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PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA

Art. 191. A renúncia da prescrição pode ser expressa ou tácita, e só valerá, sendo feita, sem
prejuízo de terceiro, depois que a prescrição se consumar; tácita é a renúncia quando se
presume de fatos do interessado, incompatíveis com a prescrição.

JDC581 A decretação ex officio da prescrição ou da decadência deve ser precedida de oitiva


das partes.

Prazos Prescricionais

10 ANOS - NORMA GERAL (silêncio da lei)/RESP. CONTRATUAL (inadimplemento. Ex.: TV,


TELEFONE)

1 ANO- HOSPEDAGEM/ALIMENTAÇÃO, EMOLUMENTOS

2 ANOS- ALIMENTOS( único caso)

3 ANOS- "DINHEIRO" (aluguel, reparação/RESP. EXTRACONTRATUAL, enriquecimento s/causa,


seguro obrigatório)

4 ANOS- TUTELA( único caso)

5 ANOS – COBRANÇA DE DÍVIDAS, HONORÁRIOS (PROF. LIB.), SUCUMBÊNCIA

INTERRUPÇÃO DA PRESCRIÇÃO DOS PRAZOS

Não corre a prescrição se tiver FACA IN TU (Art; 197 e 198)

Forças Armadas (servindo em tempo de guerra)

Ausentes (a serviço da União, Estado, Município)

Cônjuges (na constância da sociedade conjugal)

Ascendentes e descendentes (durante o poder familiar, ou seja, entre pais e filhos)

INcapazes

TUtelados ou curatelados

Se o filho não mais estiver sob o poder familiar (pátrio poder) de seu pai, a prescrição corre
naturalmente.

Os prazos prescricionais não podem ser alterados por acordo das partes.

Art. 202. A interrupção da prescrição, que somente poderá ocorrer uma vez, dar-se-á:

VI – por qualquer ato inequívoco, ainda que extrajudicial, que importe reconhecimento do
direito pelo devedor.
EXTRA EXTRA:

Nos termos do art. 202, caput, do CC, a prescrição pode ser interrompida somente uma
única vez.

Logo, em razão do princípio da unicidade da interrupção prescricional, mesmo diante de


uma hipótese interruptiva extrajudicial (protesto de título) e outra em decorrência de ação
judicial de cancelamento de protesto e título executivo, apenas admite-se a interrupção do
prazo pelo primeiro dos eventos.

A decadência convencional deve ser alegada pela parte a quem aproveita em qualquer grau de
jurisdição, não podendo o juiz suprir a alegação.

É possível questionar a existência da prescrição a qualquer momento do processo.

A prescrição não extingue a ação, mas extingue a pretensão (de reivindicar o direito por meio da
ação judicial cabível).
Já a decadência extingue apenas o direito em si (por não ter sido exercido num período de tempo
previsto em lei).

O efeito extintivo chamado prescrição atinge os direitos subjetivos a uma prestação, a qual, em
regra, é veiculada por meio de ação preponderantemente condenatória. O efeito extintivo
chamado decadência atinge os direitos sem pretensão, ou seja, os direitos potestativos,
veiculados, em regra, mediante ação preponderantemente constitutiva.

A aquisição de dívida de um dos cônjuges para com o outro, sendo eles casados em regime de
separação de bens impede a prescrição.

NÃO CONFUNDIR:

DECADÊNCIA LEGAL:

Art. 210. Deve o juiz, de ofício, conhecer da decadência, quando estabelecida por lei.

DECADÊNCIA CONVENCIONAL;

Art. 211. Se a decadência for convencional, a parte a quem aproveita pode alegá-la em qualquer
grau de jurisdição, mas o juiz não pode suprir a alegação.

A pretensão de reconhecimento de ofensa a direito da personalidade é imprescritível.

"A pretensão de repetição de indébito por cobrança indevida de valores referentes a


serviços de TV por assinatura não previstos no contrato sujeita-se à norma geral do lapso
prescricional de dez anos

A prescrição intercorrente observará o mesmo prazo de prescrição da pretensão,


consideradas as causas de impedimento, de suspensão e de interrupção da prescrição previstas
no próprio Código Civil.
A pretensão de petição de herança prescreve no prazo de 10 anos, nos termos do art. 205 do CC,
já que não existe um prazo específico fixado no Código Civil

O prazo prescricional para propor ação de petição de herança conta-se da abertura da


sucessão.

O termo inicial do prazo prescricional da pretensão de petição de herança conta-se da


abertura da sucessão, ou, em se tratando de herdeiro absolutamente incapaz, da data em
que completa 16 (dezesseis) anos, momento em que, em ambas as hipóteses, nasce para o
herdeiro, ainda que não legalmente reconhecido, o direito de reivindicar os direitos sucessórios
(actio nata).

Teoria da actio nata:

1ª vertente: objetiva – violado o direito, nasce a pretensão (previsto no CC)

2ª vertente: subjetiva – o prazo prescricional começaria a correr a partir do conhecimento da parte


prejudicada da violação do direito. Ex: esquecidos objetos dentro da grávida. Muitos anos após a
mulher veio a descobrir. STJ adotou a teoria da actio nata na vertente subjetiva.

OBS: Ação de petição de herança – cabimento quando o herdeiro é esquecido do inventário. Prazo
prescricional de 10 anos (art. 205, CC). Qual seria o termo inicial?

3ª Turma STJ: termo inicial é a data do trânsito em julgado da ação de investigação de paternidade;
(actio nata em sua vertente subjetiva)

4ª Turma STJ: termo inicial conta-se da abertura da sucessão (actio nata em sua vertente objetiva).

INFO 757: Segunda seção do STJ filiou-se ao posicionamento da 4ª Turma, adotando o termo inicial
como a abertura da sucessão.

Portanto, prazo para ação de petição de herança é 10 anos e conta-se a partir da abertura da
sucessão;

A prescrição iniciada contra uma pessoa continua a correr contra o seu sucessor.

A repetição de indébito por cobrança indevida de valores contratuais sujeita-se à prescrição


decenal.

A interrupção efetuada contra o devedor solidário envolve os demais e seus herdeiros, nos
termos do art. 202, § 1º, CC: Art. 202, § 1º A interrupção por um dos credores solidários aproveita
aos outros; assim como a interrupção efetuada contra o devedor solidário envolve os demais e
seus herdeiros.

A interrupção operada contra um dos herdeiros do devedor solidário não prejudica os outros
herdeiros ou devedores, senão quando se trate de obrigações e direitos indivisíveis.

Não há previsão legal da descaracterização da mora por abusividade dos encargos acessórios.

O prazo prescricional da responsabilidade contratual, em regra, é de dez anos.


1) PRAZO DE 3 ANOS É APLICADO AO "BENEFICIÁRIO", OU SEJA, SEGURO OBRIGATÓRIO -->
DPVAT

2) PRAZO DE 1 ANO É APLICADO AO "SEGURADO", OU SEJA, SEGURO FACULTATIVO COM


SEGURADORA PRIVADA

Os prazos prescricionais decorrem da lei. Atente-se, a decadência pode ser alterada pelas
partes, desde que não tenha sido fixada em lei. Contudo, a prescrição, por sua natureza
especifica e vinculada a estabilidade das relações, além de sempre ser definida pela lei, não pode,
em nenhuma circunstância ser alterada, podendo, apenas, haver renuncia posterior ao seu
implemento.

Não corre a prescrição contra os ausentes do País em serviço público da União, dos Estados
ou dos Municípios;

Não corre igualmente a prescrição pendendo condição suspensiva

DECADÊNCIA: É IRRENUNCIÁVEL, QUANDO FIXADA EM LEI (É NULA A RENÚNCIA À


DECADÊNCIA FIXADA EM LEI, ART. 209, CC)

PRESCRIÇÃO: É RENUNCIÁVEL EXPRESSA OU TACITAMENTE, MAS SÓ VALERÁ, SENDO FEITA,


SEM PREJUÍZO A TERCEIRO, DEPOIS QUE A PRESCRIÇÃO CONSUMAR (ART. 191, CC)

Não se aplicam à decadência as normas que interrompem a prescrição, salvo disposição legal
em contrário.

Conforme a jurisprudência do STJ, em se tratando de ação de indenização, o início da fluência do


prazo prescricional ocorre com o conhecimento da violação ou da lesão ao direito da vítima.

O prazo prescricional iniciado contra uma pessoa continuará a correr contra o seu sucessor.

Entabulado contrato facultativo de seguro de vida e acidentes pessoais, em decorrência do


sinistro, o segurado pleiteou da seguradora o respectivo pagamento:
O prazo prescricional anual é suspenso com o pedido administrativo do pagamento, voltando a
correr pelo tempo restante a partir da eventual negativa da seguradora, mas se há pagamento
parcial o prazo é interrompido voltando a correr por inteiro.

Pode o juiz, de ofício, reconhecer a ocorrência da prescrição e da decadência legal, mas não da
decadência convencional.

Não corre o prazo prescricional nem o decadencial contra os absolutamente incapazes.

Resumindo: Suspensa a prescrição para um dos credores solidários:


a) Obrigação divisível → não aproveita aos demais, correndo normalmente para eles.
b) Obrigação indivisível → aproveita aos demais, não correndo a prescrição.

De regra não há prescrição intecorrente no processil civil, mas há duas hipoteses em que
ela ocorrerá, em sede jurisprudencial, quais sejam:
1 - execução fiscal, pois o titular da pretensão é o Estado;
2 - quando o autor abandona o processo por tempo suficiente para que se tivesse operado a
prescrição, é o que entende o STJ, nos termos do REsp 474.771.

O prazo prescricional aplicável às ações de indenização contra a Fazenda Pública é de 5 (CINCO)


anos, conforme previsto no Decreto 20.910/32, e não de três anos (regra do Código Civil), por se
tratar de norma especial, que prevalece sobre a geral.

A prescrição atinge a pretensão de direito subjetivo.


A decadência atinge direitos potestativos.

O rol das causas suspensivas e interruptivas da prescrição previstas na lei civil é taxativo.

As causa suspensivas da prescrição são relacionadas condições devedor, as interruptivas são


relacionadas a conduta positiva do credor.

A prescrição pode ser alegada pela parte a quem a aproveita. Podem alegar a prescrição não só
as partes diretamente interessadas, mas, também, as indiretamente interessadas, bem
como, qualquer terceiro que a não extinção da ação pela prescrição, lhe acarretaria dano ou
prejuízo.

Art. 202. A interrupção da prescrição, que somente poderá ocorrer uma vez, dar-se-á: VI - por
qualquer ato inequívoco, ainda que extrajudicial, que importe reconhecimento do direito pelo
devedor.

Na representação o representante pode utilizar seus poderes para celebrar negócio em que o
destinatário da declaração de vontade do representado seja o próprio representante, se a lei ou o
representado permitir.

O negócio nulo gera efeitos até o momento em que houver pronunciamento judicial a seu
respeito, por meio de sentença declaratória de nulidade, produzindo efeitos gerais – erga
omnes e retroativos – ex tunc. Atenção!! não pode ser pela vontade das partes.

É nula a renúncia à decadência fixada em lei

Os relativamente incapazes e as pessoas jurídicas têm ação contra seus assistentes ou


representantes legais que derem causa à prescrição ou à decadência ou que não as alegarem
oportunamente.

A lei civil permite que as partes contratantes estipulem prazos decadenciais, todavia, não pode o
juiz reconhecê-los de ofício, isto é, sem a provocação dos interessados.

Embora a renúncia da prescrição seja admitida pelo Código Civil brasileiro, esse ato abdicativo
somente poderá operar após a consumação da prescrição e desde que não acarrete prejuízo
para terceiros.

Segundo dispõe o atual Código Civil, caso a ação, na esfera cível, tenha origem em fato que
demande apuração no juízo criminal, não correrá a prescrição antes da respectiva sentença
definitiva.
Responsabilidade Contratual – 10 anos
Responsabilidade Extracontratual – 3 anos

O STJ já firmou entendimento no sentido de que é qüinqüenal o prazo prescricional para


propositura de ação indenizatória contra a Fazenda Pública, afastada a aplicação do Código Civil.

Ação indenizatória contra a Fazenda Pública – 5 anos


Ação indenizatória extracontratual – 3 anos

Salvo disposição legal em contrário, não se aplicam à decadência as normas que impedem,
suspendem ou interrompem a prescrição, devendo o juiz conhecê-la de ofício nos casos
estabelecidos em lei. Se a decadência for convencional, a parte a quem aproveita poderá alegá-la
em qualquer grau de jurisdição, não podendo o juiz suprir a alegação.

Os prazos decadenciais, ao contrário dos prazos prescricionais, podem ser convencionados pelas
partes.

A prescrição, é a pretensão de exigir de outro uma prestação positiva (dar ou fazer) ou uma
prestação negativa (não fazer). A prescrição atinge a pretensão positiva e a negativa.

É decadencial o prazo para anular venda realizada pelo ascendente ao descendente. (2 anos).

Atenção!! Só pode ocorrer uma única vez é a interrupção da prescrição, e não a suspensão,
para evitar protelações abusivas.

A pretensão relativa à tutela prescreve em quatro anos, a contar da data da aprovação das
contas.

Nos termos preconizados no Código Civil, a interrupção da prescrição por um credor não
aproveita aos outros; semelhantemente, a interrupção operada contra o co-devedor, ou seu
herdeiro, não prejudica os demais coobrigados, mas a interrupção produzida contra o principal
devedor prejudica o fiador.

O ato nulo não se convalidada pelo decurso do tempo, podendo ser alegada a qualquer tempo.
Não confundir com os atos anuláveis que possuem o prazo decadencial de 4 anos (art. 178 do
CC), e com os que a lei dispuser que é anulável mas não estabelecer prazo, que é de 2 anos (art.
179 do CC).

A prescrição de cobrança de aluguéis de prédios urbanos ou rústicos prescreve em três anos.

A ação de reconhecimento de paternidade é imprescritível, porém, no caso de petição de herança,


corre o prazo prescricional.

O prazo decadencial para anular a constituição das pessoas jurídicas de direito privado é de três
anos, no caso de defeito do ato constitutivo.

Violado o direito, nasce para o seu titular a pretensão, que se extingue com a prescrição, nos
prazos determinados pela parte geral do Código Civil. Atenção!! Não é da parte especial.
De acordo com os arts. 189 e 206, § 1°, II, "b", e § 3°, IX, o termo inicial do prazo prescricional
não é a data da ciência do sinistro, mas, sim, a data da "ciência do fato gerador da pretensão",
sendo certo que o fato gerador da pretensão é recusa da seguradora em pagar a indenização,
pois a pretensão só surge quando da violação do direito do segurado, e o fato que caracteriza a
violação é o inadimplemento da obrigação de indenizar. Com a recusa da seguradora suspende-se
o prazo prescricional.

HIPÓTESES DE INTERRUPÇÃO DA PRESCRIÇÃO (art. 202 do CC):


O RECONHECIMENTO do PROTESTO CAMBIAL do CRÉDITO em MORA se deu pelo DESPACHO DO
JUIZ.

RECONHECIMENTO do direito pelo devedor

PROTESTO, seja o normal ou CAMBIAL

Título de CRÉDITO

Atos judiciais que constituam o devedor em MORA

DESPACHO DO JUIZ, ainda que incompetente.

A prescrição e a decadência são exemplos de fatos jurídicos em sentido estrito, que são aqueles
fatos jurídicos que não decorrem de uma ação volitiva humana, e classificam-se entre os
ordinários,
São três os tipos de fatos ordinários: o nascimento, a morte e o decurso de tempo.
Exemplos perfeitos deste último tipo de fato ordinário são a prescrição e a decadência.

Ação consignatória presta-se para interromper a prescrição.

Embora seja possível renunciar à prescrição (expressa ou tacitamente), é necessária a


concorrência de dois requisitos: I) A renúncia não pode implicar prejuízos a terceiros; II) o ato de
renúncia somente pode ser exercido após consumada a prescrição, por não se admitir renúncia
antecipada (art. 191, CC). Com relação à decadência, esta, via de regra, é irrenunciável (art. 209,
CC).

A DECADÊNCIA CONVENCIONAL comporta RENÚNCIA e a DECADÊNCIA legal não COMPORTA.

Os prazos prescricionais das ações de petição de herança e de sonegados (10 anos) e quanto à
razão (omissão legal de prazo prescricional específico - CC art 205). Contudo, a ação de
complementação de área possui prazo decadencial, não prescricional, de 1 ano, expressamente
delineado no CC, art 501.

SOLIDARIEDADE:

--->SUPENSÃO: APROVEITA AOS DEMAIS, SE FOR INDIVISÍVEL.

---> INTERRUPÇÃO: APROVEITA AOS DEMAIS.


A DECADÊNCIA PODE SER LEGAL OU CONVENCIONAL, JÁ A PRESCIÇÃO APENAS DECORRE DE LEI.

2. A PRESCRIÇÃO PODE SER, APÓS CONSUMADA, AFASTADA PELO CREDOR, ASSIM COMO PODE SE
CONVENCIONAR O AUMENTO DO PRAZO PRESCRICIONAL, NUNCA A DIMINUIÇÃO, SOB PENA DE
INVIABILIZAR O INSTITUTO.

3. APENAS A DECADENCIA CONVENCIONAL PODE SER AFASTADA PELAS PARTES, A LEGAL NÃO
PODE.

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