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ATOS ADMINISTRATIVOS
1. CONCEITO
1.1. Atos Administrativos ≠ Atos da Administração
2. CLASSIFICAÇÃO
2.1. Ato Vinculado
2.2. Ato Discricionário
2.3. Quanto à Imperatividade
2.4. Quanto aos Destinatários
2.5. Quanto à Formação da Vontade
2.6. Quanto à Perfeição, Validade e Eficácia
2.7. Questões
3. ELEMENTOS
3.1. Competência
3.2. Finalidade
3.3. Motivo
3.4. Forma
3.5. Objeto
3.6. Questões
4. ATRIBUTOS
4.1. Presunção de Legitimidade e de Veracidade
4.2. Autoexecutoriedade
4.3. Tipicidade
4.4. Imperatividade
4.5. Questões
1. CONCEITO
Ato administrativo é toda manifestação unilateral de vontade do Estado ou de quem o
represente que, valendo-se das prerrogativas de direito público, tenha por fim criar direitos
ou impor obrigações.
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- Direito público: o direito privado não combina com os atos administrativos, pois no direito
privado o que prevalece é o encontro de vontades, a negociação, ou seja, se uma das partes
não está de acordo, o negócio jurídico não acontece (ex.: contrato). Nos atos administrativos
o que vigora é o direito público, pois é dele que decorrem as prerrogativas da Administração;
- Direito privado: mas o direito privado estará presente nos atos da Administração, que veremos abaixo (atos
administrativos ≠ atos da administração).
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2. CLASSIFICAÇÃO
Os atos administrativos possuem diversas classificações apontadas pela doutrina
administrativista.
Abaixo veremos apenas as mais relevantes.
Súmulas
S.346/STF. A Administração Pública pode declarar a nulidade dos seus próprios atos.
S.473/STF. A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que
os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de
conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos
os casos, a apreciação judicial.
b) Não há opção: se os requisitos legais do ato vinculado foram preenchidos, não há escolha
para o Poder Público:
- a Administração é obrigada a praticar o ato; e
- o ato deve ser praticado nos exatos termos determinados pela lei.
Ex1: na CNH (licença para dirigir), se o candidato fez as aulas teóricas e práticas e foi
aprovado nas respectivas provas, a Administração Pública é obrigada a lhe conceder a
licença pelo prazo disposto na lei (CNH provisória pelo prazo de um ano).
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Ou seja, preenchidos os requisitos legais, a própria lei menciona qual a atitude que deve ser
adotada pela Administração, sem qualquer margem de escolha.
Se a CNH não for concedida, o cidadão poderá impetrar mandado de segurança (direito
líquido e certo) e o Judiciário, observando que os requisitos legais foram preenchidos,
determinará à Administração Pública que conceda a CNH nos termos da lei.
Perceba-se que o Poder Judiciário sempre pode controlar a legalidade dos atos
administrativos do Poder Público (do Poder Executivo), sem que isso afete a independência
dos Poderes (funções estatais), uma vez que “a lei é para todos”, ou seja, evidentemente o
Poder Executivo também deve cumprir o que a lei determina.
Ex2: a licença paternidade do servidor público federal é 5 dias, conforme disposto no art.
208 da Lei Federal n.º 8.112/1990. Dessa forma, o administrador não tem opção: o servidor
homem que se torna pai tem direito a 5 dias de licença.
Mais uma vez, se a licença não for concedida ou for concedida por um prazo inferior a 5 dias,
esse servidor facilmente a conseguirá perante o Poder Judiciário através de mandado de
segurança: bastará juntar a certidão de nascimento do filho e demonstrar a negativa da
Administração em lhe conceder a licença paternidade.
Ex3: a aposentadoria é outro grande exemplo de ato vinculado, pois se a pessoa cumprir os
requisitos legais, o INSS (Administração Pública) obrigatoriamente deve conceder-lhe a
aposentadoria.
a) Legalidade: o ato discricionário, assim como o vinculado, também deve ser praticado nos
termos da lei, ou seja, também deve respeitar a lei. A diferença é que aqui a lei dará a opção
ao Poder Público de praticar ou não o ato administrativo, sendo que, se o praticar, ainda terá
margem de escolha entre limites mínimo e máximo traçados pela lei;
- Poder Judiciário pode analisar: se o ato discricionário for praticado pela Administração
Pública sem respeitar a lei, o Poder Judiciário poderá declarar essa ilegalidade, anulando o
ato. Ou seja, aqui é igual ao que ocorre com o ato vinculado.
b) Mérito: mas o ato discricionário possui um plus em relação ao ato vinculado, qual seja, o
mérito, que é justamente a margem de escolha que a lei dá ao Administrador Público.
Essa escolha ocorre conforme a oportunidade (momento) e a conveniência (interesse
público) do Poder Público.
Mas o mérito possui dois limites:
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- Limite da legalidade: o mérito do ato administrativo é limitado pela lei, pois a lei dirá quais
são os limites mínimo e máximo (margem de escolha) que o Administrador Público possui
para fazer sua escolha.
Ex.: no caso de suspensão do servidor público faltoso, a lei determina que o período de
suspensão pode ser de 1 a até 90 dias (art. 130, Lei Federal n.º 8.112/1990); portanto, a
chefia do servidor poderá escolher por quanto dias irá suspendê-lo se ele cometer uma
infração administrativa;
- Poder Judiciário pode analisar: se a chefia aplicar uma suspensão por mais de 90 dias,
ou seja, ultrapassando o limite máximo fixado pela lei, o ato discricionário tornou-se
ilegal e o Poder Judiciário poderá declarar essa ilegalidade, anulando o ato (o Judiciário
somente pode anular, nunca revogar);
- Consequência prática: o Poder Judiciário irá anular o ato administrativo e determinar
que a Administração Pública pratique outro em seu lugar, agora respeitando o limite
legal. Não será o Poder Judiciário quem irá praticar o ato administrativo (por exemplo,
escolhendo o tempo de suspensão do servidor público), pois a margem de escolha é da
Administração Pública.
- Respeito aos limites: agora, se o ato discricionário foi praticado pela Administração Pública
respeitando os limites da legalidade e da legitimidade, o Poder Judiciário não poderá analisar
o ato administrativo, já que não há qualquer ilegalidade ou ilegitimidade a ser declarada.
Portanto, quando o ato administrativo discricionário é praticado em conformidade com a lei e
de forma razoável e proporcional ao caso concreto, o Poder Judiciário jamais poderá analisar
o ato.
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➔ Ato discricionário ≠ Ato arbitrário: não confundir ato discricionário com ato arbitrário:
- Ato discricionário: é praticar o ato administrativo dentro dos limites dados pela lei;
- Ato arbitrário: é praticar o ato administrativo fora dos limites da lei, ou seja, aqui o
Administrador Público pratica o ato como “bem entender”, sem respeitar o momento ou
os limites mínimo e máximo fixados pela lei. Ou seja, podemos ter tanto ato
discricionário arbitrário quanto ato vinculado arbitrário, pois na arbitrariedade ocorre
desrespeito à legalidade (o ato administrativo é praticado sem respeitar a lei).
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Portanto, no ato complexo temos (macete: complexo = sexo, duas ou mais pessoas que
praticam um único ato):
- dois ou mais órgãos;
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- um único ato.
Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do
Tribunal de Contas da União, ao qual compete:
III - apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a
qualquer título, na administração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e
mantidas pelo Poder Público, excetuadas as nomeações para cargo de provimento em
comissão, bem como a das concessões de aposentadorias, reformas e pensões,
ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o fundamento legal do ato
concessório;
a) Ato perfeito: ato perfeito é o ato administrativo que completou o seu ciclo de formação,
ou seja, todas as etapas do seu processo de elaboração foram concluídas;
- Ato imperfeito: é o ato administrativo que não completou todas as etapas do seu ciclo de
formação.
b) Ato válido: é o ato administrativo que está em total conformidade com o ordenamento
jurídico (lei);
- Ato inválido: é um ato ilegal, desconforme com a lei (ato nulo).
c) Ato eficaz: por fim, ato administrativo eficaz é aquele que está apto para a produção de
efeitos jurídicos.
- Ato ineficaz: é o ato administrativo que não produz efeitos.
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2.7. Questões
Q542953
Ano: 2012 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2012 - OAB - Exame de Ordem Unificado -
VI - Primeira Fase - Reaplicação
A decisão tomada por uma das Câmaras do Conselho de Contribuintes de determinada
Administração Estadual é considerada ato:
( ) A) composto, pois resulta da manifestação de mais de um agente público.
( ) B) complexo, pois depende da manifestação de aprovação, com o relator, de outros
agentes.
( ) C) qualificado, pois importa na constituição da vontade da Administração quanto a
matéria específica.
*( ) D) simples, pois resulta da manifestação de vontade de um órgão dotado de
personalidade administrativa.
Q171058
Ano: 2010 Banca: CESPE Órgão: OAB Prova: CESPE - 2010 - OAB - Exame de Ordem - 3 -
Primeira Fase
De acordo com a classificação dos atos administrativos, constitui ato de gestão:
( ) A) a apreensão de bens.
*( ) B) o negócio contratual.
( ) C) o decreto de regulamentação.
( ) D) o embargo de obra.
Q318809
Ano: 2008 Banca: CESPE Órgão: OAB Prova: CESPE - 2008 - OAB - Exame de Ordem - 3 -
Primeira Fase
Considerando que há evidentes elementos de identidade entre ato jurídico e ato
administrativo, e que este é espécie do gênero ato jurídico, assinale a opção correta.
*( ) A) Existem atos praticados pelos administradores públicos que não se enquadram como
atos administrativos típicos, como é o caso dos contratos disciplinados pelo direito privado.
( ) B) Atos administrativos, atos da administração e atos de gestão administrativa são
expressões sinônimas.
( ) C) O exercício de cargo público em caráter efetivo é conditio sine quae non para prática
do ato administrativo.
( ) D) Mesmo nos casos em que o administrador público contrata com o particular em
igualdade de condições, está caracterizado o ato administrativo, pois a administração pública
está sendo representada por seu agente.
Q318808
Ano: 2008 Banca: CESPE Órgão: OAB Prova: CESPE - 2008 - OAB - Exame de Ordem - 3 -
Primeira Fase
Encontra-se sedimentado o entendimento de que ao Poder Judiciário é defeso apreciar o
mérito dos atos administrativos, limitando sua atuação quanto à aferição dos aspectos
relativos à sua legalidade. A esse respeito, assinale a opção correta.
( ) A) A garantia constitucional de que ninguém será obrigado a deixar de fazer algo senão
em virtude de lei assegura ao administrador público ilimitada discricionariedade na escolha
dos critérios de conveniência e oportunidade nos casos de anomia.
( ) B) Embora discricionariedade e arbitrariedade sejam espécies do mesmo gênero e,
portanto, legítimas, apenas a segunda é passível de controle de legalidade em sentido
estrito.
( ) C) O abuso de poder e a arbitrariedade têm como traço de distinção o fato de que aquele
se sujeita ao controle judicial e esta, somente à revisão administrativa.
*( ) D) Não há discricionariedade contralegem.
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Q207863
Ano: 2007 Banca: VUNESP Órgão: OAB-SP Prova: VUNESP - 2007 - OAB-SP - Exame de
Ordem - 2 - Primeira Fase
Sobre os atos administrativos discricionários, é incorreto afirmar que:
( ) A) são resultados da liberdade de atuação do administrador nos limites traçados pela lei.
( ) B) são objetos de controle de legalidade pelo Poder Judiciário.
*( ) C) são atos arbitrários, praticados pelo administrador com base em seu Poder de
Polícia.
( ) D) têm no desvio de poder um dos limites a sua prática concreta.
Q299620
Ano: 2006 Banca: CESPE Órgão: OAB Prova: CESPE - 2006 - OAB - Exame de Ordem Julgue
os seguintes itens, referentes a atos administrativos.
I. Ato vinculado ou regrado é aquele para cuja realização a lei estabelece requisitos e
condições.
II. Ato discricionário pode ser praticado pela administração com liberdade de escolha de seu
conteúdo, de seu destinatário, de sua conveniência, de sua oportunidade e do modo de sua
realização.
III. Ato nulo é aquele que a administração, e somente ela, pode invalidar, por motivo de
conveniência, oportunidade ou justiça.
IV. Ato revogável é o que nasce afetado de vício insanável por ausência ou defeito
substancial em seus elementos constitutivos ou em seu procedimento formativo.
Estão certos apenas os itens:
*( ) A) I e II.
( ) B) I e III.
( ) C) II e IV.
( ) D) III e IV.
Q208160
Ano: 2005 Banca: OAB-SP Órgão: OAB-SP Prova: OAB-SP - 2005 - OAB-SP - Exame de
Ordem - 2 - Primeira Fase
Quando o administrador socorre-se de parâmetros normativos e se vale de procedimentos
técnicos e jurídicos prescritos pela Constituição e pela lei, para balancear os interesses em
jogo e tomar uma decisão que tenha mais legitimidade, diz-se que ele:
( ) A) instituiu privilégio para atender ao princípio da supremacia do interesse público
( ) B) aplicou a verticalidade das relações entre Estado e particular.
*( ) C) exerceu discricionariedade.
( ) D) realizou uma competência vinculada.
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3. ELEMENTOS
Elementos são os requisitos de validade para que o ato administrativo seja praticado: se
algum deles não for observado, o ato será inválido (ilegal, nulo: deve ser anulado porque
não observou a lei).
➔ Ato Inválido: se qualquer elemento não for preenchido, o ato administrativo será inválido,
ou seja, será ilegal. Como o ato ilegal é aquele que desrespeita a lei, ele deve ser anulado
pela própria Administração Pública (autotula administrativa) ou pelo Poder Judiciário - art.
54 da Lei Federal n.º 9.784/1999.
Art. 53. A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício de
legalidade, e pode revogá-los por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os
direitos adquiridos.
3.1. Competência
A competência diz respeito a quem tem o poder legal de praticar o ato administrativo, ou
seja, é a previsão de quem será o sujeito competente para praticar o ato.
A lei sempre dirá quem é o sujeito competente (nunca se presume).
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Art. 12. Um órgão administrativo e seu titular poderão, se não houver impedimento legal,
delegar parte da sua competência a outros órgãos ou titulares, ainda que estes não lhe
sejam hierarquicamente subordinados, quando for conveniente, em razão de
circunstâncias de índole técnica, social, econômica, jurídica ou territorial.
Parágrafo único. O disposto no caput deste artigo aplica-se à delegação de competência
dos órgãos colegiados aos respectivos presidentes.
Art. 14. O ato de delegação e sua revogação deverão ser publicados no meio oficial.
§ 1º O ato de delegação especificará as matérias e poderes transferidos, os limites da
atuação do delegado, a duração e os objetivos da delegação e o recurso cabível, podendo
conter ressalva de exercício da atribuição delegada.
§ 2º O ato de delegação é revogável a qualquer tempo pela autoridade delegante.
§ 3º As decisões adotadas por delegação devem mencionar explicitamente esta qualidade
e considerar-se-ão editadas pelo delegado.
c) Avocação (art. 15, Lei Federal n.º 9.784/1999): a delegação e a avocação de competência
têm a ver com o seu exercício e não com a sua titularidade, pois a titularidade é sempre
intransferível.
A avocação do exercício da competência possui as seguintes características:
- Conceito: avocar é chamar para si funções originariamente atribuídas a um subordinado,
ou seja, alguém inferior na hierarquia administrativa;
- Somente subordinado: a avocação do exercício da competência somente pode ocorrer
quando o agente ou órgão for hierarquicamente subordinado. Ou seja, somente é possível
chamar para si o exercício da competência de quem esteja abaixo na pirâmide hierárquica;
- Vedação “Ex”: nem todo ato administrativo pode ter o exercício avocado; é vedado avocar
o exercício da competência dos seguintes atos administrativos:
- atos de competência Exclusiva do subordinado.
Art. 15. Será permitida, em caráter excepcional e por motivos relevantes devidamente
justificados, a avocação temporária de competência atribuída a órgão hierarquicamente
inferior.
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3.2. Finalidade
A finalidade é aquilo que motiva (a intenção) o agente a praticar o ato administrativo.
Ela é vista tanto em sentido amplo (busca do interesse público) quanto em sentido estrito
(busca do fim especificado na lei).
a) Vício de finalidade (desvio de poder): quando o agente público pratica o ato administrativo
sem buscar o interesse público ou o fim especificado na lei, temos um vício de finalidade,
também chamado de desvio de poder;
- Abuso de poder: abuso de poder é o gênero do qual decorrem duas espécies:
- Excesso de poder = excesso de competência (vício de competência), visto acima; e
- Desvio de poder = desvio de finalidade (vício de finalidade).
Exemplo: segundo consta do art. 36 da Lei Federal n.º 8.112/1990, a remoção de ofício do
servidor público sempre deve ocorrer no interesse da Administração (art. 36, púnico, I), o
que significa que ocorrer em virtude da necessidade do serviço público e jamais como uma
forma de punição.
Sendo assim, se ficar comprovado que a chefia determinou a remoção de algum servidor
público como forma de puni-lo ou em decorrência de alguma perseguição pessoal, o ato será
nulo e ele terá direito de retornar ao local de origem.
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3.3. Motivo
O elemento motivo é a situação de fato (fatos da vida real) e de Direito (tipicidade) que
autoriza ou impõe ao agente público a prática do ato administrativo.
a) Teoria dos motivos determinantes: a teoria dos motivos determinantes ensina que os
fatos que serviram de suporte para a decisão integram a validade do ato administrativo. Dito
de outro modo, o motivo (fato) alegado para a prática do ato administrativo deve ser
verdadeiro; se o motivo for falso, o ato será inválido (ilegal, nulo).
Essa teoria torna-se importante sobretudo para as situações em que a própria lei dispensa a
apresentação de um fato (motivo) para a prática do ato administrativo.
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso
público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do
cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em
comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração;
3.4. Forma
Forma é o modo de exteriorização do ato administrativo, observando-se o procedimento
previsto em lei e expondo a motivação pela qual o ato está sendo praticado.
Forma é “colocar no papel” o elemento motivo: fato + tipicidade.
Ex.: a forma para apurar e aplicar penalidades aos servidores públicos que cometem
infrações administrativas é a sindicância ou o PAD (exteriorização) – art. 143, Lei Federal n.º
8.112/1990 –, sendo que na sindicância ou PAD o Administrador terá de descrever o porquê
(motivação) de estar aplicando aquela penalidade ao servidor público.
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Portanto, se alguma penalidade for aplicada sem que tenha sido instaurada uma sindicância
ou um PAD (exteriorização) e sem que tenha havido a descrição do fato e da lei infringida
(motivação), estará desrespeitado o elemento forma do ato administrativo e a consequência
será a nulidade da penalidade aplicada ao servidor.
➔ Motivo ≠ Motivação: mas cuidado para não confundir o elemento motivo com a motivação
(esta é apenas um dos requisitos do elemento forma).
- Elemento motivo: o motivo é algo estático (fato) que está previsto na lei (tipicidade);
- Motivação (elemento forma): já a motivação é o modo de expor o motivo, ou seja,
motivação é colocar o motivo (fato e tipicidade) no papel, é explicar qual o fato ocorrido
e qual a lei aplicável para tal fato. O cuidado que se deve ter é que, quando se fala em
motivação, está-se referindo ao elemento forma e não ao elemento motivo.
3.5. Objeto
O objeto é o efeito jurídico imediato produzido pelo ato administrativo; é o conteúdo material
do ato administrativo.
Dito de outra forma, objeto é o próprio ato administrativo. Ex.: posse, exoneração,
demissão...
3.6. Questões
Q1040970
Ano: 2019 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2019 - OAB - Exame de Ordem Unificado
XXX - Primeira Fase
José, servidor público federal ocupante exclusivamente de cargo em comissão, foi
exonerado, tendo a autoridade competente motivado o ato em reiterado descumprimento da
carga horária de trabalho pelo servidor. José obteve, junto ao departamento de recursos
humanos, documento oficial com extrato de seu ponto eletrônico, comprovando o regular
cumprimento de sua jornada de trabalho.
Assim, o servidor buscou assistência jurídica junto a um advogado, que lhe informou
corretamente, à luz do ordenamento jurídico, que:
( ) A) não é viável o ajuizamento de ação judicial visando a invalidar o ato de exoneração,
eis que o próprio texto constitucional estabelece que cargo em comissão é de livre nomeação
e exoneração pela autoridade competente, que não está vinculada ou limitada aos motivos
expostos para a prática do ato administrativo.
( ) B) não é viável o ajuizamento de ação judicial visando a invalidar o ato de exoneração,
eis que tal ato é classificado como vinculado, no que tange à liberdade de ação do
administrador público, razão pela qual o Poder Judiciário não pode se imiscuir no controle do
mérito administrativo, sob pena de violação à separação dos Poderes.
*( ) C) é viável o ajuizamento de ação judicial visando a invalidar o ato de exoneração, eis
que, apesar de ser dispensável a motivação para o ato administrativo discricionário de
exoneração, uma vez expostos os motivos que conduziram à prática do ato, estes passam a
vincular a Administração Pública, em razão da teoria dos motivos determinantes.
( ) D) é viável o ajuizamento de ação judicial visando a invalidar o ato de exoneração, eis
que, por se tratar de um ato administrativo vinculado, pode o Poder Judiciário proceder ao
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Q626472
Ano: 2016 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2016 - OAB - Exame de Ordem Unificado -
XIX - Primeira Fase
A associação de moradores do Município F solicitou ao Poder Público municipal autorização
para o fechamento da “rua de trás”, por uma noite, para a realização de uma festa junina
aberta ao público. O Município, entretanto, negou o pedido, ao fundamento de que aquela
rua seria utilizada para sediar o encontro anual dos produtores de abóbora, a ser realizado
no mesmo dia.
Considerando que tal fundamentação não está correta, pois, antes da negativa do pedido da
associação de moradores, o encontro dos produtores de abóbora havia sido transferido para
o mês seguinte, conforme publicado na imprensa oficial, assinale a afirmativa correta.
( ) A) Mesmo diante do erro na fundamentação, o ato é válido, pois a autorização pleiteada
é ato discricionário da Administração.
( ) B) Independentemente do erro na fundamentação, o ato é inválido, pois a autorização
pleiteada é ato vinculado, não podendo a Administração indeferi-lo.
*( ) C) Diante do erro na fundamentação, o ato é inválido, uma vez que, pela teoria dos
motivos determinantes, a validade do ato está ligada aos motivos indicados como seu
fundamento.
( ) D) A despeito do erro na fundamentação, o ato é válido, pois a autorização pleiteada é
ato vinculado, não tendo a associação de moradores demonstrado o preenchimento dos
requisitos.
Q205203
Ano: 2008 Banca: CESPE Órgão: OAB-SP Prova: CESPE - 2008 - OAB-SP - Exame de Ordem
- 1 - Primeira Fase
Com relação aos diversos aspectos que regem os atos administrativos, assinale a opção
correta.
*( ) A) Segundo a teoria dos motivos determinantes do ato administrativo, o motivo do ato
deve sempre guardar compatibilidade com a situação de fato que gerou a manifestação de
vontade, pois, se o interessado comprovar que inexiste a realidade fática mencionada no ato
como determinante da vontade, estará ele irremediavelmente inquinado de vício de
legalidade.
( ) B) Motivo e motivação do ato administrativo são conceitos equivalentes no direito
administrativo.
( ) C) Nos atos administrativos discricionários, todos os requisitos são vinculados.
( ) D) A presunção de legitimidade dos atos administrativos é uma presunção jure et de
jure, ou seja, uma presunção absoluta.
Q205103
Ano: 2008 Banca: CESPE Órgão: OAB-SP Prova: CESPE - 2008 - OAB-SP - Exame de Ordem
- 2 - Primeira Fase
Não configura, segundo a doutrina dominante, elemento ou requisito do ato administrativo:
( ) A) a forma.
( ) B) o objeto.
( ) C) a finalidade.
*( ) D) a discricionariedade.
Q299409
Ano: 2007 Banca: CESPE Órgão: OAB Prova: CESPE - 2007 - OAB - Exame de Ordem - 2 -
Primeira Fase
Acerca dos atos administrativos, assinale a opção correta.
( ) A) Os atos administrativos são praticados apenas pela administração pública.
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4. ATRIBUTOS
Atributos são as características que o ato administrativo possui, quais sejam (“P.A.T.I”):
- Presunção de legitimidade e de veracidade;
- Autoexecutoriedade;
- Tipicidade; e
- Imperatividade.
c) Mera presunção: mas tanto a legitimidade quanto a veracidade são apenas presumidas ou
relativas, o que também é chamado de presunção iuris tantum (≠ iuris et de iuri), e, por isso,
admitem prova em contrário. Isso significa dizer que a pessoa afetada pelo ato
administrativo praticado pelo Poder Público pode provar que uma ou ambas as presunções
não são verdadeiras.
- Inversão do ônus da prova: como sabido, a regra geral de Direito é que aquele que alega
deve provar (art. 373, CPC). Mas em relação aos atos administrativos, como eles gozam das
presunções de legitimidade e veracidade, a Administração Pública nada precisa provar,
cabendo à pessoa afetada pelo ato demonstrar o contrário se assim quiser. Portanto, em
relação aos atos administrativos ocorre a inversão do ônus da prova, cabendo ao particular
provar que a alegação da Administração não é verdadeira e/ou que não está em
conformidade com a legislação (legitimidade);
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presunção absoluta (iuris et de iuri) é aquela que não admite prova em contrário, o que
não é o caso das presunções de legitimidade e veracidade, pois, como visto, elas
admitem prova em contrário (presunção iuris tantum). Ou seja, apesar de as
presunções de legitimidade e veracidade serem universais (estão presente em todos os
atos administrativos), elas são apenas relativas (iuris tantum) e admitem prova em
contrário.
4.2. Autoexecutoriedade
Autoexecutoriedade é a qualidade de compelir materialmente o administrado,
independentemente de ordem judicial.
Significa que a Administração Pública pode executar as suas decisões sem precisar de
intervenção judicial.
Ex.: um fiscal da vigilância sanitária pode apreender carnes estragadas e ainda interditar o
açougue que as vendia, podendo, inclusive, requisitar força policial para lhe auxiliar caso
haja resistência por parte do particular (proprietário do açougue). E tudo isso de forma
administrativa, ou seja, sem a necessidade de uma ação judicial ou de autorização do Poder
Judiciário.
4.3. Tipicidade
Tipicidade significa que o ato administrativo deve corresponder a figuras previamente
definidas em lei.
É a mesma tipicidade do Direito Penal: “tipo é o modelo legal da conduta proibida.”
➔ Sempre (universal): a tipicidade é universal, ou seja, sempre está presente nos atos
administrativos (em todos eles).
4.4. Imperatividade
Imperatividade é a possibilidade que a Administração Pública possui de impor-se a terceiros,
independentemente da vontade dos mesmos.
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4.5. Questões
Q207862
Ano: 2007 Banca: VUNESP Órgão: OAB-SP Prova: VUNESP - 2007 - OAB-SP - Exame de
Ordem - 2 - Primeira Fase
Sobre os atos administrativos, é incorreto afirmar que:
( ) A) constituem declaração do Estado ou de quem lhes faça as vezes.
( ) B) sujeitam-se ao regime jurídico administrativo ou de direito público.
( ) C) gozam de presunção de legitimidade e veracidade.
*( ) D) sempre possuem, independentemente de previsão legal expressa, auto-
executoriedade.
Q207754
Ano: 2007 Banca: VUNESP Órgão: OAB-SP Prova: VUNESP - 2007 - OAB-SP - Exame de
Ordem - 1 - Primeira Fase
Não caracterizam prerrogativas de potestade pública:
( ) A) a presunção de legitimidade de seus atos.
( ) B) a exigibilidade.
*( ) C) o interesse público primário.
( ) D) a imperatividade.
Q299619
Ano: 2006 Banca: CESPE Órgão: OAB Prova: CESPE - 2006 - OAB - Exame de Ordem - 1 -
Primeira Fase
Os atos administrativos possuem atributos que os diferenciam dos atos privados. Assinale a
opção que não configura atributo exclusivo do ato administrativo.
( ) A) presunção de legitimidade.
( ) B) imperatividade.
( ) C) auto-executoriedade.
*( ) D) legalidade.
Q208748
Ano: 2006 Banca: ND Órgão: OAB-DF Prova: ND - 2006 - OAB-DF - Exame de Ordem - 3 -
Primeira Fase
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Quando a lei define que o dever de obediência do servidor público não abrange os atos ou
ordens manifestamente ilegais, temos um abrandamento da presunção de:
*( ) A) legalidade do ato administrativo;
( ) B) auto-executoridade do ato administrativo;
( ) C) veracidade do ato administrativo;
( ) D) imperatividade do ato administrativo.
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- Poder Judiciário (não): o Poder Judiciário somente pode anular um ato administrativo, pois
a anulação ocorre sempre que um ato é ilegal; mas o Judiciário jamais pode revogar um ato
administrativo, pois a revogação diz respeito ao mérito (oportunidade e conveniência)
administrativo.
Súmulas
S.346/STF. A Administração Pública pode declarar a nulidade dos seus próprios atos.
S.473/STF. A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que
os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de
conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos
os casos, a apreciação judicial.
Art. 55. Em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao interesse público nem
prejuízo a terceiros, os atos que apresentarem defeitos sanáveis poderão ser convalidados
pela própria Administração.
5.2. Caducidade
Na caducidade, o ato administrativo é retirado do mundo jurídico porque sobreveio norma
jurídica que o extingue (lei posterior invalida o ato) - art. 2º, § 1º, LINDB.
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Ex.: uma nova lei de trânsito passa a exigir a idade de 21 anos para a obtenção da CNH,
mencionando que as CNH’s de pessoas com menos desta idade estão automaticamente
inválidas (caducidade).
Art. 2º [...]
§ 1º A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, quando seja com
ela incompatível ou quando regule inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior.
5.3. Contraposição
A contraposição é a emissão de um ato administrativo contraposto ao anterior: um ato
posterior e contrário ao ato inicial.
5.4. Cassação
A cassação ocorre quando o destinatário do ato administrativo deixa de cumprir os requisitos
para a manutenção do ato.
Ex.: cassação de CNH, de licença para construir, da licença para o exercício da profissão de
advogado pela OAB.
5.5. Renúncia
Renúncia é a extinção do ato administrativo decorrente da manifestação de vontade do
próprio beneficiário do ato.
Ex.: o candidato aprovado em concurso público é nomeado, mas manifesta sua renúncia em
tomar posse no cargo.
5.6. Questões
Q829490
Ano: 2017 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2017 - OAB - Exame de Ordem Unificado -
XXIII - Primeira Fase
Ao realizar uma auditoria interna, certa entidade administrativa federal, no exercício da
autotutela, verificou a existência de um ato administrativo portador de vício insanável, que
produz efeitos favoráveis para a sociedade Tudo beleza S/A, a qual estava de boa-fé. O ato
foi praticado em 10 de fevereiro de 2012. Em razão disso, em 17 de setembro de 2016, a
entidade instaurou processo administrativo, que, após o exercício da ampla defesa e do
contraditório, culminou na anulação do ato em 05 de junho de 2017.
Com relação ao transcurso do tempo na mencionada situação hipotética, assinale a
afirmativa correta.
*( ) A) Não há decadência do direito de anular o ato eivado de vício, considerando que o
processo que resultou na invalidação foi instaurado dentro do prazo de 5 (cinco) anos.
( ) B) Consumou-se o prazo prescricional de 5 (cinco) anos para o exercício do poder de
polícia por parte da Administração Pública federal.
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Q349734
Ano: 2013 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2013 - OAB - Exame de Ordem Unificado -
XII - Primeira Fase
O Estado X concedeu a Fulano autorização para a prática de determinada atividade.
Posteriormente, é editada lei vedando a realização daquela atividade. Diante do exposto, e
considerando as formas de extinção dos atos administrativos, assinale a afirmativa correta.
( ) A) Deve ser declarada a nulidade do ato em questão.
*( ) B) Deve ser declarada a caducidade do ato em questão.
( ) C) O ato em questão deve ser cassado.
( ) D) O ato em questão deve ser revogado.
Q261973
Ano: 2012 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2012 - OAB - Exame de Ordem Unificado -
VII - Primeira Fase
Acerca das modalidades de extinção dos atos administrativos, assinale a alternativa correta.
( ) A) A renúncia configura modalidade de extinção por meio da qual são extintos os efeitos
do ato por motivo de interesse público.
( ) B) A cassação configura modalidade de extinção em que a retirada do ato decorre de
razões de oportunidade e conveniência.
( ) C) A revogação configura modalidade de extinção que ocorre quando a retirada do ato se
dá por ter sido praticado em contrariedade com a lei.
*( ) D) A caducidade configura modalidade de extinção em que ocorre a retirada do ato por
ter sobrevindo norma jurídica que tornou inadmissível situação antes permitida pelo direito e
outorgada pelo ato precedente.
Q213692
Ano: 2011 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2011 - OAB - Exame de Ordem Unificado -
V - Primeira Fase
A revogação representa uma das formas de extinção de um ato administrativo. Quanto a
esse instituto, é correto afirmar que:
( ) A) pode se dar tanto em relação a atos viciados de ilegalidade ou não, desde que
praticados dentro de uma competência discricionária.
( ) B) produz efeitos retroativos, retirando o ato do mundo, de forma a nunca ter existido.
*( ) C) apenas pode se dar em relação aos atos válidos, praticados dentro de uma
competência discricionária, produzindo efeitos ex nunc.
( ) D) pode se dar em relação aos atos vinculados ou discricionários, produzindo ora efeito
ex tunc, ora efeito ex nunc.
Q171061
Ano: 2010 Banca: CESPE Órgão: OAB Prova: CESPE - 2010 - OAB - Exame de Ordem - 3 -
Primeira Fase
Acerca das modalidades de extinção dos atos administrativos, assinale a opção correta.
( ) A) A cassação configura modalidade de extinção em que a retirada decorre de razões de
oportunidade e de conveniência.
*( ) B) A caducidade configura modalidade de extinção em que ocorre a retirada por ter
sobrevindo norma jurídica que tornou inadmissível situação antes permitida pelo direito e
outorgada pelo ato precedente.
( ) C) A revogação configura modalidade de extinção cuja retirada ocorre por motivos de
conveniência, oportunidade e ilegalidade.
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( ) D) A renúncia é modalidade de extinção por meio da qual são extintos os efeitos do ato
por motivos de interesse público.
Q156926
Ano: 2010 Banca: CESPE Órgão: OAB Prova: CESPE - 2010 - OAB - Exame de Ordem
Unificado - I - Primeira Fase
Assinale a opção correta no que se refere à revogação dos atos administrativos.
( ) A) A revogação do ato administrativo produz efeitos ex tunc.
*( ) B) Atos vinculados não podem ser objeto de revogação.
( ) C) A revogação pode atingir certidões e atestados.
( ) D) Atos que gerarem direitos adquiridos poderão ser revogados.
Q197082
Ano: 2008 Banca: CESPE Órgão: OAB Prova: CESPE - 2008 - OAB - Exame de Ordem - 2 -
Primeira Fase
Assinale a opção incorreta no que se refere à revogação de atos administrativos.
( ) A) Os atos discricionários são, via de regra, suscetíveis de revogação.
*( ) B) Os atos que exauriram seus efeitos podem ser revogados, desde que
motivadamente.
( ) C) Ao Poder Judiciário é vedado revogar atos administrativos emanados do Poder
Executivo.
( ) D) Os atos que geram direitos adquiridos não podem ser revogados.
Q299775
Ano: 2007 Banca: CESPE Órgão: OAB Prova: CESPE - 2007 - OAB - Exame de Ordem - 1 -
Primeira Fase
Em relação ao controle da administração pública, assinale a opção correta.
( ) A) Um ato administrativo que viole a lei deve ser revogado pela própria administração,
independentemente de provocação.
( ) B) A anulação do ato administrativo importa em análise dos critérios de conveniência e
oportunidade.
*( ) C) Um ato nulo pode, eventualmente, deixar de ser anulado em atenção ao princípio da
segurança jurídica.
( ) D) A administração tem o prazo prescricional de 5 anos para anular os seus próprios
atos, quando eivados de ilegalidade.
Q299416
Ano: 2007 Banca: CESPE Órgão: OAB Prova: CESPE - 2007 - OAB - Exame de Ordem - 2 -
Primeira Fase
Em relação aos atos administrativos, assinale a opção correta.
*( ) A) Revogação consiste na supressão de ato legítimo e eficaz realizada pela
administração, por considerá-lo inconveniente ao interesse público.
( ) B) A anulação de um ato administrativo, em regra, implica o dever da administração de
indenizar o administrado pelos prejuízos decorrentes da invalidação do ato.
( ) C) Os atos de gestão são os que a administração pratica no exercício do seu poder
supremo sobre os particulares.
( ) D) A presunção de legitimidade é atributo apenas dos atos administrativos vinculados.
Q208750
Ano: 2006 Banca: ND Órgão: OAB-DF Prova: ND - 2006 - OAB-DF - Exame de Ordem - 3 -
Primeira Fase
O Secretário de Finanças do Distrito Federal resolve retirar da ordem jurídica um ato
administrativo normativo que, depois de 2 (dois) anos de sua adoção, revela-se
inconveniente. Assim, para eliminar a produção de efeitos futuros do ato, resguardados os
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efeitos lícitos produzidos durante os 2 (dois) anos referidos, a mencionada autoridade pública
deve:
( ) A) anular o ato;
*( ) B) revogar o ato;
( ) C) convalidar o ato;
( ) D) autuar o ato.
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