Você está na página 1de 18

Administração de materiais e patrimônio

Recursos: financeiros: $$$

Humanos: pessoas, capital intelectual e humano

Tecnológicos: patentes, tecnológicas, máquinas, equipamento e etc.

Materiais: são recursos e elementos físicos (tangíveis) que servem para produção do produto final de
natureza não permanente (porque ele é consumido ou transformado em produtos)

Patrimônio: conjuntos de bens, valores, direitos e obrigações, de natureza permanente. Podem ser
utilizados para gerar riqueza.

 A centralização da gestão de materiais permite um melhor planejamento da demanda integrada da


organização ganhos de economias de escala no volume de compras, na eficiência e na especialização do
trabalho, além do melhor controle de custos. Apesar disso, trata-se de modelo mais lento e com menor
capacidade de atender a demandas urgentes e flexíveis. A descentralização por sua vez, permite maior
agilidade nas compras e atendimento das Mrs. e acesso direto do usuário ao gestor de materiais (estoque,
compras, etc.). Apesar disso ela gera um custo superior para a organização e perdas de economia de escala.

Produto logístico
Classificação de materiais
Ato de agrupa-los segundo diferentes critérios como forma, dimensão, peso, tipo, natureza etc.

Atributos: FAP (flexibilidade (capacidade de adaptação e harmonização), abrangência (abrangência de opções) e


praticidade (simples e direto))

Objetivos: Especificar: fazer sua identificação, descrição detalhada

Nome básico + especificador + característica física + elementos auxiliares

Simplificar: tornar simples, menos diverso

Codificar: criar sistema de códigos

Associado a um item de estoque, deve ter expansividade, unicidade, operacionalidade,


simplicidade, concisão, confiabilidade, versatilidade, padronização

*sistema federal (EUA) 11 algarismos/ sistema CSSF (França) 8 algarismos/ classificação UNPSC (ONU) 10 dígitos em
5 grupos ou 8 dígitos + sufixo 2 dígitos

Normalizar: criar normas (no brasil temos a ABNT - ISO)

Padronizar: criar padrões de uniformidade

Catalogar: criar uma lista com todos os itens de material (SKU)

Critérios de classificação de materiais:

De produção: Verticalização: a própria empresa fabrica seus insumos, horizontalização: a empresa compra seus
insumos

Dificuldades de aquisição: intrínsecas ou extrínsecas

Mercado fornecedor: nacional, estrangeiro e processos de nacionalização

Tipo de demanda: materiais de estoque e não estoque

Aplicação: p/ Chiavenato

matérias primas: básicos do processo produtivo

Materiais em processamento (ou vias, em fabricação)

Materiais semiacabados: quase produtos, faltando acabamento

Material acabado (componentes) consumo integrado, já estão montados mas precisam integrar ao
produto acabado

Produto acabado

p/ viana:

materiais produtivos: usa direto no processo produtivo

material de consumo geral: não destinado a produção ou manutenção

material de manutenção (consumo para manutenção)

material auxiliar/improdutivo: que não se incorpora ao produto final inclusive manutenção e consumo

Classificação contábil:

Materiais de consumo: em razão do uso perde identidade física ou tem uso limitado a dois anos
Material permanente: não perde identidade física ou dura mais de 2 anos

STN 448/02 – parâmetros excludentes tomados em conjunto

quanto à criticidade - Classificação XYZ: x baixa criticidade – y media criticidade – z alta criticidade (quão importante
é para a produção da organização)

quanto ao valor – Classificação ABC (gráfico de pareto) – A alto valor pequena quantidade, B media quantidade e
médio valor, C grande quantidade baixo valor

Compras
Busca equilibrar prazo, preço e qualidade.

Estabelecer relações ganha-ganha

Centralização X Descentralização de compras

vantagens Desvantagens
Centralização economia de escala, melhor centralização: menos flexível, mais
planejamento, evita duplicidades distante do usuário, mais lento
Descentralização maior agilidade, mais flexibilidade, perda de economia de escala, custo
maior acesso aos usuários do pedido maior, disparidade de
preços.

Procurement: são compras em geral (unido todos os setores de compras)

Perfil do comprador: ético, dinâmico, capacidade de negociação, boa interlocução, iniciativa, manter sigilo e etc.

 Funções: chefe de compras, comprador de materiais diversos, comprador técnico, comprador de


matéria prima, auxiliar de compras, acompanhador de pedidos.

*cadastro de fornecedores é indispensável

Principais atividades: identificação, cadastro e seleção

Diferentes fontes: única: um único fornecedor para determinado item

Simples: quando tem vários fornecedores para determinado item, criando concorrência maior,
cria relacionamento com fornecedores

Múltipla: vários fornecedores disponíveis e usa-se vários deles para as compras, gerando
competição entre fornecedores.

Fornecimento: monopolista: exclusivos, monopólio, “tomadores de pedidos”

Habituais: sempre consultados pela organização, tratamento diferenciado

Especiais: fornecem materiais não habituais; especiais


Tipos de produto: commodities: não diferenciados entre si, preços flutuam com base em oferta e demanda

Produtos padronizados: concorrência elevada, difícil negociação, preços padronizados

Itens de pequeno valor: grande esforço e baixo custo, contratos de longo prazo para fornecimento

Itens por encomenda: cotações caso a caso, com negociações, não encontra fácil para venda

De acordo com tramite: compras emergenciais: inconstantes, pula etapas para agilizar a compra, custo alto

Compras normais: constantes, seguem etapas normais de compras

Compras parceladas: contratos de longo prazo

De acordo com item: compras patrimoniais e compras para consumo

Quanto as formalidades: compras formais e informais

De acordo com recorrência: compras inéditas: nunca foram feitas antes

recompras rotineiras: diretas, recompras de produtos usuais e comuns

Recompras modificadas: compras usuais que voltam a ser feitas porem com
modificações

L.E.C – lote econômico de compras


Quanto maior o estoque maior o custo de estoque

Quanto mais compras pequenas menor o custo de estoque e maior o custo do pedido

Objetivo do lec equilibrar o custo de emissão de pedidos e custos de estoques

Fórmula: 2as 2 x a = demanda do material por período em unidades X

ic s = custo para emitir um pedido, em dinheiro

___________________________________________________________

i = custo de armazenagem por período (porcentagem em decimal) X

c = custo da unidade comprada

Estoques
Todo produto em estoque possui custo de pedido e custo de aquisição

 Estoques grandes geram custos: custos de armazenagem, custo de capital, custo de riscos, entre outros
 Estoques pequenos também podem gerar custos: quebra de estoque, quebra de produção, perda de imagem,
entre outros

JIT – Just in time: busca reduzir estoques a zero

Produção puxada

KANBAN: ferramenta de controle de estoques com base em cartões coloridos ao longo da linha de produção.

JIC – oposto do JIT, busca aumentar o estoque com vistas a possíveis demandas futuras

Produção empurrada

Políticas de estoques: decisões prévias para definir quando pedir, quanto pedir e como controlar estoques
CLASSIFICAÇÃO DOS ESTOQUES: estoques de antecipação

Estoque de segurança: de flutuação, estoque mínimo

Estoque de tamanho do lote, ou estoque de ciclo

Estoque de transporte: de tabulação, em trânsito, de canal, ou movimento

Estoque de hedge: para de proteger de flutuações esperadas, normalmente


commodities

 Análise de estoques ABC

Técnicas de previsão de consumo

Qualitativas: não quantificáveis

 Predileção: técnicos conhecedores estabelecem evolução de vendas futuras.

Quantitativas: dados numéricos

 Projeção: repetição do passado


 Explicação: explicar vendas do passado relacionando as mesmas com outras variáveis

Evolução de consumo:

Regular: pouca variação entre períodos do calendário

Tendência: caria regularmente em uma direção normal

Sazonal: variação em relação a causas específicas no tempo

Irregular: consumo aleatório

Métodos matemáticos para previsão do consumo

Ultimo período: repete o que usou no ultimo peiodo

Média móvel: soma dos períodos pelo número de períodos (média)

Média móvel ponderada: soma dos períodos (atribuído um peso a cada período) pelo total da soma dos pesos do
período, que devem sempre somar 100% (peso maior a períodos mais recentes)

Média móvel com ponderação exponencial: mais valor aos dados recentes e manuseando menos informações
(utiliza-se uma constante k)

Mínimos quadrados: busca adequação referente a reta formada pelos dados para prever os próximos períodos

Reposição de estoques

 Por quantidade: quando chega a uma quantidade específica realiza-se um novo pedido
 Por tempo/sistema de reposição periódica: quando chega um período determinado realiza-se um novo pedido
 Por quantidade e tempo (máximos e mínimos, ou reposição contínua): há uma cota de materiais a serem
repostos depois de um determinado período em uma época determinada. Eu determino um PONTO DE PEDIDO
GRÁFICO DENTE DE SERRA (cenário ideal), onde:

-Estoque máximo (Emax) soma do estoque de segurança + LEC (Q)

-Ponto de pedido (PP): momento que o estoque atinge o estoque de

-Segurança, e a organização deve realizar um pedido de compra

-Estoque de segurança (ES): absorve as flutuações de demanda e de tempo de entrega (calculado pelo desvio padrão
x sigma)

-Lead time: tempo transcorrido entre o pedido e a entrega

 Imediata por quantidade: usado no JIT/KANBAN, pedido de compra conforme o pedido ocorre

MRP: evoluiu p/ mrp II e depois para ERP – um plano de produção orienta a compra dos recursos
Avaliação e controle de estoques

Indicadores: Giro de estoque índice de rotatividade.

Fórmula: cm consumo médio

em estoque médio

taxa de cobertura: antigiro, oposto do giro de estoque

fórmula: em estoque médio

cm consumo médio

Método de avaliação financeira de estoques

Custo médio ponderado: avalia com base no custo médio de aquisição pelo tamanho ponderado do lote comprado.

PEPS (FIFO): primeiro que entra, primeiro que sai

UEPS (LIFO): último que entra, primeiro que sai

Custo de reposição: avaliado com base no custo que teria para repor os materiais

Custo ou preço específico: quanto foi pago pela unidade que foi efetivamente vendida.

 Lei 4.320: avaliação utilizada pela União, estados, DF e município deve ser o custo médio ponderado
 Quando a movimentação física segundo IN 205/98 a presidência estabelece o uso do sistema PEPS.

Armazenagem e almoxarifado

Armazenagem é a administração de almoxarifados (recebem, armazenam, e movimentam materiais)

Objetivos: manter custos baixos, oferecer alto nível de atendimento e pontualidade, controle de itens, minimizar
esforço físico total, elo de comunicação com clientes internos e externos, localização de itens e etc...

-> recebimento –> movimentação-> armazenagem –> distribuição -> controle

 Recebimento: recebimento físico provisório e documentação,

verificação quantitativa (contagem cega)

conferencia qualitativa, se necessário o setor responsável analisará as especificações

regularização, recebimento definitivo

*nota fiscal: emitido pelo vendedor, fins de comprovação fiscal

* fatura: documento emitido pelo vendedor para informar sobre a venda e suas condições, apontando valores a
prazo e etc.

*duplicata: é documento emitido pelo vendedor com objetivo de cobrança dos valores devidos. é um título de
crédito

*nota fiscal fatura: une nota fiscal e fatura

*conhecimento de carga é emitido pelo transportador como prova de posse e o modal de transporte

 Movimentação: distribuição normalmente é interna


Princípios reduzir custos, aumentar produtividade, capacidade de utilização do armazém, melhorar fluxos no
armazém.

 Armazenagem: simples ou complexa. Vários critérios que podem ser utilizados de forma conjunta.
 Distribuição: movimentação do material para o destinatário seja interno seja externo. Dois processos: por
pressão que é um processo empurrado e por requisição que é um processo puxado
 Controle e inventário:

Inventário: contagem e descrição dos bens e valores em estoque.

Tipo: inventários rotativos: realizados continuamente por meio de contagens permanente, não precisa parar

Inventários periódico: precisa parar as atividades da organização para realizar

-anual

-Inicial

-De transferência de responsabilidade

-De extinção ou transformação

- eventual

Para ocorrer o inventário as coisas devem estar organizadas, são realizadas 2 conferencias, uma para conferiar a
outra. Se não baterem outra equipe realiza outra contagem. O Cut-off é o ponto de corte, registro básico para a
conferencia que será realizada.

Administração de recursos patrimoniais

Recurso patrimonial é um elemento físico, bem Recursos materiais são utilizados como insumos

tangível de caráter permanente utilizado para ≠ para serem transformados em produtos

o funcionamento das atividades e a compra é

esporádica

de forma contábil patrimônios são bens, direitos e obrigações da organização passiveis de avaliação monetária

classificação:

corpóreos/tangíveis: possui um corpo, massa ex: carro, prédio

incorpóreo/intangíveis: não possuem massa, corpo, são ativos patrimoniais: ex: marcas, patentes e direitos autorais

moveis: ativos tangíveis que a movimentação pode ser feita sem gerar dano

fungíveis: podem ser substituídos por outros sem mudar valor ex: dinheiro

infungíveis não podem ser substituídos por outros sem mudar valor ex: obra de arte

imóveis: não pode mover o bem sem perder suas caraterísticas ex: terreno

divisíveis: pode ser divisível sem perder características originais

indivisíveis: não pode ser divisível sem perder características originais

bens de capital: podem ser utilizados para gerar produtos e serviços


bens de consumo: são utilizados em consumo e não criam novos bens

material de consumo: em razão do uso perde identidade física ou utilização limitada a dois anos

material permanente: em razão do uso não perde a identidade física ou tem durabilidade superior a dois anos

administração de material permanente

Tombamento p/ bens permanentes, atribui-se número de controle de patrimônio (plaquinha) e um responsável pelo
bem.

Arquivologia

Os arquivos são formados por conjuntos de documentos produzidos ou recebidos organicamente. Os documentos,
por sua vez, são formados por informações e suporte. Podemos definir DOCUMENTO como qualquer registro de
informações, independente da natureza do suporte que a contém.

 Arquivos públicos: documentos produzidos e recebidos por estruturas da administração pública.


- Inclui arquivos de instituições privadas encarregadas da gestão de serviços públicos.
 Arquivos privados: documentos produzidos e recebidos por pessoas físicas ou jurídicas em geral. •
- Podem ser identificados como de interesse público e social. •
 Neste caso, o dono tem o poder de vender ou alienar o arquivo com manutenção de sua unidade
documental. Além disso, não pode ser transferido para o exterior.
Mais: o poder público exerce a preferência na compra.
 O proprietário ou possuidor pode autorizar o acesso aos documentos, caso deseje.
 Pode ainda depositar os documentos em uma instituição arquivística pública, sendo esta decisão
revogável.

Princípios da arquivologia

1. Princípio da proveniência, respeito aos fundos ou método histórico: os arquivos devem ser organizados em
função da proveniência de seus documentos. princípio basilar da arquivologia.
2. Princípio da indivisibilidade ou integridade arquivística: a preservação dos fundos deve ser feita de maneira
indivisível, mantendo-se a integridade. Considerado decorrente do princípio da proveniência.
3. Princípio do respeito à ordem original/ordem primitiva/santidade da ordem original: a ordem orgânica deve
ser respeitada na organização interna de um fundo de arquivo. Considerado decorrente do princípio da
proveniência.
4. Princípio da organicidade: existe uma relação natural entre os documentos de um arquivo como decorrência
da naturalidade com a qual só produzidos por uma entidade/pessoa. Desta forma, o arquivo é como um ser
vivo natural, orgânico.
5. Princípio da unicidade: um documento de arquivo é único no seu contexto, mesmo que seja feito em
originais múltiplos
6. Princípio da cumulatividade ou naturalidade: o arquivo é formado por acumula-o natural, e não por coleção.
7. Princípio da reversibilidade: todo e qualquer procedimento aplicado aos arquivos deverá possibilitar a
reversão para o estado anterior.
8. Princípio da inalienabilidade e imprescritibilidade: aplicado ao setor público, trata-se da impossibilidade de
transferência da propriedade dos arquivos públicos. O setor público possui direito sobre seus arquivos que
não prescreve com o tempo.
9. Princípio da universalidade: o arquivista deve conhecer e tratar o arquivo primeiro de uma forma geral, para
depois tratar de elementos específicos. sair do todo para a parte.
10. Princípio da proveniência territorial/territorialidade: os documentos devem ser arquivados no território
onde foram produzidos.
11. Princípio da pertinência territorial: os documentos devem ser arquivados no território sobre o qual se
referem.
12. Princípio da pertinência temática: os documentos deveriam ser reclassificados por assunto/tema.
13. Princípio da autenticidade: qualidade de um documento ser exatamente o que foi produzido, não tendo
sofrido altearão, corrompimento ou adulteração.
14. Princípio da veracidade: qualidade de um documento representar a verdade dos fatos.

Teoria das três idades


 Valor primário: Administrativo, legal ou fiscal – valor transitório, uso recorrente
 Valor secundário: Valor probatório e informativo – histórico, com valor permanente.

Protocolo
Atividades:

Recebimento: separação de documentos em oficiais (sigilosos (registra o recebimento e tramita para o destinatário)
e ostensivos(será aberto e registrado antes da tramitação)) e particulares(distribui ao destinatário) ->

Registro: simples inclusão dos dados sobre o documento recebido-> autuação: formalização e transformação de um
documento avulso em processo para que receba à análise necessária do destinatário->

Classificação: consequência da análise e implica categorização com relação ao plano de classificação do órgão ->
movimentação: é a tramitação (expedição (Externa)e distribuição(Interna)) ->

e controle de tramitação: acompanhamento do documento em função da tramitação ao longo da organização.

Atividade inerente à fase corrente

*O número de registro também é chamado de protocolo.

Avaliação de documentos:
A avaliação é feita pela CPAD (comissão permanente de avaliação de documentos), com equipes multidisciplinares. –
Essa comissão elabora a tabela de temporalidade, no âmbito federal ela elabora as tabelas da área fim, pois as
tabelas da área meio são elaboradas pelo conselho nacional.

 Plano de classificação: como serão organizados no arquivo corrente, com base em funções e estrutura da
organização para facilitar a recuperação de informação. Será refletido dentro da tabela de temporalidade
 Tabela de temporalidade: mostra o tempo que cada documento classificado ficará em cada arquivo.
 Plano de destinação: também faz parte da tabela de temporalidade, define se o documento será transferido
para o intermediário, recolhido ao permanente ou eliminado. E também os procedimentos para eliminação.

*Ordem de procedimentos para eliminação: avalia e seleciona os documentos, registra a listagem, submete
á instituição arquivística publica, instituição autoriza, elabora e publica edital de ciência e eliminação de
documentos , elimina documentos, elabora termo de eliminação(sem incineração) de documentos e
encaminha o termo para a instituição arquivística que o arquivará.

Classificação dos arquivos


Quanto à natureza dos documentos: Especiais: suportes e formatos não convencionais

Especializados: área do conhecimento, arquivos técnicos

Quanto à extensão de atuação: Central/geral: acumula documentos de todas as áreas da organização

Setorial: Específicos para cada área/setor da organização

Quanto aos Estágios de evolução: corrente: consultas frequentes, mesmo sem movimentação

Intermediário: possuem valor primário podem não são muito consultados

permanente: valor histórico, guardados permanentemente

Quanto ás entidades mantenedoras: Público, institucional, comercial, familiares ou pessoais.

Classificação dos documentos de arquivo


 Quanto ao gênero: espécies documentais que se assemelham em suporte e formato, como audiovisuais,
livros, textuais, fotografias e etc.
 Quanto à espécie e tipo: desdobramento do gênero, como portaria, memorando, ato etc. tipo é por exemplo
portaria de homologação

Ex: gênero: textual, espécie: portaria, tipo: portaria de nomeação

 Quanto à forma: minutas, textos originais, cópia


 Quanto á natureza do assunto: ostensivo ou sigiloso
 Quanto ao formato: características físicas de apresentação, como cadernos, livros, fichários, etc.
 Quanto à categoria: atos normativos, enunciativos, assentamento, ajuste, correspondência etc.
 Quanto aos elementos dos documentos públicos (schellenberg): funcional, organizacional(estrutura), por
assunto.

Gestão de documentos
Características dos documentos: naturalidade, organicidade, inter-relacionamento, unicidade, imparcialidade,
veracidade. autenticidade

Dever do poder público, a gestão de documentos é o conjunto de procedimentos e operações referentes à


PRODUÇÃO, TRAMITAÇÃO, USO, AVALIAÇÃO E ARQUIVAMENTO em fase CORRENTE E INTERMEDIÁRIA, visando
sua eliminação ou recolhimento para a guarda permanente.

P/ Bernardes as fases são produção, utilização, destinação, tramitação, organização e arquivamento, reprodução,
classificação, avaliação.

P/ Paes as fases são: Produção de documento, utilização de documentos e avaliação e destinação dos documentos.

Operações de arquivamento
É a guarda do documento cuja tramitação cessou

Operações: inspeção, estudo, classificação, codificação, ordenação, guarda/arquivamento.

Métodos de arquivamento
Sistema direto: pesquisa direta no arquivo sem precisar de um índice de consulta

Sistema indireto: precisa de um índice com as orientações de localização dos documentos no arquivo

1. Básicos:
1.1. Alfabético: organiza a partir dos nomes, método direto, rápido, barato, aumenta possibilidade de erros

Regras de Alfabetação:

a. nos nomes de pessoas físicas, considera-se o último sobrenome, depois o prenome. Ex: Carlos
Xavier – Xavier, Carlos
b. Sobrenomes compostos de um substantivo e um adjetivo ou ligados por hífen não se separam ex:
André Castelo Branco – Castelo Branco, André/ Danielle Villa-Lobos – Villa-Lobos, Danielle
c. Os sobrenomes formados por palavras Santa, Santo ou São, seguem a regra dos sobrenomes
compostos por adjetivo e um substantivo (regra 2) ex: João de Santo Cristo – Santo Cristo, João de
d. As iniciais abreviaturas de prenomes têm precedência na classificação de sobrenomes iguais ex: J.
Vieira – Vieira, J. / Jonas Vieira – Vieira, Jonas
e. Os artigos e preposições não serão considerados, como a, o, de, d’, do, e, um, uma. ex: Ana D’àvila –
Avila, Ana D’/ Maria de Jesus – Jesus, Maria de
f. Os sobrenomes que exprimem grau de parentesco, como filho, neto, sobrinho, júnior, são
considerados parte integrante do último sobrenome, porém não são considerados na ordenação. Ex:
João da Silva Filho – Silva Filho, João da / Carlos Xavier Júnior – Xavier Júnior, Carlos
g. Os títulos não são considerados na alfabetação, eles são colocados após o nome completo e entre
parênteses ex: Doutor Rodrigo Almeida – Almeida, Rodrigo (Doutor) / Professor Carlos Xavier –
Xavier, Carlos (Professor)
h. Os nomes estrangeiros são considerados pelo último sobrenome, salvo de nomes espanhóis e
orientais x: Chul LI – Chul Li / Paul Muller – Muller, Paul
i. As partículas dos sobrenomes estrangeiros podem ou não ser consideradas, o mais comum é
considerá-las parte do nome se for maiúsculo. Ex: João di Capri – Capri, João di / José De Pene – De
pene, José
j. Os nomes espanhóis são registrados pelo penúltimo sobrenome que corresponde ao sobrenome de
família do pai. Ex: José de Oviedo y Baños – Oviedo y Baños, José de
k. Nomes orientais (japoneses, chineses, árabes) são registrados como se apresentam. Ex: Chun How
Tan – Chun How Tan
l. Nomes de forma, empresa, instituições e órgãos governamentais devem ser transcritos como se
apresentam, não considerando na ordenação, os artigos e preposições que se constituírem. Pode
colocar os artigos iniciais em parênteses após o nome
m. Os números arábicos, romanos ou por extenso deverão aparecer no final entre parênteses quando
se tratar de títulos de congresso, reunião e assemelhados.
1.2 Geográfico: direto, implica em ordenação por procedência e correspondente ao mesmo tempo
1.3. Numéricos: método indireto, leitura da direita p/esquerda
1.3.1. Simples: numeração de pastas
1.3.2.Cronológico: numeração de documentos
1.3.3.Dígito-terminal: pastas numeradas por agrupamentos
1.4. Ideográfico ou por assunto: ligado as atividades da organização
1.4.1.Alfabético
1.4.1.1. Dicionário: assuntos
1.4.1.2. Enciclopédico: títulos gerais – assuntos específicos
1.4.2. Numérico
1.4.2.1. Duplex: assuntos com base em números interligados
1.4.2.2. Decimal: assuntos com base em números de três dígitos com base em um plano rígido
1.4.2.3. Unitermo ou indexação coordenada: numero p/ cada termo em ordem crescente - entrada
2. Padronizados:
2.3. Variadex: cores e letras
2.4. Automático
2.5. Soundex : fonética
2.6. Mnemônico
2.7. Rôneo

3. Semi-indireto: alfanumérico

Preservação e conservação de documentos


Preservação: conjunto de medidas que contribuem para a manutenção da integridade dos suportes de informação,
incluindo conservação e a restauração.

Conservação: ações que buscam reduzir o processo de degradação dos documentos por meio de tratamentos
específicos e ambiente

Restauração: medidas para estabilização u reversão de danos físicos ou químicos aos documentos de modo a
preservar as informações.
 Segundo DBTA: Tudo que é conservação é preservação e restauração.
 Sobre construções de arquivos. CONARQ definiu que pelo menos 60% do arquivo será o arquivo mesmo,
documentos; 15% para o administrativo e 25% para acesso público
Temperatura ideal do papel: 20° Humidade relativa entre 45 e 50%.
Uso de fungicida não é recomendado, não limpar o ambiente com água (gerando humidade no arquivo),
evitar uso de acessórios de metal. Recomenda-se uso de papel alcalino

Microfilmagem
- Cópia fiel do original, possui valor probatório
- Podem ser eliminados por incineração.
- Filmes negativos resultados da microfilmagem ficarão arquivados na repartição que detêm o arquivo,
vedada sua saída.
- A eliminação ou transferência de microfilme pra outro local será feito mediante lavratura de termos
- Os originais de documentos em trânsito microfilmadas não podem ser eliminados antes do arquivamento
- Microfilmagem será sempre feita em filme original com mínimo de 180 linhas
- Documentos em tramitação e estudo poderão ser microfilmados não podendo ser eliminados sem sua
definição de destinação final
- Documentos oficiais ou públicos com guarda permanente não poderão ser eliminados após a
microfilmagem, devendo ser guardados
- Os cartórios devem ter registro no MJ para exercer a microfilmagem
Tipo: Microfilmagem de complementação
Microfilmagem de preservação
Microfilmagem de segurança (guarde em local diferente do original)
Microfilmagem de substituição

Documentos eletrônicos
Nato-digitais: já nasceram digitais
Digitalizados: foram feitos em outro formato e passados para linguagem de bits (imagens digitalizadas)
Documentos digitais possuem hardware, software e informação (diferente do físico que possui somente
suporte e informação)
A gestão arquivística deverá implementar um SICAD (sistema de metadados)

 Digitalização: processo de conversão da fiel imagem de um documento arquivístico para o formado digital.
Deverá manter a autenticidade, integridade e confidencialidade, utilizando formato de assinatura digital,
ICP-BRAsil. Meio de uso deverão protege-los de acesso, uso, alteração, reprodução e destruição não
autorizados.
Indexação: índice para procura dos documentos
 O mesmo plano de classificação de documentos físicos será utilizado nos digitais também.
 Documentos originais digitalizados poderão ser destruídos se: constatada a integridade do documento e o
documento não possuir valos histórico.
 Documentos digitais terão validade legal, assim como os microfilmados.
 Suportes digitais: suporte magnético (fitas, disquetes), suporte óptico (cd, dvd)
 E-Arq brasil: especifica os requisitos que a organização deve cumprir para cumpri autenticidade,
acessibilidade e confiabilidade – aplicado ao SICAD

Legislação arquivística
Lei 8.159/91 – política nacional de arquivos públicos e privados

Arquivo é o conjunto de documentos produzidos e recebidos por órgãos públicos, instituições de caráter públicos e
entidades privadas em decorrência do exercício de atividades específicas, bem como por pessoa física qualquer que
seja o suporte da informação ou natureza dos documentos.

Gestão de documentos é o conjunto de procedimentos e operações técnicas referentes a sua produção tramitação
uso avaliação e arquivamento em fase corrente e intermediária, visando sua eliminação ou recolhimento para
guarda permanente.

Transparência: todos têm direito tanto por interesse particular quanto por interesse coletivo ou geral, com direito à
indenização caso esse direito seja violado.

- Se a instituição pública encerrar suas atividades o seu fundo de arquivo será recolhido para o arquivo publico da
esfera específica ou será transferida para a organização que a suceder

- A eliminação será realizada mediante autorização da instituição arquivística publica na sus específica esfera de
competência

- Documentos permanente são o inalienáveis e imprescritíveis

- Arquivos privados: documentação foi produzida ou recebida por pessoa física ou jurídica que não realize atividades
de caráter público. Ressalta-se que essas documentações podem ser consideradas de interesse público, nesses casos

O detentor da informação não pode alienar o fundo de modo a prejudicar sua unidade documental, tendo o poder
público preferência nessa compra, não podendo o fundo ser transferido para o exterior. O detentor pode também
depositar esse fundo em instituição arquivística a título revogável, pode doar definitivamente também. O acesso às
informações a cargo do detentor, ou seja, ele decide se pode ou não ter acesso público.

- Para que essa declaração ocorra o CONARQ encaminhará pedido ao MJ, ou provocação própria do detentor.
Exceto os casos de consideração automática: arquivos privados tombados pelo poder público, arquivos presidenciais,
e os de registro civis antes de 1916(código civil).

Esta lei cria o CONARQ (define políticas) e o SINAR (implementa as políticas)

Decreto 4.915/03 – trata do SIGA


Finalidades: garantir acesso, integrar e coordenar atividades, disseminar normas, racionalizar produção, racionalizar
armazenagem, preservar e articular-se com demais sistemas.

Órgão central: arquivo nacional

Órgãos setoriais: unidades de gestão de documentos (ministérios), unidades de gestão de documentos (órgãos
equivalentes)

Órgãos seccionais: unidades vinculadas aos ministérios, unidades vinculadas aos órgãos e unidades de gestão de
documentos

Decreto 4.073/02 – regulamenta o CONARQ

Finalidade do CONARQ: definir a política nacional de arquivos públicos e privados, bem como exercer orientação
normativa visando à gestão documental e à proteção especial aos documentos de arquivo

Presidente: diretor geral do arquivo nacional

 O Arquivo Nacional possui a competência de gestão e recolhimento dos documentos produzidos e


recebidos pelo Poder Executivo Federal. Compete ainda a ele preservar e facultar o acesso aos
documentos sob sua guarda, e acompanhar e implementar a política nacional de arquivos.
 O CONARQ (Conselho Nacional de Arquivos) funciona no Arquivo Nacional (É um órgão do Arquivo
Nacional) e possui responsabilidade de definir a política nacional de arquivos públicos e privados.
 O SINAR (Sistema Nacional de Arquivos) implementa a política nacional de arquivos, tendo, como seu
órgão central, o CONARQ.
A dúvida mais frequente sobre isso é sobre quem implementa a política nacional de arquivos. Se
aparecer na prova que é o Arquivo Nacional, aceite. Se aparecer que é o SINAR, aceite. Se aparecer que
é o CONARQ não aceite!

*empresas em processo de desestatização: documentos públicos de valor permanente são recolhidos as instituições
arquivísticas públicas, denso tal recolhimento previsto no edital de desestatização. Caso sejam necessários para as
atividades a empresa poderá manter a guarda dos mesmos até quando não sejam mais necessários.

-CPAD (comissão permanente de avaliação de documentos)

- Orientar e realizar a analise avaliação e seleção de documentos para guarda permanente e a eliminação, fazem
dentro de cada órgão a tabela de temporalidade. Exceto as de área meio do executivo federal que já existe.

Lei 12.682 – MPV 881 – sobre documentos digitais

Digitalizar é a conversão do documento em código digital, ou seja, em bits (representados por números 1 e 0), que
servem para armazenamento e transmissão digital, além de interpretação por computadores.

- Dever ser feita mantendo-se a integridade, autenticidade e confidencialidade do documento. Utilizando certificado
digital específico (ICP_BRASIL)

- a armazenagem desses documentos deve protege-los de acesos, uso, alteração, reprodução e destruição não
autorizados. Devendo existir um sistema de indexação (índice de busca).

Após a digitalização, constatada a integridade do documento digital nos termos estabelecidos no regulamento, o
original poderá ser destruído, ressalvados os documentos de valor histórico, cuja preservação observará o disposto
na legislação específica.
Terão valor probatório do documento original. Decorridos os prazos de decadência ou prescrição podem ser
eliminados. Terão mesmo efeito jurídico que os documentos microfilmados.

Lei 5433/68 e 1.799/96 – sobre microfilmagem

Possui valor probatório

 Para o processamento dos filmes, serão utilizados equipamentos e técnicas que assegurem ao filme alto
poder de definição, densidade uniforme e durabilidade;
 Os filmes negativos resultantes de microfilmagem ficarão arquivados na repartição detentora do arquivo,
vedada sua saída sob qualquer pretexto;
 Para exercer a atividade de microfilmagem de documentos, as empresas e cartórios a que se refere este
artigo, além da legislação a que estão sujeitos, deverão requerer registro no Ministério da Justiça e sujeitar-
se à fiscalização que por este ser· exercida quanto ao cumprimento do disposto no Decreto 1.799/96;
 A microfilmagem, de qualquer espécie, ser· feita sempre em filme original, com o mínimo de 180 linhas por
milímetro de definição, garantida a segurança e a qualidade de imagem e de reprodução;
 A eliminação ou transferência para outro local dos documentos microfilmados far-se-á mediante lavratura
de termo em livro próprio pela autoridade competente;
 Os originais que forem ser eliminados poderão ser por incineração, destruição mecânica ou outro método
(mesmo que a incineração não seja mais recomendada para os dias de hoje...);
 Documentos com valor primário, em trânsito ou em uso não poderão ter os seus originais eliminados,
mesmo que tenham sido incinerados;
 Documentos de valor permanente não poderão ter os seus originais eliminados, mesmo que tenham sido
microfilmados;

LAI e CF88 – sobre acesso à informação

CF88:

 Permissão de acesso às informações de interesse particular; (transparência passiva)


 Disponibilização de informações de interesse coletivo ou geral; (transferência ativa)
 Acesso dos usuários aos registros administrativos e atos de governo.
o Os registros administrativos e atos de governo não poderão violar a intimidade, vida privada, honra
e imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente
de sua violação (CF, Art. 5º, X);
 Sigilo como exceção, quando necessário para a segurança da sociedade e do Estado

Aspectos LAI: abrange os três poderes, todas as esferas de governo (municípios com menos de 10.000 habitantes
não precisam manter um site). O acesso à informação é a regra, o sigilo é a exceção, sendo as principais exceções:

 Dados pessoas por até 100 anos da sua produção


 Informações sigilosas (ultrassecreta, secreta ou reservada)
 Informações sobre projetos de pesquisa e desenvolvimento científicos ou tecnológicos cujo
sigilo seja imprescindível para a segurança da sociedade e do estado.
 Informações relativas à atividade empresarial de pessoas, cuja divulgação possa representar
vantagens competitivas a outros agentes.
 Outras hipóteses de sigilo, como fiscal, bancário, comercial, indústria, segredo de justiça etc.

A LAI pode ser regulamentada por decretos.

Não é preciso dar explicações para pedir informações (não exigem motivações)

Fornecimento de informações é gratuito, salvo custo de reprodução

Qualquer pessoa, física ou jurídica, pode pedir informação pública


Transparência passiva para informações: Não sendo possível acesso imediato à informação solicitada tem-se o prazo
de 20 dias prorrogável por 10 dias

Ultrasecreta Secreta Reservada


Prazo Máximo 25 anos (possível 1 15 anos (não há previsão 5 anos (não há previsão de
renovação) de renovação) renovação)
Autoridade competente Presidente e vide, Todos da anterior + Todos anteriores +
ministros, comandantes, titulares de órgãos da autoridades de direção,
chefes diplomáticos e administração indireta comando ou chefia (DaS
consulares 101.5 ou superior e
equivalentes)

Lei faculta o sigilo ate determinado evento, desde que dentro do prazo máximo definido.

Você também pode gostar