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Esse assunto, atos administrativos, costuma ser recorrente em concursos públicos, espe-
cialmente a parte dos atributos dos atos administrativos, a extinção e a diferença entre anu-
lação e revogação.
Não existe uma lei sobre atos administrativos, mas temos conceitos doutrinários. O ato
é uma conduta, uma manifestação de vontade do agente público, e diversos doutrinadores
falam a respeito, cada um com sua posição, muitas vezes divergentes entre si.
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Atos Administrativos
Como dito, atos administrativos são manifestações de vontade dos agentes públicos em
nome do Estado., que é uma pessoa jurídica, titular de direitos e obrigações e que manifesta
vontade por meio dos seus agentes públicos.
São exemplos de atos administrativos que os agentes públicos podem praticar: portarias,
decretos, resoluções, circulares, ordens de serviço, memorandos, instruções, instruções nor-
mativas, dentre outros.
Uma multa por excesso de velocidade captado por um “pardal” é um ato administra-
tivo, por ex.; é o Estado manifestando pelo agente público a intenção de punir o motorista.
Quando o Estado quer desapropriar uma propriedade, por meio do agente – o chefe do
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Poder Executivo – ele faz um decreto para tal, manifestando essa vontade. Quando um par-
ticular quer construir uma propriedade, é preciso que o Estado verifique que ele preencheu
todas as condições e autorize, emitindo uma licença para isso. Todas essas manifestações
são atos administrativos que expressam a vontade do Estado, seja de punir um particular,
restringir um direito, aplicar uma sanção, criar um direito, impor uma restrição, garantir um
direito pré-existente etc.
Observe o mapa mental abaixo, com o conceito de ato administrativo:
Estado ↓
CONCEITO
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DIREITO ADMINISTRATIVO
Atos Administrativos – Introdução
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→ legalidade
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Atos Administrativos – Introdução
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• O ato administrativo não está no mesmo nível de uma lei. No mapa mental acima é
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possível ver o desenho da pirâmide de hierarquia de normas, em cujo topo está a CF,
seguida pelas leis e, por fim, pelos atos administrativos, que somente obedecem e
complementam uma lei. Existe apenas uma exceção, que é o decreto autônomo inde-
pendente do art. 84, VI, da CF, que busca a validade diretamente da CF; caso outro ato
administrativo também o faça, ele estará nascendo com um vício de ilegalidade;
• Certa questão de concurso afirmava que somente o Poder Executivo pratica ato admi-
nistrativo, o que está errado; todos os poderes – Executivo, Legislativo e Judiciário –,
desde que estejam em função administrativa, vão praticar atos administrativos. É certo
dizer que é o Executivo que o desempenha de forma típica devido à sua função admi-
nistrativa, mas os demais poderes também praticam, atipicamente, função administra-
tiva na qual praticam seus atos administrativos;
• Dizer que todos os atos praticados pelo Poder Executivo são atos administrativos
também é incorreto, pois também há os atos políticos, nas quais ocorre a manifesta-
ção de vontade em nome do chefe de Estado; o Presidente da República, chefe maior
do Executivo, pratica esse ato como chefe de Estado, não como chefe da administra-
ção pública. Ao decidir, por ex., conceder ou negar extradição a um estrangeiro, trata-
-se de um ato de caráter político, não administrativo; o mesmo em caso de ele decidir
declarar guerra a outro país. O ato político tem alguns requisitos, como competência,
forma, finalidade, objeto e motivo, de forma parecida com o ato administrativo; porém
seu controle judicial é muito restrito, tendo margem de liberdade muito diferente;
• Quando o Presidente sanciona ou veta uma lei, não se trata de ato administrativo;
é um ato que faz parte do processo legislativo e o Presidente o faz como chefe de
Estado. O conteúdo do decreto feito para isso é de um ato político;
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• Quando o juiz faz uma sentença, esse é um ato judicial, não administrativo. No Poder
Judiciário são praticados atos judiciais; no Legislativo, atos legislativos, fazendo leis.
São atos de cada poder com efeitos diferentes;
• Sempre o ato administrativo irá atender o interesse da coletividade, embora às vezes
pareça não ser o caso; se se praticar um ato visando interesse próprio ou de terceiros
determinados, isso viola a impessoalidade e torna o ato ilegal. Por ex., a remoção de
um servidor para acompanhar cônjuge, embora pareça interesse particular, é de inte-
resse da coletividade pois a CF protege e fomenta a promoção da família;
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• Todo ato administrativo é sujeito a controle de legalidade por parte do Poder Judiciário,
seja ele ato vinculado ou discricionário. O Judiciário não faz controle de mérito, que é
analisar o juízo de conveniência e oportunidade no lugar do administrador, o que está
presente no ato discricionário.
�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pelo professor pelo professor Gustavo Scatolino da Silva.
�A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
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