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O produto na cadeia de

suprimentos e logística

PROFESSOR: LUÍS FILIPPE SERPE


O produto na cadeia de suprimentos e
logística
• Na definição de Juran, um produto é o fruto, ou resultado, de
qualquer atividade ou processo.
• O produto é composto por uma parte física e outra intangível, que,
juntas, completam a oferta total de produtos de uma empresa.
• A parte física da oferta de produtos é composta de características
como peso, volume e forma, além de aspectos de desempenho e
durabilidade.
Classificação de produtos
• Classificando Produtos
• Dependendo de quem vier a usar o produto, o projeto do sistema
logístico deverá refletir os diferentes padrões de utilização.
Classificações amplas de produtos são valiosas para sugerir estratégia
logística e, em muitos casos, para entender por que os produtos são
fornecidos e distribuídos em determinadas modalidades e maneiras.
• Uma classificação tradicional é aquela que divide produtos e serviços
em produtos de consumo e produtos industriais.
Produtos de consumo
• Os produtos de consumo são aqueles dirigidos especificamente aos
usuários finais.
• Os especialistas em marketing há muito tempo entenderam as
diferenças básicas no comportamento dos clientes que os levam a
optar entre diferentes bens e serviços, e também entre os locais que
os vendem.
• Assim chegaram, os especialistas, a uma classificação dos produtos
em três ramos principais:
• produtos de conveniência, produtos de concorrência e especialidades.
Produtos de consumo
• Produtos de conveniencia são os bens e serviços adquiridos rotineiramente,
com freqüência e sem grandes comparações. Típicos desse ramo são os
serviços bancários, cigarros e charutos e inúmeros produtos alimentícios.
• Esses itens em geral dependem de uma ampla distribuição e de inúmeros
pontos-de-venda;
• Produtos de concorrencia são aqueles cujos consumidores/ clientes se
dispõem a pesquisar e comparar antes de optar, pesquisando os locais em
que estão disponíveis, comparando preços, qualidade e desempenho, e assim
concretizando a compra somente depois de uma cuidadosa deliberação.
• Produtos típicos dessa categoria são as roupas de alta costura, automóveis,
móveis residenciais e planos/atendimento de saúde.
Produtos de consumo
• Produtos de especialidade são aqueles pelos quais os clientes se
dispõem a fazer sacrifícios e inclusive a esperar o tempo que for
necessário pela respectiva compra.
• Exemplos nesta área vão desde raridades culinárias raros até
automóveis sob encomenda, ou serviços como consultoria especial de
gestão.
Produtos e serviços industriais
• Produtos e serviços industriais são aqueles dirigidos para indivíduos ou
organizações que deles fazem uso na elaboração de outros bens ou serviços. E
• É uma classificação muito diferente da de produtos de consumo. Como são os
vendedores que normalmente procuram os compradores, não seria aqui
relevante uma classificação baseada em padrões de compra, ou escolha.
• Tradicionalmente, os produtos e serviços industriais são classificados de
acordo com a intensidade de sua entrada no processo de produção.
• Por exemplo, existem produtos que fazem parte do produto final, como
matérias-primas e componentes; há aqueles usados no processo de fabricação,
como instalações e equipamentos; e temos igualmente os artigos que não
entram diretamente no processo, como serviços de negócio e suprimentos.
Ciclo de vida do produto
• Outro conceito tradicional conhecido dos operadores dos mercados é o
do ciclo de vida dos produtos.
• Estes não geram seu volume maior de vendas imediatamente após o
lançamento, nem tampouco mantêm indefinidamente um volume de
pico de vendas.
• É característico que os produtos sigam um padrão de volume de vendas
com o passar do tempo, que pode ser dividido em quatro estágios:
lançamento, crescimento, maturação e declínio (ver a Figura 3-1).
• A estratégia de distribuição física é diferente em cada um desses
estágios.
Ciclo de vida do produto
Curva de Pareto – 80 - 20
• O problema logístico de qualquer empresa é a soma dos problemas de cada
um dos seus produtos. A linha de artigos de uma empresa típica é
composta por produtos variados em diferentes estágios de seus respectivos
ciclos de vida, e com diferentes graus de sucesso em matéria de vendas.
• A qualquer momento no tempo, isto cria um fenômeno de produto
conhecido como a curva 80-20, um conceito especialmente valioso em
termos de planejamento logístico.
• O conceito 80-20 é formalizado depois da observação de padrões de
produtos em muitas empresas, a partir do fato de que a parte maior das
vendas é gerada por um conjunto de relativamente poucos produtos das
respectivas linhas e a partir do princípio conhecido como a lei de Pareto.
Características do produto
• As características de um produto que mais influem sobre a estratégia
logística são os seus atributos naturais - peso, volume, valor,
perecibilidade, inflamabilidade, e substituibilidade.
Quociente peso-volume
• Quociente Peso-Volume

• O quociente peso-volume do produto é uma mensuração


especialmente significativa, à medida que os custos de transporte e
armazenagem estão a ele diretamente relacionados.
• Produtos que são densos, isto é, que têm alto quociente peso-volume
(por exemplo, aço laminado, materiais de impressão e alimentos
enlatados), mostram uma boa utilização do equipamento de
transporte e instalações de armazenagem, com ambos os custos
tendendo a ser baixos.
Quociente valor-peso
• Quociente Valor-Peso
• O valor financeiro da movimentação e armazenagem do produto é importante em
relação aos custos de armazenagem, pois esses custos são especialmente sensíveis a
tal valor.
• Quando o valor do produto é expressado como um quociente para o peso, emergem
algumas óbvias transações de custos que são úteis no planejamento do sistema
logístico. A Figura 3-4 mostra essa transação.
• Produtos com baixos quocientes valor-peso (por exemplo, carvão, minério de ferro,
bauxita e areia) têm também custos baixos de armazenagem, mas custos elevados
de movimentação em termos de percentagem dos seus preços de venda.
• Os custos de movimentação de estoque são computados como uma fração do valor
do produto.
Substituibilidade
• Sempre que os clientes de uma empresa vêem pouca ou nenhuma
diferença entre os produtos por ela oferecidos e os de provedores
concorrentes, diz-se que os produtos são altamente substituíveis.
• Ou seja, o cliente muito facilmente se disporá a comprar uma marca
secundária quando não houver disponibilidade imediata daquela que
é a sua primeira escolha. Produtos alimentícios e remédios
caracterizam-se pela elevada substituibilidade.
Risco e seguro
• As características de risco do produto são, entre outras,
perecibilidade, inflamabilidade, valor, tendência a explodir e
facilidade de ser roubado.
• Quando qualquer produto mostra alto risco em um ou mais desses
itens, é natural que se imponham determinadas restrições sobre o
sistema de distribuição.
• Os custos de transporte e os de armazenagem tornam-se logicamente
mais altos tanto em termos financeiros absolutos quanto como
percentagem do preço de venda, como mostra a Figura 3-6.
Embalagem do produto
• A maioria dos produtos - tendo entre as exceções itens como matérias-primas a granel,
automóveis e artigos de mobiliário - é distribuída com algum tipo de embalagem.
• São várias as razões pelas quais se incorre na despesa com a embalagem. A motivação
pode ser a de:
• • Facilitar a armazenagem e manuseio
• • Promover melhor utilização do equipamento de transporte
• • Dar proteção ao produto
• • Promover a venda do produto
• • Alterar a densidade do produto
• • Facilitar o uso do produto
• • Proporcionar ao cliente valor de reutilização5
Precificação
• Tanto quanto a qualidade e o serviço, para o cliente, o preço simboliza o produto.
Embora o profissional de logística não seja diretamente responsável pela política
de preços, ele tem plenas condições de influir sobre as decisões de precificação.
• Isso porque o preço do produto quase sempre tem relação com a geografia e
porque os incentivos em preços normalmente dependem das estruturas de
tarifas de transporte.
• A precificação é um complexo processo de decisão que envolve teoria econômica,
teoria de comportamento do comprador e teoria da concorrência, entre outros
elementos.
• A discussão aqui se limita aos métodos de precificação que são geograficamente
relacionados aos acordos de incentivos de preços derivados de custos logísticos.

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