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MARÇO/2020
Antes de começarmos o curso, é bom definirmos algumas terminologias:
a) Artigo ou Item - designa qualquer material, matéria-prima ou produto acabado que faça
parte do estoque;
e) Estoque Ativo ou Normal - é o estoque que sofre flutuações quanto à quantidade, volume,
peso e custo em consequência de entradas e saídas;
l) Estoque Mínimo - é a menor quantidade de um artigo ou item que deverá existir em estoque
para prevenir qualquer eventualidade ou emergência (falta) provocada por consumo anormal
ou atraso de entrega;
bb) Custo Fixo - é o custo que independe das quantidades estocadas ou compradas (mão-
deobra, despesas administrativas, de manutenção etc. );
cc) Custo Variável - existe em função das variações de quantidade e de despesas operacionais;
dd) Custo de Manutenção de Estoque, Posse ou Armazenagem - são os custos decorrentes da
existência do item ou artigo no estoque. Varia em função do número de vezes ou da
quantidade comprada;
ff) Custo Total - resultado da soma do Custo Fixo com o Custo de Posse e o Custo de
Aquisição;
gg) Custo Ideal - é aquele obtido no ponto de encontro ou interseção das curvas dos Custos de
Posse e de Aquisição. Representa o menor valor do Custo Total.
ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS
ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS:
Estes dois eventos, tempo oportuno e quantidade necessária, acarretam se mal planejados,
além de custos financeiros indesejáveis, lucros cessantes, fatores esses decorrentes de
quaisquer das situações assinaladas. Da mesma forma, a obtenção de material sem os
atributos da qualidade requerida para o uso a que se destina acarreta custos financeiros
maiores, retenções ociosas de capital e oportunidades de lucro não realizadas. Isto porque
materiais, nestas condições podem implicar em paradas de máquinas, defeitos na fabricação
ou no serviço, inutilização de material, compras adicionais, etc.
Os subsistemas da Administração de Materiais, integrados de forma sistêmica, fornecem,
portanto, os meios necessários à consecução das quatro condições básicas alinhadas acima,
para uma boa Administração de material. Decompondo esta atividade através da separação e
identificação dos seus elementos componentes, encontramos as seguintes subfunções:
- Subfunções TÍPICAS:
CONTROLE DE ESTOQUE
SUBFUNÇÕES ESPECÍFICAS
INSPEÇÃO DE SUPRIMENTOS - subsistema de apoio responsável pela verificação da aplicação
das normas e dos procedimentos estabelecidos para o funcionamento da Administração de
Materiais em toda a organização, analisando os desvios da política de suprimento traçada pela
administração e proporcionando soluções.
d) Controlar os estoques;
a) Preço Baixo - este é o objetivo mais óbvio e, certamente um dos mais importantes. Reduzir
o preço de compra implica em aumentar os lucros, se mantida a mesma qualidade;
f) Despesas com Pessoal - obtenção de melhores resultados com a mesma despesa ou, mesmo
resultado com menor despesa - em ambos os casos o objetivo é obter maior lucro final. “As
vezes compensa investir mais em pessoal porque pode-se alcançar com isto outros objetivos,
propiciando maior benefício com relação aos custos “;
g) Relações Favoráveis com Fornecedores - a posição de uma empresa no mundo dos negócios
é, em alto grau determinada pela maneira como negocia com seus fornecedores;
i) Bons Registros - são considerados como o objetivo primário, pois contribuem para o papel
da Administração de Material, na sobrevivência e nos lucros da empresa, de forma indireta.
GESTÃO DE ESTOQUES NAS EMPRESAS
Nos dias atuais, uma das áreas que mais se desenvolvem dentro das organizações sem
dúvidas é a Gestão de Estoques, pois inferiu a ideia de que os itens em estoque ficam parados
por períodos de tempo muito grandes e sem necessidade alguma, e isso, retém um alto
investimento de capital da empresa. Estoque parado é dinheiro “morto”.
Com este cenário, as empresas passaram a ter uma atenção maior em seus inventários, sendo
assim, resguardando um tempo a mais de estudos referidos a este assunto. Estoques são
importantes para que não ocorram interrupções ocasionais e não esperadas. Saber administrar
os recursos materiais e patrimoniais da empresa é imprescindível para que qualquer empresa
alcance seu maior objetivo: o lucro.
A gestão de estoque é, basicamente, o ato de gerir recursos ociosos possuidores de valor
econômico e destinado ao suprimento das necessidades futuras de material, numa
organização. Os investimentos não são dirigidos por uma organização somente para aplicações
diretas que produzam lucros, tais como os investimentos em máquinas e em equipamentos
destinados ao aumento da produção e, consequentemente, das vendas. Outros tipos de
investimentos, aparentemente, não produzem lucros. Entre estes estão as inversões de capital
destinadas a cobrir fatores de risco em circunstâncias imprevisíveis e de solução imediata. É o
caso dos investimentos em estoque, que evitam que se perca dinheiro em situação potencial
de risco presente. Por exemplo, na falta de materiais ou de produtos que levam a não
realização de vendas, a paralisação de fabricação, a descontinuidade das operações ou
serviços etc., além dos custos adicionais e excessivos que, a partir destes fatores, igualam, em
importância estratégica e econômica, os investimentos em estoque aos investimentos ditos
diretos.
Porém, toda a aplicação de capital em inventário priva de investimentos mais rentáveis uma
organização industrial ou comercial. Numa organização pública, a privação é em relação a
investimentos sociais ou em serviços de utilidade pública. A gestão dos estoques visa,
portanto, numa primeira abordagem, manter os recursos ociosos expressos pelo inventário,
em constante equilíbrio em relação ao nível econômico ótimo dos investimentos. E isto é
obtido mantendo estoques mínimos, sem correr o risco de não tê-los em quantidades
suficientes e necessárias para manter o fluxo da produção da encomenda em equilíbrio com o
fluxo de consumo.
F UNÇÕES DO ESTOQUE
- referem-se aos materiais parcialmente acabados, cujo processamento está em algum estágio
intermediário de acabamento e que se encontram também ao longo das diversas seções que
compõem o processo produtivo. Diferem dos materiais em processamento pelo seu estágio
mais avançado, pois se encontram quase acabados, faltando apenas mais algumas etapas do
processo produtivo para se transformarem em materiais acabados (PAs).
O objetivo básico do controle de estoques é evitar a falta de material sem que esta diligência
resulte em estoques excessivos às reais necessidades da empresa. O controle procura manter
os níveis estabelecidos em equilíbrio com as necessidades de consumo ou das vendas e os
custos daí decorrentes.
Para mantermos este nível de água, no tanque, é preciso que a abertura ou o diâmetro do ralo
permita vazão proporcional ao volume de água que sai pela torneira. Se fecharmos com o ralo
destampado, interrompendo, assim, o fornecimento de água, o nível, em unidades
volumétricas, chegará, após algum tempo, a zero. Por outro lado, se a mantivermos aberta e
fecharmos o ralo, impedindo a vazão, o nível subirá até o ponto de transbordar. Ou, se o
diâmetro do raio permite a saída da água, em volume maior que a entrada no tanque,
precisaremos abrir mais a torneira, permitindo o fluxo maior para compensar o excesso de
escapamento e evitar o esvaziamento do tanque.
C URVA ABC
Classe A: Grupo de itens mais importante que devem ser trabalhados com uma atenção
especial pela administração.
A classe "A" são os itens que nesse caso dão a sustentação de vendas, podemos perceber que
apenas 20% dos itens correspondem a 80% do faturamento.
A classe “B” responde por 30% dos itens em estoque e 15% do faturamento.
A classe "C" compreende a sozinha 50% dos itens em estoque, respondendo por apenas 5% do
faturamento. Vejamos um exemplo a seguir:
exemplo:
a) Determinar o grupo de produto das classes A, B e C e a porcentagem que cada uma delas
contribui para o valor total da empresa. Note que temos as informações necessárias para
resolver este problema, que são:
Produto (ou Cód. do Produto);
Consumo Anual;
Preço Unitário;
Valor total (muitas vezes o valor total virá em branco). Para calculá-lo basta multiplicar o
consumo e/ou demanda anual vezes o preço unitário.
1° Passo: Determinar a ordem dos produtos que contribuem mais no campo de “VL Total”
(ordem do produto com maior contribuição para o de menor contribuição).
Reparem que ordenamos a tabela dos produtos com maior contribuição para o de menor
contribuição. O produto n° 7, por exemplo, é o que mais contribui para a empresa.
Independente da quantidade consumida, o valor total é quem ditará o grupo no qual cada
item irá ficar inserido. Para melhor visualização e entendimento, esta é a ordem dos
produtos que mais contribuem para a empresa neste exercício:
192.000,00 (1° item do valor total) / 410.000,00 (soma do campo valor total) * 100.
84.000,00 (2° item do valor total) / 410.000,00 (soma do campo valor total) * 100.
40.000,00 (3° item do valor total) / 410.000,00 (soma do campo valor total) * 100. (...)
Fazer o mesmo com os demais valores. Não é algo cansativo, e a curva ABC, se bem
trabalhada, não necessitará de muitas alterações e/ou ser refeita outras vezes. As
informações conquistadas com esta ferramenta podem levar decisões para vários meses
de conquistas no mercado atuante. Vamos para o próximo passo:
3° Passo: Determinar a porcentagem acumulada. Para fazer isso, copiamos o resultado do
1° item e os demais acumulamos.
O resultado do 1° item é copiado conforme explícito há pouco (46,8%). Os próximos
resultados serão o acúmulo dos itens anteriores.
Então o 2° item será a soma do 1° item (46,8%) + o 2° item (20,5%) = 67,3%. O 3° item
será a soma do 1° item (46,8%) + o 2° item (20,5%) já calculadas (67,3%) + o 3° item (9,8%)
= 77.1%. E assim por diante (...)
Por fim, chegaremos à mesma porcentagem final de 100% (lembrando que caso a soma da
porcentagem relativa ou da porcentagem acumulada não for de 100% significa que
alguma conta foi feita de modo incorreto).
A porcentagem acumulada servirá como ponto de referência para a classificação dos
grupos A, B e C, pois sabemos que:
Os itens classe A representam cerca de 80% do valor total do estoque; Os itens classe B
representam cerca de 15% do valor total do estoque e; Os itens classe C representam
cerca de 5% do valor total do estoque.
O grupo B é constituído pelos itens 12, 14, 4, 10 e 15 dos produtos, e eles contribuem com
18,5% da renda total da empresa; (Nota: os grupos da classe B ocupam cerca de 15% da
renda total).
Conceitos:
ESTOQUE MÁXIMO – Tamanho máximo que seu estoque deve ter. É necessário buscar o
ideal para cada empresa, pois o custo de manutenção de um estoque muito grande e caro,
consequentemente irá precisar de um capital maior para mantê-lo.
ESTOQUE MÍNIMO – Como o próprio nome sugere, essa é quantidade mínima em estoque
para determinado produto. Também pode ser chamado de estoque de segurança.
– Esse é o momento em que a solicitação de compra deve ser feita, pois a reposição de
produtos geralmente é demorada e não ocorrem no mesmo dia. A ideia desse gráfico é
fazer uma média de tempo para que o risco de atraso ou excessos seja menor. Lembrando
que todas essas informações devem ser encontradas pela área de logística, financeira ou
área de contabilidade da empresa. Basicamente, calculamos:
PP = C x TR + E.min Onde:
PP = Ponto de pedido
C = Consumo médio mensal / dia
TR = Tempo de reposição
E.min = Estoque mínimo
Lote econômico de Compra (LEC) é a quantidade ideal de material a ser adquirida em cada
operação de reposição de estoque, onde o custo total de aquisição, bem como os
respectivos custos de estocagem, é mínimo para o período considerado. Este conceito
aplica-se tanto na relação de abastecimento pela manufatura para a área de estoque,
recebendo a denominação de lote econômico de produção, quanto à relação de reposição
de estoque por compras no mercado, passando a ser designado como lote econômico de
compras. A ideia aqui é procurar um tamanho de lote ideal e que minimize o custo total
anual. A fórmula, deduzida em várias fontes, é:
Em resumo: cada vez mais, hoje em dia, o comprador deve ser um técnico de compras.
-Nas grandes empresas existe o chamado ‘Setor de Pesquisa e Análise de Compras’. Sua
função é, entre outras, a de calcular o "preço objetivo" do item (com base em
especificações). O cálculo desse "preço objetivo" é feito baseando-se no tempo de
execução do item, na mão de obra direta, no custo da matéria-prima com mão de obra
média no mercado; a este valor deve-se acrescentar um valor, pré- calculado, de mão de
obra indireta. Ao valor encontrado deve-se somar o lucro. Todos estes valores podem ser
obtidos através de valores médios do mercado, e do balanço e demonstrações de lucros e
perdas dos diversos fornecedores. Em resumo: O "preço objetivo" é que vai servir de
orientação ao comprador quando de uma concorrência. No julgamento da concorrência
duas são as possíveis situações:
a) Preço muito mais alto do que o "preço objetivo": nessas circunstâncias, eventualmente,
o comprador poderá chamar o fornecedor e solicitar esclarecimentos ou uma justifica tive
do preço. O fornecedor ou está querendo ter um lucro excessivo, ou possui sistemas
onerosos de fabricação ou um mau sistema de apropriação de custos;
b)Preço muito mais baixo que o "preço objetivo": o menor preço não significa hoje em dia,
o melhor negócio. Se o preço do fornecedor for muito mais baixo, dois podem ser os
motivos:
1) O fornecedor desenvolveu uma técnica de fabricação tal que conseguiu diminuir seus
custos;
2) O fornecedor não soube calcular os seus custos e nessas circunstâncias dois problemas
podem ocorrer: ou ele não descobre os seus erros e fatalmente entrará em dificuldades
financeiras com possibilidades de interromper seu fornecimento, ou descobre o erro e
então solicita um reajuste de preço que, na maioria das vezes, poderá ser maior que o
segundo preço na concorrência original. Portanto, se o preço for muito mais baixo que o
preço objetivo, o fornecedor deve ser chamado, a fim de prestar esclarecimentos.
– A quantidade a ser adquirida é cada vez mais importante por ocasião da compra. Até
pouco tempo atrás, aumentava-se a quantidade a ser adquirida objetivando melhorar e
preço, entretanto outros fatores como custo de armazenagem, capital investido em
estoques e etc., fizeram com que maiores cuidados fossem tornados na determinação da
quantidade certa ou na quantidade mais econômica a ser adquirida. Para isso, foram
deduzidas fórmulas matemáticas objetivando facilitar a determinação da quantidade a ser
adquirida.
Fonte Certa (5)
A competitividade no mercado não é mais somente quanto às vendas, mas sim em grande
parte, pela obtenção de lucros satisfatórios devido a realização de boas compras. Para que
isto ocorra é necessário que se adquira materiais ao mais baixo custo, desde que
satisfaçam as exigências de qualidade.
- Cadastramento de Fornecedores;
- Coleta de Preços;
- Definição quanto ao Transporte do Material;
- Julgamento de Propostas;
- Verificar periodicamente o preço, prazo e qualidade do material;
- Recebimento e Colocação da Compra.
SEQUÊNCIA LÓGICA DE COMPRAS
Para se comprar bem é preciso conhecer as respostas de cinco perguntas, as quais irão
compor a lógica de toda e qualquer compra:
SELEÇÃO DE FORNECEDORES
ETAPA 2
ETAPA 3
CUIDADOS AO COMPRAR
COTAÇÃO DE PREÇOS
a) prazo de pagamento;
b) valor das parcelas;
c) taxas
d) períodos
O PEDIDO DE COMPRA
Após término da fase de cotação de preços dos materiais e analise da melhor proposta
para fornecimento, o setor de compras emite o pedido de compras para a empresa
escolhida. Esse pedido deverá ter com clareza a descrição do material a ser comprado,
bem como as descrições técnicas, para que não ocorram as frequentes dúvidas que
comumente acontecem.
Preferencialmente o pedido deverá ser emitido em 3 vias, sendo a 1ª e 2ª vias enviadas
ao fornecedor, o qual colocará ciente na 2ª via e a devolverá, que passará a ter força de
contrato, funcionando como um "instrumento particular de compromisso de compra e
venda". Já a 3ª via funciona como follow-up (via de acompanhamento) do pedido.
O ARMAZENAMENTO
MÉTODOS DE ESTOCAGEM:
d) Raques: Os raques são construídos para acomodar peças longas e estreitas como tubos,
barras, tiras, etc.
f) Container Flexível: É uma das técnicas mais recentes de estocagem, é uma espécie de saco
feito com tecido resistente e borracha vulcanizada, com um revestimento interno conforme o
uso.
COMERCIALIZAÇÃO E CONSUMO
- Continuidade do negócio.
A comercialização no setor de materiais deverá estar preparada para vender as mercadorias
do estoque de maneira mais rentável e prestando o melhor atendimento. Para tanto é
imprescindível que a empresa conheça o mercado onde atua; os concorrentes; o produto que
vende; os meios para vendê-los e os clientes. Com relação ao mercado é necessário saber qual
a potencialidade, o que poderá ser absorvido pelos consumidores. Poderíamos, assim, fazer as
seguintes perguntas:
- Existem novos projetos para a região que podem incrementar os negócios? Essas e muitas
outras questões devem ser colocadas e analisadas pela empresa, a fim de estabelecer a
quantidade volume, características do estoque e política de comercialização.
CONHECIMENTO DO PRODUTO
POLÍTICA DE COMERCIALIZAÇÃO
A comercialização é uma atividade que deve respeitar normas e princípios para poder se
desenvolver com sucesso. Para isso, a empresa deve estabelecer uma Política de
Comercialização, isto é, as normas de vendas, definindo e detalhando, todo o processo de
vendas. A política deverá tratar de categorias de vendas, tipos de clientes, prazos, entregas,
garantias e política de preços. Toda política comercial deverá ser estabelecida objetivando
praticas saudáveis de comercialização para obter a realização de vendas com qualidade. Para
isso, é interessante que a empresa tenha uma noção clara do seu grau de atuação nos de
segmentos de vendas: Atacado ou Varejo.
a) Atacado: se caracteriza por ser um importante segmento produtivo, no qual se procura
atingir um maior volume de vendas, faturamento e lucro, com margens unitárias menores e
condições diferenciadas. Público alvo: Distribuidores, grandes empresas, que tenham grande
capacidade de escoamento de produtos.
Planejar o arranjo físico de certa instalação significa tomar decisões sobre a forma como serão
dispostos, nessa instalação, os centros de trabalho que aí devem permanecer. Pode-se
conceituar como centro de trabalho a qualquer coisa que ocupe espaço: um departamento,
uma sala, uma pessoa ou grupo de pessoas, máquinas, equipamentos, bancadas e estações de
trabalho, etc. Em todo o planejamento de arranjo físico, irá existir sempre uma preocupação
básica: tornar mais fácil e suave o movimento do trabalho através do sistema, quer esse
movimento se refira ao fluxo de pessoas ou de materiais. Podemos citar em princípio três
motivos que tornam importantes as decisões sobre arranjo físico:
Por todos esses motivos, poderia à primeira vista parecer que um arranjo físico, uma vez
estabelecido, é quase imutável e se aplica prioritariamente a novas instalações. E isso não é
verdade. Entretanto, diversos fatores podem conduzir a alguma mudança em instalações já
existentes: a ineficiência de operações, taxas altas de acidentes, mudanças no produto ou no
serviço ao cliente, mudanças no volume de produção ou fluxo de clientes, etc.
O papel do layout nas indústrias, por exemplo, aumentou tanto em escopo, quanto em
importância estratégica. A correção ou implantação de um layout adequado proporciona
maior economia em diversos aspectos e beneficia a produção devido à disposição dos
instrumentos de trabalho, departamentos, pontos de armazenamento e do fator humanos
envolvido no processo. As empresas precisam realizar a análise da distribuição física quando
ocorrer algumas das seguintes situações:
- Arranjo físico por produto: corresponde ao sistema de produção contínua (como linha de
montagem);
RECURSOS HUMANOS
Na administração atual fica cada vez mais evidente a importância das relações humanas na
empresa. A prova disso é o aumento no investimento que as empresas vêm fazendo para
conquista de capital humano e intelectual.
No setor de materiais também não é diferente, pois as preocupações são as mesmas de uma
organização como um todo, só que com foco centrado na sua atividade como parte do todo
empresarial, tendo suas preocupações específicas, com relação às condições de trabalho,
segurança, salários, cargos, treinamento, hierarquia, etc. Dentro do setor de materiais as
funções mais usuais são:
- Gerente: responsável pela Administração do setor, pelo cumprimento das metas e objetivos
estabelecidos pela alta cúpula.
Classificação de materiais
A classificação de materiais tem por objetivo estabelecer um processo de identificação,
codificação, cadastramento e catalogação dos materiais de uma empresa. A primeira fase
da classificação é a identificação que consiste na análise e no registro dos principais
dados que caracterizam e individualizam cada item de material em particular. Sua
finalidade é identificar, a partir de uma especificação bem estruturada, cada item da
empresa. A identificação é construída a partir de um processo descritivo que objetiva,
seguindo regras específicas, atribuir uma nomenclatura padronizada para todos os
materiais.
Grupo.
Subgrupo.
Classe.
Número de identificação.
Como pode ser observado, o conjunto de seis números permite identificar até 999.999
itens de materiais. Por sua vez, as classes podem atingir um total de 9.999 possibilidades.
Assim, este conjunto estruturado de número permite classificar um elevadíssimo número
de itens. Em razão disso, o governo dos Estados Unidos passou a utilizar essa estrutura
para codificar todos os materiais utilizados usando o Federal Supply Classification (FSC),
desenvolvido pelo Departamento de Defesa para identificar, classificar e catalogar todos
os materiais movimentados pelos diversos departamentos do governo americano.
Entretanto, os procedimentos até então adotados não privilegiavam a troca de dados entre
as Forças Singulares. A fim de que essa troca de dados pudesse ocorrer com eficiência e
economia de esforço, o SISMICAT foi reordenado, a partir de agosto de 1998, tendo sido
criado o CECAFA e estabelecido sua vinculação ao SOC.
Cadastramento de materiais
Após a codificação dos materiais, é necessário fazer o seu cadastro cujo objetivo é o
registro do item com todas as suas características em um sistema em banco de dados.
Uma vez que os dados de cada item de material são inseridos no sistema, o catálogo vai
se formando e, se o sistema for acessado por todos os usuários, o catálogo também vai
estar disponível para consultas pelos interessados.
Esse cadastro envolve, em termos gerais, três operações básicas: a inclusão de um item
de material no cadastro de materiais; eventuais alterações quando algum item de material
tem algumas de suas características modificadas; e a exclusão, quando um item de
material não faz mais parte dos materiais utilizados na empresa.
Código de barras
A codificação de materiais tomou um grande impulso com a introdução de novas
tecnologias que permitiram o reconhecimento ótico de caracteres, em substituição à
digitação de código dos itens. Para termos uma ideia do volume de transações envolvidas,
um supermercado realiza em média 250.000 digitações por dia, isto é, cada código ou
operação realizada envolve a digitação de vários números, o que demandava um grande
volume de pessoas para realizar esse trabalho, com grande possibilidade de cometerem
erros de digitação.