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1) STJ

“PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE


SEGURANÇA. EFEITO MERAMENTE DEVOLUTIVO. PROCEDIMENTO
PREPARATÓRIO PARA INSTAURAÇÃO DE INQUÉRITO CIVIL. QUEBRA DE
SIGILO BANCÁRIO. POSSIBILIDADE. AUSÊNCIA DE NOTIFICAÇÃO.
IRRELEVÂNCIA. DECISÃO DEVIDAMENTE FUNDAMENTADA. PREVALÊNCIA
DO INTERESSE PÚBLICO.
1. Mandado de segurança impetrado contra decisão de primeiro grau que, em
procedimento preparatório para instauração de inquérito civil, deferiu a quebra do
sigilo bancário do impetrante.
2. A legislação constitucional e infraconstitucional desejaram a concessão de
efeito meramente devolutivo ao recurso ordinário em mandado de segurança,
assim como ao recurso especial. A aspiração de alcançar a eficácia suspensiva só
deve ser atendida em casos excepcionalíssimos, o que se efetiva nesta Corte por
meio do procedimento acautelatório (art. 288/RISTJ) diante da constatação de
situação excepcional ou teratológica.
3. Consoante posicionamento jurisprudencial desta Corte, a inexistência de
inquérito civil instaurado não é óbice à concessão da medida impugnada.
4. A ausência de notificação sobre a quebra do sigilo bancário não ofende o
princípio do contraditório, eis que o mesmo não prevalece na fase inquisitorial.
5. Considera-se devidamente fundamentada a decisão que determina a quebra de
sigilo bancário do impetrante, quando sobre este pesa suspeita da prática de atos
ímprobos, os quais não poderão ser esclarecidos senão mediante o deferimento
da medida extrema.
6. O direito à privacidade é constitucionalmente garantido. Todavia, não é
absoluto, devendo ceder em face do interesse público.
7. Se de um lado é certo que todos têm direito ao sigilo bancário como garantia à
privacidade individual, de outro, não é menos certo que havendo indícios de
improbidade administrativa impõe-se a quebra dos dados bancários do
Administrador Público. Isso porque a proteção constitucional não deve servir para
acobertar prática de atos delituosos.
8. Recurso ordinário desprovido.”
(grifou-se – STJ, RMS 15771/SP, 1ª Turma, Relator José Delgado, DJ 30\6\2003
p. 133).

2) TJPR
“APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. SERVIDOR PÚBLICO. ACESSO A
CARGO DIVERSO DAQUELE PARA O QUAL O SERVIDOR PRESTOU
CONCURSO PÚBLICO. ILEGALIDADE. JULGAMENTO ANTECIPADO.
QUESTÃO DE FATO QUE NÃO DEPENDE DE PRODUÇÃO DE PROVAS EM
AUDIÊNCIA. CERCEAMENTO DE DEFESA NÃO EVIDENCIADO.
INTELIGÊNCIA DO ARTIGO 330, INCISO I, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL
O julgamento antecipado não constitui cerceamento de defesa quando a questão
é predominantemente de direito e a prova de eventual questão de fato dispensa
dilação probatória, a teor do disposto no artigo 330, inciso I, do Código de
Processo Civil.
INQUÉRITO CIVIL. PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO UNILATERAL.
CONTRADITÓRIO. DISPENSA
O procedimento administrativo investigatório realizado pelo Ministério Público
constitui mera peça informativa e unilateral, destinando-se à colheita de elementos
para a propositura de futura demanda judicial, não exigindo, para sua validade, a
obediência ao contraditório e à ampla defesa.
DECLARAÇÃO INCIDENTAL DE INCONSTITUCIONALIDADE EM AÇÃO CIVIL
PÚBLICA. POSSIBILIDADE. COMPETÊNCIA DO JUIZ SINGULAR
Admite-se a declaração de inconstitucionalidade em ação civil pública, como
questão incidental, indispensável à resolução do objeto principal da lide, limitando-
se seus efeitos aos litigantes.
COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA ESTADUAL. DEMANDA QUE NÃO ENVOLVE
DISCUSSÃO ACERCA DE RELAÇÃO DE TRABALHO - Ainda que a demanda
versasse sobre relação de trabalho, é indiscutível a competência da Justiça
Comum para julgar as causas entre o Poder Público e o servidor submetido a
regime estatutário.
POSSIBILIDADE JURÍDICA DO PEDIDO. INDEVIDO ACESSO A CARGO
PÚBLICO. INTERESSE DIFUSO OU COLETIVO. PROTEÇÃO AO PATRIMÔNIO
PÚBLICO
Objetivando impugnar o indevido acesso a cargo público, é indubitável o interesse
do Ministério Público na proteção do patrimônio público, lesado pelo desrespeito
aos princípios da legalidade, da moralidade e da isonomia, que regem a atuação
da Administração Pública.
ATO NULO. PRESCRIÇÃO INOCORRENTE - O ato nulo não se convalida,
podendo ser declarado o vício a qualquer tempo e em qualquer grau de jurisdição,
não se sujeitando, portanto, a prazo prescricional.
ENQUADRAMENTO NO REGIME ESTATUTÁRIO. CARGO PERTENCENTE À
CARREIRA DIVERSA DAQUELA EM QUE O SERVIDOR INGRESSOU POR
MEIO DE CONCURSO PÚBLICO. ILEGALIDADE
O enquadramento de servidor público em decorrência de transposição do regime
celetista para o estatutário há que se realizar em um cargo com atribuições
semelhantes àquelas referentes ao cargo anteriormente ocupado e para o qual foi
aprovado em concurso público.
MULTA COMINATÓRIA FIXADA EM PATAMAR RAZOÁVEL. REDUÇÃO.
IMPOSSIBILIDADE. PAGAMENTO DEVIDO POR AQUELE QUE TEM
COMPETÊNCIA PARA A PRÁTICA DO ATO
O valor da multa cominatória há que corresponder a um montante hábil a incutir no
réu o temor de descumprir a ordem judicial e inspirar a preferência pelo
cumprimento da obrigação específica, somente se admitindo sua redução se for
fixada em patamar irrazoável.
APELO CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO, PARA O FIM DE EXCLUIR
A IMPOSIÇÃO DE MULTA COMINATÓRIA EM RELAÇÃO À SERVIDORA
PÚBLICA.”
(grifou-se – TJPR, ApCiv 423974-1, Acórdão nº 31480, Castro, 4ª Câmara Cível,
Relator Abraham Lincoln Calixto, DJPR 25/7/2008, p. 42)
* Em idêntico sentido: 1) TJPR, ApCiv 444927-2, Castro, 4ª Câmara Cível, Relator
Abraham Lincoln Calixto, DJPR 1/8/2008. 2) TJPR, ApCiv 423319-0, Castro, 4ª
Câmara Cível, Relator Abraham Lincoln Calixto, DJPR 25/7/2008. 3) TJPR, ApCiv
444993-6, Castro, 4ª Câmara Cível, Relator Abraham Lincoln Calixto, DJPR
18/7/2008.

3) TJPR
“APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO CIVIL PÚBLICA - preliminares - 1. DECADÊNCIA
AFASTADA - 2. CERCEAMENTO DE DEFESA - INOCORRÊNCIA - 3.
RELATÓRIO DO MINISTÉRIO PÚBLICO REGULAR - 4. AÇÃO CIVIL PÚBLICA -
DECRETAÇÃO DE NULIDADE DE DECRETOS MUNICIPAIS - VIA ADEQUADA -
5. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA COMUM - 6. CARÊNCIA DE AÇÃO -
INOCORRÊNCIA - 7. INTERESSE DIFUSO E COLETIVO IMPRESCRITÍVEL -
mérito - 8. SUPOSTO REENQUADRAMENTO - AUSÊNCIA DE CONCURSO
PÚBLICO - VIOLAÇÃO AOS PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS - 9. APLICAÇÃO
DE MULTA APENAS AO SUJEITO ATIVO DA OBRIGAÇÃO - RECURSO
PARCIALMENTE PROVIDO
1. Os documentos juntados tanto pelo Ministério Público, quanto pelo Município,
mostram-se suficientes para esclarecer e apontar a verdade dos fatos, sendo
desnecessária a prova testemunhal.
2. O inquérito civil tem por escopo proporcionar elementos indiciários de prova a
sustentar a promoção de demanda pelo Ministério Público. Tal procedimento
investigatório possui natureza inquisitorial, nele não são julgadas controvérsias
nem são aplicadas sanções, apenas são colhidas informações, motivo pelo qual
não se pauta pelos princípios da ampla defesa e do contraditório.
3. É possível a declaração incidental de inconstitucionalidade, na ação civil
pública, de quaisquer leis ou atos normativos do Poder Público, desde que a
controvérsia constitucional não figure como pedido, mas sim como causa de pedir,
fundamento ou simples questão prejudicial, indispensável à resolução do litígio
principal, em torno da tutela do interesse público.
4. O STF confirmou liminar concedida na ADIn 3395-6, a fim de suspender, com
efeitos ex tunc, qualquer interpretação do referido dispositivo constitucional que
atribua à Justiça do Trabalho a apreciação de demandas referentes à relação de
ordem estatutária ou de caráter jurídico-administrativo entre servidores e a
Administração Pública.
5. Verificada a violação a interesse social relevante, possível de tutela por meio de
ação civil pública, devendo ser afastada a alegação de impossibilidade jurídica do
pedido.
6. A prescrição é instrumento necessário para a garantia da segurança jurídica,
estabilizando-se as relações, no entanto, não incide sobre atos viciados pela
nulidade, posto que estes não preenchem os requisitos essenciais de existência e
validade a possibilitar a sua convalidação com o transcorrer do tempo.
7. O provimento derivado vertical ocorreu via decreto municipal, mediante seleção
interna a pretexto de enquadramento jurídico estatutário, inexistindo qualquer
motivação razoável na transposição do regime celetista para o estatutário em
cargo de natureza diversa.
8. A multa deve ser aplicada somente àquele que compete o cumprimento da
decisão, e no caso dos autos, é o Prefeito, e não o servidor.”
(grifou-se – TJPR, Ap. Civ. 444967-6, Acórdão nº 31175, Castro, 4ª Câmara Cível,
Relatora Regina Afonso Portes, DJPR 20/6/2008)

4) TJPR
“APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. SERVIDOR PÚBLICO.
REENQUADRAMENTO FUNCIONAL. ILEGALIDADE. NULIDADE DECRETADA.
ORDEM DE RETORNO AO CARGO ANTERIOR. MULTA COMINATÓRIA.
PRELIMINARES E ARGÜIÇÃO DE PRESCRIÇÃO REJEITADAS. RECURSO
PELO MÉRITO PARCIALMENTE PROVIDO.
(1) Impõe-se o julgamento antecipado da lide quando a matéria em discussão é
unicamente de direito.
(2) A investigação realizada pelo Ministério Público, via inquérito civil, é unilateral e
tem índole meramente informativa, destinada apenas a colher elementos para o
ajuizamento, se for o caso, da ação civil pública, por isso não se fazendo
necessário nessa fase estabelecer o contraditório.
(3) É possível a declaração incidental de inconstitucionalidade de leis ou atos
normativos em sede de ação civil pública, desde que não constitua hipótese
tendente a burlar o sistema de controle constitucional, fato que não se verifica
quando a decisão, em caráter incidental, seja destituída de efeito erga omnes,
vindo a obrigar apenas as pessoas que concorreram para o ato impugnado.
(4) A regra do art. 114, inc. I, da Carta da República não abrange as causas
instauradas entre o Poder Público e servidor que lhe seja vinculado por relação
jurídico-estatutária.
(5) O ato administrativo de reenquadramento funcional que ofende os princípios
constitucionais da legalidade, moralidade, impessoalidade e isonomia de
pretendentes ao cargo público pode ser impugnado via ação civil pública, pois
nesse caso o Ministério Público, diante do interesse social relevante, está a
defender o próprio patrimônio público.
(6) Se o ato administrativo é viciado na sua origem, não gerando efeitos válidos,
não se pode entender esteja sujeito à prescrição.
(7) Nulo é o reenquadramento funcional que concede acesso a cargo público com
atribuições e responsabilidades diversas daquele que compunha o antigo quadro e
para o qual o servidor prestou o concurso público.
(8) A responsabilidade pelo cumprimento da ordem judicial que impõe uma
obrigação de fazer é do próprio administrador, por meio de quem se exterioriza a
pessoa jurídica de direito público a que pertence, de modo que pela desobediência
haverá de ser pessoalmente responsabilizado, mesmo pela imposição de sanção
de natureza pecuniária, pois o que interessa à Justiça não é a aplicação da multa
em proveito do exeqüente, mas o cumprimento da obrigação imposta e, por
conseguinte, a efetividade do provimento jurisdicional.”
(grifou-se – TJPR, Ap. Civ. 424021-9, Acórdão nº 30542, Castro, 4ª Câmara Cível,
Relator Adalberto Jorge Xisto Pereira, DJPR 2/5/2008)

5) TJPR
“APELAÇÃO CÍVEL. PROCESSO CIVIL. JULGAMENTO ANTECIPADO DA LIDE.
CERCEAMENTO DE DEFESA. INOCORRÊNCIA. PRELIMINAR REJEITADA.
Se os fatos alegados pelo autor estão documentalmente comprovados, não há
dúvida de que a ilustre magistrada de primeiro grau de jurisdição, ao julgar
antecipadamente a lide, agiu com acerto.
PROCESSO CIVIL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. RELATÓRIOS CONTIDOS EM
INQUÉRITO CIVIL PÚBLICO. AUSÊNCIA DE PARTICIPAÇÃO, NA SUA
ELABORAÇÃO, DOS RÉUS. CONTESTAÇÃO DA QUALIDADE DOS
AUDITORES QUE OS ELABORARAM. NULIDADE AFASTADA.
1. O fato de existirem nos autos relatórios elaborados por auditores do Ministério
Público não torna o processo nulo, até porque, independentemente das
conclusões que constem nesses relatórios e dos documentos que o instruem,
quem faz a análise e valoração jurídica dos fatos apurados e dos documentos
anexados aos relatórios é o representante do Ministério Público e não os auditores
que os subscreveram, tanto que é aquele e não estes que decide pela propositura,
ou não, da ação civil pública.
2. Os relatórios não são nulos por falta de participação dos réus na sua
elaboração, pois o inquérito civil público - e, no caso, foi instaurado Procedimento
Investigatório Preliminar (PIP 017/2004) - possui caráter inquisitorial, constituindo-
se em procedimento de investigação destinado à coleta de dados para que o
Ministério Público, se restar evidenciada a presença de sérios indicativos de
ofensa a direitos difusos ou coletivos, possa propor a competente ação civil
pública. O contraditório e a ampla defesa serão observados durante o trâmite da
ação civil pública, caso venha a ser proposta.
PROCESSO CIVIL. ANULAÇÃO DE ATO ADMINISTRATIVO. COMPETÊNCIA
DA JUSTIÇA COMUM E NÃO DA JUSTIÇA DO TRABALHO.
A competência para processar e julgar ação civil pública em que se pleiteia a
nulidade de ato administrativo pelo qual servidor público é transposto de um
emprego público para outro e, posteriormente, para o regime estatutário, é da
Justiça Comum, pois, além de o servidor, à época da propositura da ação, deter o
status de servidor estatutário - condição que, por si só, já retira da Justiça do
Trabalho a competência para processar e julgar a ação civil pública -, a questão
posta em discussão não diz respeito à relação de trabalho existente entre o
servidor e a administração, mas sim à suposta ilegalidade do ato que o transpôs
de um cargo para outro.
PROCESSO CIVIL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. ATAQUE A ATO ADMINSTRATIVO
NULO. MEIO ADEQUADO PARA TAL PLEITO. INTERESSE DIFUSO. DEFESA
DE INTERESSE PÚBLICO. MINISTÉRIO PÚBLICO. LEGITIMIDADE.
1. Sendo a ação civil pública o meio adequado para a defesa de interesses
difusos, entre os quais está o interesse a que a administração observe e respeite
as normas constitucionais, não há dúvida de que pode ser proposta com o intuito
de declarar nulidade de ato administrativo editado com esteio em norma
inconstitucional.
2. O Ministério Público detém legitimidade para propor ação civil pública visando a
declaração de nulidade de ato administrativo.
3. Servindo a inconstitucionalidade como fundamento para a procedência do
pedido principal - declaração de nulidade de ato administrativo -, possível que o
magistrado de primeiro grau de jurisdição, no exercício do controle incidental de
constitucionalidade, declare a inconstitucionalidade de norma ou ato normativo.
PRESCRIÇÃO. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. PLEITO DE NULIDADE DE DECRETO
MUNICIPAL. REJEIÇÃO. MAIORIA. SERVIDOR PÚBLICO. TRANSPOSIÇÃO DE
CARGOS. IMPOSSIBILIDADE. AFRONTA AO ART. 37, INC. II, DA
CONSTITUIÇÃO FEDERAL. MULTA. FIXAÇÃO EM DESFAVOR DO MUNICÍPIO
E DO SERVIDOR BENEFICIADO. EXCLUSÃO EM RELAÇÃO A ESTE, POR
MAIORIA.
1. O art. 37, inc. II, da Constituição Federal, exige para a investidura em cargo ou
emprego público a prévia realização de concurso público, salvo as nomeações
para cargo em comissão ou, então, ascensão funcional dentro da carreira para a
qual o servidor prestou concurso público.
2. A lei municipal que possibilita a transposição de servidores públicos de um
cargo para outro é inconstitucional, por afronta ao art. 37, inc. II, da Constituição
Federal.
3. Ao servidor público, que é transposto de um cargo para outro, não pode ser
cominada pena de multa por eventual descumprimento da decisão judicial que
anule o ato pelo qual foi ele transposto para o novo cargo, vez que o retorno ao
cargo originário depende de ato a ser exclusivamente praticado, em cumprimento
da decisão judicial, pela própria administração pública.”
(grifou-se – TJPR, ApCiv 423334-7, Acórdão nº 20367, Castro, 5ª Câmara Cível,
Relator Eduardo Sarrão, DJPR 18/4/2008, p. 42)
* Em idêntico sentido: 1) TJPR, ApCiv 423704-9, Castro, 5ª Câmara Cível, Relator
Eduardo Sarrão, DJPR 11/4/2008, p. 33. 2) TJPR, ApCiv 423690-0, Castro, 5ª
Câmara Cível, Relator Eduardo Sarrão, DJPR 11/4/2008, p. 28.

6) TJPR
“AGRAVO DE INSTRUMENTO - AÇÃO CIVIL PÚBLICA DE RESSARCIMENTO
POR DANO CAUSADO AO PATRIMÔNIO PÚBLICO, COM PEDIDO DE
COMINAÇÃO DE PENA CÍVEL POR PRÁTICA DE ATO DE IMPROBIDADE
ADMINISTRATIVA - LEGITIMIDADE ATIVA DO MINISTÉRIO PÚBLICO - ARTIGO
129, III, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL E LEI Nº 8.625/93 ARTIGO 25, INCISO
IV, ALÍNEA A - LEGITIMIDADE PASSIVA AD CAUSAM DO AGRAVANTE -
INEXISTÊNCIA DE CERCEAMENTO DE DEFESA. RECURSO DESPROVIDO -
DECISÃO UNÂNIME.
- Ao Ministério Público incumbe promover o inquérito civil e a ação civil pública,
para a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros
interesses difusos e coletivos.
- O inquérito civil, que tem caráter unicamente investigatório, deve servir de base
para as imputações feitas na ação dele decorrente, assegurado ao réu o
contraditório e a ampla defesa.
- Versando a ação sobre direitos indisponíveis e não sendo admissível a
conciliação entre os litigantes, infundado é o inconformismo do agravante.”
(grifou-se – TJPR, Agr. Instr. 76035-8, Acórdão nº 4338, Londrina, 6ª Câmara
Cível, Relator Antônio Lopes de Noronha, DJPR 7/2/2000)

7) TJPR
“AÇÃO CIVIL PÚBLICA - ATO DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA.
Para o Ministério Público ajuizar a ação civil pública por ato de improbidade
administrativa não é exigível a prévia instauração de procedimento administrativo,
tampouco a antecedente representação, visto que o Parquet deve atuar de ofício
quando tenha conhecimento da prática desse ato ilícito. Ademais, o inquérito civil
não se subordina à observância do princípio do contraditório.”
(grifou-se – TJPR, Agr. Instr. 77397-7, Acórdão nº 16703, Campina da Lagoa, 1ª
Câmara Cível, Relator Pacheco Rocha, DJPR 23/8/1999)

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