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CONSELHO SUPERIOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO

ENUNCIADOS CSMP

2019
 ENUNCIADO 1 – DUPLICIDADE DE PROCEDIMENTOS. IDENTIFICAÇÃO DA
CONTINÊNCIA. TRAMITAÇÃO E RESOLUÇÃO CONJUNTA. A duplicidade de
procedimentos acerca do mesmo tema não dá ensejo ao arquivamento de um deles.
Identificada a continência, os procedimentos deverão ser reunidos para tramitação e
resolução conjunta, tendo atribuição o Promotor de Justiça que presidir o procedimento cujo
objeto é o mais amplo, ressalvado o § 2º do art. 19 da Resolução n.º 007/2019-CPJ.

 ENUNCIADO 2 - PROCEDIMENTAL. DO RECEBIMENTO DE NOTÍCIA FATO.


CONSULTA AO SISTEMA SIMP. EVITAR DUPLICIDADE DE PROCEDIMENTOS. Recebida
Notícia de Fato, o Promotor de Justiça deverá, antes de instaurar qualquer procedimento
fazer consulta ao Sistema Integrado do Ministério Público-SIMP para evitar a duplicidade de
procedimentos acerca do mesmo tema.

Fundamento: art. 4º, inciso I, da Resolução n.º 174/2017-CNMP c/c art. 8º, inciso I, da
Resolução n.º 007/2019-CPJ (DOE de 13.06.2019)

 ENUNCIADO 3 - IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. INSUFICIÊNCIA DE PROVAS DE


ATOS DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA E AUSÊNCIA OU IMPOSSIBILIDADE DE
COMPROVAÇÃO DE DANOS AO ERÁRIO. Merece homologação a promoção de
arquivamento de inquérito civil ou de procedimento preparatório para apurar improbidade
administrativa se, no curso da investigação, restar comprovada a insuficiência de provas da
prática de atos de improbidade tipificados nos artigos 9º, 10 e 11 da Lei Federal nº. 8.429/92 e
a ausência ou impossibilidade de comprovação de danos ao erário.

 ENUNCIADO 4 - IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. PRESCRIÇÃO. Merece


homologação a promoção de arquivamento de inquérito civil ou de procedimento preparatório
para apurar improbidade administrativa se, no curso da investigação, ficar comprovada a
prescrição da ação, regulada pelo art. 23, incisos I, II e III da Lei nº. 8.429/92, ressalvados os
casos em que haja comprovação de prática dolosa que cause danos ao erário, que é
imprescritível e demanda o prosseguimento do feito.

Fundamento: art. 37, § 5º da CF. RE/STF 852.475.

 ENUNCIADO 5 - IMPROBIDADE ADMIINISTRATIVA. FUNDAMENTO DE PEÇA DE


ARQUIVAMENTO DEVE SER DEMONSTRADO NO CASO CONCRETO. Quando o
fundamento do arquivamento do inquérito civil ou procedimento preparatório de investigação
de ato de improbidade administrativa estiver pautado em prescrição, deve estar
especificamente demonstrada no caso concreto dos autos.

Fundamento: Deve-se comprovar por meio de documento, tais como: decreto de


exoneração; ato de rescisão de contrato temporário; publicação no Diário Oficial do Estado do
término do Mandato; se servidor efetivo, apontar a lei específica para faltas disciplinares
puníveis com demissão a bem do serviço público.

 ENUNCIADO 6 - IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. CONTAGEM DE PRESCRIÇÃO. A


contagem prescricional dos atos de improbidade administrativa deve observar o disposto no

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art. 23 da lei 8429/92, não existindo contagem prescricional da data dos fatos quando digam
respeito a exercício de mandato, função de confiança ou cargo em comissão.

 ENUNCIADO 7 - IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. TERMO INICIAL DO PRAZO


PRESCRICIONAL. REELEIÇÃO DE AGENTES POLÍTICOS. No caso de agentes políticos
reeleitos, o termo inicial do prazo prescricional nas ações de improbidade administrativa deve
ser contado a partir do término do último mandato.

 ENUNCIADO 8 - IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. LEGITIMIDADE CONCORRENTE


DISJUNTIVA DO MINISTÉRIO PÚBLICO PARA O AJUIZAMENTO DE AÇÃO CIVIL DE
RESPONSABILIZAÇÃO POR ATO DE IMPROBIDADE BEM COMO A RESPECTIVA AÇÃO
DE RESSARCIMENTO AO ERÁRIO. Cabe ao Ministério Público promover a ação civil de
improbidade administrativa, incluindo-se a ação para pleitear o ressarcimento do dano
causado pelo ato ímprobo, independentemente do ingresso em juízo da Fazenda Pública
interessada para fazê-lo.

Fundamento: Não se pode tolher a prerrogativa conferida constitucionalmente ao Ministério


Público para tutelar o patrimônio público, na qual se inclui a legitimidade para pleitear
ressarcimento dos danos causados ao erário, condicionando-a ao ingresso em juízo da
Fazenda Pública.
Isso porque, tanto a doutrina como a jurisprudência, já classificaram a legitimidade do órgão
ministerial como concorrente e disjuntiva.
É concorrente, porque não é unicamente conferida ao Parquet, podendo outros legitimados
ingressar com a respectiva ação coletiva. No caso da ação de improbidade administrativa
podem propô-la tanto o Ministério Público, como a pessoa jurídica de direito público
interessada.
É disjuntiva porque, embora a legitimidade tenha sido atribuída a mais de um legitimado
coletivo, um legitimado não necessita do ingresso do outro para pleitear em juízo. Nesse
sistema, cada co-legitimado goza de autonomia para propor a respectiva ação coletiva,
havendo posição do STJ nesse sentido.

ENUNCIADO 9 - ILEGITIMIDADE DO MINISTÉRIO PÚBLICO PARA EXECUTAR


ACÓRDÃO DE CORTE DE CONTAS. O Ministério Público Estadual não possui legitimidade
para ajuizar ação executiva de débito proveniente de acórdão em julgamento de Corte de
Conta, porém, é de bom alvitre que o Órgão Ministerial fiscalize a inscrição do débito em
dívida ativa da Fazenda Pública prejudicada.
Fundamento: Quanto à execução do Título Executivo Extrajudicial proveniente de acórdão
de Corte de Contas, já foi decidido pelo Supremo Tribunal Federal, em tema cuja
Repercussão Geral foi reconhecida, que cabe EXCLUSIVAMENTE ao ente beneficiário
propor a referida Ação Executiva. (STF; Processo: ARE 823347 RG; Relator (a): Min.
Gilmar Mendes; Julgamento: 02/10/2014; Publicação: 28/10/2014).

 ENUNCIADO 10 - IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. LEGITIMIDADE DO MINISTÉRIO


PÚBLICO. AJUIZAMENTO DE AÇÃO DE RESSARCIMENTO AO ERÁRIO. O Ministério
Público Estadual possui legitimidade para ingressar com ação de ressarcimento de danos ao
erário, independentemente da existência de procedimento de apuração de contas, devido à
legitimidade disjuntiva de ingresso referente ao ressarcimento, desde que haja elementos
suficientes para tal.

Fundamento: Embora o membro do Ministério Público não tenha legitimidade para executar
as decisões de condenação patrimonial da Corte de Contas, não existe proibição no sentido

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do Parquet ingressar com ação de ressarcimento ao erário por ato de improbidade


administrativa baseado nas informações proveniente do Tribunal de Contas, a diferença será
que tal ação deverá enfrentar o processo cognitivo até o reconhecimento da existência de um
título executivo judicial, nos termos do art. 21, inciso II, da Lei n.º 8.429/92. Está consolidado
o entendimento quanto à legitimidade do Parquet para a propositura de ação civil
pública, objetivando o ressarcimento de danos ao erário, decorrentes de atos de
improbidade administrativa (STJ - AgInt no REsp: 1607976 RJ 2015/0150952-2, Relator:
Ministro FRANCISCO FALCÃO, Data de Julgamento: 17/10/2017, T2 - SEGUNDA
TURMA, Data de Publicação: DJe 23/10/2017)

 ENUNCIADO 11 – PROCEDIMENTAL. CONVERSÃO DO JULGAMENTO EM


DILIGÊNCIAS. Convertido o julgamento em diligência, reabre-se ao Promotor de Justiça que
tinha promovido o arquivamento do inquérito civil ou do procedimento preparatório a
oportunidade de reapreciar o caso, podendo manter sua posição favorável ao arquivamento
ou propor a ação civil pública, como lhe pareça mais adequado. Neste último caso,
desnecessária a remessa dos autos ao Conselho Superior, bastando comunicar o
ajuizamento da ação por ofício.

Fundamento: art. 27, § 3º, inciso I, da Resolução n.º 007/2019-CPJ

 ENUNCIADO 12 - PROCEDIMENTAL. DILIGÊNCIAS REQUERIDAS PELO ÓRGÃO


COLEGIADO. MANDATO ENCERRADO. CONSELHEIROS EM NOVOS MANDATOS. O
Conselho Superior do Ministério Público não homologará promoção de arquivamento de
procedimentos cujas diligências requeridas pelo Colegiado não foram cumpridas, a menos
que haja superveniência de fatos e/ou novos documentos, com as devidas razões de
arquivamento do presidente dos autos, ainda que tais diligências tenham sido requeridas por
Conselheiros com mandatos encerrados.

Fundamento: Se, em virtude da conversão do julgamento em diligência, surgirem novas


provas, o mesmo membro do Ministério Público que tinha promovido o arquivamento do
inquérito civil não estará impedido de reapreciar o inquérito civil, podendo tanto propor a ACP,
se estiver convencido de seu cabimento, como insistir no arquivamento, em caso contrário.

 ENUNCIADO 13 - PROCEDIMENTAL. DELIMITAÇÃO DO OBJETO DE


INVESTIGAÇÃO/ ACOMPANHAMENTO/FISCALIZAÇÃO NA PORTARIA DE
INSTAURAÇÃO. É imprescindível a delimitação do objeto de investigação/
acompanhamento/fiscalização nas Portarias de Instauração dos Procedimentos Extrajudiciais.

Fundamento: Em atenção aos princípios da eficiência, economicidade processual e


segurança jurídica devem ser evitadas a elaboração de portarias por modelos textuais e
conceitos jurídicos indeterminados e genéricos que não dizem respeito a fatos determinados.
Resolução nº 23/2007 do CNMP: Art. 4º O inquérito civil será instaurado por portaria,
numerada em ordem crescente, renovada anualmente, devidamente registrada em livro
próprio e autuada, contendo: I – o fundamento legal que autoriza a ação do Ministério Público
e a descrição do fato objeto do inquérito civil; Resolução nº 174/2017 do CNMP. Art. 9º.
O procedimento administrativo será instaurado por portaria sucinta, com delimitação de seu
objeto, aplicando-se, no que couber, o princípio da publicidade dos atos, previsto para o
inquérito civil.
ENUNCIADO 14 - PROCEDIMENTAL. PROMOÇÃO DE ARQUIVAMENTO. SANEAMENTO
DE IRREGULARIDADES FORMAIS ANTES DO ENCAMINHAMENTO AO EGRÉGIO

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CONSELHO SUPERIOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO. Antes do encaminhamento dos autos


para análise de arquivamento perante o Conselho Superior do Ministério Público, o membro
presidente dos autos deve sanar as irregularidades formais dos autos e determinar a
completa e correta numeração das páginas do procedimento, assim como, a cientificação do
arquivamento às partes interessadas, nos termos da Resolução n.º 007/2019-CPJ.
Fundamento: Visar a celeridade processual e economicidade, com base na Portaria n.º
6091/2015, republicada no DOE de 05.06.2019, que estabelece medidas de contenção,
redução, racionalização, contingenciamento e monitoramento de despesas.

 ENUNCIADO 15 – PROCEDIMENTAL. ARQUIVAMENTO DE PIC. O Promotor de Justiça


deve promover o arquivamento de PIC ou outra investigação de matéria exclusivamente
criminal na forma do art. 28 do CPP, sendo desnecessário o exame pelo CSMP.

Fundamento: Resolução Conjunta n. º 01/25011-PGJ/CGMP.

 ENUNCIADO 16 – PROCEDIMENTAL. REMESSA DE CORRESPONDÊNCIAS AO


CSMP. DOCUMENTO OFICIAL DEVE SER ASSINADO PELO MEMBRO. Os expedientes
remetidos ao CSMP devem ser assinados pelo membro, não podendo delegar esse ato a
servidor do Ministério Público.

Fundamento: Recomendação n.º 002/2019-CGMP


(Enunciados 01 a 16 APROVADOS na 2ª Sessão Extraordinária, realizada em 19.06.2019 – DOE 26.06.2019)

ENUNCIADO 17- PROCEDIMENTAL. NÃO INSTAURAÇÃO DE PORTARIA PARA


PROMOÇÃO DE ARQUIVAMENTO. É indevida a instauração de portaria para a promoção
de arquivamento de procedimentos extrajudiciais, devendo ser realizada por meio de decisão
fundamentada.
Fundamento: Recomendação N.º 03/2017-MP/CGMP
ENUNCIADO 18- PROMOÇÃO DE ARQUIVAMENTO. AJUIZAMENTO DE AÇÃO.
DESNECESSIDADE DE HOMOLOGAÇÃO PELO CSMP. O procedimento preparatório e o
inquérito civil que tenham como fundamento de arquivamento a existência de ação judicial
com o mesmo objeto, independentemente do momento de seu ajuizamento e do sujeito ativo
ser o Ministério Público Estadual ou não, serão arquivados no âmbito do órgão de execução,
sem a necessidade de revisão pelo Conselho Superior.
Fundamento: Súmula n.º 02/2017-CSMP e art. 21, § 12 da Resolução n.º 007/2019-CPJ.
ENUNCIADO 19- PROCEDIMENTOS EXTRAJUDICIAIS. DECISÃO MONOCRÁTICA.
ENUNCIADOS E SÚMULAS DO CSMP. O Relator poderá decidir monocraticamente em
casos de assuntos previstos em súmulas e enunciados do CSMP.
Fundamento: art. 36, § 5º do Regimento Interno do Conselho Superior.
ENUNCIADO 20- NOTÍCIA DE FATO E PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO.
CORRETAMENTE DENOMINADOS. ERRONEAMENTE ENCAMINHADOS AO CSMP.
DECISÃO MONOCRÁTICA. Não merece conhecimento a promoção de arquivamento de
notícia de fato e procedimento administrativo, quando corretamente denominados e
equivocadamente submetidos a revisão do E. CSMP, podendo o Relator decidir

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monocraticamente pela devolução dos autos para arquivamento no âmbito da Promotoria de


Justiça de origem, ressalvado o art. 37 da Resolução n.º 007/2019-CPJ.
Fundamento: art. 12, da Resolução n.º 174/2017-CNMP e art. 36 da Resolução n.º 007/2019-
CPJ.
ENUNCIADO 21- MOVIMENTAÇÃO NA CARREIRA. REMOÇÃO E PROMOÇÃO.
OBSERVAÇÃO DE PRESSUPOSTO OBJETIVO. SERVIÇOS EM DIA. O pressuposto
objetivo para inscrição de certames de remoção e promoção “estar com os serviços de seu
cargo em dia”, se refere a todas as atividades judiciais e extrajudiciais desenvolvidas pelo
membro.
Fundamento: art. 89, inciso VI, da Lei Complementar n.º 057, de 06.07.2006. Não se
confunde com a declaração disposta no inciso VII, do mesmo artigo, pois se refere aos
processos judiciais retidos fora do prazo, injustificadamente, ou restituídos sem manifestação.
ENUNCIADO 22- TERMO DE AJUSTAMENTO DE CONDUTA. FISCALIZAÇÃO NOS
PRÓPRIOS AUTOS OU INSTAURAÇÃO DE PA. Celebrado o TAC nos autos de inquérito
civil ou de procedimento preparatório, o membro poderá, nos próprios autos do procedimento
já existente, acompanhar a execução do TAC. Poderá também arquivar o procedimento
investigativo e instaurar um procedimento administrativo, especificamente, para fins de
acompanhamento do cumprimento das cláusulas do TAC, devendo juntar a respectiva
portaria nos autos do procedimento arquivado.
Fundamento: art. 10 da Resolução n.º 179/2017-CNMP e art. 8º da Resolução 002/2018-
CSMP
ENUNCIADO 23- TERMO DE AJUSTAMENTO DE CONDUTA. DESNECESSIDADE DE
INSTAURAÇÃO DE OUTRO PA. Celebrado o TAC nos autos de procedimento administrativo
instaurado nos termos do art. 8º da Resolução n.º 174/2017-CNMP, é desnecessária a
instauração de novo procedimento administrativo com o fim de acompanhar o cumprimento
das cláusulas de termo de ajustamento de conduta celebrado naqueles autos.
Fundamento: Resolução n.º 63, de 1º.12.2010, do CNMP (Taxonomia do Conselho Nacional
do Ministério Público), Recomendação Conjunta n.º 03/2014-MP/PGJ/CGMP e art. 8º da
Resolução n.º 174/2017-CNMP.
ENUNCIADO 24- TERMO DE AJUSTAMENTO DE CONDUTA. ENVIO DE TAC E
EXTRATO PARA FISCALIZAÇÃO. OBSERVAR PRAZO DE ENVIO DOS RELATÓRIOS
SEMESTRAIS. O órgão de execução deverá encaminhar ao Conselho Superior cópia integral
do TAC, devidamente assinado, bem como seu extrato para fins de fiscalização. Devendo
também observar os prazos para envio de relatórios semestrais ao CSMP, sob pena de envio
do expediente à Corregedoria-Geral do Ministério Público.
Fundamento: arts. 4º e 7º da Resolução 002/2018-CSMP
ENUNCIADO 25- TERMO DE AJUSTAMENTO DE CONDUTA. HOMOLOGAÇÃO
JUDICIAL. É desnecessário o envio ao Conselho Superior de cópia de TAC e extrato
submetido à homologação judicial.
Fundamento: art. 6º, § 1º da Resolução 179/2017-CNMP

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ENUNCIADO 26- PROCEDIMENTAL. TERMO DE AJUSTAMENTO DE CONDUTA.


CADASTRO NO SIMP. PUBLICAÇÃO PORTAL DIREITOS COLETIVOS CNMP. Os Termos
de Ajustamento de Conduta devem ser anexados aos documentos do Sistema Integrado do
Ministério Público-SIMP, no procedimento que foi tomado o compromisso, bem como
proceder com a seguinte movimentação taxonômica: “ATO FINALÍSTICO  TERMO DE
AJUSTAMENTO DE CONDUTA” (código 99920067)“, para fins de publicação no Portal de
Direitos Coletivos do Conselho Nacional do Ministério Público.
Fundamento: art. 6º da Resolução 002/2018-CSMP
ENUNCIADO 27- INSTAURAÇÃO DE PROCEDIMENTOS EXTRAJUDIAIS.
DESNECESSIDADE DE COMUNICAÇÃO. É desnecessária a comunicação de instauração
de procedimentos extrajudiciais ao Conselho Superior.
Fundamento: de acordo com as normas vigentes, os casos de ciência ao Conselho Superior
são apenas quanto a prorrogação de procedimento preparatório e inquérito civil, bem como
arquivamento de procedimento administrativo, nos termos do art. 9º da Resolução n.º 23, do
CNMP c/c arts. 16 e 23 da Resolução n.º 007/2019-CPJ e art. 12 da Resolução n.º 174/2017-
CNMP c/c art. 36 da Resolução n.º 007/2019-CPJ, respectivamente.
ENUNCIADO 28- PROCEDIMENTOS EXTRAJUDIAIS. DESNECESSIDADE DE ENVIO DE
COMUNICAÇÃO DA PRORROGAÇÃO DE PRAZO. É desnecessário o envio ao Conselho
Superior de comunicação da prorrogação de prazo de Notícia de Fato e Procedimento
Administrativo.
Fundamento: de acordo com as normas vigentes, apenas as prorrogações de procedimento
preparatório e inquérito civil devem ser comunicadas ao Conselho Superior, nos termos do
art. 9º da Resolução n.º 23, do CNMP c/c arts. 16 e 23 da Resolução n.º 007/2019-CPJ.
ENUNCIADO 29- PROCEDIMENTOS EXTRAJUDIAIS. DECLÍNIO DE ATRIBUIÇÃO
INTERNO. DESNECESSIDADE ENVIO AUTOS AO CSMP. Em caso de declínio de
atribuição para outro órgão de execução do Ministério Público Estadual, os autos não deverão
ser submetidos à revisão do Conselho Superior.
Fundamento: o membro deve apenas comunicar a remessa dos autos ao PGJ, à CGMP e ao
CSMP (art. 18, § 5º da Resolução n.º 007/2019-CPJ).

ENUNCIADO 30- PROCEDIMENTOS EXTRAJUDIAIS. NECESSIDADE DE INFORMAR


PRAZO DE RECURSO AO CSMP. O órgão de execução deverá informar à parte interessada
o prazo de recurso ao Conselho Superior, quando da intimação de indeferimento de
requerimento de instauração de inquérito civil e do arquivamento de Notícia de Fato e
Procedimento Administrativo instaurado para apurar fato que enseje a tutela de interesses
individuais indisponíveis.
Fundamento: art. 5º, § 1º da Resolução n.º 23 e arts. 4º, § 1º e 13 da Resolução n.º
174/2017, ambas do CNMP c/c art. 8º, §§ 6º e 7º, art. 20, §§ 1º e 3º e art. 37, § 3º da
Resolução n.º 007/2019-CPJ.
ENUNCIADO 31- PROCEDIMENTOS EXTRAJUDIAIS. NECESSIDADE DE ANEXAR
CÓPIA DA PROMOÇÃO DE ARQUIVAMENTO. DATA DE CIENTIFICAÇÃO. A comunicação
de arquivamento à parte interessada deverá conter cópia da promoção de arquivamento e a

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data da cientificação das partes deve estar expressa nos autos, para fins de aferir a
tempestividade de eventual interposição de recursos previstos no Enunciado 30.
Fundamento: art. 5º, § 1º da Resolução n.º 23 e arts. 4º, § 1º e 13 da Resolução n.º
174/2017, ambas do CNMP c/c art. 8º, §§ 6º e 7º, art. 20, §§ 1º e 3º e art. 37, § 3º da
Resolução n.º 007/2019-CPJ.
ENUNCIADO 32- ATRIBUIÇÃO DE OUTRO DE MINISTÉRIO PÚBLICO. PRINCÍPIO DA
INSTRUMENTALIDADE DAS FORMAS. Quando o membro encaminhar os autos de
investigação para homologação de arquivamento e o CSMP entender que não se trata de
atribuição deste Ministério Público Estadual, poderá receber a promoção de arquivamento
como declínio de atribuição e determinar o envio dos autos a outro Ministério Público, dando
ciência ao PJ de origem.
Fundamento: Princípio da celeridade, economia processual e da instrumentalidade das
formas.
ENUNCIADO 33- SERVIDOR PÚBLICO. ASSÉDIO MORAL. IMPROBIDADE
ADMINISTRATIVA. ATRIBUIÇÃO MPE. Nos casos instaurados para apurar possível prática
de assédio moral, recai ao Ministério Público do Trabalho a atribuição em relação ao meio
ambiente, segurança e higiene do trabalho e, ao Ministério Público Estadual em relação à
suposta prática de improbidade administrativa.
Fundamento: STJ - REsp: 1286466 RS 2011/0058560-5, Relator: Ministra ELIANA
CALMON, Data de Julgamento: 03/09/2013, T2 - SEGUNDA TURMA, Data de Publicação:
DJe 18/09/2013;
STF - AG .REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO
1.090.128 Rio de Janeiro. Relator: Min. Dias Toffoli e Rcl nº 3.303/PI, Tribunal Pleno, Relator:
Ministro Ayres Britto, DJe de 16/5/08
ENUNCIADO 34- PROCEDIMENTO INVESTIGATÓRIO CRIMINAL. ATRIBUIÇÃO DA PGJ.
Não cabe ao CSMP conhecer declínio de atribuição em PIC. O membro do MP deverá
submeter a apreciação ao Procurador-Geral de Justiça.
Fundamento: aplicação analógica ao art. 28 do CPP e deliberação do CSMP nos autos do
PIC n.º 00029-950/2019, na 4ª Sessão Ordinária, realizada em 27.02.2019 (DOE de
1º.03.2019)
ENUNCIADO 35- PROCEDIMENTAL. CONFLITO NEGATIVO DE ATRIBUIÇÃO. ENVIO
AUTOS PGJ. Suscitado o conflito negativo de atribuições em procedimentos extrajudiciais
entre Promotorias de Justiça ou entre órgãos do Ministério Público, os autos devem ser
encaminhados ao Procurador-Geral de Justiça.
Fundamento: Art. 18, § 6º da Resolução n.º 007/2019-CPJ; ACO n.º 924, Rel. Min. Luiz Fux,
Dje 19.5.2016 e informativo 826 do STF.

(Enunciados 17 a 35 APROVADOS na 21ª Sessão Ordinária, realizada em 13.11.2019 – DOE 22.11.2019)

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