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Ação penal
É a manifestação no poder judiciário. É a partir da ação penal que o processo
se inicia, ou seja, o poder judiciário está parado e necessita de uma ação, de uma
iniciativa para agir, para apreciar um caso concreto. Assim como diz Jesus e
Estefam (2020): “Ação penal é o direito de invocar o Poder Judiciário no sentido de
aplicar o Direito Penal objetivo”. Assim essa ação penal é um direito subjetivo do
indivíduo, um direito autônomo, ou seja, ele tem o poder de agir, quando tem algum
bem jurídico seu lesado, mas não pode punir o autor com as próprias mãos, uma
vez que o Estado é o único legitimado a apreciar o caso e a punir, se realmente o
réu for culpado, isso demonstra o caráter público da ação penal, uma vez que o
poder judiciário tem caráter público e somente ele pode apreciar a ação. A ação
penal da início ao processo, mas não necessariamente precisa da condenação para
ser efetivada, isso comprova que é um direito abstrato, pois não depende de um
resultado final concreto. Assim frisa Capez (2020):
(i) é um direito autônomo, que não se confunde com o direito material que
se pretende tutelar;
(ii) é um direito abstrato, que independe do resultado final do processo;
(iii) é um direito subjetivo, porque o titular pode exigir do Estado-Juiz a
prestação jurisdicional;
(iv) é um direito público, porque a atividade jurisdicional que se pretende
provocar é de natureza pública.
● Ação penal exclusivamente privada: nesse caso a ação penal somente pode
ser iniciada pela vítima ou por seu representante legal, pois considerando o
crime em questão só pode a vítima ou seu representante instaurar a
queixa-crime.
A ação penal privada exclusiva somente pode ser proposta pelo ofendido ou
por quem tenha qualidade para representá-lo (art. 30 do CPP).
Denomina-se queixa-crime a peça pela qual se inicia a ação penal privada.
[...]
Em caso de morte do ofendido, ou quando declarado ausente por decisão
judicial, o direito de oferecer queixa ou prosseguir na ação passará ao
cônjuge, ascendente, descendente ou irmão (art. 31 do CPP).(ANDREUCCI,
2021)
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Acesso em: 2 jun. 2022.