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DIREITO ADMINISTRATIVO

Poder Regulamentar/Normativo
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PODER REGULAMENTAR/NORMATIVO

C) Poder Normativo

O Poder Normativo é o poder da administração pública de fazer atos normativos para a


execução das leis: decretos, portarias etc.
A título de exemplo, no art. 20 é disposto que é vedada a compra de bens de consumo
que sejam artigos de luxo. Nesse caso, o que define o que é ou não um bem de luxo é um
decreto regulamentar.
5m
Tratando-se do antigo conceito de poder regulamentar, Hely Lopes Meirelles definiu
como competência dos chefes do Poder Executivo para fazerem decretos para a fiel execu-
ção da lei.

ATENÇÃO
No concurso pode ser citada essa definição, que vai de encontro a outros autores, que
tratam o poder normativo como sendo de toda a administração pública.

Presidente, por exemplo, faz um decreto regulamentando a lei ou organizando interna-


mente a administração pública. Desse modo, é necessário observar as nuances das expres-
sões “regulamentar” e “normativo”.
Existem dois tipos de decreto: regulamentar/de execução e autônomo/independente.

Regulamentar/ Execução - Art. 84, IV, CF


DECRETO
CHEFE PE = Fiel execução Ampliar
lei → ñ Restringir
* Ñ delegação
Modificar
Autônomo/ independente - Art. 84, VII, CF
Org. Adm = ñ Criação
Extinção Órgãos
Aumento $
Extinção cargos/ função = vagos
10m * Delegação
ANOTAÇÕES

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Se foi pedida, pela Lei, regulamentação ou um decreto, caberá ao chefe do Pode Execu-
tivo; para a execução de uma lei, não poderá ser ampliado o que foi dito na lei, nem restringir
nem modificar o que há na lei.

 Obs.: no CESPE, já foi cobrada uma pergunta sobre o percentual que a Constituição garan-
te, nos concursos públicos, para pessoas com deficiência. A Constituição não garan-
te percentual, pois é a lei que reserva esse percentual, que consiste em até 20%. Se
houver modificação, o decreto será ilegal.

Atualmente, é pacífico que existe no Brasil um decreto independente ou autônomo na


hipótese do art. 84, VI. Isso é aceito de forma majoritária no Brasil.
15m

 Obs.: para Hely Lopes Meirelles, o regulamento autônomo é possível em qualquer caso.
Trata-se de faculdade implícita no poder de chefia da Administração (teoria dos pode-
res implícitos). Para Celso Antônio Bandeira de Melo, não é possível, em nenhuma
hipótese, a edição de regulamentos autônomos no Brasil. Vale dizer que estas duas
posições são minoritárias.

Para Celso Antônio, não existe decreto independente no Brasil, comparando com os
decretos de outros países, mas deve ser considerada a existência, conforme a autoridade
majoritária e conforme os concursos.
Durante a reforma da Constituição, para fazer organização interna de órgão, uma lei
deveria ser proposta, e isso exigia muitos processos. No entanto, tanto no poder Legislativo
quanto no Judiciário, essa possibilidade já existia sem exigências dessa natureza.
A partir disso, foi viabilizada a Extinção de cargos/função, desde que estejam vagos.
Mediante lei, quem tiver estabilidade fica na disponibilidade até ser aproveitado em outro
cargo, mas o mesmo não ocorre para os que não têm estabilidade.
20m
Além disso, a organização interna é possível, desde que não haja aumento de despesas.
Para isso, deve ser feita uma lei. Por fim, vale dizer que o decreto do art. 84, IV, por ser um
ato normativo, não admite delegação, ao passo que, no decreto do art. 84, VI, há admis-
são de delegação. No entanto, no próprio art. 34, parágrafo único, é disposto que deve ser
delegado para ministro de Estado, Advogado-Geral da União ou para o Procurador-Geral da
República.
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Deslegalização (deslegificação)

Significa que um assunto, antes tratado pela Constituição, deve ser tratado mediante
lei, isto é, deve ser rebaixada a exigência normativa de um determinado assunto. A título de
exemplo, o próprio caso do decreto independente autônomo é um exemplo de deslegaliza-
ção, rebaixando a exigência normativa, a fim de tratar daquele assunto.
25m

 Obs.: PODER REGULATÓRIO


 É o poder do Estado para intervir na atividade econômica a fim de promover sua
ordenação/normalização. Esse poder regulatório é encontrado no art. 174 da Consti-
tuição Federal. Portanto, trata-se de um poder de Estado de fazer intervenões pontu-
ais na ordem ecônomica, para que haja uma normalização da atividade econômica.

O Estado procura, por meio da REGULAÇÃO, prevenir o abuso de poder econômico em


setores nos quais características técnico-econômicas dificultam a existência de concorrên-
cia, seja ela efetiva (de empresas já estabelecidas) ou mesmo potencial (de empresas que
poderiam entrar no mercado) (BARRIONUEVO; LUCINDA, 2004, p.48).
Portanto, poder regulamentar e poder regulatório são diferentes.

�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pelo professor Gustavo Scatolino da Silva.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
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