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TRIBUTÁRIOS NAS
SOCIEDADES DE
COOPERATIVAS DE
CRÉDITO
UNIASSELVI-PÓS
Programa de Pós-Graduação EAD
CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI
Rodovia BR 470, Km 71, no 1.040, Bairro Benedito
Cx. P. 191 - 89.130-000 – INDAIAL/SC
Fone Fax: (47) 3281-9000/3281-9090
Equipe Multidisciplinar da
Pós-Graduação EAD: Prof.ª Hiandra B. Götzinger Montibeller
Prof.ª Izilene Conceição Amaro Ewald
Prof.ª Jociane Stolf
Diagramação e Capa:
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
343.066
P391a Pelliser, Lucy Yuriko
Aspectos legais e tributários nas sociedades de coope-
rativas de crédito / Lucy Yuriko Pelliser e Simone de Cassia
Machado Muller. Indaial : Uniasselvi, 2012.
208 p. : il.
ISBN 978-85-7830-531-4
1. Cooperativas - tributos.
I. Centro Universitário Leonardo da Vinci.
Lucy Yuriko Pelliser
APRESENTAÇÃO.......................................................................7
CAPÍTULO 1
Análise e interpretação da Lei 5.764/71 e Legislação
Complementar: Primeira Parte - Capítulos I a IX.................9
CAPÍTULO 2
Análise e Interpretação da Lei 5.764/71 e Legislação
Complementar Parte II...........................................................61
CAPÍTULO 3
O Cooperativismo e o Novo Código Civil Brasileiro......105
CAPÍTULO 4
Legislação Tributária Aplicada às Cooperativas
de Crédito.............................................................................137
CAPÍTULO 5
Legislação Complementar e Resolução
do Banco Central.................................................................173
APRESENTAÇÃO
Caro(a) pós-graduando(a):
2012 foi designado pela ONU (Organização das Nações Unidas) como o
Ano Internacional do Cooperativismo, com o objetivo de incentivar e destacar sua
contribuição para o desenvolvimento socioeconômico e o impacto de suas ações
na redução da pobreza, geração de emprego e integração social, conforme o
Portal do Cooperativismo de Crédito.
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Capítulo 1 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DA LEI 5.764/71 E LEGISLAÇÃO
COMPLEMENTAR: PRIMEIRA PARTE - CAPÍTULOS I A IX
ConteXtualiZação
Iniciamos os estudos desta disciplina apresentando a Lei 5.764/71 que define
a Política Nacional de Cooperativismo. Neste primeiro capítulo vamos apresentar
a primeira parte desta Lei nº 5.764/71 fazendo uma análise e comentários da
mesma. É a Lei 5.764/71 que define a Política Nacional de Cooperativismo,
instituindo o regime jurídico das sociedades cooperativas e que dá outras
providências.
CAPÍTULO I
Da Política Nacional de Cooperativismo
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Aspectos legais e tributários nas sociedades de
cooperativas de crédito
CAPÍTULO II
Das Sociedades Cooperativas
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Capítulo 1 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DA LEI 5.764/71 E LEGISLAÇÃO
COMPLEMENTAR: PRIMEIRA PARTE - CAPÍTULOS I A IX
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Aspectos legais e tributários nas sociedades de
cooperativas de crédito
Atividade de Estudos:
Muito bem. Você pode observar que são muitas as diferenças entre as
Sociedades Empresariais e as Sociedades Cooperativas. No próximo capítulo,
vamos estudar os objetivos a que se propõem as Sociedades Cooperativas e,
ainda, sua classificação. Vamos lá?
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Capítulo 1 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DA LEI 5.764/71 E LEGISLAÇÃO
COMPLEMENTAR: PRIMEIRA PARTE - CAPÍTULOS I A IX
CAPÍTULO III
Do Objetivo e Classificação das Sociedades Cooperativas
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Aspectos legais e tributários nas sociedades de
cooperativas de crédito
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Aspectos legais e tributários nas sociedades de
cooperativas de crédito
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Capítulo 1 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DA LEI 5.764/71 E LEGISLAÇÃO
COMPLEMENTAR: PRIMEIRA PARTE - CAPÍTULOS I A IX
chamado de infração a dever. Esse caso será avaliado mais a frente quando
analisarmos o artigo 49 dessa mesma lei.
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Aspectos legais e tributários nas sociedades de
cooperativas de crédito
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Capítulo 1 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DA LEI 5.764/71 E LEGISLAÇÃO
COMPLEMENTAR: PRIMEIRA PARTE - CAPÍTULOS I A IX
Atividade de Estudos:
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Aspectos legais e tributários nas sociedades de
cooperativas de crédito
CAPÍTULO IV
Da Constituição das Sociedades Cooperativas
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Capítulo 1 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DA LEI 5.764/71 E LEGISLAÇÃO
COMPLEMENTAR: PRIMEIRA PARTE - CAPÍTULOS I A IX
Para facilitar a sua tarefa, reproduzimos abaixo, o artigo 997 do Código Civil
Brasileiro de 2002, citado no texto acima. Ele está inserido no Capítulo I, Da
Sociedade Simples, Seção I Do Contrato Social da referida lei.
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Aspectos legais e tributários nas sociedades de
cooperativas de crédito
II - O arquivamento:
Vemos, então, que numa lei tão recente ocorre ainda a confusão por parte do
Legislador, da Sociedade Cooperativa, de natureza civil e sem fins lucrativos, com
uma sociedade mercantil.
Antes disso, o registro das cooperativas era feito nas Juntas Comerciais ou
nos Registros Públicos de Empresas Mercantis.
b) Da Autorização de Funcionamento
SEÇÃO I
Da Autorização de Funcionamento
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Aspectos legais e tributários nas sociedades de
cooperativas de crédito
Você deve estar questionado porque esses artigos continuam na Lei 5.764/71
se na realidade elas não produzem efeito, certo?
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Capítulo 1 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DA LEI 5.764/71 E LEGISLAÇÃO
COMPLEMENTAR: PRIMEIRA PARTE - CAPÍTULOS I A IX
Atividade de Estudos:
Estamos avançando em nosso conteúdo. Até aqui tudo bem? Temos certeza
de que você já sabe muitas coisas novas sobre as Sociedades Cooperativas.
Agora, vamos ver como é o estatuto social de uma Sociedade Cooperativa, quais
são os livros de escrituração que são obrigatórios e não apenas pela contabilidade.
Você vai conhecer também um item muito importante que é o capital social e que
pode até não ser exigido numa Sociedade cooperativa. Vamos lá?
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Aspectos legais e tributários nas sociedades de
cooperativas de crédito
c) Do Estatuto Social
SEÇÃO II
Do Estatuto Social
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Capítulo 1 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DA LEI 5.764/71 E LEGISLAÇÃO
COMPLEMENTAR: PRIMEIRA PARTE - CAPÍTULOS I A IX
• horários de reunião;
• forma de apresentação e andamento dos trabalhos;
• entre outros.
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Aspectos legais e tributários nas sociedades de
cooperativas de crédito
• competência básica;
• frequência das reuniões;
• forma de dar publicidade aos atos;
• representação causal judicial e extrajudicial;
• entre outros.
Passamos, então, a tratar dos livros que são necessários para que a
cooperativa mantenha seus registros contábeis, administrativos e legais.
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Capítulo 1 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DA LEI 5.764/71 E LEGISLAÇÃO
COMPLEMENTAR: PRIMEIRA PARTE - CAPÍTULOS I A IX
d) Dos Livros
CAPÍTULO V
Dos Livros
I - de Matrícula;
II - de Atas das Assembleias Gerais;
III - de Atas dos Órgãos de Administração;
IV - de Atas do Conselho Fiscal;
V - de presença dos Associados nas Assembleias Gerais;
VI - outros, fiscais e contábeis, obrigatórios.
Esse artigo fala dos livros que a cooperativa deve manter para o seu
funcionamento. Você deve saber que eles são imprescindíveis sob a ótica da
Administração, da Contabilidade e do Direito.
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Aspectos legais e tributários nas sociedades de
cooperativas de crédito
e) Do Capital Social
CAPÍTULO VI
Do Capital Social
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Capítulo 1 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DA LEI 5.764/71 E LEGISLAÇÃO
COMPLEMENTAR: PRIMEIRA PARTE - CAPÍTULOS I A IX
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Aspectos legais e tributários nas sociedades de
cooperativas de crédito
O Código Civil O Código Civil em seu artigo 1094 prevê que as cooperativas
em seu artigo possam ser constituídas sem a exigência de Capital Social. Depois
1094 prevê que disso, a Lei 9.867/99 possibilitou a criação de cooperativas sociais
as cooperativas
como forma de integração social dos cidadãos. Mas mesmo as
possam ser
constituídas sem demais cooperativas podem de fato existir sem que possuam Capital
a exigência de Social. Nesse caso, obrigatoriamente deverão ser constituídas como
Capital Social. sociedades ilimitadas em relação aos administradores e associados.
Concluindo:
Pronto. Agora que tal um pausa para uma atividade de estudos? Nesse
momento você poderá rever alguns conceitos que aprendeu sobre capital.
Atividade de Estudos:
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Capítulo 1 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DA LEI 5.764/71 E LEGISLAÇÃO
COMPLEMENTAR: PRIMEIRA PARTE - CAPÍTULOS I A IX
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Aspectos legais e tributários nas sociedades de
cooperativas de crédito
a) Dos Fundos
CAPÍTULO VII
Dos Fundos
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Capítulo 1 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DA LEI 5.764/71 E LEGISLAÇÃO
COMPLEMENTAR: PRIMEIRA PARTE - CAPÍTULOS I A IX
www.sicoobpr.com.br/download/4398/Minuta_Regulamento_FATE.
pdf
b) Dos Associados
CAPÍTULO VIII
Dos Associados
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Capítulo 1 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DA LEI 5.764/71 E LEGISLAÇÃO
COMPLEMENTAR: PRIMEIRA PARTE - CAPÍTULOS I A IX
Muito bem! Mas você sabia que a Lei 10.406/02 que instituiu o Novo Código
Civil separou as entidades com fins econômicos daquelas sem fins econômicos,
de acordo com a finalidade de buscar para si ou para seus sócios a melhoria
financeira? E, como ficam, as cooperativas amparadas a essa mudança?
É correto afirmar que as cooperativas não têm como finalidade o lucro. Mas
também é certo que as cooperativas buscam o desenvolvimento financeiro de seus
associados e que elas participam da economia fomentando seu desenvolvimento.
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Aspectos legais e tributários nas sociedades de
cooperativas de crédito
Ainda assim, Siqueira (2004, p. 95), concorda que existe uma restrição
lógica à associação: a cooperativa “somente poderia admitir uma pessoa
que desempenhe a atividade objeto da cooperação, sob pena de ser inútil a
associação”.
Dessa forma, o princípio geral das portas abertas que significa que “o sócio
é livre para entrar, permanecer e sair quando lhe convier” (SILVA, 2001, p. 33),
e que para Bulgarelli (1998, p. 20-21) é um “desdobramento do princípio da livre
adesão, dá lugar à utilidade do associado para a associação”, seja:
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Capítulo 1 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DA LEI 5.764/71 E LEGISLAÇÃO
COMPLEMENTAR: PRIMEIRA PARTE - CAPÍTULOS I A IX
Atividade de Estudos:
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Capítulo 1 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DA LEI 5.764/71 E LEGISLAÇÃO
COMPLEMENTAR: PRIMEIRA PARTE - CAPÍTULOS I A IX
Atividade de Estudos:
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Aspectos legais e tributários nas sociedades de
cooperativas de crédito
Vamos ler o que diz a Lei 10.406/02 que estabeleceu o Novo Código Civil, no
Livro I, Das Pessoas, Título I Das Pessoas Naturais, Capítulo I da Personalidade
e da Capacidade:
III - os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua
vontade.
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Capítulo 1 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DA LEI 5.764/71 E LEGISLAÇÃO
COMPLEMENTAR: PRIMEIRA PARTE - CAPÍTULOS I A IX
IV - os pródigos.
II - pelo casamento;
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Aspectos legais e tributários nas sociedades de
cooperativas de crédito
Agora você lerá um texto muito interessante. Ele é importante porque fala da
ética dentro das relações cooperativistas. Boa leitura!
A ÉTICA DA ASSOCIAÇÃO
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Capítulo 1 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DA LEI 5.764/71 E LEGISLAÇÃO
COMPLEMENTAR: PRIMEIRA PARTE - CAPÍTULOS I A IX
CAPÍTULO IX
Dos Órgãos Sociais
SEÇÃO I
Das Assembleias Gerais
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Aspectos legais e tributários nas sociedades de
cooperativas de crédito
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Capítulo 1 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DA LEI 5.764/71 E LEGISLAÇÃO
COMPLEMENTAR: PRIMEIRA PARTE - CAPÍTULOS I A IX
SEÇÃO II
a) relatório da gestão;
b) balanço;
c) demonstrativo das sobras apuradas ou das perdas decorrentes
da insuficiência das contribuições para cobertura das despesas
da sociedade e o parecer do Conselho Fiscal.
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Aspectos legais e tributários nas sociedades de
cooperativas de crédito
SEÇÃO III
Art. 45. A Assembleia
Geral Extraordinária
realizar-se-á sempre Das Assembleias Gerais Extraordinárias
que necessário e
poderá deliberar Art. 45. A Assembleia Geral Extraordinária realizar-se-á sempre
sobre qualquer que necessário e poderá deliberar sobre qualquer assunto de
assunto de interesse interesse da sociedade, desde que mencionado no edital de
da sociedade, desde convocação.
que mencionado
no edital de Art. 46. É da competência exclusiva da Assembleia Geral
convocação. Extraordinária deliberar sobre os seguintes assuntos:
I - reforma do estatuto;
II - fusão, incorporação ou desmembramento;
III - mudança do objeto da sociedade;
IV - dissolução voluntária da sociedade e nomeação de liquidantes;
V - contas do liquidante.
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Capítulo 1 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DA LEI 5.764/71 E LEGISLAÇÃO
COMPLEMENTAR: PRIMEIRA PARTE - CAPÍTULOS I A IX
Atividade de Estudos:
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Aspectos legais e tributários nas sociedades de
cooperativas de crédito
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Competência
Convocação
Quando?
Convocação
Como?
SEÇÃO IV
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Capítulo 1 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DA LEI 5.764/71 E LEGISLAÇÃO
COMPLEMENTAR: PRIMEIRA PARTE - CAPÍTULOS I A IX
Art. 51. São inelegíveis, além das pessoas impedidas por lei, os
condenados a pena que vede, ainda que temporariamente,
o acesso a cargos públicos; ou por crime falimentar, de
prevaricação, peita ou suborno, concussão, peculato, ou contra a
economia popular, a fé pública ou a propriedade.
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Aspectos legais e tributários nas sociedades de
cooperativas de crédito
A cooperativa pode ter uma administração formada tanto por uma Diretoria
quanto por um Conselho de Administração. Em qualquer das situações seus
membros devem ser eleitos pela Assembleia Geral.
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO DE
COOPERATIVAS DE CRÉDITO
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Capítulo 1 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DA LEI 5.764/71 E LEGISLAÇÃO
COMPLEMENTAR: PRIMEIRA PARTE - CAPÍTULOS I A IX
[...]
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Aspectos legais e tributários nas sociedades de
cooperativas de crédito
Que tal? Agora que você já sabe o que faz o Conselho de Administração
dentro de uma cooperativa, vamos olhar quais são as atribuições do Conselho
Fiscal.
e) Do Conselho Fiscal
SEÇÃO V
Do Conselho Fiscal
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Capítulo 1 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DA LEI 5.764/71 E LEGISLAÇÃO
COMPLEMENTAR: PRIMEIRA PARTE - CAPÍTULOS I A IX
Algumas ConsideraçÕes
Chegamos ao final do primeiro capítulo desse Caderno de Estudos. Nessa
primeira parte estudamos desde a conceituação propriamente dita de uma
Sociedade Cooperativa, quais são seus objetivos e classificação; passamos
para a constituição das Sociedades Cooperativas, as formalidades necessárias
para sua legalização e registro, os livros necessários para a manutenção da
contabilidade e atos administrativos. Chegamos, então, ao Capital Social, que
se para as demais sociedades tem um significado mais econômico e a serviço
do lucro, nas cooperativas passa pela existência dos cooperados e de sua
produção.
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Aspectos legais e tributários nas sociedades de
cooperativas de crédito
ReFerÊncias
BRASIL. Casa Civil. Lei nº 8.934, de 18 de novembro de 1994. Dispõe sobre
o Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins e dá outras
providências. Disponível em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8934.
htm>. Acesso em 25 ago. 2011.
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Aspectos legais e tributários nas sociedades de
cooperativas de crédito
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C APÍTULO 2
Análise e Interpretação da Lei
5.764/71 e Legislação Complementar
Parte II
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Capítulo 2 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DA LEI 5.764/71 E LEGISLAÇÃO
COMPLEMENTAR PARTE II
ConteXtualiZação
No capítulo anterior apresentamos a primeira parte da Lei 5.764/71, que
apresenta a Política Nacional de Cooperativismo e institui o regime jurídico das
Sociedades Cooperativas. Neste segundo capítulo, vamos dar continuidade a
apresentação da Lei 5.764/71 e da Lei das Cooperativas.
CAPÍTULO X
Fusão, Incorporação e Desmembramento
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Aspectos legais e tributários nas sociedades de
cooperativas de crédito
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Capítulo 2 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DA LEI 5.764/71 E LEGISLAÇÃO
COMPLEMENTAR PARTE II
Atividade de Estudos:
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Aspectos legais e tributários nas sociedades de
cooperativas de crédito
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b) Da Dissolução e Liquidação
CAPÍTULO XI
Da Dissolução e Liquidação
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Capítulo 2 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DA LEI 5.764/71 E LEGISLAÇÃO
COMPLEMENTAR PARTE II
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Aspectos legais e tributários nas sociedades de
cooperativas de crédito
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Capítulo 2 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DA LEI 5.764/71 E LEGISLAÇÃO
COMPLEMENTAR PARTE II
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Aspectos legais e tributários nas sociedades de
cooperativas de crédito
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Capítulo 2 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DA LEI 5.764/71 E LEGISLAÇÃO
COMPLEMENTAR PARTE II
Atividade de Estudos:
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Aspectos legais e tributários nas sociedades de
cooperativas de crédito
CAPÍTULO XII
Do Sistema Operacional das Cooperativas
SEÇÃO I
Do Ato Cooperativo
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Capítulo 2 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DA LEI 5.764/71 E LEGISLAÇÃO
COMPLEMENTAR PARTE II
SEÇÃO II
Das Distribuições de Despesas
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Aspectos legais e tributários nas sociedades de
cooperativas de crédito
SEÇÃO III
Das Operações da Cooperativa
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Capítulo 2 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DA LEI 5.764/71 E LEGISLAÇÃO
COMPLEMENTAR PARTE II
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Aspectos legais e tributários nas sociedades de
cooperativas de crédito
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Capítulo 2 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DA LEI 5.764/71 E LEGISLAÇÃO
COMPLEMENTAR PARTE II
Para você saber mais sobre esses títulos de crédito, é necessário conhecer o
capítulo II da Lei 1.102/03 que trata de Armazéns Gerais. Abaixo transcrevemos
alguns artigos da referida lei para que você a conheça:
este indicado;
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Capítulo 2 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DA LEI 5.764/71 E LEGISLAÇÃO
COMPLEMENTAR PARTE II
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Aspectos legais e tributários nas sociedades de
cooperativas de crédito
Muito bem. Agora você já sabe um pouco mais a respeito desses dois títulos
de crédito que são bastante utilizados pelas cooperativas, especialmente aquelas
que são agrícolas e que recebem a produção de seus cooperados. Sugerimos
que você acesse o site abaixo em que você pode ler na íntegra o Capítulo II da Lei
1.102 de 21/11/1903.
Indicação de site
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2004/lei/L11076.
htm
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Capítulo 2 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DA LEI 5.764/71 E LEGISLAÇÃO
COMPLEMENTAR PARTE II
A necessidade de fazer remissão à lei deve-se ao fato de que isso torna mais
fácil a aquisição de conhecimento, ficando sempre a necessidade de pesquisar
um pouco mais ou buscar literatura à parte.
Sabemos que isso vai ajudar bastante na construção do seu saber, embora
torne também um pouco cansativo a atividade de estudar.
De acordo com Silva (1989, apud SIQUEIRA, 2004, p. 153) “produto é toda
utilidade que se pode extrair das coisas, sendo a produção correspondente ao
resultado obtido pela ação de produzir algo que tenha utilidade para o homem”.
O artigo 83, por sua vez, apenas confirma o equilíbrio das relações do sistema
cooperativo, ou seja, o correto tratamento estatutário da produção do cooperado.
Você notou que a lei que dispõe sobre o Warrant e conhecimento de depósitos
são do começo do século XX. E, apesar de antiga, ela continua regulando as
relações entre as pessoas e os armazéns gerais e no caso as cooperativas.
Atividade de Estudos:
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Aspectos legais e tributários nas sociedades de
cooperativas de crédito
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Esperamos que com esse exercício você tenha fixado os conceitos principais
de Warrant. Assim, concluímos mais uma parte do nosso capítulo e, vamos seguir
adiante.
f) Dos Prejuízos
SEÇÃO IV
Dos Prejuízos
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Aspectos legais e tributários nas sociedades de
cooperativas de crédito
a) Do Sistema Trabalhista
SEÇÃO V
Do Sistema Trabalhista
Art. 90. Qualquer que seja o tipo de cooperativa, não existe vínculo
empregatício entre ela e seus associados.
A lei deixa bastante claro que a relação de cooperação não gera direitos
trabalhistas.
Não se trata apenas da Lei das Cooperativas, mas, a própria Lei Trabalhista
no parágrafo único do seu artigo 442 traz essa disciplina consolidada.
Muito bem. Mais um passo foi dado e ainda há muito pela frente. Sobre
Prejuízos e sobre o Sistema Trabalhista, ficou tudo esclarecido? Os artigos são
bem claros e explicativos. Vejamos o que nos espera nos próximos artigos.
Pronto? Então, sigamos em frente.
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Capítulo 2 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DA LEI 5.764/71 E LEGISLAÇÃO
COMPLEMENTAR PARTE II
a) Da Fiscalização e Controle
CAPÍTULO XIII
Da Fiscalização e Controle
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Aspectos legais e tributários nas sociedades de
cooperativas de crédito
Esperamos que este assunto esteja bem esclarecido. Em todo caso, retorne
à seção mencionada caso você precise relembrar do assunto, certo?
CAPÍTULO XIV
Do Conselho Nacional de Cooperativismo
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Aspectos legais e tributários nas sociedades de
cooperativas de crédito
I - presidir as reuniões;
II - convocar as reuniões extraordinárias;
III - proferir o voto de qualidade.
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Capítulo 2 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DA LEI 5.764/71 E LEGISLAÇÃO
COMPLEMENTAR PARTE II
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Aspectos legais e tributários nas sociedades de
cooperativas de crédito
CAPÍTULO XV
Dos Órgãos Governamentais
Esses dois artigos também perdem sua eficácia diante da ordem imposta
pela redação da Nova Constituição Federal.
• cooperativas de habitação;
• cooperativas médicas (planos de saúde);
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Capítulo 2 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DA LEI 5.764/71 E LEGISLAÇÃO
COMPLEMENTAR PARTE II
CAPÍTULO XVI
Da Representação do Sistema Cooperativista
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Aspectos legais e tributários nas sociedades de
cooperativas de crédito
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Capítulo 2 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DA LEI 5.764/71 E LEGISLAÇÃO
COMPLEMENTAR PARTE II
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Aspectos legais e tributários nas sociedades de
cooperativas de crédito
É de competência da OCB:
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Capítulo 2 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DA LEI 5.764/71 E LEGISLAÇÃO
COMPLEMENTAR PARTE II
CAPÍTULO XVII
Dos Estímulos Creditícios
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Aspectos legais e tributários nas sociedades de
cooperativas de crédito
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Capítulo 2 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DA LEI 5.764/71 E LEGISLAÇÃO
COMPLEMENTAR PARTE II
Muito interessante não é mesmo? Você pode acessar o site, que está nas
referências para saber quais são as atividades que estão sendo desenvolvidas
pelo SESCOOP.
CAPÍTULO XVIII
Das Disposições Gerais e Transitórias
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Aspectos legais e tributários nas sociedades de
cooperativas de crédito
Art. 116. A presente Lei não altera o disposto nos sistemas próprios
instituídos para as cooperativas de habitação e cooperativas de
crédito, aplicando-se ainda, no que couber, o regime instituído
para essas últimas às seções de crédito das agrícolas mistas.
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Capítulo 2 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DA LEI 5.764/71 E LEGISLAÇÃO
COMPLEMENTAR PARTE II
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Aspectos legais e tributários nas sociedades de
cooperativas de crédito
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Capítulo 2 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DA LEI 5.764/71 E LEGISLAÇÃO
COMPLEMENTAR PARTE II
Algumas ConsideraçÕes
Chegamos ao final desse segundo capítulo sobre a Lei 5.764/71.
Nosso objetivo foi apresentar a Lei 5.764/71 que definiu a Política Nacional do
Cooperativismo, instituindo seu regime jurídico entre outros, fazendo comentários
pertinentes que aprofundassem a sua compreensão.
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Aspectos legais e tributários nas sociedades de
cooperativas de crédito
Dessa forma, esperamos contribuir para sua prática diária de suas atividades
de gestão de cooperativa.
ReFerÊncias
BRASIL. Casa Civil. Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Institui o Código
Civil. Disponível em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/L10406.htm>.
Acesso em 25 ago. 2011.
102
Capítulo 2 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DA LEI 5.764/71 E LEGISLAÇÃO
COMPLEMENTAR PARTE II
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Aspectos legais e tributários nas sociedades de
cooperativas de crédito
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C APÍTULO 3
O Cooperativismo e o Novo Código
Civil Brasileiro
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Capítulo 3 O COOPERATIVISMO E O NOVO CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO
ConteXtualiZação
Você já sabe que o Novo Código Civil de 2002 (Lei nº. 10.406 de 10 de
janeiro de 2002) trouxe muitos debates à sociedade brasileira como um todo. Não
poderia ser diferente para o meio cooperativista, uma vez que o Novo Código
contemplou diversos artigos sobre o Cooperativismo, tais como, os artigos 1093
a 1096 e também foram mencionadas, as Sociedades Cooperativas, nos artigos
982, 983 e 1159 da citada lei.
Esse capítulo vai contribuir para que você possa compreender melhor o
impacto que o Novo Código Civil trouxe para a legislação cooperativa e suas
consequências.
Para começar, vamos dar uma olhada nos principais pontos que foram
alterados pelo Novo Código Civil e, que de alguma forma, podem interferir na
aplicação ou interpretação das leis e que consideramos importantes para as
Sociedades Cooperativas.
107
Aspectos legais e tributários nas sociedades de
cooperativas de crédito
Atividade de Estudos:
Vamos ver agora que o tratamento dispensado pelo Novo Código Civil às
Sociedades Cooperativas foi diferente do tratamento dispensado às Sociedades
Anônimas.
Quais foram as principais mudanças, então, que podem ser verificadas entre
a Lei nº 5.764/71 e o Novo Código Civil? Para tanto vejamos o que diz Krueger
(2004, p 20-21):
108
Capítulo 3 O COOPERATIVISMO E O NOVO CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO
Agora vamos abordar cada uma dessas alterações para que você possa
conhecer as novas condições que o Novo Código Civil inseriu na prática do
Cooperativismo.
109
Aspectos legais e tributários nas sociedades de
cooperativas de crédito
Cremos que o autor quis dizer com isso, que apesar de serem juristas
renomados e conhecedores do Direito e da Legislação, não tinham uma vivência
prática dentro do meio cooperativista.
É preciso notar que a dispensa do Capital Social é uma das inovações que
o Novo Código Civil apresenta e, ainda que tenha preservado sua variabilidade,
possibilita a dispensa do Capital Social (CAMPOS, 2003 p. 42). Além disso, é
preciso observar que talvez essa seja a maneira encontrada para estabelecer a
diferença fundamental entre a Sociedade Cooperativa e a Sociedade Mercantil.
110
Capítulo 3 O COOPERATIVISMO E O NOVO CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO
E o Código Civil vai adiante a seu parágrafo único do artigo 983, que diz:
Atividade de Estudos:
111
Aspectos legais e tributários nas sociedades de
cooperativas de crédito
Note que nesses casos as tarifas desses serviços que são pagas pelos
cooperados são a fonte de manutenção e de pequenos investimentos da
cooperativa, dispensando-se a exigência do Capital Social. Nesse caso supõe-
se que todos os investimentos para as estruturas física, funcional e operacional
da cooperativa serão obtidas por meio de rateio desses entre seus cooperados.
Além disso, é preciso que esses fatos estejam previstos no Estatuto Social dessa
cooperativa.
112
Capítulo 3 O COOPERATIVISMO E O NOVO CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO
• de crédito;
• de consumo;
• de produção;
• daquelas que são fornecedoras de insumos e sementes destinadas às
atividades agropecuárias e outros tipos de atividade ou profissões;
• das que se dedicam à industrialização e comercialização da produção dos
associados, entre outras.
Vamos nos deter um pouco mais no caso das Cooperativas de Crédito, tendo
em vista que esse é o ramo que mais interessa a você.
113
Aspectos legais e tributários nas sociedades de
cooperativas de crédito
O que diz o Novo Código Civil em seu Artigo 1.094 Inciso I: uma
das características das sociedades cooperativas é a variabilidade ou
dispensa do capital social.
114
Capítulo 3 O COOPERATIVISMO E O NOVO CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO
Atividade de Estudos:
Agora vamos falar de mais um dos itens da Lei nº 5.764/71 que O princípio de Portas
sofreu alterações com o advento do Novo Código Civil brasileiro. Abertas nada mais
é que a adesão
voluntária e livre
a uma Sociedade
O princípio de Portas Abertas Cooperativa.
Ele é um dos
sete princípios
O princípio de Portas Abertas nada mais é que a adesão
de identidade
voluntária e livre a uma Sociedade Cooperativa. Ele é um dos conhecidos no
sete princípios de identidade conhecidos no Sistema Cooperativo Sistema Cooperativo
Internacional. Saiba também que o princípio de Portas Abertas foi Internacional.
reconhecido pela Aliança Cooperativista Internacional em 1995 e pela Saiba também
Recomendação da Organização Internacional do Trabalho em 2002, que o princípio
de Portas Abertas
segundo Krueger (2002).
foi reconhecido
pela Aliança
Esse princípio já estava contemplado na Lei nº 5.764/71 em seus Cooperativista
artigos 4º, incisos I e IX e artigo 29, e, no entanto o Novo Código Civil Internacional
não faz menção a esse, que é considerado um princípio de Liberdade em 1995 e pela
Individual. Krueger (2002, p.133) fala amplamente sobre a Liberdade Recomendação
da Organização
Social citando desde o Direito Germânico à Carta da Terra chegando à
Internacional do
Declaração Universal dos Direitos Humanos. Ela considera a liberdade Trabalho em 2002,
como catalisador do desenvolvimento das Sociedades Humanas. segundo Krueger
(2002).
115
Aspectos legais e tributários nas sociedades de
cooperativas de crédito
Atividade de Estudos:
116
Capítulo 3 O COOPERATIVISMO E O NOVO CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO
AáreadeAçãoeAdmissãodosAssociados
nas Sociedades Cooperativas
Já vimos que as Sociedades Cooperativas estão regulamentas no Novo
Código Civil pelos Artigos 1.093 a 1.096. Vamos ler o artigo 1.094 que descreve
as características da Sociedade Cooperativa:
No entanto, veja o que o artigo 4º. da Lei nº 5.764/71, a Lei das Cooperativas diz:
117
Aspectos legais e tributários nas sociedades de
cooperativas de crédito
118
Capítulo 3 O COOPERATIVISMO E O NOVO CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO
Atividade de Estudos:
119
Aspectos legais e tributários nas sociedades de
cooperativas de crédito
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
[...]
120
Capítulo 3 O COOPERATIVISMO E O NOVO CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO
Você pode ver que na maioria das vezes a falta de clareza do Código Civil,
na regulamentação das normas pertinentes ao Cooperativismo, faz com que a Lei
das Cooperativas continue sendo aquela que comanda as ações nas Sociedades
Cooperativas.
121
Aspectos legais e tributários nas sociedades de
cooperativas de crédito
Vamos continuar com mais uma questão divergente entre a Lei das
Cooperativas e o Novo Código Civil que é a indivisibilidade do FATES (Fundo de
Assistência Técnica, Educacional e Social).
DaindivisibilidadedoFundodeAssistÊncia
Técnica, Educacional e Social
A indivisibilidade do FATES – Fundo de Assistência Técnica, Educacional e
Social está prevista no parágrafo VIII do artigo 4º. da Lei nº 5.764/71, como também
regulamentam a criação do Fundo de Reserva. Os principais questionamentos
levantados por diversos juristas são consequência da omissão da destinação do
FATES no Novo Código Civil. Ele dá destinação ao Fundo de Reserva, mas omite-
se com relação à destinação dos recursos do FATES.
O Novo Código Civil não menciona qual seria o destino dado a esse fundo
que pela lei é indivisível.
122
Capítulo 3 O COOPERATIVISMO E O NOVO CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO
Parece complicado? Nem tanto. A omissão causada pela lei acaba suscitando
diversos entendimentos quanto à destinação do FATES.
123
Aspectos legais e tributários nas sociedades de
cooperativas de crédito
Atividade de Estudos:
Muito bem! Estamos quase chegando ao final desse capítulo e ainda temos
muito trabalho pela frente. Dando continuidade vamos abordar agora os Limites
para Subscrição do Capital Social pelos associados das cooperativas e também
sobre o critério de proporcionalidade.
O Capital Social tem diversas funções que são abordadas por Miranda (1989
apud KRUEGER, 2002, p. 202-207):
124
Capítulo 3 O COOPERATIVISMO E O NOVO CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO
125
Aspectos legais e tributários nas sociedades de
cooperativas de crédito
Atividade de Estudos:
126
Capítulo 3 O COOPERATIVISMO E O NOVO CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO
Agora que tal ler o que diz o inciso III, do artigo 1.094 da Lei nº 10.406/2002,
o Novo Código Civil:
Qual é o impacto que o Código Civil causou com essa alteração? Entendem
os juristas que o Novo Código Civil revogou o inciso do artigo 4º. da Lei nº
5.764/71. Para Krueger (2002, p. 206) poderia haver a coexistência de ambos os
dispositivos, uma vez que o princípio da proporcionalidade não torna inviável que
haja um limite para a integralização que cada sócio possa fazer. A Assembleia Geral
pode deliberar
Em contrapartida o Novo Código Civil dispõe com clareza pela distribuição
sobre a distribuição dos resultados de forma proporcional ao valor dos resultados aos
das operações efetuadas pelos sócios, que constitui o princípio do associados, ou
retorno. A Assembleia Geral pode deliberar pela distribuição dos podem destinar esse
resultado para um
resultados aos associados, ou podem destinar esse resultado para
fundo específico
um fundo específico de acordo com a decisão da maioria. Podem de acordo com a
ainda, os cooperados deliberar pela integralização desse valor ao decisão da maioria.
Capital Social, que pelo mesmo princípio do retorno será proporcional Podem ainda, os
ao movimento de cada cooperado. cooperados deliberar
pela integralização
Se esse princípio pode ser utilizado para regulamentar à desse valor ao
Capital Social,
finalidade dos resultados, utilizando o critério da proporcionalidade,
que pelo mesmo
entende Krueger (2002, p. 207), que: princípio do retorno
será proporcional ao
[...] poderá sê-lo também na subscrição inicial das movimento de cada
quotas pelo cooperado em relação ao movimento cooperado.
financeiro do cooperado ou ao quantitativo
dos produtos a serem comercializados, beneficiados ou
transformados, ou ainda, em relação à área cultivada ou ao
número de plantas e animais em exploração, vale dizer,
em harmonia com a produção cooperativa experimentada
ou esperada no momento da adesão à sociedade, em
conformidade com as regras estatutárias.
Ainda com relação ao Capital Social, existe uma limitação para a sua
subscrição. A lei prevê, que:
O inciso III do artigo 1.094 do Código Civil fala sobre a limitação sem fixar um
número absoluto ou percentual. Observando-se ainda a ressalva que faz a Lei nº
5.764/71 no inciso III do artigo 4º. (facultado o critério da proporcionalidade...).
128
Capítulo 3 O COOPERATIVISMO E O NOVO CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO
Fica a dúvida se nesse caso é aplicado esse limite de 1/3 em relação ao total
das cotas-partes.
Ainda para ele, deve-se levar em conta muito mais a contribuição pessoal
do que a patrimonial, sendo que a proporcionalidade feita “através de critérios
equânimes, visando evitar a concentração de excesso de capital em um só
cooperado”.
Atividade de Estudos:
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
A Responsabilidade Social
Subsidiária dos Sócios das
Cooperativas
Para começar a falar da mudança, vamos diretamente à Legislação para que
você possa comparar a mudança.
130
Capítulo 3 O COOPERATIVISMO E O NOVO CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO
131
Aspectos legais e tributários nas sociedades de
cooperativas de crédito
Para Krueger (2002, p.167) essa mudança deve criar dúvidas no caso dessa
responsabilidade relativa aos associados ou cooperados ser exigida judicialmente.
alterações que forem introduzidas serão mais adequadas para reger essa forma
tão especial de sociedade que são as cooperativas.
Atividade de Estudos:
Algumas ConsideraçÕes
Chegamos ao final desse capítulo que trata das alterações e implicações do
Novo Código Civil (Lei 10.406/2002) na Lei nº 5.664/71, mais conhecida como Lei
do Cooperativismo.
Podemos dizer que o maior objetivo desse capítulo foi apresentar algumas
questões polêmicas e que em alguns momentos não chegam a um veredicto ou
consenso.
133
Aspectos legais e tributários nas sociedades de
cooperativas de crédito
134
Capítulo 3 O COOPERATIVISMO E O NOVO CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO
ReFerÊncias
BRASIL. Lei nº 10.406 de 01 de janeiro de 2002. Institui o Código Civil.
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/L10406.htm>.
Acesso em: 5 ago. 2011.
135
Aspectos legais e tributários nas sociedades de
cooperativas de crédito
136
C APÍTULO 4
Legislação Tributária Aplicada às
Cooperativas de Crédito
138
Capítulo 4 LEGISLAÇÃOTRIBUTÁRIAAPLICADAÀSCOOPERATIVASDECRÉDITO
ConteXtualiZação
O capítulo “Legislação Tributária Aplicada à Cooperativa de Crédito” tem a
intenção de apresentar alguns conceitos sobre esse tema que é tão importante
na existência e manutenção das Sociedades Cooperativas. E embora exista
uma deficiência na literatura sobre Cooperativismo de forma geral, em especial
sobre Legislação Tributária, alguns autores como Becho (1997), Loredo de Souza
e Meinen (2010) e Grupenmacher, coordenadora (2001) tratam de fazê-lo de
maneira que o assunto seja extensamente debatido e explorado.
Pronto para começar? Vamos tratar em primeiro lugar das E, assim sendo
generalidades dos aspectos tributários nas Sociedades Cooperativas ela (a Sociedade
como um todo. Você já sabe que uma Sociedade Cooperativa é uma Cooperativa)
sociedade de pessoas. Sua forma e natureza jurídica são distintas das não tem receita
demais sociedades e não estão sujeitas à falência. São constituídas ou rendimentos,
pois a Sociedade
para prestar serviços aos seus associados e não têm o objetivo de
Cooperativa é
gerar lucros. E, assim sendo ela (a Sociedade Cooperativa) não tem tão somente uma
receita ou rendimentos, pois a Sociedade Cooperativa é tão somente entidade auxiliar do
uma entidade auxiliar do cooperado para que ele consiga atingir seus cooperado para que
objetivos. Desse resultado apenas os valores referentes às despesas ele consiga atingir
e aos fundos regulamentados por lei são retidos pela cooperativa. seus objetivos.
Logo, quem possui receita é o cooperado. Alguns juristas entendem
que a cooperativa não deva sofrer tributação, mas sim o cooperado, já que é ele
que no final das contas obtém um faturamento. Você vai ver que na prática não é
bem assim.
139
Aspectos legais e tributários nas sociedades de
cooperativas de crédito
140
Capítulo 4 LEGISLAÇÃOTRIBUTÁRIAAPLICADAÀSCOOPERATIVASDECRÉDITO
Fonte: As autoras.
141
Aspectos legais e tributários nas sociedades de
cooperativas de crédito
142
Capítulo 4 LEGISLAÇÃOTRIBUTÁRIAAPLICADAÀSCOOPERATIVASDECRÉDITO
CSLL Percentuais aplicados sobre a receita bruta mensal (de acordo com a
atividade 12% ou 32%) para fins de determinação da base de cálculo,
levando-se em consideração as adições. Sobre a base de cálculo
aplica-se a alíquota de 9%.
PIS 0,65% sobre o faturamento mensal.
COFINS 3% sobre o faturamento mensal.
IR-Fonte Aplicações Finan- Sim.
ceiras
Fonte: As autoras.
Vedado o ingresso no regime do Simples Nacional das Sociedades Cooperativas, com exceção das
Sociedades Cooperativas de consumo, observadas as demais condições para ingresso no regime (LC
123/06, alterada pela LC 127/07).
Fonte: As autoras.
Atividade de Estudos:
143
Aspectos legais e tributários nas sociedades de
cooperativas de crédito
144
Capítulo 4 LEGISLAÇÃOTRIBUTÁRIAAPLICADAÀSCOOPERATIVASDECRÉDITO
Para que você tenha ideia da complexidade que envolve o Ato Cooperativo,
que tal a leitura atenta da resposta dada pelo Procurador do Estado, José Antonio
Peres Gediel, no I Simpósio Brasileiro sobre a Tributação de Cooperativas,
realizado em Curitiba, no Paraná e publicado por Grupenmacher organizadora
(2001, p. 95):
145
Aspectos legais e tributários nas sociedades de
cooperativas de crédito
Você pode ver que embora com palavras diferentes, todos os conceitos
guardam exatamente os preceitos da Lei.
146
Capítulo 4 LEGISLAÇÃOTRIBUTÁRIAAPLICADAÀSCOOPERATIVASDECRÉDITO
Embora a lei seja bastante clara saiba que existem inúmeros recursos que
são interpostos à Justiça para requerer a isenção de tributos diversos a operações
que sendo Atos Cooperativos, muitas vezes não são assim entendidas pelo Órgão
Fazendário.
147
Aspectos legais e tributários nas sociedades de
cooperativas de crédito
3. Agravo desprovido.
148
Capítulo 4 LEGISLAÇÃOTRIBUTÁRIAAPLICADAÀSCOOPERATIVASDECRÉDITO
149
Aspectos legais e tributários nas sociedades de
cooperativas de crédito
Agora, vamos ver outra definição para o Ato Não Cooperativo, por Lima
(1993 apud GRUPENMACHER, 2001, p. 125), no I Simpósio Brasileiro sobre a
Tributação de Cooperativas:
151
Aspectos legais e tributários nas sociedades de
cooperativas de crédito
Muito mais simples definir Ato Não Cooperativo, não é mesmo? Isso porque é
o Ato Cooperativo que vai ficar isento de tributação e, por isso, é que ele tem que
ser muito bem entendido e claro do ponto de vista jurídico. Você viu que embora
a lei pareça estabelecer claramente o Ato Cooperativo, ainda assim, muitos
recursos são levados ao Tribunal de Justiça em suas várias instâncias para que
haja um entendimento jurídico claro sobre o fato.
152
Capítulo 4 LEGISLAÇÃOTRIBUTÁRIAAPLICADAÀSCOOPERATIVASDECRÉDITO
O Ato Meio não é tributado, uma vez que, a cooperativa faz a aplicação em
nome dos seus associados e como estes já tem o rendimento tributado, o que
caracterizaria dupla tributação.
O que o autor defende é que os atos mistos devem ter o mesmo tratamento
do Ato Cooperativo, após a tributação parte dessa receita deve ser destinada aos
fundos legais e aos fundos constituídos pela cooperativa e o que sobrar deve ser
distribuído aos sócios, quer integralizando o capital ou em espécie.
153
Aspectos legais e tributários nas sociedades de
cooperativas de crédito
Loredo de Souza (2010) defende ainda que o Ato Não Cooperativo decorreria
apenas se entre cooperativa e seguradora fosse efetuado um contrato em que
aquela receberia um valor fixo pelo recebimento dos boletos, independente de
quem efetuasse o pagamento ou do volume de boletos recebidos. Por isso ele
julga importante que a cooperativa retenha o valor da parcela que lhe cabe nessa
operação, o que caracteriza que é o associado que está pagando o seu serviço.
Voltamos, então, para complementar essa parte do capítulo que fala dos
Atos Cooperativos e Não Cooperativos, com alguns exemplos dos mesmos, tendo
como base as ideias de Polonio (1999).
154
Capítulo 4 LEGISLAÇÃOTRIBUTÁRIAAPLICADAÀSCOOPERATIVASDECRÉDITO
• Aplicações financeiras
155
Aspectos legais e tributários nas sociedades de
cooperativas de crédito
financeiro, são consideradas como Ato Cooperativo. Até porque essa aplicação
é feita em nome dos cooperados e não beneficia diretamente a sociedade
Cooperativa.
Atividade de Estudos:
156
Capítulo 4 LEGISLAÇÃOTRIBUTÁRIAAPLICADAÀSCOOPERATIVASDECRÉDITO
157
Aspectos legais e tributários nas sociedades de
cooperativas de crédito
Becho (1999), por exemplo, enfatiza que a lei preconiza essa adequação
ao tratamento tributário das cooperativas como se houvesse um “inadequado
158
Capítulo 4 LEGISLAÇÃOTRIBUTÁRIAAPLICADAÀSCOOPERATIVASDECRÉDITO
Enquanto não houver uma Lei Complementar que institua critérios para
essa adequação, devem os Legisladores tanto nas esferas Federal, Estadual e
Municipal observar o que preconiza a Constituição Federal sobre o Adequado
Tratamento Tributário ao Ato Cooperativo, no entender de Loredo de Souza (2010,
p. 81).
159
Aspectos legais e tributários nas sociedades de
cooperativas de crédito
Conclui o autor, que enquanto não houver uma Lei Complementar que
venha tratar exclusivamente da tributação das Sociedades Cooperativas, deverá
ser obedecida a Lei nº 5.764/71, ou seja, que o Ato Cooperativo não deve ser
tributado em nenhuma forma.
Atividade de Estudos:
Como você pode ver, esse é mais um tema que apresenta uma complexidade
e abrangência amplas. Deste modo, seria impossível abordarmos todos os
tributos a que estão sujeitas as Sociedades Cooperativas. Há livros inteiros
sobre o assunto e seria impraticável abordar um tema tão complexo em apenas
um capítulo. Pretendemos assim, discorrer sobre alguns temas que julgamos
importantes, lembrando sempre que é preciso consultar as normas e a legislação
em vigor, sempre que for necessário.
160
Capítulo 4 LEGISLAÇÃOTRIBUTÁRIAAPLICADAÀSCOOPERATIVASDECRÉDITO
161
Aspectos legais e tributários nas sociedades de
cooperativas de crédito
162
Capítulo 4 LEGISLAÇÃOTRIBUTÁRIAAPLICADAÀSCOOPERATIVASDECRÉDITO
Além disso, a combinação do artigo 111 com os demais preceitos que o autor
reproduziu sobre a tributação, até aqui, ele esclarece ainda os seguintes pontos:
As aplicações
• nenhum desses artigos traz referência que o Ato Cooperativo financeiras dos
está fora da incidência tributária. O tratamento diferenciado associados das
ocorre em função do resultado coletivo que a cooperativa traz, Cooperativas de
dando tratamento de isonomia de que trata o art. 150, II, da Crédito estão
sujeitas ao Imposto
Constituição Federal que versa que entre pessoas equivalentes
de Renda, pois
não pode haver distinção. E, é por isso que as aplicações recebem o mesmo
financeiras dos associados das Cooperativas de Crédito tratamento dos
estão sujeitas ao Imposto de Renda, pois recebem o mesmo clientes de outras
tratamento dos clientes de outras Instituições Financeiras. Instituições
Financeiras.
Súmula 262
Órgão Julgador
S1 - PRIMEIRA SEÇÃO
Data do Julgamento
163
Aspectos legais e tributários nas sociedades de
cooperativas de crédito
24/04/2002
Data da Publicação/Fonte
DJ 07/05/2002 p. 204
RSSTJ vol. 20 p. 63
RSTJ vol. 155 p. 311
RT vol. 800 p. 214
Enunciado:
Incide o imposto de renda sobre o resultado das aplicações
financeiras realizadas pelas cooperativas.
Referência Legislativa
LEG: FED LEI: 005764 ANO: 1971
ART: 00079 ART: 00085 ART: 00086 ART: 00087 ART: 00088
ART: 00111
LEG: FED LEI: 007450 ANO: 1985
ART: 00034
O autor deixa ainda bem claro que essa tributação incide sobre o resultado
líquido final apurado (deduzidas as despesas correlacionadas ou aplicadas
proporcionalmente) e não simplesmente a receita atribuída pelo agente financeiro.
Todos esses preceitos são muito justos, você concorda? Terminamos assim,
de examinar quais são os normativos da Lei nº 5.764/71 e demais normas que
regulamentam a tributação dos Atos Cooperativos, especialmente no caso das
Cooperativas de Crédito. Desse modo, fica mais fácil você compreender e se
situar do que ocorre dentro do seu ambiente de trabalho.
Atividade de Estudos:
165
Aspectos legais e tributários nas sociedades de
cooperativas de crédito
Exemplificando:
166
Capítulo 4 LEGISLAÇÃOTRIBUTÁRIAAPLICADAÀSCOOPERATIVASDECRÉDITO
167
Aspectos legais e tributários nas sociedades de
cooperativas de crédito
https://www3.bcb.gov.br/normativo/
168
Capítulo 4 LEGISLAÇÃOTRIBUTÁRIAAPLICADAÀSCOOPERATIVASDECRÉDITO
Com isso chegamos ao final desse capítulo. São muitas informações não
é mesmo? Queremos, então, propor alguns exercícios, pois assim, você pode
fixar melhor os conteúdos apresentados, enquanto relê o texto e escreve seus
comentários.
Atividade de Estudos:
169
Aspectos legais e tributários nas sociedades de
cooperativas de crédito
Algumas ConsideraçÕes
Chegamos ao final desse capítulo e esperamos ter esclarecido suas
dúvidas da melhor maneira possível. Sabemos que a Tributação das Sociedades
Cooperativas é um tema complexo e que exigiu de você muita atenção.
Apresentamos primeiramente alguns aspectos da Tributação das Cooperativas
de forma Geral para depois falar de forma específica sobre as Cooperativas de
Crédito. Não esgotamos de forma nenhuma todos os aspectos que envolvem a
Legislação Tributária das Cooperativas de Crédito. Poderíamos dispender para
isso de muitos capítulos, visto que é um assunto que tem seus defensores e está
sempre em pauta, quer pelo fisco ou pela própria cooperativa e seu entorno.
170
Capítulo 4 LEGISLAÇÃOTRIBUTÁRIAAPLICADAÀSCOOPERATIVASDECRÉDITO
uma visão bem específica, já que o objetivo principal de seus estudos eram
as Cooperativas de Crédito. Não poderíamos ter feito diferente, porque nosso
objetivo é tornar a teoria mais próxima da sua vivência profissional.
Buscamos também uma abordagem que a própria Lei das Cooperativas faz a
respeito da tributação a que devem se submeter às Sociedades Cooperativas de
Crédito. Afinal, é essa lei que dá vida às cooperativas, e embora o próprio Código
Civil em sua nova versão tenha feito algumas alterações, há o entendimento
de que a própria Lei Cooperativa contém os normativos que regulamentam a
tributação das mesmas.
ReFerÊncias
BECHO, Renato Lopes. Tributação das Cooperativas. São Paulo: Dialética,
1997.
171
Aspectos legais e tributários nas sociedades de
cooperativas de crédito
172
C APÍTULO 5
Legislação Complementar e
Resolução do Banco Central
174
Capítulo 5 LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR E RESOLUÇÃO DO BANCO CENTRAL
ConteXtualiZação
A promulgação da Lei Complementar nº 130/09 trouxe ao Cooperativismo de
Crédito um avanço de grandes proporções ao setor.
Vamos começar pela análise de alguns aspectos sobre o estudo das leis
para que você compreenda por que a Lei nº 5.764/71 continua em vigor naquilo
que não coincidir com a nova lei.
175
Aspectos legais e tributários nas sociedades de
cooperativas de crédito
176
Capítulo 5 LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR E RESOLUÇÃO DO BANCO CENTRAL
Vimos também que é muito importante analisar uma lei em toda a sua
extensão, não se prendendo apenas a um ou outro artigo para que não se tenha
uma compreensão equivocada da mesma. E que cabe aos legisladores, juristas
e juízes encarregados de analisar as contendas judiciais, usar a hermenêutica
no sentido de dar à lei o sentido mais próximo da realidade em que ela esteja
inserida e não usar apenas a interpretação literal ou gramatical da mesma.
Vamos fazer um breve exercício para que você possa recordar o conteúdo
que vimos até agora.
Atividade de Estudos:
179
Aspectos legais e tributários nas sociedades de
cooperativas de crédito
180
Capítulo 5 LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR E RESOLUÇÃO DO BANCO CENTRAL
181
Aspectos legais e tributários nas sociedades de
cooperativas de crédito
182
Capítulo 5 LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR E RESOLUÇÃO DO BANCO CENTRAL
O Artigo 6º alterou o tempo de mandato dos colhereiros fiscais que pela Lei
nº 5.764/71 era de apenas um ano, devendo-se ainda escolher pelo menos um
novo conselheiro suplente e um efetivo, podendo ser reeleitos quatro membros
do mandato anterior. Anteriormente, sob a vigência da Lei Cooperativista eram
reeleitos apenas um conselheiro efetivo e um suplente, ou seja, os outros quatro
eram substituídos (são previstos seis membros para o conselho fiscal – três
efetivos e três suplentes, todos associados da cooperativa). Art. 6º O mandato
dos membros do
Art. 6o O mandato dos membros do conselho
fiscal das cooperativas de crédito terá duração de
conselho fiscal das
até 3 (três) anos, observada a renovação de, ao cooperativas de
menos, 2 (dois) membros a cada eleição, sendo crédito terá duração
1 (um) efetivo e 1 (um) suplente. (BRASIL, 2009). de até 3 (três)
anos, observada
a renovação de,
A Lei Cooperativista já restringia a remuneração ao capital
ao menos, 2 (dois)
integralizado, que era fixada em 12% ao ano. Assim, o Artigo 7º. membros a cada
mudou apenas a taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e eleição, sendo 1
Custódia (SELIC). (um) efetivo e 1 (um)
suplente.
183
Aspectos legais e tributários nas sociedades de
cooperativas de crédito
O Artigo 8º apenas reitera o artigo 4º. Inciso VII da Lei nº 5.764/71, sobre a
proporcionalidade da distribuição de sobras e o rateio de perdas.
185
Aspectos legais e tributários nas sociedades de
cooperativas de crédito
Esse artigo com seus oito incisos, trata de maneira particular sobre a
competência normativa e de supervisão do CMN (Conselho Monetário Nacional) e
do BACEN (Banco Central do Brasil), relativo às Cooperativas de Crédito. Lembra,
o autor que essas competências devem ser exercidas com rigorosa observância
às diretrizes da presente Lei Complementar, bem como da Lei Cooperativista,
lembrando, ainda do texto constitucional quanto ao apoio e estímulo que devem
ser dados ao Cooperativismo.
186
Capítulo 5 LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR E RESOLUÇÃO DO BANCO CENTRAL
O Artigo 13 apenas torna claro que não se pode falar em quebra de sigilo
bancário dentro do sistema cooperativista (central, confederação ou banco
cooperativo e entidades externas), uma vez que todos têm acesso aos dados e
informações de associados e clientes.
187
Aspectos legais e tributários nas sociedades de
cooperativas de crédito
189
Aspectos legais e tributários nas sociedades de
cooperativas de crédito
190
Capítulo 5 LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR E RESOLUÇÃO DO BANCO CENTRAL
Atividade de Estudos:
191
Aspectos legais e tributários nas sociedades de
cooperativas de crédito
Capítulo VIII - trata das operações e dos limites de exposição por cliente;
Cada capítulo tem sua função específica de ditar o modo de ação das
Cooperativas de Crédito, atendendo em especial o artigo 12 da Lei Complementar
nº 130/09, que preceitua:
192
Capítulo 5 LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR E RESOLUÇÃO DO BANCO CENTRAL
193
Aspectos legais e tributários nas sociedades de
cooperativas de crédito
194
Capítulo 5 LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR E RESOLUÇÃO DO BANCO CENTRAL
195
Aspectos legais e tributários nas sociedades de
cooperativas de crédito
O QUE É GOVERNANÇA?
196
Capítulo 5 LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR E RESOLUÇÃO DO BANCO CENTRAL
197
Aspectos legais e tributários nas sociedades de
cooperativas de crédito
Atividade de Estudos:
198
Capítulo 5 LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR E RESOLUÇÃO DO BANCO CENTRAL
____________________________________________________
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Capítulo 5 LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR E RESOLUÇÃO DO BANCO CENTRAL
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Aspectos legais e tributários nas sociedades de
cooperativas de crédito
Cooperativismo
O fortalecimento da economia brasileira, na última década, de crédito tem
causou uma grande expansão do crédito tanto para empresas avançado nos
quanto para consumidores. Isso se refletiu no crescimento da rede últimos anos, quer
de Cooperativas de Crédito no país. Veja os números da estatística pelas mudanças
publicada no site do Cooperativismo de Crédito: que aconteceram
na legislação a seu
favor, quer pelo
Apenas em 2010, o setor, que conta com
1.370 cooperativas em todo o Brasil, atingiu aperfeiçoamento na
um incremento de 60% em seus ativos em sua forma de gestão.
comparação com os resultados de 2009. Isso As cooperativas
significou um desempenho recorde de R$ 13,2 figuram atualmente
bilhões, levando o total dos ativos do segmento entre as instituições
a alcançar R$ 66 bilhões. Com 4,85 milhões de que exercem
associados, o Brasil conta com 4% da população uma considerável
economicamente ativa (PEA) ligada à uma influência no
cooperativa de crédito, segundo a Organização mercado financeiro.
das Cooperativas Brasileiras (OCB). Os depósitos
recebidos em 2010 demonstram a elevada confiança que o
segmento vem recebendo de seus associados, totalizando
uma captação recorde de depósitos. Foram R$ 7,7 bilhões,
130% a mais do que em 2009, que já havia sido o melhor ano
da história do setor. Com esse resultado, o segmento acumula
R$ 29,9 bilhões de depósitos (PORTAL DO... 2011).
Algumas ConsideraçÕes
Chegamos ao final desse Caderno de Estudos. Nesse último capítulo,
buscamos trazer um pouco dos acontecimentos mais contemporâneos em termos
de cooperativismo de crédito.
Esperamos ter contribuído para o plantio de uma boa semente. Afinal, é você
quem vai colher os frutos desse trabalho.
ReFerÊncias
BACEN. O que é Governança? Disponível em <http://www.bcb.gov.
br/?OQUECOOP> Acesso em 12 jul. 2011.
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