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Economia
3º ano
Módulo 6
A Interdependência das
Economias Atuais
24 Horas
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Índice
1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 2
PAGAMENTOS .......................................................................................................................... 17
EXERCÍCIOS ............................................................................................................................. 51
CONCLUSÃO ............................................................................................................................ 63
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BIBLIOGRAFIA.......................................................................................................................... 64
1. Introdução
Uma grande parte dos produtos que utilizamos no dia a dia tem proveniência estrangeira.
Isso acontece, porque, por um lado, a produção nacional é insuficiente para assegurar
as necessidades da população e, por outro, porque muitos bens que consumimos não
se produzem no nosso país. Geralmente, os bens são produzidos nos países que têm
maior facilidade de acesso às matérias-primas, que dispõem de mão-de-obra ou de
outras condições que favorecem a produção desses bens. Os países necessitam assim
de efetuar trocas uns com os outros para conseguirem obter os bens de que carecem.
1.1. Objetivos:
• Indicar os diferentes tipos de trocas internacionais que se estabelecem entre as
Economias;
• Explicar as razões que levam os países a efetuar trocas comerciais;
• Referir vantagens para os países, decorrentes da integração no comércio
internacional;
• Referir a importância de se efetuarem os registos das trocas internacionais;
• Indicar as componentes da Balança de Pagamentos (Balanças Corrente, de
Capital e Financeira);
• Referir as balanças que compõem a Balança Corrente;
• Calcular o saldo da Balança de Mercadorias;
• Calcular a taxa de cobertura;
• Interpretar o significado de indicadores do comércio externo (taxa de cobertura
e estrutura das importações e das exportações);
• Referir a composição das Balanças de Serviços, de Rendimentos e de
Transferências Correntes;
• Calcular o saldo da Balança Corrente;
• Indicar as componentes da Balança de Capital;
• Indicar componentes da Balança Financeira;
• Distinguir protecionismo de livre-cambismo;
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● O comércio internacional
- Balança Corrente:
• mercadorias (importações e exportações)
• serviços
• rendimentos
• transferências correntes
- Balança de Capital
- Balança Financeira
- Transportes e comunicações
- Empresas transnacionais
- GATT/OMC
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● A integração económica
- Noção
1.4. Avaliação
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geográfica, da capacidade de obter custos de produção inferiores aos dos outros produtores ou
produtos de qualidade superior. Estamos, neste caso, perante a divisão internacional do
trabalho que é o fundamento do comércio internacional.
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Foi sobretudo a partir do século XIX, como reflexo da Revolução Industrial, que se verificou
um grande salto no comércio mundial, só interrompido pelas duas guerras mundiais e pela crise
bolsista de 1929-33. Com alguns altos e baixos, a tendência mantém-se: o comércio mundial
cresce mais depressa do que a produção mundial.
80
Earth Policy Institute - www.earth-policy.org
Trillion Dollars (2010, PPP)
70
60
50
40
30
20
10
0
1950 1960 1970 1980 1990 2000 2010
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Atividade:
Consultar e analisar alguns dos dados estatísticos disponíveis no seguinte site:
http://www.wto.org/english/news_e/pres12_e/pr658_e.htm
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O caso português constitui um bom exemplo para ilustrar a situação. A indústria portuguesa
assentou durante décadas nas chamadas indústrias tradicionais (calçado, têxteis, vestuário...)
que eram competitivas em virtude dos baixos salários praticados. Perante a concorrência
imbatível dos produtos congéneres asiáticos (nomeadamente chineses e indianos), Portugal tem
de fatalmente evoluir para produções que integrem maior valor acrescentado e tecnologicamente
mais evoluídas.
A SABER
Vantagem absoluta — um país tem vantagem absoluta quando é mais eficiente e produz a um custo
de produção menor um determinado bem. As vantagens podem ser naturais (petróleo) ou adquiridas
(tecnologia eletrónica, por exemplo].
Desvantagem absoluta — um país tem desvantagem absoluta quando é menos eficiente e produz a
um custo de produção mais elevado.
1. ATIVIDADES
1. Caracterize de maneira global a evolução das exportações e do PIB no conjunto do período
de 2000 a 2013.
2. Com base nos quadros disponibilizados e nas pesquisas que realizar elabore um pequeno texto
sobre o crescimento do PIB mundial e das exportações.
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País A País B
1 Unidade de X 20 80
1 Unidade de Y 50 60
Verifica-se, não só que é maior a produção total, mas ainda que a troca de uma unidade de cada
produto entre os países é suficiente para que ambos ganhem com a especialização e o comércio
internacional, mesmo o país A que conseguia produzir os dois produtos mais baratos. Nisto
consiste a vantagem comparativa.
Vejam-se os cálculos, todos resumidos:
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2. ATIVIDADES
1. Explique o significado do termo ‘especialização”, tal como é utilizado no texto.
2. Justifique o interesse dos dois países na troca, quando o país A dispõe de uma vantagem
absoluta na produção dos dois bens.
Dois países ganham se se especializarem e trocarem entre eles, se um for melhor do que o outro (utiliza
menos recursos, quer do trabalho, quer do capital) na produção de todos os bens e serviços. Assim, uma
nação tem vantagem em importar um produto mesmo se este pudesse ser fabricado no interior das suas
fronteiras de maneira mais eficaz do que pela outra nação, e isto a fim de poder especializar-se no fabrico
daqueles em que é ainda mais eficaz. Aqui está porque a nossa honra nacional não é de maneira nenhuma
beliscada quando importamos velocípedes chineses ou computadores ianques! E porque é então o nosso
nível de vida superior àquele que teríamos se impedíssemos a importação destes bens para fabricá-los
na nossa terra, pois somos perfeitamente capazes disso?
Como avaliar se somos melhores ou menos bons do que os outros neste ou naquele domínio? Ora bem,
fazendo apelo ao juiz económico supremo: o mercado, isto é, o custo a que podemos produzir e o preço
a que podemos vender os produtos.
Cada país exporta preferentemente as mercadorias através das quais tem uma vantagem relativa de
custo de fabrico e de preço (a dada qualidade), e reciprocamente no que respeita às suas importações.
Por isso, atualmente, a China exporta velocípedes e brinquedos, a Coreia televisões, o Brasil aço, etc.
Inversamente, a França renunciou ao carvão, a Grã-Bretanha ao têxtil e a Alemanha aos aparelhos
fotográficos.
André Fourçans, A Economia Explicada à Minha Filha, Livros do Brasil
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importações de outros países. É o caso, por exemplo, dos Estados Unidos que, sendo um grande
produtor de automóveis, é também um grande importador quer de marcas europeias quer de
marcas japonesas.
Atualmente, o mundo interdependente é tanto uma bênção como uma maldição. Cria riqueza mas acentua a miséria, faz a paz mas
também a guerra, cura doenças mas não impede a proliferação de outras, inclui e exclui, constrói e destrói ama e odeia.
3. ATIVIDADES
1. As vantagens comparativas e a especialização que dai decorre evoluem com o tempo, exceto
quando estão assentes em recursos naturais ou climáticos. Dê exemplo de um produto em que
Portugal tenha uma especialização desse tipo.
As relações internacionais
A SABER Por que razão se discutem de forma especial os problemas gerados pelo facto de a
Fases da internacionalização economia estar aberta? Não são eles iguais aos outros problemas? Por que razão o
— Após a Segunda Guerra comércio internacional é diferente do nacional, ou a mobilidade internacional de capitais
comércio externo e o grau de internacionalização de A grande diferença entre as relações internas e internacionais reside no facto de estas
uns pais era medido pelas quotas de exportações e últimas se verificarem entre sistemas económicos diferentes.
importações. Era dada grande ênfase aos E a grande diferença entre sistemas situa-se no Estado. Cada país tem um
investimentos estrangeiros. Estado soberano e, embora as empresas e consumidores se comportem de forma paralela,
esta diferença traz grandes implicações económicas:
- Nos anos 70 do século XX. As empresas
Em primeiro lugar, as regras do jogo, os quadros legais em que se desenrola a atividade
transformam-se de nacionais em multinacionais,
económica, são diferentes entre países. Este facto pode ter grande influência na transação.
através de vários processos: investimento direto,
Por outro lado, a moeda é diferente, o que cria, não só obstáculos importantes, como gera
aquisição, fusão, joint ventures.
fenómenos novos que têm de ser estudados. Finalmente, o próprio comportamento do
— Anos 80/90 — mundialização — a
Estado na atividade económica é diferente. Os gastos públicos e os impostos, a dívida
produção passa a ser organizada à escala
interna e externa, o montante emitido de moeda são diferentes de país para país. A tudo
planetária, abrangendo desde a estrutura das
isto junta-se a segurança que o Estado cria para as transações internas e que falta nas
organizações até aos processos de decisão e
internacionais, bem como os normais obstáculos culturais, geográficos, etc.
controlo. As empresas tornam-se transnacionais,
Todos estes factos fazem com que, no geral, haja muito menos movimentos e transações
sendo irrelevante a Localização da sede. Entra-se na
internacionais do que internos.
fase da globalização da economia.
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4. ATIVIDADES
1. Refira a grande diferença entre relações internas e relações internacionais.
2. Indique as principais razões que explicam o menor número de transações internacionais
relativamente às transações internas.
3. Justifique, à luz do texto, a criação do euro como moeda única na UE.
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Quanto às migrações consideradas de lazer, o seu crescimento deve-se a numerosos fatores, tais
como: a diversificação dos tipos de turismo (de elites, de massas, juvenil, da terceira idade, cultural...); o
aumento do poder de compra e do tempo livre de certos estratos sociais dos países desenvolvidos; a ação
dinâmica deste setor económico — o turismo —, nomeadamente através da atuação de redes de agências a
nível internacional que operam em todos os tipos de mercado, direcionando-se sobretudo para regiões
especializadas em ofertas turísticas.
Imigrantes especializados
Em 2001, a Alemanha contratou 13 mil
Todas estas movimentações originam relações especialistas estrangeiros em
económicas entre os países, quer ao nível da troca de serviços, computadores; no mesmo ano, a França
quer gerando fluxos de rendimento, dos quais um dos mais deu visto a 4 mil engenheiros
significativos é constituído pelas remessas dos emigrantes. informáticos; a Irlanda fixou uma quota
para 36 400 autorizações de residência só
para trabalhadores altamente
As migrações internacionais
especializados; e a Inglaterra mais que
Segundo estimativas do Fundo das Nações Unidas para a duplicou esse valor. Os dados mostram
População (FNUAP), o número de migrantes no mundo (migrações uma clara tendência na gestão dos fluxos
internas e refugiados não incluídos) oscilava entre 130 e 150 migratórios, lá patente na década de 90:
milhões no final do século XX, ou seja, 2,3% da população mundial. aos Estados ricos faltam trabalhadores
O essencial das migrações está relacionado com os países do Sul. para serviços pouco qualificados, mas
As populações do Terceiro Mundo emigram quase sempre para os também técnicos habilitados em
países limítrofes, ligeiramente menos pobres do que o país de onde determinadas áreas.
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5. ATIVIDADES
1. Refira as principais regiões de
origem e de acolhimento das
migrações internacionais.
2. Explique o significado da
expressão êxodo de cérebros”.
Tal como as relações entre os residentes de um país ou de uma empresa são registadas
em instrumentos apropriados, como a contabilidade nacional ou a contabilidade empresarial,
também as relações económicas entre os diversos países são objeto de registo.
O comércio internacional de mercadorias e de serviços, as transferências de capitais, ou
outras relações que deem lugar a fluxos monetários entre os diferentes países são registadas
num instrumento próprio constituído por um sistema de contas onde se registam todos os
fluxos económicos que entram e saem de um país — a Balança de Pagamentos.
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Site a consultar:
http://www.bportugal.pt/pt-
PT/Estatisticas/PublicacoesEstatisticas/NIE/Lists/FolderDeListaComLinks/Attachments/68/NIE_BOP_Fev%202013.pdf
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Tendo em conta as grandes rubricas que se registam nesta balança, podemos subdividi-
la em:
Mercadorias
Serviços
Rendimentos
Transferências Correntes
6. ATIVIDADES
1. Registe na Balança
Corrente as seguintes operações:
1 — Juros pagos a uma empresa
portuguesa por um depósito feito
num banco francês.
2 — Venda de cortiça à Espanha.
3 — Envio de verbas para Cabo
Verde por nacionais desse país
que trabalham numa empresa
portuguesa.
4 — Compra de material de
informática na Finlândia por uma
empresa portuguesa.
5 — Transferência de lucros de
uma multinacional para a
empresa – mãe nos Estados
Unidos.
6 — Recursos enviados para um
país que sofreu uma catástrofe.
2. Compare a evolução dos
saldos das diversas componentes
da Balança Corrente portuguesa
e redija uma conclusão.
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Na Balança de Mercadorias:
7. Atividades
1. Interprete o gráfico da Balança de Mercadorias abaixo.
3. Recolha informações sobre a evolução dos fluxos de emigrantes/imigrantes em Portugal,
e tire conclusões sobre as transferências monetárias que daí advêm.
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Múltiplos fatores conduzem hoje a um aumento das trocas de serviços. Se a produção de vários serviços continua
territorializada, as pessoas deslocam-se cada vez mais. Daí a expansão do turismo, considerado como uma
exportação.
Os progressos das telecomunicações, a unificação dos mercados e a mudança de hábitos culturais facilitam o
desenvolvimento da oferta de serviços a partir de um outro território: numerosas empresas fazem apelo a
fornecedores instalados no estrangeiro. E a Internet abre caminho a vastas perspetivas na massificação das
vendas à distância.
A supressão das antigas barreiras nacionais é imposta pelos países dominantes (sobretudo os EUA e, em menor
medida, a UE, ela própria preocupada com a unificação do seu próprio mercado interno de serviços). Dispondo
de empresas poderosas, capazes de estender as suas atividades a nível internacional, os grandes países tentam
ganhar a nível dos serviços as quotas de mercado que perderam no comércio mundial de mercadorias em
benefício dos países em rápido desenvolvimento, como a China e o Brasil.
Alternatives Économiques, nº 36, 1998 (adaptado)
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8. ATIVIDADES
3. Explique as razões por que os países industrializados, sobretudo os EUA, pressionam a abertura
de um mercado mundial de serviços.
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Exemplos: fundos da União Europeia para infraestruturas (por exemplo, fundos cedidos
a Portugal para financiar o TGV); património que os emigrantes trazem quando regressam
definitivamente; perdão de dívidas entre países.
A transferência de um
jogador português para um
clube estrangeiro é
considerada como cedência
de um ativo não produzido
não financeiro.
• uma empresa portuguesa que compra o franchise de uma marca conhecida, isto é, compra
o direito de abrir um estabelecimento idêntico ao da casa - mãe;
• uma fábrica que adquire uma patente num país estrangeiro para poder produzir determinado
produto em Portugal.
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A Sabe
Ativos não produzidos — são bens que não foram objeto de qualquer
transformação. Dizem-se intangíveis quando correspondem a bens
imateriais e tangíveis quando são bens materiais, palpáveis.
• Investimento Direto
• Investimento de Carteira
• Outro investimento
• Derivados Financeiros
• Ativos de reserva
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Estas operações registaram em 2002 uma entrada líquida de fundos equivalente a 2,5%
do PIB. Com efeito, as aplicações de carteira de Portugal no exterior originaram uma saída líquida
de fundos equivalente a 5,7% do PIB, mas quanto aos investimentos de carteira do exterior em
Portugal, verificou-se uma entrada líquida equivalente a 8,2% do PIB.
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A Saber
1. Compare a variação do IDE em Portugal entre 2002 e 2011. Qual o significado dos valores
encontrados?
2. Relacione o investimento direto estrangeiro em Portugal com o investimento de Portugal no
exterior nos mesmos anos.
3. Comente as relações financeiras dadas pela Balança de Pagamentos Correntes de Portugal entre
o primeiro semestre de 2012 e o mesmo semestre de 2013.
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A taxa de câmbio será, então, o preço pelo qual se compra, em moeda nacional,
uma unidade monetária estrangeira.
A moeda estrangeira é um bem como outro qualquer, cujo preço — a taxa de câmbio
— é determinado pelo mercado.
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CONTEÚDO DE SENSIBILIZAÇÃO
A taxa de câmbio, tal como a taxa de juro, constitui um dos principais preços da economia. Por essa razão, o
Estado não é indiferente à sua evolução, sendo, todavia, diferentes de país para país as políticas cambiais e os
regimes de taxa de câmbio. Distinguem-se dois regimes de taxa de câmbio: fixo e flexível.
O sistema de taxa de câmbio fixa é aquele em que o Estado fixa a taxa através da lei e mantém-na como qualquer
outro preço tabelado.
O sistema de taxa de câmbio flexível ou flutuante deixa ao mercado, isto é, ao mecanismo da oferta e da
procura, a definição do valor da moeda. Estes regimes extremos estão a ser substituídos pelo chamado regime da
flutuação controlada, que se traduz no seguinte: em princípio, a taxa de câmbio é fixada pelo mercado, tal
como nos câmbios flexíveis. Só que o Estado, quando não gosta do sentido em que a taxa está a evoluir, pode
intervir no mercado, comprando ou vendendo, utilizando para tal as suas reservas de divisas. Este comportamento
tem sido adotado pela Reserva Federal dos EUA e pelo Banco Central Europeu.
A oferta e a procura são alimentadas por ordens de venda e de compra transmitidas aos
intermediários por vendedores e compradores representados principalmente por bancos.
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Sendo a taxa de câmbio um preço que permite estabelecer uma relação entre o valor das
diferentes moedas, é lógico que as alterações do valor das moedas se vão refletir nas
taxas de câmbio e, reflexamente, na Balança de Mercadorias. Vejamos como.
Se a taxa de câmbio entre duas moedas se alterar, isso significa que uma passa a valer
mais do que a outra.
Por exemplo, se a taxa de câmbio entre o euro e o dólar passar de 1 euro = 1,19 dólares
para 1 euro = 1,17 dólares, isto significa que o euro perdeu valor em relação ao dólar, ou seja,
houve uma desvalorização do euro.
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Para melhor compreendermos os efeitos que a desvalorização de uma moeda pode ter,
nomeadamente no reequilíbrio da Balança de Mercadorias, vamos supor que o Banco Central
Europeu adotava uma política de desvalorização do euro face ao dólar. Vejamos no esquema o
que acontecia.
Atividade
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Dois indicadores importantes do comércio externo são: o peso do comércio externo e a taxa
de cobertura.
O peso do comércio externo reflete o valor do comércio externo na atividade económica,
traduzindo o grau de abertura do país ao exterior e calcula-se da seguinte forma:
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Para além das análises quantitativas, também se podem fazer análises qualitativas, como,
por exemplo, a da estrutura das importações e exportações. Certamente que um país que
importa grande quantidade de produtos alimentares pode ser considerado como um país
dependente em termos alimentares; por outro lado, um país com grande volume de exportações
de máquinas e produtos transformados pode ser considerado um país industrializado. E, se essas
exportações forem de bens com grande valor acrescentado, então estaremos perante um país
tecnologicamente avançado.
No que respeita à estrutura das importações portuguesas, verifica-se que as rubricas
“material de transporte” e “máquinas e equipamentos”, no seu conjunto, representam perto de
40% das importações nacionais. A importação de combustíveis, sobretudo o petróleo, tem
também um peso muito significativo.
Quanto às exportações, para além dos setores tradicionais — indústria têxtil e do couro
e dos produtos de couro, que pesam cerca de 25% das exportações portuguesas —‘ vem-se
constatando uma evolução favorável em bens intermédios, em particular nos “produtos químicos,
fibras sintéticas ou artificiais e artigos de borracha e matéria plástica”. As exportações de
automóveis também têm registado um razoável crescimento.
Em 2003, o défice da balança comercial portuguesa diminuiu 9,5%. A taxa de cobertura aumentou de 64,5 para 67,3%.
A Saber
Considere os seguintes dados relativos ao país A, em unidades monetárias em 2010:
Despesa total — 50 000
Exportações — 8600
Importações— 11200
1. Calcule o peso do comércio externo e comente o resultado obtido.
2. Calcule a taxa de cobertura e comente o resultado obtido.
CONTEÚDO DE SENSIBILIZAÇÃO
A capacidade de importar
É corrente designar por termos de troca ou razão de troca de uma dada economia o quociente da divisão do preço
médio da tonelada exportada pelo preço médio da tonelada importada, seja Pe/Pi.
Este quociente multiplicado pelo volume das exportações (chamamos-lhe E) representa a capacidade de importar
dessa economia, isto é, a quantidade de importações que pode adquirir com as exportações.
Designando essa capacidade por C, tem-se pois:
C=E x (Pe/Pi)
Quando o preço médio das importações aumenta relativamente ao preço médio das exportações diz-se que há
deterioração dos termos de troca, o que significa diminuir a capacidade de importar, pois a mesma quantidade
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O ritmo de crescimento das exportações portuguesas deixou de se escrever em Março com dois dígitos, ao progredir
8,3%, ficando aquém das subidas de 13,5% e 13,6% observadas em Fevereiro e Janeiro, respetivamente.
Mas em valor absoluto, foi um mês recorde: pela primeira vez, as exportações portuguesas ultrapassaram a barreira de
quatro mil milhões de euros.
Segundo dados hoje divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística, Portugal vendeu ao mundo mercadorias no valor
de 4.092 milhões de euros, quase mais 300 milhões de euros do que no mês anterior. O anterior recorde (3.894 milhões)
datava de Junho de 2008, meses antes da queda do Lehman Brothers, o então quarto maior banco de investimentos dos
Estados Unidos, que acabou por detonar também na Europa a mais grave crise desde a segunda guerra mundial.
O valor recorde das exportações ainda está a alguma distância do das importações. Mas a diferença também já foi muito
mais ampla e a taxa de cobertura das importações pelas exportações estará agora igualmente em valores recorde (o
INE fornece dados relativos ao primeiro trimestre, cifrando-a em 81%). Em Março, Portugal importou do resto do mundo
mercadorias no valor de 4.934 milhões de euros, já longe do recorde das séries estatísticas do INE, que remonta ao
mesmo Verão de 2008, a Julho: 6.030 milhões de euros.
Os principais clientes do “made in Portugal” foram neste mês de Março os três de “sempre”: Espanha (882 milhões de
euros), Alemanha (576 milhões) e França (508). Estes três parceiros europeus absorvem quase metade das vendas
portuguesas ao mundo. Mas logo depois vem Angola (231 milhões), neste mês de Março já à frente do Reino Unido
(223), e com 100 milhões de compras a mais do que uma Itália ou Holanda. Segue-se a China (99 milhões).
Nos clientes, a primazia é cada vez mais de Espanha. Quase um terço do que Portugal compra ao mundo compra a
Espanha: 1.588 milhões de euros neste mês Março, quase o dobro do que se lhe vendeu no mesmo período.
Segue-se a Alemanha (614 milhões de euros), França (308 milhões), Itália (254) e Holanda (224 milhões). Na casa dos
100 milhões, e muito relacionado com as compras de petróleo, está o valor das importações oriundas da Rússia e da
Arábia Saudita. Só depois vem o “made in China”: 91 milhões de euros foi a fatura das importações em Março, último
mês para o qual há dados disponíveis.
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Desde o século XVIII que um debate opõe os defensores do livre – cambismo aos do
protecionismo.
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Subvenções da UE
A União Europeia despende cerca de 3,5 milhões de euros por ano a pagar subvenções aos exportadores
agrícolas para os compensar pela diferença entre os preços comunitários e os preços mundiais. Segundo os
números disponíveis, a taxa de restituição paga pela Comissão é superior ao preço mundial. No caso do açúcar,
a taxa de restituição ultrapassa em 229 por cento o valor do preço mundial (o preço mundial por tonelada é de
213 euros, e a subvenção é de 488 euros). No caso da manteiga, a taxa é 122 por cento do preço, no trigo é 46
por cento superior ao valor do produto no mercado mundial.
Público, Economia, 2003-07-08
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Outra forma que um país tem de impedir um verdadeiro comércio livre é através da
concessão de subsídios à exportação. Através destes subsídios, consegue-se tornar os produtos
nacionais mais baratos e mais competitivos no comércio internacional. É, de certo modo, o que
acontece com os produtos agrícolas da UE, cuja produção tem sido largamente subsidiada através
da PAC (Política Agrícola Comum). Os países do Terceiro Mundo alegam que se trata de uma
“concorrência desleal”, porquanto tal impede-os de exportar para a Europa grande parte da sua
produção agrícola, cujos preços conseguem ser mais baixos, o que acabaria por beneficiar os
consumidores europeus.
A China, que é o maior produtor mas também o maior consumidor de aço do mundo, aumentou em 55% as
taxas alfandegárias que são aplicadas às importações de aço da Rússia, de Taiwan, da Coreia do Sul, da Ucrânia
e do Kazaquistão, os cinco principais parceiros comerciais de Pequim. A justificação do Governo chinês para a
criação de novas barreiras aduaneiras às importações de aço é a de que os países exportadores estavam a
protagonizar práticas de dumping, de forma a conseguir derrotar, no seu próprio terreno, os produtores chineses
— que, segundo Pequim, terão sofrido prejuízos substanciais com esta prática.
Curiosamente, a decisão de taxar acima da média as importações de aço surge de um governo, o chinês, que
Descarregado por João Carvalho (joaommcarvalho1@hotmail.com)
lOMoARcPSD|7697165
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9 ATIVIDADES
Sob os auspícios das Nações Unidas, em 1946, teve lugar uma Conferência Mundial sobre
o Comércio e Emprego, que irá dar origem ao aparecimento do Acordo Geral sobre Tarifas e
Comércio, normalmente referido por GATT (General Agreement on Tarifs and Trade).
A ideia - chave era que a liberalização das trocas internacionais seria vantajosa
para a economia mundial e, reflexamente, para todos os países, uma vez que eram
estimulados o crescimento económico, a produção e o emprego. Para conseguir esses objetivos,
havia que suprimir progressivamente as barreiras alfandegárias que perduravam no comércio
internacional.
Criado em 1947, o GATT promoveu uma série de ciclos de negociações, alguns dos quais
duraram anos, e que eram conhecidos por rounds. No total, foram oito os rounds do GATT, tendo
o último — o Uruguay Round — decorrido de 1986 a 1993. Entre as várias decisões então
tomadas, está a da criação da Organização Mundial de Comércio (OMC).
A OMC, instituição internacional saída do tratado de Marraquexe de abril de 1994, entrou
em funções em 1 de janeiro de 1995. Ela vela pelo respeito dos acordos comerciais internacionais
e pela resolução dos diferendos que possam surgir nesse domínio.
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10. ATIVIDADES
1. Elabore um pequeno texto sobre a OMC e o seu papel quanto ao comércio mundial.
Nas últimas reuniões da OMC, vários países subdesenvolvidos têm vindo a reivindicar a
revisão e clarificação de muitas regras e a remoção daquilo que eles consideram como obstáculos
práticos a uma efetiva liberalização do comércio. Acusam os países desenvolvidos de, através de
várias subtilezas, usarem as regras da OMC em seu favor.
Até há pouco tempo, as rondas negociais foram essencialmente dominadas pelos debates
entre a UL e os EUA, limitando-se praticamente os restantes países membros a submeter-se aos
termos dos seus entendimentos. Mas, a partir da Conferência de Cancun, no México (setembro
de 2003), o confronto dividiu os países ricos, de um lado, e os países em desenvolvimento (PVD)
do outro. A grande prioridade destes países é o desmantelamento das subvenções
europeias e americanas à agricultura, acusadas de perturbar o comércio mundial.
As reivindicações dos PVD são lideradas pelo Brasil, Índia e China, três grandes
exportadores de produtos agrícolas e produtos manufaturados a baixo preço e alguns serviços, e
que não têm exatamente os mesmos interesses que os países mais pobres.
Para além da agricultura, os grandes temas em debate no âmbito da OMC são, atualmente, os
seguintes:
Redução dos direitos alfandegários para os produtos industriais - os PVD
pretendem obter um tratamento diferenciado que lhes permita reduzir as suas tarifas a
um ritmo mais lento do que os países ricos.
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11. ATIVIDADES
1. Explique de que modo é que o acordo sobre a liberalização das trocas dos produtos agrícolas
pode tirar 140 milhões de pessoas da pobreza.
Embora represente apenas 10% do comércio mundial, a agricultura tornou-se no tema central das negociações no seio da OMC.
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Os 147 países-membros da OMC conseguiram chegar a um acordo sobre liberaliza ção das trocas de produtos
agrícolas. Este passo desbloqueou o impasse negocial, na organização, desde a ronda de negociações, em
setembro de 2003, em Cancun. Pela primeira vez vão abrir-se negociações que terão como objetivo a supressão,
em data a definir, dos apoios à exportação dos produtos agrícolas dos países ricos do Norte. O Banco Mundial
considera que este avanço pode tirar 140 milhões de pessoas da pobreza.
F0CUS, 251/2004
O comércio justo é uma relação comercial baseada no diálogo, transparência e respeito. Contribui para o
desenvolvimento sustentável, oferecendo melhores condições de comércio tendo em conta os direitos dos
produtores e trabalhadores marginalizados, especialmente do Sul do mundo, O comércio deve ser a solução para
erradicar a pobreza e não a sua causa. O comércio deve assegurar a preservação do planeta em benefício de
todos, O atual regime internacional de comércio aumenta a pobreza e destrói o planeta. Mas, se as regras forem
justas, o comércio pode ser sustentável, enriquecendo produtores e consumidores em lados opostos do mundo.
Há que colocar as pessoas e o ambiente acima do lucro.
Reunidos na Cimeira de Cancun (setembro de 2003), os 146 países da OMC não conseguem reconciliar comércio
justo e desenvolvimento agrícola. As esperanças suscitadas pela Cimeira de Doha em 2001 esfumaram-se. A
Agenda para o Desenvolvimento não se cumpriu, as ajudas e os investimentos prometidos aos PED que cumprem
as regras da OMC regrediram e o desequilíbrio das trocas comerciais agravou-se. O único progresso foi o acordo
que autoriza os países mais afetados pela sida, pela tuberculose e pela malária a adquirirem ou fabricarem
medicamentos genéricos. Mas este acordo, arrancado a ferros após 18 meses de negociações, só confirma a
capacidade dos grandes grupos privados de sobrepor os seus interesses às boas intenções políticas dos governos
e da OMC.
Dar a pobres e ricos as mesmas oportunidades implica não só a abolição de todo o protecionismo, direto ou
indireto, por parte dos mais desenvolvidos, mas uma discriminação positiva a favor dos menos desenvolvidos.
Pela primeira vez em Cancun, os países em desenvolvimento apresentaram contrapropostas e exigiram respostas
concretas, quantificadas e calendarizadas, em matéria de redação dos subsídios à produção e exportações
agrícolas. Mas tudo o que conseguiu o lóbi dos produtores africanos de algodão foi a criação de (mais) uma
missão de mediação da OMC para resolver o diferendo com os EUA e a UE.
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11. ATIVIDADES
1. Identifique os interesses que se opõem à produção livre de medicamentos genéricos de combate à
sida pelos países africanos, quando é em Africa que se regista o maior número de doentes afetados por
aquela doença.
2. Explique de que modo é que a adoção de medidas protecionistas por parte dos países desenvolvidos
pode ser considerada como um impedimento ao desenvolvimento dos países subdesenvolvidos
Fala-se em dumping social quando os baixos preços dos produtos resultam do facto de
no país de onde são originários esses produtos não serem respeitados os direitos dos
trabalhadores ouse recorrer a trabalho infantil.
Fala-se em dumping ambiental quando os baixos preços dos produtos resultam do facto
de no país de origem desses produtos não haver investimentos na qualidade ambiental nem
internalização dos custos ambientais.
Troca desigual
Os termos de troca ou relações entre os preços nacionais e internacionais podem constituir um indicador de
uma especialização favorável ou desfavorável.
A troca desigual é a troca de produtos com forte intensidade de capital (salários e lucros elevados) contra
produtos com fraca intensidade de capital (salários e lucros baixos). Em sentido estrito, refere-se à troca de
mercadorias de países com altos salários contra mercadorias de países com baixos salários.
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11. ATIVIDADES
12. ATIVIDADES
1. Explique o significado da expressão dólares constantes.
Nos primeiros sete meses de 2004, o défice comercial português aumentou 23,3%, para 8174,4 milhões de
euros, influenciado pelo fraco comportamento das trocas dentro da UE.
As exportações cresceram 4,1%, para 17 010,0 milhões de euros, mas foram suplantadas pelo acréscimo de
9,7% das importações, que atingiram os 25 184,4 milhões de euros. A taxa de cobertura das importações pelas
exportações foi de 67,5%, agravando-se 3,6% face ao mesmo período do ano anterior. Os principais parceiros
das importações portuguesas continuam a ser a Espanha, a Alemanha e a França que representam globalmente
69,4% do valor transacionado. Quanto às exportações, os principais destinos foram a Espanha, a França, a
Alemanha e o Reino Unido, com 77,8% do total das exportações.
Público, 2004-10-12
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Podemos definir Integração Económica como sendo um processo que implica medidas
destinadas à abolição de discriminações entre unidades económicas de diferentes Estados,
procurando-se unir vários espaços económicos nacionais num único espaço económico mais
vasto.
Podemos distinguir integração formal (definida formalmente através de acordos escritos
vastos e complexos) ou integração informal (que se limita a grande cooperação comercial entre
os estados).
A Integração Económica tem como objetivo principal o aumento da eficiência na afetação
de recursos pela eliminação de discriminações e de restrições ao livre movimento de mercadoria
e fatores produtivos.
Vantagens:
- Aumento de produção resultantes de fenómenos de especialização, de acordo com a
dotação de cada país;
- Aumentos de produção derivados da exploração de economias de escala;
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Desvantagens:
- Perda de receitas fiscais (devido à perda de taxas aduaneiras)
- Perda de alguma autonomia
Consiste num acordo em que os países membros aceitam abolir entre si todos os direitos
aduaneiros e restrições quantitativas no comércio de mercadorias. Contudo, cada país é livre para
definir as suas pautas e restrições quantitativas em relação aos países membros não membros
(ex.: EFTA).
▪ União Aduaneira;
▪ Mercado Comum
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▪ União Económica
Acrescenta à modalidade anterior uma moeda comum. Exemplo os países da zona euro.
Conceitos fundamentais
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Retendo o essencial
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Exercícios
2. O campo transnacional
Muitos fatores jogam em sinergia, como quase sempre nos problemas mundiais, o que explica a importância,
cada vez maior, dos fluxos transnacionais.
O fenómeno transnacional remonta à vaga de liberalização e aos esforços tenazes do GA TT desde o fim da
Segunda Guerra Mundial para baixar as barreiras tarifárias. Tudo isto contribui para a desvalorização das
fronteiras, inoperantes para o controlo de informações transmitidas por satélite. Permeáveis às informações,
as fronteiras constituem praticamente sempre barreiras à deslocação dos homens à procura de trabalho ou
de melhores condições de vida.
As desregulamentações, nomeadamente no dom(nio financeiro, devem na verdade ser vistas mais como
alterações de regulamentação do que como supressão de todas as regras. O papel do Estado apaga-se
perante os acordos das empresas, que são por vezes arbitrados por instituições internacionais como a OMC.
Olivier Doilfus, A Mundiolização (adaptado)
2.1. Justifique a importância cada vez maior dos fluxos transnacionais.
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4. O Furo 2004 atraiu a Portugal um grande número de estrangeiros. Explique o impacto que
essa vinda de estrangeiros teve na Balança de Pagamentos portuguesa.
5.2. Caracterize cada um dos países representados, no que respeita ao seu comércio externo.
5.3. Suponha que num determinado ano, o país A registou 147 milhões de euros de importações
e 123 milhões de euros de exportações.
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8.
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A Organização Europeia do Têxtil e do Vestuário (Eurotext) revelou que as importações europeias da China,
em 2003, foram 30 vezes superiores às exportações. Segundo dados da Eurotext, naquele ano, os países-
membros da UE importaram 12 mil milhões de euros em têxteis e as exportações ficaram-se pelos 420
milhões de euros. A liberalização total dos mercados de têxteis na Europa, prevista para 1 de janeiro de
2005, faz prever o pior dos cenários para o presidente da Associação Têxtil e Vestuário de Portugal (ATP).
O setor têxtil da UE, mais os 10 novos Estados-membros empregam diretamente 2,7 milhões de pessoas.
Só em Portugal são 200 mil trabalhadores.
Segundo a ATP, a invasão dos produtos chineses no mercado europeu está a ser conseguida através de
práticas de concorrência desleal por parte das autoridades do país mais populoso do mundo. O responsável
da associação têxtil portuguesa garante não estarem a ser cumpridos os acordos estabelecidos aquando da
adesão daquele país à Organização Mundial do Comércio (OMC), em janeiro de 2002. A lista de ilegalidades
inclui práticas de dumping — venda de produtos por preço abaixo do custo —, redução de preços na ordem
dos 75% em dois anos, atrasos no levantamento de mercadorias importadas ou preços de referência destas
elevados. Tarifas altas para produtos importados ou dificuldades nos canais de distribuição completam o rol
das acusações. Para o membro da ATP, não se trata de impor medidas protecionistas, mas de regulamentar
e estabelecer as regras da concorrência legal e perfeita no mercado europeu.
A representante da Câmara de Comércio e Indústria Luso-chinesa admite que a entrada da China na OMC
irá obrigar a uma nova lógica de mercado e será uma faca de dois gumes. Para os que se adaptarem, uma
mão-cheia de oportunidades, para os restantes uma seríissima ameaça. Citando dados do Banco Mundial, a
responsável pela associação luso-chinesa declara que em 2005-2006, as exportações das confeções chinesas
crescerão 375% e a sua quota no mercado mundial será de 47%. Em 1995, o mesmo indicador cifrava-se
em 19,5 pontos percentuais. Apesar das críticas, lembra que metade destas exportações provêm de
multinacionais sediadas em território chinês,
como a Benetton e a Calvin Klein, entre outras.
A China é já hoje o maior comprador de tecnologia têxtil do mundo. E todos concordam que as vantagens
comparativas das firmas europeias terão de residir no design, marcas, canais de distribuição internacionais
e parcerias entre empresários dos vários Estados-membros.
Mas também não faltam oportunidades de negócio no território chinês. Segundo o Banco Mundial, para
alimentar a sua produção de confeções, a China irá tornar-se no maior importador do mundo de tecidos,
com um aumento de 272% e uma quota de mercado de 25 pontos percentuais.
A secretária da Câmara de Comércio preconiza que os empresários portugueses devem encarar seriamente
a entrada no mercado chinês, começando, numa primeira fase, pela exportação direta e apostando depois
no investimento em unidades produtivas ou de retalho. Estima que o mercado para produtos ocidentais
naquele país asiático poderá alcançar 5% a 9% da população, cerca de 64 a 119 milhões de consumidores.
Um autêntico negócio... da China.
Independente, 2004-01-16 (adaptado)
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8.2. Justifique a previsão de um cenário pessimista para a indústria têxtil europeia a partir de
2005.
8.6. Explicite as vantagens comparativas que as firmas europeias de têxtil e vestuário terão de
apresentar no mercado mundial para serem competitivas.
8.7. Apesar das ameaças, o mercado chinês poderá também criar novas oportunidades para as
empresas portuguesas do setor. Explique como.
9.
O comércio internacional é contra o ambiente?
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a) permite conservar os direitos alfandegários como único instrumento protecionista, com exclusão teórica
de todos os outros, como pretende o regulamento da OMC;
b) implica que os direitos alfandegários existentes sejam progressivamente desmantelados. Países que sobre
exploram certos recursos (renováveis ou não renováveis), como é o caso da Indonésia e as suas madeiras,
e que pretendessem limitar essa sobre exploração através de quotas de exportação, a fim de serem eles
próprios a transformar as suas matérias-primas, entram em contradição com este princípio, pois limitariam
a livre-troca através de medidas não tarifárias.
L Abdelmalki e P. Mundier, Économie de I’environnement, Hachette, 1997 (traduzído e adaptado)
9.4. Justifique a posição dos autores do texto, segundo a qual certas regras em matéria de
livre-troca contribuem para a degradação do meio ambiente.
10. Observe a
Balança financeira
Milhões de euros
2010 2011
Débito Crédito Débito Crédito
Balança financeira 667548,9 678487 620066,5 628880,7
Investimento 32646,3 30778,1 25553,7 26350,2
direto
Investimento de 170774,1 173687,3 181967,6 185185,6
carteira
10.3. Recolha junto de instituições financeiras como, por exemplo, o Banco de Portugal,
informações sobre o investimento direto estrangeiro em Portugal. A partir desses dados, tente
ver: Qual a origem do investimento direto estrangeiro? Para que setores de atividade se dirigem
os investimentos diretos estrangeiros?
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Disciplina: Economia
Ano: 3º
Tema: A interdependência das economias
Docente: Luis Rocha
Módulo nº 6 Data:
Grupo I
a) … 1.847 u. m.
b) … 387 u. m.
c) … 2.234 u. m.
d) … 1460 u. m.
a) … o turismo.
b) … os transportes.
c) … as indemnizações.
d) … os direitos de utilização.
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Grupo III
1. Indica e explica quais são os dois indicadores importantes no comércio
externo.
2. Na Betalândia, as contas do comércio externo permitem a divulgação pelo
governo dos seguintes valores:
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Disciplina: Economia
Ano: 3º
Tema: A interdependência das economias
Docente: Luis Rocha
Módulo nº 6 Data: / /2021
Grupo I
“A designação MADE IN é nossa conhecida e aparece em muitos dos bens que
utilizamos no nosso dia-a-dia…”
Grupo III
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Grupo IV
1. Explica o que leva um país mesmo tendo vantagens absolutas na sua produção
a optar pela especialização.
Grupo V
1. Observe os seguintes dados referentes ao país, no ano de 2009.
Unidades monetárias
Rubricas Débito Crédito Saldo
Bal. Trans. Correntes 1.667 2.581 A
Bal. Mercadorias B 587 -208
Bal. Transferências Unilaterais 343 1026 C
Balança Corrente 2100 3500 1400
Balança de Capitais 340 D 27
Bal. Serviços 510 492 182
Bal. Rendimentos E F G
Balança Financeira 220 350 120
Total Balança de Pagamentos H I J
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Grupo VI
O Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio (em inglês, General Agreement on
Tariffs and Trade, GATT), foi estabelecido em 1947, tendo em vista harmonizar as
políticas aduaneiras dos Estados signatários. Está na base da criação da Organização
Mundial do Comércio.
a) Define o GATT.
b) Enumera os seus princípios fundamentais.
c) O que é a Organização Mundial do comércio.
ECONOMIA – 3º ANO
MÓDULO Nº 6
GRUPO I
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Comércio Internacional
106 Euros
2008 2009 2010
Importações 34.491 37.506 43.257
Exportações 22.252 23.026 27.323
Saldos -12.239 -14.480 -15.934
Taxa de Cobertura 64,51 % 61,39% 63,16%
(resposta al 2.2)
2.1 – Calcule os saldos para cada um dos anos. Interpreta o valor obtido para o ano de
2008.
Cotação: 2,25 valores
Ano 2008: O valor das exportações foi inferior ao valor das informações pelo que, neste ano
encontramo-nos numa situação de deficit.
2.2 – Calcule a taxa de cobertura para cada um dos anos. Que conclusões retiras dos
valores.
Cotação: 2,05 valores
Resposta:
Ano 2008: A taxa de cobertura para o ano de 2008 representa em percentagem, o valor das
importações que podemos considerar como pago com o valor das exportações efectuadas, neste
caso 64,51%.
Ano 2009: A taxa de cobertura para o ano de 2009 representa em percentagem, o valor das
importações que podemos considerar como pago com o valor das exportações efectuadas, neste
caso 61,39%.
Ano 2010: A taxa de cobertura para o ano de 2010 representa em percentagem, o valor das
importações que podemos considerar como pago com o valor das exportações efectuadas, neste
caso 63,16%.
4 – Indica duas rubricas que colaboram positivamente para o Saldo da Balança de Transferências
Unilaterais e para o saldo da Balança de Serviços e ainda para o saldo da Balança de Rendimentos.
Cotação: 5 valores
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5 – Explica o que leva um país mesmo tendo vantagens absolutas na sua produção a optar pela
especialização.
Cotação: 2,5 valores
Resposta: Efectivamente, nem sempre se encontra no mercado o bem que carecemos com a
inscrição “Fabricado em Portugal”, ou porque a produção nacional é insuficiente para assegurar
o mercado interno ou porque esse bem nem sequer se produz no nosso país. De facto, os recursos
naturais e humanos encontram-se desigualmente distribuídos pelo Globo, pelo que cada pais
apresenta um conjunto de potencialidades próprias que aconselha a sua especialização em
determinadas actividades produtivas.
6 – Diz o que entendes por taxa de câmbio, e indica qual a sua importância no comércio
internacional.
Cotação: 2,6 valores
Resposta: Para podermos pagar na moeda de cada país, tem de ser possível trocar a nossa
moeda por qualquer uma das outras. Para tal, estabelece-se uma relação de troca entre uma
moeda e todas as outras – é o câmbio. O câmbio, indica portanto, a relação de troca entre
diversas moedas nacionais, permitindo o estabelecimento e desenvolvimento do comércio entre
países.
BOM TRABALHO!
Conclusão
O comércio é a atividade de troca que permite o escoamento dos bens. Esta atividade
pode ser realizada entre agentes nacionais ou entre agentes de vários países. Quando é
realizada dentro de território nacional, por agentes residentes nesse país, designa-se
comércio interno e denomina-se comércio externo quando a atividade de troca é
efetuada entre agentes nacionais e agentes de outros países.
No entanto, é necessário distinguir o conceito de comércio externo com outro
semelhante, o comércio internacional. Enquanto o comércio externo diz respeito à
análise do ponto de vista de um país concreto, ou seja, das relações que se estabelece
com o exterior, o comércio internacional é um conceito genérico que abrange o comércio
praticado entre quaisquer dois ou mais países.
Atualmente, os países procuram eliminar os obstáculos que restringem as suas
transações comerciais, criando laços que conduzam a processos de integração
económica. A integração económica consiste numa união entre os agentes económicos
de países diferentes, pelo qual se vão suprindo os impedimentos à livre troca e
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Bibliografia
CAPUL, jean-Yves e GARNIER, Olivier (1998). Dicionário de Economia e Ciências
Sociais. Lisboa: Plátano Editora.
MANKIW, N. Gregory (2001). Introdução à Economia, tradução da 2ª edição
americana. Rio de Janeiro: Elsevier.
SAMUELSON, Paul A. E NORDHAUS, William D. (1990). Economia. Lisboa: McGraw-Hill.
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