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ADM DE MATERIAIS

MARÇO/2020
Antes de começarmos o curso, é bom definirmos algumas terminologias:

a) Artigo ou Item - designa qualquer material, matéria-prima ou produto acabado que faça
parte do estoque;

b) Unidade - identifica a medida, tipo de acondicionamento, características de apresentação


física (caixa, bloco, rolo, folha, litro, galão, resma, vidro, peça, quilograma, metro, etc.).

c) Pontos de Estocagem - locais aonde os itens em estoque são armazenados e sujeitos ao


controle da administração;

d) Estoque - conjunto de mercadorias, materiais ou artigos existentes fisicamente no


almoxarifado à espera de utilização futura e que permite suprir regularmente os usuários, sem
causar interrupções às unidades funcionais da organização;

e) Estoque Ativo ou Normal - é o estoque que sofre flutuações quanto à quantidade, volume,
peso e custo em consequência de entradas e saídas;

f) Estoque Morto ou Inativo - não sofre flutuações, é estático;

g) Estoque Empenhado ou Reservado - quantidade de determinado item, com utilização certa,


comprometida previamente e que por alguma razão permanece temporariamente em
almoxarifado. Está disponível somente para uma aplicação ou unidade funcional específica;

h) Estoque de Recuperação - quantidades de itens constituídas por sobras de retiradas de


estoque, salvados (retirados de uso através de desmontagens) etc., sem condições de uso, mas
passíveis de aproveitamento após recuperação, podendo vir a integrar o Estoque Normal ou
Estoque de Materiais Recuperados, após a obtenção de suas condições normais;

i) Estoque de Excedentes, Obsoletos ou Inservíveis - constitui as quantidades de itens em


estoque, novos ou recuperados, obsoletos ou inúteis que devem ser eliminados. Constitui um
Estoque Morto;

j) Estoque Disponível - é a quantidade de um determinado item existente em estoque, livre


para uso;

k) Estoque Teórico - é o resultado da soma do disponível com a quantidade pedida,


aguardando o fornecimento;

l) Estoque Mínimo - é a menor quantidade de um artigo ou item que deverá existir em estoque
para prevenir qualquer eventualidade ou emergência (falta) provocada por consumo anormal
ou atraso de entrega;

m) Estoque Médio, Operacional - é considerado como sendo a metade da quantidade


necessária para um determinado período mais o Estoque de Segurança;
n) Estoque Máximo - é a quantidade necessária de um item para suprir a organização em um
período estabelecido mais o Estoque de Segurança;

o) Ponto de Pedido, Limite de Chamada ou Ponto de Ressuprimento - é a quantidade de item


de estoque que ao ser atingida requer a análise para ressuprimento do item;

p) Ponto de Chamada de Emergência - quantidade que quando atingida requer medidas


especiais para que não ocorra ruptura no estoque;

q) Ruptura de Estoque - ocorre quando o estoque de determinado item zera ( E = 0 ). A


continuação das solicitações e o não atendimento a caracteriza;

r) Frequência - é o número de vezes que um item é solicitado ou comprado em um


determinado período;

s) Quantidade a Pedir - é a quantidade de um item que deverá ser fornecida ou comprada;

t) Tempo de Tramitação Interna - é o tempo que um documento leva, desde o momento em


que é emitido até o momento em que a compra é formalizada;

u) Prazo de Entrega - tempo decorrido da data de formalização do contrato bilateral de


compra até a data de recebimento da mercadoria;

v) Tempo de Reposição, Ressuprimento - tempo decorrido desde a emissão do documento de


compra (requisição) até o recebimento da mercadoria;

w) Requisição ou Pedido de Compra - documento interno que desencadeia o processo de


compra;

x) Coleta ou Cotação de Preços - documento emitido pela unidade de Compras, solicitando ao


fornecedor Proposta de Fornecimento;

y) Proposta de Fornecimento - documento no qual o fornecedor explicita as condições nas


quais se propõe a atender (preço, prazo de entrega, condições de pagamento etc.);

z) Mapa Comparativo de Preços - documento que serve para confrontar condições de


fornecimento e decidir sobre a mais viável;

aa) Contato, Ordem ou Autorização de Fornecimento - documento formal, firmado entre


comprador e fornecedor, que juridicamente deve garantir a ambos (fornecimento x
pagamento);

bb) Custo Fixo - é o custo que independe das quantidades estocadas ou compradas (mão-
deobra, despesas administrativas, de manutenção etc. );

cc) Custo Variável - existe em função das variações de quantidade e de despesas operacionais;
dd) Custo de Manutenção de Estoque, Posse ou Armazenagem - são os custos decorrentes da
existência do item ou artigo no estoque. Varia em função do número de vezes ou da
quantidade comprada;

ee) Custo de Obtenção de Estoque, do Pedido ou Aquisição - é constituído pela somatória de


todas as despesas efetivamente realizadas no processamento de uma compra. Varia em
função do número de pedidos emitidos ou das quantidades compradas.

ff) Custo Total - resultado da soma do Custo Fixo com o Custo de Posse e o Custo de
Aquisição;

gg) Custo Ideal - é aquele obtido no ponto de encontro ou interseção das curvas dos Custos de
Posse e de Aquisição. Representa o menor valor do Custo Total.
ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS

“A Administração de Materiais visa à garantia de existência contínua de um estoque,


organizado de modo que nunca falte nenhum dos itens que o compõem, sem tornar
excessivo o investimento total”.

ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS:

A Administração de Materiais é definida como sendo um conjunto de atividades desenvolvidas


dentro de uma empresa, de forma centralizada ou não, destinadas a suprir as diversas
unidades, com os materiais necessários ao desempenho normal das respectivas atribuições.
Tais atividades abrangem desde o circuito de reaprovisionamento (módulo de apoio ao
departamento de logística), inclusive compras, o recebimento, a armazenagem dos materiais,
o fornecimento dos mesmos aos órgãos requisitantes, até as operações gerais de controle de
estoques etc. A Administração de Materiais moderna é conceituada e estudada como um
Sistema Integrado em que diversos subsistemas próprios interagem para constituir um todo
organizado. Destina- se a dotar a administração dos meios necessários ao suprimento de
materiais imprescindíveis ao funcionamento da organização, no tempo oportuno, na
quantidade necessária, na qualidade requerida e pelo menor custo.

A oportunidade, no momento certo para o suprimento de materiais, influi no tamanho dos


estoques. Assim, suprir antes do momento oportuno acarretará, em regra, estoques altos,
acima das necessidades imediatas da organização. Por outro lado, a providência do
suprimento após esse momento poderá levar a falta do material necessário ao atendimento de
determinada necessidade da administração.

Do mesmo modo, o tamanho do Lote de Compra acarreta as mesmas consequências:


quantidades além do necessário representam inversões em estoques ociosos, assim como,
quantidades aquém do necessário podem levar à insuficiência de estoque, o que é prejudicial à
eficiência operacional da organização.

Estes dois eventos, tempo oportuno e quantidade necessária, acarretam se mal planejados,
além de custos financeiros indesejáveis, lucros cessantes, fatores esses decorrentes de
quaisquer das situações assinaladas. Da mesma forma, a obtenção de material sem os
atributos da qualidade requerida para o uso a que se destina acarreta custos financeiros
maiores, retenções ociosas de capital e oportunidades de lucro não realizadas. Isto porque
materiais, nestas condições podem implicar em paradas de máquinas, defeitos na fabricação
ou no serviço, inutilização de material, compras adicionais, etc.
Os subsistemas da Administração de Materiais, integrados de forma sistêmica, fornecem,
portanto, os meios necessários à consecução das quatro condições básicas alinhadas acima,
para uma boa Administração de material. Decompondo esta atividade através da separação e
identificação dos seus elementos componentes, encontramos as seguintes subfunções:

- TÍPICAS (da Administração de Materiais)

- ESPECÍFICAS (de organizações mais complexas)

- Subfunções TÍPICAS:

CONTROLE DE ESTOQUE

- subsistema responsável pela gestão econômica dos estoques, através do planejamento e da


programação de material, compreendendo a análise, a previsão, o controle e o ressuprimento
de material.

O estoque é necessário para que o processo de produção-venda da empresa opere com um


número mínimo de preocupações e desníveis.

Os estoques podem ser de:

Matéria-prima, produtos em fabricação e produtos acabados. O setor de controle de estoque


acompanha e controla o nível de estoque e o investimento financeiro envolvido.

CLASSIFICAÇÃO DE MATERIAL - subsistema responsável pela identificação (especificação),


classificação, codificação, cadastramento e catalogação de material.

AQUISIÇÃO / COMPRA DE MATERIAL - subsistema responsável pela gestão, negociação e


contratação de compras de material através do processo de licitação. O setor de Compras
preocupa-se sobremaneira com o estoque de matéria-prima.

É da responsabilidade de Compras assegurar que as matérias-primas exigida pela produção


estejam à disposição nas quantidades certas, nos períodos desejados. Compras não é somente
responsável pela quantidade e pelo prazo, mas precisa também realizar a compra em preço
mais favorável possível, já que o custo da matéria-prima é um componente fundamental no
custo do produto.

ARMAZENAGEM / ALMOXARIFADO - subsistema responsável pela gestão física dos estoques,


compreendendo as atividades de guarda, preservação, embalagem, recepção e expedição de
material, segundo determinadas normas e métodos de armazenamento. O Almoxarifado é o
responsável pela guarda física dos materiais em estoque, com exceção dos produtos em
processo. É o local onde ficam armazenados os produtos, para atender a produção e os
materiais entregues pelos fornecedores.

MOVIMENTAÇÃO DE MATERIAL - subsistema encarregado do controle e normalização das


transações de recebimento, fornecimento, devoluções, transferências de materiais e
quaisquer outros tipos de movimentações de entrada e de saída de material.

INSPEÇÃO DE RECEBIMENTO - subsistema responsável pela verificação física e documental do


recebimento de material, podendo ainda encarregar-se da verificação dos atributos
qualitativos pelas normas de controle de qualidade.

CADASTRO - subsistema encarregado do cadastramento de fornecedores, pesquisa de


mercado e compras.

SUBFUNÇÕES ESPECÍFICAS
INSPEÇÃO DE SUPRIMENTOS - subsistema de apoio responsável pela verificação da aplicação
das normas e dos procedimentos estabelecidos para o funcionamento da Administração de
Materiais em toda a organização, analisando os desvios da política de suprimento traçada pela
administração e proporcionando soluções.

PADRONIZAÇÃO E NORMALIZAÇÃO - subsistema de apoio ao qual cabe a obtenção de menor


número de variedades existentes de determinado tipo de material, por meio de unificação e
especificação dos mesmos, propondo medidas de redução de estoques.

TRANSPORTE DE MATERIAL - subsistema de apoio que se responsabiliza pela política e pela


execução do transporte, movimentação e distribuição de material. A colocação do produto
acabado nos clientes e as entregas das matérias-primas na fábrica são de responsabilidade do
setor de Transportes e Distribuição. É nesse setor que se executa a Administração da frota de
veículos da empresa, e/ou onde também são contratadas as transportadoras que prestam
serviços de entrega e coleta.
RESPONSABILIDADES E ATRIBUIÇÕES DA ADMINISTRAÇÃO DE
MATERIAIS

PODEMOS DIVIDI-LAS EM:

a) Suprir, através de Compras, a empresa, de todos os materiais necessários ao seu


funcionamento;

b) Avaliar outras empresas como possíveis fornecedores;

c) Supervisionar os almoxarifados da empresa;

d) Controlar os estoques;

e) Aplicar um sistema de reaprovisionamento adequado, fixando Estoques Mínimos, Lotes


Econômicos e outros índices necessários ao gerenciamento dos estoques, segundo critérios
aprovados pela direção da empresa;

f) Manter contato com as Gerências de Produção, Controle de Qualidade, Engenharia de


Produto, Financeira etc.

g) Estabelecer sistema de estocagem adequado;

h) Coordenar os inventários rotativos.

PRINCIPAIS OBJETIVOS DA ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS

A Administração de Materiais tem por finalidade principal assegurar o contínuo abastecimento


de artigos necessários para comercialização direta ou capaz de atender aos serviços
executados pela empresa. O fato é que todas as empresas objetivam diminuir os custos
operacionais para que elas e seus produtos possam ser competitivos no mercado. Isso significa
lucro. Mais especificamente, os materiais precisam ser de qualidade produtiva para assegurar
a aceitação do produto final. Precisam estar na empresa pronta para o consumo na data
desejada e com um preço de aquisição acessível, a fim de que o produto possa ser competitivo
e assim, dar à empresa um retorno satisfatório do capital investido.
SENDO ASSIM, OS PRINCIPAIS OBJETIVOS DESSA ÁREA SÃO:

a) Preço Baixo - este é o objetivo mais óbvio e, certamente um dos mais importantes. Reduzir
o preço de compra implica em aumentar os lucros, se mantida a mesma qualidade;

b) Alto Giro de Estoques - implica em melhor utilização do capital, aumentando o retorno


sobre os investimentos e reduzindo o valor do capital de giro;

c) Baixo Custo de Aquisição e Posse - dependem fundamentalmente da eficácia das áreas de


Controle de Estoques, Armazenamento e Compras;

d) Continuidade de Fornecimento - é resultado de uma análise criteriosa quando da escolha


dos fornecedores. Os custos de produção, expedição e transportes são afetados diretamente
por este item;

e) Consistência de Qualidade - a área de materiais é responsável apenas pela qualidade de


materiais e serviços provenientes de fornecedores externos. Em algumas empresas a
qualidade dos produtos e/ou serviços constituem-se no único objetivo da Gerência de
Materiais;

f) Despesas com Pessoal - obtenção de melhores resultados com a mesma despesa ou, mesmo
resultado com menor despesa - em ambos os casos o objetivo é obter maior lucro final. “As
vezes compensa investir mais em pessoal porque pode-se alcançar com isto outros objetivos,
propiciando maior benefício com relação aos custos “;

g) Relações Favoráveis com Fornecedores - a posição de uma empresa no mundo dos negócios
é, em alto grau determinada pela maneira como negocia com seus fornecedores;

h) Aperfeiçoamento de Pessoal - toda unidade deve estar interessada em aumentar a aptidão


de seu pessoal;

i) Bons Registros - são considerados como o objetivo primário, pois contribuem para o papel
da Administração de Material, na sobrevivência e nos lucros da empresa, de forma indireta.
GESTÃO DE ESTOQUES NAS EMPRESAS

Nos dias atuais, uma das áreas que mais se desenvolvem dentro das organizações sem
dúvidas é a Gestão de Estoques, pois inferiu a ideia de que os itens em estoque ficam parados
por períodos de tempo muito grandes e sem necessidade alguma, e isso, retém um alto
investimento de capital da empresa. Estoque parado é dinheiro “morto”.

Com este cenário, as empresas passaram a ter uma atenção maior em seus inventários, sendo
assim, resguardando um tempo a mais de estudos referidos a este assunto. Estoques são
importantes para que não ocorram interrupções ocasionais e não esperadas. Saber administrar
os recursos materiais e patrimoniais da empresa é imprescindível para que qualquer empresa
alcance seu maior objetivo: o lucro.
A gestão de estoque é, basicamente, o ato de gerir recursos ociosos possuidores de valor
econômico e destinado ao suprimento das necessidades futuras de material, numa
organização. Os investimentos não são dirigidos por uma organização somente para aplicações
diretas que produzam lucros, tais como os investimentos em máquinas e em equipamentos
destinados ao aumento da produção e, consequentemente, das vendas. Outros tipos de
investimentos, aparentemente, não produzem lucros. Entre estes estão as inversões de capital
destinadas a cobrir fatores de risco em circunstâncias imprevisíveis e de solução imediata. É o
caso dos investimentos em estoque, que evitam que se perca dinheiro em situação potencial
de risco presente. Por exemplo, na falta de materiais ou de produtos que levam a não
realização de vendas, a paralisação de fabricação, a descontinuidade das operações ou
serviços etc., além dos custos adicionais e excessivos que, a partir destes fatores, igualam, em
importância estratégica e econômica, os investimentos em estoque aos investimentos ditos
diretos.

Porém, toda a aplicação de capital em inventário priva de investimentos mais rentáveis uma
organização industrial ou comercial. Numa organização pública, a privação é em relação a
investimentos sociais ou em serviços de utilidade pública. A gestão dos estoques visa,
portanto, numa primeira abordagem, manter os recursos ociosos expressos pelo inventário,
em constante equilíbrio em relação ao nível econômico ótimo dos investimentos. E isto é
obtido mantendo estoques mínimos, sem correr o risco de não tê-los em quantidades
suficientes e necessárias para manter o fluxo da produção da encomenda em equilíbrio com o
fluxo de consumo.
F UNÇÕES DO ESTOQUE

AS PRINCIPAIS FUNÇÕES DO ESTOQUE SÃO:

a) Garantir o abastecimento de materiais à empresa, neutralizando os efeitos de: - demora ou


atraso no fornecimento de materiais; - sazonalidade no suprimento; - riscos de dificuldade no
fornecimento.

b) Proporcionar economias de escala: - através da compra ou produção em lotes econômicos; -


pela flexibilidade do processo produtivo; - pela rapidez e eficiência no atendimento às
necessidades.

Os estoques constituem um vínculo entre as etapas do processo de compra e venda (no


processo de comercialização em empresas comerciais) e entre as etapas de compra,
transformação e venda (no processo de produção em empresas indústrias).

Em qualquer ponto do processo formado por essas etapas, os estoques desempenham um


papel importante na flexibilidade operacional da empresa. Funcionam como amortecedores
das entradas e saídas entre as duas etapas dos processos de comercialização e de produção,
pois minimizam os efeitos de erros de planejamento e as oscilações inesperadas de oferta e
procura ao mesmo tempo em que isolam ou diminuem as interdependências das diversas
partes da organização empresarial.

CLASSIFICAÇÃO DOS ESTOQUES

Estoques de Matérias-Primas (MPs) - Os estoques de MPs constituem os insumos e materiais


básicos que ingressam no processo produtivo da empresa. São os itens iniciais para a produção
dos produtos/serviços da empresa.

Estoques de Materiais em Processamento ou em Vias - Os estoques de materiais em


processamento (também denominados materiais em vias) são constituídos de materiais que
estão sendo processados ao longo das diversas seções que compõem o processo produtivo da
empresa. Não estão nem no almoxarifado (por não serem mais MPs iniciais), nem no depósito
(por ainda não serem PAs – Produtos Acabados). Estão em fase de processamento.

Estoques de Materiais Semi-acabados


Os estoques de materiaissemi-acabados

- referem-se aos materiais parcialmente acabados, cujo processamento está em algum estágio
intermediário de acabamento e que se encontram também ao longo das diversas seções que
compõem o processo produtivo. Diferem dos materiais em processamento pelo seu estágio
mais avançado, pois se encontram quase acabados, faltando apenas mais algumas etapas do
processo produtivo para se transformarem em materiais acabados (PAs).

Estoques de Materiais Acabados ou Componentes

- Os estoques de materiais acabados (também denominados componentes) referem-se a


peças isoladas ou componentes já acabados e prontos para serem anexados ao produto. São,
na realidade, partes prontas ou montadas que, quando juntadas, constituirão o PA. Estoques
de Produtos Acabados (PAs) - Os Estoques de PAs se referem aos produtos já prontos e
acabados, cujo processamento foi completado inteiramente. Constituem o estágio final do
processo produtivo e já passaram por todas as fases, como MP, materiais em processamento,
materiais semi-acabados e materiais ou componentes acabados.

C ONTROLE DOS ESTOQUES

O objetivo básico do controle de estoques é evitar a falta de material sem que esta diligência
resulte em estoques excessivos às reais necessidades da empresa. O controle procura manter
os níveis estabelecidos em equilíbrio com as necessidades de consumo ou das vendas e os
custos daí decorrentes.

Para mantermos este nível de água, no tanque, é preciso que a abertura ou o diâmetro do ralo
permita vazão proporcional ao volume de água que sai pela torneira. Se fecharmos com o ralo
destampado, interrompendo, assim, o fornecimento de água, o nível, em unidades
volumétricas, chegará, após algum tempo, a zero. Por outro lado, se a mantivermos aberta e
fecharmos o ralo, impedindo a vazão, o nível subirá até o ponto de transbordar. Ou, se o
diâmetro do raio permite a saída da água, em volume maior que a entrada no tanque,
precisaremos abrir mais a torneira, permitindo o fluxo maior para compensar o excesso de
escapamento e evitar o esvaziamento do tanque.

De forma semelhante, os níveis dos estoques estão sujeitos à velocidade da demanda. Se a


constância da procura sobre o material for maior que o tempo de ressuprimento, ou estas
providências não forem tomadas em tempo oportuno, a fim de evitar a interrupção do fluxo
de reabastecimento, teremos a situação de ruptura ou de esvaziamento do seu estoque, com
prejuízos visíveis para a produção, manutenção, vendas etc. Se, em outro caso, não
dimensionarmos bem as necessidades do estoque, poderemos chegar ao ponto de excesso de
material ou ao transbordamento dos seus níveis em relação à demanda real, com prejuízos
para a circulação de capital. O equilíbrio entre a demanda e a obtenção de material, onde
atua, sobretudo, o controle de estoque, é um dos objetivos da gestão.

C URVA ABC

A curva ABC é um importante instrumento para o administrador; ela permite identificar


aqueles itens que justificam atenção e tratamento adequados quanto à sua administração.
Obtém-se a curva ABC através da ordenação dos itens conforme a sua importância relativa.
Verifica-se, portanto, que, uma vez obtida a sequência dos itens e sua classificação ABC, disso
resulta imediatamente a aplicação preferencial das técnicas de gestão administrativas,
conforme a importância dos itens. A curva ABC tem sido usada para a administração de
estoques, para definição de políticas de vendas, estabelecimento de prioridades para a
programação da produção e uma série de outros problemas usuais na empresa. Após os itens
terem sido ordenados pela importância relativa, as classes da curva ABC podem ser definidas
das seguintes maneiras:

Classe A: Grupo de itens mais importante que devem ser trabalhados com uma atenção
especial pela administração.

Classe B: Grupo intermediário.

Classe C: Grupo de itens menos importantes em termos de movimentação, no entanto,


requerem atenção pelo fato de gerarem custo de manter estoque.

A classe "A" são os itens que nesse caso dão a sustentação de vendas, podemos perceber que
apenas 20% dos itens correspondem a 80% do faturamento.

A classe “B” responde por 30% dos itens em estoque e 15% do faturamento.

A classe "C" compreende a sozinha 50% dos itens em estoque, respondendo por apenas 5% do
faturamento. Vejamos um exemplo a seguir:

exemplo:

A empresa F5 CURSOS S/A,precisa definir critérios prioritários de suprimentos para itens de


consumo regulares. Por decisão de seus administradores, passou a coletar dados para
confecção de um sistema de classificação ABC, conforme podemos visualizar pela tabela
abaixo:
Pede-se para:

a) Determinar o grupo de produto das classes A, B e C e a porcentagem que cada uma delas
contribui para o valor total da empresa. Note que temos as informações necessárias para
resolver este problema, que são:
 Produto (ou Cód. do Produto);
 Consumo Anual;
 Preço Unitário;
 Valor total (muitas vezes o valor total virá em branco). Para calculá-lo basta multiplicar o
consumo e/ou demanda anual vezes o preço unitário.

1° Passo: Determinar a ordem dos produtos que contribuem mais no campo de “VL Total”
(ordem do produto com maior contribuição para o de menor contribuição).
Reparem que ordenamos a tabela dos produtos com maior contribuição para o de menor
contribuição. O produto n° 7, por exemplo, é o que mais contribui para a empresa.
Independente da quantidade consumida, o valor total é quem ditará o grupo no qual cada
item irá ficar inserido. Para melhor visualização e entendimento, esta é a ordem dos
produtos que mais contribuem para a empresa neste exercício:

2° Passo: Determinar a porcentagem relativa de cada item correspondente no todo. Para


fazer isso, dividimos cada item do campo “VL Total” pela soma total do mesmo campo.
Este é o resultado da porcentagem relativa de cada item correspondendo no todo.

Para chegar nestes resultados, você deve prosseguir da seguinte maneira:

192.000,00 (1° item do valor total) / 410.000,00 (soma do campo valor total) * 100.
84.000,00 (2° item do valor total) / 410.000,00 (soma do campo valor total) * 100.
40.000,00 (3° item do valor total) / 410.000,00 (soma do campo valor total) * 100. (...)

Fazer o mesmo com os demais valores. Não é algo cansativo, e a curva ABC, se bem
trabalhada, não necessitará de muitas alterações e/ou ser refeita outras vezes. As
informações conquistadas com esta ferramenta podem levar decisões para vários meses
de conquistas no mercado atuante. Vamos para o próximo passo:
3° Passo: Determinar a porcentagem acumulada. Para fazer isso, copiamos o resultado do
1° item e os demais acumulamos.
O resultado do 1° item é copiado conforme explícito há pouco (46,8%). Os próximos
resultados serão o acúmulo dos itens anteriores.

Então o 2° item será a soma do 1° item (46,8%) + o 2° item (20,5%) = 67,3%. O 3° item
será a soma do 1° item (46,8%) + o 2° item (20,5%) já calculadas (67,3%) + o 3° item (9,8%)
= 77.1%. E assim por diante (...)

Por fim, chegaremos à mesma porcentagem final de 100% (lembrando que caso a soma da
porcentagem relativa ou da porcentagem acumulada não for de 100% significa que
alguma conta foi feita de modo incorreto).
A porcentagem acumulada servirá como ponto de referência para a classificação dos
grupos A, B e C, pois sabemos que:

Os itens classe A representam cerca de 80% do valor total do estoque;  Os itens classe B
representam cerca de 15% do valor total do estoque e;  Os itens classe C representam
cerca de 5% do valor total do estoque.

4° Passo: Determinar a classe dos itens da tabela.


Determinamos as classes dos itens baseando-se nas porcentagens acumuladas.

Sabemos que o grupo de produtos Classe A se referem aproximadamente à 80% da renda.


No exercício a porcentagem acumulada de 77,1% é a que chega mais próxima deste valor,
logo os produtos que fazem parte deste acúmulo (produto 7, produto 8 e produto 6) são
os que compõe os produtos de classe A da empresa.

O grupo B é constituído pelos itens 12, 14, 4, 10 e 15 dos produtos, e eles contribuem com
18,5% da renda total da empresa; (Nota: os grupos da classe B ocupam cerca de 15% da
renda total).

O grupo C é constituído pelo restante, ou seja, pelos itens 2, 5, 1, 3, 9, 11 e 13 dos


produtos, e eles contribuem o restante de nossa renda, que é o valor de 4,4%. (Nota: os
grupos da classe C ocupam cerca de 5% da renda total).
GRÁFICO DENTE DE SERRA

O Gráfico Dente de Serra é, basicamente, a interpretação gráfica da flutuação dos


estoques de uma empresa, independentemente de sua área de atuação. A ferramenta
torna a gestão do estoque visual e simplificada, tendo como principal objetivo propiciar a
manutenção dos níveis adequados de estoque, o que é essencial para as operações de
uma companhia. O desenho que se forma através do gráfico, como o próprio nome já
sugere, é de um “serrote”. Veja abaixo:

Como o gráfico é criado? O Gráfico Dente de Serra é construído levando em consideração


parâmetros que a empresa obtém com a coleta de dados feita em processos operacionais,
produtivos e administrativos. Entre eles estão estoque mínimo e máximo, índice de
rotatividade do estoque da companhia e tempo médio para a preparação do pedido,
dentre outras informações.

Conceitos:

ESTOQUE MÁXIMO – Tamanho máximo que seu estoque deve ter. É necessário buscar o
ideal para cada empresa, pois o custo de manutenção de um estoque muito grande e caro,
consequentemente irá precisar de um capital maior para mantê-lo.

ESTOQUE MÍNIMO – Como o próprio nome sugere, essa é quantidade mínima em estoque
para determinado produto. Também pode ser chamado de estoque de segurança.

TEMPO DE REPOSIÇÃO – Tempo entre a solicitação de compra e a entrega do produto.


PONTO DE PEDIDO (OU PONTO DE RESPOSIÇÃO)

– Esse é o momento em que a solicitação de compra deve ser feita, pois a reposição de
produtos geralmente é demorada e não ocorrem no mesmo dia. A ideia desse gráfico é
fazer uma média de tempo para que o risco de atraso ou excessos seja menor. Lembrando
que todas essas informações devem ser encontradas pela área de logística, financeira ou
área de contabilidade da empresa. Basicamente, calculamos:

DETERMINAÇÃO DO PONTO DE PEDIDO (PP):

PP = C x TR + E.min Onde:
PP = Ponto de pedido
C = Consumo médio mensal / dia
TR = Tempo de reposição
E.min = Estoque mínimo

LOTE ECONÔMICO DE COMPRA

Lote econômico de Compra (LEC) é a quantidade ideal de material a ser adquirida em cada
operação de reposição de estoque, onde o custo total de aquisição, bem como os
respectivos custos de estocagem, é mínimo para o período considerado. Este conceito
aplica-se tanto na relação de abastecimento pela manufatura para a área de estoque,
recebendo a denominação de lote econômico de produção, quanto à relação de reposição
de estoque por compras no mercado, passando a ser designado como lote econômico de
compras. A ideia aqui é procurar um tamanho de lote ideal e que minimize o custo total
anual. A fórmula, deduzida em várias fontes, é:

Q = √2 x D x P/M Onde: √ = Raiz D = Demanda ou Consumo médio (anual) P = Custo do


Pedido (período) M = Custo do Estoque

Exemplo: O consumo de determinada peça é de 20.000 unidades por ano. O custo de


armazenagem por peça é de R$ 1,90 por ano e o custo de pedido é de R$ 500,00 por
período. Sendo assim, teremos:

Q = √2 x 20.000 x 500 / 1,90 = √10,5260315 = 3.245 peças por período. D P M


A DMINISTRAÇÃO DOS SERVIÇOS DE COMPRA

A DMINISTRAÇÃO DOS SERVIÇOS DE COMPRA “A arte de comprar está se tornando cada


vez mais uma profissão e cada vez menos um jogo de sorte. Em muitos casos não é o custo
que determina o preço de venda, mas o inverso”.

CONCEITO DE COMPRA - É a função responsável pela obtenção do material no mercado


fornecedor, interno ou externo, através da mais correta tradução das necessidades em
termos de fornecedor/requisitante. É ainda, a unidade organizacional que, agindo em
nome das atividades requisitantes, compra o certo: material certo (1), ao preço certo (2),
na hora certa (3), na quantidade certa (4) e da fonte certa (5).

Material certo (1)

- É importante que o comprador esteja em situação de certificar-se se o material


comprado de um fornecedor está de acordo com o solicitado. O comprador deve,
portanto, desenvolver um “sentido técnico a fim de descobrir eventuais discrepâncias
entre a cotações de um fornecedor e as especificações da Requisição de Compras. O
comprador deve ter condições de reconhecer, em uma eventual alternativa de cotação,
uma economia do custo potencial ou a ideia de melhoria do produto. Evidentemente, em
tais circunstancias, a decisão final não será do comprador mas ele deve ter habilidade para
encaminhar aos setores requisitantes ou técnicos da empresa essas sugestões. Toda vez
que uma requisição não for suficientemente clara, o comprador deverá solicitar
esclarecimentos ou, se for o caso, devolvê-la a fim de que seja preenchida corretamente e
de maneira que transmita exatamente o que se deseja adquirir.

Em resumo: cada vez mais, hoje em dia, o comprador deve ser um técnico de compras.

Preço Certo (2)

-Nas grandes empresas existe o chamado ‘Setor de Pesquisa e Análise de Compras’. Sua
função é, entre outras, a de calcular o "preço objetivo" do item (com base em
especificações). O cálculo desse "preço objetivo" é feito baseando-se no tempo de
execução do item, na mão de obra direta, no custo da matéria-prima com mão de obra
média no mercado; a este valor deve-se acrescentar um valor, pré- calculado, de mão de
obra indireta. Ao valor encontrado deve-se somar o lucro. Todos estes valores podem ser
obtidos através de valores médios do mercado, e do balanço e demonstrações de lucros e
perdas dos diversos fornecedores. Em resumo: O "preço objetivo" é que vai servir de
orientação ao comprador quando de uma concorrência. No julgamento da concorrência
duas são as possíveis situações:
a) Preço muito mais alto do que o "preço objetivo": nessas circunstâncias, eventualmente,
o comprador poderá chamar o fornecedor e solicitar esclarecimentos ou uma justifica tive
do preço. O fornecedor ou está querendo ter um lucro excessivo, ou possui sistemas
onerosos de fabricação ou um mau sistema de apropriação de custos;

b)Preço muito mais baixo que o "preço objetivo": o menor preço não significa hoje em dia,
o melhor negócio. Se o preço do fornecedor for muito mais baixo, dois podem ser os
motivos:

1) O fornecedor desenvolveu uma técnica de fabricação tal que conseguiu diminuir seus
custos;

2) O fornecedor não soube calcular os seus custos e nessas circunstâncias dois problemas
podem ocorrer: ou ele não descobre os seus erros e fatalmente entrará em dificuldades
financeiras com possibilidades de interromper seu fornecimento, ou descobre o erro e
então solicita um reajuste de preço que, na maioria das vezes, poderá ser maior que o
segundo preço na concorrência original. Portanto, se o preço for muito mais baixo que o
preço objetivo, o fornecedor deve ser chamado, a fim de prestar esclarecimentos.

Hora Certa (3)

- O desenvolvimento industrial atual e o aumente cada vez maior do numero de empresas


de produção em série, torna o tempo de entrega, ou os prazos de entrega, um dos fatores
mais importantes no julgamento de uma concorrência. As diversas flutuações de preços
do mercado e o perigo de estoques excessivos fazem cem que e comprador necessite
coordenar esses dois fatores da melhor maneira possível, a fim de adquirir na hora certa o
material para a empresa.

Quantidade Certa (4)

– A quantidade a ser adquirida é cada vez mais importante por ocasião da compra. Até
pouco tempo atrás, aumentava-se a quantidade a ser adquirida objetivando melhorar e
preço, entretanto outros fatores como custo de armazenagem, capital investido em
estoques e etc., fizeram com que maiores cuidados fossem tornados na determinação da
quantidade certa ou na quantidade mais econômica a ser adquirida. Para isso, foram
deduzidas fórmulas matemáticas objetivando facilitar a determinação da quantidade a ser
adquirida.
Fonte Certa (5)

- De nada adiantará ao comprador saber exatamente o material a adquirir, o preço certo,


o prazo certo e a quantidade certa, se não puder encontrar uma fonte de fornecimento
que possa agrupar todas as necessidades. A avaliação dos fornecedores e o
desenvolvimento de novas fontes de fornecimento são fatores fundamentais para o
funcionamento de compras. Devido a essas necessidades o comprador, exceto o setor de
vendas da empresa, é o elemento que mantém e deve manter o maior número de
contatos externos na busca cada vez mais intensa de ampliar o mercado de fornecimento.

F UNÇÃO DAS COMPRAS

A Função Compras é uma das engrenagens do grande conjunto denominado ‘Sistema


Empresa (ou Sistema Organização) e deve ser devidamente considerado no contexto, para
que deficiências não venham a ocorrer, provocando demoras onerosas, produção
ineficiente, produtos inferiores, o não cumprimento de promessas de entregas e clientes
insatisfeitos.

A competitividade no mercado não é mais somente quanto às vendas, mas sim em grande
parte, pela obtenção de lucros satisfatórios devido a realização de boas compras. Para que
isto ocorra é necessário que se adquira materiais ao mais baixo custo, desde que
satisfaçam as exigências de qualidade.

O custo de aquisição e o custo de manutenção dos estoques de material devem, também,


ser mantidos em um nível econômico. Essas considerações elementares são a base de
toda a função e ciência de Compras.

A função Compras compreende:

- Cadastramento de Fornecedores;
- Coleta de Preços;
- Definição quanto ao Transporte do Material;
- Julgamento de Propostas;
- Verificar periodicamente o preço, prazo e qualidade do material;
- Recebimento e Colocação da Compra.
SEQUÊNCIA LÓGICA DE COMPRAS

Para se comprar bem é preciso conhecer as respostas de cinco perguntas, as quais irão
compor a lógica de toda e qualquer compra:

- O que comprar? R. - Especificação / Descrição do Material Esta pergunta deve ser


respondida pelo requisitante, que pode ou não ser apoiado por áreas técnicas ou mesmo
compras para especificar o material.

- Quanto e Quando comprar? É função direta da expectativa de consumo, disponibilidade


financeira, capacidade de armazenamento e prazo de entrega. A maior parte das variáveis
acima deve ser determinada pelo órgão de material ou suprimento no setor denominado
gestão de estoques. A disponibilidade financeira deve ser determinada pelo orçamento
financeiro da Empresa. A capacidade de armazenamento é limitada pela própria condição
física da Empresa.

- Onde comprar? Cadastro de Fornecedores. É de responsabilidade do órgão de compras


criar e manter um cadastro confiável (qualitativamente) e numericamente adequado
(quantitativa). Como suporte alimentador do cadastro de fornecedores deve figurar o
usuário de material ou equipamentos e logicamente os próprios compradores.

- Como comprar? Normas ou Manual de Compras da Empresa. Estas Normas deverão


retratar praticamente a política de compras na qual se fundamenta a Empresa. Originadas
e definidas pela cúpula Administrativa deverão mostrar entre outras, competência para
comprar, contratação de serviços, tipos de compras, fórmulas para reajustes de preços,
formulários e rotinas de compras, etc.

SELEÇÃO DE FORNECEDORES

A escolha de um fornecedor é uma das atividades fundamentais e prerrogativa exclusiva


de compras. Deve o comprador procurar, de todas as maneiras, aumentar o número de
fornecedores em potencial a serem consultados, de maneira que se tenha certeza de que
o melhor negócio foi executado em benefício da empresa. A atividade deve ser exercida
de forma permanente e contínua, através de várias etapas, entre as quais selecionamos as
seguintes:
ETAPA 1

- Levantamento e Pesquisa de Mercado - Estabelecida a necessidade da aquisição para


determinado material, e necessário levantar e pesquisar fornecedores em potencial. O
levantamento poderá ser realizado através dos seguintes instrumentos: - Cadastro de
Fornecedores do órgão de Compras; - Edital de Convocação; - Guias Comerciais e
Industriais; - Catálogos de Fornecedores; - Revistas especializadas; - Catálogos Telefônicos;
- Associações Profissionais e Sindicatos Industriais.

ETAPA 2

- Análise e Classificação - Compreende a análise dos dados cadastrais do fornecedor e a


respectiva classificação quanto aos tipos de materiais a fornecer, bem como, a eliminação
daqueles fornecedores que não satisfizerem as exigências da empresa.

ETAPA 3

- Avaliação de Desempenho - Esta etapa é efetuada pós-cadastramento e nela faz-se o


acompanhamento do fornecedor quanto ao cumprimento do contratado, servindo não
raras vezes como elemento de eliminação das empresas fornecedoras.

CUIDADOS AO COMPRAR

COTAÇÃO DE PREÇOS

O departamento de compras com base nas solicitações de mercadorias efetua a cotação


dos produtos requisitados. A pós efetuadas as cotações o órgão competente analisa qual a
proposta mais vantajosa levando em consideração os itens:

a) prazo de pagamento;
b) valor das parcelas;
c) taxas
d) períodos

O PEDIDO DE COMPRA

Após término da fase de cotação de preços dos materiais e analise da melhor proposta
para fornecimento, o setor de compras emite o pedido de compras para a empresa
escolhida. Esse pedido deverá ter com clareza a descrição do material a ser comprado,
bem como as descrições técnicas, para que não ocorram as frequentes dúvidas que
comumente acontecem.
Preferencialmente o pedido deverá ser emitido em 3 vias, sendo a 1ª e 2ª vias enviadas
ao fornecedor, o qual colocará ciente na 2ª via e a devolverá, que passará a ter força de
contrato, funcionando como um "instrumento particular de compromisso de compra e
venda". Já a 3ª via funciona como follow-up (via de acompanhamento) do pedido.

O RECEBIMENTO DE MATERIAIS No recebimento dos materiais solicitados, alguns


principais aspectos deverão ser considerados como:

• Especificação técnica: conferencia das especificações pedidas com as recebidas.


• Qualidade dos materiais: conferencia física do material recebido.
• Quantidade: Executar contagem dos materiais (unitária ou através de amostras).
• Preço: conferência dos valores combinados.
• Prazo de entrega: conferencia se o prazo esta dentro do estabelecido no pedido.
• Condições de pagamento: conferencia com relação ao pedido.

O ARMAZENAMENTO

Na definição do local adequado para o armazenamento devemos considerar:

 Volume das mercadorias/espaço disponível;


 Resistência/tipo das mercadorias (itens de fino acabamento);
 Número de itens;
 Temperatura, umidade, incidência de sol, chuva, etc.;
 Manutenção das embalagens originais/tipos de embalagens;

 Velocidade necessária no atendimento;

 O sistema de estocagem escolhido deve seguir as técnicas de forma correta.

MÉTODOS DE ESTOCAGEM:

a) Carga unitária: Dá-se o nome de carga unitária à carga constituída de embalagens de


transporte que arranjam ou acondicionam certa quantidade de material para
possibilitar o seu manuseio, transporte e armazenamento como se fosse uma unidade.

A formação de carga unitária se através de pallets. Pallet é um estrado de madeira


padronizado, de diversas dimensões. Suas medidas convencionais básicas são
1.100mm x 1.100mm, como padrão internacional para se adequar aos diversos meios
de transportes e armazenagem;
b) Caixas ou Gavetas: É a técnica de estocagem ideal para materiais de pequenas dimensões,
como parafusos, arruelas, e alguns materiais de escritório; materiais em processamento, semi-
acabados ou acabados. Os tamanhos e materiais utilizados na sua construção serão os mais
variados em função das necessidades específicas de cada atividade.

c) Prateleiras: É uma técnica de estocagem destinada a materiais de tamanhos diversos e para


o apoio de gavetas ou caixas padronizadas. Também como as caixas poderão ser construídas
de diversos materiais conforme a conveniência da atividade. As prateleiras constitui o meio de
estocagem mais simples e econômico.

d) Raques: Os raques são construídos para acomodar peças longas e estreitas como tubos,
barras, tiras, etc.

e) Empilhamento: Trata-se de uma variante da estocagem de caixas para aproveitamento do


espaço vertical. As caixas ou pallets são empilhados uns sobre os outros, obedecendo a uma
distribuição equitativa de cargas.

f) Container Flexível: É uma das técnicas mais recentes de estocagem, é uma espécie de saco
feito com tecido resistente e borracha vulcanizada, com um revestimento interno conforme o
uso.

COMERCIALIZAÇÃO E CONSUMO

Objetivos da Comercialização e Consumo:

- Suprir mercado; - Atender satisfatoriamente o cliente;

- Garantia de reposição de itens; - Obtenção de lucro;

- Continuidade do negócio.
A comercialização no setor de materiais deverá estar preparada para vender as mercadorias
do estoque de maneira mais rentável e prestando o melhor atendimento. Para tanto é
imprescindível que a empresa conheça o mercado onde atua; os concorrentes; o produto que
vende; os meios para vendê-los e os clientes. Com relação ao mercado é necessário saber qual
a potencialidade, o que poderá ser absorvido pelos consumidores. Poderíamos, assim, fazer as
seguintes perguntas:

- Qual o volume aproximado de vendas que se pode estimar?

- Quais as características desse mercado? Tende a crescer?

- Existem novos projetos para a região que podem incrementar os negócios? Essas e muitas
outras questões devem ser colocadas e analisadas pela empresa, a fim de estabelecer a
quantidade volume, características do estoque e política de comercialização.

CONHECIMENTO DO PRODUTO

O conhecimento do produto pode ser decisivo na comercialização, sendo capaz de alterar o


comportamento de vendas. Devemos saber:

• Origem: quem é o fabricante? Qual a garantia? Quais as características técnicas?

• Nome do produto: denominação técnica e popular.

• Função: Onde é aplicado? Para que ou quem se destina? O que faz?

• Interrelação: A utilização de um item pode influir no outro?

• Preço: Qual o valor? Condições de venda? Prazo? Desconto?

POLÍTICA DE COMERCIALIZAÇÃO
A comercialização é uma atividade que deve respeitar normas e princípios para poder se
desenvolver com sucesso. Para isso, a empresa deve estabelecer uma Política de
Comercialização, isto é, as normas de vendas, definindo e detalhando, todo o processo de
vendas. A política deverá tratar de categorias de vendas, tipos de clientes, prazos, entregas,
garantias e política de preços. Toda política comercial deverá ser estabelecida objetivando
praticas saudáveis de comercialização para obter a realização de vendas com qualidade. Para
isso, é interessante que a empresa tenha uma noção clara do seu grau de atuação nos de
segmentos de vendas: Atacado ou Varejo.
a) Atacado: se caracteriza por ser um importante segmento produtivo, no qual se procura
atingir um maior volume de vendas, faturamento e lucro, com margens unitárias menores e
condições diferenciadas. Público alvo: Distribuidores, grandes empresas, que tenham grande
capacidade de escoamento de produtos.

b) Varejo: são as vendas realizadas, diretamente ao consumidor final, em quantidades


normalmente menores, com margem de lucro unitário maior e quase sempre a vista ou
financiado. Público alvo: consumidor final.

ARRANJO FÍSICO (LAYOUT)

Planejar o arranjo físico de certa instalação significa tomar decisões sobre a forma como serão
dispostos, nessa instalação, os centros de trabalho que aí devem permanecer. Pode-se
conceituar como centro de trabalho a qualquer coisa que ocupe espaço: um departamento,
uma sala, uma pessoa ou grupo de pessoas, máquinas, equipamentos, bancadas e estações de
trabalho, etc. Em todo o planejamento de arranjo físico, irá existir sempre uma preocupação
básica: tornar mais fácil e suave o movimento do trabalho através do sistema, quer esse
movimento se refira ao fluxo de pessoas ou de materiais. Podemos citar em princípio três
motivos que tornam importantes as decisões sobre arranjo físico:

a) elas afetam a capacidade da instalação e a produtividade das operações: uma mudança


adequada no arranjo físico pode muitas vezes aumentar a produção que se processa dentro da
instalação no fluxo de pessoas e/ou materiais;

b) mudanças no arranjo físico podem implicar no dispêndio de consideráveis somas de


dinheiro, dependendo da área afetada e das alterações físicas necessárias nas instalações,
entre outros fatores;

c) as mudanças podem apresentar elevados custos e dificuldades técnicas para futuras


reversões; podem ainda causar interrupções indesejáveis no trabalho.

Por todos esses motivos, poderia à primeira vista parecer que um arranjo físico, uma vez
estabelecido, é quase imutável e se aplica prioritariamente a novas instalações. E isso não é
verdade. Entretanto, diversos fatores podem conduzir a alguma mudança em instalações já
existentes: a ineficiência de operações, taxas altas de acidentes, mudanças no produto ou no
serviço ao cliente, mudanças no volume de produção ou fluxo de clientes, etc.

O papel do layout nas indústrias, por exemplo, aumentou tanto em escopo, quanto em
importância estratégica. A correção ou implantação de um layout adequado proporciona
maior economia em diversos aspectos e beneficia a produção devido à disposição dos
instrumentos de trabalho, departamentos, pontos de armazenamento e do fator humanos
envolvido no processo. As empresas precisam realizar a análise da distribuição física quando
ocorrer algumas das seguintes situações:

• Necessidade de se montar um novo espaço produtivo;

• Necessidade de reorganização ou de expansão;

• Ocorrências de colisões entre pessoas ou entre pessoas e máquinas /móveis e;

• Acidente de trabalho. Além disso, num esforço de sistematização, costuma-se agrupar os


arranjos físicos possíveis em três grandes tipos:

- Arranjo físico por produto: corresponde ao sistema de produção contínua (como linha de
montagem);

- Arranjo físico por processo: corresponde ao sistema de produção de fluxo intermitente

( como a produção por lotes ou encomendas );

- Arranjo físico de posição fixa: corresponde ao sistema de produção em projetos.

RECURSOS HUMANOS

Na administração atual fica cada vez mais evidente a importância das relações humanas na
empresa. A prova disso é o aumento no investimento que as empresas vêm fazendo para
conquista de capital humano e intelectual.

No setor de materiais também não é diferente, pois as preocupações são as mesmas de uma
organização como um todo, só que com foco centrado na sua atividade como parte do todo
empresarial, tendo suas preocupações específicas, com relação às condições de trabalho,
segurança, salários, cargos, treinamento, hierarquia, etc. Dentro do setor de materiais as
funções mais usuais são:

- Gerente: responsável pela Administração do setor, pelo cumprimento das metas e objetivos
estabelecidos pela alta cúpula.

- Programador: função responsável pelo planejamento e coordenação de compra de modo a


obter um equilíbrio no estoque.

- Comprador: função responsável pelas compras, com critérios de preço, formas de


pagamento, qualidade, quantidade, prazo de entrega, etc.

- Controlador de Estoque: função responsável pelo controle de entrada e saída de mercadorias


do estoque.

- Estoquista: função responsável pelas atividades de recepção, locação e proteção das


mercadorias, de modo a mantê-las em perfeitas condições sempre.
- Atendente: função responsável pelo atendimento das requisições dos diversos setores da
empresa.

- Vendedor ou Balconista: função responsável pelas vendas ou solicitações dos clientes,


quando for o caso. Dentre essas funções, poderemos encontrar uma grande variação de
empresa para empresa, mas algumas delas são básicas e fundamentais.
Classificação e codificação de materiais
Introdução
Com o aumento considerável dos materiais utilizados nas empresas e as exigências dos
consumidores de novos produtos, tornou-se necessária a criação de uma linguagem única
que permitisse identificar, de forma inequívoca, cada item de material. Essa linguagem
envolve uma classificação e uma codificação dos diversos materiais.

Nada adiantaria criarmos um sistema de classificação de materiais se não acoplássemos a


ele um sistema de codificação. Da necessidade de implantar um sistema de identificação,
nasceu a classificação de materiais que tem por objetivo agrupá-los segundo
determinados critérios como: forma, dimensões, peso, tipo, uso etc. Com base na
classificação, é possível elaborar uma catalogação de todos os materiais utilizados nas
empresas, criando por consequência uma especificação e uma padronização que vão
simplificar os controles, facilitar os procedimentos de armazenagem e de operação de um
armazém.

Classificação de materiais
A classificação de materiais tem por objetivo estabelecer um processo de identificação,
codificação, cadastramento e catalogação dos materiais de uma empresa. A primeira fase
da classificação é a identificação que consiste na análise e no registro dos principais
dados que caracterizam e individualizam cada item de material em particular. Sua
finalidade é identificar, a partir de uma especificação bem estruturada, cada item da
empresa. A identificação é construída a partir de um processo descritivo que objetiva,
seguindo regras específicas, atribuir uma nomenclatura padronizada para todos os
materiais.

Na composição da nomenclatura são determinados: nome básico do material, nome


modificador (que é sua denominação complementar), as características físicas de cada
material, a aplicação (onde o material é utilizado), a embalagem (apresentação do
invólucro, por exemplo: tinta em galões ou em baldes etc.) e as referências comerciais que
contêm o nome ou o código de referência de cada fabricante.

Após a identificação de cada material, passamos à fase da codificação que consiste em


atribuir uma série de números ou letras e números para cada material, de tal forma que
esse conjunto numérico ou alfanumérico possa representar, por meio de um único
símbolo, as características de cada material em particular.

Existem três sistemas de codificação de materiais utilizados com maior frequência:

 Sistema alfabético: constituído unicamente por um conjunto de letras, em sua


maioria estruturadas de forma mnemônica mediante associação das letras que
permite identificar cada material.
 Sistema alfanumérico: é um método de codificação que mescla números e letras
para representar cada material. Esse sistema de codificação é muito utilizado na
indústria de autopeças, por exemplo.
 Sistema numérico: consiste em atribuir uma composição lógica de números para
identificar cada material. Este sistema de codificação teve origem na
Classificação Decimal Universal, criada por Melwille Louis Komoth Dewey, que
foi aplicada originalmente na organização de bibliotecas.
Posteriormente esse último sistema foi ampliado e deu origem ao denominado Federal
Stock Number (FSN) que faz parte do sistema federal de suprimentos dos Estados Unidos.
O FCN é composto de 11 algarismos e é estruturado em quatro partes:

 Grupo.
 Subgrupo.
 Classe.
 Número de identificação.

Como pode ser observado, o conjunto de seis números permite identificar até 999.999
itens de materiais. Por sua vez, as classes podem atingir um total de 9.999 possibilidades.
Assim, este conjunto estruturado de número permite classificar um elevadíssimo número
de itens. Em razão disso, o governo dos Estados Unidos passou a utilizar essa estrutura
para codificar todos os materiais utilizados usando o Federal Supply Classification (FSC),
desenvolvido pelo Departamento de Defesa para identificar, classificar e catalogar todos
os materiais movimentados pelos diversos departamentos do governo americano.

Já o Sistema OTAN de Catalogação (SOC) foi analisado e reconhecido como um sistema


capaz de atender às necessidades das forças armadas do Brasil, pois além de cumprir as
premissas acima citadas e ser adotado pelos principais países produtores dos
equipamentos utilizados nas Forças Armadas Brasileiras, vem sendo usado com sucesso
desde praticamente o final da Segunda Guerra, inicialmente apenas pelos EUA e
posteriormente adotado por todos os demais países membros da OTAN.

Assim, Marinha, Exército, Aeronáutica e o Estado-Maior das Forças Armadas, através da


Comissão Permanente de Catalogação de Material (CPCM), resolveram adotar os
procedimentos de codificação e catalogação do SOC, como padrão desde 1972.

A partir de então, as forças iniciaram independentemente a utilização e regulamentação da


catalogação, seguindo noções de coordenação estabelecidas pela CPCM, como por
exemplo, a adoção de grupo-classe de material e a padronização do Número de Estoque
Brasileiro (NEB). Desta forma, as três Forças Singulares possuem hoje Normas que
encerram conceitos e procedimentos nos seus respectivos âmbitos, consistentes com o
SOC.

Entretanto, os procedimentos até então adotados não privilegiavam a troca de dados entre
as Forças Singulares. A fim de que essa troca de dados pudesse ocorrer com eficiência e
economia de esforço, o SISMICAT foi reordenado, a partir de agosto de 1998, tendo sido
criado o CECAFA e estabelecido sua vinculação ao SOC.

Mais sobre o NEB:


http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/df000002.pdf

Cadastramento de materiais
Após a codificação dos materiais, é necessário fazer o seu cadastro cujo objetivo é o
registro do item com todas as suas características em um sistema em banco de dados.
Uma vez que os dados de cada item de material são inseridos no sistema, o catálogo vai
se formando e, se o sistema for acessado por todos os usuários, o catálogo também vai
estar disponível para consultas pelos interessados.

Esse cadastro envolve, em termos gerais, três operações básicas: a inclusão de um item
de material no cadastro de materiais; eventuais alterações quando algum item de material
tem algumas de suas características modificadas; e a exclusão, quando um item de
material não faz mais parte dos materiais utilizados na empresa.

Assim, a última fase do processo de classificação de material é a catalogação visando à


consolidação de todos os dados cadastrais de cada material em um acervo conhecido
como banco de dados de materiais, que:

 Permite a consulta de todos os usuários para se certificar do material de que


necessita ou esclarecer eventuais dúvidas sobre as características do material
solicitado.
 Facilita os processos de licitação, uma vez que todas as características do
material licitado estão disponíveis no banco de dados.
 Evita a duplicidade de inclusão de itens no catálogo e, por consequência, no
banco de dados.
 Permite a conferência dos dados cadastrais com os documentos de identificação
dos materiais da empresa.

Código de barras
A codificação de materiais tomou um grande impulso com a introdução de novas
tecnologias que permitiram o reconhecimento ótico de caracteres, em substituição à
digitação de código dos itens. Para termos uma ideia do volume de transações envolvidas,
um supermercado realiza em média 250.000 digitações por dia, isto é, cada código ou
operação realizada envolve a digitação de vários números, o que demandava um grande
volume de pessoas para realizar esse trabalho, com grande possibilidade de cometerem
erros de digitação.

Em um primeiro estágio, duas tecnologias passaram a ser estudadas para serem


introduzidas nas operações de movimentação de grandes volumes de dados que eram
digitados em terminais denominados data entry que alimentavam os sistemas
computacionais:

 Código magnético: em que as informações de cada item ou operação são


armazenadas em um material magnético, tal qual uma tinta especial. Esse
processo requer um contato físico entre o leitor e o código e apresenta
imunidade contra fraudes. Como necessita de um material especial à base de
óxido de ferrite (magnetizável) nas embalagens, tornou-se muito caro. Essa
tecnologia teve aplicação em algumas atividades: bilhete do metrô e cartões
magnéticos (bancos, cartões de crédito etc.). Atualmente os cartões de crédito
receberam uma nova tecnologia com a introdução de um chip que dá maior
segurança contra fraudes.
 Código de barras: neste sistema, as informações são gravadas oticamente em
materiais e com tintas variadas e hoje está sendo largamente utilizado.
As aplicações do código de barras são inúmeras. Além do grande avanço na sua utilização
nas embalagens industriais e comerciais, promoveu uma sensível melhora na
produtividade, no manuseio e no despacho de cargas e serviços de atendimento a
clientes, como é o caso de uma loja de departamentos ou mesmo um supermercado.

Identificação por radiofrequência


A tecnologia não parou no código de barras. A identificação por radiofrequência é uma
tecnologia mais recente que vem sendo expandida na coleta automática de dados. Seu
surgimento, na década de 1980, deveu-se à necessidade de rastreamento e controle de
acesso, que utiliza as frequências de rádio para operar.

A tecnologia de radiofrequência foi desenvolvida pelo Auto-ID Center a partir de um projeto


de pesquisa acadêmica do Massachusetts Institute of Technology (MIT) e serve de
referência para o desenvolvimento de novas aplicações. Ela agiliza os processos e permite
dar maior visibilidade aos produtos pelo fato de poder disponibilizar as informações sobre
os produtos em volume bem superior ao alcançado hoje com as tecnologias disponíveis e
utilizadas. É o denominado rastreamento total, não somente de um processo ou de uma
empresa, mas de cada produto individual. Sua aplicação primordial está voltada para a
área da logística, o que permitirá rastrear, ao longo da cadeia de suprimentos, cada
produto em particular, em cada etapa do processo.

As etiquetas têm uma enorme variedade de tamanho, capacidade de armazenamento de


dados, vida útil e aplicações. Por exemplo, no rastreamento do gado bovino é utilizado um
tipo de etiqueta que é fixada internamente no animal; outras são encapsuladas para se
tornarem imunes a ambientes mais hostis, como indústrias químicas.

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