos significativos de Zonas de Preferências Tarifárias são muitos dos acordos
celebrados no marco da Associação Latino Americana de Integração (ALADI);

Zona de Livre Comércio - A segunda etapa de integração é a Zona de Livre Comércio


(ZLC), que consiste na eliminação de todas as barreiras tarifárias e não-tarifárias que
incidem sobre o comércio dos países do grupo. Segundo as normas estabelecidas pelo
General Agreement on Tariffs and Trade, GATT, acordo sobre comércio internacional
que vem sendo negociado em rodadas sucessivas desde 1947, e que deu origem à
Organização Mundial de Comércio, um acordo é considerado Zona de Livre Comércio
quando abarca ao menos 80% dos bens comercializados entre países membros do grupo.

15
Direito Comunitário Outubro 2020.
O melhor exemplo de uma ZLC em funcionamento é o NAFTA (Acordo de Livre
Comércio da América do Norte), firmado em 1994 entre os Estados Unidos, o Canadá e
o México. A ALCA deverá resultar, uma vez concluídas as negociações para sua
conformação, na maior ZLC do mundo, estendendo-se do Alasca à Patagônia e
somando uma população de cerca de 780 milhões de pessoas e um PIB de 9,7 trilhões
de dólares;

União Aduaneira - A União Aduaneira (UA) corresponde a uma etapa de integração


econômica no qual os países membros de uma Zona de Livre Comércio adotam uma
mesma tarifa às importações provenientes de mercados externos. À essa tarifa dá-se o
nome de Tarifa Externa Comum (TEC). A aplicação da TEC redunda na criação de um
território aduaneiro comum entre os sócios de uma UA, situação que torna necessário o
estabelecimento de disciplinas comuns em matéria alfandegária e, em última análise, a
adoção de políticas comerciais comuns. A União Européia era uma UA até a assinatura
do Tratado de Maastricht, em 1992. A SACU, Southern African Customs Union,
agrupamento que reúne vários países da África Austral em torno da República Sul
Africana, é o único exemplo de UA naquele continente. O MERCOSUL tornou-se, a
partir de 1º de janeiro de 1995, o melhor exemplo de uma UA latino-americana.

Mercado Comum - Uma quarta etapa de integração é o chamado Mercado Comum,


que tinha a União Européia como principal exemplo. A maior diferença entre o
Mercado Comum e a União Aduaneira é que esta última regula apenas a livre circulação
de mercadorias, enquanto o Mercado Comum prevê também a livre circulação dos
demais fatores produtivos. A expressão "fatores produtivos" compreende dois grandes
elementos: capital e trabalho. Da liberalização desses fatores decorre, por um lado, a
livre circulação de pessoas (trabalhadores ou empresas) e, por outro, a livre circulação
de capitais (investimentos, remessas de lucro, etc.).

Do ponto de vista dos trabalhadores, a livre circulação implica a abolição de todas as


barreiras fundadas na nacionalidade, mas também a instituição de uma verdadeira
condição de igualdade de direitos em relação aos nacionais de outros países do bloco.
No que se refere ao capital, a condição de Mercado Comum supõe a adoção de critérios
regionais que evitem restrições nos movimentos de capital em função de critérios de
nacionalidade. Em tais situações, o capital de empresas oriundas de outros países do
Mercado Comum não poderá ser tratado como "estrangeiro" no momento de sua entrada

16
Direito Comunitário Outubro 2020.
(investimento) ou saída (remessa de lucros ou dividendos). Além disso, o Mercado
Comum pressupõe a coordenação de políticas macroeconômicas e setoriais.

União Econômica e Monetária - A União Econômica e Monetária (UEM) constitui a


etapa ou modelo mais avançado e complexo de um processo de integração. Ela está
associada, em primeiro lugar, à existência de uma moeda única e uma política
monetária, conduzida por um Banco Central comum. A grande diferença em relação ao
Mercado Comum está, além da moeda única, na existência de uma política
macroeconômica, não mais "coordenada", mas "comum". O único exemplo de uma
União Econômica e Monetária hoje existente no mundo é a União Européia, assim
definida após 1992, com a assinatura do Tratado de Maastricht. Como pré-requisitos
para a entrada dos países-membros da Comunidade Econômica Européia na UEM são
déficit público máximo de 3% do PIB; inflação baixa e controlada; dívida pública de, no
máximo, 60% do PIB; moeda estável, dentro da banda de flutuação do Mecanismo
Europeu de Câmbio e taxa de juro de longo prazo controlada.

VANTAGENS DA INTEGRAÇÃO ECONÓMICA

O objectivo principal da integração económica é o aumento do comércio em todo o


mundo. Existem outras vantagens associadas com este conceito. Eis algumas:

a) Criação de oportunidades para o comércio: Todos os Países que seguem a via de


integração económica têm uma considerável larga variedade de bens e serviços dos
quais podem escolher. A entrada para a integração económica ajuda a adquirir bens e
serviços a mais baixo custo. Isto resulta da remoção de barreiras ao comércio, da
redução ou complete remoção das tarifas. A redução de despesas e a baixa de preços
permite economizar muito dinheiro livre com Países os quais podem ser usados para
adquirir mais bens e serviços. Os Países Membros têm: (a) mais extensa selecção de
bens e serviços não previamente disponíveis; (b) possibilidade de adquirir bens e
serviços a custos mais baixos após as barreiras comerciais devido a tarifas mais baixas
ou a remoção de tarifas (c) possibilidade de encorajar mais comércio entre os Países
Membros e a diferença do dinheiro dispendido com bens e serviços mais baratos pode
ser usada para comprar mais produtos e serviços.

17
Direito Comunitário Outubro 2020.
b) Oportunidades de emprego As várias opções disponíveis de integração económica
ajuda a liberalizar e encorajar o comércio. Isto provoca expansão no Mercado devido ao
grande capital investido na economia do País. Isto cria mais oportunidades para
emprego de pessoas de toda a parte do mundo. Eles se movimentam assim de uma parte
do mundo a outra a procura de emprego ou na perspectiva de melhor ser pago. Tal como
a integração económica encoraja a liberalização do comércio e conduz a expansão do
Mercado, mais investimento para o país e maior difusão da tecnologia faz criar mais
oportunidades de emprego para as pessoas se deslocarem de um País a outro para
encontrar emprego ou melhores salários. Por exemplo: as indústrias que requerem a
maioria de mão-de-obra não qualificada tendem a transferir a produção para os Países
com salário mais baratos no quadro de uma cooperação regional.

c) Benefícios para o Mercado financeiro A integração económica é extremamente


benéfica aos mercados financeiros pois se revela fácil obter empréstimos a juros baixos.
Isto porque a liquidez de capital dos maiores mercados de capital aumenta e a
consequente diversificação reduz os riscos associados aos grandes investimentos.

d) Aumento de Investimento Estrangeiro Directo A integração económica ajuda a


aumentar o montante de dinheiro em investimento estrangeiro directo (IED). Desde que
uma sociedade inicia um IED, através de novas operações ou fusão, controlo de gestão e
aquisição, ela transforma-se numa empresa internacional. Os Países de maior economia
ou que estão geograficamente mais próximos dos maiores na Região podem obter maior
aumento de IED como resultado de parcerias mais do que aqueles Países que têm
economia de menor escala ou estão situados na periferia. Contudo, em média, todos os
Países nos sete agrupamentos regionais chaves beneficiaram de um IED adicional
através da regionalização.

e) Integração Política. Os Países que constituem a integração económica formam


grupos e têm maior influência política comparativamente com a criada por uma única
nação. Integração é uma estratégia vital para contornar os 10 efeitos de instabilidade
política e dos conflitos entre homens que podem afectar a Região. Um grupo de Nações
pode ter significativamente maior influência política do que cada Nação,
individualmente, poderá ter. Esta integração é uma estratégia essencial para contornar
os efeitos dos conflitos e da instabilidade política que pode afectar a Região. Uma
ferramenta útil para enfrentar os desafios económicos e sociais associados a
globalização.
18
Direito Comunitário Outubro 2020.
f) Condução a uma real convergência económica. A integração regional poderá
conduzir a uma real convergência económica entre os Países Membros por via da
abertura dos mercados nacionais a concorrência estrangeira como resultado do
desmantelamento da burocracia e das barreiras estratégicas a entrada e remoção dos
constrangimentos existentes a livre circulação de capital, mão-de-obra e de outros
recursos.

g) Quebra dos monopólios locais existentes. A liberalização do comércio e o aumento


do factor mobilidade entre os Países Membros poderão contribuir para a quebra dos
existentes monopólios locais e levar a até agora imperfeita estrutura de competitividade
do mercado mais próxima da concorrência perfeita. Os mercados mais competitivos, por
sua de melhoria de afectação de recursos e mais baixos custos de produção bem como
resultados maiores e mais diversificados. Nas suas diferentes versões, a teoria da Zona
de moeda comum (ZMC) enfatiza diversos critérios (características estruturais, tais
como dimensão, abertura, estrutura de exportação, circulação de mão-de-obra,
flexibilidade da grelha salarial) de uma economia para definir a melhor alternativa. É de
assinalar que os cinco critérios do Tratado de Maastricht usados pelos Países da UA
para determinar a filiação na União Monetária Europeia (UME), são diferentes dos
resultantes da investigação de Mundell. Eles convergiram na inflação, juros, défices,
dívidas e estabilidade das taxas de câmbio como condição de acesso a Estado Membro.
Nenhum destes critérios está previsto na versão de Mundell da ZMC.

19
Direito Comunitário Outubro 2020.
CONCLUSÃO

O Direito de Integração Econômica caracteriza-se pela junção de alguns Estados, com o


intuito de fortalecer a economia destes e proporcionar mutua assistência, formando um
mercado comum, forte e competitivo no âmbito mundial, tendo como meio para atingir
seus objetivos a integração entre os Estados-partes. Geralmente as Estados-partes, estão
unidos por suas posições geográficas. Além dos objetivos econômicos estão também
inseridos em seus princípios outros objetivos como, por exemplo, o desenvolvimento
social dos países. Os Sistemas de integração regionais se diferenciam conforme
aplicabilidade de suas normas e sua organização institucional. De acordo com
princípios podem ser considerados mais ou menos evoluídos em relação à efetividade
de suas normas e da concretização dos objetivos·. Dentro do direito de integração esta o
instituto supranacionalidade (Direito Comunitário), e o da intergovernabilidade. O
primeiro tem como base a subordinação voluntária dos Estados-membros aos órgãos do
bloco econômico com fim de constituir um mercado comum. A União Africana se
constituiu através do Direito Comunitário

A União Africana foi criada a 11 de Julho de 2000 para substituir a Organização da


Unidade Africana (OUA), fundada a 25 de Maio de 1963. O projecto foi lançado, em
1999, em Sirte, pelo líder líbio Muhammar Khadaffi que convidou os participantes a
criar a instituição, com base no modelo da União Europeia e do Nafta (Acordo de
Comércio Livre da América do Norte). Em Julho de 2000, em Lomé, capital de Togo,
foi adoptado o Acto Constitutivo da União Africana (UA) e, em Julho de 2001, em
Lusaca (Zâmbia), foi estabelecido o programa de substituição da OUA pela UA. Em
2002, na Cimeira de Durban (África do Sul) procedeu-se à sessão inaugural da
Conferência dos Chefes de Estado e do Governo da instituição.

A substituição da OUA pela União Africana teve como ponto de partida o


desajustamento de alguns dos seus objectivos, como o da defesa da independência dos
países africanos colonizados e o da luta contra toda e qualquer manifestação de
colonialismo ou neocolonialismo, face ao actual contexto histórico-político dos seus
estados-membros. Esta instituição foi criada com o propósito de não só colocar a África
no panorama económico mundial, como também de resolver os problemas sociais,
económicos e políticos dos países africanos, problemas agravados pelo fenómeno da
mundialização. Seu primeiro presidente foi o sul-africano Thabo Mbeki que foi

20
Direito Comunitário Outubro 2020.
sucedido pelo Moçambicano Joaquim Chissano em cimeira havida em Maputo em
2003. Sendo assim, cada bloco econômico estabelece suas normas, que evidenciam sua
evolução, tornando-os estáveis e com credibilidade quanto a terceiros.

21
Direito Comunitário Outubro 2020.
REFERENCIA BIBLIOGRÁFICA

GOMES, Eduardo Biache, Supranacionalidade e os blocos econômicos. Revista da

faculdade de direito da Universidade Federal do Paraná

MAZZIOLE, Valério de Oliveira. Coletânia de DireitoInternacional, Ed. Revista dos

Tribunais, São Paulo, 2007

MERCADANTE, Aramita de Azevedo; JUNIOR, Umberto Celli; ARAÚJO, Leandro

Rocha. Blocos Econômicos e Integração da América Latina, África e Ásia. Ed. Juruá,

2006

Balassa B. (1961). Towards a theory of Economic Integration, “Kyklos, Vol.XIV, No. 1


(1961), pp.1-14.

22
Direito Comunitário Outubro 2020.

Você também pode gostar