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SUMÁRIO
DIREITO PROCESSUAL PENAL – AÇÃO PENAL ................................. 3
INQUÉRITO POLICIAL ................................................................... 3
1.INTRODUÇÃO............................................................................ 3
2.CONCEITO ................................................................................ 3
3.FUNDAMENTO CONSTITUCIONAL ................................................ 3
4.AÇÃO PENAL PÚBLICA................................................................ 4
5.AÇÃO PENAL PRIVADA ............................................................... 6
6.ESPÉCIES DE AÇÃO PENAL PRIVADA ........................................... 7
7.HORA DE PRATICAR................................................................. 11
GABARITO ................................................................................. 13
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DIREITO PROCESSUAL PENAL – AÇÃO PENAL
INQUÉRITO POLICIAL
1. INTRODUÇÃO
2. CONCEITO
O crime é a conduta que lesa direitos, razão pela qual a sua prática gera ao Estado o
poder-dever de punir. Como esta punição não pode ser arbitrária nem ocorrer
desrespeitando as garantias constitucionais do indivíduo, é necessária a existência de uma
fase de apuração, assegurando-se ao acusado o direito de defesa, o contraditório e a
produção de provas. Surge, assim, a ação penal, como ato inicial desse procedimento,
alicerçando-se no direito de postular ao Estado a aplicação de uma sanção em face da
violação a uma norma penal incriminadora.
Trata-se do exercício do direito público subjetivo de pedir ao Estado-Juiz a aplicação do
direito penal objetivo (Código Penal) a um caso concreto. Funciona, portanto, como o
direito que a parte acusadora - Ministério Público ou o ofendido (querelante) - tem de,
mediante o devido processo legal, provocar o Estado para aplicação do seu poder de punir.
3. FUNDAMENTO CONSTITUCIONAL
O direito de ação encontra seu fundamento constitucional no art. 5o, XXXV, que prevê que
a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito.
CRFB, art. 5º, XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça
a direito.
ESPÉCIES
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Ministério Público, a ação será chamada de ação penal pública; enquanto sendo o
particular o titular da ação, a nomenclatura dada é ação penal privada.
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Ação penal pública condicionada: Apesar de o Ministério Público ser o titular da ação
(somente ele pode oferecer a denúncia), depende-se de certas condições de
procedibilidade para ingressar em juízo. Sem estas condições, o Ministério Público NÃO
pode oferecer a denúncia. A condição exigida por lei pode ser a REPRESENTAÇÃO do
ofendido ou a REQUISIÇÃO do Ministro da Justiça.
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RELEMBRANDO:
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Nesse caso, o legitimado será o ofendido. Sendo a peça acusatória a queixa-crime.
Art. 30. Ao ofendido ou a quem tenha qualidade para representá-lo caberá intentar a ação
privada.
Art. 31. No caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por decisão judicial,
o direito de oferecer queixa ou prosseguir na ação passará ao cônjuge, ascendente,
descendente ou irmão.
Como se pode observar pela leitura do art. 31, igualmente como previsto para a
representação, o direito de oferecer queixa ou de prosseguir na ação que já fora iniciada
pelo ofendido que veio a falecer ou ser declarado ausente, também passará ao Cônjuge,
ascendente, descendente ou irmão. O CADI.
A regra é que o titular do direito de ação é a vítima. Se o querelante for menor de 18
anos, mentalmente enfermo, retardado mental, o direito de queixa será exercido por seu
REPRESENTANTE LEGAL. Caso não possua representante legal ou seus interesses
colidirem com os deste, o direito de queixa poderá ser exercido por curador especial,
nomeado para o ato.
Art. 33. Se o ofendido for menor de 18 anos, ou mentalmente enfermo, ou retardado
mental, e não tiver representante legal, ou colidirem os interesses deste com os daquele,
o direito de queixa poderá ser exercido por curador especial, nomeado, de ofício ou a
requerimento do Ministério Público, pelo juiz competente para o processo penal.
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O artigo 46 do CPP estabelece os prazos para que o MP ofereça a denúncia, caso ocorra o
transcurso do lapso temporal definido sem que haja manifestação do órgão acusador, o
ofendido poderá intentar ação penal privada subsidiária da pública.
Art. 46. O prazo para oferecimento da denúncia, estando o réu preso, será de 5 dias,
contado da data em que o órgão do Ministério Público receber os autos do inquérito
policial, e de 15 dias, se o réu estiver solto ou afiançado.
Lembrando que o prazo de inércia é de 5 DIAS quando o indiciado estiver preso e 15 DIAS
se estiver solto. Essa ação trata-se de mera faculdade, cabendo ao particular optar entre
manejar ou não a ação, gozando como regra do prazo de seis meses, iniciados, contudo,
do encerramento do prazo que o MP dispõe para atuar (logo, no 6º dia Se o investigado
estiver preso, ou no 16º dia se o investigado estiver solto).
Art. 29. Será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada
no prazo legal, cabendo ao Ministério Público aditar a queixa, repudiá-la e oferecer
DENÚNCIA SUBSTITUTIVA, intervir em todos os termos do processo, fornecer elementos
de prova, interpor recurso e, a todo tempo, no caso de negligência do querelante, retomar
a ação como parte principal.
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Desse princípio decorre o instituto da DECADÊNCIA (já estudado na ação penal pública),
que nada mais é do que a perda do direito de ingresso com a ação após o lapso de tempo
de 6 meses, a contar do conhecimento da autoria. Portanto, em se falando de ação penal
privada, caso a parte não queira entrar com a ação basta aguardar a transcorrer do prazo.
Aqui também se encontra o instituto da RENÚNCIA, que é o ato unilateral(não depende
da aceitação do autor do crime) e voluntário por meio do qual a pessoa legitimada ao
exercício da ação penal privada abdica do seu direito de queixa. Pode ser expressa ou
tácita:
• Renúncia expressa: é aquela que consta de declaração escrita e assinada pelo
ofendido, por seu representante ou por procurador com poderes especiais. (art.50 cpp)
• Renúncia tácita: decorre da prática de ato incompatível com a intenção de exercer
o direito de queixa e admite qualquer meio de prova (Art. 57 do CPP). Ex.: casamento
com o autor do crime.
Nos termos do Art. 49 do Código de Processo Penal, a renúncia em relação a um dos
autores do crime A TODOS SE ESTENDE (ato unilateral). Trata-se de regra decorrente do
princípio da indivisibilidade da ação privada (Art. 48 do CPP).
Art. 49. A renúncia ao exercício do direito de queixa, em relação a um dos autores do
crime, a todos se estenderá.
ATENÇÃO! Tanto a renúncia quanto a decadência extinguem a punibilidade (Art. 107, CP).
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Assim, o perdão, se concedido a um dos querelados, a todos se estende, mas somente
extingue a punibilidade daqueles que o aceitarem (Art. 51 do CPP). Aquele que não aceitar
seguirá no processo, almejando ser absolvido.
Já a Perempção é a perda do direito de prosseguir na ação privada, ou seja, a sanção
jurídica cominada ao querelante em decorrência de sua inércia ou negligência. Seu
reconhecimento implica na extinção da punibilidade do querelado, não sendo possível que,
após seu reconhecimento, o ofendido ou seu representante legal ofereça nova queixa pelo
mesmo fato. Suas hipóteses estão previstar no art. 60 do CPP.
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7. HORA DE PRATICAR
E) os sucessores ou tutor.
2) A ação penal como “o direito do Estado-acusação ou da vítima de ingressar
em juízo, solicitando a prestação jurisdicional, representada pela aplicação das
normas de direito penal ao caso concreto”. Tradicionalmente, a doutrina
classifica as ações penais como públicas e privadas, que possuem diferentes
tratamentos a partir de sua natureza.
Assim, de acordo com as previsões do Código de Processo Penal e da doutrina,
são aplicáveis às ações penais de natureza privada os princípios da:
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II- Salvo disposição em contrário, o ofendido, ou seu representante legal, decairá no
direito de queixa ou de representação, se não o exercer dentro do prazo de 6 meses,
contado do dia da ocorrência do delito.
III- O perdão concedido a um dos querelados aproveitará a todos, sem que produza,
todavia, efeito em relação ao que o recusar.
5) Assinale a opção que apresenta princípios que regem a ação penal pública
a) publicidade, interesse legítimo e celeridade
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GABARITO
1. C
2. D
3. D
4. A
5. B
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“Agora é a hora de surpreender aqueles
que duvidaram de você.”
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