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De acordo com a regra do art. 202, §1°, II é de um ano. Porém deve ser levado em
conta a jurisprudência dos tribunais superiores, já que estas entendem prazos
diferentes para certas situações, como no caso de: 10 anos em situações de
ressarcimento em caso de negativa de cobertura (RE 1176.320 STJ).
A decadência legal é aquela que decorre de lei, ou seja, com previsão expressa. Já a
decadência convencional decorre de uma vontade e poder ser firmada pelas partes em
conjunto (nos casos de acordo de calendário processual, por exemplo) ou de forma
unilateral (quando o juiz determinar). Outra diferença entre elas é que a decadência
legal não pode ser renunciada pelas partes, mas pode ser reconhecida de ofício pelo
juiz; ao passo que a decadência convencional não, já que esta ultima não envolve
interesse público, logo reclama uma provocação por parte do interessado.
Quando credor não cobra a dívida no prazo de dez anos e sua pretensão é alcançada
pela prescrição; se o devedor, após esse prazo, pagar a dívida ao credor, não poderá
pedir de volta o que pagou alegando a prescrição, pois não houve extinção do direito
do credor nem da correspondente dívida. Ainda, vale ressaltar que nos termos do artigo
198, inciso I, não ocorre prescrição contra absolutamente incapazes.
Sim, conforme art. 187 do código civil também comete ato ilícito o titular de um direito
que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico
ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes.
Não. O Código Civil, em seu art. 204, caput, prevê, como regra, o caráter pessoal do
ato interruptivo da prescrição, haja vista que somente aproveitará a quem o promover
ou prejudicará aquele contra quem for dirigido. Em geral o artigo dispõe sobre o
alcance da interrupção da prescrição, segundo a natureza da relação que une os
credores ou os devedores, sob o aspecto da solidariedade ativa ou solidariedade
passiva.
No que se refere ao principal devedor, o fiador e a prescrição, o § 3º , do art. 204 CC,
dispõe, expressamente, que a interrupção produzida contra o principal devedor
prejudica o fiador. O fiador é arrastado para a mesma arena adversa onde se
encontra o devedor principal da obrigação, atingido pela causa de interrupção da
prescrição, mesmo que o beneficiário ou interessado pelo cessamento da interrupção
deixe de provocá-lo. Portanto, devedor e fiador são, simultaneamente, atingidos pelos
efeitos da interrupção da prescrição.
Conforme dispõe o § único do art. 168 do CC “As nulidades devem ser pronunciadas
pelo juiz, quando conhecer do negócio jurídico ou dos seus efeitos e as encontrar
provadas, não lhe sendo permitido supri-las, ainda que a requerimento das partes”.
A nulidade absoluta é questão de ordem pública, os negócios jurídicos absolutamente
nulos não afrontam apenas os interesses das partes contratantes, toda a ordem jurídica
e social seria atingida se houvesse qualquer tipo de conivência ou cumplicidade do
poder judiciário com sua realização. Por essa razão as nulidades absolutas podem ser
alegadas por qualquer interessado ou pelo próprio Ministério Público quando lhe
couber intervir. Podem ainda as nulidades absolutas serem declaradas pelo juiz
independentemente de qualquer provocação (ex officio) das partes, interessados do
Ministério Público, desde que, contudo, seja provocado a conhecer do negócio jurídico
ou de seus efeitos e a nulidade se encontrar provada. Além disso, com a declaração de
nulidade dos negócios jurídicos nulos, pouco importa a vontade das partes de
eventualmente preservar sua validade, sendo vedado ao juiz suprir a nulidade mesmo
que haja requerimento das partes.
A afirmativa está incorreta, pois a anulação do ato faz com que o bem retorne ao patrimônio do
devedor, protegendo todos os credores deste, não só quem ajuizou a Ação Pauliana. De
acordo com o artigo 165 do Código Civil, anulados os negócios fraudulentos, a vantagem
resultante reverterá em proveito do acervo sobre que se tenha de efetuar o concurso de
credores.
De acordo com o exposto no artigo 162 do Código Civil, o credor quirografário, que
receber do devedor insolvente o pagamento da dívida ainda não vencida, ficará
obrigado a repor, em proveito do acervo sobre que se tenha de efetuar o concurso de
credores, aquilo que recebeu.
14. João tem o prazo prescricional de dois anos para pleitear a anulação do
negócio jurídico fraudulento, contado do dia em que tomar conhecimento
da doação feita por Marcos? Considerando os fatos narrados no caso 12.
A afirmativa está incorreta. Nos termos do artigo 178 do Código Civil, é de quatro anos
o prazo de decadência para pleitear-se a anulação do negócio jurídico, contado:
II - no de erro, dolo, fraude contra credores, estado de perigo ou lesão, do dia em que
se realizou o negócio jurídico;
15. Nas hipóteses de lesão previstas no Código Civil, pode o lesionado optar
por não pleitear a anulação do negócio jurídico, deduzindo, desde logo,
pretensão com vista à revisão judicial do negócio por meio da redução do
proveito do lesionador ou do complemento do preço, em que prazo
decadencial?
Conforme art. 157 §2° do Código Civil, não se decretará a anulação do negócio, se for
oferecido suplemento suficiente, ou se a parte favorecida concordar com a redução do
proveito. Contudo, o prazo decadencial para este ato, segundo art. 178, II, será de 4
anos a partir da celebração do contrato. Pois, aplica-se nessa situação o mesmo prazo
para a anulação do negócio jurídico por lesão.
18. João, único herdeiro de seu avô Leonardo, recebeu, por ocasião da
abertura da sucessão deste último, todos os seus bens, inclusive uma
casa repleta de antiguidades. Necessitando de dinheiro para quitar suas
dívidas, uma das primeiras providências de João foi alienar uma pintura
antiga que sempre estivera exposta na sala da casa, por um valor módico,
ao primeiro comprador que encontrou. João, semanas depois, leu nos
jornais a notícia de que reaparecera no mercado de arte uma pintura
valiosíssima de um célebre artista plástico. Sua surpresa foi enorme ao
descobrir que se tratava da pintura que ele alienara, com valor milhares de
vezes maior do que o por ela cobrado. Por isso, pretende pleitear a
invalidação da alienação. A respeito do caso narrado, responda:
a. O negócio jurídico de alienação da pintura celebrado por João está
viciado por lesão e chegou a produzir seus efeitos regulares, no
momento de sua celebração. Justifique.
Conforme discorre o art. 157 do Código Civil: “ocorre a lesão quando uma pessoa, sob
premente necessidade, ou por inexperiência, se obriga a prestação manifestamente
desproporcional ao valor da prestação oposta”. Assim, percebe-se que o negócio
jurídico celebrado está viciado por lesão, visto que pela necessidade de pagar suas
contas, João acabou vendendo o quadro por preço inferior ao que valia.
A afirmação está incorreta. O negócio jurídico realizado não trata-se de erro, mas sim
de lesão. Além do mais, conforme aduz o art. 178, inciso II da Codificação: “É de quatro
anos o prazo de decadência para pleitear-se a anulação do negócio jurídico, contado: II
- no de erro, dolo, fraude contra credores, estado de perigo ou lesão, do dia em que se
realizou o negócio jurídico”. Portanto, verifica-se que o há o prazo de quatro anos para
pleitear a anulação do negócio.
Caso João aceite a suplementação de valores, o negócio jurídico será válido, caso não
aceite o negócio jurídico será invalidado. Conforme traz o art. 157, §2º, do CC: “não se
decretará a anulação do negócio, se for oferecido suplemento suficiente, ou se a parte
favorecida concordar com a redução do proveito”.