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ATOS ADMINISTRATIVOS.

O ato administrativo cumpre importante papel de controle sobre as atividades da Administração Pública. – LER LIVRO

FATO ADMINISTRATIVO.

Os fatos jurídicos são acontecimento da natureza sem qualquer relação com a vontade humana, ao passo que os atos jurídicos são
comportamentos humanos voluntários.

Atualmente há quatro concepções acerca de ato e fato administrativo. – LER LIVRO. PAG. 292

NATURAIS
- Raio que destroi bem público

FATOS
ADMINISTRATIVOS
VOLUNTÁRIOS
- Derivados de atos administrativos (apreensão de
mercadoria)
- Derivado de condutas admistrativas (mudança de local
de repartição pública.

ATOS DA ADMINISTRAÇÃO. (É diferente de atos administrativo)

Nem todo ato da administração é ato administrativo.

A corrente majoritária (inclusive os concursos) considera que atos da Administração são atos jurídicos praticados pela
Administração pública que não se enquadra no conceito de atos administrativo, como: atos legislativos expedidos no exercício da
função atípica, atos políticos definidos na CF, atoas regidos pelo direito privado e atos meramente materiais.

Nem todo ato jurídico praticado pela Administração é ato administrativo; nem todo ato administrativo é pratica pela
Administração.

SÃO ESPÉCIES DE ATOS DA ADMINISTRAÇÃO.

1. Atos políticos ou de governo: Ampla discricionariedade e tem competência extraída diretamente da CF. (Guerra, indulto etc.)
2. Atos meramente materiais: Prestação concreta de serviço, faltando caráter prescritivo dos atos administrativos (varrer rua)
3. Atos legislativos e jurisdicionais: Atos praticados pela adm. Publica em função atípica (medida provisória)
4. Atos regidos pelo direito privado ou atos de gestão : é quando administração pública ocupa posição de igualdade perante ao
particular, sendo destituído do poder de império (locação imobiliária e contrato de compra e venda)
5. Contratos administrativos: Vinculações jurídicas bilaterais, distinguindo-se dos atos administrativos (concessão de serviços
público-privada)

O silencio não é ato administrativo por ausência de exteriorização de comando prescritivo. Trata-se de simples fato administrativo
porque o silencio nada ordena.

ATRIBUTO DO ATO ADMINSTRATIVO.

Os atos administrativos são revertidos de propriedades jurídicas especiais decorrente da supremacia do interesse público sobre o
privado.

São atributos do ato administrativo.

1. Presunção de legitimidade
2. Imperatividade
3. Exigibilidade
4. Autoexecutoriedade
5. Tipicidade

PRESUNÇÃO DE LEGITIMIDADE.

Também conhecido como presunção de veracidade, significa que, até prova em contrário, o ato administrativo é considerado
válido para o Direito. Devido a supremacia do interesse público, sua existência independe de previsão legal especifica.

Presunção de legitimidade é um atributo universal aplicável a todos os atos administrativo e atos da administração.
Trata-se de uma presunção relativa (juris tantum), podendo ser afastada diante de prova inequívoca da ilegalidade do ato, ficando
a cargo de quem alega o defeito provar sua existência, nesse caso há inversão do ônus da prova, não cabe a administração pública
comprovar que o ato é legal, mas sim o particular provar sua ilegalidade.

A presunção de veracidade equivale a fé pública dos atos e documentos da administração.

A presunção de veracidade decorre dois efeitos principais: A) Enquanto não decretada a invalidade, o ato produzirá os mesmo
efeitos decorrentes dos atos válidos; B) o Judiciário não pode apreciar de oficio a nulidade do ato administrativo.

IMPERATIVIDADE OU COERCIBILIDADE.

Os atos administrativos podem criar unilateralmente obrigações aos particulares, independentemente da autorização destes. É a
capacidade de vincular terceiros a deveres jurídicos, derivado do poder extroverso. (Particular possui poder introverso)

A administração pública pode criar deveres para si e para terceiros. Imperatividade não está presente em todos os atos
administrativos, não estando presente nos atos anunciativos, como certidões, atestados etc.

EXIGIBILIDADE.

É o atributo que permite à Administração aplicar punições aos particulares por violação da ordem jurídica, sem a necessidade de
ordem judicial (Ex.: aplicar sanções administrativas: multas, advertências e interdições de estabelecimentos). Exigibilidade está
presente na maioria dos atos administrativos, mas ausente nos atos enunciativos.

AUTOEXECUTORIEDADE.

Permite que a Administração Pública realize a execução material dos atos administrativos ou de dispositivos legais, usando a força
física se preciso for para descontruir um situação violadora de ordem jurídica.

Trata-se de Autoexecutoriedade, pois dispensa autorização judicial, exemplos:

A) Guinchamento de carro em local proibido. B) Fechamento de restaurante pela vigilância sanitária. C) apreensão de mercadoria
contrabandeada. D) dispersão de passeata imoral. – Ver quadro comparativo para colocar na parede.

Autoexecutoriedade são atributos de duas categorias de atoas administrativos.

A) atributo conferido por lei (Ex.: Fechamento de restaurante pela vigilância sanitária)

B) Atoas praticados em situações emergências cuja execução é indispensável para preservação do interesse público. A utilização de
força física devem respeitar os princípios da razoabilidade e proporcionalidade que exigem bom senso e moderação na aplicação
da Autoexecutoriedade.

TIPICIDADE.

É a necessidade de respeitar a finalidade específica definida na lei para cada espécie de ato administrativo.

Dependendo da finalidade que a Administração pretender alcançar, existe um ato definido em lei. A tipicidade é válida para todos
os atos administrativos unilaterais, a tipicidade proíbe que a regulamentação de dispositivo legal seja promovido por portaria, já
que isso cabe ao decreto.

Trata-se de uma derivação do princípio da legalidade, impedindo a Administração Pública de praticar atoas atípicos ou
inominados.

Ler outros atributos / quadro comparativo. – pag 304.

EXISTENCIA, VALIDADE E EFICÁCIA.

O ato administrativo está sujeito a três planos lógicos distintos: A) existência. B) Validade. C) Eficácia. Denominada de teoria
tripartite ou pontesiana.

Consiste no cumprimento do ciclo de formação do ato. Ato perfeito é aquele que teve seu ciclo de formação encerrado, por ter
esgotado todas as fases necessárias à sua produção.

O plano de validade envolve conformidade com os requisitos estabelecidos pelo ordenamento jurídico para correta pratica do ato
administrativo.

A eficácia está relacionada com aptidão do ato produzir efeito.


A inteiração do três planos lógicos não repercutem nos demais. Constituem searas sistêmicas distintas e relativamente
independente. Porém tal independência reside na hipótese dos atos juridicamente inexistentes. Ato inexistente é necessariamente
invalido e não produz qualquer feito.

Desse modo, o ato administrativo pode ser.

1. Existente, invalido e eficaz


2. Existente, invalido e ineficaz
3. Existente, valido e eficaz (perfeito)
4. Existente, valido e ineficaz.
5. Inexistente (não existe, não tem validade, não tem eficácia)

EXISTÊNCIA OU PERFEIÇÃO DO ATO ADMINISTRATIVO.

O primeiro plano lógico que o ato administrativo se submete é o da existência ou perfeição. Verifica-se se o ato cumpriu
integralmente o seu ciclo jurídico de formação, revertendo-se dos elementos e pressupostos necessários para ser considerado um
ato administrativo.

A existência jurídica do ato é diferente da sua existência fática. (Exemplo do Juiz. Pag. 306)

Outro ponto é que a existência jurídica deve ser investigada à luz de um terminado ramo do Direito, isso porque o ato pode ser
existente para um certo ramo e para outro ramo não.

Os elementos de existência são conteúdo e forma. Os pressupostos são objeto e referibilidade à função administrativa.

Conteúdo: O primeiro elemento de existência do ato administrativo é o conteúdo, entendido como a necessidade de constatação
de conduta decorrente do ato.

Ex.: Folha de multa não preenchida é inexistência por falta de conteúdo. 2) Ordem expedida pelo chefe de repartição, proibindo e
ao mesmo tempo permitindo determinada conduta, são comandos contraditórios que se excluem mutuamente.

Também são inexistente os atoa que proíbem o inevitável ou exigem o impossível: 1) Decreto que proíbe a morte. 2) exigência em
edital de idioma extinto. 3) portaria municipal que proíba a chuva.

Forma do ato (ou exteriorização do conteúdo): Não haverá ato administrativo se o conteúdo não for divulgado pelo agente
competente (Ex.: Ato administrativo esquecido na gaveta)

OBJETO: é o bem ou a pessoa que o ato faz referência. Desaparecendo ou inexistindo o objeto, o ato administrativo que ele faz a
menção é tido como juridicamente inexistente (Ex.: Promoção de servidor falecido. 2) alvará autorizando a “reforma de prédio” em
terreno vazio.

Referibilidade à função administrativa: é necessário que o ato tenha sido praticado no exercício da função pública. Se praticado por
particular usurpador da função pública, não se considera existente o ato administrativo. Na mesma situação, está o ato praticado
por servidor público vinculado a outro poder estatal ou visivelmente incompetente para conduta.

TEORIA DO ATO ADMINISTRATIVO INEXISTENTE.

VALIDADE DO ATO ADIMINISTRATIVO. – 312

No plano de validade, investiga-se a conformidade do ato administrativo com os requisitos fixados no ordenamento para sua
correta produção. O juízo de validade pressupõe a existência do ato.

Só se pode falar em atoa valido ou invalido após o integral cumprimento do seu ciclo.

Visão tradicional/concurso: A lei de ação popular divide o ato administrativo em cinco requisitos: Competência, objeto, forma,
motivo e finalidade.

Ver análise detalhada dos requisitos de validade.

EFICÁCIA DO ATO ADMINISTRATIVO.

O plano de eficácia analisa a aptidão do ato para produzir efeitos jurídicos, o destino do ato administrativo é ser praticado com
finalidade de criar, declarar, modificar, preservar e extinguir direitos e obrigações.

CIRCUSTANCIAS QUE IMPEDE A EFICÁCIA DO ATO ADMINISTRATIVO.

1. Existência de vicio: Alguns defeitos específicos bloqueiam a produção de seus efeitos regulares. Ex.: Inexistência jurídica do ato.
2. Condição suspensiva: Suspende os efeitos até a implementação de evento futuro e incerto. Ex.: Alvará concedido a taxista com
a condição que apresente o veículo regulado dentro de 15 dias.
3. Condição resolutiva: Acontecimento futuro e incerto cuja ocorrência interrompe a produção de efeitos do ato administrativo.
Ex: Autorização de banca de jornal em parque público para que seja construída loja de revista no local.
4. Termo inicial: Estipula um início para produção dos seus efeitos. Ex.: Autoria construção de prédio só a parti de trinta dias da
sua outorga.
5. Termo Final: Estipula seus efeitos por um período de tempo. Ex: CNH com validade de 5 anos.

A doutrina divide os efeitos do ato administrativo em três categorias.

1) Efeito típicos: São aqueles próprio do ato. (Ex.: Homologação da autoridade superior tem efeito de aprovar o ato administrativo,
consequentemente desencadeia sua exequibilidade0

2) Efeitos atípicos prodrômicos: São efeitos preliminares ou iniciais distintos da eficácia principal do ato. (ex.: expedição de decreto
expropriatório, ingressar no bem para fazer as medições)

3) Efeitos atípicos reflexos: São aqueles que atingem terceiros estranhos à relação jurídica principal (Ex.: com a desapropriação do
imóvel, extingue-se a hipoteca que garantia credito de instituição financeira)

Caderno de erros

Lembre-se que os requisitos dos atos administrativos são:

 COMPETÊNCIA
 FINALIDADE
 FORMA
 MOTIVO
 OBJETO

Quando a questão pergunta se cumpre o requisito competência do ato administrativo, ela quer saber se houve
algum vício na competência (EXCESSO DE PODER, FUNÇÃO DE FATO OU USURPAÇÃO DE FUNÇÃO), ou se
estava tudo ok.

Convalidação e Anulação = retroagem

Revogação = Não retroagem.

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