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CLASSIFICAÇÃO DE MATERIAIS 29/10/2015

•Recursos materiais são elementos físicos não permanentes que concorrem para constituição de um produto final. Na
contabilidade: bens de venda.
•Recursos patrimoniais são elementos físicos permanentes destinados à manutenção da organização. Na contabilidade:
bens de uso ou ativo imobilizado.
•Administração de recursos materiais: conjunto da atividades que visam, como OBJETIVO PRINCIPAL/PRECÍPUO,
maximizar a utilização de recursos materiais da empresa, isto é, evitar o desperdício. Objetivos secundários:
suprimento de materiais na quantidade e qualidade corretas, no momento certo, armazenamento apropriado, preços
econômicos e minimização dos estoques.
◦Atividades/funções:
▪gestão dos estoques: utiliza técnicas de previsão de consumo e sinaliza para a área de compras.
▪gestão de compras: faz as aquisições.
▪gestão dos centros de distribuição: controle físico → recebimento, movimentação, armazenagem e distribuição
interna.
•Classificação de materiais: aglutinação de materiais por características semelhantes para racionalizar a organização em
estoque.
◦Atributos:
▪abrangência: deve abordar várias características, como aspectos físicos, financeiros, contábeis,...
▪flexibilidade: possibilidade de melhorar o sistema de classificação sempre que necessário e “comunicação” entre as
várias classificações.
▪praticidade: classificação simples e direta.
◦Etapas (as anteriores favorecem as próximas) CA SIM ES NO PA COD (“CASINHAS NO PACOTE”) :
▪catalogação: arrolar;
▪simplificação: enxugar → exclui itens com mesma finalidade/resultado da catalogação;
▪especificação/identificação: descrição minuciosa em linguagem de mercado (características gerais,
acondicionamento,...); importante para licitação, em que não deve haver especificação de marca, salvo:
•marca como parâmetro de qualidade, com expressões “ou equivalente”, “ou similar” ou “ou da melhor qualidade”;
•se tecnicamente justificável;
•incontestável atendimento dos interesses da Administração (padronização).
▪normalização: normas técnicas para materiais em si ou emprego com segurança, segundo ABNT;
▪padronização: uniformiza emprego e tipo de material a ser adquirido;
▪codificação: aplicação de um código para cada item de material.
•Sistemas:
◦Alfabético: limitação de letras e dificuldade de memorizar.
◦Numérico/decimal: simples, generalizado e ilimitado. O mais usado.
◦alfanumérico: misto.
•Requisitos:
◦expansividade;
◦unicidade: para cada item, um código diferente;
◦simplicidade;
◦concisão;
◦operacionalidade: prático;
◦confiabilidade;
◦versátil: possibilidade de adequação;
◦padronização: regras para codificar.
•Sistemas:
◦codificação decimal:

Obs: grupos de 1 a 99. Código de grupo → classificador; código de classe → individualizador; código de identificação
→ caracterizador.

◦FSC (Federal Supply Classification): desenvolvido pelo departamento de defesa do EUA. O código é denominado
Federal Stock Number (FSN). 11 algarismos. Grupo – subgrupo – classe – número de identificação.
◦CSSF (Chambre Syndicale de la Sidérurgie Française): 8 algarismos. Divide os materiais em normalizados (ampla
aplicação) e específicos (ex: compressor para geladeira Brastemp).
Questão certa: Ordenados os materiais, que devem ser agrupados conforme a semelhança, segue-se a sua codificação,
comumente realizada por meio dos sistemas alfabético, alfanumérico ou decimal.
◦Tipos (critérios) de classificação de materiais:
Obs.: HÁ INFINITAS FORMAS DE CLASSIFICAÇÃO DE MATERIAIS.
▪possibilidade fazer ou comprar: produzidos internamente, adquiridos, recondicionados (recuperados), ou um ou outro
a depender do caso concreto. Estratégias a ser decidida pela cúpula:
Vantagens Desvantagens
Verticalização: produzir tudo •Independência de 3º; •Perda de flexibilidade
•maiores lucros; (engessamento);
•manutenção em segredo sobre •maiores custos.
tecnologias próprias.
Horizontalização: só não terceirizar o •Flexibilidade; •Perda do controle tecnológico;
core business •menores custos. •dependência de 3º;
•lucros menores.
▪Por demanda:
•materiais de estoque: demanda previsível;
•materiais não-de-estoque: demanda imprevisível. Quando demandado, adquire-se (sistema de registro de preços).
PARA MATERIAIS DE ESTOQUE:
▪por aplicação na organização:
•matéria-prima: incorpora-se ao produto final;
•material em processamento;
•material semiacabado;
•material acabado/produto intermediário ou em processo: toma parte no produto final sem perder suas
características químicas ou físicas;
•produto final ou acabado: pronto pra venda;
•material auxiliar: auxilia no processo sem se incorporar.

OBS: segundo Pozo (2004, p. 38), pode haver também: material de manutenção, material de escritório e material e
peças em processos.
▪Por periculosidade: riscos no manuseio ou transporte. Ex: explosivos, inflamáveis, radioativos, corrosivos,
oxidantes,...
▪por perecibilidade: deteriora ou decompõe. Pode perder suas características físico-químicas.
▪Por importância operacional – criticidade (classificação XYZ) → não fornece análise econômica dos estoques.

Questão certa: Persianas, tapetes e cortinas, embora considerados materiais permanentes, não precisam ser tombados.
Materiais permanentes são aqueles que o uso contínuo não lhes causa perda de identidade física e/ou têm tempo de vida
superior a 2 anos. Nesse sentido, persianas, cortinas e tapetes se enquadram nessa descrição, dessa maneira são mesmo
de caráter permanente. Os materiais de caráter permanente devem ser tombados. No entanto, caso o custo do controle
do bem ultrapasse o valor de consumo desse material, então, devem ser considerados material de consumo. E, os
materiais de consumo não se submetem a tombamento, mas a um procedimento simplificado. Portanto, item certo.

Obs: materiais críticos:


•de reposição específica, demanda não previsível e decisão de estocar é um risco. Por serem vitais, devem ser
estocados até a utilização, não estando sujeitos ao controle de obsolescência. → VIANA.
•razões econômicas: alto valor ou custos altos de transporte e armazenagem. ESTES TEM DE TER CONTROLE DE
OBSOLESCÊNCIA (ocorre por causa das inovações tecnológicas ou manutenção cara) CONTÍNUO E PERIÓDICO.
PARA VIANA, MATERIAIS CRÍTICOS NÃO ESTÃO SUJEITOS AO CONTROLE DE OBSOLESCÊNCIA
(QUESTÃO TC-DF/2012/CESPE).
•razões de armazenagem, manuseio e transporte: alta periculosidade, perecíveis, pesados ou grandes.
▪Por valor econômico (mais comum, mas pode avaliar impacto na produção ou itens mais requisitados, etc...) → Curva
ABC/Princípio de Pareto/Curva 80-20:
Obs: há de ser uma curva, senão não haverá concentração de valor de demanda com relação aos itens.

CLASSE VALOR TOTAL EM ESTOQUE QTD EM ESTOQUE/QTD


(mais comum) – eixo y DEMANDADA (nº de tipos de itens)
– eixo x
A (maior controle; nível de estoque 80,00% 20,00%
mínimo o menor possível)
B (controle médio) 15,00% 30,00%
C (menor controle) 5,00% 50,00%

•Atributos para a classificação de materiais permanentes e de consumo:

QUESTÃO ERRADA: Classificam-se como materiais perigosos o muito venenoso, o espontaneamente inflamável, o
aerodispersoide pesado, o tóxico e o corrosivo, devendo-se definir, a partir de suas peculiaridades, as instruções para o
almoxarife, os cuidados durante a movimentação e o sistema de transporte apropriado. JUSTIFICATIVA –
Aerodispersoide pesado não consiste EM MATERIAL (É SUPPRODUTO SEM VALOR ECOÔMICO) e nem em
material perigoso arrolado na literatura de referência. Além disso, o termo usado é “aerodispersoide” e não
“aerodispersoide pesado”.

"Tombamento: Tombar alguma coisa de acordo com normas legais equivale a registrar, com o objetivo de proteger,
controlar, guardar. O tombamento é um instrumento legal, aplicado por ato administrativo cuja competência é atribuída,
pelo Decreto-lei nº 25/37, ao Poder Executivo. Por meio do tombamento, o valor cultural do bem é reconhecido e se
institui sobre ele um regime especial de proteção, considerando-se a função social do mesmo. Pode ser nas instâncias
municipal, estadual e federal, não havendo uma hierarquia entre os três níveis de proteção, que são de natureza
suplementar. O tombamento não significa a perda de propriedade do bem e nem implica no"congelamento" deste. Ou
seja, o bem pode ser vendido, comprado ou alugado, mas as modificações físicas somente ser realizadas mediante
autorização prévia e acompanhamento técnico do órgão competente. Importante! O Tombamento pode ser aplicado a
bens móveis e imóveis de interesse cultural ou ambiental, quais sejam: fotografias, livros, mobiliários, utensílios, obras
de arte, edifícios, ruas, praças, cidades, regiões, florestas, cascatas, etc. Somente é aplicado a bens materiais de interesse
para a preservação da memória coletiva.

Material permanente: aquele que, em razão do seu uso corrente, não perde a sua identidade física e/ou tem
durabilidade superior a dois anos.
Conclusão:
1. O bem móvel classificado como material permanente está sujeito ao tombamento e pode ser alienado, modificado,
bem como ter sua destinação alterada.
2. O Tombamento não altera a propriedade de um bem; apenas proíbe que venha a ser destruído ou descaracterizado.
Logo, um bem tombado não necessita ser desapropriado.
3. O bem tombado pode ser alienado (vendido), desde que continue sendo preservado. Não existe qualquer
impedimento para a venda, aluguel ou herança.

ESTOQUE: porção armazenada de material/mercadoria (mesmo improdutivos), uso futuro, valor econômico. Principais
funções: protegem contra oscilações na demanda (sazonalidade no suprimento; oscilações importantes e periódicas,
oscilações do mercado, como forma de investimento, proteger de atrasos, economia de escala.
•Custos:
◦diretamente proporcionais: custos de carregamento = custo de armazenagem + custo de capital (=taxa de juros anual x
valor de produção do item em estoque)
▪Custos de riscos de estoque: perdas, roubos, avarias, obsolescência, etc. Englobado pelos de armazenagem.
▪Custos de armazenagem;
▪custos de capital: valor que se perde por estar imobilizado.
◦inversamente proporcionais:
▪custos de pedido: estoque comprado no mercado (mão de obra, luz, telefone, etc)
▪custos de produção: estoque produzido
◦independentes: custos de armazenagem fixos, custos de mão de obra, manutenção dos locais de estoque.
◦custos por falta de estoque
Obs.: a ocorrência de custos de armazenagem independe do estoque, mas seu valor depende da quantidade de estoque,
tempo de estoque, etc.

•LOTE ECONÔMICO DE COMPRA (LEC)1: QTD ÓTIMA A SER COMPRADA PARA SE TER O MENOR CUSTO
TOTAL POSSÍVEL. LEC = RAIZ {(2 X CUSTO DO PEDIDO X DEMANDA)/CUSTO DE CARREGAMENTO OU
DE MANUTENÇÃO}, SENDO O CC OU CM POR UNIDADE.
•MÉTODOS DE PREVISÃO DE VENDAS (OU DA DEMANDA): se falharem, podem causar:
◦acentuação de custos de estoque: estoque parado;
◦custos de falta de estoque: acabou o estoque.

Informações utilizadas na previsão DE DEMANDA:


•qualitativas: especialistas
◦PREDILEÇÃO;
◦MÉTODO DELPHI (OU DELFOS): não se dispõem de dados quantitativos ou houve ruptura sociais, tecnológicas ou
políticas.
•quantitativas (matemáticas) → análise de séries temporais:
◦EXPLICAÇÃO: relaciona quantitativos com alguma variável cuja evolução é conhecida ou previsível;

1 Se for fabricar, chama-se Lote Econômico de FABRICAÇÃO/PRODUÇÃO.


◦PROJEÇÃO: será igual ao passado ou maior.

PRINCIPAIS TIPOS DE EVOLUÇÃO DE DEMANDA:


•constante: sem muitas variações;
•sazonal: variação significativa e periódica;
•de tendência: abrupta, não periódica, positiva ou negativa.
Métodos quantitativos DE PREVISÃO DE DEMANDA:

•o valor do coeficiente de ajuste.


•MÉDIA DOS MÍNIMOS QUADRADOS: tenta obter a equação de uma reta a partir dos dados de consumo de
períodos anteriores. Esta equação passa a ser a lei da demanda.

OBS: Na média ponderada, a soma dos pesos tem de ser igual a 1.


Vantagens e desvantagens da média aritmética e da ponderada:

Vantagens da MMEP:
•melhor tratamento das informações passadas;
•atribui maior valor aos dados recentes (essa não é exatamente uma vantagem...);
•pouca qtd de dados a serem manipulados;
•minimiza a influência de valores aleatórios.
•Fórmula: coeficiente de ajuste (ca) x consumo real anterior + (1-ca) x previsão anterior

INDICADORES RELACIONADOS A ESTOQUES:


•nível de serviço: percentual de requisições dos demais setores da organização que são atendidas pelo almoxarifado,
com relação ao total das requisições. Para ser bom: manter estoques ou just in time com fornecedor. OBS: uma gestão
de materiais é bem sucedida quando estabelece equilíbrio entre disponibilidade de capital de giro e nível de serviço.
•giro de estoque (rotatividade de estoque): número de renovações do estoque em um período. (Itens consumidos no
período DIVIDIDO PELO estoque médio no período; custo da mercadoria vendida no período DIVIDIDO PELO custo
do estoque médio no período). Alto giro é o ideal, pois há menos capital imobilizado e é sinal que tá vendendo. Às
vezes, deve-se calcular o estoque médio: (estoque inicial + estoque final)/2 OU (estoque mínimo + estoque máximo)/2.
•cobertura de estoque (taxa de cobertura ou antigiro): troca numerador e denominador do giro ou (período em dias
DIVIDIDO PELO giro de estoque).
OBS: as respostas às questões “o que”, “quanto” e “quando”, permite estruturar o dimensionamento de estoques.
OBS: A média com suavização exponencial é uma técnica para previsão de demanda de curto prazo adaptável, ou seja,
se autocorrige de acordo com as alterações no comportamento das vendas.

Sendo assim, tudo que passar do estoque máximo será excesso. Então como saberás se houve excesso ou não, basta
subtrair o Saldo Atual do Estoque máximo, caso o valor seja positivo, terá ocorrido excesso de estoque.

Saldo Atual - (Est. Máx)


Sendo:
O Estoque máximo = Est. de segurança (ES) + Lote Econômico de Compra (LEC)
Tem-se:
Saldo Atual - (ES + LEC)
Saldo Atual - ES – LEC

GESTÃO DE ESTOQUES PARTE 2

•CONTROLE DE ESTOQUES E SISTEMA DE REPOSIÇÃO:


◦periódico ou SISTEMA DE ESTOQUE MÁXIMO (lembre -se que o nível máximo de estoque é o parâmetro que
serve para quantificação do lote de compra no sistema períodico → LC = EM – saldo no dia do pedido); “empurrada”:
modelo de estoque máximo; modelo de intervalo padrão; modelo P3;
Obs.: tempo de reposição/RESSUPRIMENTO é o tempo entre o pedido e a chegada do material.
TEMPO ENTRE UM PEDIDO E OUTRO É SEMPRE IGUAL, a qtd pedida (lote de compra) vai ser a diferença entre
o estoque máximo e o atual → quando o material chega, mesmo que não iniciada a utilização do estoque de segurança,
não se alcança o estoque máximo, porque quando se pede, não se considera o que vai ser usado durante o tempo de
ressuprimento. LOGO: DEU O TEMPO, PEDE A DIFERENÇA.
◦contínuo (máximos e mínimos); “empurrada” 2. Sistema de máximos e mínimos; modelo de estoque mínimo; sistema
de ponto de pedido; modelo Q4;
PP=consumo médio x tempo de reposição + ES. ESTOQUE MÁXIMO = ES + LC (QUANTIDADE PARA CHEGAR
NO ESTOQUE MÁXIMO, CONSIDERANDO O QUE VAI SER GASTO DURANTE DO TEMPO DE
RESSUPRIMENTO). Método das duas gavetas: gaveta 1 tem um quantitativo maior (QUANDO ELA FINALIZA É
PORQUE CHEGOU O PP) que a 2 (consumo do tempo de ressuprimento + estoque de segurança). Itens C. SEMPRE É
PEDIDA A MESMA QUANTIDADE. LEMBRAR:
•REPOSIÇÃO PERIÓDICA → PERÍODOS IGUAIS; QTD PEDIDAS DIFERENTES;
•REPOSIÇÃO CONTÍNUA → PERÍODOS DIFERENTES (PP); QTD PEDIDAS IGUAIS.
Estoque de antecipação: estoque criado para nivelar as diferenças entre o ritmo entre produção e demanda,
quando as diferenças são grandes e previsíveis (imprevisíveis → estoque de segurança). Ex: eventos sazonais.
QUESTÃO CERTA: EM UM SISTEMA DE ESTOQUE, A MOVIMENTAÇÃO DOS MATERIAIS PODE SER
REPRESENTADA POR UM GRÁFICO CONHECIDO POR “DENTE DE SERRA”.
Estoque de trânsito/estoque em movimento/estoque de tubulação.

MODELO Q MODELO P
CARACTERÍSTICAS MODELO DA QUANTIDADE FIXA MODELO DE PRÍODO FIXO
DO PEDIDO
QUANTIDADE DO PEDIDO Q – constante (a mesma qtd pedida a Q – variável (varia cada vez que um
cada vez) pedido é feito)
QUANDO FAZER O PEDIDO R - quando a posição no estoque cai T – quando chega o período de revisão
para o nível de reposição do pedido
REGISTROS Sempre que ocorre uma retirada ou Contada apenas no período de revisão
inclusão
TAMANHO DO ESTOQUE Menos que o modelo de período fixo Maior que o modelo de quantidade
fixa de pedidos
TEMPO PARA MANTER Maior devido ao registro perpétuo

2 Sistema tradicional de abastecimento.


TIPO DE ITENS Itens com preços mais altos, críticos
ou importantes
Fonte: JACOBS, F. R.; CHASE R. B.ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES: O ESSENCIAL.
PORTO ALEGRE: BOOKMAN, 2008.

◦just in time/kanbam. “puxada”. É o oposto do JUST IN CASE (tradicional).


USO E SISTEMAS AUTOMATIZADOS NA GESTÃO DE RECURSOS ORGANIZACIONAIS

•MRP ou MRP I: material requirement planning: se preocupa com a gestão de estoques e minimização dos desperdícios.
Preocupa-se com o quanto pedir e quando pedir.; com a cadeia de necessidades: itens de demanda dependente. É
prescindível o computador. Usando-se o computador, ele pode adaptar os pedidos para novos contextos. 3 grandes
bases: plano/programa mestre de produção (dependência entre materiais), lista de materiais e situação de estoque desses
itens.
•MRP II: preocupa-se também com a capacidade de produção dos equipamentos e recursos financeiros e humanos
(planejamento da capacidade de recursos). MRP (previsão dispara o processo) X just in time (demanda efetiva dispara).
•ERP: sistemas integrados de gestão empresarial: integra as áreas da organização. Pode ser instalado em módulos
(principais: finanças, RH, logística, manufatura, gerenciamento de suprimento, acompanhamento das ordens). Principais
sistemas ERP: SAP-R/3, Oracle. Responde de modo completo aos diversos processos organizacionais. Barreiras que
podem ser enfrentadas pelo ERP: legislação da região da empresa, aceitação da tecnologia pelos funcionários,
DAR MUITO FOCO AO INTERNO E ESQUECER O AMBIENTE EXTERNO e adaptação do software às
necessidades da empresa. Os principais usuários do ERP são os clientes internos. Estrutura que integra e automatiza
processos de diversas áreas. Informações em tempo real.
Obs.: sistema legado: aplicativo que, apesar de antigo, permanece ativo em uma organização, usualmente lidando com
banco de dados obsoleto.

GESTÃO DE ESTOQUES PARTE 3

JUST IN TIME (3º sistema de reposição de estoques): abordagem metodológica/ferramenta de trabalho. Kanban:
sistema/ferramenta de controle de estoque. Sistema de produção puxada. Foco na demanda, em si. Foco do estoque: giro
de estoque (70 a 100 por ano); pontualidade, qualidade e preço; pedido: unidade do item. Enfoque fornecedor:
cofabricantes; estreito relacionamento; único e especialista. Redução de desperdícios, estoque nulo,
aquisições/entregas/produção apenas quando necessários, necessidade de maior agilidade no ressuprimento (tempo de
ressuprimento mínimo), ciclos curtos e ágeis de produção. NÃO HÁ ACUMULAÇÃO DE ESTOQUES NO
PROCESSO, MAS TAMBÉM NÃO SE PODE DIZER QUE O JIT TORNA OS PROCESSOS CADA VEZ MAIS
INDEPENDENTES DOS ESTOQUES EM PROCESSO.

OBS: sistema tradicional de abastecimento: manutenção de elevados níveis de estoque. Sistema de produção
empurrada. Foca na previsão de demanda. Just in case (no caso de precisar de material, haverá estoque para tanto). Foco
do estoque: giro (10 a 20 por ano); preço, qualidade e pontualidade; pedido: lote econômico. Enfoque fornecedor:
adversários, relações mínimas, multifontes é a regra.
OBS: em qualquer caso, a diferença ao final entre os custeios é mínima (alguma hora o custo fixo é tirado: no CPV, por
unidade ou na fórmula do lucro líquido). PDF 4, Q9
•custeio variável (CPV = diretos):
•custeio por absorção (CPV = diretos + fixos)
lucro bruto = vendas brutas – custo dos produtos vendidos
lucro líquido = lucro bruto – despesas gerais – custos fixos

MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DE ESTOQUES


OBS: PREVISÃO DA DEMANDA (último período, média aritmética OU MÓVEL, média ponderada, exponencial,
mínimos quadrados), REPOSIÇÃO DE ESTOQUE (periódico, contínuo e JIT) E AVALIAÇÃO DE ESTOQUE
(MÉTODOS DE CUSTEIO OU FLUXO DE CUSTOS):

•CUSTO MÉDIO (OU MÉDIA PONDERADA MÓVEL): adota-se um preço médio entre todas as entradas e saídas;
este método atua como um moderador de preços, minimizando as eventuais flutuações. É O MEIO TERMO DE
TRIBUTAÇÃO, LOGO É O MAIS USADO, PQ UEPS É PROIBIDO.
•PEPS OU FIFO: na saída do estoque, consideram-se os preços dos itens mais antigos; o que resta no estoque são os
itens com preços de mercado mais atualizados. MANTÉM O ESTOQUE DE PRODUTOS A PREÇOS CORRENTES.
NÃO TEM A VER COM VALIDADE NEM COM MÉDIA DO TEMPO EM ESTOQUE. Usado para os casos de
produtos perecíveis (considera tempo em estoque, ou seja, quem chega primeiro, sai primeiro).
•UEPS OU LIFO: na saída dos estoque, consideram-se os itens mais recentes; o que resta no estoque são os itens com
preços mais desatualizados. SUBAVALIA O RESULTADO DO PERÍODO.
OBS: PEPS E UEPS, apesar de se referirem à avaliação financeira, têm impactos efetivos sobre a movimentação física
dos bens em estoque.
•CUSTO DE REPOSIÇÃO: valores dos estoques são atualizados em razão dos preços de mercado.

INFLACIONÁRIO DEFLACIONÁRIO
PEPS CMV É MENOR; LUCRO CMV É MAIOR; LUCRO
MAIOR; TRIBUTAÇÃO MENOR; TRIBUTAÇÃO
MAIOR → PIOR MENOR → MELHOR
UEPS CMV É MAIOR; LUCRO CMV É MENOR; LUCRO
MENOR; TRIBUTAÇÃO MAIOR; TRIBUTAÇÃO
MENOR → MELHOR. POR MAIOR → PIOR
ISSO, É PROIBIDO NO
BRASIL.

Questão que errei: Julgue os itens a seguir, relativos à administração de estoques.

Com relação à avaliação de estoques pelo método último a entrar, primeiro a sair (UEPS), o
aumento do custo de uma peça implica redução do lucro, o que, consequentemente, reduz o imposto
de renda a ser pago. Esse efeito não é observado no método primeiro a entrar, primeiro a sair
(PEPS) nem no preço médio. Certa.

COMPRAS

ATRIBUTOS DAS COMPRAS ORGANIZACIONAIS:

•Administração de recursos materiais: gestão de estoques + gestão de compras + gestão dos centros de distribuição.
•Atributos essenciais para a gestão de compras: preço econômico, qualidade e celeridade.

A FUNÇÃO COMPRAS envolve as óticas estratégica e operacional (COMPRAS).


ETAPAS DO PROCESSO: O CICLO DE COMPRAS
OBS: recebimento do material é o único a ser feito pelo almoxarifado e não pelo setor de compras. Logo, conclui-se
que no processo de compras, não são só os responsáveis pelas compras os envolvidos; almoxarifado tb se envolve.
OBS: acompanhamento do pedido tb pode ser chamado de follow up (seguimento de pedidos).

ORGANIZAÇÃO DO SETOR DE COMPRAS:

•Geralmente, departamentalização funcional de acordo com as funções: manutenção do cadastro de fornecedores;


processamento de compras, comissão permanente de licitação, acompanhamento de pedidos.
•Viana lista 2 unidades funcionais a mais: compras locais e compras por importação.

OBS: as compras centralizadas exigem maior tempo de aquisição porque se compram grandes quantidades. Por outro
lado, obtém maior controle de materiais em estoque.

MODALIDADES DE COMPRAS
obs: compras emergenciais são sempre prejudiciais.

SELEÇÃO E CADASTRO DE FORNECEDORES

•SICAF – Sistema de Cadastramento Unificado de Fornecedores. O cadastramento no SICAF é condição necessária a


fim de participar de PREGÃO NA FORMA ELETRÔNICA e da COTAÇÃO ELETRÔNICA (dispensa de licitação por
valor, conduzida com subsídio de recursos de tecnologia da informação).
•Duas modalidades de frete importantes:
◦frete FOB (free on board): quem paga pelo transporte das mercadorias, do fornecedor ao comprador é o próprio
comprador. Preço não incluso no valor da compra.
◦Frete CIF (cost, insurance and freight): quem paga pelo transporte das mercadorias, do fornecedor ao comprador é o
próprio fornecedor. Preço incluso no valor da compra.

PERFIL DO COMPRADOR
•Comprador pode receber presentes de fornecedores desde que por critérios claros e transparentes (fornecedor dá do
próprio bolso ou é caso de presente de autoridades estrangeiras com reciprocidade ou diplomático). Presentes são os de
mais de 100 reais, pq os de menos são brindes e, portanto, PERMITIDOS.
•A ética deve permear todo o processo de compras.

LOTE ECONÔMICO DE COMPRA:


•O LOTE ECONÔMICO NÃO VISA A MINIMIZAR O CUSTO UNITÁRIO DE COMPRAS DO ITEM E SIM O
CUSTO TOTAL (CUSTO DO PEDIDO + CUSTO DE ARMAZENAGEM). Q12.

•FORNECEDOR MONOPOLISTA é aquele que detém o monopólio de determinado nicho de mercado ou, ainda,
aquele que possui a exclusividade no fornecimento de um produto (fornecedor único). Neste caso, é inviável a
manutenção de mais de um fornecedor (ideal, no mínimo, 3) em cadastro, haja vista a própria exclusividade.

COMPRAS NO SETOR PÚBLICO - 6, 7 e 8 (todos relacionados).

I – COMPRAS GOVERNAMENTAIS: NOÇÕES DE LICITAÇÕES


1)CONCEITOS E PRINCÍPIOS: licitação é um procedimento administrativo FORMAL.
OBS: isonomia abrange tratamento desigual.

OBS: tanto o leilão quanto o concurso não servem para a aquisição de um bem ou para a contratação de um serviço.
OBS: A diferença entre concurso e as demais modalidades de licitação é que nestas a execução do objeto licitado ocorre
depois da seleção da proposta mais vantajosa pela Administração, ao passo que no concurso a execução do objeto
ocorrerá antes, ou seja, ele será entregue pronto e acabado, e o preço a ser pago ao vencedor – prêmio ou remuneração –
será previamente definido no edital pelo órgão.

Pregão só por menor preço?


OBS: a licitação para registro de preços pode ser realizada por concorrência (nos tipos menor preço
ou técnica e preço) ou pregão (menor preço).
 CADIN: cadastro informativo de créditos não quitados do setor público federal. Pendência
pecuniária de PF ou PJ em relação ao credor (AP federal) ou CPF/CNPJ cancelado ou
inapto, respectivamente. Respeitado contraditório e ampla defesa, sem houver regularização
em 75 dias, a pessoa é inscrita no CADIN. Por via postal ou telegráfica, considera-se a
correspondência entregue em 15 dias da expedição. Suspensão do registro do devedor:
quando tenha ajuizado ação (com garantia) ou a exigibilidade do crédito esteja suspensa, nos
termos da lei (ex: recursos administrativos). Informações do CADIN são centralizadas pelo
BACEN, mas orientações normativas são feitas pelo Tesouro Nacional. Não estar no Cadin
não significa ter a situação regular. AP federal DEVE consultar Cadin antes de celebrar
convênios, acordos, ajustes ou contratos que envolvam $ público (a inscrição não impede a
celebração; apenas vai impedir se for licitação e a pessoa for inscrita no Cadin por causa de
descumprimento de obrigações para habilitação).
 OBS: em procedimentos licitatórios, o princípio da adjudicação compulsória ao vencedor
impede que se abra nova licitação enquanto for válida a adjudicação anterior.
 De acordo com o princípio da publicidade, qualquer interessado pode ter acesso às licitações
públicas e ao respectivo controle, mediante divulgação dos atos praticados em todo o
processo licitatório (porque não há nenhuma fase da licitação que seja sigilosa).
 É dispensável a licitação nos casos em que o valor da contratação não compensar os custos
com o procedimento licitatório (DISPENSA POR VALOR).
 Não se pode proceder a uma aquisição/contratação sem a indicação prévia de recursos
orçamentários (8666 fala “recursos” no sentido de “dotação”, querendo dizer que basta a
dotação, não precisando para licitar ou contratar já ter o dinheiro em caixa).
 No que se refere ao disposto na Lei n.º 8.666/1993, julgue o próximo item.
Na fase interna da licitação, a autoridade competente determina a realização do
processo licitatório, define seu objeto e indica o recurso orçamentário; na fase externa,
a mesma autoridade convoca os interessados, por edital ou carta-convite, analisa as
condições dos interessados que afluem à licitação (habilitação), julga as propostas e
homologa e adjudica o objeto da licitação. DADA COMO CERTA, MAS ACHEI ABSURDA.

VER PDF 7.

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