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Livro Eletrônico

Aula 20

Noções de Economia p/ CACD 2018 (Primeira e Terceira Fases)

Heber Carvalho, Daniel Saloni

67143885860 - Diego Kevin Ian Moraes


Profs Heber Carvalho e Daniel Saloni
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Sumário

1. Políticas Comerciais ......................................................................................................................... 2

2. O Sistema de Comércio Internacional. Origem e evolução. .................................................................. 4

3. As rodadas negociadores do GATT ....................................................................................................... 6

3.1 A Rodada Uruguai .................................................................................................................................... 8

3.2 A OMC ...................................................................................................................................................... 8

3.3 A Rodada Doha....................................................................................................................................... 10

4. Política comercial brasileira............................................................................................................... 12

5. Negociações comerciais regionais...................................................................................................... 15

6. Integração econômica e comercial na América do Sul ........................................................................ 15

6.1 MERCOSUL ............................................................................................................................................. 16

7. Os mega-acordos do comércio internacional ..................................................................................... 17

8. Acordos de investimentos e atração de investimentos diretos no país (IDP)....................................... 18

8.1 O Brasil e os acordos de investimento ............................................................................................... 19

9. A internacionalização das empresas brasileiras ................................................................................. 20

10. As agências e órgãos governamentais brasileiros de formulação, coordenação e implementação das


políticas de comércio exterior. .............................................................................................................. 21

10.1 SISCOMEX - O Sistema Integrado de Comércio Exterior ...................................................................... 21

10.2 CAMEX - Câmara de Comércio Exterior ............................................................................................... 21

10.3 SECEX - Secretaria de Comércio Exterior .............................................................................................. 23

10.4 SRFB - Secretaria da Receita Federal do Brasil..................................................................................... 25

10.5 Bacen Banco Central do Brasil .......................................................................................................... 25

QUESTÕES COMENTADAS ..................................................................................................................... 27

LISTA DE QUESTÕES .............................................................................................................................. 44

GABARITO ............................................................................................................................................ 50

Economia Internacional Parte I 1


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Olá caros (as) amigos (as),

Nesta aula daremos início estudo da Economia Internacional. Serão um total de duas aulas sobre o
assunto.

Veremos hoje as principais teorias sobre o Comércio Internacional. O assunto não é dos mais
complicados, mas alguns conceitos devem ser estudados com cautela, pois podem gerar dúvidas.

Este é um tema pouco cobrado em concursos e há um número reduzido de questões sobre o


assunto. Neste caso, recorremos a questões de diversas bancas, para que a aula tenha um número razoável
de questões.

Vamos à aula!!!

1. Políticas Comerciais

Podemos entender por política comercial, o conjunto de medidas governamentais que determinam
a maneira pela qual um país se relaciona comercialmente com os outros. A política comercial é um tipo de
política macroeconômica, como a política monetária e a política fiscal, e se refere ao rumo que o país
adotará frente aos outros no comércio exterior.

As escolhas realizadas por um governo sobre os rumos da política comercial determinarão o grau de
abertura da economia do país ao comércio com o resto do mundo. Ou seja, ela determinará se um país
será mais protecionista ou liberalista. A política comercial adotada por um país está diretamente
relacionada à estratégia de desenvolvimento levada a cabo. Em outras palavras, a estratégia de
desenvolvimento de cada país varia segundo o grau de exposição de sua economia ao mercado
internacional.

O protecionismo é uma política econômica contrária às ideias de livre comércio entre as nações.
Seus defensores argumentam que devem ser criadas barreiras a livre circulação de mercadorias e serviços,
a fim de não expor a indústria nacional à competição internacional, para que esta possa se desenvolver.

A política comercial envolve uma grande variedade de ações que são adotadas para restringir
importações ou estimular exportações. Estudemos alguns tipos de política comercial.

Instrumentos de política comercial - Importações

Tarifas:

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Um mecanismo largamente utilizado no passado para atuar sobre as importações é a instituição de


uma tarifa. Um exemplo típico é instituir um imposto sempre que ocorrer uma operação de importação.
Dessa forma, o governo pode cobrar um imposto de valor fixo sobre uma operação de importação ou
cobrar este imposto de maneira proporcional ao valor da operação de importação, estabelecendo uma
alíquota percentual a ser cobrada sobre o valor da importação. Este segundo caso é chamado de imposto
ad valorem.

A adoção de tarifas sobre as importações foi uma política muito utilizada até o início do século XX.

Cotas:

Uma opção à imposição de tarifa é atuar não sobre os preços, mas sobre as quantidades
importadas. Assim, se um país estabelece um limite de volume de importação de determinada mercadoria,
a partir deste limite, as importações adicionais estarão sujeitas a alguma penalidade. Esta punição pode ser
um imposto sobre a quantidade importada que exceder o limite estabelecido, por exemplo. O governo
pode simplesmente proibir a importação acima do limite definido.

A imposição de cotas faz parte das barreiras não-tarifárias. As barreiras não-tarifárias são todas as
restrições ao comércio internacional que não são impostas por meio de tarifas aduaneiras.

Existem um grande número de barreiras não-tarifárias utilizadas no comércio internacional.


Algumas mais simples e outras extremamente sofisticadas. Assim, um exemplo deste tipo de restrição é a
elaboração de editais de licitação com restrições à participação de concorrentes estrangeiros, dificultando
o acesso de fornecedores internacionais ao mercado interno. Outro exemplo seria a criação de uma
medida sanitária e fitossanitária sobre os produtos importados, dificultando sua importação.

Incentivos às exportações

Da mesma forma que as barreiras à importação, há uma grande variedade de incentivos às


exportações. Podemos dividi-los em incentivos fiscais e os incentivos financeiros.

O incentivo fiscal é a desoneração tributária de produtos a serem exportados, visando o ganho de


competitividade do produto no mercado internacional. Um exemplo deste tipo de operação é a imunidade
tributária de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) de operações de exportações.

Os incentivos financeiros são outras formas de se proporcionar ao produtor de itens a serem


exportados condições competitivas de produção e comercialização, que não sejam incentivos fiscais. Um
exemplo deste tipo de incentivo é o financiamento de feiras e exposições para a divulgação dos produtos
nacionais a potenciais compradores estrangeiros. Trata-se de viabilizar o processo de conhecimento do
produto nacional a ser exportado.

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2. O Sistema de Comércio Internacional. Origem e evolução.

Analisemos brevemente a evolução das políticas comerciais ao longo das últimas décadas pelo
países.

O evento marcante da quebra da Bolsa de Nova York, em 1929, levou a uma série de consequências
à economia e comércio internacional, tendo em vista o alcance da depressão econômica subsequente. Foi
a maior depressão econômica do sistema capitalista. Diante do caos econômico, os países passaram a
adotar políticas comerciais e cambiais ativas, de proteção aos produtores nacionais. Neste cenário, a
maioria dos países impunha barreiras comerciais e desvalorizações cambiais, na tentativa de proteger a
economia doméstica

Naturalmente, tais ações geraram uma série de retaliações e, como resultado desta guerra
comercial, seguiram-se dificuldades ainda maiores de recuperação, levando ao agravamento do cenário
econômico e o volume de comércio mundial foi reduzido de maneira significativa. Este grave acirramento
dos ânimos entre as nações no comércio internacional favoreceu o advento de movimentos políticos que
levaram a Segunda Guerra Mundial.

Este evento traumático extremo foi um claro exemplo das consequências da falta de qualquer tipo
de parâmetro ou do estabelecimento de condutas minimamente aceitáveis para que se possam construir
relações comerciais entre os países.

Ao final da Segunda Guerra, numa tentativa de combater o protecionismo, que havia se acirrado
bastante no período entre guerras, os aliados reuniram-se na Conferência de Bretton Woods, na qual
foram estabelecidas as bases de um novo sistema para regular as relações econômicas internacionais.
Foram criadas três instituições, visando constituir a nova ordem mundial:

- FMI (Fundo Monetário Internacional), que buscava assegurar recursos para países com problemas de
liquidez externa, assegurando a manutenção da estabilidade cambial;

- O BIRD (Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento), que visava financiar a reconstrução da


Europa destruída na Segunda Guerra Mundial;

- OIC (Organização Internacional de Comércio), cuja função seria a de regular o comércio internacional,
administrando e coordenando a aplicação de acordos e regras de comércio, assim como supervisionando a
política comercial dos países.

No período, foi ainda criada a ONU (Organização das Nações Unidas), para assegurar a paz entre as
nações após os dois conflitos mundiais. A ONU foi criada em fevereiro de 1945, na cidade de São Francisco,
EUA, como resultado das conferências de paz realizadas no final da Segunda Guerra Mundial. Assinaram
inicialmente a Carta das Nações Unidas 50 países.

A proposta de criação de uma Organização Internacional de Comércio (OIC), entretanto, encontrou


resistência entre os países e não foi ratificada pelos EUA, pois seus congressistas temiam restrição da
soberania americana no cenário internacional.

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Como alternativa, em 1947, foi assinado, a titulo provisório, o GATT (Acordo Geral de Tarifas e
Comércio, em português), basicamente como um foro de discussão sobre questões de comércio
internacional. O que era para ser um acordo temporário durou de fato de 1948 até 1994. O GATT foi
firmado por 23 países, entre eles o Brasil.

OBS: Atente-se para o fato de que o GATT não é uma organização internacional, foi somente um acordo
internacional.

Em termos gerais, o GATT pretendia a progressiva liberalização do comércio internacional,


combatendo as práticas protecionistas. Essa liberalização não seria alcançada de maneira repentina, de
forma que o processo de liberalização seria lento e progressivo. Nesta toada, foram desencadeadas
diversas rodadas de negociação, a fim de promover a liberalização comercial. Estudaremos com detalhe as
rodadas mais à frente.

O pilar central do GATT e do sistema multilateral de comércio é o chamado princípio da não-


discriminação e se desdobra em dois outros princípios: princípio do tratamento nacional e cláusula da
nação mais favorecida.

O princípio do tratamento nacional (também chamado de princípio da paridade) proíbe países


membros de conceder tratamento mais favorável aos produtos domésticos do que aos produtos de outros
membros, uma vez que estes últimos tenham adentrado o território aduaneiro. Por exemplo, se uma
determinada mercadoria nacional for tributada por uma alíquota de ICMS de 15%, o mesmo tratamento
tributário deve ser dado à mercadoria importada, ou seja, deverá incidir a mesma alíquota de 15%.

A Cláusula da Nação Mais favorecida dispõem que as concessões feitas por uma parte contratante a
outra não podem ser distintas do tratamento concedido às demais partes contratantes. Se o Brasil
determinar uma alíquota de imposto de importação de 10% sobre computadores importados do Japão, por
exemplo, esta alíquota deverá ser praticada nas importações de computadores de todos os outros países
membros.

Como via de regra, o GATT proíbe medidas restritivas de caráter quantitativo, ou seja, que os países
estabeleçam limites quantitativos na negociação de mercadorias. Em situações excepcionais e temporárias,
entretanto, ela é autorizada, como no caso de salvaguardas ou por desequilíbrios no Balanço de
Pagamentos.

Apesar da criação da OMC, em 1994, o GATT não foi extinto, permanecendo em vigência nos dias
atuais.

No período imediatamente posterior a Segunda Guerra, o comércio internacional era caracterizado


pela produção de produtos industrializados pelas nações desenvolvidas e produtos primários pelos países
periféricos. Na América Latina, como vimos e aprofundaremos nas aulas de Economia Brasileira, a opção
adotada para superar o subdesenvolvimento foi a política de substituição de importações. Diferentemente,
alguns países subdesenvolvidos (principalmente do sudeste asiático) buscaram expandir suas exportações,
adotando expressivos estímulos às vendas externas.

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Já na década de 90, novos atores surgem no contexto internacional, como a China. Neste cenário, as
chamadas economias emergentes, caracterizadas por economias com baixa ou média renda per capita e
alto dinamismo, passaram a ter papel relevante na economia internacional. Ao final da década de 90, as
exportações deste conjunto de países chegaram a representar dois terços das exportações globais de
produtos manufaturados.

Na atualidade, o processo de globalização impõe reflexões quanto às medidas consagradas pelo


GATT e pela OMC, tendo em vista as mudanças complexas na arquitetura do comércio internacional. Para
entender a nova dinâmica de comércio internacional, é necessário estudar as reformas do GATT, bem
como os processos de mudança nas barreiras comerciais das Partes Contratantes, que passaram a utilizar
barreiras não tarifárias.

Vejamos as rodadas negociadoras do GATT.

3. As rodadas negociadores do GATT

Foram realizadas ao todo oito rodadas de negociação no âmbito do GATT, no período de 1947 a
1994, conforme a tabela abaixo. As rodadas visavam basicamente, um ambiente de livre comércio entre os
signatários, a diminuição das barreiras comerciais como um todo e a garantia de acesso equitativo aos
mercados dos países participantes, de modo que, gradualmente fosse realizada a redução de tarifas e
abertura de mercados.

Segue abaixo um resumo das rodadas negociadoras do GATT:

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Figura 1. World Trade Organization - The Multilateral Trade Agreements, 2009

Inicialmente as rodadas negociadoras se concentraram nas concessões tarifárias e reduções de


barreiras aduaneiras bem como trataram da adesão de novos países. A partir da tabela, percebe-se que as
cinco primeiras rodadas tiveram como objetivo básico a redução de barreiras tarifárias. A cada rodada,
entretanto, os temas tornaram-se mais complexos, ao passo que o comércio internacional passou cada vez
a ser menos afetado por barreiras tarifárias, que foram sendo substituídas por instrumentos mais
sofisticados de proteção comercial.

As três rodadas seguintes: Kennedy (1964), Tóquio (1973) e Uruguai (1986), são consideradas mais
importantes, devido a maior densidade dos temas tratados.

Na Rodada Kennedy é possível marcar como pontos principais o início da participação da


Comunidade Europeia como um bloco, visando à defesa mais eficiente dos interesses comuns dos seus
países-membros, fazendo frente ao poder de barganha dos Estados Unidos.

No que se refere aos países em desenvolvimento, nesta rodada se iniciou discussões a respeito da
necessidade de conceder um tratamento especial e diferenciado a esses países.

Também a partir deste ponto foram incorporados novos temas e outras questões nas negociações,
pois se verifica uma redução das barreiras tarifárias e começa a surgir uma nova forma de protecionismo:
as barreiras não-tarifárias.

O período da Rodada Tóquio (1973-1979) foi marcado pela crise do petróleo, que gerou diversos
efeitos negativos na economia internacional, como inflação e desemprego. Esta situação levou ao
crescimento de restrições comerciais, como barreiras não-tarifárias, requisitos técnicos, sanitários, cotas,
entre outras iniciativas, o que se convencionou chamar de neoprotecionismo.

A Rodada Tóquio teve grande importância neste contexto, pois foi realizada em condições
diferentes das rodadas que antecederam, tendo sido negociados novos acordos, além das já esperadas
reduções tarifárias. Além disso, o Japão surge como contraponto ao equilíbrio de forças existente do GATT.

Como resultados da rodada é possível listar a elaboração de novas regras para regulação dos
procedimentos de barreiras não tarifárias, incluindo valoração aduaneira, estabelecimento de barreiras
técnicas, licenciamento para importações e compras governamentais, além de subsídios e direitos
compensatórios e medidas antidumping.

Na Rodada Tóquio foi estabelecida ainda a Cláusula de Habilitação1, que permitiu a concessão de
tratamento especial e diferenciado aos países em desenvolvimento.

Nesta primeira fase, a mais importante das Rodadas, sem dúvida foi a Rodada Uruguai, devido ao
conjunto de resoluções que carregou e ao culminar com a criação da OMC, em 1994. Foram discutidos
temas como propriedade intelectual, além de tratar do comércio de serviços e tecnologia. Outra inovação
desta rodada foi a obrigatoriedade de aceitação dos resultados por todos os países membros, sob pena de

1
A Cláusula de Habilitação deu amparo à criação de sistemas de preferências comerciais (SGP e SGPC) e de acordos mais
flexíveis entre países em desenvolvimento.

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exclusão da recém-criada OMC, que passou a ter decisões de caráter impositivo e de cumprimento
obrigatório.

3.1 A Rodada Uruguai

O acontecimento mais importante da Rodada Uruguai (1986-1994) foi finalmente materializar-se a


criação da OMC, idealizada desde as primeiras rodadas do GATT, institucionalizando definitivamente a
regulação do comércio internacional.

A Rodada Uruguai foi a rodada de negociações que mais implementou reformas ao sistema
multilateral de comércio. Novos assuntos passaram a ser tratados pela agenda de discussões multilaterais,
como o comércio de serviços e os direitos de propriedade intelectual. A liberalização destes setores é de
grande importância aos países desenvolvidos, visto que são os maiores exportadores de serviços e são os
principais investidores em pesquisa e desenvolvimento, possuindo grande interesse na regulamentação
dos direitos de propriedade intelectual. Um dos resultados da rodada foi a criação do GATS (Acordo Geral
sobre o Comércio de Serviços) e do Acordo sobre Direitos de Propriedade Intelectual relacionados ao
Comércio (TRIPS), que continuam vigentes até hoje.

Podemos citar também a redução de um terço nas tarifas de produtos manufaturados ao final da
Rodada Uruguai, bem como o aumento do percentual de tarifas consolidadas, que são aquelas que têm
níveis tarifários máximos assumidos por cada país membro do GATT/OMC.

Para os países da América Latina, a Rodada Uruguai tornou-se particularmente significativa, pois
ocorreu em um período em que vários destes países seguiam em esforços para conter uma inflação
crônica, esforços que incluíram a reformulação das politicas comerciais externas, sobretudo para aumentar
a concorrência interna e eliminar monopólios. Para a consolidação deste processo se fazia necessária a
comprovação de adesão ao objetivo da abertura comercial.

Como resultado, a América Latina foi a única região em que TODOS os países têm as tarifas
consolidadas na OMC. Mesmo os países desenvolvidos, não possuem todas as tarifas consolidadas. O
índice de consolidação destes países fica em torno de 90%.

Outro ponto importante da Rodada Uruguai foi a inclusão dos setores têxtil e agrícola nas regras do
sistema multilateral, o que, de certa forma, representou uma contrapartida para a inserção do comércio de
serviços e dos direitos de propriedade intelectual nos acordos da OMC.

3.2 A OMC

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A OMC foi criada em 1994 pelo Acordo de Marrakesh, também denominado de Acordo Constitutivo
da OMC, que é o instrumento jurídico sobre o qual se assentam as bases dessa organização internacional.
No Acordo Constitutivo da OMC podemos identificar os principais objetivos das Partes Contratantes:

 Aumento da produção e comércio de bens e serviços;


 Garantir o pleno emprego;
 Elevar o nível de vidas das populações;
 Garantir volume e elevação constante das receitas reais e demanda efetiva;
 Utilizar os recursos mundiais de acordo com o que estabelece o desenvolvimento sustentável.

Conforme o acordo de Marrakesh, podemos listar as funções da Instituição, com vistas a cumprir os
objetivos estabelecidos:

Administrar os acordos entre os membros

Vários acordos internacionais são firmados entre os países membros. A aplicação, funcionamento e
regularização destes acordos cabem a OMC, com a atuação de seus diversos órgãos internos.

A OMC administrará dois tipos de acordos, os multilaterais e os plurilaterais. Os acordos


plurilaterais são de adesão facultativa, enquanto que os acordos multilaterais são obrigatórios para todos
os membros da OMC.

Os acordos multilaterais são:

- O GATT e seus instrumentos jurídicos;


- Acordos da Rodada Tóquio sobre subsídios e medidas compensatórias, medidas antidumping, licenças
para importar, valoração aduaneira e normas técnicas;
- Acordo Geral sobre o Comércio de Serviços (GATS General Agreement on Trade in Services);
- Acordo sobre os Aspectos de Direito de Propriedade Intelectual Relacionados com o Comércio (TRIPS
Agreement on Trade-Related Aspects of Intellectual Property Rights, Including Trade in Counterfeit Goods;
- O sistema de solução de controvérsias;
- O mecanismo de exame das políticas comerciais das partes contratantes.

Os acordos plurilaterais são aqueles que regulamentam:

- O comércio de aeronaves civis;


- Compras por parte do Estado;
- O comércio de produtos lácteos e o de carne bovina.

Solucionar controvérsias comerciais entre membros

Quando um país membro entende que existe a adoção de política comercial irregular por outro
membro, esta controvérsia é tratada no âmbito da OMC.

Proceder a revisão das politicas comerciais

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Através das revisões das políticas comerciais adotadas pelos países, a OMC analisa estas políticas e
relata aos membros as incompatibilidades verificadas. Este mecanismo possibilita que os membros
conheçam a política comercial adotada pelos outros membros.

Manter a coerência global na formulação de politicas econômicas em conjunto com o FMI e BIRD

A cooperação entre organizações internacionais busca coordenar a formulação de políticas


econômicas globais.

Servir como fórum de negociação comercial internacional

No âmbito da OMC são realizadas negociações sobre os diversos temas relacionados ao comércio
internacional.

Além disso, a OMC desenvolve a cooperação técnica, sobretudo para funcionários de governos de
países em desenvolvimento, visando facilitar a aplicação e acompanhamento das normas da Instituição.

A estrutura organizacional da OMC é composta pela Conferência Ministerial, o Conselho Geral, os


conselhos de mercadorias, de serviços e de propriedade intelectual.

A Conferência Ministerial, órgão que exerce as funções da OMC, é composta por representantes de
todos os membros e se reúne pelo menos uma vez a cada dois anos. A Conferência é a instância maior
dentro do órgão.

O Conselho Geral desempenha as funções da OMC nos intervalos entre as reuniões da Conferência
Ministerial. É no âmbito deste órgão que se dá a função de Órgão de Solução de Controvérsias e ainda de
Órgão de Revisão das Políticas Comerciais, que tem como foco analisar políticas comerciais e administrar as
disputas.

Os conselhos de mercadorias, de serviços e de propriedade intelectual tem como função principal


supervisionar o funcionamento dos acordos multilaterais relacionados ao comércio de mercadorias, o
Acordo Geral sobre o Comércio de Serviços (GATS) e o Acordo sobre Aspectos dos Direitos de Propriedade
Intelectual relacionados ao comércio (TRIPS), respectivamente.

A Rodada Uruguai foi finalizada em 1994 com a assinatura do Tratado de Marrakesh, que consagrou
o fim da Rodada. O clima político, entretanto, não permitiu que todas as negociações e temas fossem
tratados na Rodada Uruguai. Assim, em 2001, foi lançada uma nova rodada de negociações. Esta rodada foi
chamada de Rodada do Desenvolvimento, pois existia grande expectativa de benefícios para as economias
em desenvolvimento. A rodada ficou conhecida também como Rodada Doha, em função da conferência
ministerial ter se realizado na cidade de Doha.

3.3 A Rodada Doha

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Originalmente esta Rodada iniciou em novembro de 2001, a partir da IV Conferência Ministerial da


OMC em Doha, no Qatar, sendo a primeira rodada de negociações multilaterais desenvolvida no âmbito da
OMC.

Como a primeira rodada organizada pela OMC, possui uma agenda ainda maior e mais complexa
que a da Rodada Uruguai, passando por vários temas como: comércio de produtos agrícolas e serviços,
acesso ao mercado para produtos não agrícolas, aspectos do direito de propriedade intelectual voltados ao
comércio, relação entre comércio e investimento e entre comércio e politicas de regulação da
concorrência, transparência da contratação pública e liberalização do comércio eletrônico, entre outros.

Entre os desafios propostos a serem enfrentados pela atual rodada podemos citar a combate a
desigualdade entre os países membros, buscando a recuperação da capacidade dos Países com menor
desenvolvimento relativo (PMDR) para a promoção da geração de renda e redução de dependência de
recursos financeiros externos.

Tendo em vista os diversos temas e a complexidade, alguns pontos tornaram-se controversos,


gerando impasses, principalmente, entre países desenvolvidos e em desenvolvimento, especialmente no
que se refere à negociação de concessões para a comercialização de produtos agrícolas e seus subsídios. Os
países desenvolvidos relutam em fazer concessões no campo agrícola, enquanto desejam que os países em
desenvolvimento façam concessões para bens não-agrícolas.

Sobre a questão agrícola, foi criado, em agosto de 2003, o agrupamento denominado G-20
Comercial, sendo composto por países em desenvolvimento da América Latina, Ásia e África, tendo como
foco o cumprimento dos três pilares do mandato agrícola da Rodada Doha: acesso a mercados, mediante a
redução tarifária, discussão dos subsídios à exportação e redução dos subsídios à produção.

A falta de entendimento entre países membros fez com que os resultados das negociações fossem
muito limitados. O encerramento da Rodada Doha, previsto para 2005, não se consumou e ela ainda se
estende até a atualidade. As negociações passaram por uma estagnação com a crise de 2008, em que
vários países manifestaram ações de protecionismo sobre produtos importados.

A D
que impõe que os acordos multilaterais da OMC vinculam obrigatoriamente a todos os membros dessa
organização internacional. Este é um fator que também dificulta as negociações, pois as alterações dos
acordos dependem da aceitação de todos os membros.

Segundo o atual Diretor-Geral da OMC, o brasileiro Roberto Azevedo, a presença da China, a partir
de 2008, mudou bastante o contexto das negociações, representando uma dificuldade a mais,
considerando a relevância atual do país no cenário do comércio internacional.

Da mesma forma, ao longo de todo este período, o contexto politico e econômico se alteraram
desde quando a rodada atual se iniciou. Isto levou ao estímulo de negociações de acordos bilaterais e
plurilaterais (acordos que não envolvem todos os membros, ocorrendo entre apenas dois países
bilateriais ou mais de dois países plurilaterais), muito mais limitados em seu alcance. Esses acordos
geram certa desconfiança e questionamentos sobre o papel da OMC, que tem entre os objetivos maiores a
construção dos acordos multilaterais para a liberalização do comércio.

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Dentre várias Conferências realizadas no âmbito de Doha, destaca-se a Conferência Ministerial de


Bali (2013), que era vista como decisiva para o futuro da OMC. Ou os países chegavam a um consenso
(comprometendo-se a avançar na Agenda de Desenvolvimento de Doha), ou os acordos bilaterais/regionais
ocupariam, de vez, o espaço do multilateralismo.

Apesar dos resultados limitados, em vista das grandes expectativas, vários avanços ocorreram,
possibilitando destravar a Rodada Doha.

Entre os ganhos desta Conferencia, estão:

1- Acordo de facilitação de Comércio, que tem como objetivos principais a promoção da transparência
nas operações e redução da burocracia, reduzindo custos pela maior rapidez nas operações. O
Acordo prevê que os membros da OMC deverão promover maior cooperação aduaneira, trocando
informações com o objetivo de verificar a precisão e a veracidade das declarações apresentadas por
importadores e exportadores, com a finalidade de contribuir no combate ao subfaturamento, ao
contrabando, ao descumprimento de regras de origem e à burla de medidas de defesa comercial.

2- Tratamento especial e diferenciado. Em Bali foram previstos tratamento diferenciado entre países
membros de menor desenvolvimento relativo (PMDR).

3- Programas públicos de segurança alimentar. Trata-se de um programa de segurança alimentar na


Índia, distribuindo alimentos a baixos custos neste País. Este programa representou um impasse
para a redução dos subsídios agrícolas. Para solucioná-lo, foi adotada uma decisão que impede que
os países que adotem programas públicos de segurança alimentar legítimos sejam acionados, em
razão disso, no sistema de solução de controvérsias da OMC.

Em 2015 houve a Conferência Ministerial de Nairobi, a qual estabeleceu alguns pontos importantes,
N
ajuda alimentar internacional; proibição aos países desenvolvidos de concessão de subsídios à exportação
de produtos agrícolas; restrições à concessão de financiamento às exportações de produtos agrícolas;
prolongamento da prática atual de não impor tarifas nas transmissões eletrônicas (moratória sobre o
comércio eletrônico).

Em dezembro de 2017, ocorreu a XI Conferência Ministerial da OMC, realizada em Buenos Aires na


Argentina, sendo o primeiro país sul-americano a sediar uma Conferência, tendo disputado com o Uruguai,
que retirou a candidatura no ultimo momento. A referida Conferência chegou ao fim sem qualquer acordo
em torno dos temas fundamentais que estavam na agenda.

4. Política comercial brasileira

Como vimos, política comercial é o conjunto de medidas governamentais que determinam a


maneira pela qual um país se relaciona comercialmente com os outros, determinando o grau de abertura
de sua economia em relação ao exterior.

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No Brasil, a política comercial não teve grandes alterações por um longo período de tempo. Desde o
período colonial, até 1957, a cobrança do imposto de importação pelo Brasil se fazia em valores fixos. Em
L T ad valorem.

Na década de 1930, fortemente impactada pela grande depressão de 1929 e com o consequente
colapso do comércio internacional, intensifica-se o processo protecionista. Não só o Brasil, mas a grande
maioria dos países, passou a elevar as barreiras comerciais e o comércio mundial declinou fortemente no
período. O aumento de protecionismo propiciou a produção doméstica de bens que antes eram
importados, estimulando o desenvolvimento da indústria nacional. Esta dinâmica foi chamada de
industrialização por substituição de importações e será vista com mais detalhes nas aulas de Economia
Brasileira.

No período pós-guerra o protecionismo torna-se de fato politica de governo, neste momento o


Estado personifica a liderança do desenvolvimento, seja na intervenção direta ou através de estímulos à
industrialização, visando, como diversos outros países da América Latina, fomentar o processo de
substituição de importações.

A L T “UMOC “ M C
foram a base da política comercial, visando estimular o processo de industrialização.

Até meados da década de 1960, a política comercial brasileira era focada em restrições às
importações. Os estímulos às exportações não faziam parte da estratégia comercial do governo. O

produtos primários, como o Brasil, não se daria través de estímulos às exportações. Esta visão somente
mudou a partir de experiências bem-sucedidas de desenvolvimento, através de exportações de
manufaturas leves de alguns países asiáticos.

O estímulo à exportação começa a surgir a partir de 1965, com a isenção de impostos incidentes
sobre as exportações, como o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) e o ICM (Imposto sobre
Circulação de Mercadorias), juntamente com um início de abertura as importações. Neste período,
instituiu-se uma série de isenções e reduções de cobrança de impostos sobre mercadorias específicas,
como medicamentos e alimentos.

A partir da década de 1970, os estímulos às exportações aumentam significativamente. Neste


período, ocorreram os dois choques do petróleo (1973 e 1979), elevando o preço internacional da
commodity, o que trouxe problemas para o Balanço de Pagamentos brasileiro. Assim, era necessário
estimular as exportações, a fim de trazer divisas estrangeiras ao país.

Em relação às importações, uma nova estrutura de imposto começou a funcionar em 1988,


juntamente com um cronograma de reduções. Em seguida (1990), foi reformulada a estrutura institucional
no comércio externo, eliminando os regimes especiais de importação, o que significou um grande passo
para a abertura comercial. A evolução do imposto de importação pode ser vista no quadro a seguir.

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GRÁFICO 1

Os incentivos à exportação perderam relevância no início do Plano Real, considerando que pela
lógica do Plano, eles eram vistos como transferência de renda a setores privilegiados.

Os reflexos das crises de 1995, no México, e 1997 na Ásia, nas economias latino-americanas,
levaram o governo brasileiro a reconsiderar a política cambial daquele momento, alterando a banda
cambial, e recuperando a adoção de certos incentivos às vendas externas.

Posteriormente, tanto a situação externa passou a ser menos rigorosa, como a OMC e as normas
vigentes não permitiam a concessão de alguns dos incentivos anteriormente adotados, podendo citar a
isenção de imposto de renda sobre os ganhos com a atividade exportadora.

Vale ressaltar também que o Brasil é membro-fundador tanto do GATT quanto de várias outras
instituições multilaterais; fundador da Associação Latino-Americana de Livre Comércio (Alalc 1960), como
também da que a sucedeu a Associação Latino-americana de Integração (Aladi 1980). Dessa forma,
percebe-se que o Brasil participou ativamente desde o início das iniciativas de integração comercial da
região. Fato corroborado pela assinatura, em março de 1991, do Tratado de Assunção, juntamente com
Argentina, Paraguai, Uruguai, e que deu origem ao MERCOSUL.

Desta forma, a política comercial brasileira passou a ser coordenada com a de outros países
parceiros, mediante a adoção de estrutura tarifária externa comum e esforços para negociações conjuntas.

Estudaremos o Mercosul a fundo mais para frente nesta aula. Antes veremos algumas negociações
comerciais regionais que se seguiram nos últimos anos.

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5. Negociações comerciais regionais

A falta de avanços na Rodada Doha, sobretudo para os países em desenvolvimento, fez com que
surgissem ou ganhassem força negociações regionais.

Da mesma forma, a reunião em Seattle, considerada um fracasso dentro e fora da conferência,


acabou gerando uma série de novos acordos regionais. Esse grande número de pequenos acordos permitiu
a criação de uma nova classificação no que se refere aos tipos de acordos, sua composição, níveis e
profundidade.

Assim, estabeleceu-
Convencionou-se chamar de acordos de primeira geração aqueles que compreendem apenas temas
comerciais e aspectos diretamente relacionados. Nos acordos de outras gerações outras medidas são
consideradas, no sentido de maior profundidade na integração, como mudanças de legislação dos países,
politicas de compras governamentais, medidas ambientais e legislação trabalhista.

Um terceiro tipo de acordo são aqueles chamados mega-acordos em processo de negociação,


envolvendo os principais participantes do mercado internacional. Os mega-acordos comerciais serão
estudados em tópico específico ao final da aula.

Na atualidade há um grande número de acordos de integração nas Américas seja os plurilaterais,


como o Aladi, o Mercosul, a Comunidade Andina, MCCA (Mercado Comum Centro Americano), o Caricom
(Mercado Comum da Comunidade do Caribe), o Nafta e uma grande quantidade de outros acordos
bilaterais.

Tais processos de integração regional tendem a levar países com posições semelhantes em relação
a temas comerciais a serem negociados a adotarem posições também semelhantes, construindo uma
posição negociadora comum, fatalmente aumentando o poder de barganha destes grupos formados.

6. Integração econômica e comercial na América do Sul

Historicamente, a integração comercial da América do Sul vem sendo um tema de discussão desde
a década de 1950, com diversas inciativas de aproximação. No entanto, fatores econômicos e políticos,
somados às dificuldades do processo de negociação em si, teriam levado a sérias dificuldades na
construção deste mecanismo.

Em 1960, após interesse de aproximação comercial entre Argentina, Brasil, Chile e México, foi
assinado o Tratado de Montevidéu, que deu origem a ALALC, substituída pela Aladi em 1980. No período
houve também a constituição do Pacto Andino, em 1969, posterior Comunidade Andina. Já, em 1991,
Brasil, Uruguai, Argentina e Paraguai, assinaram o Tratado de Assunção, criando o Mercosul.

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Mais recentemente, temos em 2009 a criação da ALBA (Aliança Bolivariana das Américas) que
engloba simultaneamente nações sul-americanas, caribenhas e centro-americanas. Em 2012, foi firmada a
Aliança do Pacífico (Chile, Peru, Colômbia e México).

No entanto, muito embora o tema da integração seja recorrente para os países da América Latina, o
fato é que houve poucos avanços significativos no processo de integração. Um indicador básico de
integração regional o percentual das exportações ao nível regional em relação ao total das exportações
dos países envolvidos permanece baixo em comparação com outras regiões. Na América do Sul, esse
indicador oscila em torno de 20%, enquanto no Leste Asiático e na Europa Ocidental ele supera os 45%.

Podemos apontar como causas desse menor nível de integração a permanência de barreiras de
todos os tipos entre os países membros. Outro fator é o baixo dinamismo das economias envolvidas. Em
anos recentes, o baixo dinamismo verificado entre as transações comerciais dos membros do Mercosul
pode também ser explicada pelo fato de os países terem dado grande ênfase às dimensões sociais e
políticas, deixando em segundo plano ações requeridas para a integração econômica.

6.1 MERCOSUL

Veremos nas aulas de Economia Brasileira que o Brasil atravessou período de formidável
E
exuberante crescimento econômico direcionou interesses brasileiros a países vizinhos, buscando novas
fontes de energia e ampliação do mercado consumidor.

A expansão brasileira na região, aliada a visão geopolítica do governo militar brasileiro geraram
desconfianças da Argentina em relação ao movimento internacional do Brasil. Este processo teve seu auge
na crise internacional que se instalou devido à construção da usina hidrelétrica de Itaipu, em que a
Argentina fez forte oposição ao projeto brasileiro, gerando um clima de tensão entre os dois países.

O conflito foi finalizado com a celebração do acordo Itaipu-Corpus, em 1979. O conflito pela
hegemonia regional foi superado e os países se reaproximaram, incrementando a integração econômica e a
cooperação bilateral. Este reaproximação propiciou a constituição do Mercosul.

A Declaração de Iguaçu, assinada em 1985, estabeleceu as bases das relações econômicos dos dois
países. Em 1986, foi assinado o Tratado de Cooperação Econômica, que visava a incrementar a cooperação
econômica entre Brasil e Argentina. O Tratado de Integração, Cooperação e Desenvolvimento, que tinha
como objetivo estabelecer as bases para uma área de livre comércio. Aos poucos, Uruguai e Paraguai
foram sendo incorporados ao processo de integração. Finalmente, em 1991, foi assinado o Tratado de
Assunção, constituindo o Mercosul, integrado por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai.

A principal motivação da celebração do Tratado de Assunção foi econômico-comercial, pois os


países perceberam que juntos aumentariam muito seu poder negociador, em condições mais favoráveis de
inserção na economia mundial.

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O Protocolo de Adesão da Venezuela foi assinado em 2006, para integrar a Venezuela ao bloco
regional. Todos os países, entretanto deveriam ratificar o protocolo para que se desse a entrada do novo
membro. O Paraguai não ratificou o protocolo. Em 2012, o Paraguai foi suspenso do bloco devido à
destituição do Presidente deste país, o que possibilitou a Venezuela de finalmente aderir ao Mercosul, no
mesmo ano de 2012. Em 2014 foi revogada a suspensão do Paraguai. Em dezembro de 2016, a Venezuela
foi suspensa do bloco, sob alegação de ruptura da ordem democrática.

Hoje o Mercosul apresenta a seguinte configuração:

MEMBROS EFETIVOS Brasil, Argentina, Uruguai, Venezuela e


Paraguai.
MEMBROS ASSOCIADOS Chile, Equador, Peru, Colômbia, Guiana e
Suriname
MEMBRO EM ADESÃO Bolívia

Os membros associados do MERCOSUL participam das reuniões desse bloco regional, mas não
possuem direito de voto e também não utilizam a Tarifa Externa Comum (TEC), tampouco se vinculam às
normas emanadas dos órgãos decisórios do bloco.

7. Os mega-acordos do comércio internacional

Nos últimos anos, temos verificado uma tendência no cenário negociador internacional de
enfraquecimento da OMC, com o surgimento de uma série de acordos bilaterais (entre apenas dois países)
e plurilaterais (entre um número pequeno de países). Estes acordos ocorrem de forma paralela às
negociações multilaterais (entre os países membros) no âmbito da OMC. Muitos destes acordos envolvem
-acordos

Nestes acordos, a sistemática de negociação tem se mostrado diferente das negociações


multilaterais que ocorrem na OMC. Devido ao reduzido número de países envolvidos, a diferença entre as
economias participantes fica mais evidente e a influência das economias mais fortes é mais alta.

Os grandes acordos tem mostrado uma tendência a tratar de temas de razoável complexidade, com
as negociações abrangendo temas além das discussões tarifárias, assuntos que, muitas vezes, ainda não
foram negociados na OMC.

A multiplicação de acordos preferenciais e a criação dos mega-acordos gera preocupação, devido


aos impactos que tal fragmentação de regras pode causar ao sistema multilateral do comércio e à
estabilidade do comércio internacional.

As negociações de regras que tratam de matérias já discutidas ou analisadas na OMC, mas


ultrapassam as regras desta organização, são chamadas OMC plus. Já as negociações sobre temas fora do
marco da OMC são chamadas OMC-extra, como investimento, concorrência, meio ambiente, padrões

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trabalhistas e podem afetar não apenas o comércio entre os países signatários dos acordos, mas também
os países de fora.

Como exemplo dos mega-acordos comerciais, podemos citar as tentativas de liberalização


comercial entre Estados Unidos e União Europeia: a Declaração Transatlântica (1990), a Nova Agenda
Transatlântica (1995), a Parceria Econômica Transatlântica (1999) e a Iniciativa Econômica EUA-UE (2005).
São iniciativas que compreendem quase a metade do PIB mundial.

8. Acordos de investimentos e atração de investimentos


diretos no país (IDP)
==10b0d4==

Os investimentos diretos são fluxos internacionais de capital realizados pelas empresas


multinacionais, visando ampliar sua atividade produtiva em outros países. Diferentemente dos fluxos de
capitais financeiros, que migram buscando rápida rentabilidade em investimentos como compra e venda
de ações, títulos e moedas; os investimentos diretos caracterizam-se pelo interesse duradouro em uma
empresa ou investimentos na estrutura produtiva do país que os recebe. Estes investimentos apresentam
baixa liquidez e geralmente o prazo de retorno é longo.

Diversos fatores podem levar uma empresa a operar internacionalmente. Tanto os fatores
microeconômicos, diretamente ligados ao desempenho da firma, quanto fatores macroeconômicas e
institucionais, que possuem relação com as características internas do país receptor do IDP. A teoria
econômica procura explicar o que determina a internacionalização da produção. Podemos citar os
seguintes fatores principais:

 Investimentos voltados para atendimento do mercado interno do país receptor. Neste caso o fator
determinante para instalação da empresa multinacional é o mercado consumidor do país receptor.
Podemos citar como exemplo a instalação de indústrias de produção de veículos, que montam suas
plantas no Brasil, devido ao grande mercado consumidor brasileiro.

 Investimentos voltados para busca de menores custos de produção. Muitas vezes a instalação das
multinacionais em outros países ocorre pela possibilidade de redução dos custos de produção, seja
por maior proximidade do mercado consumidor, seja pela proximidade das matérias-primas e
insumos básicos de produção, o fato é que as empresas buscam racionalização da produção em
uma cadeia internacional de modo a aproveitar economias de escala e escopo.

 Investimentos que buscam ter acesso a condições de mão-de-obra e matérias-primas mais baratas
em outros mercados. As empresas multinacionais se deslocam também para aproveitar os preços
menores de insumos e salários. É o caso das diversas multinacionais que se instalam na China,
devido ao baixo custo da mão-de-obra chinesa.

 Nível das estruturas institucionais do país receptor. As instituições de um país estão relacionadas à
capacidade de resolver as imperfeições apresentadas pelo mercado. Dentro do conceito de
ambiente institucional, podemos relacionar os aspectos referentes às instituições políticas e

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jurídicas do país, as instituições econômicas e os termos de acesso aos fatores de produção


internacional e os aspectos sócio-culturais como as normas informais, costumes, hábitos e religião.
Neste contexto, podemos citar dois papéis fundamentais das instituições: reduzir os custos de
transação e influenciar nos custos de processamento das informações. O nível das instituições de
um país determina o modo como a empresa irá interagir, afetando os custos de suas transações e a
maneira como coordena sua produção. Dessa forma, o ambiente institucional do país receptor é
determinante para que uma multinacional se instale.

Estes fatores atuam em conjunto para que as empresas tomem a decisão de migrar para outros
países.

8.1 O Brasil e os acordos de investimento

1
Nas últimas décadas, percebemos diversas negociações entre os países, buscando firmar um marco
regulatório para os investimentos estrangeiros. Na falta de consenso, tem surgido os Acordos Bilaterais de
Investimentos (BITs, na sigla, em inglês). Estes acordos visam estabelecer garantias aos investimentos
estrangeiros nos países receptores e definir as bases dos investimentos a ser realizados.

O Governo brasileiro firmou um modelo de acordo de investimentos para incentivar a cooperação e


facilitar os fluxos de investimentos entre as partes, este acordo é o Acordo de Cooperação e Facilitação de
Investimentos (ACFI). O ACFI busca fomentar o investimento, através de uma cooperação entre governos
para divulgação de oportunidades, intercâmbio de informações e lançamento de iniciativas de facilitação
de negócios.

O ACFI não contém expressamente cláusulas-padrão dos Acordos de Promoção e Proteção de


Investimentos, como arbitragem investidor-Estado2 e expropriação indireta. A expropriação indireta é a
compensação do investidor pela expectativa de lucro frustrada.
Podemos citar três pontos sobre os quais o ACFI se baseia:

 Cláusulas normativas não controversas como tratamento nacional e de nação mais favorecida,
além de disciplinas básicas sobre expropriação direta3. Através de tratamento nacional e de nação
mais favorecida, o investidor será tratado em condições de igualdade com investidores domésticos
e de terceiros países. Já a expropriação direta é a compensação do investidor em situações atípicas,
como guerras, por exemplo.

2
É uma cláusula de garantia e proteção aos investimentos realizados, constante na maioria dos tratados de investimentos, a
qual garante o estabelecimento de um processo para resolução de disputas entre os investidores estrangeiros e os Estados
receptores, por violação de tais garantias.

3
A expropriação direta é a apreensão patente de ativos de um investidor estrangeiro por parte do Estado-receptor. As cláusulas
de expropriação direta, visam proteger investidores estrangeiros contra expropriações não compensadas e é uma das principais
garantias encontradas em acordos internacionais sobre investimento.

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 Comitês conjuntos com agendas temáticas para cooperação e facilitação dos investimentos. O
Comitê Conjunto possibilita desenvolver atividades de promoção de investimento, bem como
prevenir controvérsias, quando investidores achem que estão sendo discriminados. É um espaço
para que os governos possam tentar resolver a questão.

 Ênfase em mitigação de riscos e prevenção de controvérsias.


Os acordos assinados pelo Brasil trazem ainda cláusulas de responsabilidade social corporativa, de forma
que os investidores farão esforços para cumprir pontos específicos, em consonância com as diretrizes da
OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico). O cumprimento, entretanto, não é
obrigatório, pois depende de legislação específica.

Recentemente, o Brasil firmou acordos de investimento como diversos países, como Angola,
Moçambique, Maláui, México, Colômbia, Chile e Peru. Cada acordo possui sua especificidade, uma vez que
não há modelo fechado de negociação imposto pelo Brasil.
0

9. A internacionalização das empresas brasileiras

Nos últimos anos, os acordos de investimentos têm ganhado importância no Brasil, não só por
regulamentar o investimento estrangeiro direto no Brasil, mas também por estabelecer regras para a
atuação de empresas brasileiras que investem em outros países. O Brasil não é apenas o maior receptor de
IDP da América Latina, mas também o principal investidor externo da região. Em cinco anos, as empresas
brasileiras quase que duplicaram seus investimentos no exterior, especialmente em países da América
Latina e Caribe. Em 2014, o México converteu-se no principal destino dos investimentos brasileiros na
América Latina.

A internacionalização das empresas brasileiras abre a possibilidade de colocá-las em posição


significativa no mercado mundial. O processo de expansão no exterior traz acesso a recursos e mercados,
além de propiciar uma reestruturação econômica, para que consigam se desenvolver diante de uma
acirrada competição internacional.

Com a internacionalização, há a expansão dos mercados de seus bens e serviços, o que faz com que
as empresas apresentem tendência a operar com ganhos de escala em sua produção, tornar-se, portanto,
mais competitivas.

O acesso a mercados maiores fortalece a competitividade das empresas multinacionais pelas


economias de escala, efeitos de especialização e de aprendizado e pelo fornecimento de uma maior base
financeira para reinvestimentos e desenvolvimento tecnológico. O investimento no exterior também é
importante, na medida que, permite o acesso a mercados e a competitividade de outras firmas no país de
origem via os efeitos de transbordamento para frente e para trás. Esses efeitos, em nível de firmas, afetam
a performance do país como um todo. Neste contexto, o contato com produtores e consumidores
estrangeiros leva a uma troca de informações relacionadas à produção. O aprendizado induzido, a fim de
atingir os altos padrões de qualidade e os desafios da competição em mercados estrangeiros, pode dessa
forma transbordar para a economia doméstica.

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10. As agências e órgãos governamentais brasileiros de


formulação, coordenação e implementação das políticas de
comércio exterior.

Antes de estudarmos as agências que atuam no comércio exterior brasileiro, cabe fazer uma breve
distinção entre comércio internacional e comércio exterior. O comércio internacional é o conjunto de
operações comerciais entre os diversos países. O comércio exterior refere-se a relações comerciais que um
determinado país possui com os demais. Essa distinção é importante, pois falamos da legislação brasileira
de comércio exterior e não legislação brasileira de comércio internacional. Em nosso curso, estudamos o
funcionamento do comércio internacional. Agora trataremos dos órgãos atuantes no comércio exterior do
Brasil.
b
Feita esta breve consideração inicial, podemos entrar no estudo das instituições brasileiras voltadas
para a atuação no comércio exterior.

10.1 SISCOMEX - O Sistema Integrado de Comércio Exterior

São vários os órgãos que atuam no comércio exterior brasileiro: Receita Federal, Anvisa, INMETRO,
etc. Muitas vezes, uma operação comercial depende da autorização de todos estes órgãos. Diante da
enorme burocracia e necessidade de uma coordenação entre os diversos órgãos, foi criado o SISCOMEX
(Sistema Integrado de Comércio Exterior). Sua criação se deu na década de 1990, com a abertura comercial
da economia brasileira, que trouxe a necessidade de redução burocrática do setor.

O SISCOMEX é um órgão informatizado, que integra todos os outros órgãos do comércio exterior
brasileiro. Através de um único sistema de informações, pode-se acompanhar e controlar as operações
realizadas, sem que seja necessário um controle paralelo em cada órgão do comércio internacional.
Atuam no ambiente do SISCOMEX importadores, exportadores e também entidades públicas. Por exemplo,
um importador realiza um registro de licença para importar no SISCOMEX. Esta licença será analisada por
diversos órgãos públicos, via SISCOMEX.

10.2 CAMEX - Câmara de Comércio Exterior

A Câmara de Comércio Exterior (CAMEX) é o órgão de cúpula do comércio exterior brasileiro, que
tem por objetivo a formulação, adoção, implementação e a coordenação de políticas e atividades relativas
ao comércio exterior de bens e serviços, incluindo o turismo.
É através da CAMEX que o governo promove o comércio exterior brasileiro, buscando uma inserção
competitiva do Brasil na economia global.

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A CAMEX é a mais alta instância da estrutura comercial brasileira. Em 2016, com a Lei nº
13.341/2016, a CAMEX ganhou maior importância, passando a integrar a estrutura da Presidência da
República.

Há inúmeras funções do CAMEX, pois é o órgão que defini e fixa as diretrizes das políticas de
comércio exterior. Se a questão de sua prova citar alguma função com os verbos FIXAR, DECIDIR, DEFINIR e
COORDENAR, associe esta função ao CAMEX.

É importante ressaltar que o CAMEX define as diretrizes das políticas de comércio exterior, mas não
é o CAMEX que normatiza, executa ou controla essas políticas. Sobre a normatização do comércio exterior,
há inúmeros órgãos responsáveis por esta atribuição. Em relação à fiscalização e controle, estas são de
responsabilidade do Ministério da Fazenda por determinação constitucional.

Por fim, a CAMEX tem também competência para fixar as alíquotas apenas do imposto de
importação e do imposto de exportação. Portanto, está errado dizer que fixa as alíquotas de todos os
0
tributos incidentes sobre o comércio exterior. Os impostos de importação e exportação são exceções ao
princípio da legalidade (isto é visto em Direito Tributário, certo?), de forma que suas alíquotas não
necessitam ser fixadas por lei, sendo feitas por Resolução do CAMEX.

Seguem algumas das principais funções do CAMEX:

I DEFINIR diretrizes e procedimentos relativos à implementação da política de comércio exterior visando


à inserção competitiva do Brasil na economia internacional;
II COORDENAR e ORIENTAR as ações dos órgãos que possuem competências na área de comércio
exterior;
III DEFINIR, no âmbito das atividades de exportação e importação, diretrizes e orientações sobre normas
e procedimentos, para os seguintes temas, observada a reserva legal:
a) racionalização e simplificação de procedimentos, exigências e controles administrativos incidentes sobre
importações e exportações;
b) habilitação e credenciamento de empresas para a prática de comércio exterior;
c) nomenclatura de mercadoria;
d) conceituação de exportação e importação;
e) classificação e padronização de produtos;
f) marcação e rotulagem de mercadorias; e
g) regras de origem e procedência de mercadorias;
IV ESTABELECER AS DIRETRIZES para as negociações de acordos e convênios relativos ao comércio
exterior, de natureza bilateral, regional ou multilateral;
V ORIENTAR a política aduaneira, observada a competência específica do Ministério da Fazenda;
VI formular DIRETRIZES básicas da política tarifária na importação e exportação;
VII estabelecer DIRETRIZES e medidas dirigidas simplificação e racionalização do comércio exterior;
VIII estabelecer DIRETRIZES e procedimentos para investigações relativas a práticas desleais de comércio
exterior;
IX FIXAR DIRETRIZES para a política de financiamento das exportações de bens e de serviços, bem como
para a cobertura dos riscos de operações a prazo, inclusive as relativas ao seguro de crédito s exportações;
X FIXAR DIRETRIZES e coordenar as políticas de promoção de mercadorias e de serviços no exterior e de
informação comercial;

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XI opinar sobre política de frete e transportes internacionais, portuários, aeroportuários e de fronteiras,


visando à sua adaptação aos objetivos da política de comércio exterior e ao aprimoramento da
concorrência;
XII orientar políticas de incentivo melhoria dos serviços portuários, aeroportuários, de transporte e de
turismo, com vistas ao incremento das exportações e da prestação desses serviços a usuários oriundos do
exterior;
XIII FIXAR as alíquotas do imposto de exportação, respeitadas as condições estabelecidas no Decreto-Lei
no 1.578, de 11 de outubro de 1977;
XIV FIXAR as alíquotas do imposto de importação, atendidas as condições e os limites estabelecidos na
Lei no 3.244, de 14 de agosto de 1957, no Decreto-Lei n° 63, de 21 de novembro de 1966, e no Decreto-Lei
no 2.162, de 19 de setembro de 1984;
XV FIXAR direitos antidumping e compensatórios, provisórios ou definitivos, e salvaguardas; XVI
DECIDIR sobre a suspensão da exigibilidade dos direitos provisórios;
XVII homologar o compromisso previsto no art. 4o da Lei no 9.019, de 30 de maro de 1995;
XVIII DEFINIR DIRETRIZES para a aplicação das receitas oriundas da cobrança dos direitos de que trata o
inciso XV; d
XIX alterar, na forma estabelecida nos atos decisórios do Mercado Comum do Sul MERCOSUL, a
Nomenclatura Comum do MERCOSUL de que trata o Decreto no 2.376, de 12 de novembro de 1997; e
XX - formular DIRETRIZES para a funcionalidade do Sistema Tributário no âmbito das atividades de
exportação e importação, sem prejuízo do disposto no art. 35 do Decreto-L
1966, e L

10.3 SECEX - Secretaria de Comércio Exterior

A SECEX, órgão da estrutura do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, é responsável


pela formulação de propostas de políticas de comércio exterior. A Secretaria de Comércio Exterior também
realiza o controle administrativo do comércio exterior e esse controle se dá em conjunto com outros
órgãos. A compra de armamento de outros países depende, por exemplo, da autorização do Ministério da
Defesa, de forma que este ministério e a SECEX atual juntos no controle dessa importação.

“ “ECEX D

Art. 17. ¸ Secretaria de Comércio Exterior compete:


I - formular propostas de políticas e programas de comércio exterior e estabelecer normas necessárias à sua
implementação;
II propor medidas de políticas fiscal e cambial, de financiamento, de recuperação de créditos à
exportação, de seguro, de transportes e fretes e de promoção comercial;
III - planejar, orientar e supervisionar a execução de políticas e programas de operacionalização de
comércio exterior e estabelecer as normas necessárias à sua implementação, observadas as competências
de outros órgãos;
IV propor diretrizes que articulem o emprego do instrumento aduaneiro com os objetivos gerais de
política de comércio exterior e propor alíquotas para o imposto de importação, suas alterações e seus
regimes de origem preferenciais e não preferenciais;

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V - participar das negociações internacionais relacionadas ao comércio de bens, serviços, investimentos,


compras governamentais, regime de origem, barreiras técnicas, solução de controvérsias e outros temas
não tarifários nos âmbitos multilateral, plurilateral, regional e bilateral;
VI - implementar os mecanismos de defesa comercial;
VII - regulamentar os procedimentos relativos s investigações de defesa comercial;
VIII - decidir sobre a abertura de investigações e revises relativas à aplicação de medidas antidumping,
compensatórias e de salvaguardas, inclusive preferenciais, previstas em acordos multilaterais, regionais ou
bilaterais e sobre a prorrogação do prazo da investigação e o seu encerramento sem a aplicação de
medidas;
IX - decidir sobre a abertura de investigação da existência de práticas elisivas que frustrem a cobrança de
medidas antidumping e compensatórias e sobre a prorrogação do prazo da investigação e o seu
encerramento sem extenso de medidas;
X - decidir sobre a aceitação de compromissos de preço previstos nos acordos multilaterais, regionais ou
bilaterais na área de defesa comercial;
XI - apoiar o exportador submetido a investigações de defesa comercial no exterior;
4
XII - orientar e articular-se com a indústria brasileira em relação a barreiras comerciais externas aos
produtos brasileiros e propor iniciativas facilitadoras e de convergência regulatória;
XIII - articular-se com outros órgãos governamentais, entidades e organismos nacionais e internacionais
para promover a defesa da indústria brasileira;
XIV - administrar, controlar, desenvolver e normatizar o Sistema Integrado de Comércio Exterior - Siscomex,
observadas as competências de outros órgãos;
XV - formular a política de informações de comércio exterior e implementar sistemática de tratamento e
divulgação dessas informações;
XVI - elaborar e divulgar as estatísticas de comércio exterior, inclusive a balança comercial brasileira,
ressalvadas as competências de outros órgãos;
XVII - promover iniciativas destinadas à difusão da cultura exportadora e ações e projetos voltados para a
promoção e o desenvolvimento do comércio exterior;
XVIII - articular-se com entidades e organismos nacionais e internacionais para a realização de
treinamentos, estudos, eventos e outras atividades destinadas ao desenvolvimento do comércio exterior;
XIX - propor medidas de aperfeiçoamento, simplificação e facilitação de comércio exterior e expedir atos
normativos para a sua execução;
XX - dirigir e orientar a execução do Programa de Desenvolvimento do Comércio Exterior e da Cultura
Exportadora;
XXI - assessorar e coordenar a participação do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior
no Comitê de Financiamento e Garantia das Exportações COFIG e em outros colegiados pertinentes a
créditos à exportação;
XXII - conceder o regime aduaneiro especial de drawback, nas modalidades de suspenso e isenção, para
proporcionar o aumento na competitividade internacional do produto brasileiro, respeitadas as
competências da Secretaria da Receita Federal do Brasil do Ministério da Fazenda;
XXIII - estabelecer critérios de distribuição, administrar e controlar cotas tarifárias e não tarifárias de
importação e exportação;
XXIV - examinar e apurar prática de ilícitos no comércio exterior e propor aplicação de penalidades; e
XXV - exercer as atividades de Secretaria do Comitê Nacional de Facilitação do Comércio - CONFAC,
integrante da Câmara de Comércio Exterior - CAMEX.

Assim como a lista de funções da CAMEX, você não deve decorar todas as atribuições da SECEX.
Perceba que, da mesma forma que a CAMEX tem funções de FIXAR, DECIDIR, DEFINIR e COORDENAR, a

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SECEX tem a função de PROPOR a aplicação de medidas de defesa comercial e políticas de comércio
exterior. Prestando a atenção nestes verbos, podemos associar a função ao CAMEX ou a SECEX na hora da
prova.

10.4 SRFB - Secretaria da Receita Federal do Brasil

A Secretaria da Receita Federal exerce atribuições alfandegárias, bem como a administração e


fiscalização tributária relativa aos tributos federais. Atribuição alfandegária é o controle sobre a entrada e
saída de mercadorias em território brasileiro, é o controle aduaneiro.

As principais atribuições da SRFB, nos termos do art. 15 do Decreto n° 7.482/2011, são:

1) Planejar, coordenar, supervisionar, executar, controlar e avaliar as atividades de administração tributária


federal e aduaneira. Dentre as atividades de administração aduaneira, compete à Receita Federal
determinar o alfandegamento de áreas e recintos.
2) Propor medidas de aperfeiçoamento e regulamentação e a consolidação da legislação tributária federal.
3) Interpretar e aplicar a legislação tributária e aduaneira.
4) Negociar e participar da implementação de acordos, tratados e convênios internacionais pertinentes
matéria tributária e aduaneira.
5) Planejar, coordenar e realizar as atividades de repressão ao contrabando, ao descaminho, contrafação e
pirataria e ao tráfico ilícito de entorpecentes e de drogas afins, e lavagem e ocultação de bens, direitos e
valores.
6) Dirigir, supervisionar, orientar, coordenar e executar os serviços de administração, fiscalização e controle
aduaneiros, inclusive no que diz respeito a alfandegamento de áreas e recintos.
7) Administrar, controlar, avaliar e normatizar o Sistema Integrado de Comércio Exterior (SISCOMEX).
8) Executar todas as atividades relacionadas à valoração aduaneira de mercadorias e controle de preços de
transferência de mercadorias importadas ou exportadas.
9) Executar a classificação fiscal de mercadorias.

Vale ressaltar que a autoridade aduaneira tem precedência sobre as demais autoridades que
exerçam suas atribuições nas áreas de portos, aeroportos, pontos de fronteira e recintos alfandegados,
bem como em outras áreas nas quais se autorize carga e descarga de mercadorias, ou embarque e
desembarque de viajante, procedentes do exterior ou a ele destinados, conforme art. 17 do Decreto n°
6759/2009. Dessa forma, as demais autoridades devem prestar auxílio imediato, sempre que requisitado
pela autoridade aduaneira, disponibilizando pessoas, equipamentos ou instalações necessários à ação
fiscal. Essa precedência implica também na competência da autoridade aduaneira, sem prejuízo das
atribuições de outras autoridades, para disciplinar a entrada, a permanência, a movimentação e a saída de
pessoas, veículos, unidades de carga e mercadorias em portos, aeroportos, pontos de fronteira e recintos
alfandegados.

10.5 Bacen Banco Central do Brasil

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A atuação do Bacen no âmbito do comércio exterior é feita basicamente no controle cambial das
importações e exportações. O BACEN é uma autarquia federal e faz parte da estrutura do Ministério da
Fazenda.

Suas principais atribuições, no âmbito do comércio exterior, são:

1) Regulamentação do controle cambial.


2) Efetuar o controle dos capitais estrangeiros.
3) Autorizar o funcionamento de instituições financeiras.
4) Exercer a fiscalização das instituições financeiras.
5) Autorizar as instituições financeiras a celebrar contratos de câmbio.

........

Bem pessoal, por hoje é só!

Seguem agora alguns exercícios, a fim de que a fixação dos conteúdos seja a melhor possível. O
foco, é claro, é no CESPE.

Na próxima aula, seguiremos com assuntos sobre Economia Internacional.

Abraços e bons estudos!

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QUESTÕES COMENTADAS

1. (CESPE - Diplomata - Terceiro Secretário - 2015) - Considerando que a Rodada Doha, no Catar,
lançada em novembro de 2001, propôs um compromisso em prol da liberalização comercial e do
crescimento econômico, com especial atenção aos países em desenvolvimento, julgue (C ou E) o próximo
item.

O Brasil tem defendido o acesso aos mercados mediante a imposição e majoração de tarifas.

Comentários:
A assertiva por si só já é contraditória. Fica bastante estranho um país defender o acesso aos mercados
impondo e majorando tarifas, que são medidas protecionistas.

O Brasil, bem como outros países em desenvolvimento, tem defendido a liberalização comercial no campo
agrícola, setor em que se concentram boa parte de suas exportações.

Gabarito: Errado

2. (CESPE - Diplomata - Terceiro Secretário - 2015) - Considerando que a Rodada Doha, no Catar,
lançada em novembro de 2001, propôs um compromisso em prol da liberalização comercial e do
crescimento econômico, com especial atenção aos países em desenvolvimento, julgue (C ou E) o próximo
item.

O Brasil e vários países em desenvolvimento deram ênfase às negociações relativas aos produtos
agrícolas, dada a concentração desses produtos em suas pautas de exportação.

Comentários:
Questão na mesma linha da anterior. O Brasil, bem como outros países em desenvolvimento, tem
defendido a liberalização comercial no campo agrícola, setor em que se concentram boa parte de suas
exportações.

Gabarito: Certo

3. (CESPE - Diplomata - Terceiro Secretário - 2014) - Com relação a instituições e mecanismos


destinados a regular e facilitar o comércio internacional, julgue (C ou E) o item seguinte.

Um dos objetivos da Rodada de Desenvolvimento de Doha, primeira a tratar de negociações


multilaterais no âmbito da OMC, é assegurar tratamento especial e diferenciado aos países emergentes
(BRICS). O Brasil e os demais latino-americanos enfatizam as negociações de comércio de serviços e as
questões relacionadas à propriedade intelectual.

Comentários:
Entre os desafios propostos a serem enfrentados pela rodada Doha podemos citar a combate a
desigualdade entre os países membros, buscando a recuperação da capacidade dos Países com menor

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desenvolvimento relativo (PMDR) para a promoção da geração de renda e redução de dependência de


recursos financeiros externos, entre estes países encontram-se BRICs (Brasil, Rússia, Índia e China).

O erro da questão, entretanto, é afirmar que estes países enfatizam as negociações de comércio de
serviços e as questões relacionadas à propriedade intelectual. A liberalização destes setores é de grande
importância aos países desenvolvidos, visto que são os maiores exportadores de serviços e são os
principais investidores em pesquisa e desenvolvimento, possuindo grande interesse na regulamentação
dos direitos de propriedade intelectual.

Gabarito: Errado

4. (Instituto Rio Branco 2011)- A cláusula que dispõe sobre a nação mais favorecida, avanço
introduzido na transição do Acordo Geral de Tarifas e Comércio para a OMC, constitui um dos princípios
diretores do sistema multilateral de comércio.

Comentários:
A cláusula da nação mais favorecida realmente constitui um dos princípios diretores do sistema multilateral
de comércio. O princípio vigora, entretanto, desde a criação do GATT 1947, portanto não foi introduzida na
transição do Acordo Geral de Tarifas e Comércio para a OMC.

Gabarito: Errado

5. (CESPE - Analista de Gestão Educacional Economia - SEDF - 2017) - Com relação às políticas
econômicas e aos seus instrumentos, julgue o item subsecutivo.

A elevação da alíquota do imposto sobre produtos industrializados (IPI) para os automóveis que não
contassem com pelo menos 65% de insumos fabricados no Brasil, iniciada no ano de 2012, representou
espécie de barreira comercial.

Comentários:
Esta é uma clara medida protecionista, visto que os automóveis com menos de 65% de insumos nacionais
são tributados de maneira mais agressiva. Isto encarece estes veículos, frente aos que utilizam mais de 65%
de insumos fabricados no Brasil.

Gabarito: Certo

6. (CESPE - Analista Legislativo - Área IX - Consultor Legislativo - CAM DEP - 2014) - Com referência à
Organização Mundial do Comércio (OMC) e a aspectos diversos relacionados ao comércio internacional,
julgue o item que se segue.

Embora a OMC tenha sido criada apenas na Rodada Uruguai, a regulação do comércio internacional já
era exercida pelas normas do GATT (General Agreement on Tariffs and Trade) desde 1947, acordo do
qual o Brasil foi membro originário.

Comentários:

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O GATT (Acordo Geral de Tarifas e Comercio) foi criado, basicamente, como um foro de discussão sobre
questões de comércio internacional, em 1947, e o Brasil constou como membro desde sua criação. Este
acordo foi a base da futura criação da OMC, que ocorreu na Rodada Uruguai.

Gabarito: Certo

7. (CESPE - Diplomata - Terceiro Secretário - 2007) - Considerando os interesses brasileiros na


Rodada de Doha da OMC, julgue (C ou E) o item seguinte.

O Brasil propugna maior transparência na aplicação de medidas contra práticas desleais de comércio, em
particular, medidas antidumping e anti-subsídios, que afetam suas exportações para os países
desenvolvidos.

Comentários:
Como vimos, entre os desafios propostos a serem enfrentados pela rodada Doha podemos citar a combate
a desigualdade entre os níveis de desenvolvimento dos países membros, sendo preciso incrementá-lo nos
países menos desenvolvidos e ainda buscar a recuperação da capacidade dos Países com menor
desenvolvimento relativo (PMDR) para a promoção de desenvolvimento na geração de renda e redução de
dependência de recursos financeiros externos. Neste contexto, o Brasil atuou, propondo maior
transparência na aplicação de medidas contra práticas desleais de comércio, que afetam suas exportações
para os países desenvolvidos.

Gabarito: Certo

(CESPE - Diplomata - Terceiro Secretário - 2007) - Considerando os interesses brasileiros na Rodada de


Doha da OMC, julgue (C ou E) os itens seguintes.

8. Nas negociações acerca de acesso a mercados, o Brasil objetiva a eliminação ou a redução de


restrições tarifárias e não-tarifárias que incidem sobre suas exportações de bens, de forma geral,
priorizando o tratamento dos fatores que restringem e distorcem o comércio agrícola.

Comentários:
Como vimos, as restrições comerciais podem ser tarifárias ou não-tarifárias. O Brasil atua defendendo a
redução de ambas as barreiras, principalmente as existentes sobre os produtos agrícolas, que possuem
peso considerável em suas exportações e são alvo de políticas protecionistas pelos países desenvolvidos.

Gabarito: Certo

9. Dada a participação majoritária do setor terciário na composição de seu Produto Interno Bruto
(PIB), o Brasil almeja o aumento de sua participação nas exportações mundiais de serviços, defendendo,
por conseguinte, ampla liberalização dessa modalidade de comércio.

Comentários:
Os países desenvolvidos tendem a defender liberalizações no setor de serviços, já o Brasil atua defendendo
a redução, principalmente, sobre os produtos primários.

Gabarito: Errado

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10. Por dispor de um parque industrial amplo e diversificado, embora com diferenças setoriais
quanto aos níveis de competitividade, o Brasil posiciona-se contrariamente ao aprofundamento de
compromissos relativos a reduções tarifárias para produtos manufaturados.

Comentários:
Apesar de haver um entendimento por parte do Brasil de que um aprofundamento das reduções tarifárias
para bens manufaturados pode causar malefícios à indústria nacional, não é correto afirmar que o país é
contrário às reduções. O foco do país tem sido as quedas de barreiras no campo agrícola e a redução de
barreiras para manufaturados podem entrar em negociação condicionada à contrapartida dos países
desenvolvidos no campo agrícola.

Gabarito: Errado

11. Brasil propugna maior transparência na aplicação de medidas contra práticas desleais de
comércio, em particular, medidas antidumping e antisubsídios, que afetam suas exportações para os
países desenvolvidos.

Comentários:
Este item é idêntico à questão anterior. Como vimos, entre os desafios propostos a serem enfrentados pela
atual rodada podemos citar a combate a desigualdade entre os níveis de desenvolvimento dos países
membros, sendo preciso incrementa-lo nos países menos desenvolvidos e ainda buscar a recuperação da
capacidade dos Países com menor desenvolvimento relativo (PMDR) para a promoção de desenvolvimento
na geração de renda e redução de dependência de recursos financeiros externos. Neste contexto, o Brasil
atuou, propondo maior transparência na aplicação de medidas contra práticas desleais de comércio, que
afetam suas exportações para os países desenvolvidos.

Gabarito: Certo

12. (CESPE - Diplomata - Terceiro Secretário - 2006) - Acerca de fatos relacionados à criação e ao
desenvolvimento do Mercado Comum do Sul (MERCOSUL), julgue (C ou E) o item a seguir.

Nascido da aproximação política entre os governos de Montevidéu e Assunção, em meados dos anos 80
do século passado, o MERCOSUL concretizou-se a partir do momento em que Argentina e Brasil aderiram
ao projeto, superando sólidas e históricas rivalidades.

Comentários:
O conflito entre Brasil e Argentina foi finalizado com a celebração do acordo Itaipu-Corpus, em 1979. O
conflito pela hegemonia regional foi superado e os países se reaproximaram, incrementando a integração
econômica e a cooperação bilateral entre os países. Este reaproximação propiciou a constituição do
Mercosul. A Declaração de Iguaçu, assinada em 1985, estabeleceu as bases das relações econômicos dos
dois países. Em 1986, foi assinado o Tratado de Cooperação Econômica, que visava a incrementar a
cooperação econômica entre Brasil e Argentina. O Tratado de Integração, Cooperação e Desenvolvimento,
que tinha como objetivo estabelecer as bases para uma área de livre comércio. Aos poucos, Uruguai e
Paraguai foram sendo incorporados ao processo de integração. Finalmente, em 1991, foi assinado o
Tratado de Assunção, constituindo o Mercosul, integrado por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai.

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Percebemos que, de fato, o Mercosul nasceu da aproximação entre Brasil e Argentina. O erro da questão é
afirmar que o Mercosul se concretizou a partir do momento que os dois países aderiram ao projeto, visto o
Mercosul foi assinado pelos quatro países supramencionados.

Gabarito: Errado

13. (CESPE - Diplomata - Terceiro Secretário - 2006) - Acerca de fatos relacionados à criação e ao
desenvolvimento do Mercado Comum do Sul (MERCOSUL), julgue (C ou E) o item a seguir.

Como os demais blocos econômicos formados nas décadas finais do século XX, o MERCOSUL surge com o
propósito de oferecer aos seus membros, entre outros objetivos, condições mais favoráveis de inserção
na economia mundial crescentemente globalizada e competitiva.

Comentários:
A principal motivação da celebração do Tratado de Assunção foi devido a fatores econômico-comerciais,
pois os países perceberam que juntos aumentariam muito seu poder negociador, em condições mais
favoráveis de inserção na economia mundial.

Gabarito: Certo

14. (CESPE - Economista TEM - 2008) - As questões de economia internacional são cruciais à
compreensão das economias de mercado, em um mundo globalizado. Com base nessa análise, julgue o
item.

O Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio (GATT), administrado pela Organização Mundial do Comércio,
constitui um exemplo de acordo multilateral de comércio.

Comentários:
Vimos que o GATT não é uma organização internacional, e foi somente um acordo internacional. Podemos
afirmar também que o GATT é um acordo multilateral, pois vincula todos os membros da OMC.

Gabarito: Certo

15. (CESPE - Analista de Comércio Exterior - 2008) - Julgue o item, relativo aos instrumentos básicos
de política comercial.

Embora o GATT proíba, como regra geral, a aplicação de medidas restritivas de caráter quantitativo, a
imposição de cotas de importação é reconhecida como medida de política comercial legítima, quando de
caráter condicional, excepcional e temporário, para a correção de desequilíbrios do mercado doméstico.

Comentários:
Como via de regra, o GATT proíbe medidas restritivas de caráter quantitativo, ou seja, que os países
estabeleçam limites quantitativos na negociação de mercadorias. Em situações excepcionais e temporárias,
entretanto, ela é autorizada, como no caso de salvaguardas ou por desequilíbrios no Balanço de
Pagamentos.

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Gabarito: Correto

16. (CESPE - Analista de Comércio Exterior - 2008) - Julgue o item, relativo aos instrumentos básicos
de política comercial.

Segundo a OMC, desde o início da década passada, observa-se a contínua proliferação de acordos
preferenciais regionais. Espera-se que aproximadamente 400 acordos de tal modalidade estejam em
vigor até 2010, o que atesta a valorização dos acordos como instrumentos de política comercial, dado
que, mediante tais acordos, os países podem usufruir de condições mais flexíveis e diferenciadas de
acesso a mercados do que as definidas nos acordos e compromissos multilaterais.

Comentários:
A falta de avanços na Rodada Doha, sobretudo para os países em desenvolvimento, fez com que surgissem
ou ganhassem força negociações regionais. Da mesma forma, a reunião em Seattle, considerada um
fracasso dentro e fora da conferência, acabou gerando uma série de novos acordos regionais.

No âmbito destes acordos, os países podem usufruir de condições mais flexíveis e diferenciadas de acesso
a mercados, sem estender as condições negociadas a todos os membros da OMC.

Gabarito: Certo

17. (CESPE - Analista de Comércio Exterior - 2008) - O sistema multilateral de comércio,


fundamentado nos princípios do GATT e subseqüentemente da OMC, rege o comércio entre países.
Acerca desse sistema, julgue o item a seguir.

A exemplo da OMC, as normas e os acordos no âmbito do GATT aplicam-se ao comércio de mercadorias,


de serviços e de direitos de propriedade intelectual referentes ao intercâmbio externo, sendo, pois,
subscritos por todos os países.
Comentários:
As normas e os acordos no âmbito do GATT aplicam-se exclusivamente ao comércio de mercadorias. As
normas e os acordos no âmbito da OMC é que se aplicam ao comércio de mercadorias, de serviços e de
direitos de propriedade intelectual.

Gabarito: Errado

18. (CESPE - Juiz Federal - TRF 3ª Região - 2011) - No que se refere ao comércio internacional e suas
instituições, assinale a opção correta.

a) O GATT não reconhece acordos regionais, sob o fundamento de que eles são utilizados para impor
barreiras ao restante das partes contratantes.
b) A atuação da OMC estende-se a mercadorias, serviços e direitos de propriedade intelectual, com o
objetivo de reduzir barreiras comerciais e tratamentos discriminatórios.
c) No MERCOSUL, há direito comunitário, sendo as normas oriundas de órgãos comuns e dispensada a
internalização, conforme as regras de direito internacional.
d) O GATT e a OMC foram concebidos em 1948 para expandir o comércio internacional.

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e) Por constituir tratado multilateral, cujas partes atuam em posição de igualdade, o GATT não apresenta
condições especiais para os países em desenvolvimento.

Comentários:
Letra A: Incorreto. O GATT permite e reconhece a existência de acordos regionais, entretanto, estes
acordos não são firmados no âmbito do GATT.

Letra B: Correto. Diferentemente do GATT, que atua somente sobre o comércio de mercadorias, a atuação
da OMC estende-se a mercadorias, serviços e direitos de propriedade intelectual.

Letra C: Incorreto. As normas devem ser internalizadas no MERCOSUL, conforme as regras de direito
internacional.

Letra D: Incorreta. O GATT foi assinado em 1947 e a OMC em 1994.

Letra E: Incorreta. Primeiramente, o GATT não é um tratado, e sim um acordo do comércio internacional.
Ademais, na Rodada Tóquio, foi estabelecida ainda a Cláusula de Habilitação, que permitiu a concessão de
tratamento especial e diferenciado aos países em desenvolvimento.

Gabarito: B

19. (CESPE - Juiz Federal - TRF 5ª Região - 2009) - Assinale a opção correta no que concerne ao GATT e
à OMC.

a) O GATT foi promulgado em 1970 com a finalidade de expandir o comércio internacional e reduzir os
direitos alfandegários, por intermédio de contingenciamentos, acordos preferenciais e barreiras
pecuniárias.
b) A cláusula de habilitação, um dos princípios do GATT, estabelece que todo e qualquer favorecimento
alfandegário oferecido a uma nação deve ser extensível às demais.
c) A OMC, fórum permanente de negociação para a solução de controvérsias quanto às práticas desleais e
de combate a medidas arbitrárias de comércio exterior, foi criado pelo Acordo de Tóquio, de 1985, e está
vinculado ao Fundo Monetário Internacional.
d) O Conselho Geral é o órgão da OMC incumbido da resolução de disputas e mecanismos de revisão de
política comercial. Dotado de função análoga à judiciária, esse conselho vale-se, via de regra, de
mecanismos de composição extrajudicial, como a arbitragem.
e) O sistema de solução de controvérsias da OMC conta com apenas três fases: formulação de consultas
pelos Estados envolvidos, constituição de grupo especial e prolação de decisão.

Comentários:
Letra A: Incorreta. O GATT foi assinado em 1947. A expansão do comércio internacional se daria através da
maior liberalização comercial e não por intermédio de contingenciamentos, acordos preferenciais e
barreiras pecuniárias, que são medidas protecionistas.

Letra B: Incorreta. A cláusula da nação mais favorecida, um dos princípios do GATT, estabelece que todo e
qualquer favorecimento alfandegário oferecido a uma nação deve ser extensível às demais. A Cláusula de
Habilitação permitiu a concessão de tratamento especial e diferenciado aos países em desenvolvimento.

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Letra C: Incorreta. A OMC foi criada na rodada Uruguai, em 1994.

Letra D: Correta. O Conselho Geral desempenha as funções da OMC nos intervalos entre as reuniões da
Conferência Ministerial. É no âmbito deste órgão que se dá a função de Órgão de Solução de Controvérsias
e ainda de Órgão de Revisão das Políticas Comerciais, que tem como foco analisar políticas comerciais e
administrar as disputas.

Letra E: Incorreto. O procedimento de solução de controvérsias na OMC é basicamente dividido em quatro


fases: formulação de consultas pelos Estados envolvidos, painéis, apelação e implementação.

Gabarito: D

20. (AFRF 2002)- Mesmo após a criação da Organização Mundial do Comércio (OMC), o Acordo Geral
de Comércio e Tarifas (GATT), mantém-se como componente fundamental do sistema multilateral de
comércio.

Comentários:
O GATT, mesmo após a criação da OMC, continua em plena vigência, sendo que seus princípios continuam
válidos e regulando o comércio internacional, mantendo-se como componente fundamental do sistema
multilateral de comércio.

Gabarito: Correto

21. (MDIC - Área Administrativa - 2009)- O GATT não era um organismo internacional, como o FMI ou
o BIRD, mas um Acordo, do qual faziam parte os países interessados, denominados Partes Contratantes.

Comentários:
O GATT não é uma organização internacional, foi somente um acordo internacional, diferentemente do
FMI e o BIRD que são organizações internacionais criadas como resultado da Conferência de Bretton
Woods.

Gabarito: Certo

22. (INMETRO - 2010)- Entre os entraves para a conclusão da rodada de negociação da OMC em
Doha, inclui-se a defesa, por parte dos países em desenvolvimento, do direito de manter as políticas de
subsídios às exportações e o disciplinamento dos subsídios à produção.

Comentários:
O impasse existente entre países desenvolvidos e em desenvolvimento se refere, principalmente, à
negociação de concessões para a comercialização de produtos agrícolas e seus subsídios. Os países
desenvolvidos relutam em fazer concessões no campo agrícola, enquanto desejam que os países em
desenvolvimento façam concessões para bens não-agrícolas. Assim, os países desenvolvidos desejam
manter o protecionismo no campo agrícola e, por outro, querem receber concessões no campo não-
agrícola.

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A questão está incorreta por afirmar que os países em desenvolvimento querem manter as políticas de
subsídios às exportações e o disciplinamento dos subsídios à produção. São os países desenvolvidos que
querem manter as proteções agrícolas.

Gabarito: Errado

23. (INMETRO -2010)- A Rodada Doha é a primeira rodada de negociações multilaterais desenvolvida
no âmbito da OMC, tendo sido lançada em 2001.

Comentários:
Originalmente esta Rodada iniciou em novembro de 2001, a partir da IV Conferência Ministerial da OMC
em Doha, no Qatar, sendo a primeira rodada de negociações multilaterais desenvolvida no âmbito da OMC.

Gabarito: Certo

24. (INMETRO 2010)- A OMC, instituída em 1994, ao final da Rodada Uruguai, tem por objetivo
supervisionar a aplicação dos acordos comerciais celebrados entre os países-membros e a
implementação de medidas de proteção aos investimentos estrangeiros nos mercados nacionais e
solucionar litígios comerciais entre empresas e países-membros.

Comentários:
O primeiro erro da questão é afirmar que está entre os objetivos da OMC a implementação de medidas de
proteção aos investimentos estrangeiros nos mercados nacionais.

O segundo erro é dizer que a OMC soluciona litígios comerciais entre empresas e países-membros. A OMC
atua apenas em litígios entre nações.

Gabarito: Errado

25. (INMETRO 2010)- A OMC, instituída em 1994, ao final da Rodada Uruguai, tem por objetivo
monitorar as práticas comerciais, de modo a garantir a livre circulação de bens e investimentos entre os
países-membros.

Comentários:
A OMC atua monitorando as práticas comerciais, entretanto, esta supervisão ocorre para verificar se os
compromissos assumidos estão sendo cumpridos.

Gabarito: Errado

26. (INMETRO 2010)- A OMC, instituída em 1994, ao final da Rodada Uruguai, tem por objetivo
supervisionar o funcionamento dos blocos comerciais regionais e promover a liberalização do comércio
de bens e serviços e o cumprimento das normas de proteção à propriedade intelectual.

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Comentários:
Não é objetivo da OMC supervisionar o funcionamento dos blocos comerciais regionais. A OMC atua no
comércio internacional em nível multilateral, em não em nível regional.

Gabarito: Errado

27. (AFRF - 2002)- A normativa multilateral não se aplica ao comércio de produtos agrícolas.

Comentários:
Vimos que um dos pontos importantes da Rodada Uruguai foi a inclusão dos setores têxtil e agrícola nas
regras do sistema multilateral. Dessa forma, a normativa multilateral se aplica ao comércio de produtos
agrícolas.

Gabarito: Errado

28. (MDIC Área Administrativa - 2009) - A OMC R D


prevê uma atuação mais restrita que a do GATT 1947, pois fica limitada aos temas relacionados ao
comércio de serviços e direitos de propriedade intelectual.

Comentários:
A OMC foi criada durante a rodada Uruguai em 1994 e prevê uma atuação mais ampla que a do GATT 1947,
sendo que diversos temas passaram a fazer parte das negociações comerciais, inclusive temas como o
comércio de serviços e direitos de propriedade intelectual.

Gabarito: Errado

29. (AFRF-2002) - O sistema multilateral de comércio, conformado pela Organização Mundial de


Comércio (OMC), está amparado em um conjunto de acordos em que se definem normas e
compromissos dos países quanto à progressiva liberalização do comércio internacional.

Comentários:
Não há muito que acrescentar, através dos acordos e compromissos entre países, a OMC visa promover a
liberalização do comércio internacional. O sistema multilateral de comércio está assentado nos acordos
firmados no âmbito da OMC.

Gabarito: Certo

30. (AFTN-1996)- Na Rodada Uruguai, introduziram-se novos temas, notadamente serviços e


propriedade intelectual, que dominaram as negociações ao lado das tradicionais disputas sobre tarifas e
questões gerais sobre política comercial.

Comentários:
Novos assuntos passaram a ser tratados pela agenda de discussões multilaterais na Rodada Uruguai, como
o comércio de serviços e os direitos de propriedade intelectual. A liberalização destes setores é de grande
importância dos países desenvolvidos, visto que são os maiores exportadores de serviços e são os
principais investidores em pesquisa e desenvolvimento, possuindo grande interesse na regulamentação

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dos direitos de propriedade intelectual. Um dos resultados da rodada foi a criação do GATS (Acordo Geral
sobre o Comércio de Serviços), que continua vigente até hoje.

Gabarito: Certo

31. (INMETRO - 2010)- Dada a necessidade de proteger as indústrias nacionais, países em


desenvolvimento podem não aderir a todos os acordos patrocinados pela OMC.

Comentários:
A OMC administrará dois tipos de acordos, os multilaterais e os plurilaterais. Os acordos plurilaterais são de
adesão facultativa, enquanto que os acordos multilaterais são obrigatórios para todos os membros da
OMC.

Gabarito: Errado

32. (Procurador da Fazenda Nacional 2007) - Entre os acordos da OMC, destacam-se o Acordo sobre
Comércio de Serviços (GATS) e o Acordo sobre Direitos de Propriedade Intelectual relacionados ao
Comércio (TRIPS).

Comentários:
Um dos resultados da rodada Uruguai, já no âmbito da OMC, foi a criação do GATS (Acordo Geral sobre o
Comércio de Serviços) e do Acordo sobre Direitos de Propriedade Intelectual relacionados ao Comércio
(TRIPS).

Gabarito: Certo

33. (AFRF 2002) O Acordo Geral de Comércio e Tarifas (GATT), consagra, como princípios
fundamentais, a eqüidade, o gradualismo e a flexibilidade no comércio internacional.

Comentários:
O GATT pretendia a progressiva liberalização do comércio internacional, combatendo as práticas
protecionistas. Essa liberalização não seria alcançada de maneira repentina, de forma que o processo de
liberalização seria lento e progressivo. O pilar central do GATT e do sistema multilateral de comércio é o
chamado princípio da não-discriminação e se desdobra em dois outros princípios: princípio do tratamento
nacional e cláusula da nação mais favorecida.

O princípio da equidade não se aplica ao GATT.

Gabarito: Errado

34. (AFRF 2002)- Os dispositivos do Acordo Geral de Comércio e Tarifas (GATT) contemplam apenas
a eliminação das barreiras tarifárias.

Comentários:
Inicialmente as rodadas negociadoras se concentraram nas concessões tarifárias e reduções de barreiras
aduaneiras bem como trataram da adesão de novos países. A cada rodada, entretanto, os temas tornaram-
se mais complexos, ao passo que o comércio internacional passou cada vez a ser menos afetado por

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barreiras tarifárias, que foram sendo substituídas por instrumentos mais sofisticados de proteção
comercial.

Gabarito: Errado

35. (AFRF-2005)- O estado X, principal importador mundial de brocas helicoidais, adquire o produto
de vários países, entre eles os estados Y e Z. Alegando questões de ordem interna, o estado X, num dado
momento, decide majorar o imposto de importação das brocas helicoidais provenientes de Y, e mantém
inalterado o tributo para as brocas helicoidais oriundas de Z. Considerando que os países X, Y e Z fazem
parte da Organização Mundial do Comércio o estado Y poderia reclamar a invalidade dessa prática com
base no princípio do respeito ao compromisso tarifário.

Comentários:
A Cláusula da Nação Mais favorecida dispõem que as concessões feitas por uma parte contratante a outra
não podem ser distintas do tratamento concedido às demais partes contratantes. Se o Brasil determinar
uma alíquota de imposto de importação de 10% sobre computadores importados do Japão, por exemplo,
esta alíquota deverá ser praticada nas importações de computadores de todos os outros países membros.

Dessa forma, a situação retratada poderia ser invalidada pela Clausula da Nação Mais Favorecida.

Gabarito: Errado

36. (AFRF- 2005)- A adoção da cláusula da nação mais favorecida pelo modelo do Acordo Geral de
Tarifas e Comércios (GATT) teve como indicativo e desdobramento a pressuposição da igualdade
econômica de todos os participantes do GATT, bem como, no plano fático a luta contra práticas
protecionistas, a exemplo da abolição de acordos bilaterais de preferência.

Comentários:
A cláusula da nação mais favorecida é um dos desdobramentos do pilar central do GATT e do sistema
multilateral de comércio que é o chamado princípio da não-discriminação.

A criação desta cláusula se deu no plano fático (plano dos acontecimentos, no plano prático) em razão do
surgimento de acordos bilaterais firmados entre alguns dos países membros, discriminando os não
participantes. Assim, a Clausula da Nação Mais Favorecida busca a igualdade econômica entre os membros,
no sentido de evitar práticas protecionistas entre os países.

Gabarito: Certo

37. (AFRF 2002) - Todas as vantagens, favores, privilégios ou imunidades concedidos por uma parte
contratante a um produto originário ou com destino a qualquer outro país serão, imediatamente e
incondicionalmente, estendidos a qualquer produto similar originário ou com destinação ao território de
quaisquer outras partes contratantes. (GATT-1994, artigo 1, parágrafo 1). O excerto acima destacado
(caput do parágrafo 1 do artigo 1) define uma cláusula conhecida, internacionalmente, como cláusula da
nação mais favorecida.

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Comentários:
A Cláusula da Nação Mais favorecida dispõem que as concessões feitas por uma parte contratante a outra
não podem ser distintas do tratamento concedido às demais partes contratantes. É exatamente o que se
refere a trecho acima.

Gabarito: Correto

38. (AFTN-1998)- A Cláusula da Nação Mais Favorecida estabelece que a Nação mais favorecida é a
que obtém os privilégios de uma rodada de redução tarifária sem abrir o seu mercado para as demais.

Comentários:
A Cláusula da Nação Mais favorecida dispõem que as concessões feitas por uma parte contratante a outra
não podem ser distintas do tratamento concedido às demais partes contratantes. Dessa forma, a obtenção
de privilégios em uma rodada de redução tarifária sem abrir o seu mercado para as demais é contrário à
referida clausula.

Gabarito: Errado

39. (AFTN 1996)- U


estabelecidos pelo GATT, toda a sua estrutura tarifária.

Comentários:
Vimos que A Cláusula da Nação Mais favorecida veda as concessões de vantagens somente a alguns países
em detrimento dos outros, o que não quer dizer que um país deva rever toda sua estrutura tarifária.

Gabarito: Errado

40. (INMETRO - 2010)- Com a criação da OMC, a cláusula da nação mais favorecida, princípio histórico
do comércio internacional, foi banida do estamento jurídico do sistema GATT.

Comentários:
De forma alguma. A Clausula da Nação Mais Favorecida continuou como um dos pilares do sistema
multilateral de comércio, após a criação da OMC.

Gabarito: Errado

41. (AFTN-1996)- O princípio da não-discriminação do GATT refere-se basicamente a produtos, de


acordo com a cláusula da nação mais favorecida, e não a países, como é o caso dos arranjos de
integração regional.

Comentários:
O princípio da não-discriminação se desdobra em dois outros princípios: princípio do tratamento nacional e
cláusula da nação mais favorecida. Este princípio se refere tanto a produtos como a países. O princípio do
tratamento nacional (também chamado de princípio da paridade) proíbe os membros da OMC de conceder
tratamento mais favorável aos produtos domésticos do que aos produtos de outros membros da OMC,
uma vez que estes últimos tenham adentrado o território aduaneiro. A Cláusula da Nação Mais favorecida

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dispõem que as concessões feitas por um país contratante a outro não podem ser distintas do tratamento
concedido às demais partes contratantes.

Portanto, o princípio do tratamento nacional se refere a produtos e a Cláusula da Nação Mais favorecida se
refere a países.

Gabarito: Errado

42. (INMETRO 2010) - Segundo o princípio da nação mais favorecida, o país-membro da OMC deve
dispensar aos produtos importados, no mercado doméstico, o mesmo tratamento que é dado aos
produtos nacionais.

Comentários:
O princípio do tratamento nacional (também chamado de princípio da paridade) proíbe os membros da
OMC de conceder tratamento mais favorável aos produtos domésticos do que aos produtos de outros
membros da OMC, uma vez que estes últimos tenham adentrado o território aduaneiro. Portanto é o
princípio do tratamento nacional e não o princípio da nação mais favorecida.

Gabarito: Errado

43. (AFRF 2002)- A OMC promove a liberalização do comércio internacional por meio de acordos
regionais entre os países membros.

Comentários:
A OMC promove a liberalização do comércio internacional por meio de acordos multilaterais (globais). São
admitidos que os países firmem acordos regionais, se cumpridas determinados requisitos, mas não está
correto afirmar que acordos regionais são firmados no âmbito da OMC.

Gabarito: Errado

44. (AFTN 1996)- O GATT possui muitas cláusulas de escape, que permitem que os países optem por
regras regionais ou gerais.

Comentários:
Questão, cuja resposta é muito parecida com a anterior. A OMC permite a existência de acordos regionais,
entretanto, estes acordos não são firmados no âmbito da OMC. Uma vez integrados a OMC, os países
estarão vinculados aos acordos firmados no âmbito desta organização.

Gabarito: Errado

45. (MDIC- Área Administrativa - 2009)- Tendo em vista o objetivo do GATT de eliminar o tratamento
discriminatório no comércio exterior, o Acordo não tolerava a formação de blocos econômicos ou
aduaneiros que objetivassem a remoção de tarifas e outras barreiras ao comércio entre países
participantes desse bloco.

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Comentários:
A criação de blocos regionais entre os países é permitida pelo GATT, como vimos nas últimas duas
questões.

Gabarito: Errado

46. (AFTN-1996)- As questões comerciais e financeiras internacionais podem ser tratadas em bases
bilaterais ou multilaterais. Nesse sentido a Rodada Uruguai foi tipicamente um caso de ampla
negociação multilateral e o Banco Mundial constitui, por sua vez, uma fonte de fundos multilateral.

Comentários:
Uma negociação bilateral envolve dois atores do comércio internacional. Já uma negociação multilateral
envolve a totalidade de países integrados a OMC.

A Rodada Uruguai foi uma negociação tratada em âmbito multilateral. Da mesma maneira, o Banco
Mundial atua multilateralmente como fonte de fundos.

Gabarito: Certo

47. (AFTN 1996)- Bilateralismo e multilateralismo não se associam à entidade no âmbito da qual as
negociações são conduzidas mas sim ao objeto da negociação. Os produtos primários, por exemplo, são
sempre tratados em bases bilaterais.

Comentários:
Já vimos que negociações de produtos primários já se deram no âmbito da OMC, portanto em bases
multilaterais. Isto já torna a questão incorreta.

O conceito de bilateralismo e multilateralismo se refere à quantidade de atores envolvidas no processo de


negociação e não ao objeto da negociação.

Gabarito: Errado

48. (ACE-2012) O comércio internacional de serviços está amparado em acordo multilateral


negociado durante a Rodada Uruguai e entrou em vigor em 1995. Sobre o mesmo é correto afirmar que,
dadas as diferenças em relação ao comércio de bens, os princípios e objetivos básicos que orientam o
comércio de serviços são distintos dos previstos no GATT.

Comentários:
Os princípios gerais que regem o comércio de bens também orientam o comércio de serviços.

Gabarito: Errado

49. (ACE-ESAF-2008)- O SISCOMEX é a instância colegiada responsável pela coordenação da política


comercial brasileira, vinculando, sob a égide da CAMEX, os órgãos intervenientes na formulação, na
implementação e no acompanhamento das diretrizes e ações de comércio exterior.

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Comentários:
A instância colegiada responsável pela coordenação da política comercial brasileira é a CAMEX. O
SISCOMEX é um órgão informatizado que integra todos os outros órgãos do comércio exterior brasileiro.
Através de um único sistema de informações, pode-se acompanhar e controlar as operações realizadas,
sem que seja necessário um controle paralelo em cada órgão do comércio internacional.

Gabarito: Errado

50. (ACE-ESAF-2008)- A CAMEX, a mais alta instância política da estrutura de comércio exterior
brasileira, é responsável pela formulação de propostas de políticas e programas de comércio exterior e
pela proposição de medidas voltadas para o financiamento das exportações e para as áreas de seguro,
fretes e promoção comercial, participando, ainda, das negociações internacionais relacionadas ao
comércio exterior como órgão coordenador das posições brasileiras.

Comentários:
Vimos que a SECEX tem a função de PROPOR a aplicação de políticas de comércio exterior. O responsável
pelas negociações internacionais relacionadas ao comércio exterior como órgão coordenador das posições
brasileiras também não é a CAMEX. O órgão responsável é o Ministério das Relações Exteriores.

Gabarito: Errado

51. (AFRF ESAF - 2003)- A fixação das alíquotas dos impostos incidentes sobre o comércio exterior
compete à CAMEX.

Comentários:
A CAMEX tem competência para fixar as alíquotas apenas do imposto de importação e do imposto de
exportação. Portanto, está errado dizer que ela fixa as alíquotas dos tributos incidentes sobre o comércio
exterior.

Gabarito: Errado

52. (ACE- ESAF - 2002) - A formulação de propostas de políticas e programas de comércio exterior, o
estabelecimento de normas necessárias à sua implementação, a participação nas negociações em
acordos ou convênios internacionais relacionados com o comércio exterior e a implementação dos
mecanismos de defesa comercial são competências da Secretaria de Comércio Exterior (SECEX) do
Ministério do Desenvolvimento, da Indústria e do Comércio Exterior.

Comentários:
Todas as atribuições mencionadas fazem parte das funções da SECEX, que faz parte da estrutura do
Ministério do Desenvolvimento, da Indústria e do Comércio Exterior.

Gabarito: Certo

53. (Analista dos Correios-2011)- A fixação das alíquotas dos impostos de exportação e importação e
a fixação de direitos antidumping e compensatórios, além da aplicação de salvaguardas comerciais, são
de competência da Secretaria de Comércio Exterior (SECEX) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria
e Comércio Exterior.

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Comentários:
A fixação das alíquotas de exportação e importação, bem como a fixação de direitos antidumping e
compensatórios, além da aplicação de salvaguardas comerciais, são de competência da CAMEX.

Gabarito: Erado

54. (AFRFB ESAF - 2009)- No contexto do comércio exterior brasileiro, são atribuições da Receita
Federal do Brasil exercer a fiscalização aduaneira das mercadorias, produtos e bens que ingressam no
território aduaneiro do país e esclarecer dúvidas sobre a classificação aduaneira de mercadorias.

Comentários:
Não há muito que acrescentar a esta questão. Estas são atribuições da SRFB.

Gabarito: Certo

55. (AFRFB ESAF - 2009)- No contexto do comércio exterior brasileiro, são atribuições da Receita
Federal do Brasil gerir e executar os serviços de administração, fiscalização e controle aduaneiro e
reprimir os diferentes tipos de ilícitos comerciais.

Comentários:
Não está na competência da SRFB reprimir todos os diferentes tipos de ilícitos comerciais, mas apenas os
ilícitos entre fronteiras.

Gabarito: Errado

56. (Analista dos Correios-2011)- A atuação do Banco Central do Brasil no comércio exterior envolve o
controle cambial e a fiscalização das instituições autorizadas a operarem no mercado cambial e das
operações relativas ao pagamento de importações e exportações.

Comentários:
A atuação do Bacen no âmbito do comércio exterior é feito basicamente no controle cambial das
importações e exportações. Cabe ao Bacen:

- Exercer a fiscalização das instituições financeiras.


- Autorizar as instituições financeiras a celebrar contratos de câmbio.

Gabarito: Certo

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LISTA DE QUESTÕES

01. (CESPE - Diplomata - Terceiro Secretário - 2015) - Considerando que a Rodada Doha, no Catar,
lançada em novembro de 2001, propôs um compromisso em prol da liberalização comercial e do
crescimento econômico, com especial atenção aos países em desenvolvimento, julgue (C ou E) o próximo
item.

O Brasil tem defendido o acesso aos mercados mediante a imposição e majoração de tarifas.

02. (CESPE - Diplomata - Terceiro Secretário - 2015) - Considerando que a Rodada Doha, no Catar,
lançada em novembro de 2001, propôs um compromisso em prol da liberalização comercial e do
crescimento econômico, com especial atenção aos países em desenvolvimento, julgue (C ou E) o próximo
item.

O Brasil e vários países em desenvolvimento deram ênfase às negociações relativas aos produtos
agrícolas, dada a concentração desses produtos em suas pautas de exportação.

03. (CESPE - Diplomata - Terceiro Secretário - 2014) - Com relação a instituições e mecanismos
destinados a regular e facilitar o comércio internacional, julgue (C ou E) o item seguinte.

Um dos objetivos da Rodada de Desenvolvimento de Doha, primeira a tratar de negociações


multilaterais no âmbito da OMC, é assegurar tratamento especial e diferenciado aos países emergentes
(BRICS). O Brasil e os demais latino-americanos enfatizam as negociações de comércio de serviços e as
questões relacionadas à propriedade intelectual.

04. (Instituto Rio Branco 2011)- A cláusula que dispõe sobre a nação mais favorecida, avanço
introduzido na transição do Acordo Geral de Tarifas e Comércio para a OMC, constitui um dos princípios
diretores do sistema multilateral de comércio.

05. (CESPE - Analista de Gestão Educacional Economia - SEDF - 2017) - Com relação às políticas
econômicas e aos seus instrumentos, julgue o item subsecutivo.

A elevação da alíquota do imposto sobre produtos industrializados (IPI) para os automóveis que não
contassem com pelo menos 65% de insumos fabricados no Brasil, iniciada no ano de 2012, representou
espécie de barreira comercial.

06. (CESPE - Analista Legislativo - Área IX - Consultor Legislativo - CAM DEP - 2014) - Com referência à
Organização Mundial do Comércio (OMC) e a aspectos diversos relacionados ao comércio internacional,
julgue o item que se segue.

Embora a OMC tenha sido criada apenas na Rodada Uruguai, a regulação do comércio internacional já
era exercida pelas normas do GATT (General Agreement on Tariffs and Trade) desde 1947, acordo do
qual o Brasil foi membro originário.

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07. (CESPE - Diplomata - Terceiro Secretário - 2007) - Considerando os interesses brasileiros na


Rodada de Doha da OMC, julgue (C ou E) o item seguinte.

O Brasil propugna maior transparência na aplicação de medidas contra práticas desleais de comércio, em
particular, medidas antidumping e anti-subsídios, que afetam suas exportações para os países
desenvolvidos.

(Instituto Rio Branco 2007) Considerando os interesses brasileiros na Rodada de Doha da OMC, julgue
(C ou E) os itens seguintes.

08. Nas negociações acerca de acesso a mercados, o Brasil objetiva a eliminação ou a redução de
restrições tarifárias e não-tarifárias que incidem sobre suas exportações de bens, de forma geral,
priorizando o tratamento dos fatores que restringem e distorcem o comércio agrícola.

09. Dada a participação majoritária do setor terciário na composição de seu Produto Interno Bruto
(PIB), o Brasil almeja o aumento de sua participação nas exportações mundiais de serviços, defendendo,
por conseguinte, ampla liberalização dessa modalidade de comércio.

10. Por dispor de um parque industrial amplo e diversificado, embora com diferenças setoriais
quanto aos níveis de competitividade, o Brasil posiciona-se contrariamente ao aprofundamento de
compromissos relativos a reduções tarifárias para produtos manufaturados.

11. Brasil propugna maior transparência na aplicação de medidas contra práticas desleais de
comércio, em particular, medidas antidumping e antisubsídios, que afetam suas exportações para os
países desenvolvidos.

12. (CESPE - Diplomata - Terceiro Secretário - 2006) - Acerca de fatos relacionados à criação e ao
desenvolvimento do Mercado Comum do Sul (MERCOSUL), julgue (C ou E) o item a seguir.

Nascido da aproximação política entre os governos de Montevidéu e Assunção, em meados dos anos 80
do século passado, o MERCOSUL concretizou-se a partir do momento em que Argentina e Brasil aderiram
ao projeto, superando sólidas e históricas rivalidades.

13. (CESPE - Diplomata - Terceiro Secretário - 2006) - Acerca de fatos relacionados à criação e ao
desenvolvimento do Mercado Comum do Sul (MERCOSUL), julgue (C ou E) o item a seguir.

Como os demais blocos econômicos formados nas décadas finais do século XX, o MERCOSUL surge com o
propósito de oferecer aos seus membros, entre outros objetivos, condições mais favoráveis de inserção
na economia mundial crescentemente globalizada e competitiva.

14. (CESPE - Economista TEM - 2008) - As questões de economia internacional são cruciais à
compreensão das economias de mercado, em um mundo globalizado. Com base nessa análise, julgue o
item.

O Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio (GATT), administrado pela Organização Mundial do Comércio,
constitui um exemplo de acordo multilateral de comércio.

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15. (CESPE - Analista de Comércio Exterior - 2008) - Julgue o item, relativo aos instrumentos básicos
de política comercial.

Embora o GATT proíba, como regra geral, a aplicação de medidas restritivas de caráter quantitativo, a
imposição de cotas de importação é reconhecida como medida de política comercial legítima, quando de
caráter condicional, excepcional e temporário, para a correção de desequilíbrios do mercado doméstico.

16. (CESPE - Analista de Comércio Exterior - 2008) - Julgue o item, relativo aos instrumentos básicos
de política comercial.

Segundo a OMC, desde o início da década passada, observa-se a contínua proliferação de acordos
preferenciais regionais. Espera-se que aproximadamente 400 acordos de tal modalidade estejam em
vigor até 2010, o que atesta a valorização dos acordos como instrumentos de política comercial, dado
que, mediante tais acordos, os países podem usufruir de condições mais flexíveis e diferenciadas de
acesso a mercados do que as definidas nos acordos e compromissos multilaterais.

17. (CESPE - Analista de Comércio Exterior - 2008) - O sistema multilateral de comércio,


fundamentado nos princípios do GATT e subseqüentemente da OMC, rege o comércio entre países.
Acerca desse sistema, julgue o item a seguir.

A exemplo da OMC, as normas e os acordos no âmbito do GATT aplicam-se ao comércio de mercadorias,


de serviços e de direitos de propriedade intelectual referentes ao intercâmbio externo, sendo, pois,
subscritos por todos os países.

18. (CESPE - Juiz Federal - TRF 3ª Região - 2011) - No que se refere ao comércio internacional e suas
instituições, assinale a opção correta.

a) O GATT não reconhece acordos regionais, sob o fundamento de que eles são utilizados para impor
barreiras ao restante das partes contratantes.
b) A atuação da OMC estende-se a mercadorias, serviços e direitos de propriedade intelectual, com o
objetivo de reduzir barreiras comerciais e tratamentos discriminatórios.
c) No MERCOSUL, há direito comunitário, sendo as normas oriundas de órgãos comuns e dispensada a
internalização, conforme as regras de direito internacional.
d) O GATT e a OMC foram concebidos em 1948 para expandir o comércio internacional.
e) Por constituir tratado multilateral, cujas partes atuam em posição de igualdade, o GATT não apresenta
condições especiais para os países em desenvolvimento.

19. (CESPE - Juiz Federal - TRF 5ª Região - 2009) - Assinale a opção correta no que concerne ao GATT e
à OMC.

a) O GATT foi promulgado em 1970 com a finalidade de expandir o comércio internacional e reduzir os
direitos alfandegários, por intermédio de contingenciamentos, acordos preferenciais e barreiras
pecuniárias.
b) A cláusula de habilitação, um dos princípios do GATT, estabelece que todo e qualquer favorecimento
alfandegário oferecido a uma nação deve ser extensível às demais.

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c) A OMC, fórum permanente de negociação para a solução de controvérsias quanto às práticas desleais e
de combate a medidas arbitrárias de comércio exterior, foi criado pelo Acordo de Tóquio, de 1985, e está
vinculado ao Fundo Monetário Internacional.
d) O Conselho Geral é o órgão da OMC incumbido da resolução de disputas e mecanismos de revisão de
política comercial. Dotado de função análoga à judiciária, esse conselho vale-se, via de regra, de
mecanismos de composição extrajudicial, como a arbitragem.
e) O sistema de solução de controvérsias da OMC conta com apenas três fases: formulação de consultas
pelos Estados envolvidos, constituição de grupo especial e prolação de decisão.

20. (AFRF 2002)- Mesmo após a criação da Organização Mundial do Comércio (OMC), o Acordo Geral
de Comércio e Tarifas (GATT), mantém-se como componente fundamental do sistema multilateral de
comércio.

21. (MDIC - Área Administrativa - 2009)- O GATT não era um organismo internacional, como o FMI ou
o BIRD, mas um Acordo, do qual faziam parte os países interessados, denominados Partes Contratantes.

22. (INMETRO - 2010)- Entre os entraves para a conclusão da rodada de negociação da OMC em
Doha, inclui-se a defesa, por parte dos países em desenvolvimento, do direito de manter as políticas de
subsídios às exportações e o disciplinamento dos subsídios à produção.

23. (INMETRO -2010)- A Rodada Doha é a primeira rodada de negociações multilaterais desenvolvida
no âmbito da OMC, tendo sido lançada em 2001.

24. (INMETRO 2010)- A OMC, instituída em 1994, ao final da Rodada Uruguai, tem por objetivo
supervisionar a aplicação dos acordos comerciais celebrados entre os países-membros e a
implementação de medidas de proteção aos investimentos estrangeiros nos mercados nacionais e
solucionar litígios comerciais entre empresas e países-membros.

25. (INMETRO 2010)- A OMC, instituída em 1994, ao final da Rodada Uruguai, tem por objetivo
monitorar as práticas comerciais, de modo a garantir a livre circulação de bens e investimentos entre os
países-membros.

26. (INMETRO 2010)- A OMC, instituída em 1994, ao final da Rodada Uruguai, tem por objetivo
supervisionar o funcionamento dos blocos comerciais regionais e promover a liberalização do comércio
de bens e serviços e o cumprimento das normas de proteção à propriedade intelectual.

27. (AFRF - 2002)- A normativa multilateral não se aplica ao comércio de produtos agrícolas.

28. (MDIC Área Administrativa - 2009) - A OMC R D


prevê uma atuação mais restrita que a do GATT 1947, pois fica limitada aos temas relacionados ao
comércio de serviços e direitos de propriedade intelectual.

29. (AFRF-2002) - O sistema multilateral de comércio, conformado pela Organização Mundial de


Comércio (OMC), está amparado em um conjunto de acordos em que se definem normas e
compromissos dos países quanto à progressiva liberalização do comércio internacional.

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30. (AFTN-1996)- Na Rodada Uruguai, introduziram-se novos temas, notadamente serviços e


propriedade intelectual, que dominaram as negociações ao lado das tradicionais disputas sobre tarifas e
questões gerais sobre política comercial.

31. (INMETRO - 2010)- Dada a necessidade de proteger as indústrias nacionais, países em


desenvolvimento podem não aderir a todos os acordos patrocinados pela OMC.

32. (Procurador da Fazenda Nacional 2007) - Entre os acordos da OMC, destacam-se o Acordo sobre
Comércio de Serviços (GATS) e o Acordo sobre Direitos de Propriedade Intelectual relacionados ao
Comércio (TRIPS).

33. (AFRF 2002) O Acordo Geral de Comércio e Tarifas (GATT), consagra, como princípios
fundamentais, a eqüidade, o gradualismo e a flexibilidade no comércio internacional.

34. (AFRF 2002)- Os dispositivos do Acordo Geral de Comércio e Tarifas (GATT) contemplam apenas
a eliminação das barreiras tarifárias.

35. (AFRF-2005)- O estado X, principal importador mundial de brocas helicoidais, adquire o produto
de vários países, entre eles os estados Y e Z. Alegando questões de ordem interna, o estado X, num dado
momento, decide majorar o imposto de importação das brocas helicoidais provenientes de Y, e mantém
inalterado o tributo para as brocas helicoidais oriundas de Z. Considerando que os países X, Y e Z fazem
parte da Organização Mundial do Comércio o estado Y poderia reclamar a invalidade dessa prática com
base no princípio do respeito ao compromisso tarifário.

36. (AFRF- 2005)- A adoção da cláusula da nação mais favorecida pelo modelo do Acordo Geral de
Tarifas e Comércios (GATT) teve como indicativo e desdobramento a pressuposição da igualdade
econômica de todos os participantes do GATT, bem como, no plano fático a luta contra práticas
protecionistas, a exemplo da abolição de acordos bilaterais de preferência.

37. (AFRF 2002) - Todas as vantagens, favores, privilégios ou imunidades concedidos por uma parte
contratante a um produto originário ou com destino a qualquer outro país serão, imediatamente e
incondicionalmente, estendidos a qualquer produto similar originário ou com destinação ao território de
quaisquer outras partes contratantes. (GATT-1994, artigo 1, parágrafo 1). O excerto acima destacado
(caput do parágrafo 1 do artigo 1) define uma cláusula conhecida, internacionalmente, como cláusula da
nação mais favorecida.

38. (AFTN-1998)- A Cláusula da Nação Mais Favorecida estabelece que a Nação mais favorecida é a
que obtém os privilégios de uma rodada de redução tarifária sem abrir o seu mercado para as demais.

39. (AFTN 1996)- U


estabelecidos pelo GATT, toda a sua estrutura tarifária.

40. (INMETRO - 2010)- Com a criação da OMC, a cláusula da nação mais favorecida, princípio histórico
do comércio internacional, foi banida do estamento jurídico do sistema GATT.

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41. (AFTN-1996)- O princípio da não-discriminação do GATT refere-se basicamente a produtos, de


acordo com a cláusula da nação mais favorecida, e não a países, como é o caso dos arranjos de
integração regional.

42. (INMETRO 2010) - Segundo o princípio da nação mais favorecida, o país-membro da OMC deve
dispensar aos produtos importados, no mercado doméstico, o mesmo tratamento que é dado aos
produtos nacionais.

43. (AFRF 2002)- A OMC promove a liberalização do comércio internacional por meio de acordos
regionais entre os países membros.

44. (AFTN 1996)- O GATT possui muitas cláusulas de escape, que permitem que os países optem por
regras regionais ou gerais.

45. (MDIC- Área Administrativa - 2009)- Tendo em vista o objetivo do GATT de eliminar o tratamento
discriminatório no comércio exterior, o Acordo não tolerava a formação de blocos econômicos ou
aduaneiros que objetivassem a remoção de tarifas e outras barreiras ao comércio entre países
participantes desse bloco.

46. (AFTN-1996)- As questões comerciais e financeiras internacionais podem ser tratadas em bases
bilaterais ou multilaterais. Nesse sentido a Rodada Uruguai foi tipicamente um caso de ampla
negociação multilateral e o Banco Mundial constitui, por sua vez, uma fonte de fundos multilateral.

47. (AFTN 1996)- Bilateralismo e multilateralismo não se associam à entidade no âmbito da qual as
negociações são conduzidas mas sim ao objeto da negociação. Os produtos primários, por exemplo, são
sempre tratados em bases bilaterais.

48. (ACE-2012) O comércio internacional de serviços está amparado em acordo multilateral


negociado durante a Rodada Uruguai e entrou em vigor em 1995. Sobre o mesmo é correto afirmar que,
dadas as diferenças em relação ao comércio de bens, os princípios e objetivos básicos que orientam o
comércio de serviços são distintos dos previstos no GATT.

49. (ACE-ESAF-2008)- O SISCOMEX é a instância colegiada responsável pela coordenação da política


comercial brasileira, vinculando, sob a égide da CAMEX, os órgãos intervenientes na formulação, na
implementação e no acompanhamento das diretrizes e ações de comércio exterior.

50. (ACE-ESAF-2008)- A CAMEX, a mais alta instância política da estrutura de comércio exterior
brasileira, é responsável pela formulação de propostas de políticas e programas de comércio exterior e
pela proposição de medidas voltadas para o financiamento das exportações e para as áreas de seguro,
fretes e promoção comercial, participando, ainda, das negociações internacionais relacionadas ao
comércio exterior como órgão coordenador das posições brasileiras.

51. (AFRF ESAF - 2003)- A fixação das alíquotas dos impostos incidentes sobre o comércio exterior
compete à CAMEX.

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52. (ACE- ESAF - 2002) - A formulação de propostas de políticas e programas de comércio exterior, o
estabelecimento de normas necessárias à sua implementação, a participação nas negociações em
acordos ou convênios internacionais relacionados com o comércio exterior e a implementação dos
mecanismos de defesa comercial são competências da Secretaria de Comércio Exterior (SECEX) do
Ministério do Desenvolvimento, da Indústria e do Comércio Exterior.

53. (Analista dos Correios-2011)- A fixação das alíquotas dos impostos de exportação e importação e
a fixação de direitos antidumping e compensatórios, além da aplicação de salvaguardas comerciais, são
de competência da Secretaria de Comércio Exterior (SECEX) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria
e Comércio Exterior.

54. (AFRFB ESAF - 2009)- No contexto do comércio exterior brasileiro, são atribuições da Receita
Federal do Brasil exercer a fiscalização aduaneira das mercadorias, produtos e bens que ingressam no
território aduaneiro do país e esclarecer dúvidas sobre a classificação aduaneira de mercadorias.

55. (AFRFB ESAF - 2009)- No contexto do comércio exterior brasileiro, são atribuições da Receita
Federal do Brasil gerir e executar os serviços de administração, fiscalização e controle aduaneiro e
reprimir os diferentes tipos de ilícitos comerciais.

56. (Analista dos Correios-2011)- A atuação do Banco Central do Brasil no comércio exterior envolve o
controle cambial e a fiscalização das instituições autorizadas a operarem no mercado cambial e das
operações relativas ao pagamento de importações e exportações.

GABARITO

1 E
2 C
3 E
4 E
5 C
6 C
7 C
8 C
9 E
10 E
11 C
12 E
13 C
14 C
15 C
16 C

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17 E
18 B
19 D
20 C
21 C
22 E
23 C
24 E
25 E
26 E
27 E
28 E
29 C
30 C
31 E
32 C
33 E
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35 E
36 C
37 C
38 E
39 E
40 E
41 E
42 E
43 E
44 E
45 E
46 C
47 E
48 E
49 E
50 E
51 E
52 C
53 E
54 C
55 E
56 C

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