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ORÇAMENTO PÚBLICO

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ................................................................................................. 03

1 ORÇAMENTO PÚBLICO .............................................................................. 04


1.1 Fundamentos do seu estudo ...................................................................... 04
1.2 O novo papel da gestão pública em tempos globalizados.......................... 06
1.3 Evolução conceitual ................................................................................... 08

2 OS PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS........................................................... 10

3 O CICLO ORÇAMENTÁRIO E A ELABORAÇÃO DA PROPOSTA ............ 13

4 CLASSIFICAÇÃO ORÇAMENTÁRIA........................................................... 19

5 GLOSSÁRIO DE TERMOS TÉCNICOS DA EXECUÇÃO ORÇAMENTARIA


........................................................................................... 27

REFERÊNCIAS CONSULTADAS E UTILIZADAS .......................................... 31

ANEXOS .......................................................................................................... 33

AVALIAÇÃO .................................................................................................... 47
3

INTRODUÇÃO

Nos esforçamos para oferecer um material condizente com a graduação


daqueles que se candidataram a esta especialização, procurando referências
atualizadas, embora saibamos que os clássicos são indispensáveis ao curso.

As ideias aqui expostas, como não poderiam deixar de ser, não são neutras,
afinal, opiniões e bases intelectuais fundamentam o trabalho dos diversos institutos
educacionais, mas deixamos claro que não há intenção de fazer apologia a esta ou
aquela vertente, estamos cientes e primamos pelo conhecimento científico, testado e
provado pelos pesquisadores.

Não obstante, o curso tenha objetivos claros, positivos e específicos, nos


colocamos abertos para críticas e para opiniões, pois temos consciência que nada
está pronto e acabado e com certeza críticas e opiniões só irão acrescentar e melhorar
nosso trabalho.

Como os cursos baseados na Metodologia da Educação a Distância, vocês


são livres para estudar da melhor forma que possam organizar-se, lembrando que:
aprender sempre, refletir sobre a própria experiência se somam e que a educação é
demasiado importante para nossa formação e, por conseguinte, para a formação dos
nossos/ seus alunos.

Trata-se de uma reunião do pensamento de vários autores que entendemos


serem os mais importantes para a disciplina.

Para maior interação com o aluno deixamos de lado algumas regras de


redação científica, mas nem por isso o trabalho deixa de ser científico.
Desejamos a todos uma boa leitura e caso surjam algumas lacunas, ao final
da apostila encontrarão nas referências consultadas e utilizadas aporte para sanar
dúvidas e aprofundar os conhecimentos.
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Tópico I: Orçamento Público


AULA 1: Fundamentos do seu estudo

O Brasil, ao longo de sua história, apresenta uma relativa preocupação com


o processo de planejamento de seus recursos, utilizando, para tanto, o orçamento
como ferramenta deste processo.

O processo de organização das finanças públicas, teve início com a vinda da


família real para o Brasil, em 1808, momento este, onde se começou a falar em
orçamento, e é assunto de grande significância nos dias atuais.

Fazendo um longo recorte no tempo começaremos nossa história nos anos


1980, momento em que observamos muitos episódios marcantes no país, tanto na
história política como na administração pública. Dentre eles tem-se o fim do poder dos
militares, e em contrapartida o surgimento de um sentimento de liberdade e de
“democracia” por parte da população.

Em 1988, com a aprovação da Constituição Federal, onde em meio a muitos


assuntos regulamentados, o planejamento teve grande destaque, como afirma Piscitelli
(1997, p. 25) apud Souza (2002, p. 4) “o texto da constituição de 1988, em matéria
orçamentária, registrou avanços consideráveis, bastante satisfatórios (...)”.

O processo de planejamento, de acordo com a Constituição de 1988,


apresentou três peças importantes, que foram: o plano plurianual (PPA), a lei de
diretrizes orçamentárias (LDO); e a lei orçamentária anual (LOA).

Ainda sobre as mudanças que vem ocorrendo desde a década de 1980,


atingindo os mais diferentes segmentos, como o econômico, o social, o cultural e o
político, pode-se citar: o movimento das diretas já, a atual gestão (no final de seu
segundo mandato) de um partido de esquerda, a preocupação do cidadão que cumpre
com suas obrigações e busca o retorno dos tributos como benefícios à população.
Diante da grave situação em que as finanças do Estado brasileiro se
encontravam na década de 1980, caracterizada por extremo desequilíbrio entre receita
e despesa, mostrando acentuado déficit orçamentário, muitas reformas foram
implementadas a nível institucional e a nível normativo. Entre elas, a Lei de
Responsabilidade Fiscal (LC nº 101/2000) que traduz a necessidade de
estabelecimento de regras rígidas em uma tentativa de equilibrar as contas públicas e
moralizar a execução dos investimentos públicos.

De acordo com Nóbrega (2002), os objetivos da Lei de Responsabilidade


fiscal são:
• Instituir uma gestão fiscal responsável, com ênfase no controle do gasto
continuado e no endividamento;
• Prevenir desvios e estabelecer mecanismos de correção e dessa forma
punições a administradores pelos desvios graves e por eventual não adoção de
medidas corretivas;
• Modificar profundamente o regime fiscal brasileiro, dando um "choque" de
transparência no setor público, com maior divulgação das contas públicas e, ao
mesmo tempo, tornando-as mais inteligíveis.

Lino (2001) comenta a importância da Lei de responsabilidade Fiscal dentro


do panorama histórico atual:
Nessa medida, a LRF significa, acima de tudo, o fim
da que se poderia chamar de Revolução Keynesiana, quando o
Estado, de feições novas, passou a perseguir – seu novo e
único objetivo – o desenvolvimento pelo desenvolvimento, que
deveria ser conseguido, custasse o que custasse, mediante
decidida intervenção no setor econômico, incentivo aos
investimentos, realização de grandes obras públicas, ainda que
isso tudo viesse a resultar em endividamento e inflação
monetária.

Normativamente, substitui-se, agora, no Brasil, o pensamento de Keynes pela


ideologia de James Buchanan – e aqui sim, verdadeiramente, há a tão falada
influencia, pelo apoio, do Fundo Monetário Internacional (FMI) – e um novo tempo de
equilíbrio orçamentário, pela compreensão de que a crise fiscal do Estado pósmoderno
somente será solucionada por um gastar moderado, e não apenas pelo que arrecada.
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Produto de influências internas e externas, a Lei de Responsabilidade Fiscal


estabelece os princípios do equilíbrio fiscal, planejamento e transparência.

O equilíbrio fiscal é o princípio mais amplo que se traduz na paridade entre


receita e despesa, ou seja, o Estado não pode gastar mais do que arrecada. A LRF
impõe limites que devem ser observados no momento da criação de uma despesa, por
exemplo, a exigência de examinar o impacto orçamentário, a origem dos recursos para
seu custeio, a comprovação de que as metas fiscais previstas nas demais leis
orçamentárias não vão ser afetadas e a compensação dos efeitos financeiros nos
períodos seguintes.

O princípio do planejamento traduz-se na necessidade de se aplicar os


recursos públicos com maior responsabilidade e com melhor formulação das políticas
sociais. Trata-se de uma dimensão gerencial desenvolvida pela Administração Pública,
estabelecendo rotinas adequadas ao perfeito funcionamento da máquina pública e do
desenvolvimento das políticas sociais.

A transparência impõe ao governante a obrigação de divulgar de forma clara


e objetiva o que tem sido feito com a verba pública. O dever de prestar contas com o
cidadão e o direito deste deter acesso às contas públicas constitui ponto essencial
referente ao estado democrático de direito. A LRF, em seu art. 48, dispôs como a
transparência será efetivada, assim como a participação popular, valendo acrescentar
ainda que outros dispositivos (por exemplo, art. 49, art. 9º, §4º) reforçam a necessidade
de divulgar as contas públicas.

Contudo, é necessário compreender que tais princípios devem ser


interpretados em consonância com os princípios constitucionais, especialmente os
princípios da solidariedade social e do desenvolvimento nacional (LINO, 2001).

AULA 2: O novo papel da Gestão Pública em tempos


globalizados
Antes de 1964 já se planejava no Brasil, todavia, não existia estrutura técnico-
administrativa com essa incumbência. Com o governo militar, o planejamento
governamental ganhou formalização e institucionalidade, muito porque, segundo
Garcia (2007), os militares por formação, valorizam o planejamento e a estratégia.
Houve a criação do Ministério do Planejamento, o que foi um marco histórico e político-
administrativo. Concomitantemente surgiu o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada
(IPEA), servindo de apoio técnico-operacional ao Ministério do Planejamento.

Ao longo dos anos, o planejamento foi tomando novos rumos e os


governantes se deram conta de que o planejamento é um processo que vai além da
elaboração de planos.

Necessário é, também, supervisionar sua implementação no dia-a-dia [...]


Com rapidez, estará amadurecido o entendimento de que o planejamento é um
instrumento para a condução das ações do governo, o que requer que o órgão
responsável saia da mesma linha hierárquica dos demais ministérios e seja deslocado
para a órbita da própria Presidência da República, quando é então criada a Secretaria
de Planejamento e Coordenação da Presidência da República (GARCIA, 2007, p.10).

O novo modelo de desenvolvimento exige um Estado atuante, promotor do


crescimento e da justiça social e fiscalmente sustentável, a partir das reformas que a
sociedade apoiar.

A construção deste Estado novo, e, por conseguinte, de uma gestão pública


eficaz, requer, segundo o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (2003),
esforços sistemáticos de transformação da gestão pública, objeto de um plano de
gestão pública; e este, para ser efetivo, exige um processo de formulação participativo,
prévio diagnóstico e formulação de soluções inovadoras e arranjos de implementação
em rede.

Ainda segundo o Ministério do Planejamento, o Brasil tem buscado por essa


nova gestão pública, a qual passa também pela redução do déficit institucional –
ausência do Estado onde este deveria estar atuando –, e, no que tange à
implementação focando os resultados, ele busca:
• O ajuste das estratégias, mediante a redefinição de suas missões, de seus
objetivos e de suas metas;
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• O desenvolvimento de sistemas contínuos de monitoramento e avaliação de


políticas, programas, projetos e desempenho institucional;
• A adequação das estruturas e modelos institucionais para agilizar o processo
decisório e de ação, otimizar a comunicação, permitir o alcance de resultados
e a eliminação de lacunas, paralelismos e sobreposições;
• A otimização dos processos de trabalho, adotando novos parâmetros de
desempenho, regras mais flexíveis e incorporando inovações tecnológicas e
gerenciais que permitam redimensionar, quantitativa e qualitativamente, os
recursos humanos, orçamentários, financeiros e logísticos;
• O aprimoramento do atendimento ao cidadão, mediante simplificação de
processos, eliminação de exigências e controles desnecessários e facilitação
do acesso aos serviços públicos;
• A adequação dos quadros funcionais, reestruturando carreiras e quadros de
cargos, remunerando-os em níveis compatíveis com as responsabilidades e
competências exigidas;
• O aprendizado contínuo e a efetiva gestão do conhecimento, mediante,
principalmente, capacitação intensiva e permanente de servidores e dirigentes;
• Uma conduta ética e participativa pautada em elevados padrões de
transparência e responsabilização, e;
• O aprimoramento de sistemas de informações, que contribuam para a melhoria
da qualidade dos serviços e da agilidade decisória (BRASIL, 2003).

AULA 3: Definição de orçamento

O Orçamento Público é uma peça de planejamento por meio do qual o


governo estima as receitas que irá arrecadar e fixa os gastos que espera realizar
durante o ano.

De maneira geral, as receitas são obtidas por meio de impostos, taxas,


contribuições e outros mecanismos fixados pela União, Estados e Municípios. Já os
gastos públicos são definidos de acordo com critérios jurídicos, econômicos e políticos,
que devem ser acompanhados não só pelo Congresso Nacional, mas principalmente
pela população, maior interessada nesse processo (PIRES, 2001).
O sistema orçamentário brasileiro, que está definido nos artigos 165 a 169 da
Constituição Federal, é composto por três instrumentos principais: a Lei Orçamentária
Anual (LOA), a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e o Plano Plurianual (PPA).
Todos esses instrumentos são elaborados primeiramente pelo Poder Executivo, que
encaminha as propostas para a avaliação do Legislativo, que poderá modificar a
proposta inicial, acrescentando ou diminuindo valores para determinadas ações e, em
seguida, as propostas retornam para o Executivo que pode sancionar ou não essas
novas alterações. Estes instrumentos serão analisados em tópico adiante.

O processo de elaboração do orçamento público está submetido a regras e


limites estabelecidos em leis específicas, mas esses limites não impedem a
participação de outros segmentos da sociedade. A população, individualmente ou por
meio de organizações e movimentos sociais, pode interferir enviando sugestões,
pesquisas e estudos para deputados, senadores, comissões de legislação
participativa, e até ministérios. A pressão popular pode ser feita por carta, mensagens
eletrônicas, e outros tipos de manifestações.

Tópico II: Os Princípios Orçamentários

O orçamento é dividido em duas partes ou seções separadas - Receitas e


Despesas - tanto no aspecto jurídico como no aspecto contábil.

Em matéria de despesa pública as Previsões contidas no orçamento sejam


as iniciais ou a ele incorporadas em virtude de créditos adicionais abertos durante o
exercício - destacam um caráter limitativo e imperativo, inibindo e proibindo a
administração de efetuar gastos além dos créditos concedidos.

Quanto à receita pública, ao estimar as receitas prováveis de cada fonte, o


legislador não pretende limitar as faculdades de arrecadação do poder público. O
objetivo de cálculo dos recursos é fundamentar o montante dos gastos e, por via de
consequência, chegar ao nivelamento entre Receitas e Despesas. Entretanto, ao
contrário das Despesas, tal previsão não constitui um limite, chegando ao qual a
arrecadação deva ser suspensa.
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Dado o seu caráter de documento legislativo que autoriza e limita a ação do


Poder Público, o orçamento deve inclui todas as receitas e todas as despesas, pois
esta é a condição essencial para que o controle do Poder Legislativo seja efetivo.

Estes princípios básicos objetivam assegurar o cumprimento dos fins a que


se propõe o orçamento e podem ser resumidos em dois aspectos: gerais e específicos,
conforme a seguir:

Em virtude de não termos uma unanimidade acerca da correta interpretação


dos princípios orçamentários em relação ao texto Legal, vamos analisar os conceitos
dessa matéria segundo a visão de Martins (2003), por entendermos ser a mais
completa.
1. Anualidade – a vivência do orçamento deve ser limitada a um ano,
normalmente coincidindo com o ano civil.
2. Unidade – todas as receitas e despesas devem estar contidas numa só lei
orçamentária, visa a prática da movimentação financeira do Tesouro
consubstanciado no chamado princípio de unidade de caixa, objetivando o
cumprimento da fiscalização orçamentária financeira por parte do poder
legislativo.
3. Universalidade – o orçamento é um plano financeiro global, também chamado
de Orçamento Bruto no qual deve conter todas as receitas e as despesas pelos
seus totais.
4. Equilíbrio – Em cada exercício financeiro, o montante da despesa não deveria
ultrapassar a receita prevista para o período. O equilíbrio não é uma regra
rígida, embora a ideia de equilibrar receitas continue ainda sendo perseguida,
principalmente a médio e longo prazo.
5. Especificidade – Tem por escopo vedar as autorizações globais, ou seja, a
classificação e designação dos itens que devem constar do orçamento, de
forma a apresentar o Planejamento o mais analítico possível.
6. Publicidade – Torna o conteúdo orçamentário público para o conhecimento da
sociedade e eficácia de sua validade.
7. Clareza – sem se descuidar das exigências das técnicas orçamentárias,
especialmente em matéria de classificação das receitas e despesas, o
orçamento deve ser claro e compreensível para qualquer indivíduo.
8. Uniformidade – o mesmo que Consistência, ou seja, o orçamento deve manter
uma padronização ou uniformização de seus dados, a fim de possibilitar que os
usuários possam realizar comparações entre os distintos exercícios.
9. Não afetação da receita – postula o recolhimento de todos os recursos a uma
caixa única do tesouro, sem discriminação quanto a sua destinação.
10. Legalização da Tributação – limita o Estado quanto a seu poder de tributar.

Tópico III: O Ciclo Orçamentário E A Elaboração Da Proposta

O ciclo orçamentário, ou processo orçamentário, pode ser definido como um


processo contínuo, dinâmico e flexível, através do qual se elabora, aprova, executa,
controla e avalia os programas do setor público nos aspectos físicos e financeiro,
corresponde, portanto, ao período de tempo em que se processam as atividades
típicas do orçamento público (GIACOMONI, 2007).
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Preliminarmente é conveniente ressaltar que o ciclo orçamentário não se


confunde com o exercício financeiro. Este, na realidade, é o período durante o qual se
executa o orçamento, correspondendo, portanto, a uma das fases do ciclo
orçamentário.

No Brasil, o exercício financeiro coincide com o ano civil, ou seja, inicia em


01 de janeiro e encerra em 31 de dezembro de cada ano, conforme dispõe o art. 34 da
Lei nº 4.320/64. Por outro lado, o ciclo orçamentário é um período muito maior,
iniciando com o processo de elaboração do orçamento, passando pela execução e
encerramento com o controle.

De acordo com art. 165 da Constituição Federal o ciclo orçamentário


compreende: (a) a lei que estabelece o Plano Plurianual; (b) a lei de Diretrizes
Orçamentárias; e (c) a lei Orçamentária Anual.

Identificam-se, basicamente, quatro etapas no ciclo ou processo


orçamentário:
Etapas Básicas Programação;
Elaboração da proposta orçamentária
Discussão e aprovação da Lei do Orçamento;
Execução orçament ária e financeira;
Controle
Revisão dos Planos

 O Plano Plurianual - PPA

O Plano Plurianual é publicado a cada quatro anos como uma lei ordinária e
deve, de acordo com o § 1º do art. 165 da Constituição, “estabelecer, de forma
regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as
despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de
duração continuada”.

É uma lei ordinária, iniciativa do Poder Executivo, de periodicidade


quadrienal, de hierarquia especial e sujeita a prazos e ritos peculiares de tramitação,
instituída pela Constituição Federal de 1988, como instrumento normatizador do
planejamento de médio prazo e de definição das macro-orientações do Governo
Federal para a ação nacional em cada período de quatro anos, sendo estas
determinantes (mandatórias) para o setor público e, indicativas para o setor privado
(art. 174 da Constituição).

O § 1º do artigo 165 estabelece que a lei que instituir o PPA estabelecerá, de


forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal
para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos
programas de duração continuada.

O PPA veio substituir o antigo Orçamento Plurianual de Investimentos.


Comparativamente ao seu antecessor, que abrangia apenas três exercícios, o PPA
vigente apresenta, além do valor das despesas de capital (construção de edificações
públicas, estradas, etc.), também as metas físicas a serem atingidas por tipo de
programa e ação, bem como lista as despesas de duração, condicionando toda a
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programação do orçamento ao planejamento de longo prazo (BASTOS et al, 2004,


p.2).

O PPA é concebido para abranger o lapso de tempo que vai do segundo ano
de um mandato presidencial ao primeiro ano do mandato subsequente (art. 35 do Ato
das Disposições Constitucionais Transitórias).

Nenhum investimento cuja execução ultrapassar um exercício financeiro


poderá ser iniciado sem prévia inclusão no PPA ou sem lei que autorize tal inclusão,
sob pena de crime de responsabilidade.

Os constituintes buscaram criar um instrumento que explicitasse as intenções


do governo, dessa coerência às ações ao longo do tempo e organizasse
consistentemente as intervenções parlamentares nos orçamentos. É também evidente
a preocupação que tiveram em criar condições para o exercício regular da avaliação e
do controle das ações e, em particular, das despesas públicas.

O artigo 74, I e II da Constituição Federal determina que os Poderes


Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, sistema de controle
interno com a finalidade de avaliar o cumprimento das metas previstas no PPA e a
execução dos programas de governo e dos orçamentos da União. Exige, ademais, a
comprovação da legalidade e a avaliação dos resultados quanto à eficácia e à
eficiência da gestão orçamentária, financeira e patrimonial dos órgãos e entidades da
administração federal, bem como da aplicação de recursos públicos por entidades de
direito privado. Tal processo culminaria com o Congresso Nacional exercendo sua
competência exclusiva de, a cada ano, julgar as contas prestadas pelo presidente da
República e apreciar os relatórios sobre a execução dos planos de governo (art. 49,
IX, da Constituição Federal).

A elaboração do projeto de lei do PPA é coordenada pela Secretaria de


Planejamento e Investimentos Estratégicos do Ministério do Planejamento, Orçamento
e Gestão (SPI/MPO), o qual deve ser enviado ao Congresso Nacional até o dia 31 de
agosto do primeiro ano de cada mandato presidencial e possui validade para um
período de quatro exercícios financeiros. A execução do PPA tem início, portanto,
somente no segundo ano do mandato presidencial e é encerrada no primeiro ano do
mandato seguinte.
 A Lei de Diretrizes Orçamentárias - LDO

A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), também de iniciativa do Poder


Executivo, é, por sua vez, uma lei ordinária com validade apenas para um exercício.

De acordo com o § 2º do art. 165 do texto constitucional:


A LDO compreenderá as metas e prioridades da administração pública
federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente,
orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações da
legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras de
fomento.

Estabelece assim, de forma antecipada, as diretrizes, as prioridades de


gastos e as normas e parâmetros que devem orientar a elaboração do projeto de lei
orçamentária para o exercício seguinte.

As prioridades e metas definidas pela LDO para os programas e ações são


apresentadas em anexo ao texto legal, constituindo-se num detalhamento anual de
metas estabelecidas no PPA e que foram selecionadas para constar do projeto de lei
orçamentária de cada exercício.

A LDO é delineada para fazer a articulação e o ajustamento conjuntural do


PPA com o orçamento.

As LDO e os orçamentos anuais têm de ser compatíveis com o que dispõe o


PPA, bem como todos os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos
na Constituição ou quaisquer outros instituídos durante um período de governo.
Nenhum investimento cuja execução ultrapassar um exercício financeiro poderá ser
iniciado sem prévia inclusão no PPA ou sem lei que autorize tal inclusão, sob pena de
crime de responsabilidade. As emendas parlamentares à LDO e ao orçamento
somente serão apreciadas pela comissão mista pertinente do Congresso Nacional se
compatíveis com a lei do PPA (artigos 165, 166 e 167 da Constituição Federal).

Com o advento da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), a LDO passou


também a conter dois anexos de extrema importância para orientar o governo e a
sociedade sobre a condução da política fiscal. Trata-se do Anexo de Metas Fiscais,
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onde são estabelecidos os resultados primários esperados para os próximos


exercícios, e que dão uma dimensão da austeridade dessa política; e o Anexo de
Riscos Fiscais, onde são enumerados os chamados passivos contingentes, ou seja,
aquelas dívidas que ainda não estão contabilizadas como tal, mas que, por decisão
judicial, poderão vir a aumentar a dívida pública.

Cabe apontar que as normas de direito financeiro, baixadas pela Lei n.º
4.320/64, são ainda as que estabelecem as regras básicas de elaboração, execução e
controle dos planos e orçamentos. Porém, face, principalmente, aos novos comandos
orçamentários introduzidos pela Constituição de 1988, essa lei ficou desatualizada
(BASTOS et al, 2004).

Assim, diante da ausência da lei complementar prevista no § 9º do art. 165


da CF, que viria a substituir a referida lei, a LDO tem exercido também o papel de suprir
as lacunas e imperfeições legais sobre a matéria, atuando de forma a compatibilizar
as normas infra-constitucionais com as disposições contidas no texto da Lei Maior
(BASTOS et al, 2004).

O Poder Executivo possui prazo até o dia 15 de abril de cada ano para
encaminhamento da LDO ao Congresso Nacional, onde deve ser aprovada até 30 de
junho, sob pena de não se interromper o primeiro período da sessão legislativa.

 A Lei Orçamentária Anual – LOA

A Lei Orçamentária Anual (LOA) é igualmente uma lei ordinária de iniciativa


do Poder Executivo com validade para cada exercício fiscal. De acordo com o § 5º do
art. 165 da Constituição, essa lei deve conter três orçamentos:
1. O orçamento fiscal;
2. O orçamento da seguridade social e,

3. O orçamento de investimento das empresas estatais.

Os dois primeiros envolvem toda a programação de gastos dos Poderes da


União, seus fundos, autarquias e fundações. Em suma, abrangem toda a
administração pública, direta e indireta.
O orçamento de investimentos das empresas estatais contém a previsão
de investimentos das entidades em que a União, direta ou indiretamente, detenha a
maioria do capital social com direito a voto.

Os orçamentos, fiscal e da seguridade social, listam todos os gastos da


União, como, os destinados à manutenção da máquina pública, os desembolsos com
saúde, educação, defesa, estradas, portos, benefícios previdenciários, folha de
pessoal, juros da dívida etc., bem como todas as receitas que são esperadas para
serem arrecadadas (BASTOS et al, 2004, p.3).

O Projeto de Lei Orçamentária é coordenado pela Secretaria de Orçamento


Federal, do Ministério de Planejamento e Orçamento e Gestão (SOF/MPO), que
prepara a minuta da Mensagem Presidencial e encaminha, até o dia 31 de agosto de
cada exercício, a proposta ao Congresso Nacional, a qual deve ser devolvida para
sanção até o encerramento da sessão legislativa.

Pela análise conjunta desses três instrumentos, compreende-se que a


concepção do processo de planejamento e orçamento no Brasil confere ao PPA, à
LDO e à LOA uma atuação integrada, que pode ser assim resumida:
• O PPA estabelece o planejamento de longo prazo, por meio dos programas e
ações de governo;
• A LOA fixa o planejamento de curto prazo, ou seja, materializa anualmente as
ações e programas a serem executados por meio de projetos, atividades e
operações especiais;
• A LDO, por sua vez, cumpre o papel de estabelecer a ligação entre esses dois
instrumentos, destacando do PPA os investimentos e gastos prioritários que
deverão compor a LOA, e definir as regras e normas que orientam a elaboração
da lei orçamentária que irá vigorar no exercício seguinte ao da edição da LDO
(BASTOS et al, 2004, p. 3).

Tópico IV: Classificação Orçamentária

As classificações orçamentárias permitem a visualização da despesa sob


diferentes enfoques ou abordagens, conforme o ângulo que se pretende analisar.
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Cada uma delas possui uma função ou finalidade específica e um objeto


original que justificam sua criação e pode ser associada à uma questão básica que
procura responder.

A estrutura programática, composta de programas, ações e localização de


gasto perdeu a conotação de classificação pré-fixada, mas responde à indagação
maior da análise orçamentária que é a finalidade da despesa.
Resumidamente, temos as seguintes associações:
a. Estrutura Programática – responde à indagação “Para que” os recursos
são alocados? (finalidade).

b. Classificação Institucional – responde à indagação “Quem” é o


responsável pela programação?

c. Classificação da Despesa por Natureza – responde à indagação “O que”


será adquirido e “Qual” o efeito econômico da realização da despesa?

d. Classificação Funcional – responde à indagação “Em que área” de ação


governamental a despesa será realizada?

A aplicação adequada da estrutura programática e das classificações


orçamentárias tem como resultado a configuração de um orçamento onde estariam
evidenciados, separadamente:
a. O que será implementado, para que, qual o produto (finalidade, resultados
esperados, serviços e bens a serem obtidos);

b. Quem na administração federal é responsável pela programação;

c. Quais os insumos utilizados ou adquiridos na implementação;

d. Em que área de ação governamental a despesa será realizada.


 Classificação Quanto À Natureza Da Despesa
Para classificar uma despesa quanto à sua natureza deve-se considerar a
categoria econômica, o grupo a que pertence, o elemento e complementarmente a
modalidade da aplicação.
A classificação da natureza da despesa é composta de:
a. Categoria Econômica da despesa – dividida em duas categorias:

Despesa Corrente: Classificam-se nesta categoria todas as despesas que não


contribuem diretamente, para a formação ou aquisição de um bem de capital.
Despesa de Capital: Classificam-se nesta categoria aquelas despesas que
contribuem, diretamente, para a formação ou aquisição de um bem de capital.

b. Grupo de Natureza da Despesa – agregador de elementos de despesa


com as mesmas características quanto ao objeto de gasto:

1 – Pessoal e Encargos Sociais;

2 – Juros e Encargos da Dívida;

3 – Outras Despesas Correntes;

4 – Investimentos;

5 – Inversões Financeiras;

6 – Amortização da Dívida.

c. Elemento de Despesa (objeto de gasto) – tem por finalidade identificar os


objetos de gasto, tais como vencimentos e vantagens fixas, juros, diárias, material de
consumo, serviço de terceiros prestados sob qualquer forma, subvenções sociais,
obras e instalações, equipamentos e material permanente, auxílios, amortização e
outros de que a administração pública se serve para a consecução de seus fins.

Modalidade de Aplicação – tem por finalidade indicar se os recursos são


aplicados diretamente por órgãos ou entidades no âmbito da mesma esfera de
Governo ou por ou ente da Federação e suas respectivas entidades, e objetiva,
precipuamente, possibilitar a eliminação da dupla contagem dos recursos transferidos
ou descentralizados.
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Na base do Sistema Integrado de Dados Orçamentários (SIDOR) o campo


que se refere à natureza da despesa contém um código composto por 6 (seis)
algarismos.

1º dígito indica a Categoria Econômica da despesa

2º dígito indica o Grupo de Natureza da Despesa

3º/4º dígitos indicam a Modalidade de Aplicação

5º/6º dígitos indicam o Elemento de despesa


Exemplo
Dotação consignada no orçamento de uma autarquia para aquisição de
material de consumo:
3.3.90.30.00

3 – Categoria Econômica: Despesa Corrente

3 – Grupo de Natureza de Despesa: Outras Despesas Correntes

90 – Modalidade de Aplicação: Aplicações Diretas

30 – Elemento de Despesas: Material de Consumo

00 - Deverão ser desdobrados em nível local para


melhor identificar o gasto final, além de facilitar o controle
de custos: Material de limpeza, material de escritório, etc.

O orçamento é apresentado de forma codificada. Sua leitura conduz à


identificação das prioridades governamentais, do nível de responsabilidade pela
aplicação dos recursos públicos e do respectivo montante.

São três as classificações orçamentárias:


 Classificação Institucional
 Classificação Funcional – Portaria 42/99

 Classificação da Receita e da Despesa – Portaria nº 163/2001.


Classificação Institucional

A classificação institucional identifica as unidades administrativas


responsáveis pela execução da despesa, ou seja, os órgãos que utilizam os recursos
públicos alocados ao orçamento. Esta classificação é fundamental para a definição de
responsabilidades e para os processos de controle e avaliação de resultado da
utilização dos recursos.

A classificação institucional deve acompanhar a estrutura administrativa da


entidade pública.

Nem todos os setores aparecem em destaque no orçamento. O critério


institucional mostra somente os órgãos e unidades orçamentárias responsáveis pela
execução de projetos e atividades.

O artigo 14 da Lei nº 4.320 define o conceito de unidade orçamentária:


“Constitui unidade orçamentária o agrupamento de serviços subordinados ao mesmo
órgão ou repartição a que serão consignadas dotações próprias”.
Cada unidade orçamentária corresponde a:
 Responsabilidade pelo planejamento e execução de certos projetos e
atividades;
 Competência para autorizar despesas ou empenhar.

Logo, cada unidade orçamentária se tornará o centro de:


 Planejamento;
 Elaboração orçamentária;
 Execução orçamentária;
 Controle interno; e
 Custos.

Usualmente esta classificação é representada por 4 dígitos. Os dois primeiros


representam o órgão e os dois subsequentes a unidade orçamentária.

Através deles, identifica-se o nível diretamente responsável pelo gasto


orçamentário. A representação numérica destas responsabilidades irá compor o
23

cadastro de Órgão/Unidade Orçamentária, organizado pelo órgão central de


planejamento e orçamento.

EXEMPLO 1:
A Secretaria de Obras e Serviços Públicos de um determinado município tem
quatro unidades administrativas e quatro entidades vinculadas.

As unidades administrativas da secretaria seriam representadas pelas


respectivas Unidades Orçamentárias. Assim, teríamos:
 15 – Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos.
 1501 – Gabinete do Secretário
 1502 – Coordenadoria Geral de Projetos
 1503 – Coordenadoria Geral de Obras
 1504 – Coordenadoria Geral de Conservação

Para codificar as unidades orçamentárias que representam as entidades da


administração indireta e fundacional, pode-se adotar estrutura idêntica, mantendo-se
os dois primeiros dígitos para identificar o órgão supervisor, a Secretaria a que estão
vinculadas.

A organização do cadastro de Órgão/Unidade Orçamentária, poder-se-á


adotar a seguinte metodologia:
 Unidades Orçamentárias da administração direta: numeração de 01 a 09.
 Unidades Orçamentárias da administração indireta e fundacional: utilizar
dezenas para indicar o tipo de vinculação – autarquias (30), fundação (40),
empresa (50).

Nesse caso, se à Secretaria de Obras e Serviços Públicos estiverem


vinculadas uma autarquia, uma fundação e duas empresas, sua representação no
orçamento será feita por:
 1531 – Instituto de Geotécnica
 1541 – Fundação Parques e Jardins
 1551 – Companhia Municipal de Limpeza Urbana
 1552 – Empresa Municipal de Urbanização

Segundo Giacomoni (2007) a utilização da codificação Institucional resulta


em vantagens e desvantagens.

Vantagens:

 Permite “comparar” os vários órgãos em termos de dotações recebidas;


 Permite identificar o agente responsável pelas cotações autorizadas;
 Serve como ponto de partida para um sistema de contabilização de custos dos
vários serviços ou unidades administrativas;
 Quando combinado com a classificação funcional, permite focalizar num único
ponto a responsabilidade pela execução de determinado programa.

Desvantagens:

 Se usado de forma predominante, impede que se tenha uma visão global das
finalidades dos gastos do governo, em termos de funções precípuas que deve
cumprir;
 Tende a gerar rivalidades Inter organizacionais na obtenção de dotações,
quando da preparação do orçamento e de sua aprovação no Legislativo;
 A demonstração de quanto um órgão está autorizado a despender, em
determinado exercício, não contribuiu em nada para a melhoria das decisões
orçamentárias, por apresentar apenas quantias que são necessárias para o
funcionamento interno do órgão, fato que interessa mais ao administrador do
mesmo do que ao legislador ou ao povo em geral (GIACOMONI, 2007).

Classificação Funcional

A nova regra estabelecida pela Portaria SOF nº 42/99 representou


significativo aperfeiçoamento em relação à Portaria SOF nº 9.

A portaria SOF nº 9 definia Funções, Programas e Subprogramas de governo,


de forma independente das peculiaridades locais. Era uma classificação que
combinava dispositivos da Lei nº 4.320/64 com o conceito de orçamento programa,
que prevê a identificação dos objetivos de cada programa de trabalho. Na realidade,
esse hibridismo implicou numa certa despreocupação com os problemas regionais.
Num país de grande extensão territorial como o nosso e desigualdades regionais
expressivas, a adoção de nomenclatura padronizada para os programas e
subprogramas trazia grandes prejuízos à transparência do gasto público.
25

Com a Portaria nº 42/99, prevalece a visão local, em que cada esfera de


governo passa a ter sua própria estrutura de programas a partir do Plano Plurianual.

Na Lei orçamentária e nos documentos contábeis, as ações passam a ser


identificadas por Funções, Subfunções, Programas, Atividades/Projetos/Operações
Especiais (despesas que não contribuem para a manutenção das ações de governo,
como o pagamento da dívida pública), embora não contidas no PPA, integrarão a LOA
em programas de trabalho específicos.

A íntegra da Portaria nº 42/99 do Ministério de Orçamento e Gestão, com


todas as definições e conceitos indispensáveis à classificação dos programas de
trabalho que constarão do orçamento encontra-se disponível no sitio
http://www.tesouro.fazenda.gov.br/legislacao/download/contabilidade/portaria42.pdf.

No artigo 1º e seus parágrafos, a Portaria nº 42/99 define o conceito de


FUNÇÃO como o maior nível de agregação das diversas áreas de despesas que
competem ao setor público e SUBFUNÇÃO como uma partição da Função, que agrega
determinado subconjunto de despesas. Institui, também, a função ENCARGOS
ESPECIAIS para abrigar as despesas às quais não se pode atribuir um bem ou serviço
prestado à população, como as relativas ao serviço da dívida pública.

Esta nova codificação facilita a análise dos gastos do governo, tornando mais
transparente e objetiva a aplicação dos recursos. Sem dúvida, é um ganho em relação
a situação anterior, em que os gastos com Educação e Cultura, Saúde e Saneamento,
Assistência e Previdência, Habitação e Urbanismo apareciam em grupos, embora
muitas vezes as duas componentes tivessem características e públicos diversos.

Em seu artigo 2º apresenta as definições clássicas de Programa, Projeto,


Atividade, Operações Especiais, assim resumidas:
 PROGRAMA – Instrumento da ação governamental que expressa a
concretização dos objetivos pretendidos, mensurado por indicadores
estabelecidos no PPA;
 PROJETO – Instrumento de programação para alcançar o objetivo de um
programa, envolve ações limitadas no tempo, cujo produto concorre para a
expansão ou aperfeiçoamento da ação governamental;
 ATIVIDADE – instrumento de programação para alcançar o objetivo de um
programa, envolve ações contínuas, das quais resulta um produto que concorre
para a manutenção da ação do governo;
 OPERAÇÕES ESPECIAIS – não contribuem para a manutenção das ações do
governo, não resulta em produto e não gera contraprestação direta de bens ou
serviços.

Em anexo estão quadros contendo resumos da matéria sobre contabilidade


pública de interesse de bacharéis em Ciências Contábeis, Economistas,
Administradores que focam a gestão pública. Vale a pena conferir.

Tópico V: Glossário De Termos Técnicos Da Execução


Orçamentária

É imprescindível aos executores conhecerem as conceituações dos termos


usualmente empregados na gestão orçamentária e financeira.

 ABERTURA DE CRÉDITO ADICIONAL - Acréscimo nos créditos iniciais, com


base em autorização Legislativa específica.
 ATIVIDADE – Conjunto de operações que ser realizam de modo contínuo e
que concorrem para a manutenção da ação do Governo.
 COBERTURA ORÇAMENTÁRIA – Dotação orçamentária para atender
despesas com subprojeto ou subatividade, proveniente de Lei Orçamentária ou
Créditos Adicionais.
 CRÉDITO - Disponível para aplicação de determinado montante de recursos,
na linguagem técnica orçamentária designa o Lado Orçamentário.
 DÉFICIT ORÇAMENTÁRIO – Despesa maior do que receita, havendo
distinção entre déficit previsto ou déficit da execução orçamentária.
 DESCENTRALIZAÇÃO DE CRÉDITO – Transferência de uma unidade
orçamentária ou administrativa para outra, do poder de utilizar créditos
orçamentários ou adicionais que estejam sob a sua supervisão, ou lhe tenham
sido dotados ou transferidos. São operações descentralizadoras de crédito: o
destaque e a provisão.
 DESPESA EMPENHADA – Valor do crédito orçamentário ou adicional utilizado
para fazer face a compromisso assumido.
 DETALHAMENTO DE CRÉDITO – Forma de detalhar o crédito orçamentário
por fonte, UGR e PI, cuja transação utilizada no SIAFI é “DETACRED”.
27

 DOTAÇÃO - Limite de crédito consignado na Lei de Orçamento ou crédito


adicional, para atender determinada despesa.
 ESFERA ORÇAMENTÁRIA – Especifica se a dotação orçamentária pertence
ao Orçamento Fiscal, orçamento da Seguridade social ou orçamento de
Investimento. O código da classificação é composto por dois algarismos,
sendo:

10 – Orçamento Fiscal

20 – Orçamento de Seguridade Social

30 – Orçamento de Investimento.

 EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA DA DESPESA – Utilização dos créditos


consignados no orçamento e nos créditos adicionais, visando a realização dos
subprojetos e/ou subatividades atribuídos às Unidades Orçamentárias.
 GESTÃO – Ato de gerir a parcela do patrimônio de uma Unidade Gestora,
Entidade Supervisionada, Órgão ou Fundo que, tendo ou não personalidade
jurídica própria requeira demonstrações, acompanhamentos e controles
distintos.
 GESTOR – Quem gere ou administra orçamento e finanças, bens e serviços.
 JANELA ORÇAMENTÁRIA – Destinação de recursos na Lei Orçamentária em
valores significativamente inferiores aos custos das ações correspondentes,
com a finalidade de facilitar futuras suplementações. Dotação Simbólica.
 MODALIDADE DE APLICAÇÃO - Classificação da despesa que traduz a
forma como os recursos serão aplicados pelos órgãos/entidades, podendo ser
diretamente pelos mesmos ou sob a forma de transferência a outras entidades
públicas da execução das ações.
 NATUREZA DA DESPESA – Organização do orçamento segundo critérios que
possibilitem a compreensão geral das funções deste instrumento, propiciando
informações para a administração, a gerência e a tomada de decisões.
 ORÇAMENTO – Um plano de ação expresso em termos financeiros.
 ORÇAMENTO FISCAL – Integra a Lei Orçamentária Anual e refere-se ao
Orçamento dos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da
administração direta e indireta inclusive fundações instituídas e mantidas pelo
poder público.
 ORÇAMENTO DE INVESTIMENTO – Integra a Lei Orçamentária Anual e
refere-se ao Orçamento de Investimento das Empresas em que a União,
Estados e Município, direta ou indiretamente, detenha maioria do capital social
com direito a voto.
 ORÇAMENTO PÚBLICO – Lei de iniciativa do Poder Executivo que estima a
Receita e fixa a despesa da administração pública. É elaborada em um
exercício para depois de aprovada pelo poder Legislativo, vigorar no exercício
seguinte.
 ORÇAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL – Integra a Lei Orçamentária Anual,
e abrange todas as entidades, fundos e fundações da Administração direta e
indireta instituídas e mantidas pelo Poder Público, vinculados à seguridade
social.
 ÓRGÃO– Identifica uma entidade integrante do sistema, podendo ser do
Governo Federal, Estadual, Municipal ou Privado. Representa a divisão interna
dos poderes, podendo ser igual à Unidade Orçamentária.
 PLANO INTERNO (PI) – Instrumento de planejamento e de
acompanhamento das ações do Órgão, usado como forma de detalhamento
do Projeto ou Atividade, de uso exclusivo de cada Órgão.
 PROPOSTA ORÇAMENTÁRIA – Previsão de receita a fixação de despesas
para um exercício, com os respectivos quadros e justificativas. No caso da
União, materializa o Projeto de Lei Orçamentária encaminhado pelo Poder
Executivo ao Congresso Nacional.
 PROJETO – Instrumento cuja programação deve ser articulada e
compatibilizada com outros, para alcançar os objetivos de um programa
envolvendo um conjunto de operações limitadas no tempo, dos quais resulta a
um produto que concorre para a expansão ou aperfeiçoamento da ação do
Governo.
 QUADRO DE DETALHAMENTO DE DESPESA – Instrumento que detalha a
nível operacional, os subprojetos e subatividades constantes da Lei
Orçamentária Anual, especificando os elementos de despesas e respectivos
desdobramentos. É o ponto de partida para a execução orçamentária. Não é
mais publicado pela União.
 RECEITA-ORÇAMENTÁRIA – Valores constantes do orçamento,
caracterizada conforme o artigo 11 da Lei 4.320/64.
 RECEITA EXTRA-ORÇAMENTÁRIA – Valores provenientes de toda e
qualquer arrecadação que não figure no orçamento e, consequentemente, toda
arrecadação que não constitui renda do Estado. O seu caráter é de
extemporaneidade ou de transitoriedade nos orçamentos.
29

 RECEITA PRÓPRIA – As arrecadação pelas entidades públicas em razão de


sua atuação econômica no mercado. Estas receitas são aplicadas pelas
próprias Unidades Gestoras.
 RECEITA VINCULADA – Receita arrecada com destinação especifica
estabelecida na Legislação vigente. Se a receita vinculada é instrumento de
garantia de recursos à execução do planejamento, por outro lado, o aumento
da vinculação introduz maior rigidez na programação orçamentária.
 REMANEJAMENTO DE CRÉDITO – Alteração do Quadro de Detalhamento da
Despesa QDR, que consiste na transferência de crédito de uma natureza de
despesa para outra, de uma modalidade de aplicação para outra, grupo de
despesa ou fonte.
 RESERVA DE CONTIGÊNCIA – Dotação Global não especificamente
destinada a determinado órgão, unidade orçamentária, programa ou categoria
econômica, cujos recursos serão utilizados para abertura de crédito adicionais.
 UNIDADE ORÇAMENTÁRIA – Repartição da Administração Direta a que o
Orçamento Geral da União, consigna dotações específicas para realização de
seus programas de trabalho e sobre os quais exerce o poder de disposição. É
também considerada Unidade Orçamentária a entidade da Administração
Indireta supervisionada cujo orçamento próprio é publicado em complemento
ao Orçamento Geral da União, nos termos do art 109 da Lei nº 4.320/64.
 UNIDADE GESTORA – Unidade Orçamentária ou Administrativa investida do
poder de gerir créditos orçamentários e/ou recursos financeiros.
 UNIDADE GESTORA RESPONSÁVEL (UGR) – Unidade Gestora responsável
pela realização de parte do Programa de Trabalho por ela descentralizada.

REFERÊNCIAS

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de 1988. 7. ed. São Paulo: Atlas, 1991;

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BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil Federal promulgada em


05 de Outubro de 1988.
BRASIL. Decreto Lei 200, de 25 de fevereiro de 1967. Dispõe sobre a organização
da Administração Federal e estabelece diretrizes para a reforma administrativa e dá
outras providências

BRASIL. Lei 4.320, de 17 de março de 1964. Estatui Normas Gerais de Direito


Financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, dos
Estados, dos Municípios e do Distrito Federal.

BRASIL. Lei Complementar nº 101 de 4 de Maio de 2000. Estabelece normas de


finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal.

BRASIL. Lei n.º 4.320 de 17 de Março de 1964. Estatui normas de Direito Financeiro
para elaboração e controle dos Orçamentos e Balanços da União, dos Estados, dos
Municípios e do Distrito Federal.

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Orçamentário 2003. Brasília, 2003.

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Gestão pública para um Brasil de todos: um plano de gestão para o Governo Lula /
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Trabalho apresentado na 13 th Asian Pacific Conference on International Accounting
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transparente. X Congreso Internacional del CLAD sobre la Reforma del Estado y
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Cogestão da administração pública: Um estudo realizado na Secretaria de Cultura
da Cidade do Recife. Trabalho de Formatura – Centro de Ciências Sociais Aplicadas
– Universidade Federal de Pernambuco. Recife, Abr. 2002.
ANEXOS
33
35
37
39
41
43
45

Créditos: Fábio Furtado (2005).

SUA ATIVIDADE

1)São objetivos e princípios da Lei de Responsabilidade Fiscal, exceto:

A( )transparência

B( )planejamento

C( )equilíbrio fiscal

D( )enrijecimento da máquina administrativa

2) À uma peça de planejamento por meio do qual o governo estima as receitas que irá
arrecadar e fixa os gastos que espera realizar durante o ano, damos o nome de:
A( )anexo de metas fiscais

B( )orçamento público

C( )diretrizes

D( )n.r.a.

3)Sobre os princípios orçamentários, relacione as colunas abaixo e assinale a


resposta correta:
(1) princípio da ( ) o orçamento é um plano financeiro global, também
anualidade chamado de Orçamento Bruto no qual deve conter todas as
receitas e as despesas pelos seus totais

(2) princípio da ( ) a vivência do orçamento deve ser limitada a um ano,


universalidade normalmente coincidindo com o ano civil.

(3) princípio da ( ) Torna o conteúdo orçamentário público para o


publicidade conhecimento da sociedade e eficácia de sua validade.

A( )1 – 2 – 3

B( )3 – 2 – 1

C( )2 – 1 – 3
D( )1 – 3 – 2

4) O ciclo orçamentário, ou processo orçamentário, pode ser definido como um


processo contínuo, dinâmico e flexível. Assinale a opção que apresenta a sequência
correta do ciclo orçamentário.
A( ) elabora, aprova, executa, controla e avalia

B( ) elabora, avalia, executa, controla e executa

C( ) elabora, executa, executa, aprova e avalia

D( ) executa, aprova, elabora, controla e avalia

5)Em qual das alternativas abaixo temos a definição para PROJETO?

A( ) não contribuem para a manutenção das ações do governo, não resulta em


produto e não gera contraprestação direta de bens ou serviços.
B( ) instrumento de programação para alcançar o objetivo de um programa, envolve
ações contínuas, das quais resulta um produto que concorre para a manutenção da
ação do governo.
C( ) Instrumento da ação governamental que expressa a concretização dos objetivos
pretendidos, mensurado por indicadores estabelecidos no PPA.
47

D( ) Instrumento de programação para alcançar o objetivo de um programa, envolve


ações limitadas no tempo, cujo produto concorre para a expansão ou aperfeiçoamento
da ação governamental.

6) De acordo com Nóbrega (2002), os objetivos da Lei de Responsabilidade fiscal são,


EXCETO:
A( )Instituir uma gestão fiscal responsável, com ênfase no controle do gasto
continuado e no endividamento;
B( )Prevenir desvios e estabelecer mecanismos de correção e dessa forma punições
a administradores pelos desvios graves e por eventual não adoção de medidas
corretivas;
C( )Modificar profundamente o regime fiscal brasileiro, dando um "choque" de
transparência no setor público, com maior divulgação das contas públicas e, ao
mesmo tempo, tornando-as mais inteligíveis.
D( ) Traduzir a necessidade de se aplicar os recursos públicos com maior
responsabilidade e com melhor formulação das políticas sociais.

7) O sistema orçamentário brasileiro, que está definido nos artigos 165 a 169 da
Constituição Federal, é composto por três instrumentos principais. Sendo assim,
assinale a alternativa INCORRETA:

A ( ) Lei Orçamentária Anual (LOA)


B ( ) Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO)
C ( ) Plano Plurianual (PPA)
D ( ) Lei de Diretrizes e Bases ( LDB)

8) Complete a sentença abaixo, e assinale a alternativo correta:

No artigo 1º e seus parágrafos, a Portaria nº 42/99 define o conceito


de___________ como o maior nível de agregação das diversas áreas de despesas
que competem ao setor público e ____________ como uma partição da Função, que
agrega determinado subconjunto de despesas. Institui, também, a função
___________ para abrigar as despesas às quais não se pode atribuir um bem ou
serviço prestado à população, como as relativas ao serviço da dívida pública.
A ( )SUBFUNÇÃO; ENCARGOS ESPECIAIS; FUNÇÃO
B ( ) ENCARGOS ESPECIAIS; FUNÇÃO; SUBFUNÇÃO
C ( )FUNÇÃO; SUBFUNÇÃO; ENCARGOS ESPECIAIS
D ( )FUNÇÃO; ENCARGOS ESPECIAIS; SUBFUNÇÃO

9- O orçamento é apresentado de forma codificada. Sua leitura conduz à identificação


das prioridades governamentais, do nível de responsabilidade pela aplicação dos
recursos públicos e do respectivo montante. São três as classificações orçamentárias.
Assinale a alternativa INCORRETA:
A ( )Classificação Institucional
B ( )Classificação Funcional – Portaria 42/99

C ( ) Classificação da Receita e da Despesa – Portaria nº 163/2001

D ( ) Classificação Constitucional

10) De acordo com art. 165 da Constituição Federal o ciclo orçamentário compreende:
(a) a lei que estabelece o Plano Plurianual; (b) a lei de Diretrizes Orçamentárias; e (c)
a lei Orçamentária Anual. Identificam-se, basicamente, quatro etapas no ciclo ou
processo orçamentário, EXCETO:
A ( ) Programação

B ( ) Subfunção

C ( ) Discussão e aprovação da Lei do Orçamento


D ( ) Execução orçamentária e financeira

GABARITO

Nome do aluno:_______________________________________
Matrícula:___________
Curso:____________________________________________
___ Data do envio:____/____/_______.
49

Ass. do aluno: ______________________________________________

ORÇAMENTO PÚBLICO
1)___ 2)___ 3)___ 4)___ 5)___

6)___ 7)___ 8)___ 9)___ 10)___

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