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Guia de Anotações - 7° Termo

Direito Administrativo

21/02/2024 - O que é direito administrativo ? É o RAMO do direito público


que REGULA organização, funcionamento e controle de Administração Pública (são
os órgãos oriundos do poder estatal que ajuda no controle e na manutenção da nação e
do território, contendo os três poderes contendo dentro deles, orgãos de cada referente
poder, que por sua vez, precisam de uma organização seja de pessoal, de patrimônio,
do exercício, da função, tudo isso relacionado ao sentido amplo da Administração
Pública). Dentro do direito público contém o constitucional, tributário e o
administrativo. Em relação ao sentido executivo, ao se mencionar sobre a
Administração pública, o sentido amplo se torna estrito.

Processos Administrativos podem ocorrer fora do âmbito público, não se


confundindo com o direito administrativo própriamente dito. Por sua vez, o direito
administrativo se subdivide em Princípios, Poderes (Competência), Atos
Administrativos, Licitações/Contratos, Intervenção do Estado sobre o Domínio
Econômico e Bens Públicos.

As Relações entre o Direito Público e Direito Privado. De início, Existe um


princípio dentro do direito administrativo que boa parte dos autores costumam se
referir a um Supra-Princípio (principal princípio), sendo ele: Supremacia do Interesse
Público sobre o Interesse Privado, ou seja, a relação estado-particular dentro do
direito administrativo é uma relação de verticalidade, pois o estado está acima dos
interesses privados, já que ele representa a fonte do poder do estado, sendo o povo.

O regime jurídico administrativo tem em seu foco, para cumprir o interesse


público, uma série de prerrogativas para garantir o interesse público, só que o estado
tem certas limitações, impostas por ele mesmo. A soberania é criada por uma
constituição, logo essas limitações surgem direto da constituição, mais exatamente o
Artigo 37.
Princípios Administrativos - Caput do Art. 37 - Princípios Expressos -
Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e Eficiência.

Legalidade: É subdividido em Legalidade Civil(Artigo5° - CF) e


Administrativa, baseando-se no Princípio da Subordinação a Lei, onde não se pode
fazer nada sem que esteja em lei.

Impessoalidade: Existe uma visão clássica sobre esse princípio “Não


Discriminação” - Não levar em conta as pessoas que se relacionam com a
administração pública, adotando critérios objetivos. Por exemplo, ao ser necessário
contratar pessoal, é usado concurso público para se selecionar com base nesses
critérios objetivos (quem atingiu a maior marca). A Administração Pública tem uma
finalidade única: Interesse Público e ao realizar essa escolha sem esses critérios, há
um desvio dessa finalidade.

Súmula Vinculante N°13 - Súmula do Nepotismo - Vedado. Mas existe uma


modalidade chamada de Nepotismo cruzado (tráfico de influência) também Vedada.

Teoria do Orgão (ou da Imputação) - Toda vez que o agente público, no


exercício de suas funções, atua, ele age como o estado. Logo, processos relacionados
a isso respingam direto no estado. Nos casos em que o incidente aconteceu por
descuido do próprio servidor, usa-se o artigo 37, par 1° da CF - Responsabilidade
Civil do Estado, onde a vítima que sofreu uma pena por inércia do estado, ela pode
reclamar direto com o Estado mas com base na teoria do Orgão, o agente público que
deu resultado a conduta com dolo, será réu em uma ação regressiva somente do
Estado, não pela vítima.

Art 37, Par 1° - CF - Cargos Políticos, Públicos ou qualquer pessoa que fizer,
em bens públicos, faça constar símbolos, nomes, ou qualquer outra situação que faça
Promoção Pessoal, logo ao construir um hospital, o ESTADO construiu o Hospital e
não o Prefeito.

Moralidade: (JURÍDICA) Probidade - Tratar a RES Pública (Coisa Pública)


como se sua fosse.
Publicidade: Por via de Regra - Todos os Atos Administrativos são Públicos.
MAS, existem casos em que podem existir casos sigilosos da Administração
Pública, sendo necessário que esse caso seja de caso de Relevante Interesse Público,
Segurança Nacional e Proteção da Intimidade/Privacidade para que seja considerado
um ato sigiloso. Há casos em que o sigilo não é absoluto, como nos casos de
Publicidade Diferida.

Os fundamentos da publicidade é o que fundamenta e que da razão para a


publicidade e torna ela por via de regra. Um desses fundamentos é o controle pela
sociedade, podendo ser interno ou externo (sociedade e poder legislativo representado
pelos tribunais de conta). Outra condição é a Eficácia dos Atos da Administração,
onde a publicidade para que ela tenha eficácia, é necessário que haja sua publicação.

Eficiência: Inserida pela EC n°19/98 - Norma Autoaplicável (não é necessário


norma anterior a ela para ser aplicada) já que visa resultados positivos - Ele não
estava inserido na CF em seu nascimento, sendo responsável pela reforma
administrativa em 1998. Na CF, se aplica a Eficiência no artigo 41 da CF, onde o
servidor público, pode garantir sua estabilidade, mas é necessário um mínimo de 3
anos de atuação (caso contrário não será um cargo fixo) com o adicional de uma
avaliação de desempenho para se conseguir a estabilidade.

Em questão a outros princípios expressos: Contraditório e Ampla Defesa -


nem em processo judicial e administrativo haverá a vedação do contraditório e da
ampla defesa, partindo do ponto que se baseia em Defesa Técnica (súmula Vinculante
n°5 - em processos administrativos PODE ter um advogado, a pessoa interessada) ,
Prévia (antes da decisão, se defender antes da decisão) e Direito ao duplo grau de
julgamento (dentro da administração pública, permite recorrer da decisão dentro do
processo administrativo). Esses três juntos representam a arte do Convencimento, no
que se baseia o contraditório e a ampla defesa.

No caso de recursos, há a súmula vinculante 21 - é vedado cobrar taxas ou


qualquer outro preço para que alguém possa recorrer na administração pública. Existe
uma exceção para esse caso, sendo a de Urgência, a imediaticidade de um ato, onde é
necessário realizar primeiro o ato em vez de notificar a parte e depois realizar o ato, o
diferimento do contraditório e da ampla defesa.

Direito Processual Civil

A sentença consiste em um dos vários pronunciamentos do juiz, como o


despacho e o acórdão, mas nesse caso é feito por um grupo de juízes, um colegiado. A
sentença é proferida por um juiz monocrático em primeiro grau, composta por um
relatório, um resumo dos eventos do processo, fundamentação e por fim o que o juiz
decidiu. Nem sempre a sentença encerra o processo, finalizando a etapa de
conhecimento, somente extinguindo o processo ao notar um vício e que o mesmo não
foi corrigido, a sentença sem resolução de mérito. No caso, ao terminar a fase ela é
feita com a resolução de mérito, com o cumprimento do que o réu precisa fazer. Ao
resistir ao cumprimento da sentença o réu pode ser executado via um cumprimento de
sentença, comumente referido ao procedimento de executar o réu em relação a
decisão.
Após a sentença ainda se pode ter outras duas fazes, dessa forma, ela não
encerra o processo, mas sim uma fase. A liquidação é o ato de liquidar o valor
referido dentro da ação (uma ação de 5000 reais e não foi pago, o juiz pode mandar
liquidar esse valor) ou posteriormente, chamado de liquidação nos casos de uma
sentença ilíquida. Artigo 490 prevê a resolução de mérito no todo ou em partes, os
pedidos formulados pela parte. Mesmo que não haja uma reconvenção, o réu pode
fazer um pedido em sua contestação contra o autor, o pedido contra-posto, em ações
de sentido dúplice. O juiz não pode dar mais do que foi pedido, menos do que foi
pedido ou não avaliar o que foi pedido.
Na petição, o autor deve pedir tudo o que ele quiser pedir, caso contrário ele
devera abrir outro processo e no caso do réu, caso ele não se defenda em sua
contestação de forma ampla, salvo em ambos os casos de que o fato constitutivo,
modificativo ou extintivo importante para o andamento da causa. Apesar do processo
ser relacionado a direitos privados é interessante para o direito público que ele seja
resolvido dentro do devido processo legal e também a decisão tem que ser justa, no
sentido de se encontrar a verdade real (aquela que ocorreu efetivamente) já que muitas
vezes a verdade formal não acaba entrando em conluio com a verdade real essa
baseada nos fatos. Uma vez publicada, anexada aos autos, a sentença não pode ser
modificada, salvo os casos de recurso (embargos de declaração para corrigir eventual
omissão ou erros materiais) ou para corrigir eventuais erros, inexatidões materiais ou
erros de cálculo por meio de uma petição intermediária (Artigo 494).
Para que a sentença seja alterada de forma íntegra, ele só poderá por meio de
apelação. Outro caso em que pode ser feito alguma alteração é nos casos de uma
sentença extinguindo o processo sem a resolução de mérito, o autor que sairá
prejudicado pode inquirir o juiz por meio de uma apelação, para que o juiz, por opção
dele, se retrate ou não. Outro caso é o indeferimento da petição inicial, onde o autor
pode ingressar com uma apelação, para o juiz no prazo de 5 dias corrigir essa falha.
Outro fato é o julgamento liminar de improcedência do pedido, onde ele julga o
mérito mesmo sem citar o réu e ao receber a apelação, terá prazo de 5 dias para
exercer seu juízo de retratação.
No artigo 495 está contido o direito a hipoteca judiciária, sendo feita via a
atividade volitiva entre devedor e cobrador, onde exige-se uma garantia, um bem
imóvel por exemplo, lavrando-se em cartório uma certidão garantindo essa garantia.
Outra situação é onde acontece a hipoteca sem a autorização das partes, onde ao
publicar essa sentença, o credor pode pegar o documento e levar até um cartório e
averbar esse documento junto a certidão de um bem, seja ele imóvel, a chamada
hipoteca judicial, garantindo uma garantia para o credor até o final do processo, de
onde o devedor não poderá se desfazer do bem e sendo confirmada a grau de recurso,
ela estará disponível para o credor, mas caso ela seja corrigida pelo colegiado, pode
ser responsabilizado por eventuais prejuízos causados ao réu com o risco do recurso
ser julgado improcedente, com o réu comprovando o nexo de causalidade entre a
hipoteca e seu prejuízo e devendo ser o valor liquidado e executado nos próprios autos.
Ao ser realizada a hipoteca judicial, o credor em um processo entre vários
credores ele receberá preferência. Caso seja múltiplas hipotecas, se valerá da ordem
em que foi feita a hipoteca.
De acordo com o artigo 496, o legislador de uma certa proteção ao poder
público, já que na situação de ser condenada em um determinado valor, dependendo o
juiz pode determinar o envio para o segundo grau de jurisdição e não apresenta
alegações contrárias ou recorrer, é obrigatoriamente enviado por remessa para o
segundo grau de jurisdição, justamente evitando assim fraudes e eventuais negócios
por de trás do processo, nos casos de sentença proferida contra a fazenda pública e
embargos a execução fiscal. No artigo 496 foi apresentado um teto para essa prática
quando os valores forem menos de 1000 salários mínimo para a União e suas
autarquias, 500 salários mínimos para o distrito federal, estados, respectivas
autarquias e municípios que constituem capital do estado e 100 salário mínimos para
todos os outros municípios e respectivas autarquias. Também não se aplica, de acordo
com o parágrafo 4° quando o julgamento se baseia em súmula, acórdão, entendimento
firmado em incidente de resolução de demanda ou de assunção de competência e
entendimento coincidente com informações presente em entendimento do próprio ente
administrativo, consolidado em manifestação, parecer ou súmula administrativa -
chamada de Remessa Necessária - caso haja o recurso voluntário, ao chegar no
segundo grau, será julgado primeiro a remessa necessária e depois o recurso, já que a
remessa é voltada para corrigir eventuais vícios formais.
No artigo 485, está envolto regras para quando o juiz não resolver o mérito,
seja quando ele indeferir a petição inicial, o processo ficar parado durante mais de um
ano por negligência, por não promover os atos e diligências que lhe incumbir o autor
abandonará a causa por mais de 30 dias (nesses casos a intimação chega para a parte
para em 5 dias manifestar e praticar o ato, em sua pessoa), verificar a ausência de
pressupostos de constituição de desenvolvimento válido e regular do processo,
reconhecer a perempção (dar causa de extinção do processo por mais de 3 vezes) de
litispendencia (se há duas ou mais ações com as mesmas partes, o mesmo objeto e a
mesma causa de pedir) ou de coisa julgada, demonstrar o interesse no processo,
homologar a desistência da ação, acolher a alegação de existência de convenção de
arbitragem e quaisquer outras situações previstas no artigo.
A partir do momento que há a contestação do réu e o autor decide abandonar a
ação, a extinção se dará somente a requerimento do réu. Interpor-se apelação em
qualquer das situações descritas, o juiz tem 5 dias para retratar-se.
Previsto no 486, a sentença extintiva sem a resolução de mérito não impede
que a parte autora interpele novamente a ação, como nos casos de sanar um vício que
levou a sentença extintiva, porém, para propor novamente a ação, é necessário
apresentar um comprovante de pagamento das custas e dos honorários de advogado.
Se por três vezes o autor der razão de abandono da ação, ele não poderá ingressar com
uma quarta ação contra o réu, salvo se ele alegar que está em busca de seu direito.
Nas sentenças com resolução de mérito, haverá quando o juiz acolher ou
rejeitar o pedido formulado na petição, reconvenção ou no pedido contraposto. O juiz
de ofício também pode reconhecer a prescrição e a decadência e quando ele
homologar o reconhecimento da procedência do pedido, no caso, quando o réu
cumpre efetivamente o que é pedido, podendo ser feito de forma expressa ou de forma
velada/tácita, deixando o prazo correr sem apresentar contestação, a transação e a
renúncia à pretensão não formulada na ação, sempre lembrando que é importante
ouvir as partes para se manifestarem em relação a eventual decadência ou prescrição
salvo os casos do parágrafo 1° do artigo 332, quando o juiz pode haver o julgamento
liminar improcedente do processo. No caso dos incisos II e III, a doutrina aborda as
falsas sentenças de mérito, já que o juiz apenas transcreve uma situação anterior e que
resolvem o conflito de interesses.
Desde que possível, o juiz resolverá o mérito sempre que a decisão for
favorável à parte a quem aproveitaria eventual pronunciamento nos termos do art.
485.

Direito Administrativo

Princípios Implícitos

- Autotutela: Esse princípio estabelece que a administração pública precisa rever os


próprios atos, nesse caso, o estado está julgando o estado.
Encontrada na súmula 473 do STF, Ela serve para a administração rever seus
próprios atos, uma espécie de poder-dever (a administração não só pode, mas como
ela deve rever seus próprios atos) então acaba sendo uma saída para evitar que haja
anulação de contratos, ela opta por corrigir seus atos dando fé pública, publicidade a
sociedade de que ela alterou um determinado ato, podendo ocorrer em duas situações
- Anulação - Há um vício de legalidade, foi feito de forma diferente do que a
lei estabelecia, logo extingui-se desde a raiz, ou um vício insanável, que não há forma
de se corrigir.
- Revogação - Ela acontece quando há vício sanável, quando se é capaz de
corrigir algum eventual erro, como o nome das partes escrito de forma errada em um
contrato, dessa forma se revoga parcialmente o contrato, corrige e se republica o
contrato de forma pública, ou de forma total, mesmo sem quebrar o contrato, apenas o
contrato que pode ser refeito.
A Autotutela pode ser de ofício ou provocada, quando o interessado conversa
com a administração pública, requerendo a correção de um determinado ato. Nesse
quesito temos o princípio da inafastabilidade da jurisdição/do judiciário (artigo 5°
Inciso XXXV da CF/88), um princípio incidental, pois ainda que a administração
pública tem o dever de rever seus atos, ela pode não fazer, dessa forma, cabendo a
parte interessada recorrer perante o judiciário para que um determinado ato foi feito
de forma incorreta. Nos casos de denúncia anônima (súmula 611 do STJ) está
previsto que mesmo que a denúncia seja anônima, a administração pública tem o
dever de rever seus atos.

- Continuidade: Por sua vez, é especialmente aplicado para serviços públicos, onde o
poder público nunca para.
Esse princípio pressupõe uma ação ininterrupta da ação pública, salvo os casos
de uma greve, previsto como direito fundamental e lícito, porém é necessário entender
que esse serviço é contraprestacional (O servidor que não trabalha não recebe) dessa
forma, se o servidor público fizer uma greve do nada, ele não recebe os dias que ele
ficou parado, também não afastando eventuais sanções pelo orgão do qual ele atua, o
que ainda se dificulta já que apesar da cominação na CF, ainda não existe uma lei
própriamente dita, tendo que usar uma lei de serviço privado para embasar sua greve
no poder público ou desde que haja uma convenção do sindicato com o poder público.

- Exceção do Contrato não Cumprido (exceptio non adimplent contractus): Dentro da


administração pública, mesmo que ela contratar uma empresa e ela não realizar o
pagamento, a empresa não pode parar de realizar o serviço da qual foi contratada.
Lei 8987/95 - Artigo 6° par 3° - trata sobre a descontinuidade do serviço
público, no caso, a suspensão do contrato por inadimplemento de uma das partes por
ordem técnica desde que haja um aviso prévio ou por situação de emergência, o que
afasta a necessidade de um prévio aviso ou em casos de inadimplemento, o corte de
serviço não pode ser realizado em véspera de feriado e próximo ao final de semana.
Na exceção de contrato não cumprido, existe a regra civil, onde ao não cumprir o
contrato, a outra parte também não cumprirá, já que na relação contratual, a relação é
horizontal. No direito público é diferente, onde serviços essenciais (Saúde, segurança,
etc) não se pode de forma alguma, mas caso o serviço não pague o que é devido, o
prestador pode entrar com uma execução, nos demais casos, o prestador pode sim
cortar os serviços prestados a ela. No caso da construção de algum lugar importante,
de acordo com a lei 14133/21, somente pode cancelar o serviço após 2 meses de
atraso, de inadimplemento.

- Razoabilidade e Proporcionalidade: Falaremos ainda sobre os poderes da


administração pública, sendo ele o de penalizar, o de tomar ações, sempre se pautando
na razoabilidade (um equilíbrio entre a pena e o caso concreto) e a proporcionalidade,
que causa divergência doutrinária, traz exatamente o mesmo conceito, onde a pena
deve ser equilibrada em relação a gravidade do caso concreto. É você decidir com
base no entendimento do homem médio. É decidir e que a sua decisão tenha a
aceitação social, onde não se pune nem a menos e nem a mais, mas sim decidir de
forma justa, igualitária.

- Motivação: Princípio importante da Administração pública, não aparecendo em lei


específica, mas sim em diversas leis dando diversas razões, onde tudo deve ser escrito,
uma vez que a palavra não se vale como forma comprobatória dentro do estado, além
de que tudo é fiscalizado, havendo diferentes formas de justificar uma determinada
ação. Consiste em justificar seus atos, apresentar uma justificativa de seus atos, uma
conduta obrigatória - em regra - salvo os casos em que a lei vai dizer que por meio de
discricionariedade (poder de escolha) para a autoridade pública, se justificar ou não de
seus atos. Nos casos de cargos comissionados, eles são de livre exoneração, onde o
poder executivo pode ou não justificar mandar embora um de seus secretários.

A administração pública se subdivide em duas, sendo elas a direta (temos os


representantes de cada poder - legislativo, executivo e judiciário - com todos tendo
questões de organização interna, só que ao falar em administração pública, se refere a
um poder específico, sendo ele o executivo, com os outros tendo funções
administrativas para organizar seus orgãos internos. O poder executivo tem a função
típica de administrar, logo é comum se referir a ele como administração pública. Em
cada ente federativo existe um representante da administração direta, orgão
diretamente ligado ao orgão que ele representa. O ente não possui personalidade
jurídica mas o orgão tem personalidade jurídica, o CNPJ. É chamado de
desconcentração do poder - cada um dos entes federados são organizados por orgãos -
A criação desses orgãos que representam a administração direta, está cominada no
artigo 84, inciso 6 alínea a da CF/88 - só podem ser criados por lei, sem a necessidade
de registro em cartório e em junta comercial, já que a própria lei cria a personalidade
jurídica do orgão) e a indireta (o estado não consegue satisfazer as necessidades de
todos, já que existem leis como a orçamentária que a limita em relação de gastos
além do teto de gasto com pessoal o que limita ela da execução total de seu poder, a
saída para isso é a descentralização de seu poder, passando o serviço público para as
autarquias, fundações e empresas estatais, porém a descentralização pode ser privada,
nos casos em que há contratos de concessão e de permissão de serviço público,
passando para um particular a prestação do serviço público. Autarquias são orgãos
que não visam fins lucrativos, Fundação são patrimônios, privados ou públicos, mas
que oferecem serviços de interesse para o estado, por fim, as Empresas Estatais se
dividem sociedade de economia mista e empresas públicas.)
As chamadas estatais podem ser tanto de sociedade de economia mista, como
o banco do Brasil, onde se tem um capital aberto porém a maioria do capital é do
poder público, por outro lado a Caixa economica federal é uma empresa pública pois
tem o capital fechado, 100% é do poder público. Essas empresas são representações
da intervenção do estado no domínio econômico, já que o estado também pode agir
sobre o domínio econômico. O regimento dessas empresas é regimento misto, já que
mescla ambas as questões públicas e privadas, mas no que tange a sua regulamentação
será com feito em base do poder público.
A criação dessas empresas de administração em direto, especificamente
autarquia e fundação se dará por lei específica e o ato constitutivo (registro) decorre
da própria lei. Já no caso das Estatais, são criadas por meio de autorização de lei, uma
lei autoriza a criação dela, com o ato constitutivo devendo ter registro no cartório e na
junta comercial.
As autarquias (Lei 9986/2000 e Lei 13848/2019 - estabelecem regras gerais
das autarquias) podem ser econômicas - que controla ou incentiva a circulação de
mercadoria - e também de crédito - como por exemplo, o falecido Banco do Povo que
virou a Caixa Econômica Federal, mas que oferecia crédito ao povo mais humilde -
também há as industriais - Como o CDHU voltado a construção de casa - Autarquias
de Previdência - Como o INSS - Autarquias profissionais - CREA, CRM (conselhos
profissionais) a OAB não se encaixa por ser mista - e também podemos ter autarquias
culturais e de ensino - como a própria FAI, agindo com base em regulamentação de
mercado. Essas autarquias podem representar vários entes, chamadas de consórcio,
sendo para a prestação de serviços públicos - coleta e disposição de resíduos sólidos
(coleta de lixo).
Fundações Públicas - surgem a partir de um patrimônio, esse que pode ser
privado ou um patrimônio público, não podendo ser confundido com fundações
privadas.
As empresas estatais se dividem em sociedade de economia mista - capital
aberto, mas que grande parte corresponde ao estado - e as empresas públicas - capital
fechado sob o domínio integral do estado. Falando ainda sobre a sociedade de
economia mista, só pode ser Sociedade anonima, onde não se sabe quem são os sócios.
O regime jurídico é misto, pois dentro das estatais existem regras de direito público -
relacionado a organização administrativa(bens, pessoas e etc) - e de direito privado -
se tratando da atuação econômico. Intervenção do estado no e sobre o domínio
econômico é conceituado por dois doutrinadores (Norberto Bobbio e Eros Roberto
Grau) e a constituição (artigo 170 CF/88) estabelece regras de como haverá o
mercado econômico no Brasil, sendo o princípio da Liberdade Profissional (Livre
Iniciativa) e elas devem se pautar na justiça social e na justiça do trabalho, gerando
uma forma de capitalismo social (wellfare State - Estado de Bem Estar Social) o
estado dessa forma estabelece limitações econômica para o particular, para assim ele
fiscalizar de duas formas: Primeira - artigo 173 da CF/88 (quando ele atua NO
domínio econômico, entrando na economia, para disputar) Segundo - Artigo 174
CF/88 (estabelece quando o estado vai agir sobre o domínio econômico,
estabelecendo que o estado vai ter tarefas de fiscalização e de incentivo fiscal).
Normas Com Sanção Positiva (o estado premia um determinado segmento econômico
para ter neste ramo uma atividade socialmente aceitável, fiscalizando quando por
exemplo foi, instituir o IPCA) .

Direito Processual Civil


Coisa julgada é o esgotamento das impugnações judicias sobre uma decisão
judicial. Primeiro, para cada decisão, existe um tipo de impugnação e essas são
chamadas de recursos. La no artigo 984, estão previstos alguns recursos, recursos
esses preconizados no direito civil, mas o legislador deixou um de fora, os embargos
infrigentes, o que ficou previsto em outra lei, via ação de execução fiscal (6830/80).
Com base no princípio da adequação, é necessário que o recurso esteja em pé da
sentença.
Quando a parte fica sem opção e sem maiores recursos para utilizar ou acabou
perdendo prazo, há o trânsito em julgado, sendo o formal (se dará quando uma
sentença sem a resolução de mérito não puder mais ser impugnada) e o material (o
transito em julgado formal se dará com base em uma decisão de mérito que não pode
mais ser impugnada). Quando acontece a coisa julgada formal, em regra aquela ação
pode ser reproposta, com a parte interessada corrigindo o que deu causa do vício, no
caso do transito julgado material, não há mais escapatória, o que foi decidido se torna
imutável, não pode ser mudado, por vida de regra, mas há exceções, como as ações
rescisórias, como casos em que há ambos os casos de coisa julgada, no caso material e
formal, já que ela é a decisão imutável dentro do processo, o que não interfere em
uma nova proposição de ação.
Relativização da coisa julgada: Existe um assunto recorrente dentro dessa
temática no que toca o exame de paternidade, o que no passado não existia o teste de
DNA, teste de tipagem sanguínea e relatos do povo, mas que com o surgimento do
teste de DNA, ao correr com esse transito em julgado, seria juridicamente impossível
recorrer, mas a doutrina buscou pacificar a relativização da coisa julgada, sendo a
reforma da sentença transitada em julgado. De acordo com o artigo 503, parágrafo 1°
inciso de I a III prevê situações em que se aplica à resolução de questão prejudicial,
uma questão incidental que pode prejudicar o mérito.
No artigo 505 temos algo relacionado a “Preclusão Pro-Judicato”, no caso, a
perda de prazo para que exerça um determinado ato processual, o que também pode
afetar o poder judiciário bem como o juiz, em casos que se ele der uma decisão, ele
não pode refazer essa decisão e no caso da lógica, caso o juiz tenha decido algo, ele
não pode decidir de novo mudando alguma coisa, justamente para fortalecer a
segurança jurídica processual. No 505, prevê que isso não é possível com base no
princípio, mas salvo casos determinados nos incisos em caso de uma ação revisional,
onde se muda apenas a relação jurídica e não a sentença, que permanece
perfeitamente imóvel além de outros casos previstos em lei.

Direito Administrativo
 Consórcios públicos
 Reunião de 2 ou mais entes federados para consecução de serviço público
(criação de um orgão específico que presta serviços públicos)
 Não se confunde com consórcios financeiros
 Lei11.107/2005 - Lei dos Consórcios - Regime de Direito Público - O
consórcio regido por direito público, ao comprar, ele precisa fazer licitação
ou contrato administrativo, como autarquias e municípios, da mesma forma
que ele vai fazer seus contratos públicos. Além disso ele deve prestar contas
para os orgãos de fiscalização interna e externo.
 Pessoal: Regime Celetista

 Criação
 Subscrição
 No começo, é necessário se criar um protocolo de Intenções,
demonstrando suas pretensões, como um contrato social
 Publicação
 Com base no princípio de publicidade, esse acordo é publicado no diário
oficial.
 Ratificação
 Ratificar no caso é torná-lo formal, homologá-lo, dar um corpo a ele e
essa homologação se dá por lei, podendo ser de qualquer um dos entes
participantes do consórcio.
 Contrato - Com o contrato feito e homologado, é necessário dar algumas
características a esse consórcio, como o CNPJ
 CNPJ - Criado por meio de lei
 Rateio - Diferente de sua contraparte, o Rateio significa a divisão, onde
no contrato se divide a participação de cada um dos entes federados,
como cada um vai ter que arcar com o contrato.
 De Programa - Vai ser estabelecido qual a forma do serviço público.

Para que se abra contratação e etc, é necessário haver uma assembleia geral,
uma espécie de diretoria onde todas as decisões tomadas dentro dessa diretoria são
levadas em conta, desde a entrada até a saída de alguém.

Poderes da Administração Pública (Irene Nohara - Cap.3)


São prerrogativas e limitações que o estado (Administração Pública) exerce
sobre os particulares. A supremacia dos interesses públicos que o estado tem
prerrogativas que ele pode exercer sobre particulares, sendo eles: Vinculado,
Discricionário, Regulamentar, Hierárquico, Disciplinar e o de Polícia, usando desses
“poderes” para manter e preservar o interesse público, onde não se tem finalidade
lucrativa, o que não acontece no privado, dessa forma a razão para que a relação entre
ambos é vertical e não horizontal.
Os poderes do estado são chamados de Poder-Dever (não há opção em não
executar o poder quando não existir interesse público a ser tutelado).
Poder Vinculado - Autonomia mínima da Administração Pública e a Lei não
confere escolhas. Um poder que está determinado estritamente na Lei, onde ela vai
falar para o administrador o que ele deve ou não fazer.
Poder Discricionário - Ter opções. Conveniência e Oportunidade, ter 2 ou
mais opções dentro da lei para o administrador, porém em ambos os poderes o que
prevalece é o princípio da legalidade, logo, essa discricionariedade é pautada em ler a
lei, essa que da as opções, e dentro delas se escolhe a melhor de acordo com a
conveniência e a oportunidade do interesse público.
Poder Regulamentar - Criar ou editar Decretos e Regulamentos. A lei vem
do legislativo, porém ele não produz tudo de norma e dentro da Administração
Pública esse poder se refere a capacidade de se regulamentar Ato Normativo
(diferente de Lei) de criar seus próprios atos normativos, servindo para melhor
aplicação da lei, estabelecendo regras gerais e o orgão vai criar um decreto ou um
regulamento que vai explicar essa lei. Caso um decreto queria mudar a lei, ocorre algo
chamado de Sustação Legal - onde se tira os efeitos de determinado decreto, por
contrariar dispositivo legal.
Poder Hierárquico - Divisão organizativa da Administração Pública, não há
hierarquia entre poderes do estado (legislativo, executivo e judiciário) mas sim o
sistema de freios e contra-pesos, com um fiscalizando o outro, mas não se
aproveitando deles. Com a função de ordenar, controlar e coordenar a atividade
administrativa. O poder e que eles podem estabelecer hierarquia entre funções,
estando la no topo o Chefe de Estado, logo abaixo os cargos comissionados (políticos
e que são chefe diretores das repartições públicas) logo após a esmagadora maioria
são de servidores públicos. Existem outros dois fatores, sendo a Delegação (passar
uma função superior a um cargo inferior) e a Avocação (o inverso, trás competência
de cunho inferior para seu cargo superior).
Poder Disciplinar - é o poder de apurar fatos com base em situações
corriqueiras e aplicar penalidades administrativas relativo a seus funcionários. É dar
uma penalidade ao servidor desobediente, corrupto, por meio de PADS (Procedimento
Administrativo Disciplinar) ou de Sindicância (um processo mais simplificado), onde
ambos se buscam manter os direitos do contraditório e da ampla defesa, mas nos
casos de PAD ou sindicância fica facultado a necessidade de se contratar um
advogado, já que o réu pode apresentar sua própria defesa. A decisão final, quem
aplica a sanção é a autoridade máxima, sendo ela que vai homologar e ao apresentar
recurso, o prefeito (autoridade máxima) vai julgar procedente ou não.
Poder de Polícia - Poder que a administração pública tem de interferir na
liberdade privada. Nesse caso, o conceito está ligado a polícia administrativa, com
uma atuação preventiva/repressiva, onde ela prevê certas condutas para proteger e
repressiva no tocante caso houver descumprimento, haverá sanções, em questões
sobre o ilícito penal+aplicação de sanção administrativa. Ela incide sobre bens,
direitos e atividades e quem tem a competência para usar desse poder são os orgãos da
administração pública. Se discute no poder de polícia direitos individuais e interesse
público, sendo ele sempre prevalecendo, havendo uma limitação dos direitos
individuais para garantir o interesse público.
As características desse poder envolvem discricionariedade (opção de fazer
valer ou não determinada restrição prevista em lei, caso contrário, é imprescindível
fazer), auto executoriedade (poder de aplicar penas sem necessidade do poder
judiciário, sendo ela mesma capaz de se sustentar) e por fim a coercibilidade (a
existência de uma sanção).
As sanções envolvem multas, apreensão de bens, interdição predial (de
atividades e não de pessoas) e fiscalização.
Repercussão Geral - STF: é constitucional a delegação do poder de polícia
para a Administração Pública Indireta, no caso, os membros que fazem parte da
adminsitração indireta pode ter esse poder delegado a elas pelo orgão de
adminsitração direta. Esse poder não pode ser delegado a particulares, porém, a
adminsitração pública pode delegar a fiscalização a esses entes, mesmo que a multa
aplicada seja de orgão indireto.
Prazo Prescricional das Sanções Administrativas - A Adm. Pública tem um
monte de prerrogativas e sempre que ela for parte do processo, ela terá prazo em
dobro. Temos também a lei 9873/99 onde ela estabelece os poderes de polícia
administrativos, onde ela prevê que os prazos prescricionais serão de cinco anos -
previsto no artigo 1°. No parágrafo 1° há a prescrição intercorrente - se fica inerte no
processo - terá o prazo de 3 anos e no parágrafo 2°, comenta que quando for ilícito
penal, será seguido o prazo da lei penal.
Nos casos de abuso de poder, tanto de excesso (quando o agente público atua
fora da sua competência) ou de desvio (vício de finalidade - prefeito abre uma
licitação para se comprar uma boneca para sua filha).

Direito Processual Civil


A sentença líquida, ao final quando o juiz for decidir, a sentença deve ser
determinada, líquida, aquela que diz qual o valor e qual a obrigação o réu foi
condenado. Nos casos em que o valor é incerto, o juiz, na fase final de decidir, ele
expede uma sentença genérica, estipulando que o réu está condenado a pagar o valor
posteriormente acertado em sentença líquida.
Existem dois tipos de liquidação, por arbitramento ou por procedimento
comum (Art’s 509 - 512/ CC) sendo a de arbitramento comumente a mais simples e
consequentemente a mais usada. O devedor que quiser liquidar a ação, mas que ainda
não se sabe do valor exato, ele pode requerer que seja liquidado o valor.
Do cumprimento de sentença - o juiz se pronuncia ao final do processo via
sentença, com ou sem resolução de mérito, extinguindo o processo, porém, nos casos
com a resolução de mérito e o réu precisa comparecer com suas obrigações, mas caso
ele não compareça, o legislador deu ao juiz ferramentas para que ele faça valer sua
ordem, sendo o cumprimento de sentença. Uma decisão parcial de mérito também
pode ser feito através desse procedimento, bem como acórdão poderão ser submetidos
ao procedimento, indo dos Artigo 513 ao 519 (disposições genéricas que se aplicam
em todos os casos, mas do 520 até o 538 desce um pouco mais na ravina dentro de
determinados aspectos e como cada decisão de mérito pode ser aproximada).

Direito Administrativo
Agentes Públicos - É toda pessoa física que presta serviços ao Estado e às
pessoas jurídicas da Administração Direta (Maria Sylvia Zanella Di Pietro, Cap123, p
711). Apesar de ser referenciado de diversas formas, o agente público é um gênero,
com empregado, servidor, particulares que tem relações com o poder público, etc
estão enquadrados dentro desse grande conceito.
Os Agentes públicos se dividem em políticos (mandato eletivo,
secretários/ministros - cargo comissionado “cargo de confiança” - auto escalão do
ministério público e do poder judiciário), militares (todos das Forças Armadas, polícia
militar e os bombeiros), particulares em colaboração (aqueles que exercem uma
função pública eventual, exercendo um múnus público - mesários, júri, contratados
para a prestação de serviços, concessionários permissionários - delegação do poder
público dos poderes para um particular para exercer a função estatal, com os
permissionários sendo serviços menores) e em administrativos (servidores públicos -
suas regras trabalhistas são regidas por um estatuto “lei 8112/90” - empregados
públicos - Suas regras trabalhistas são regidas pela CLT “INSS” - Ambos são efetivos
com base em concurso público, avaliação de desempenho - e servidores temporários -
Contrato de Trabalho por tempo determinado, via processo seletivo).
Agentes Adminsitrativos englobam Estatutário (cargo público, logo depende
de concurso, e cargos comissionados de livre nomeação e exoneração), Seletista
(empregado público por fazer concurso) e Temporário (Função Pública - processo
seletivo simplificado).
Serviço Público X Emprego Público
- Serviço público é regido pelo estatuto, com regime jurídico próprio. Aqui haverão
cargos públicos admitido por concurso, podendo haver cargo de confiança (ou
comissionado). Adminsitração Direta e Indireta.
- O Emprego Público é regido pela CLT. Aqui também há cargo público também
admitido por concurso, podendo haver cargo de confiança (ou comissionado).
Adminsitração Direta e Indireta.
Ao se falar de empresas estatais (Sociedade de economia mista e empresa
pública), por via de regra, tem que ser regido pela CLT, pois está se falando do estado
atuando no mercado e por não poder ter diferença de tratamento entre o estado e o
mercado, o regime trabalhista das estatais vai seguir o mesmo regime das empresas
privadas.
Cargo Efetivo X Cargo Comissionado
O servidor público (original - artigo 37, inciso V CF/88) tem cargo efetivo e
cargo comissionado.
- Cargo efetivo necessita de concurso. Há algo chamado Função de Confiança:
Também haverá um cargo de chefia, de direção ou de acessoramento, porém a
diferença jaz na nomenclatura, sendo a Função de Confiança, uma espécie de
“promoção” mas que ao perder esse estado, ele retorna para seu cargo anterior.
- Cargo Comissionado é de livre nomeação e de livre exoneração (não precisa de
concurso - QI). Vai ser um cargo de chefia, de direção ou de acessoramento, ele será
agente político, no caso de privado, é necessário que os nomeados sejam profissionais
da área.
Privatização não se confunde com concessão, no caso, se torna uma
despublicização (retirar a característica de público da coisa), onde ao privatizar, se tira
isso da mão do estado e se vende para o privado. Para evitar esses casos, ele delega
esse direito para um particular, para que ele atue, evitando assim a venda. Para que
haja a fiscalização do poder privado realizando atividades públicas, o poder
desenvolve uma agência reguladora para que faça essa fiscalização.

Para o cargo efetivo se estabilizar, adquirindo determinadas características, Ele


deve completar 3 anos de estágio probatório, porém, apesar de estar em estágio e
seguindo esse ponto ele pode ser mandado embora, a doutrina pacifica ser necessário
um processo respeitando as garantias constitucionais (contraditório e ampla defesa).
Ele somente poderá ser mandado embora, sem um devido processo legal, quando ele
não passar na avaliação de desempenho.

Requisitos para Investidura em Cargo Público


- Lei 8112/90 Art 5° - Estatuto do Servidor Público Federal

- Brasileiro (nato ou naturalizado)


- Pleno gozo dos Direitos Políticos (votar ou ser votado - ficha limpa)
- Quitação com obrigações militares/eleitorais
- Nível de Escolaridade
- Idade Mínima: 18 Anos
- Aptidão Física e Mental
Obs: Momento da Comprovação dos Requisitos: Na Posse.

Características Dos Cargos Públicos

- Acesso (Dos brasileiros e Estrangeiros)


- Criados Por Lei (todo orgão tem a lei de cargos - princípio da legalidade
administrativa)
- Extintos Por lei
- Investidura por Concurso Público
- Nomenclatura Própria (agente de contratações, agente contábil, etc)
- Vencimentos (salário base + vantagens do cargo)

Direito Processual Civil

O processo e a sentença arbitral nasce de um processo extrajudicial. Onde se


processará o procedimento ? Se é para executar, cumprir a sentença imagina-se que
ele será realizado dentro do próprio processo, de acordo com o artigo 516, salvo os
casos em que a execução nasceu em segunda instância, ela será executada lá. No
inciso III, surge uma questão, se aproveitando do artigo 91 do código penal, onde a
sentença condenatória penal pode ser executada na esfera cível competente, sem a
necessidade de se abrir um novo processo civil para que haja a indenização da vítima
ou familiares. Também há o caso previamente estabelecido da sentença e do processo
arbitral, da sentença estrangeira - que se faz necessário entrar com um novo processo,
mas na esfera federal comum, ainda mais na 1ª instância - ou de acórdão proferido
pelo Tribunal Marinho.
De acordo com o artigo 517, toda e qualquer decisão judicial transitada em
julgado poderá ser levada a protesto, nos termos da lei, depois de transcorrido o prazo
para pagamento voluntário no artigo 523, mesmo que o protesto em si no direito seja
relacionado a cheques e títulos de crédito. O protesto é uma publicização da mora, em
termos legais, para se tornar público. Para se fazer esse protesto é necessário pegar
uma certidão da decisão e levar para o cartório para o protesto, um dos vários
requisitos previstos nos parágrafos de 1 a 4.
A sentença engloba também acórdãos e sentenças parciais de mérito. Sentença
que obriga o réu a pagar quantia certa de dinheiro tem que ser requerida pelo Réu. O
prazo prescricional é de 10 anos dos processos civis.

Direito Administrativo

Acumulação de Cargos Públicos


- Não é possível acumular Cargos Públicos Remunerados (artigo 37, XVI, CF/88)

Exceção - Quando houver compatibilidade de horários, nos seguintes casos:


- 2 Cargos de Professor
- 1 Técnico/Científico +1 Professor
- 2 Profissional de Saúde + 1 Profissão Regulamentada
- Vereador + Cargo

Concurso Público
- Igualdade e Meritocracia - Contratação feita por concurso (CF/88 Artigo 37 -
concurso público para evitar um sistema fechado de indicações)

Veda: Patriarcadismo
Filhotismo
Negociata de Cargos
Contratos Spoil System

Trocando pela meritocracia, baseando-se em educação (que é necessário estudar para


ter um bom resultado no teste) e na competência, garantindo a igualdade de
contratação para todos.
Em relação a CLT - Artigo 41 da CF e Inciso III do Artigo 37 da CF - onde
não importa qual modo que o cargo se comprometa a se regulamentar, para todos os
cargos públicos é necessário concurso público. No Inciso III existe um prazo em
relação ao concurso para que possam ser chamados os candidatos, sendo de 2 em 2
anos ou prorrogáveis por +2 anos, dependendo do interesse público.
Nomeação
- Ordem de Classificação (Art 37, IV CF/88)
- Art 12, Par 2° Lei 8112/90
“Não se abrirá novo concurso enquanto houver candidato aprovado em
concurso anterior com prazo de validade não expirado.”

Reserva de Vagas
- PCD
- Art 5°, Par 2° Lei 811/90 - até 20% das vagas (atribuição compatíveis com a
deficiência)
- Súmula 373 - STJ - Visão Monocular - STJ entende que ele entra no PCD
- Súmula 552 - STJ - Surdez Unilateral - STJ não considera deficiência para
entrar no PCD.

- Pessoas Negras (Lei 12.990)


- Art 1° - 20%

Provimento
- Conceito: Preenchimento do cargo. É o conjunto de responsabilidades e atribuições
que deverão ser cumpridas. Já houve a nomeação, entra-se na fase de trabalhar
efetivamente.

Formato do Provimento
- Nomeação ( provimento Primário)
- Concurso
- Nomeação
- Posse (Investidura - Etapa de Apresentar a documentação para comprovar
suas capacidades dentro do edital)
- Exercício
- Estabilidade (Se consegue após o período de Estágio Probatório c/ duração
de 3 anos, antigamente sendo de 24 meses mas o STF revogou tal período, Precisando
fazer uma avaliação de desempenho, caso ele não tenha sucesso, ele será exonerado.
A avaliação busca avaliar: Produtividade, Iniciativa, Responsabilidade, Assiduidade e
Disciplina. Durante o estágio probatório, não poderá haver exoneração sem inquérito
+ ampla defesa. Demissão no poder público é pena por ato infracional. Seus requisitos
é ser aprovado em concurso, nomeado a cargo efetivo, 3 anos de exercício na função
+ avaliação de desempenho.

* Repercussão Geral - Direito Subjetivo (Tema 161/STF) Aprovado dentro do número


de vagas a sua nomeação. Se estiver dentro do número de vagas, há o direito subjetivo
(reclamar a nomeação judicialmente).

* Súmula 15/STF: Direito à convocação NA ORDEM da Classificação - Causa mais


problema do que solução, o que por muitas vezes busca atender aos caprichos do
poder público.

Perda do Cargo - Art 41, Par 1° - CF/88


Só se perde o cargo efetivo via sentença judicial transitada em julgado (não
cabe mais recursos), via PAD (usado em penas mais sérias) ou Sindicância (mera
advertência), Avaliação Periódica de Desempenho (uma forma de obrigar o servidor a
efetivamente trabalhar) e por fim *a perda por despesa de pessoal acima do limite - de
acordo com o artigo 169 - CF/88.

Direito Administrativo
Provimento Derivado
A- Readaptação: Quando o servidor (concursado e efetivo) passa a ter alguma
LIMITAÇÃO, constatada por laudo médico (art. 37, par 13, CF/88)
a) Hipóteses de Readaptação
i. Recolocação: Colocar ela em outra função que ela consiga desenvolver
suas atividades, especificamente para uma função semelhante ao cargo
que ela exercia.
ii. Excedente: Ela trabalha em função diferente, até que surja uma
compatível com seu cargo anterior.
iii. Aposentadoria por Incapacidade: (aposentado por invalidez) Caso nada
dê certo, ela é afastada, comprovado por laudo médico.
B- Reversão: Retorno do Servidor aposentado: Incapacidade Permanente comprovada
(de ofício)
a) A Pedido que possui alguns cenários (Oportunidade e Conveniência do orgão
- discricionário por opção do administrador ou do chefe do orgão público e
não por lei - Aposentadoria voluntária - Deu o tempo de contribuição e o
agente resolveu se aposentar - somente em período menor de 5 anos,
existência de Vaga, servidor efetivo - se ele fez concurso público).
b) OBS: Não é possível a reversão de Servidor com +70 (art. 27, Lei 8112)
C- Reintegração (Ilegalidade): Trata-se do RETORNO do Servidor DEMITIDO (pena)
de forma ilegal (sem o devido processo, garantidos o contraditório e ampla defesa)
(art.28 lei 8112).
a) Características da Reintegração
i. Ressarcimento dos Vantagens do período em que ficou afastado
ii. Se o cargo foi extinto (art. 41, par 3°, CF/88): disponibilidade - ele não é
exonerado, mas ele fica parado em casa, recebendo o salário, mesmo
sem trabalhar até que surja uma vaga e haja uma reconvocação para ser
reintegrado.
iii. Se o cargo foi preenchido por outra pessoa - provido - (o funcionário
original é reconduzido ao cargo de origem, o outro contratado vai ser
aproveitado em outro cargo sem direito a Indenização, caso não haja o
aproveitamento esse terceiro contratado em substituição será posto em
disponibilidade)
D- Recondução (art. 29, lei 8112): Trata-se do RETORNO do servidor efetivo ao
cargo anteriormente ocupado.
a) Hipóteses
i. Recondução: Inabilitação em Estágio Probatório (3 anos + avaliação de
desempenho)/Reintegração (demitido ilegalmente).
E- Reaproveitamento: Nome técnico para chamar de volta o servidor em
disponibilidade
F- Promoção: Progresso de servidor em Carreira (é permitido desde que seja um cargo
de carreira - previsto em lei - em que se permite essa progressão na hierarquia).
a) Hipótese da Promoção
i. Antiguidade - O mais velho é promovido antes do que entrou
recentemente
ii. Merecimento - Aquele que se destacou dentro do serviço.
G- Remoção: Remover alguém do cargo, não é como pena, nem exoneração, mas sim
uma transferência
a) Hipóteses
i. De Ofício - quem decide é o poder público
ii. A Pedido - Oportunidade e Conveniência (discricionariedade)
iii. Pedido 2.0 - Não considera a discricionariedade, independente do poder
público em geral, é mais objetivo com a Lei prevendo hipóteses para tal
ação (em razão de cônjuge também ser servidor público efetivo e ele(a)
foi transferido(a), Saúde - ascendente, descendente e cônjuge, Processo
Seletivo - chamam mais candidatos do que vaga e caso a vaga seja
atendida, pode-se pedir para ser transferido para qualquer outro lugar que
esteja com vaga, caso contrário entra em disponibilidade.

Remuneração dos Servidores Públicos


A- Vencimento (art.40, lei8112) - Piso
a) Valor Básico - Lei - estatuto de SP - de Cargos (CLT)
B- Remuneração (art. 41, L8112)
a) Vencimento (piso) + vantagens Permanentes (quinquênio)
C- Subsídios - Salário dos Chefes
a) Poder - Cargos do Ministro do STF
b) Mandato Eletivo
c) Ministros e Secretário - Parcela única para ambos - Comissão de fora para
dentro, confiança de dentro para cima.
i. OBS: Para detentores de Subsídeo é vedado
1. Acréscimo: Gratificações (executar uma função além da sua
comum), Adicionais, Abono, Prêmio, Verba de Representação
(qualquer outro tipo de remuneração é proibido).
D- Proventos: Não trabalha, mas ainda ainda recebe
a) Inatividade
b) Aposentadoria
c) Disponibilidade
i. Súmulas Aplicáveis: SV 37 (Poder judiciário não pode aumentar
vencimento, ou o piso), SV 6 (servidor militar inicialmente poderá ter o
valor de salário menor que um salário mínimo), SV 15 (Gratificações +
vantagens não incidem sobre o calculo do abono, sendo o abono somado
com base nos vencimentos do cargo) , SV 42 (Reajuste - todo ano o
servidor recebe uma correção monetária para manter o poder de compra
do servidor, em face da inflação e trocas monetárias - para servidores
estaduais não pode-se usar o IPCA, IGPM, mas sim, previsto em estatuto
pelo legislativo)
ii. Teto Remuneratório (é o limite de valor do vencimento, do
subsídeo/funções ou espécie remuneratório)
1. Sujeito Afetado Pelo Teto
a) Quem recebe subsídios - mandato eletivo, cargo de confiança
b) Remuneração - Servidores Efetivos
c) Da Administração Direta, Autárquica e Fundações (públicas e
privadas)
d) Agentes Públicos de Estatais - não é qualquer estatal, somente
quando o valor da remuneração for paga pelo poder público (din
din público).
e) Parlamentar - Poder Legislativo (vereadores e deputados de
estados e municípios).
f) Aposentados e Pensionistas
g) Remuneração + Provento (piso + vantagem permanente além de
remuneração de inatividade, aposentadoria e Disponibilidade).
iii. Tetos - O que vale para todos, recebendo abaixo
1. Ministros do STF
a) Agentes Municipais - Aplica-se a todos, exceto procuradores.
Haverá subteto, como o do prefeito, que não ultrapassa o do
STF, mas que não é ultrapassado pelo dos servidores.
b) Agentes do DF - subtetos (governador - executivo, deputado -
legislativo e Desembargador - judiciário).

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