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1) Imprimir o recurso
3) Tirar cópia simples dos seguintes documentos e anexar ao recurso. Documentos necessários:
a) Cópia da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) ou RG e CPF do
requerente.
b) Cópia da notificação recebida ou extrato do veículo que conste a multa a
ser recorrida (pode também ser um print do site/aplicativo).
c) Cópia do documento (CRLV ou CRV) do veículo multado.
4) Você poderá enviar seu recurso online através do site do orgão que emitiu sua multa ou
IMPORTANTE:
• Alguns órgãos disponibilizam um formulário de defesa para ser preenchido, o recurso nas
próximas páginas substitui estes formulários. Caso o preenchimento for obrigatório você pode
• Em alguns pontos do recurso você pode encontrar a menção “Agente Autuador”, este agente
pode ser a autoridade de trânsito e também o equipamento eletrônico de radar.
Oberservações:
ILUSTRÍSSIMOS SENHORES JULGADORES
Rua Conselheiro Saraiva, 780 - Ap02 - Santana CEP 02037-021 na cidade de São Paulo, SP,
venho respeitosamente, com fundamento na Lei nº 9.503/97, c/c o Art. 1º e SS, da Resolução nº
semáforo - Fiscalização Eletrônica (com foto), infração prevista no Art. 208, do Código de
DOS DIREITOS
Sendo a penalidade de multa imposta caberá recurso a Jari conforme Art. 285 do código de
Trânsito Brasileiro.
Para reforçar, temos a resolução 619/16 do CONTRAN que em seu Art. 14 diz:
Ademais, dispõe o Art. 53 da Lei Federal 9.784/99 - Lei do Processo Administrativo, que:
Art. 53 - A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício de legalidade,
e pode revogá-los por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos
adquiridos.
DO EFEITO SUSPENSIVO
"Se, por motivo de força maior, o recurso não for julgado dentro do
prazo previsto neste artigo (30 dias), a autoridade que impôs a
penalidade, de ofício, ou por solicitação do recorrente, poderá
conceder-lhe efeito suspensivo."
A administração pública deve pautar suas ações e condutas voltadas ao bem comum, atento
aos princípios constitucionais escritos no Art. 37 da Carta Magna, sendo eles a legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade, eficiência.
Sobre o princípio da publicidade temos que a administração pública não pode atuar de forma
oculta, devendo informar os seus atos e dar ciência aos cidadãos de suas condutas. Só a
publicidade permite evitar os inconvenientes presentes nos processos sigilosos, de modo que,
no que diz respeito à atividade da Administração Pública, ela é indispensável, tanto no que diz
respeito à proteção dos direitos individuais, como quanto no que tange aos interesses da
coletividade, ao controle de seus atos.
Por fim temos o princípio da eficiência, ensina Emerson Gabardo, apud Ferrari (2011, p. 246)
"por eficiência se deve entender a racionalização da ação, a preocupação com a maior
eliminação de erros possível, e que, por ser um termo multifacetado e até ambíguo, muitas
vezes é utilizado em sentido extremamente restrito".
Acerca da relevância da aplicação dos Princípios, temos, segundo Celso Antônio Bandeira de
Melo, (Curso de Direito Administrativo, 2012) que:
Parece não restarem dúvidas de que houve, por parte do agente autuador um abuso de poder.
Aliás, sobre o tema, o ilustre jurista Hely Lopes Meirelles ensina:
O abuso de poder, como todo ilícito, reveste as formas mais diversas. Ora se apresenta
ostensivo como a truculência, às vezes dissimulado como o estelionato, e não raro encoberto na
aparência ilusória dos atos legais. Em qualquer desses aspectos - flagrante ou disfarçado - o
abuso de poder é sempre uma ilegalidade invalidadora do ato que o contém.
Pode-se chegar à conclusão, portanto, de que o auto de infração em apreço deve ser arquivado,
tendo em vista os vícios de forma que contém além de ter sido lavrado com flagrante abuso de
poder, o que rende ensejo à nulidade dos atos administrativos.
Segundo a Portaria 59/07 do DENATRAN, o auto de infração de trânsito para ter validade deve
seguir o que determina a lei. Pois bem, verifica-se, no entanto, que os citados autos não
preenchem TODOS os pré-requisitos de validade, portanto, devem ser considerados nulos e
revogados os seus efeitos, vejamos:
Ademais, verifica-se a ilegalidade do auto de infração quando este não atende a regra contida
no Art. 6o da Portaria 16/04 DENATRAN, vejamos:
Segundo o artigo citado, a imagem detectada deve registra no mínimo o foco vermelho do
semáforo, a faixa de travessia de pedestres e o veículo após o avanço do sinal, fato este que
não ocorre no presente auto conforme verifica-se na imagem anexada ao auto de infração.
Sendo assim, considerando que o auto está em desconformidade com a legislação pertinente,
nada mais justo que o acolhimento do pedido de arquivamento do mesmo, na forma do Art. 281
do CTB.
O Art. 4o da Resolução 396/11 prevê que à autoridade ou órgão de trânsito autuador com
circunscrição sobre a via, é o responsável por determinar a localização, a sinalização, a
instalação e a operação dos medidores de velocidade do tipo fixo.
Para que estes equipamentos sejam instalados e passem a funcionar e a autuar motoristas, é
necessário que seja realizado um estudo técnico que venha a comprovar a necessidade de
instalação do equipamento no local (§ 2o).
Pede-se então, para que seja anexado documento que comprove a legalidade da instalação do
equipamento utilizado, conforme determinada a Lei 9784/1999:
Acerca do princípio da legalidade dos atos administrativos e sua validade, temos em nossa
jurisprudência que:
Consta no auto de infração que o veículo do requerente, supostamente, tenha avançado a faixa
de retenção após o sinal luminoso do semáforo ter passado para a fase do vermelho (parada
obrigatória). Para fins de registro e fiscalização, é obrigatório que o órgão competente defina,
com base em estudos técnicos do local, o tempo de retardo em que o equipamento será
ativado, e que conste no auto de infração o tempo do registro das imagens em SEGUNDOS.
Ocorre que no presente auto de infração não existe a informação (em segundos) de quanto
tempo após o sinal ficar vermelho, o veículo autuado passou pela faixa de retenção.
Fica caracterizado, portanto, o cerceamento da defesa pois o auto de infração lavrado não traz
informações obrigatórias que possibilitem a sua justa defesa.
Vejamos o que decidem nossos tribunais acerca do erro de preenchimento dos autos de
infração:
1) Seja anexado cópia do auto de infração em discussão para a correta instrução do presente
recurso, conforme determina o Art. 37 da Lei Federal 9.784/1999.
4) Caso o presente recurso não seja julgado em trinta dias, roga pela concessão do efeito
suspensivo determinado pelo Art. 285 § 3 do Código de Trânsito Brasileiro c/c Art. 61 parágrafo
único da Lei Federal 9.784/1999.
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MARCOS SAMAPIO SPINOLA
CPF Nº. 008.218.255-85