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DIREITO ADMINISTRATIVO

Lei 9.784/99 – Da Competência


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LEI 9.784/99 – DA COMPETÊNCIA

Obs.: Esse é um dos pontos mais importantes dessa lei. Os artigos abaixo transcritos são
de alta incidência em provas.

Art. 11. A competência é irrenunciável e se exerce pelos órgãos administrativos a que


foi atribuída como própria, salvo os casos de delegação e avocação legalmente admitidos.

Obs.: Não é possível renunciar competência ou atribuição conferidas pela lei. A exceção
são as hipóteses de delegação ou avocação.

Delegação e avocação não são, tecnicamente, modalidades de renúncia da competên-


cia. Delegar é dividir a competência, o delegante continua competente cumulativamente.
Avocar é chamar para si a competência de um subordinado.
Embora a lei não tenha sido “técnica”, se na prova constar da mesma forma que o dis-
posto no artigo, a assertiva deverá ser considerada como correta.
Art. 12. Um órgão administrativo e seu titular poderão, se não houver impedimento legal,
delegar parte da sua competência a outros órgãos ou titulares, ainda que estes não lhe
sejam hierarquicamente subordinados, quando for conveniente, em razão de circunstâncias
de índole técnica, social, econômica, jurídica ou territorial.

Obs.: Se não houver impedimento legal é possível delegar uma parte da competência. Não
é permitido delegar a integralidade da competência.

O normal é ocorrer delegação do superior aos subordinados. Porém, uma autoridade


pode delegar competência a outra autoridade do mesmo nível hierárquico.
Delegação em nível de hierarquia: vertical (de cima para baixo)
Delegação do mesmo nível: horizontal
5m
Situações que permitem a delegação: circunstâncias de índole técnica, social, econô-
mica, jurídica ou territorial.
Por exemplo, o chefe do poder executivo é quem tem poder de autorizar a realização de
concurso federal, mas ele pode delegar o ato ao ministro da economia (questão técnica).
Parágrafo único. O disposto no caput deste artigo aplica-se à delegação de competência
dos órgãos colegiados aos respectivos presidentes.
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Art. 13. Não podem ser objeto de delegação:

Obs.: Esse assunto é muito cobrado em provas de concurso

Mnemônico: NO RE EX ou CE NO RA
I – a edição de atos de caráter normativo;
II – a decisão de recursos administrativos;
III – as matérias de competência exclusiva do órgão ou autoridade.
Não pode delegar, sob pena de ser considerado ato ilegal
Art. 14. O ato de delegação e sua revogação deverão ser publicados no meio oficial.

Obs.: Se for órgão federal, a publicação deve ser feita no diário oficial da União.
10m

§ 1º O ato de delegação especificará as matérias e poderes transferidos, os limites da


atuação do delegado, a duração e os objetivos da delegação e o recurso cabível, podendo
conter ressalva de exercício da atribuição delegada.

Obs.: Concurso federal, a autorização para concurso pode ser delegada ao ministro da
economia, salvo os concursos da AGU (autorizados pelo Advogado-Geral da União)

§ 2º O ato de delegação é revogável a qualquer tempo pela autoridade delegante.


§ 3º As decisões adotadas por delegação devem mencionar explicitamente esta quali-
dade e considerar-se-ão editadas pelo delegado.

Obs.: O delegado (recebeu o ato em delegação) é considerado como responsável pelo


ato. Por exemplo, para fins de competência de mandado de segurança, o delegado
poderá ser considerado como autoridade coatora.

Art. 15. Será permitida, em caráter excepcional e por motivos relevantes devidamente jus-
tificados, a avocação temporária de competência atribuída a órgão hierarquicamente inferior.

Obs.: Delegação é a regra, pois é mais eficiente.

Avocação é a exceção, pois o superior toma para si atribuição de um subordinado.


A delegação pode ser revogada a qualquer momento.
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A avocação é temporária.
A delegação não exige hierarquia
A avocação exige hierarquia

Delegação Avocação
Regra Exceção
Revogação Temporária
Não hierarquia Hierarquia (exige a relação de hierarquia)
Motivação Motivação
15m

Obs.: Há leis especiais que permitem aos órgãos sem hierarquia realizar avocação. Por exem-
plo, a CGU pode avocar processo disciplinar em trâmite em qualquer órgão federal.

Art. 16. Os órgãos e entidades administrativas divulgarão publicamente os locais das


respectivas sedes e, quando conveniente, a unidade fundacional competente em matéria de
interesse especial.
Art. 17. Inexistindo competência legal específica, o processo administrativo deverá ser
iniciado perante a autoridade de menor grau hierárquico para decidir.

Obs.: Atenção a esse artigo. A regra é que a competência esteja prevista em lei. Todavia,
se a competência não for conhecida, o processo deve ser iniciado perante a autori-
dade de menor grau hierárquico.

�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pelo professor Gustavo Scatolino da Silva.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
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