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• O particular segue o mesmo prazo do agente público (vale para todos os corréus).
– Art. 23, § 6º: “a suspensão e a interrupção da prescrição produzem efeitos relativa-
mente a todos os que concorreram para a prática do ato de improbidade”.
– Art. 23, § 7º: “nos atos de improbidade conexos que sejam objeto do mesmo processo,
a suspensão e a interrupção relativas a qualquer deles estendem-se aos demais”.
Lei n. 8.429/1992
Art. 23. A ação para a aplicação das sanções previstas nesta Lei prescreve em 8 (oito) anos, con-
tados a partir da ocorrência do fato ou, no caso de infrações permanentes, do dia em que cessou
a permanência.
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Obs.: na redação anterior, o prazo era de cinco anos. Em tese, aumentar o prazo de pres-
crição é positivo para o Poder Público, pois ele passa a ter mais garantias, do ponto
de vista temporal, de poder buscar a aplicação das sanções. Entretanto, a nova re-
dação prevê que o prazo se inicia a partir da ocorrência do fato. . Dessa forma, se
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um prefeito, por exemplo, pratica um ato de improbidade já no início de seu mandato,
consegue esconder esse ato por todo o mandato e é reeleito, ao final do segundo
mandato o ato já terá prescrito, se não tiver sido descoberto antes. Com a redação
anterior, a prescrição só se iniciava a partir do fim do mandato.
§ 1º A instauração de inquérito civil ou de processo administrativo para apuração dos ilícitos re-
feridos nesta Lei suspende o curso do prazo prescricional por, no máximo, 180 (cento e oitenta)
dias corridos, recomeçando a correr após a sua conclusão ou, caso não concluído o processo,
esgotado o prazo de suspensão.
§ 2º O inquérito civil para apuração do ato de improbidade será concluído no prazo de 365 (tre-
zentos e sessenta e cinco) dias corridos, prorrogável uma única vez por igual período, mediante
ato fundamentado submetido à revisão da instância competente do órgão ministerial, conforme
dispuser a respectiva lei orgânica.
Obs.: note que o inquérito dura um ano e pode ser prorrogado por mais um, enquanto a
prescrição ficou suspensa apenas por 180 dias.
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§ 3º Encerrado o prazo previsto no § 2º deste artigo, a ação deverá ser proposta no prazo de 30
(trinta) dias, se não for caso de arquivamento do inquérito civil.
Obs.: trata-se de um prazo impróprio, isto é, sendo observado ou não, não haverá maio-
res consequências. Assim, se o MP propuser a ação depois de 30 dias, não haverá
problemas.
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V – pela publicação de decisão ou acórdão do Supremo Tribunal Federal que confirma acórdão
condenatório ou que reforma acórdão de improcedência.
§ 5º Interrompida a prescrição, o prazo recomeça a correr do dia da interrupção, pela metade do
prazo previsto no caput deste artigo.
Obs.: depois de interrompida, a prescrição não será mais de oito anos, mas de quatro.
Obs.: se entre os marcos de interrupção, tiver passado quatro anos, ocorrerá a prescrição
intercorrente.
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correr – a prescrição correu um ano, porque ficou suspensa por 180 dias. O ajuizamento da
ação ocorreu após quatro anos da prática do ato de improbidade, interrompendo a prescri-
ção, portanto, zerando o prazo e recomeçando a contagem. . É importante lembrar que entre
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o fato e o ajuizamento da ação o prazo é de oito anos – na prática são oito anos e 180 dias,
já que 180 dias são o prazo de suspensão após a abertura do inquérito. Após cinco anos
de ajuizada a ação, o juiz profere sentença condenatória. Nesse caso, ocorreu a prescrição
intercorrente, uma vez que o ajuizamento da ação é um marco interruptivo da prescrição, por-
tanto, o prazo começa a contar pela metade (quatro anos). Mas se a sentença tivesse sido
proferida em três anos, por exemplo, não haveria prescrição e o prazo recomeçaria do zero
e assim sucessivamente, sempre reiniciando a cada marco interruptivo (publicação de deci-
são ou acórdão do tribunal; publicação de decisão ou acórdão do STJ; e publicação de deci-
são ou acórdão do STF). . Observe que existe um rol extenso de situações para que ocorra
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a prescrição intercorrente – considerando a linha do tempo acima, se transcorrerem quatro
anos entre quaisquer dos círculos vermelhos, ocorreu a prescrição.
DIRETO DO CONCURSO
COMENTÁRIO
Atualmente, o ato de improbidade somente pode ser doloso.
Lei n. 8.429/1992
Art. 23-A. É dever do poder público oferecer contínua capacitação aos agentes públicos e políticos
que atuem com prevenção ou repressão de atos de improbidade administrativa.
Art. 23-B. Nas ações e nos acordos regidos por esta Lei, não haverá adiantamento de custas, de
preparo, de emolumentos, de honorários periciais e de quaisquer outras despesas.
§ 1º No caso de procedência da ação, as custas e as demais despesas processuais serão pa-
gas ao final.
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GABARITO
1. C
Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pelo professor Vandré Borges Amorim.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição em vídeo pela leitura exclusiva deste
material.
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