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Transporte e Logística

A história Logística
 “A logística se originou na Segunda Guerra Mundial, quando
estava relacionada à movimentação e coordenação de tropas,
armamentos e munições para os locais necessários”. (SLACK,
2006)
Conceito de Logística
 LOGÍSTICA: É o processo de planejar, implementar e
controlar eficientemente, ao custo correto, o fluxo e
armazenagem de matérias-primas e estoque durante a
fabricação de produtos acabados, e as informações
relativas a essas atividades, desde o ponto de origem até
o local de consumo, visando atender aos requisitos do
cliente.

FINALIDADE DA LOGÍSTICA
 Ter os insumos corretos, na quantidade correta, com
qualidade, no lugar correto, no tempo adequado, com
método, preço justo e com boa impressão;
PROCESSO LOGÍSTICO
OBJECTIVO DA LOGÍSTICA

 “O objetivo da logística é tornar disponíveis


produtos e serviços no local onde são
necessários, no momento em que são desejados.”
 (BOWERSOX, 2001)
A inter-relação das cinco áreas da
Logística
1. Processamento de Pedidos;
2. Inventário;
3. Transporte;
4. Rede de Instalações;
5. Armazenamento, manuseio de materiais.
Gestão de Estoque e o fluxo de material

Gestão de estoques
Entrada
Saída de caixa de caixa

Submonta
Compras Proc. M.P. gem Montagem
Fornecedores

Estoque de Estoque em Estoque em


processo processo Estoque
matéria prima de Distribuição

Clientes
produtos física
finais
Fluxos

Materiais e serviços
Compras

 As compras impactam diretamente no fluxo de bens ou serviços de uma cadeia logística. O


suprimento de materiais é consequência da programação de produção, a qual gera as informações de
quanto e quando comprar.

 Devem ser considerados os seguintes aspectos:


 Quantidades a serem adquiridas – Considerar o método de controle de estoque, o método de
programação de produção, o frete, o número de fornecedores e a estrutura de preços.

 Programação de compras – Considerar volume e frequência de compras, custo dos estoques e o


momento de liberação das ordens de compras.

 Localização dos fornecedores – Considerar as distâncias e os tempos de viagem associados.


 Características das embalagens – Considerar todos os aspectos mencionados.
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Compras
Administração dos pedidos

 A entrada e o processamento de pedidos (também chamados de “ordens”) é uma atividade muito


importante, pois afeta o tempo do ciclo total de atendimento, tornando-se, portanto, elemento-
chave na determinação do nível de serviço ao cliente.

 O fluxo de informações de pedidos é fator importante a ser considerado no projeto e operação do


sistema logístico.
 O ciclo de pedido do cliente inclui o tempo decorrido desde a colocação do pedido até seu
recebimento no estoque do cliente. Um ciclo típico compreende: z preparação e transmissão do
pedido; recebimento e entrada do pedido; processamento do pedido; separação no estoque e
embalagem; expedição; entrega e descarregamento no cliente.

Fonte: http://cade.images.search.yahoo.com
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Administração dos pedidos
Ponto de Pedido
Ponto de Pedido
TEMPO DE REPOSIÇÃO E PONTO DE PEDIDO

 Tempo de reposição ( Tr ) : ( também conhecido como Tempo de aquisição,


Espera ou Lead Time ), é o tempo gasto desde a verificação de que o estoque
precisa ser reposto até a efetiva disponibilidade do material ao usuário.
 A medida que estudamos o Tempo de Reposição ( Tr ), podemos então
determinar o Ponto de Pedido ( PP ):
 Ponto de Pedido ( PP ) : um ponto que representa, em quantidade, quando um
determinado item necessita de um ressuprimento. O PP é representado,
portanto, pelo saldo do item em estoque, que deverá suportar o consumo
durante o tempo de reposição até a entrada do novo suprimento.
EXERCICIOS

 Exemplo : Uma peça é consumida a uma razão de 320 unidades por mês. Seu tempo de
reposição é de 2 meses. Sabendo-se que o estoque mínimo é de 100 unidades, pergunta-se :
Qual deve ser o Ponto de Pedido ?

 Exercício Se a demanda de um componente é de 200 unidades por semana , o lead time


( tempo de reposição ) é de três semanas e o estoque de segurança é de 300 unidades ;
pergunta-se : Qual o ponto de pedido ?

 Exercício Se uma empresa deseja manter um estoque de segurança de 250 unidades de um


certo componente e tem uma demanda deste componente em uma razão de 75 unidades
por mês, pergunta-se : Qual deve ser o ponto de nova encomenda sabendo-se que o tempo
de aquisição ( espera ) é de 12 dias ?
Serviço ao cliente
 Principais elementos do serviço ao cliente:
 a) Disponibilidade do produto – Capacidade de colocar o produto à disposição do cliente,
dentro de um limite de tempo aceito para aquele tipo de produto.

 b) Serviço e apoio pós-venda – Pronta reposição de itens com defeitos ou avarias; assistência
técnica de equipamentos; fornecimento de peças de reposição; acompanhamento da satisfação
com a compra.

 c) Tratamento das consultas – Pronto atendimento às consultas dos clientes sobre


informações dos pedidos ou detalhes técnicos.

 d) Facilidade nos pedidos – Simplificação da burocracia para realizar a interface entre os


sistemas da empresa e do cliente.

 e) Representantes técnicos competentes – Treinamento, formação, conhecimento e


apresentação dos representantes.
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Serviço ao cliente
Serviço ao cliente

 O ponto de pedido ou reorder point (ROP) refere-se ao momento certo para


fazer uma compra de reposição do estoque. Ele não se baseia em decisões
instintivas, mas em um cálculo que permite saber o nível mínimo de estoque
de cada produto. Assim, quando esse valor é alcançado, significa que um novo
pedido deve ser feito ao fornecedor.

 1 – Estoque de segurança: níveis de estoque estabelecidos para não


ocasionar rupturas;
 2 – Tempo de reposição: lead time ou tempo de abastecimento dos
fornecedores;
 3 – Consumo médio: a média diária de consumo da mercadoria.
Encomenda
Ponto de pedido = estoque de segurança + (consumo médio x lead

time)
 Acompanhe este exemplo prático:

 Imagine que a sua empresa venda mouses de computador. São vendidas 12 unidades do
produto da marca X diariamente e o fornecedor leva 5 dias para enviar uma nova remessa ao
seu armazém. Considerando que o estoque mínimo é de 60 itens, o cálculo do ponto de pedido
ficaria desta forma:

 Ponto de pedido = 60 + (12 x 5) = 120

 Assim, sempre que o seu estoque atingir 120 unidades do produto, você deve acionar o
fornecedor. Em muitos casos, quando não há diferença entre o tempo de entrega e o tempo de
reposição, o ponto de pedido será o dobro da quantidade estabelecida como estoque mínimo.
Natureza da carga transportada

Na identificação da natureza da carga, devemos observar os seguintes


aspectos:

Perecibilidade
Fragilidade
Periculosidade
Dimensões
Pesos considerados especiais.

As cargas são classificadas em:

Carga Geral: carga embarcada, com marca de identificação e contagem de


unidades, podendo ser soltas ou unitizadas.
Carga Geral
 Soltas (não unitizadas):itens avulsos, embarcados separadamente
em embrulhos, fardos, pacotes, sacas, caixas, tambores etc. Este
tipo de carga gera pouca economia de escala para o veículo
transportador,

pois há significativa perda de tempo na manipulação,


carregamento e descarregamento provocado pela grande
quantidade de volumes e o índice de risco é alto.

 Unitizadas: agrupamento de vários itens em unidades de


transporte tipo palete, contêineres, etc.
Carga a Granel
 Carga a Granel (sólida ou líquida): carga líquida ou seca embarcada e transportada
sem acondicionamento, sem marca de identificação e sem contagem de unidades
(exemplos: petróleo, minérios, trigo, farelos e grãos, etc.)
Neo-granel
 Neo-granel: carregamento formado por conglomerados homogêneos de
mercadorias, de carga geral, sem acondicionamento específico, cujo volume
ou quantidade possibilita o transporte em lotes, em um único embarque
(exemplo: veículos).
Carga Perigosa
Carga Perigosa: aquela que, por causa de sua natureza, pode provocar acidentes, danificar outras
cargas ou os meios de transporte ou, ainda, gerar riscos para as pessoas e o meio ambiente.

A IMCO - Organização Marítima Consultiva Internacional classifica as cargas segundo as seguintes


classes:

I – Explosivos
II – Gases
III - Líquidos inflamáveis
IV – Sólidos inflamáveis
V – Substâncias oxidantes
VI – Substâncias infecciosas
VII – Substânciasradioativas
VIII – Corrosivos
IX – Variedades de substâncias perigosas.
Unitização de Cargas
 É o agrupamento de um ou mais itens de carga geral que serão transportados como
uma unidade única e indivisível e tem a finalidade de facilitar o manuseio,
movimentação, armazenagem e transporte da mercadoria.
As principais vantagens da unitização são:

 Diminuição das avarias e roubos de mercadorias;


 Incentivo da aplicação do sistema door-to-door (porta a porta);
 Melhoria no tempo de operação de embarque e desembarque;
 Padronização internacional dos recipientes de unitização;
 Redução do número de volumes a manipular;
 Redução dos custos de embarque e desembarque;
 Redução de custo com embalagens.
O palete
 O palete é o principal dispositivo para a formação de cargas unitárias.
 Os paletes são equipamentos de madeira (maioria), de plástico ou de
metal, destinados a permitir a colocação de mercadorias sobre eles,
de maneira a garantir o deslocamento delas ao seu local de
estocagem de forma unitizada e eficiente.
 Os modelos de madeira são os mais utilizados, devido à durabilidade,
resistência e as facilidades na entrega das mercadorias onde todos
utilizam o mesmo padrão e facilita a sua troca no ato do
descarregamento.
Palete de plástico
 O palete de plástico é muito utilizado em câmaras frias e usado pela própria empresa, ou
seja, é patrimônio da empresa e devido ao custo, não sai de dentro da empresa permite
melhor forma de higienização, ideal para produtos alimentícios que são armazenados em
câmaras frias de congelados, mercadorias como frangos e derivados, cortes de carnes
bovinas e suínas. É atóxico, e resiste a temperaturas (entre -35°C a + 60°C).
Palete metálico

 O palete metálico é resistente e usualmente utilizado em câmaras frigoríficas onde


permanece por longos períodos devido à sua longa durabilidade. Ele é usado principalmente
para produtos derivados de leite, como queijos, que necessitam de muitos cuidados em
relação à higiene para evitar contaminação, o que causaria e consequências graves para
quem os consome e prejuízos para a empresa. Esse tipo de palete não contamina o produto,
oferece mais facilidade de limpeza e higienização. Devido ao seu custo alto, apenas as
grandes empresas utilizam esse modelo.
Palete de papelão ondulado
 O palete de papelão ondulado é extremamente resistente, facilmente
descartável após uso e também reciclável. É ecologicamente correto,
ou seja, biodegradável e 100% reciclável, o que é muito importante
para o meio ambiente. Possui longarinas coladas em onda BC, padrão
1.000 x 1.200 mm.
 O palete de papelão ondulado proporciona economia às empresas,
pois não existem custos com o seu retorno e descarte.
 Nesse tipo de palete não proliferam fungos, bactérias ou pragas.
 Sua estrutura e sua composição garantem adequado desempenho na
armazenagem e transporte de cargas entre 750 a 1.500 kg. Usado em
ambientes com umidade relativa de 85% devido à aplicação de
impermeabilizantes nas capas e miolo para garantir o desempenho
nesse tipo de ambiente.
Paletes especiais
 Os paletes especiais são projetados a partir do desenho da peça que será
movimentada. Podem incluir uma série de acessórios tais como: placas de
madeira compensada, reforços de metal, parafusos, recortes, prisioneiros, etc.
 Seus desenhos podem ser fornecidos pelo cliente ou realizados pela empresa e
normalmente são descartáveis e indicados para peças que não disponham de
autossustentação.
Open Top
 Open Top – É um contêiner aberto em cima, ou fechado apenas com uma lona
removível por ocasião do seu enchimento ou desenchimento. Esses
contêineres são construídos especialmente para atender ao transporte de
mercadorias que só podem ser acomodadas (ovadas) pela parte de cima;
normalmente, essas mercadorias são içadas através de pontes-rolantes.
Tank
 Tank - Contêiner-tanque – Construído para o transporte de granel, especialmente
líquido. Embora a capacidade do tanque construído dentro do contêiner possa
variar de volume, sua armação (frame) obedece às dimensões ISO.
Livestock
 Livestock – Contêineres para o transporte de animais vivos, também
conhecidos como gaiolas ou jaulas.
Ventilated
 Ventilated – Contêiner ventilado, próprio para o transporte de mercadorias
que necessitam de ventilação.
Reefer refrigerado
 Reefer refrigerado – Esse contêiner possui um gerador que mantém a
mercadoria constantemente em baixa temperatura. Normalmente esse
gerador funciona tanto a combustível (óleo diesel) como a eletricidade.
Durante o transporte, no navio, ele funciona à eletricidade, sendo ligado à
força do navio, por meio de tomadas; quando em operação de embarque ou
desembarque, funciona com seu motor a combustível.
Códigos de marcação e numeração utilizados em
contêineres

 No panorama internacional, foi criada a ISO – International


Organization for Standardization (Organização Internacional de
Padronização), que iniciou a publicação de normas para
contêineres. Essas normas foram aceitas universalmente, à
exceção de alguns armadores norteamericanos.

 Os contêineres são numerados por meio de sistemas de códigos


próprios de alguns armadores ou pelo sistema adotado pela ISO
(International Standard Organization). Esses códigos são
registrados no Bureau International of Containers – BIC, e são
informados na porta, na folha direita de quem está olhando a
unidade por trás.
Códigos de marcação e numeração
utilizados em contêineres
O código do proprietário
 Consta de três letras que podem ser as iniciais do armador, seguidos
pela letra U que significa unidade:
 Exemplo: SEAU. O código do país possui três letras para designá-lo,
mas pode constar somente uma ou duas letras para identificá-lo.
 O primeiro dígito – Representa o comprimento (2 para 20’ ou 4 para
40’).
 O segundo dígito – Indica a altura do contêiner.
Códigos de marcação e numeração
utilizados em contêineres
O segundo dígito – Indica a altura do contêiner

Dígito Pés e Polegadas


0 8’
1 4’
2 8’ 6”
4 Maior do que 8’ 6”
5 9’ 6”
6 4’ 0”
8 4’ 3”
9 Menor 4’ 0” (1’ ¼” ou 2’)
Parâmetros gerais do contêiner padrão
ISO

Comprimento Largura Altura Volume útil Capacidade


8’; 8’06”; 9’;
10’ 8’ 9’06” 15 m3 15 toneladas

8’; 8’06”; 9’;


20’ 8’ 9’06” 30 m3 30,48 toneladas

30’ 8’ 8’; 8’06” 45 m3 30,48 toneladas


8’; 8’06”; ‘9’;
40’ 8’ 9’06” 60 m3 38 toneladas
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