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ILMO. SR. DIRETOR GERAL DO DNIT/PE.

AFONSO SERGIO TAVARES COELHO FILHO, com sede na Rua Engenho


Camboinha, n.º 553, Imbiribeira, Recife-PE., Cep.: 51.150-120, CPF n.º
136.874.484-28, vem, respeitosamente a presença de V. Sa., apresentar D E F E
S A contra AUTO DE INFRAÇÃO DE TRÂNSITO 001293146-4, lavrado contra o
veículo placas QYI5A39/PE,, nos termos dos Arts. 281 e seguintes do Código de
Trânsito Brasileiro e pelos fatos e fundamentos que a seguir passa a expor:

I- DA INSUBSISTÊNCIA E ARQUIVAMENTO DO AUTO DE INFRAÇÃO

O art. 281, § Único, II, do CTB, dispõe claramente, que:

"Art. 281. A autoridade de trânsito...

Parágrafo Único. O auto de infração será arquivado e seu registro


julgado insubsistente:

I - ...

II - se, no prazo máximo de trinta dias, não for expedida a


notificação da autuação".

Verificou-se através do aplicativo Detran a seguinte infração:

Infração 7340-0:
A infração teria sido cometida dia 10/12/2023, ocorre que passado mais de 1
mês do suposto cometimento da infração, sequer foi recebida a notificação
de autuação.

O ilustre doutrinador Arnaldo Rizzardo (Comentários ao Código de Trânsito


Brasileiro, São Paulo, Editora Revista dos Tribunais, 1998, pág. 716), dispõe que
a não emissão da notificação no prazo descrito em lei, decai o direito do
Estado de exigir o cumprimento desta obrigação. Recorremos as suas
disposições:

"...A segunda embora configurada a infração, está na decadência


por falta de expedição do ato notificatório da autuação. Uma vez
recebido o auto de infração, e homologado ou considerado
subsistente, terá a autoridade o prazo de trinta dias para remeter a
notificação . Decorrido este lapso, não mais poderá ser exigido o
cumprimento das penalidades. É que desaparece o interesse do
Estado em punir. O decurso do tempo faz não mais persistir o efeito
da sanção.
... Incumbe a autoridade o cumprimento de sua obrigação."

Claro está, portanto, que o órgão competente sequer emitiu a notificação


dentro do prazo previsto pela legislação, portanto, a infração deve ser julgada
insubsistente e ser arquivada, pois do contrário r. órgão julgador estará
transpondo autoritariamente as barreiras do direito e do bom senso.

ISTO POSTO, requer:

a) seja acolhido o presente Defesa, dentro do prazo legal e com base na Lei nº
9503/97, para, depois de apreciado e julgado, seja considerado totalmente
procedente a fim de declarar a NULIDADE do Auto de Infração de Trânsito,
cancelando as penalidades dele decorrentes;

b) seja a infração julgada insubsistente por afrontar o art. 281, § Único, II do


CTB, pela ausência de notificação expedida dentro do prazo legal;

c) caso não seja julgada a presente defesa no prazo legal, seja-lhe concedido o
efeito suspensivo, forte no art. 285, § 3º do CTB.

N. Termos.
P. Deferimento.
Recife, 15 de Janeiro de 2024

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AFONSO SERGIO TAVARES COELHO FILHO

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