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DIREITO ADMINISTRATIVO

Lei n. 8.429/1992 – Lei de Improbidade Administrativa (Atualizada)


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LEI N. 8.429/1992 – LEI DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA –


(ATUALIZADA)

Atualização temporária da lei de improbidade: as duas decisões tratam de liminares


dadas de forma isolada por um ministro, as quais dependem de confirmação do Plenário.

• Não se trata de uma posição do Supremo, mas, sim, de um ministro.

Obs.: Para fins de concurso público, a tendência é que não se cobre essa decisão, visto a
sua precariedade. No entanto, caso seja cobrado, será a exceção. A letra da lei afirma
que somente o Ministério Público é competente para propor ação de improbidade.

Ministro Alexandre de Moraes assegura a entes públicos legitimidade para propor


ação por improbidade

Para o ministro, a supressão da legitimidade, introduzida por mudanças na Lei de Impro-


bidade Administrativa, caracteriza uma espécie de monopólio do combate à corrupção ao
Ministério Público não autorizado pela Constituição Federal.
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu liminar
para definir que, além do Ministério Público, as pessoas jurídicas interessadas têm legiti-
midade para propor ação por ato de improbidade administrativa. A decisão foi tomada nas
Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADIs) 7042 e 7043, ajuizadas, respectivamente, pela
Associação Nacional dos Procuradores dos Estados e do Distrito Federal (Anape) e pela
Associação Nacional dos Advogados Públicos Federais (Anafe). A decisão será submetida a
referendo do Plenário.
As entidades questionam dispositivos da Lei 14.230/2021, que alterou a Lei de Impro-
bidade Administrativa (Lei 8.429/1992). Um dos questionamentos é que a nova legislação,
ao assegurar apenas ao Ministério Público a legitimidade para ajuizar ação de improbidade,
suprimiu essa prerrogativa dos entes públicos lesados, impedindo o exercício do dever-poder
da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios de zelar pela guarda da Cons-
tituição e das leis e de conservar o patrimônio público. Alegam, ainda, afronta à autonomia
da Advocacia Pública, tendo em vista que os entes políticos ficarão “à mercê da atuação do
Ministério Público para buscar o ressarcimento do dano ao erário”.
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Comando impeditivo à exclusividade.


Em sua decisão, o ministro Alexandre de Moraes afirmou que o artigo 129, parágrafo 1º,
da Constituição Federal estabelece, expressamente, que a legitimação do Ministério Público
em ações civis de improbidade administrativa não impede a de terceiros. Em seu entendi-
mento, o dispositivo do texto constitucional parece indicar um comando impeditivo à previsão
de exclusividade do Ministério Público nesses casos.
De acordo com o ministro, o combate à corrupção, à ilegalidade e à imoralidade no poder
público, com graves reflexos na carência de recursos para a implementação de políticas
públicas de qualidade, deve ser prioridade absoluta no âmbito de todos os órgãos constitu-
cionalmente institucionalizados.
Em análise preliminar do caso, o relator destacou que a supressão da legitimidade ativa
das pessoas jurídicas interessadas para a propositura da ação de improbidade pode repre-
sentar grave limitação ao amplo acesso à jurisdição, ofensa ao princípio da eficiência e obs-
táculo ao exercício da competência comum da União, dos estados, do Distrito Federal e dos
municípios para “zelar pela guarda da Constituição” e “conservar o patrimônio público”. Essa
supressão, segundo ele, caracteriza uma espécie de monopólio absoluto do combate à cor-
rupção ao Ministério Público, não autorizado, entretanto, pela Constituição Federal.

• Outra decisão do ministro suspendeu o recurso especial no STJ:

O Min. Alexandre suspendeu os Recursos Especiais em trâmite no STJ envolvendo


a aplicação retroativa das alterações introduzidas na Lei de Improbidade (Tema 1199).
Simples pesquisa na base de dados do Superior Tribunal de Justiça revela que proliferam
os pedidos de aplicação da Lei 14.230/2021 em processos na fase de Recurso Especial, já
remetidos ao Tribunal da Cidadania pelos Tribunais de origem.
Assim, considerando que tais pleitos têm como fundamentos a controvérsia reconhecida na
repercussão geral por essa SUPREMA CORTE, recomenda-se, também, o sobrestamento dos
processos em que tenha havido tal postulação, com a finalidade de prevenir juízos conflitantes.
Por todo o exposto, além da aplicação do artigo 1.036 do Código de Processo Civil,
DECRETO a SUSPENSÃO do processamento dos Recursos Especiais nos quais suscitada,
ainda que por simples petição, a aplicação retroativa da Lei 14.230/2021.
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• A Lei de Improbidade trouxe legislação mais benéfica a quem respondia por improbi-
dade, não tendo mais a sanção de perda da função ou suspensão dos direitos políticos.
Assim, quem já respondeu ou responde por improbidade e precisa cumprir a sanção,
pode pedir a aplicação mais benéfica, de acordo com a doutrina.
• Como muitos processos foram abertos com o pedido de revisão, o Ministro suspendeu
os recursos até que o Supremo venha a se manifestar se caberá a aplicação retroativa
da Lei de Improbidade a processo que á foi julgado em primeira ou segunda instância.

�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pelo professor Gustavo Scatolino da Silva.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
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