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Identificação da temática escolhida.

Produto Logístico.

Aluna/Acadêmica: Ana Beatriz Poffo Signorelli.

Justificativa de escolha da Temática.

O tema Produto Logístico é de essencial entendimento, pois a partir dessas informações


é possível desenvolver projetos e definir o posicionamento do mercado de determinado
produto, com essa base de conhecimento se faz possível um melhor planejamento e um
maior nível de receita.

Objetivo a que se propõe.

Esse trabalho tem como objetivo e centro de foco o produto. De introdução, a exposição
da definição do produto e sua importância dentro de um processo logístico. Logo após,
sua composição – parte física e intangível – que determinam a oferta total do produto. E
seus diferentes tipos de categorização – bens de consumo, bens de conveniência, bens
de comparação, bens de uso especial e bens industriais –.

Além dessas informações, temos as características de um produto – peso, volume, valor,


perecibilidade, inflamabilidade e substituibilidade – e as variáveis que influenciam
sobre a estratégia logística e seus quocientes. Ademais, será descrito o padrão de
volume de vendas baseado no conceito “o ciclo de vida dos produtos”.

Desenvolvimento.

O QUE É O PRODUTO LOGÍSTICO?

O produto logístico, basicamente, seria um conjunto de características que podem e são


manipuladas pelo profissional de logística no intento de gerar um diferencial
competitivo. Nesse contexto, o produto se torna o protagonista no desenvolvimento de
projetos no sistema logístico, pois o produto é o objeto do fluxo entre os elementos da
cadeia de valor.

É importante ter ciência que o produto logístico é formado de uma parte física e de uma
parte intangível. A parte física é uma mescla das seguintes características: material,
volume, peso, forma geométrica, desempenho e durabilidade. A partir disso, também
temos a parte intangível, que é o tópico que evidência a satisfação que o profissional de
logística se propõe a oferecer ao seu cliente. Isto posto, se tem: suporte pós-venda,
reputação da empresa, comunicação, flexibilidade e recuperação e retificação de
enganos.

Dito isso, é possível perceber que dependendo do usuário de determinado produto, o


projeto do sistema logístico deverá seguir diferentes padrões de uso. Diferentes
estratégicas logísticas se baseiam em amplas classificações para os produtos, nesse
contexto, temos uma categorização tradicional que divide os produtos.

A primeira categorização seria os Bens de Consumo. Nesse sentido, temos foco aos
consumidores finais. Os especialistas de marketing conseguiram reconhecer diferenças e
padrões na escolha que os consumidores finais fazem em suas mercadorias e em que
determinado local eles as compram. Para o entendimento desse padrão, temos três
classes:

Bens de conveniência: nessa categoria encontramos os produtos que são comprados de


maneira frequente e imediata, com pouca pesquisa. Como exemplo desse tipo de
produto, temos os saponáceos, itens de tabacaria e outros produtos alimentícios. Esses
produtos precisam apresentar uma ampla distribuição com muitos pontos de venda, pois
são itens facilmente substituíveis. Como consequência, os custos de distribuição são
altos – se basearmos esse raciocínio no valor dos custos da venda, os custos de
distribuição cobrem cerca de um terço –. Por serem itens facilmente substituíveis, o
nível de serviço necessita de melhora, no intento de gerar encorajamento num grau
razoável de preferência para esse produto.

Bens de comparação: esses produtos são aqueles nos quais há uma pesquisa por parte
dos consumidores, essa pesquisa é realizada em diferentes lojas no intento de fazer
comparações. Nesse contexto, os clientes geralmente visitam diversos locais,
categorizando os produtos com melhores preços, qualidade e desempenho e escolhendo
o produto ideal somente depois de um cuidadoso estudo. Os produtos que se encaixam
nessa categoria são, geralmente: itens imobiliários, automóveis e roupas de moda. Por
haver essa pesquisa por parte do comprador, o total de pontos de vendas é menor que
nos de bens de conveniência. No mesmo raciocínio que o item anterior, os custos de
distribuição dos bens de comparação equivalem a cerca de quinze por cento do valor
dos custos da venda. Nesse caso, a distribuição não é tão ampla.
Bens de uso especial: nesse item, os compradores dependem de um certo esforço para
comprar determinado produto. Nesse contexto eles procuram marcas ou categorias
particulares de mercadorias. Dessa vez, não há especificidade nos bens comprados, os
bens de uso especial abrangem tudo, desde alimentos finos até automóveis feitos sob
encomenda. Por insistência do consumidor por determinada marca, não há necessidade
de a distribuição agregar amplitude ou níveis de serviços altos como nos itens
anteriores. Nesse item encontramos os menores custos de distribuição física.

Classificados de maneira bem diferentes das anteriores, os Bens Industriais são os itens
voltado para os indivíduos ou organizações nos quais utilizam esses bens para a
produção de outros produtos e serviços. Aqui os vendedores que procuram os
compradores, ou seja, nesse contexto uma classificação baseada nos perfis de compra
não seria necessária. Os bens industriais são classificados com base no seu
envolvimento no processo de produção. Temos os bens que são parte de produtos
acabados – matérias-primas e peças componentes –, itens que são utilizados no processo
da manufatura e bens que não são usados diretamente no processo, como os materiais de
escritório ou serviços administrativos. Ao contrário dos itens anteriores, os compradores
industriais não apresentam preferência por níveis de serviços diferentes para diferentes
classes de produto, como consequência, as classificações tradicionais para produtos
industriais tendem ser pouco úteis ao planejamento de logística.

CARACTERÍSTICAS DO PRODUTO E QUOCIENTES.

O que afeta significantemente na estratégia de distribuição de um determinado produto


são os atributos do produto em questão. Temos os seguintes fatores: peso, volume,
valor, perecibilidade, inflamabilidade e substitutibilidade. Isto posto, é importante
entender que, em suas várias combinações, esses fatores geram diferentes tipos de
armazenagem, estoques, transporte, manuseio e processamento do pedido.

Para um melhor entendimento, as combinações são divididas em quatro categorias:


relação peso-volume (densidade), relação valor-peso, substitutibilidade e características
de risco.

A relação peso-volume afeta diretamente os custos de transporte e armazenagem.


Produtos densos apresentam uma utilização significativa dos equipamentos de
transporte e das facilidades de armazenagem. Os custos de transporte e de
armazenagem possuem a tendência a serem baixos. Contudo, em relação aos produtos
pouco densos, há a problemática em que a capacidade volumétrica do equipamento de
transporte é completada antes do seu limite de carregamento em peso.

Ou seja, nesse sentido, quanto mais denso um produto é, menores os custos de


estocagem como de transporte e como porcentagem do preço de vendas, diminuem.
Mesmo o preço podendo se reduzido pelos custos logísticos menores, armazenagem e
transporte são apenas dois dos diversos elementos que refletem na formação do preço.

Um exemplo dessa situação seria a empresa Sears, Roebuck & Co. que entrega itens
imobiliários desmontados no intuito de entrega-los de forma mais compacta.

Quando falamos sobre o produto, é importante termos ciência de seu valor. Essa
informação é um fator importante no desenrolar de uma estratégia logística. Custos
relacionados ao estoque são direcionados ao valor do produto.

Quando se trata de produtos de baixo valor específico – carvão, minério de ferro,


bauxita e areia – se tem custos de estoque baixo. Os custos da manutenção do estoque
são desenvolvidos como a fração do valor de um produto. Os preços menores significam
custos menores de estoque, pois os custos de manutenção de estoque é o fator
dominante nessa situação. Porém, por outro lado, se formos pensar nos custos de
transporte, é possível notar que eles estão intimamente ligados ao peso. Ou seja, se o
valor do produto é baixo, o custo de transporte representa uma grande parte do preço de
venda.

Em outra perspectiva, a dos produtos com alto valor específico – equipamentos


eletrônicos, joias, instrumentos musicais – demonstram um comportamento oposto ao
que foi citado, com altos custos de estoque e baixos custos de transporte.

Quando não há pouca ou nenhuma diferença entre os produtos de uma empresa e seus
concorrentes, pode-se entender que estamos lidando com um produto baseado na
substituibilidade. Esse conceito, basicamente, explica que uma merca, se não estiver
disponível naquele momento, pode ser facilmente substituída por outra. Nessa situação,
há um determinado foco na disponibilidade desse produto para que os consumidores não
vejam a necessidade de selecionar o produto substituto.

Sobre as características de risco, temos os seguintes atributos dos produtos: valor,


perecibilidade, inflamabilidade, tendência à explosão e facilidade de roubo. Ocorre uma
série de restrições no sistema de distribuição quando algum produto apresenta alto risco
em um desses atributos citados.

Quando falamos, por exemplo, de algum produto que possuí alto risco de roubo,
entende-se que se deve tomar o máximo de cuidado no manuseio e transporte. Ou
produtos com alta perecibilidade necessitam de veículos refrigerados.

CICLO DE VIDA DE UM PRODUTO

Um dos melhores conceitos para se entender o comportamento de um produto seria a


ferramenta administrativa “O Ciclo de Vida do Produto”. Essa ferramenta permite o
estudo do desenvolvimento até a retirada do produto do mercado, levando em conta os
estágios de lançamento, crescimento e maturidade.

Criado por Theodore Levitt, esse modelo de quatro fases foi criado no intento de
mapear o ciclo de vida do produto, no intento de criar estratégias em torno das questões
específicas de cada uma de suas etapas.

No quadro acima é possível perceber o primeiro estágio: introdução. Ocorrendo logo


após o lançamento do produto no mercado, nesse estágio as vendas não são
particularmente volumosas pois ainda não há ampla aceitação. Nesse sentido a
estratégia para a distribuição física é amena, com estoques mais reduzidos e poucas
localizações.

No segundo tópico da imagem temos o crescimento. Ao ser aceito pelo mercado, há um


crescimento nas vendas desse produto. A distribuição se torna um desafio pois não há
histórico de vendas para calcular os níveis de estoque nos pontos de armazenagem ou
quantos depósitos deveriam ser usados nessa situação em específico. Neste cenário a
distribuição se torna manual e a disponibilidade do produto tem um rápido aumento.

Logo após, o estágio de crescimento. Esse estágio pode ser particularmente curto que é
logo seguido por uma mais longa: a maturidade. O crescimento de vendas é lento e/ou
permanece estabilizado. O seu volume de vendas tem pouca alteração, uma quantidade
considerável de depósitos é utilizada e um adequado controle sobre a disponibilidade do
produto se desenvolve.

Por fim, o declínio. As vendas têm seu declínio devido a variadas mudanças, sejam elas
tecnológicas, competitivas ou somente por perda de interesse por parte do consumidor.
Nesse contexto os perfis de movimentação do produto são ajustados e o total de
armazéns é reduzido.

Considerações finais.

Isto posto, entende-se que o produto logístico possui diversas características que se
tornam essenciais para conhecimento, pois, diversos fatores afetam um processo
logístico, como suas características físicas ou intangíveis, sua categoria no mercado e
seu ciclo de vida. Para o melhoramento contínuo de um processo ou projeto, se torna
essencial o conhecimento de tais características no intento de diminuição de custos e o
fornecimento do melhor serviço possível para o consumidor e para que assim haja o
máximo de satisfação possível.

Referências.

https://docplayer.com.br/15543700-O-produto-o-que-e-o-produto-logistico.html

https://neilpatel.com/br/blog/ciclo-de-vida-do-produto/

https://slideplayer.com.br/slide/7313711/

https://www.zendesk.com.br/blog/ciclo-de-vida-do-produto/
https://www.researchgate.net/figure/Ciclo-de-Vida-de-um-Produto-Fonte-Adaptado-de-
LENDRIVE-et-al-1996210_fig1_277207505 (imagem).

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