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FACULDADE DE DIREITO
Discentes:
CHAGUALA, Lúcia José
SIMANGO, Lilian Adelina
TAMELE, Ivódia da Euclávia
Docentes:
Me. Zaida Sultanagy
Objectivos específicos
Metodologia: Este trabalho foi essencialmente realizado com base na pesquisa bibliográfica.
Para este fim, foi necessária a consulta dos manuais que serão indicados na bibliografia para a
extração de matéria necessária para a realização do trabalho, bem como o recurso a outra
bibliografia complementar, designadamente sites de internet confiáveis.
COOPERAÇÃO E INTEGRAÇÃO ECONÓMICA
INTERNACIONAL
Cooperação económica internacional refere-se a ajuda mútua entre duas ou mais nações ou
organizações internacionais voltadas a economia, que agem de forma conjunta e não isolada
com objectivo de alcançar objectivos económicos para os estados interligados.
Nas zonas de comércio livre os países interligados levantam as barreiras alfandegárias (direitos
aduaneiros e restrições quantitativas) à circulação de mercadorias entre eles, desde que estas
tenham origem dentro da zona. Contudo cada país mantém a sua própria pauta aduaneira face ao
resto do mundo e face aos bens que tenham origem fora da ZCL. Assim nesta etapa é livre o
comércio de mercadorias totalmente produzidas dentro da região ( cuja produção utilize inputs
também produzidos internamente, num dos países membros), e daquelas que não sendo , se
consideram, de acordo com determinadas regras de origem, ter origem nessa região.
O sistema de regras de origem visa impedir a entrada de mercadorias pelo país que possui um
nível mais baixo de direitos aduaneiros, mas destinados a outros países da área, com objectivo de
usufruir do diferencial tarifário.1
2. União aduaneira
Numa união aduaneira, além da livre circulação de mercadorias, existe uma política comercial
comum relativamente a países terceiros, a qual se traduz na aplicação de uma pauta aduaneira
comum face a países terceiros. Outra característica desta etapa de integração é a negociação
conjunta de acordos com países terceiros, como acontece entre a União Europeia e o Mercosul.
Nesta etapa há possibilidade de as mercadorias vindas de terceiros países entrarem pela fronteira
mais favorável ( com tarifas aduaneiras mais baixas) e só depois se dirigirem ao país de destino,
não pagando direitos nessa viagem, deixa de existir já que os países aderentes, para além da
eliminação das barreiras, estabelecem uma pauta comum face aos países terceiros.
Esta etapa, além de conter as características típicas das uniões aduaneiras ( abolição de tarifas e
barreiras comercias entre os membros do bloco interligado e a harmonização das politicas
aduaneiras) identifica-se pela liberdade de circulação de mão-de-obra, serviços e capital. Sendo
uma etapa mais completa do que a união aduaneira. É o caso da União Europeia (EU).2
A etapa das uniões económicas vai muito além dos mercados comuns, na medida em que nelas
existe já um determinado nível de harmonização de políticas económicas, o que significa um
1
COELHO, Teresa Margarida Sobral Bento (2003) Desenvolvimento e cooperação Internacional, pag. 14 e 15.
2
https://trilhante.com.br/curso/direito-de-integracao-economica/aula/etapa-do-processo-de-integracao-
economia-2
grau de envolvimento entre países integrados bem mais elevado do que o existente naqueles ou
melhor, após a eliminação de barreiras á circulação de bens, capitais e pessoas, os países passam
a coordenar as suas políticas de regulação da economia, em aspectos tais como, a fiscalidade,
segurança social, legislação comercial.
Esta etapa constitui o mais elevado nível de integração possível entre os países independentes.
Para além da liberdade de circulação de mercadorias, capital e trabalho. Da PEC e de um
conjunto de políticas económicas comuns, as uniões económicas e monetárias caracterizam-se
ainda pela criação de autoridades supranacionais, que estão, politicamente, acima dos governos
nacionais, os quais devem, por isso, obedecer às suas decisões ( harmonização das instituições
políticas).
Para além destas etapas um determinado país, ou conjunto de países, poderá estabelecer acordos
preferenciais de comércio com outros países, através da imposição de tarifas aduaneiras mais
baixas ás importações, sem para isso estar sujeito as regras que regulam os blocos económicos
regionais.3
Blocos Africanos:
3
MAZIVE, Salomão Inocêncio de Jesus (2009) Impacto da zona de comércio Livre da SADC nas receitas do Estado,
pag. 10 e 11
Integração Económica na SADC
A comunidade de desenvolvimento da África Austral (SADC) tem como objectivo promover
uma maior cooperação e integração económicas, com vista a alcançar o desenvolvimento e o
crescimento económico sustentáveis, erradicando a pobreza, elevando o padrão de qualidade de
vida das pessoas. A SADC enquadra-se ainda na Zona de comércio livre.
Aparentemente, a integração regional entraria em choque com o princípio mais importante que
rege o comércio multilateral defendido pela OMC e pelo GATT, o princípio da nação mais
favorecida, segundo o qual as vantagens comercias oferecidas a um dos membros do GATT ou
da OMC devem ser estendidas aos demais ( princípio da não-discriminação). A pergunta que se
coloca é: até que ponto os processos de integração regional actuam como complementares ou
obstaculizadores dos objectivos defendidos pela OMC e pelo GATT. Tanto o GATT e a
integração regional são instrumentos que visam a eliminação das barreiras e entraves comerciais
entre os países , sendo que o primeiro faz de forma indiscriminada e o segundo faz de
discriminada, não se estende a todos os países signatários do acordo multilateral, o que poderia
comprometer os objectivos maiores da liberalização mundial do comércio o que de certo forma
não acontece pois, a integração regional para além de garantir os intercâmbios comerciais e
financeiros intrarregionais, também caminha para novas formas de organização política,
funcionando como um factor de estabilidade dos Estados membros na ordem internacional.
Ainda que principal agente da integração regional seja o próprio mercado, por meio dela os
Estados buscam recuperar parte da sua autoridade política territorial, mediante participação em
organizações regionais, fortalecendo a sua capacidade contratual.4
Ainda que pareça contraditório, os acordos comerciais regionais podem, muitas vezes, servir
realmente de apoio ao sistema multilateral defendido pela OMC e pelo GATT, pois tais acordos
permitem que os grupos dos países negociem normas e compromissos que vão além do que seria
4
LAFER, Celso (1996) Comércio internacional multilateral e regionalismo. In MARCOVICH (ORG.) Futuro do
comercio internacional de Marrakesh a cingapura, pag. 85-86
possível multilateralmente. Esses acordos fortalecem os países membros, principalmente os sub-
desenvolvidos para enfrentar as dificuldades encontradas no comércio multilateral contribuindo
assim para o seu desenvolvimento. O GATT reconhece no seu art XXIV no 4° parágrafo a
importância das iniciativas regionais para o comercio internacional mas a integração regional
deverá harmonizar-se com as normas multilaterais de regulação do comércio definidas pelo
GATT e pela OMC, permitindo assim a coexistência entre o regionalismo e o multilateralismo. 5
Para além dos aspectos económicos, o processo de integração permite também aos Estados
nacionais atingirem outras metas, nomeadamente de cariz político e estratégico.
5
SANTOS, Roberto de Almeida Luquini Nara Abreu (2009) Multilateralismo e o regionalismo no âmbito da
liberalização do comércio interncional, pag. 93, 94.
Particularmente, esta opção tem tido algumas vezes por finalidade pôr termo a tensões
políticas desgastantes, numa clara aposta na pacificação entre as nações envolvidas. A
integração regional tem, aliás, uma importância política, económica e estratégica cada vez
mais acentuada, à medida que o Mundo vai ficando mais estreito (porque o fenómeno de
globalização vai tomando forma), os mercados mundiais mais abertos e as economias
nacionais mais interdependentes. Outras vezes, os objectivos são de carácter sociocultural e
visam, por exemplo, manter tradições, aprofundar os laços históricos, ou promover património
comum (como a língua, religiões ou etnias).
Comerciais:
Trabalho:
Politicas:
No que toca às desvantagens, importa referir que a possível mais gravosa é quando o
processo de integração se revela desviador de comércio, reforcemos dois pontos essenciais.
O primeiro, diz respeito à perda de parte das receitas dos Governos dos países que optam pela
via da integração. Na realidade, a remoção dos direitos alfandegários ao comércio dentro da
região integrada leva a que deixem de entrar nos cofres do Estado parte das receitas (fiscais)
oriundas dos impostos às importações de países terceiros, já que o comércio com os países
parceiros passa a ser livre e, por isso, não sujeito a tarifas alfandegárias. Evidentemente que
este efeito será tanto maior quanto mais desenvolvidas forem as trocas comerciais com os
futuros países parceiros, antes da formação do bloco económico regional.
O segundo ponto diz respeito à relativa perda de autonomia, em termos de política económica,
dos Governos cujos Estados se integram em blocos económicos regionais.
A eliminação dos direitos aduaneiros ao comércio de mercadorias (e também de factores, no
caso do Mercado Comum ou formas de integração superiores) dentro da região integrada
representa, sem dúvida, um passo importante na direcção do comércio livre, e tem por base, a
obtenção de determinadas vantagens económicas. No entanto, e para além das desvantagens
potenciais já referidas, constam também as relacionadas com impactos negativos na afectação
de recursos e no bem-estar (nomeadamente nos casos em que o processo de integração
económica resulta em desvio de comércio), é evidente que os países perdem um importante
instrumento de política económica: deixam de poder influenciar o comércio através da
imposição de direitos aduaneiros.
Para estes países as potenciais vantagens da integração não deverão ser vistas com base na
afectação de recursos existentes (uma análise claramente estática), mas sim, como se disse, com
base noutros critérios, nomeadamente, nos benefícios dinâmicos da integração, olhando para os
efeitos que a criação de mercados regionais tem sobre esses países, quer através das maiores
oportunidades de investimento (interno e estrangeiro) que eles proporcionam, quer pela
inevitável necessidade de mobilizar recursos disponíveis (ou potenciais) que, a prazo, a nova
situação implica. Portanto, para estes países a integração poderá estimular o crescimento
económico, por lhes permitir ultrapassar determinados problemas concretos que afectam as suas
economias.6
Desde logo, a integração económica representa um alargamento do mercado interno,
possibilitando fazer face a uma das maiores dificuldades dos países em vias de
desenvolvimento, precisamente a estreiteza dos seus mercados domésticos, quer em dimensão,
quer em termos de poder de compra. A integração oferece, assim, a possibilidade quer de
viabilizar o desenvolvimento de determinadas indústrias que o reduzido mercado interno
impossibilita, quer de produzir a uma escala superior, podendo reduzir os custos e libertar
recursos para potenciais investimentos lucrativos.7
A integração dos mercados é fundamental para alcançar esse objectivo de promoção da
industrialização, ainda muito incipiente nestes países. Sem ela, os países, com mercados
internos muito reduzidos, continuam a não ter capacidade para produzir a baixos custos, o que
resulta inevitavelmente num aumento de preços a pagar pelos consumidores, e numa
enorme incapacidade para competir no mercado mundial. A tendência será, então, a de
proteger as indústrias nacionais das importações estrangeiras - estratégia de substituição de
importações-, tornando-as ineficientes. Por outro lado, sem a integração regional, os países de
uma mesma região, sobretudo se têm estruturas produtivas e recursos semelhantes, tendem a
desenvolver as mesmas unidades industriais e a competir entre si, ao invés de procurarem uma
6
COELHO, Teresa Margarida Sobral Bento (2003) Desenvolvimento e cooperação Internacional, pag. 30.
7
https://jus.com.br/amp/artigos/3307/1
cooperação inter-regional. Mas, deste modo, as industrias, instaladas em diversos países
vizinhos, não conseguem produzir a larga escala e ser competitivas- porque estão demasiado
protegidas e o mercado interno é limitado- e verifica-se, simultaneamente, um enorme
desperdício de recursos ao nível regional.
A integração regional é um instrumento que visa eliminar as barreiras para circulação de pessoas
e bens entre os países interligados. A integração económica tem como principais fases ou etapas
as seguintes: zona de comércio livre (ZCL) com objectivo de eliminar barreiras alfandegárias e
aduaneiras entre os Países interligados mantendo a sua pauta aduaneira, a União aduaneira
(UA)nesta etapa para alem da eliminação de barreiras a circulação de mercadorias, os Países
interligados apresentam uma pauta aduaneira comum, A União económica (UE) esta vai muito
além dos mercados comuns pois apresentam políticas já harmonizadas, os Mercados comuns
(MC), para alem de apresentar as características comuns da União aduaneira apresenta também
a livre circulação de mão-de-obra, a União económica e monetária (UEM) constitui o nível mais
elevado de integração dos países desenvolvidos.
Para além das vantagens puramente económicas, este processo permite aos países em
desenvolvimento aumentarem o seu poder negocial, económica e politicamente, em futuras
relações externas. A integração poderá trazer vantagens em termos de crescimento económico
para as economias dos países em desenvolvimento.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Manuais de Referência:
LAFER, Celso (1996) Comércio internacional multilateral e regionalismo. In MARCOVICH (ORG.) Futuro
do comercio internacional de Marrakesh a cingapura;
MAZIVE, Salomão Inocêncio de Jesus (2009) Impacto da zona de comércio Livre da SADC nas receitas do
Estado;
SANTOS, Roberto de Almeida Luquini Nara Abreu (2009) Multilateralismo e o regionalismo no âmbito
da liberalização do comércio internacional;
Sites de internet
https://trilhante.com.br/curso/direito-de-integracao-economica/aula/etapa-do-processo-de-integracao-
economia-2
https://jus.com.br/amp/artigos/3307/1