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LICITAÇÃO.

A licitação é um procedimento obrigatório que antecede a celebração de contratos pela Administração Pública, pois o Poder
Público não pode escolher livremente um fornecedor. A isonomia, impessoalidade, moralidade e indisponibilidade do interesse
público, garantem que o processo para seleção já imparcial para escolha da melhor proposta, garantindo iguais condições a todos
que queiram concorrer para celebração contratual.

A natureza jurídica da licitação é de procedimento administrativo.

FINALIDADES DA LICITAÇÃO.

As duas finalidades fundamentais da licitação, são:

a) Buscar a melhor proposta, estimulando a competitividade entre os potencias contratados, a fim de atingir negócio mais
vantajoso para Administração Pública.
b) Oferecer iguais condições a todos que queira contratação com Administração, promovendo, em nome da isonomia, a
possibilidade de participação no certame licitatório.
c) A promoção do desenvolvimento nacional sustentável (advento da lei 12.349/10)

ANÁLISE DOS ELEMENTOS CONCETUAIS. – RESUMIR DEPOIS PAG. 475.

Sobre a competência para legislar sobre licitação é divergente. A Constituição dizer que compete privativamente a União legislar
sobre licitação, porem a doutrina dizer que o inciso XXVII, do art. 22. foi incluso erroneamente. Devendo ser concluído que a
competência para legislar sobre licitação é de competência corrente, entre os entes federativos, municípios e DF. (Se atentar para
questão)

FUNDAMENTO CONSTITUCIONAL DO DEVER DE LICITAR.

O dever de realizar licitações está constitucionalmente disciplinado no art. 37, XXI. O texto legal merece alguns destaques
isoladamente.

“Ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e alienações serão contratados mediante processo
de licitação pública que assegure igualdade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de
pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação
técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações”

1. Ressalvados os casos especificados na legislação: A Constituição garantiu ao legislador ordinário definir as hipótese que
poderá ocorrer contratação direta sem licitação. (Previsto no art. 24 e 25 da lei 8.666/93, inexigibilidade, dispensa, licitação
dispensada e vedação)
2. Obras, serviços, compra e alienações: A Constituição faz referência a alguns bens cuja contração exige previa licitação, é
uma discrição panorâmica.
3. Igualdade de condições a todos os concorrente: Atendimento ao princípio da isonomia, desde que todos preencha os
requisito do instrumento convocatório e apresentem proposta mais vantajosa para Administração Pública.
4. Mantidas as condições efetivas da proposta: Mesmo que ocorra circunstância excepcional que torne mais onerosa a
execução contratual, a Administração, atendendo os requisitos legais, pode aumenta a remuneração do contratado para
preservar a margem de lucro. A preservação do lucro contratual e seu equilibro é garantia constitucional estabelecia em
benefício do contratado.
5. As exigências de qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações: Tem como
objetivo garantir a competitividade no certame licitatório, caso o instrumento convocatório exija medidas
desproporcionais, tais desmedidas devem ser consideradas nulas, podendo ser objeto de impugnação por qualquer
cidadão.

PRESSUPOSTO DA LICITAÇÃO.

A licitação somente pode ser instaurada mediante a presença de três pressupostos fundamentais.

1. PRESSUPOSTO LÓGICO: Consiste na pluralidade de objetos e ofertantes, sem que torne inviável a competitividade
inerente ao procedimento licitatório. Ausente o pressuposto lógico, deve haver contratação direta por inexigibilidade de
licitação. Ex.: Aquisição de equipamento ou gêneros que só possam ser fornecidos por produtor exclusivo.
2. PRESSUPOSTO JURÍDICO: Caracteriza-se pela conveniência e oportunidade na realização de procedimento licitatório, há
casos que a licitação não atendem ao interesse público, facultando a Administração contratação direta por falta de
pressuposto jurídico, causando inexigibilidade ou dispensa de licitação. E: Aquisição de bens com valor inferior a R$
17.600,00
3. PRESSUPOSTO FÁTICO: É a exigência de comparecimento de interessados em participar de licitação. A ausência do
pressuposto fático implica a autorização para contratação direta por dispensa de licitação embasada na denomina licitação
deserta.

ENTIDADES QUE NÃO SE SUJEITAM AO DEVER DE LICITAR.

a) Empresas privadas
b) Concessionários de serviço público
c) Permissionários de serviços públicos
d) Organizações sócias, exceto para contratações com utilização direta de verbas de repasses voluntários da união.
e) Organizações da Sociedade Civil de interesse público, exceto para contratações com utilização direta de verbas de repasses
voluntários da união.
f) Ordem dos Advogados do Brasil (autarquia)

PRINCÍPIOS ESPECÍFICOS DA LICITAÇÃO.

Constituem princípios específicos aplicáveis ao procedimento licitatório.

a) PRINCÍPIO DA ISONOMIA: Defende a igualdade entre todos os que se encontram na mesma situação, proíbe preferencias
ou distinções ou qualquer outra circunstância impertinente ou irrelevante para o especifico objeto do contrato, sendo
vedado qualquer tratamento diferenciado entre empresa estrangeira ou nacional.
b) PRINCÍPIO DA COMPETITIVIDADE: A busca pela melhor proposta é uma das finalidades da licitação, por isso não é cabível
medidas que comprometam o caráter competitivo do certame, as exigências técnicas ou econômicas devem se restringir
para o cumprimento das obrigações.
c) PRINCÍPIO DA VINCULAÇÃO AO INSTRUMENTO CONVOCATÓRIO: A Administração Pública e os participantes devem
cumprir todas as regras legais do edital. Daí falar-se que o edital é a lei da licitação.
d) PRINCÍO DO JULGAMENTO OBJETIVO: O edital deve apontar claramente o critério do julgador para determinar o licitante
vencedor, devendo se pautar em critério objetivos e predefinidos e não em elementos subjetivos, entretanto a
objetividade não é absoluta, pois o critério de avaliação técnica sempre envolve certo juízo subjetivo (doutrina).
e) PRÍNCIPIO DA INDISTINÇÃO: São vedadas preferencias quanto à naturalidade, à sede e ao domicilio dos licitantes.
f) PRÍNCIO DA INALTERABILIDADE DO EDITAL: Em regra, após sua publicação o edital não pode ser alterado, caso se altere,
torna-se obrigatório a ampla publicidade e a devolução dos prazos para não prejudicar os licitantes em razão da cláusula
objeto da modificação.
g) PRÍNCIPIO DO SIGILO DAS PROPOSTAS: As proposta não podem ser divulgadas antes do momento processual adequado,
devendo haver sessão pública instaurada com essa finalidade.
h) PRÍNCÍPIO DA VEDAÇÃO À OFERTA DE VANTAGENS: É a proibição a elaboração de propostas vinculadas às ofertas de
outros licitantes.
i) PRINCIPIO DA OBRIGATORIEDADE: É um dever do Estado realizar a licitação.
j) PRINCÍPIO DO FORMALISMO PROCEDIMENTAL: As regras do procedimento licitatório são definidas pelo legislador, não
podendo o administrado público descumpri-las ou alterá-las livremente. O descumprimento de uma formalidade só
causará nulidade se houver comprovação de prejuízo. (Obedecendo o postulado, pas de nullité sans grief “não há nulidade
sem prejuízo”)
k) PRINCÍPIO DA ADJUDICAÇÃO COMPULSÓRIA: Obriga a Administração a atribuir o objeto da licitação ao vencedor do
certame.

INCIDÊNCIA DOS PRINCÍPIOS GERAL DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA.

Por ser de natureza administrativa, a licitação será submetida à incidência de todos os princípio geral do Direito Administrativo.

a) LEGALIDADE: Os licitante tem direito à fiel observância dos procedimentos estabelecidos em lei. Assim, a licitação é um
procedimento plenamente formal e vinculado.
b) IMPESSOALIDADE: Conduzir com imparcialidade o procedimento licitatório, impedindo privilégios e desfavorecimentos
indevidos em relação aos licitantes.
c) Moralidade: A comissão de licitação e os licitantes a obrigação de obedecer aos padrões éticos, da probidade, lealdade,
decoro e boa-fé.
d) PUBLICIDADE: Todos os atos que compõem o procedimento licitatório devem ser públicos, devendo o poder público
divulgar o resumo do instrumento convocatório na impressa. A exceção aplica-se no dever de manutenção do sigilo das
propostas.

TIPOS DE LICITAÇÃO.
Há diferentes critérios para o julgamento das propostas. O art. 45 da lei 8.666/93, prevê quatro tipos de licitações.

a) MENOR PREÇO: Quando o critério da seleção de proposta é a mais vantajosa para Administração determinar um vencedor,
obedecendo as especificações do edital ou convite e ofertar o menor preço.
b) MELHOR TÉCNICA: Licitação utilizando exclusivamente para serviços de natureza predominantemente intelectual.
c) TÉCNICA E PREÇO: Licitação utilizando exclusivamente para serviços de natureza predominantemente intelectual, a
classificação do candidato será de acordo com a média pondera das valorizações das propostas técnicas e de preço, de acordo
com os presos preestabelecidos no instrumento convocatório.
d) MAIOR LANCE OU OFERTA: Critério utilizado exclusivamente para a modalidade leilão.

Obs.: Para contração de bens e serviços de informática a utilização obrigatório do tipo de licitação técnica e preço.

Modalidade concurso, o critério para julgamento das propostas é o melhor trabalho técnico, cientifico ou artístico.

Quanto ao pregão, a definição da proposta vencedora é baseada no critério de menor lance ou oferta.

A lei 8.666/93 proíbe a utilização de qualquer outro critério para julgamento das propostas.

MODALIDADES LICITATÓRIAS.

Modalidades licitatórias são os diferente ritos previsto na legislação para o processo de licitação.

Atualmente, são sete modalidade licitatórias:

1. Concorrência - (Lei 8.666/93)


2. Tomada de preço - (Lei 8.666/93)
3. Convite - (Lei 8.666/93)
4. Concurso - - (Lei 8.666/93)
5. Leilão - - (Lei 8.666/93)
6. Consulta - (Lei 9.472/97)
7. Pregão - - (Lei 10.520/02)

O art. 22, §8º, da lei 8.666/93, proíbe a criação de outra modalidade de licitação ou a combinação das existente. Porém a vedação
é dirigida a Administração Pública, mas NÃO impede que o legislador crie novas modalidades. – ler final da pag. 491

Explicando as modalidades licitatórias.

CONCORRÊNCIA.

Concorrência é a modalidade de licitação entre quaisquer interessado que na fase inicial de habilitação, comprovem possuir os
requisitos mínimos de qualificação exigidos no edital para execução do seu objeto, bem como a garantia da ampla publicidade.

É utilizada para objeto de grande valor econômico. Por envolver grandes valores explica o fato de a concorrência ser modalidade
formalmente mais rigorosa.

Intervalo mínimo: 45 dias, para licitação técnica ou técnica e preço / 30 dias para o menor preço. – Ver obrigatoriedade no livro.
Pag. 493.

TOMADA DE PREÇOS.

É a modalidade entre interessado devidamente cadastrados ou que atendam as condições do edital até três dias antes do
recebimento das propostas, observada a necessária qualificação.

É utilizada em objeto de valor intermediário.

Intervalo mínimo: 30 dias corridos (melhor técnica ou técnica e preço) e 15 dias corridos (menor preço)

CONVITE.

É a modalidade de licitação entre interessado do ramo pertinente ao seu objeto, cadastrados ou não, escolhidos e convidados em
número mínimo de três pela unidade administrativa, devendo manifestar interesse com antecedência de até 24 horas da
apresentação da proposta.  

Quando, por limitações do mercado ou manifesto desinteresse dos convidados, for impossível a obtenção do número mínimo de
licitantes exigidos, devidamente justificado no processo, não constitui invalidação do processo licitatória, mas deverá ser justificado.

O convite é utilizado para objeto de pequeno valor econômico. No convite não existe edital, o instrumento convocatório nessa
modalidade é a carta-convite.
Intervalo mínimo: 5 dias uteis.

CONCURSO.

Concurso é a modalidade de licitação entre quaisquer interessado para escolha de trabalho técnico, cientifico ou artístico, mediante
a instituição de prêmios ou remuneração aos vencedores.

É fundamental não confundir essa modalidade de licitação com concurso para provimento de cargo, que também é um
procedimento administrativo seletivo, mas sem natureza licitatória.

É a única modalidade de licitação que a comissão especial não precisa ser composta por agentes públicos, admitida a participação
de técnicos e especialistas habilitados a julgar os concorrentes. (Reputação ilibada e conhecimento da matéria)

Intervalo mínimo de 45 dias, prémio poder ser dinheiro ou outra espécie, como viagem.

LEILÃO.

É a modalidade de licitação entre quaisquer interessado para a venda de bens moveis e inservíveis para a administração ou de
produtos legalmente aprendidos ou penhorados, ou para alienação de bens imóveis oriundos de procedimentos judiciais ou
dação em pagamento, a quem oferece o maior lance, igual ou superior o valor da avaliação.

Intervalo mínimo é de 15 dias corrido, critério para julgamento é melhor lance ou oferta.

CONSULTA.

Essa modalidade de consulta para aquisição de bens e serviços é estendido a todas as agências reguladoras.

Possui procedimento próprio determinados por atos normativos expedidos pela agencia, vedada sua utilização para contratação de
obras e serviços de engenharia.

PREGÃO.

O pregão é a modalidade de licitação válida para todas as esferas federativas e utilizada para contratação de bens e serviços
comuns.

Consideram-se bens e serviços comuns, independentemente do valor, aqueles cujos padrões de desempenho e qualidade possam
ser objetivamente definidos pelo edital, por meio de especificações usais no mercado.

No pregão importa sobre tudo a natureza daquilo que será contratado, importa a qualidade, independentemente da quantidade.

O pregão é opcional, podendo a administração pública optar por outra modalidade licitatória.

Porém a lei 5.450, tornou obrigatório o uso de pregão para o âmbito federal devendo ser adotada preferencialmente na
modalidade eletrônica. Intervalo mínimo de 8 dias uteis.

O objetivo do pregão é proporcionar economia de tempo e dinheiro para o poder público. Assim, após a fase dos lances verbais
decrescentes, analisa-se a documentação somente de quem ofertou o menor lance, devolvendo a documentação do outros
licitantes. (é possível utilizar isso na concorrência e nas parcerias público-privada)

No pregão, a homologação é realizada após a adjudicação.

São etapas do pregão: A) instrumento convocatório. B) julgamento (classificação). C) Habilitação. D) adjudicação. E) homologação.

Fazer quadro comparativo

LER TODAS AS PAGINAS POIS NÃO FIZ RESUMO. PAG. 500 A 520. – RESUMO DE CONTRATAÇAO DIRETA EM OUTRO MATERIAL.

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