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RELEMBRANDO
No processo civil, em regra, o réu citado que não se manifesta nos autos é considerado
revel e a consequência da revelia é a presunção de veracidade dos fatos alegados contra ele.
Mas em relação à improbidade, não existe esse efeito da revelia, ou seja, se o MP ingressar
com uma ação por improbidade, cabe a ele provar os fatos alegados.
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Além disso, no processo civil, em algumas situações, o juiz pode inverter o ônus da prova
para o réu. Mas em ação de improbidade, isso não pode acontecer.
Se acontecer um ato de improbidade pelo mesmo fato, não pode haver interposição de
ações. Nessa situação, compete ao CNMP dirimir as questões relativas ao MP competente
para a ação.
Ainda, se o juiz julgar a ação improcedente ou extinguir o processo sem análise de mérito,
não haverá reexame obrigatório da sentença pelo tribunal. Nesse caso, a parte prejudicada
deverá recorrer, pois não haverá remessa de ofício pelo juiz.
Se houver necessidade de liquidação do dano, a pessoa jurídica prejudicada procederá
a essa determinação e ao ulterior procedimento para cumprimento da sentença referente ao
ressarcimento do patrimônio público ou à perda ou à reversão dos bens. . Pode acontecer de
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o MP não conseguir indicar o valor do dano causado – nesse caso, a pessoa jurídica lesada
será intimada para fazer a determinação do valor e, na fase do cumprimento da sentença, a
execução caberá à pessoa jurídica lesada.
Mas caso a pessoa jurídica prejudicada não adote as providências a que se refere o § 1º
deste artigo no prazo de seis meses, contado do trânsito em julgado da sentença de proce-
dência da ação, caberá ao Ministério Público proceder à respectiva liquidação do dano e ao
cumprimento da sentença referente ao ressarcimento do patrimônio público ou à perda ou
à reversão dos bens, sem prejuízo de eventual responsabilização pela omissão verificada.
O juiz poderá autorizar o parcelamento, em até 48 parcelas mensais corrigidas mone-
tariamente, do débito resultante de condenação pela prática de improbidade administrativa
se o réu demonstrar incapacidade financeira de saldá-lo de imediato.
Lei n. 8.429/1992
Art. 17-D. A ação por improbidade administrativa é repressiva, de caráter sancionatório, des-
tinada à aplicação de sanções de caráter pessoal previstas nesta Lei, e não constitui ação civil,
vedado seu ajuizamento para o controle de legalidade de políticas públicas e para a proteção do
patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos, coletivos e individuais
homogêneos.
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Obs.: como mencionado, a ação de improbidade é uma ação civil pública para responsa-
bilização civil do agente, com objetivo de aplicação das sanções previstas no art. 12.
Essa ação não visa ao controle de políticas públicas. Muitas vezes, o MP ingressava
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com uma ação pelo fato de um prefeito, por exemplo, não ter construído uma de-
terminada creche. Nesse caso, além de pedir a responsabilização do agente, o MP
requeria que fosse determinada a construção da referida creche. No entanto, como
mencionado, a ação de improbidade não tem esse objetivo, o MP deveria ingressar
com outra ação, relacionada ao controle de políticas públicas.
Art. 18-A. A requerimento do réu, na fase de cumprimento da sentença, o juiz unificará eventuais
sanções aplicadas com outras já impostas em outros processos, tendo em vista a eventual
continuidade de ilícito ou a prática de diversas ilicitudes, observado o seguinte:
Obs.: o réu deve requerer, mesmo porque a unificação de sanções é um benefício para o réu.
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Por outro lado, se não for o caso de continuidade do ilícito, mas de prática de novos ilí-
citos, já julgados e em fase de execução de sentença, também poderá haver requerimento
de unificação das sanções, mas essas serão somadas. O benefício, nesse caso, é que as
sanções de suspensão de direitos políticos e de proibição de contratar com o Poder Público
não poderá ultrapassar 20 anos.
Comunicação de Instâncias
Considere a seguinte situação hipotética: um processo penal que esteja apurando o crime
de dispensa indevida de licitação . e um processo por improbidade que esteja apurando o
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mesmo fato. Na esfera penal, a sentença entendeu que não houve a conduta alegada. Nesse
caso, a sentença irá repercutir na ação de improbidade, resultando em seu arquivamento.
O mesmo ocorreria se a sentença, em que pese ter reconhecido a existência da conduta,
entendesse que o acusado não foi o autor da conduta.
Já a absolvição criminal nos termos do art. 386 do CPP confirmada por decisão colegiada
impede o trâmite da ação de improbidade.
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CPP
Art. 386. O juiz absolverá o réu, mencionando a causa na parte dispositiva, desde que reconheça:
I – estar provada a inexistência do fato;
II – não haver prova da existência do fato;
III – não constituir o fato infração penal;
�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pelo professor Gustavo Scatolino da Silva.
�A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
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