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1. DOS FATOS
Compulsando os autos, a embargante disse ter sido nomeada para o cargo efetivo de
auxiliar de serviços gerais no município de Nossa Senhora de Nazaré em 01/02/2012, após prévia aprovação
em concurso público. Não obstante, afirma que em 30/11/2012, sem prévio procedimento administrativo
disciplinar, o chefe do executivo municipal exonerou verbalmente a autora e outros servidores municipais.
Em seguida, juntou-se petição inicial e sentença proferida nos autos do processo retro,
além disso os autos foram remetidos para o Ministério Público manifestar-se, que suscitou a ocorrência de
prescrição da pretensão autoral.
Desta feita, foram opostos embargos de declaração pela embargante, alegando que o
Douto Julgador fora omisso em sua sentença, no qual extinguiu o presente processo, pelo fato de o objeto da
ação estar prescrito.
Por outro lado, claramente fora evidenciado que houve o transcurso do prazo
prescricional para o ajuizamento da ação, uma vez que proposta após mais de 5 (cinco) anos do fim do
vínculo administrativo entre as partes.
Sentença
(Omissis...)
Da prescrição
A referida sentença fez-se sem omissão, obscuridade ou erro material, pois foi
devidamente embasada no Código Civil e Código de Processo Civil, portanto devidamente CLARA E
FUNDAMENTADA.
Impende notar que, a tese da Embargante não merece prosperar, por que houve a
prescrição conforme previsão legal nos termos do art. 189 do Código Civil.
Essa pretensão é extinta pela prescrição, após a passagem do prazo, definido em lei.
Caso a pessoa não apresente a ação à Justiça dentro do prazo, ela perde a oportunidade de ingressar com a
ação judicial.
No caso, nos termos do que dispõe o Decreto nº 20.910/1932, é de cinco anos o prazo de
prescrição para exercício de ação contra a Administração Pública:
O que de fato ocorre, é que a parte embargante, inconformada com a decisão que lhe foi
desfavorável, pretende por esta via rediscutir a decisão, num ato meramente procrastinatório.
É imperioso salientar que, a irresignação da parte embargante deve ser feita através de
recurso especifico, quando cabível, e não por meio dos embargos de declaração.
No caso em tela, pela clareza da sentença entende-se que não houve qualquer omissão,
contradição, obscuridade ou dúvida e os embargos de declaração se revelam meramente procrastinatórios,
criando empecilhos e afrontando a legislação processual vigente, que visa acelerar e facilitar a prestação
jurisdicional.
Requer, portanto, que seja mantida a sentença embargada e que a embargante seja
condenada nas penas de litigância de má-fé, aplicando se o artigo 1.026, § 2º, do Código de Processo Civil, no
valor de 2% (dois por cento) do valor da causa.
3. DOS PEDIDOS