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1.

ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS

Patrimônio: Bens móveis e imóveis, intangíveis e semoventes. Variáveis tempo, custo,


quantidade e qualidade a fim de reduzir custos, administrar os bens relacionados à
manutenção da organização e ao processo de transformação.

IN 205/88 = Material é uma designação genérica para todo equipamento, componente,


sobressalente, acessórios, veículos, máquinas, equipamentos, matérias primas, material em
processamento, produto acabado ou qualquer outro item empregado ou passível de emprego
nas atividades das organizações públicas federais, independente de qualquer fato, bem como
aquele oriundo de demolição, desmontagem, aparas, acondicionamentos, embalagens e
resíduos economicamente aproveitáveis. Tirando os imóveis, intangíveis.

Atividades: Gestão do estoque (planejamento do estoque, dimensionamento, classificação,


controle e avaliação), compras (tudo o que precisa ser comprado e todas as relações com os
fornecedores até o controle do recebimento do que foi comprado) e distribuição
(manutenção, processamento e distribuição = logística. Envolve movimentação e transporte,
além dos equipamentos e ferramentas passíveis de movimentação e transporte).

Objetivo: determinar a quantidade ideal de material em estoque que permita satisfazer a


demanda, mantendo o nível de serviço ofertado ao cliente (aquilo que você consegue oferece
em termos de serviços e produtos) e, ao mesmo tempo, minimizando os custos de estoque e
otimizando o giro de estoque (+ giro de estoque, - custo de armazenagem, mão de obra,
seguro, obsolescência, depreciação).

1.1. Classificação dos Materiais (bens móveis)

Permanentes: aqueles com vida útil maior que dois anos, não são passíveis de transformação,
não são incorporados a outro, o custo de controlar o bem seja menor que a perda do bem.

Consumo: vida útil menor que dois anos, usados dentro de um processo de transformação,
pode ser incorporado a outro, frágil, perecível, custo do controle for maior do que a perda do
bem.

Para ser bem de consumo basta atender a um critério. O critério de bem permanente é mais
restritivo, ex: tonner por se incorporar a outro bem não é considerado bem permanente,
grampeador apesar de durar muito é considerado bem de consumo porque o custo para
controlar é maior do que o custo da perda.

1.2. Tipos de Sistemas de Produção

Produção por encomenda: sob encomenda, produção unitária, layout estacionário, o produto
fica parado e os materiais e as pessoas ficam rodando em volta; você faz toda a produção até
acabamento.

Produção em lotes = quantidade limitada de material, compra de estoque para aquele lote,
não dá pra comprar muito para ganhar escala.
Produção contínua = larga escala, em massa, dá pra fazer estoque de matéria prima, quanto
mais produzir menor o custo de produção.

1.3. Estoque

Tudo o que está armazenado, independentemente do estado de uso/conservação. Estoque


serve para permitir à empresa atender o nível de serviço, para proporcionar economias de
escala.

Carga = está sob a responsabilidade de determinada pessoa, está em carga com fulano. Assina-
se um termo de responsabilidade.

Classificação quanto a Possibilidade de fazer ou comprar = a organização pode optar por


produzir materiais internamente, recondicionar internamente ou adquirir externamente.

Verticalização = a mesma empresa está produzindo e vendendo, está em várias etapas da


cadeia de valor, fornecedor e produtor ao mesmo tempo para controlar o estoque, cadeia de
suprimentos, não ficar na mão de fornecedores, atender o cliente, ganhar em escala. Produzir
tudo.

Horizontalização = concentrar as atividades somente na essência do negócio e passar as outras


atividades para outros. Tendência atual, buscando parceiros e trabalhando de forma integrada
sua cadeia de suprimentos, porque quando você foca no negócio você reduz custos e faz da
melhor forma possível. Comprar de terceiros.

Em razão da demanda

Materiais de estoque = em razão da demanda devem ser mantidos em estoque.

Materiais não de estoque = em razão da imprevisibilidade da demanda, não deve se fazer


estoque e sua compra somente acontece quando se faz necessária. Ex: lojas não estocam
papel de parede

Em razão da aplicação/forma de produção

Matéria prima = tudo que entra.

Material em processamento = passível de transformação.

Produto final acabado = pronto para a comercialização.

Material auxiliar = não é passível de transformação, é utilizado no processo de transformação,


mas não incorpora o produto. Ex: ferramentas, combustível.

Em razão do valor econômico/valor total de consumo/maior valor de estoque

Classificação ABC (Pareto, 80/20) = controlar aquilo que tem maior valor no meu estoque e
não a maior quantidade. A = 80% do valor monetário do estoque, devem ser comprados em
menor quantidade, 20% do volume/quantidade em estoque. B = 30% dos itens com 15 a 20%
do valor de estoque. C = 50% dos itens com 5 a 10% do valor de estoque.
Em razão da importância operacional ou criticidade do produto = importância na cadeia
operacional, análise qualitativa independente de custo e quantidade, pode ser inclusive em
razão da dificuldade de comprar.

Classe X = menos criticidade, fácil aquisição.

Classe Y = criticidade média, pode ser substituído.

Classe Z = grande criticidade, difícil ser substituído ou encontrar outro fornecedor.

Em razão dos materiais críticos = críticos no manuseio, transporte, movimentação desses


materiais, fragilidade por exemplo.

Por serem de reposição específica, por razões de segurança, sobressalentes vitais de


equipamentos produtivos: devem permanecer estocados até sua utilização, não estando
sujeito ao controle de obsolescência.

Por problemas de obtenção: fornecedor exclusivo.

Por razões econômicas: alto custo de reposição.

Por problemas de armazenagem, manuseio ou transporte: perecíveis, periculosos, elevado


peso, grandes dimensões.

Por problemas de previsão: dificuldade do planejamento da previsão de consumo ou da


demanda.

Em razão da perecibilidade ou periculosidade

Materiais perecíveis ou não: sujeitos a deterioração e decomposição.

Materiais periculosos: que oferecem riscos no manuseio, transporte e armazenagem.

Outras classificações

Estoque ativo ou normal: está em uso, sofre flutuações quanto a quantidade, volume, peso,
custo.

Estoque morto ou inativo: é estático, não sofre flutuações.

Pegadinha de CESPE: o produto x sofreu movimentação há 6 meses atrás, é um estoque


morto? Não, porque na frase tem que estar escrito que o estoque não sofreu movimentação.

Estoque de segurança: parcela do estoque que protege a organização contra incertezas


relacionadas à demanda, ao tempo de espera e ao fornecimento.

Inservível: desnecessário para utilização, ocioso (excedentes, em bom estado de conservação,


mas não está sendo utilizado, pode ser um estoque morto), recuperável (passível de
recuperação, quando não exceder a 50% do valor do bem de mercado), antieconômico
(manutenção onerosa, rendimento precário, em virtude do uso prolongado ele traz um
desgaste prematuro ou obsoleto), irrecuperável (não tem viabilidade econômica de
recuperação, ou perde suas características de uso).

Estoque empenhado ou reservado: uma determinada quantidade de um item que você já


compromete previamente que vai entregar, reserva para alguém.

Estoque teórico: mesmo não estando fisicamente, será entregue. Estoque disponível + aquela
parte que ainda está no fornecedor (em trânsito).

Estoque de antecipação: estoque que se antecipa em razão da demanda, estoque sazonal.

1.4. Demanda

Demanda contínua: produtos de estoque, evolução horizontal do consumo, oscilação


pequena, pelo consumo médio você sempre está vendendo aquele produto, comprar uma
quantidade para assegurar essa demanda.

Produtos de tendência crescente: tendência positiva, na hora de dimensionar o estoque


sempre compra uma quantidade um pouco maior.

Produtos de tendência decrescente: tendência positiva, na hora de dimensionar o estoque


sempre compra uma quantidade um pouco menor.

Evolução sazonal: flutuação regular do consumo.

1.5. Dimensionamento de estoque

Técnicas de previsão de estoque: projeção (quantitativamente projetar o estoque com base no


histórico), explicação (usa correlação e regressão, levar em consideração não somente o
histórico, mas também variáveis do ambiente), predileção (intuição, os gestores baseados em
experiências do passado para tomar decisão).

Método do consumo do último período: dentro da projeção eu analiso o consumo do ano


passado, por exemplo, para prever o consumo desse ano.

Método da média móvel: ao em vez de simplesmente replicar o consumo do período passado


faz-se uma média analisando o comportamento, se há tendência. Consumo crescente = média
menor que o último consumo; consumo decrescente = média maior que o último consumo.

Método da média móvel ponderada: média móvel e ponderam-se os últimos períodos,


colocando um peso maior para os últimos períodos.

Método da média móvel ponderada exponencial: leva em consideração a previsão e o


consumo do último período multiplicado por uma constante. Muito usado para demanda
sazonal.

Método dos mínimos quadrados: qual é a melhor linha que passa mais perto de todos os
dados coletados, ou seja, é a linha que minimiza as diferenças entre a linha reta e cada ponto
de consumo levantado. Utilizado em todas as linhas de consumo desde que você queira um
pouco mais de previsão.
Fatores que influenciam: nível de serviço: relação entre as requisições atendidas e efetuadas,
da quantidade de clientes que eu recebo quantos eu atendo. Alto nível de serviço e alto nível
de estoque = fornecimento irregular; alto nível de serviço e baixo nível de estoque =
fornecimento regular. Boa gestão = equilíbrio entre disponibilidade de capital e nível de
serviço. Giro de estoque: liquidez, quantas vezes o estoque gira, rotatividade do estoque,
maior giro do estoque melhor. Consumo médio dividido pelo estoque, quanto maior melhor,
número de vezes. Antigiro ou taxa de cobertura do estoque: mede o tempo, estoque médio
dividido pelo consumo. Maior taxa garante nível de serviço, porém quanto maior o índice,
maior o estoque.

Custo do estoque: custo de armazenagem (seguro, consumo, tempo) e custo de pedir (mão de
obra, frete). CE (estoque) = CA (armazenar) + CP (pedir). CA = quantidade média x tempo x
preço x i (taxa de armazenagem: seguro, obsolescência, água, luz, telefone...) quando o
estoque é zero o custo de armazenagem é mínimo. CP, mão de obra, material e custos
indiretos.

Lote econômico de compra: quantidade econômica que vai comprar para que haja um
equilíbrio entre o custo de armazenagem e de pedido. Maior compra = menor custo de pedir e
maior custo de armazenagem.

2 x custo de pedido x consumo / I (se


percentual x preço)

Níveis de Estoque: existem dois sistemas para trabalhar a periodicidade de reposição de


estoque. Sistema Q: revisão contínua/de quantidade fixa, revisão contínua que estabelece
quantidade fixa de compra que tem a ver com lote econômico de compra. Chega num
determinado ponto/quantidade em que se deve realizar a compra, ponto do pedido, tempo
certo para que a gente prepare o pedido, para que o fornecedor prepare e entregue o pedido
para manter o nível de serviço. Curva dente de serra. Ruptura do estoque: quando o estoque
chega a zero e não se pode atender a uma necessidade de consumo.

PP = ponto de pedido C = consumo TR = tempo de reposição


Emin = estoque mínimo K = constante, grau de atendimento do nosso pedido Emáx = estoque
máximo.

Sistema de duas gavetas: normalmente utilizado para produtos C, reposição contínua com
ponto de pedido que trabalha com duas gavetas, você trabalha com uma gaveta, na hora que
acabar você tem a segunda gaveta com uma quantidade menor (estoque de segurança +
tempo de reposição) que você vai trabalhando para que quando termine o seu fornecedor te
entregue o pedido.
Sistema de máximos e mínimos: você vai monitorando o estoque, ponto de pedido para ver
qual é o estoque máximo e mínimo, normalmente utilizado para produtos classe A. (o primeiro
explicado)

Sistema P: periodicamente, recolocação de pedidos em intervalos fixos, o que se leva em


consideração é o tempo entre os pedidos e não o estoque. No mesmo momento da curva se
faz a revisão e o que varia é o tamanho do lote conforme a variação da demanda e estoque
máximo. Período constante e não quantidade constante.

Demanda dependente: quando tem um produto que para produzi-lo depende-se de outros
produtos. Sistema MRP – Planejamento das Necessidades de Materiais: primeiro
desmembrar o produto em partes menores = lista de produtos/materiais necessários X quanto
quer produzir = necessidade bruta + estoque de segurança – estoque de produtos acabados =
necessidade líquida.

MRP II: engloba insumos, equipamentos, instalações, pessoal, área de estocagem, ou seja, faz
a integração entre o planejamento financeiro e o operacional. A informação é compartilhada.

ERP: financeiro, operacional, gerencia o inventário (instrumento da administração de materiais


que vai comparar a quantidade física existente em estoque com a quantidade lançada
contabilmente. A Receita Federal exige que seja feito inventário uma vez por ano). Sistemas de
demanda dependente, complexo, integrado.

1.6. Política de Gestão de Estoque

A política da organização, as orientações, base para todo o dimensionamento e gestão de


estoque.

Administração científica: produção em larga escala, Ford e Taylor, grandes estoques e menor
custo de produção. Sistema de produção empurrada, Just in case, jogar no mercado para
tentar vender.

Sistema Toyota de Produção: célula de produção, produção mais enxuta, decomposição do


sistema global de produção em subsistemas de menor dimensão, produzir de acordo com a
demanda. Sistema de puxar a produção, Just in time, de acordo com a demanda. Níveis
mínimos de estoque, redução do tempo de produção, menos custo de produção e
armazenagem, flexibilidade, qualidade, exige estreito relacionamento com os fornecedores.
Fidelidade com o fornecedor em um sistema de ganha-ganha, pacto. Não há diversificação de
produtos. Kanban: cartão que leva as informações a todos, desde o cliente até o produtor,
fornecedor para trabalhar com menor estoque.

SCM – Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos: maior integração da cadeia de suprimentos,


não necessariamente reduzir estoque, mas sim integrar. Logística integrada: logística está
relacionada a transporte, movimentação, processamento e manutenção de estoques;
integrada envolve todo o processo mencionado e o planejamento desse fluxo, desde a fase da
matéria prima até o produto acabado assegurando o mínimo de custo e a satisfação do cliente.
ECP – Efficient Consumer Response: resposta eficiente ao consumidor, gerenciar a cadeia de
suprimentos, integração, produção mais flexível, buscar parcerias. É uma evolução ao Just in
time.

Efeito chicote: geração de estoque ao longo da cadeia produtiva devido a uma pequena
variação no consumo.

1.7. Avaliação de estoque

É uma exigência da Receita Federal. Custo médio: aceito pelo fisco, a cada movimentação no
estoque calcula-se o valor médio do estoque. A saída é pelo custo médio; tem-se alteração de
valor no custo somente com novas entradas.

PEPS (FIFO): primeiro que entra, primeiro que sai. Também aceito pelo fisco, em período de
deflação não é bom para a Receita. Inflação = custo menor, estoque maior, mais ativo, mais
lucro, mais tributos. É uma forma de reposição de estoque também, para garantir a validade
dos produtos.

UEPS (LIFO): não é aceito pelo fisco. O último que entra é o primeiro que sai. Inflação = custo
maior, estoque menor, menos ativo, menos lucro, menos tributo. Melhor método gerencial.

Custo de reposição: ele não se interessa pelo valor que você comprou o produto e sim qual foi
o custo envolvido na reposição do produto. Não é aceito pelo fisco e é pouco utilizado. Você
não faz média e sim coloca a quantidade total no último valor que você comprou. Custo alto e
saldo alto.

1.8. Compras

Assegurar a entrega do material no preço adequado, no custo adequado, na quantidade


adequada, na qualidade adequada e no tempo certo. Não tem que avaliar a necessidade de
compra, ela tem que pegar a ordem de compra e analisar para saber o que precisa ser
comprado. Análise da ordem de compra, seleção de fornecedores, negociação com o
fornecedor, acompanhar o pedido com o fornecedor e controle do recebimento. Não pode
alterar nada da ordem de pedido sem autorização/conversar com o administrador de materiais
e financeiro.

Centralizar: centralizar compras em uma determinada área da empresa, oportunidade de


negociar maiores quantidades, homogeneidade da qualidade dos materiais, controle maior por
parte da direção, melhoria na relação com fornecedores.

Descentralizar: materiais que atendam a demandas locais, fornecedores do local, entrega mais
rápida, relacionamento melhor com o fornecedor. Maior atendimento das necessidades locais,
conhecimento de fornecedores locais, agilidade na compra.

Classificação das compras = compras formais: tudo aquilo que está documento, na
administração pública é só assim, prestar contas de tudo. Compras informais: compras de
pequeno valor, sem muitos trâmites burocráticos, não existe na administração pública.
Compras antecipadas: antes de acontecer o consumo, exigem planejamento prévio. Compras
parceladas: por meio de contratos. Compras emergenciais: urgentes, não previstas e
normalmente prejudiciais à organização, pois reduzem o poder de negociação. Compras
diretas: compras rotineiras. Compras novas: inéditas, demoram mais tempo. Recompra
modificada: compras rotineiras que sofrem alguma variação no procedimento.

A ordem de compras pode chegar de duas maneiras: descritiva: traz com clareza todas as
características físicas, mecânicas, de acabamento e de desempenho do material permitindo
uma perfeita caracterização daquilo que será comprado. Referencial: quando não se sabe
todos os detalhes daquilo que será comprado, não é o mais comum, faz-se uma referencia
indireta ao item, pode colocar como exemplo determinada marca, mas isso não significa
indução àquela marca, mas sim um parâmetro.

Formas de escolha de fornecedor: fonte simples: um fornecedor selecionado entre vários,


para um relacionamento de longo prazo, fidelidade. Fonte múltipla: competitividade, vários
fornecedores, vai barganhar, não tem fidelidade. Fonte única: fornecedor único/exclusivo;
inexigibilidade de licitação.

SICAF - Sistema de Cadastramento Unificado de Fornecedores

2. GESTÃO PATRIMONIAL

A gestão patrimonial envolve tanto o controle de bem móveis quanto de bens imóveis. Envolve
atividades de entrada do bem no almoxarifado, recebimento, aceite, tombamento e registro;
guarda, conservação interna, armazenagem; classificação; movimentação; distribuição e
controle, incorporação e inventário. Inclusive vai olhar a contabilização desse bem.

Recebimento envolve a entrada dos materiais, conferência quantitativa, qualitativa e


regularização. O fornecedor transfere a responsabilidade pela guarda e conservação e é no
almoxarifado que se faz o registro de entrada do bem para que possa ser acompanhado
contabilmente e fisicamente. Fornecedor transfere a guarda e o uso do bem,inclusive a sua
conservação. Aceite feito por uma pessoa que tem conhecimento, momento em que se vai
assegurar que as condições qualitativas e quantitativas do bem estão de acordo com o que foi
comprado. Quando vai atestar no documento fiscal que aquele bem atende às condições
quantitativas e qualitativas.

Não consigo conferir a quantidade = recebimento provisório, o recebedor não está assumindo
a responsabilidade pelas condições quantitativas e qualitativas o que não exime a
responsabilidade do fornecedor. Vai assegurar as condições posteriormente. Contagem cega
ou contagem por acusação: quando o conferente não verifica a quantidade declarada.

Tombamento: sendo um bem móvel permanente vai afixar o número patrimonial seqüencial
que vai identificá-lo para sempre, mesmo depois da sua baixa. Procedimento de incorporação
do bem ao patrimônio da organização. Sistema de classificação e codificação: deve levar em
consideração 3 critérios, abrangência (contemplando todas as características dos materiais
como aspectos físicos, financeiros e contábeis), flexibilidade (permite ligações com outras
classificações e melhoramentos), praticidade (classificação simples e direta). Etapas de
classificação: catalogação (arrolamento de todos os itens da coleção), simplificação (reduzir os
itens que servem para uma mesma finalidade), especificação (descrição detalhada de cada
item permitindo sua individualização), normalização (normas ABNT), padronização
(uniformização do emprego e do tipo de materiais, estabelece padrões de peso, medida,
formato), codificação (atribuição de números ou letras a cada material, representando as
características do item. Pode ser alfabético, numérico ou alfanumérico). Método de
codificação:número seqüencial (distribui sequencialmente números arábicos a cada material,
de forma simples), método alfabético (utiliza letras em vez de números, com bastante
limitação, está em desuso), método alfanumérico ou simples (associação de letras e números,
permitindo maior flexibilidade, pois as letras que antecedem os números poderão indicar o
lote. É o mais difundido, mas tem o problema de não aceitação das letras pelos sistemas
mecanizados).

Depois de identificado e codificado, o material será cadastrado com o nome, código,


unidade, em sistema computadorizado.

Sistema de codificação definidor: Classificação Geral: grupo – identifica as grandes classes ou


agrupamento de materiais em estoque. Classificação Individualizadora: classe – identifica o
material. Classificação Definidora: descreve os materiais.

Relação carga: controle feito para bens móveis de consumo. Termo de responsabilidade
patrimonial: o servidor público recebe esse termo quando recebe o bem e o assina, assumindo
a responsabilidade pelo uso e conservação do bem. Descarga: transfere a responsabilidade
pela guarda e uso daquele bem para outra pessoa. Carga: receber o bem.

Gestor Patrimonial = elaboração e controle do termo patrimonial, tombamento do bem, os


inventários e os registros de movimentação (deslocamento do bem permanente).

Armazenamento – Localização dos Materiais: Sistema de Estocagem Fixa: quando tem uma
área específica para cada tipo de material. Você coloca todos os bens da mesma finalidade
juntos, mais fácil de controlar e organizar, pode ter uma área muito cheia e outra muito vazia.
Sistema de Estocagem Livre: quando vai estocando a medida que os materiais chegam
ocupando os espaços vazios. Ocupar os espaços vazios, porém pode perder o bem.

O bem recebe um número que mostra a localização dele, código de endereçamento.

Critérios de Estocagem: Armazenagem Simples: materiais que não demandam cuidados


especiais. Armazenagem Complexa: especificidades dos materiais que exigem cuidados
especiais.

Tipos de Armazenagem: Por tamanho, peso, forma: características físicas semelhantes,


permite melhor aproveitamento do espaço físico, mas demanda mais controle porque
provavelmente são materiais diferentes. Por freqüência de entrada e saída: conforme a
freqüência, mas que não aproveita melhor o espaço, mais sai fica na frente, menos sai fica no
fundo. Por agrupamento ou complentaridade: materiais associados ou compatíveis, cuja
freqüência de solicitação é conjunta. Facilita a arrumação e dificulta o aproveitamento do
espaço. Especial: em razão do peso, forma, volume ou fragilidade (perecíveis – PEPS). Área
externa: custos menores e aumento do espaço do almoxarifado. Coberturas alternativas:
como galpão fixo ou móvel.

Layout = arranjo físico, organização do almoxarifado. Cuidado com iluminação, umidade,


insetos, questões insalubres que podem estragar o bem.

Estacionário = normalmente utilizado para produção unitária.

Produto = produção contínua, em larga escala.

Processo = produção em lote.

Técnicas de Estocagem: Carga unitária: acondiciona o material visando o manuseio,


transporte a armazenamento como uma unidade, formada de um conjunto de materiais;
conjunto de materiais que formam uma unidade. Caixas ou gavetas: materiais de pequena
dimensão. Prateleiras: materiais de tamanhos diferentes. Raques: peças longas e estreitas.
Empilhamento: em caixas. Contêiner flexível: sólidos a granel e líquidos. Contêiner: caixas
fechadas para transporte intermodal. Pallets: estrados para empilhamento de carga unitária,
para aproveitamento do espaço vertical. Engradados: para materiais frágeis ou irregulares.

Embalagem: função de contenção, redução de volume, facilitar o manuseio e transporte, para


proteger e comunicar a embalagem. Caixa de papelão: grande economia em relação a caixa de
madeira. Tambores: para líquidos, sólidos, pastosos, fluídos, granulados; muito resistente e de
fácil recuperação. Fardos: para redução de volume. Recipientes plásticos: para líquido e
material a granel.

Requisição e fornecimento de material na Administração Pública


Por pressão: de uso facultativo, no qual se entrega o material ao usuário mediante tabelas de
provisão, com épocas fixadas, independente de solicitação do usuário, envolvendo material de
limpeza e conservação, material de expediente e de uso rotineiro e gêneros alimentícios.

Por requisição: processo mais comum, pelo qual se entrega o material ao usuário mediante
apresentação de uma requisição (pedido de material), de acordo com o catálogo de material,
em uso no órgão ou entidade.

Movimentação de materiais

Veículos industriais: carretas, carrinhos (curtas distancias no interior do almoxarifado),


empilhadeiras (para transporte de pallets, otimizar os espaços verticais), tratores e traillers.

Transportes contínuos: correias, esteiras, roletes transportadores.

Guindastes, talhas (polias em série), elevadores: para manuseio em áreas restritas, de


maneira constante e ininterrupta, normalmente de cargas pesadas.

Ponte de pórtico de rolantes: vigas que correm sobre trilhos, para transporte pesado, em
áreas restritas.

Conteineres e Estruturas de suporte: sem mobilidade própria, para transporte de outros


equipamentos, como tanques, plataformas, estrados, pallets.

Tipos de transporte – transporte modal

Transporte rodoviário: tempo rápido de entrega, para pequenas e médias distancias.

Transporte ferroviário: para longas distancias e grandes volumes, com grande custo fixo
operacional.

Transporte aquaviário: transporte entre continentes, com tempo de entrega maior.

Transporte aeroviário: altos custos e pequenas quantidades, rápido.

Transporte dutoviário: custo baixo de transporte, para óleos, gás e derivados.

Transporte combinado: é o transporte de carga de um veículo por meio de outro em um único


carregamento ou veículo. Cegonha.

Transporte intermodal: é o deslocamento de carga através de vários meios de transporte,


desde o ponto de origem, via um ou mais pontos de interligação, até o ponto final, utilizando
diferentes operadores, cada um se responsabilizando pelo seu trecho.

Transporte multimodal: a diferença é que um único operador assume a responsabilidade pela


entrega.

Cross docking: os produtos com elevado índice de giro e perecibilidade e que não são
estocados, mas apenas cruzam o armazém indo direto para o ponto de venda, envolvendo
ciclos rápidos de movimentação, sincronizados, nas diversas etapas. Frutas, verduras.
Incidente sobre o produto, em razão do frete e do seguro

CIF – significa Cost, insurance and freight, custo, seguro e frete. Na modalidade CIF o custo do
frete e do seguro é de responsabilidade do vendedor que entregará a mercadoria no local
indicado pelo comprador. Coloca o custo no valor final do produto.

FOB – Free on board, posto a bordo. Na modalidade FOB, o gasto do frete e do seguro é de
responsabilidade do comprador.

Inventário = contagem física dos bens do inventário, o fisco exige pelo menos uma vez por
ano, porque estoque é bens e direitos que devem ser contabilizados pelo valor atual (PEPS,
custo médio) e tributados. Pode verificar as discrepâncias entre a existência física do bem e o
que está lançado, analisar as condições do bem. Procedimento: determinar uma equipe de
inventário, não deve conter somente as pessoas do almoxarifado, devem fazer a contagem no
mínimo duas vezes, se acontecer divergências entre as contagens faz uma terceira, faz a
checagem com o que está lançado no sistema e contabilmente. É importante faz um corte, cut-
off, significa que naquele momento não entra nem sai nada; também contabiliza-se o que está
em trânsito. Inventário geral ou periódico: efetuados ao final do exercício fiscal, abrange a
contagem de todos os itens em estoque, cujas informações são relacionadas ao inventário
analítico. No final do exercício fiscal é chamado de geral. Inventário rotativo ou permanente:
realizado através de contagens programadas em determinado período, de todos os itens de
determinada categoria. Não necessita de paralisação das atividades, abrangendo a contagem
de todos os itens no período fiscal, de forma rotativa e contínua.

A contagens dos itens da curva ABC não precisam ser realizados de forma rotativa para todos
os itens, pode adotar esse critério somente para alguns itens.

Tipos de inventário na Administração Pública: anual (geral), inicial (implantando uma unidade
gestora), de transferência de responsabilidade (quando um gestor assume), de extinção ou
transformação da UG, eventual (a critério), inventário rotativo (permanentemente), inventário
por amostragem para acervo de grande porte.

Inventário analítico: detalhar tudo o que tem inclusive as condições, registro do bem, o valor,
o custo. Caso o valor seja desconhecido vai contabilizar no inventário pelo valor que o bem
possui no mercado nas mesmas condições.

Baixa de bens patrimoniais: exigências do art. 17, lei 8666; subordinada a existência de
interesse público devidamente justificado; com avaliação prévia

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