ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS

Classificação de Materiais
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CLASSIFICAÇÃO DE MATERIAIS

APRESENTAÇÃO

Administração de Recursos Materiais

• Classificação de Materiais: é levantar todos os materiais que se tem para, depois,

classificar, codificar.

A administração de material tem três departamentos. A primeira seção trabalha com a

gestão do estoque. A gestão do estoque tem duas atribuições principais: fazer o cadastro do
material (dizer o código do material), e realizar a previsão de consumo. Nesta aula, trataremos
do cadastro de material.

ATRIBUTOS

O autor Viana, em seu livro, afirma que é necessário considerar atributos da classificação
de material.
ANOTAÇÕES

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ATENÇÃO
Os autores Viana e Dias são muito cobrados em provas.

A classificação de materiais é o processo de aglutinação de materiais por características

semelhantes. Por exemplo, uma caneta é material de expediente, expediente é material de
consumo. Papel, lápis, borracha, etc. recebem a mesma classificação. Essa é a aglutinação
de materiais por características semelhantes. Como material de consumo, tem-se combus-
tível, café, alimento, vacina, etc. Caneta está próximo de lápis, mas está distante de café,
porque é um alimento, então, eles são coisas diferentes, não serão aglutinados por seme-
lhança. Entretanto, ambos são material de consumo, então, novamente há uma semelhança.
Grande parte do sucesso no gerenciamento de estoques depende fundamentalmente de
5m bem classificar os materiais da empresa.
Assim, o sistema classificatório pode servir também, dependendo da situação, de pro-
cesso de seleção para identificar e decidir prioridades. Existem infinitas formas de classifica-
ção. Abordaremos apenas o necessário para resolução das provas.
Uma boa classificação, segundo Viana, deve considerar alguns atributos:

• Abrangência: deve tratar de uma gama de características em vez de reunir apenas

materiais para serem classificados;
• Flexibilidade: deve permitir interfaces entre os diversos tipos de classificação, de modo
que se obtenha uma visão do gerenciamento de estoques; e
• Praticidade: a classificação deve ser direta e simples.

Abrangência é um escopo geral da classificação de material. Por exemplo, uma caneta é

perecível, mas essa classificação não interessa. Caneta, dentro do contexto geral, é um item
tipo C, de baixa importância operacional, é material de estoque, material de demanda, é um
material que se pode comprar ao invés de fazer e assim sucessivamente. Todas essas formas
de classificação são uma abrangência, ou seja, como pode ser classificado o material. Depois,
avança-se para a flexibilidade.
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O material tem que ser classificado de forma a se comunicar com alguns sistemas, mas
só o necessário. Deve-se restringir um pouco, mas ainda não é de forma objetiva. É um meio
termo. A flexibilidade permite a interface entre os sistemas. Depois, é preciso ser objetivo,
pontual. É a praticidade.

ABRANGÊNCIA FLEXIBILIDADE PRATICIDADE

Código: 33800

MEDIDAS: 5/16" x 2".

Material de consumo ou per-
manente? FORMA DE APRESENTAÇÃO:
Material Material de estoque ou não? cabeça sextavada, rosca inteira,
Acabamento Material crítico ou não? classe de resistência 8.8, rosca UNF
Dimensão Material A, B ou C? 24 (24 fios/polegada).
Forma de apresentação etc.
Acondicionamento ACABAMENTO: bicromatizado.
etc.

ACONDICIONAMENTO: embalagem
original de fábrica, com identificação
e quantidade do material.

10m

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
1. A respeito da classificação, que consiste em um processo de associação de materiais com
características semelhantes, julgue o item a seguir.
A abrangência, a flexibilidade e a praticidade são os principais atributos para a classifica-
ção de materiais.

COMENTÁRIO
São os atributos.

2. Sabendo que grande parte do sucesso no gerenciamento de estoques depende funda-

mentalmente da classificação dos materiais da empresa, julgue o item a seguir.
A abrangência, a flexibilidade e a praticidade são consideradas na classificação de ma-
ANOTAÇÕES

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teriais, mas os diversos tipos da classificação precisam ser analisados separadamente,

visando-se ao agrupamento de todos os materiais com características comuns.

COMENTÁRIO
Se o objetivo é aglutinar materiais semelhantes, não se pode individualizar. A individualização
será a descrição do material. Portanto, não pode se considerar individualmente, é necessário
considerar o conjunto de materiais que se tem na organização. A primeira etapa, quando se
vai classificar material para chegar no código, é a catalogação.

O PROCESSO DE PRODUÇÃO

Esse é um fluxo de uma indústria, uma empresa de transformação. Esse tipo de organiza-
ção vai trabalhar com uma classificação chamada de aplicação na empresa.

APLICAÇÃO NA EMPRESA

Quanto à aplicação na empresa, pode-se classificar o material da seguinte forma: matéria-

-prima, material em transformação, material acabado e produto acabado.
O material acabado e o produto acabado geram bastante confusão. Para a indústria de
papel, o papel é o seu produto acabado. Para o consumidor que quer fazer uma impressão,
ANOTAÇÕES

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o papel é o material acabado, porque o produto é o material impresso. Então, o principal foco
é a referência. Só vai saber se é material acabado ou produto acabado, vendo o referencial,
porque sempre vai depender do contexto. Um produto acabado pode ser jogado como maté-
ria-prima em uma outra empresa, por exemplo. Sempre depende de contexto, não há como
fazer classificação absoluta.

• Matéria-prima: materiais básicos e necessários para a produção do produto acabado.

15m Seu consumo é proporcional ao volume de produção;
• Produtos em Processo: são os materiais que estão sendo usados no processo fabril.
Em geral são produtos parcialmente acabados que estão em algum estágio intermedi-
ário de produção;
• Material Acabado ou Auxiliar: é o produto semiacabado, está pronto para compor o
produto em sua montagem final ou é parte de sua produção;
• Produto Acabado: está pronto para distribuição, ou seja, encaixotado e etiquetado,
podendo já ter sido, ou não, vendido.

Por exemplo, a indústria de tintas compra latas vazias. A lata vazia, para ela, é o mate-
rial acabado, porque só vai colocar a tinta e fechar. Então, a lata de tinta, material acabado,
receberá a tinta que foi transformada. Junto com essa lata, isto é, a lata de tinta cheia, é um
produto acabado. Assim, a indústria de tinta vende o produto acabado (a lata de tinta cheia).
Do mesmo modo, a lata vazia, na indústria da lata, é o seu produto acabado.

Fábrica de Lata Fábrica de Tinta

Matéria-prima da tinta

Produção
Lata vazia
↓
(produto acabado)
Lata vazia (material acabado)

Tinta + Lata (produto acabado)

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
20m
3. A respeito da gestão de processos, julgue os itens seguintes.
Os estoques de materiais e produtos de uma empresa são compostos por matéria-prima,
material auxiliar, material de manutenção, material de escritório, material e peças em pro-
cessos e produtos acabados.

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COMENTÁRIO
Existem outras aplicações na empresa. Veja a seguir.

OUTRAS APLICAÇÕES NA EMPRESA

Ainda, na classificação quanto à aplicação, Viana classifica os materiais da seguinte forma:

• Materiais produtivos: todo e qualquer material ligado direta ou indiretamente ao pro-

cesso de fabricação (matéria-prima, de forma geral; processo, produto acabado);
• Materiais improdutivos: todo e qualquer material não incorporado às características
do produto fabricado (materiais de limpeza, por exemplo);
• Materiais de consumo geral: materiais aplicados em diversos setores da empresa
(papel, caneta, borracha etc);
• Materiais de manutenção: materiais aplicados na manutenção de equipamentos (fer-
ramentas, por exemplo).

Peças de Manutenção: têm a mesma importância da matéria-prima, pois o custo de inter-

rupção da produção é constituído de: mão de obra parada, equipamento ocioso, prazo de
entrega adiado ou perda da venda/encomenda, quando não a do cliente.

POSSIBILIDADE DE FAZER OU DE COMPRAR

É outro tipo de classificação no sentido em que são feitas algumas perguntas como, por
exemplo, se o material pode ser produzido internamente ou pode ser adquirido; se o material
pode ser recondicionado, isto é, se é recuperável ou irrecuperável; e se o material será produ-
zido ou adquirido. Depende sempre de cada caso. É necessário analisar.

• Materiais a serem produzidos internamente;

• Materiais a serem adquiridos;
• Materiais a serem recondicionados (recuperados) internamente;
• Materiais a serem produzidos ou adquiridos (depende de análise caso a caso pela orga-
nização).

Por exemplo, uma geladeira estragou. Nesse caso, avalia-se se é melhor fazer a manuten-
ção dessa geladeira ou comprar uma nova. Quando se calcula uma vida útil de uma geladeira,

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a vida econômica de uma geladeira, verifica-se que é melhor trocar a geladeira devido à perda
do seu valor, a depreciação. Apesar de o conserto poder ter um valor mais baixo do que uma
nova geladeira, esta não dará manutenção, podendo durar mais anos sem outros custos.
Quando se fala de fazer ou comprar, é necessário considerar a compra de materiais, as
25m
ferramentas etc. Quando se calcula o valor de tudo isso, pode ser mais econômico comprar o
produto acabado. Então, a possibilidade de fazer ou de comprar vai depender desses cálcu-
los, normalmente, associados a custo.
Há uma legislação, que se aplica na Administração Pública, que verifica se o material é
recuperável ou irrecuperável. Quando o custo da manutenção for superior a 50% do custo da
mercadoria, ela é irrecuperável.
Por exemplo, comprou-se uma cadeira de 100 reais. Passados alguns anos, essa cadeira
depreciou e vale 50 reais, e para consertá-la é 30 reais. Os 30 reais são superiores à metade
do valor da cadeira (50 reais), portanto, será irrecuperável. Se a manutenção fosse 20 reais,
por exemplo, ela seria recuperável. Isso é feito para patrimônio.

DEMANDA

• Materiais de Estoque: são os materiais que, dada a previsibilidade da demanda pela

organização, devem ser mantidos em estoque.
• Materiais Não de-Estoque: são os materiais que, dada a imprevisibilidade da demanda
pela organização, não tem necessidade de estarem em estoque.

Demanda previsível é de estoque, demanda imprevisível é de não estoque. Isso não quer
dizer que o material de não estoque não vá para o estoque. Um café, por exemplo, que é
consumido diariamente, é um material de estoque. Já um bolo de aniversário é um material
não estoque, porque não tem previsibilidade de consumo.
30m

Materiais de estoques podem ser categorizados:

• Quanto à aplicação;
• Quanto ao valor do consumo anual (metodologia do A B C);
• Quanto à importância operacional (metodologia do x y z); e
• Materiais críticos.
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GABARITO
1. C
2. E
3. C

�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pelo professor Bruno Eduardo.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura
exclusiva deste material.
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