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4. O PRODUTO
Compreender a natureza do produto pode ser valioso para projetar o sistema logístico
mais apropriado. O produto também é elemento sobre o qual a logística exerce controle
apenas parcial. Por isso mesmo, é importante compreender sua natureza.
Tangíveis são conhecidos como bem físico (materiais), onde tem peso, volume e formas
os quais tem influência no custo logístico:
- duráveis (automóvel, vestuário, máquinas, terras etc);
- não duráveis: (cerveja, bebidas, roupas, ect).
Intangíveis são conhecidos como bens de serviço (imateriais), como plantação, colheita,
pulverização, manutenção de equipamentos:
- pessoas (motorista, operário, tratorista, administradores, engenheiros, etc);
- locais (setor agroindustrial, setor produtivo, setor educacional);
- organizações (embrapa, secretarias de agricultura, diretoria de ensino, etc);
- idéias (vacinação animal, planejamento logístico, planejamento rural, etc).
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Bens de Consumo
Dirigem-se aos consumidores finais, e estes podem selecionar ou adquirir o produto
de várias formas, as mais comuns são:
Bens Industriais
São dirigidos mais precisamente para as organizações que os utilizam para produzir
outros produtos ou serviços. Neste caso são os vendedores que procuram os compradores,
e uma classificação baseada no perfil de compra não seria relevante.
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Por outro lado é comum classificar bens industriais conforme seu desenvolvimento
no processo de produção:
- existem bens que são partes de produtos acabados (matéria-prima ou peças e
componentes);
- há outros que são usados no processo de manufatura, como edifícios e
equipamentos;
- existem bens que não entram no processo diretamente, como material de
escritório ou serviços administrativos.
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Maturidade: este estágio é caracterizado por um período de vendas lento e baixo,
onde futuramente as vendas venham a se estabilizar. Todos os concorrentes já estão
instalados, logo a luta por parcela de mercado implica desalojar algum concorrente, os
lucros se estabilizam e depois começam a declinar no final do estágio da maturidade.
Declínio: nesta fase o produto começa a ser superado por outro ou por produtos
substitutos e assim as vendas caem e os lucros despencam, reduzindo assim os
investimentos em desenvolvimento, propaganda, distribuição diminuindo a oferta de
diferentes modelos. No final do estágio deve ser analisado se o produto poderá ser
reposicionado ou será retirado de vez do mercado.
Alguns produtos podem nem passar por todas as fases, outros podem até começar
novamente seu ciclo de vida.
Relação peso-volume
A relação peso-volume (densidade) são bem significativas, pois os custosa de
transporte à armazenagem estão diretamente relacionada com ela.
- produtos pesados como aço laminado, material impresso e comida enlatada
apresentam boa utilização dos equipamentos de transporte e das facilidades de
armazenagem.
- Produtos leves como isopor, batata frita, lâmpadas, não apresentam boa utilização
dos equipamentos, a capacidade volumétrica do equipamento de transporte é
preenchida antes de seu limite de carregamento em peso a ser atingido.
Relação valor-peso
O valor do produto que está sendo movimentado e estocado é um fator importante
no desenvolvimento de uma estratégia logística.
- produtos de baixo valor como carvão, minério de ferro, areia, tem custo de estoques
baixos, mas custo de transporte elevado se medido como porcentagem de seu preço
de venda. Os custos de manutenção de estoques são calculados como fração do
valor do produto. Preços menores, custos menores de estoques.
- Produtos com alto valor, tais como equipamentos eletrônicos, jóias e instrumentos
musicais, tem altos custos de estoque e baixo custo de transporte.
Se o produto tem relação valor-peso elevada, a reação típica é minimizar o estoque
mantido.
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Substitutibilidade
Quanto o consumidor nota pouca ou nenhuma diferença entre o produto da firma e os
seus concorrentes, diz-se que o produto é altamente substituível, ou seja, o consumidor
compra prontamente uma segunda marca caso a primeira não esteja disponível
imediatamente.
Mesmo a logística não tendo poder e controle sobre substitutibilidade, podemos encarar
que quanto melhor utilizar e planejar a distribuição, pode-se reduzir as perdas de venda.
Para um dado nível de estoque, pode-se aumentar a velocidade e a confiabilidade das
entregas e diminuir a ocorrência de perdas e danos, assim o produtofica mais facilmente
disponível para o consumidor e menor substituição de produto ocorre.
Característica de risco
As características de risco referem-se aos atributos de valor, perecibilidade,
flamabilidade, tendência à explosão e facilidade de roubo. Quanto o produto mostra alto
risco em uma ou mais dessas características, ele impõe uma série de restrições ao sistema
de distribuição. Tanto os custos de transportes como de estoques são maiores.
Produtos como cigarros, que tem maior risco de roubo, deve-se tomar maior especial
cuidado no manuseio e transporte. Produtos perecíveis como frutas frescas, necessitam
de manuseio especial como veículos refrigerados. O uso de embalagens para diminuir os
riscos também aumenta o custo de distribuição.
EMBALAGEM DO PRODUTO
A embalagem do produto pode ter diversos objetivos, alguns dos quais são:
- facilitar o manuseio e armazenagem;
- promover melhor utilização do equipamento de transporte;
- proteger o produto;
- promover venda do produto;
- alternar a densidade do produto;
- facilitar o uso do produto;
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Nenhuns desses objetivos podem ser atingidos mediante a administração logística,
entretanto alterar a densidade do produto e sua embalagem protetora pode fazer a
diferença.
A embalagem para proteção é importante dimensão do produto, pois a embalagem
que deve ser manuseada e o produto em si, é preocupação secundária. É a embalagem
que tem forma, volume e peso é o produto interior pode não ter as mesmas características.
A embalagem significa custo adicional para a firma. Esse custo pe compensado na
forma de fretes e custos de estoque menores, além de menor números de quebras.
ANÁLISE ABC
A análise ABC é uma das formas mais usuais de examinar estoques. Essa análise
consiste na verificação, em certo espaço de tempo - 6 meses ou um ano – do consumo, em
valor monetário a quantidade, dos itens de estoques, para que eles possam ser classificados
em ordem decrescente de importância. Aos itens mais importantes.
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Abaixo segue um exemplo de construção de análise ABC do estoque de
uma determinada empresa que apresentou a seguinte movimentação de estoque em um
período.
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Organizando os itens por ordem decrescente do valor consumido durante o
período, teremos uma estrutura que facilita o calculo percentual por unidade consumida,
conforme demonstra a tabela abaixo.
Agora sim podemos ordenar o consumo total (de todas as unidades) de acordo
com o percentual de valor unitário e acumulado de consumo.
Item Valor Consumido % (unid.) % (acum)
2035 29.520,00 27,34 27,34
1030 24.651,25 22,83 50,17
1020 10.615,50 9,83 60,00
2050 9.048,00 8,38 68,38
6070 7.402,50 6,86 75,23
2015 5.232,00 4,85 80,08
3055 5.197,50 4,81 84,09
1060 3.750,00 3,47 88,36
5050 2.652,00 2,46 90,82
1045 2.412,00 2,23 93,05
5070 2.346,00 2,17 95,23
3025 2.010,00 1,86 97,09
7080 1.988,00 1,84 98,93
1010 1.057,50 0,98 99,91
3010 100,00 0,09 100,00
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Uma análise da tabela mostra que os três primeiros itens 2035, 1030 e 1020,
representam 60% dos gastos totais com materiais de estoque no período; são portanto itens
de classe A. Os quatro seguintes, 2050, 6070, 2015 e 3055, representam 25% dos gastos
materiais, são tipicamente itens de classe B. Os oitos itens restante representam 15%, são
portanto itens de classe C. Dessa forma podemos para melhor visualizar colocá-los em um
gráfico, denominado curso ABC.
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