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APOIO DA
CAPACITAÇÃO
LICITAÇÃO
Como conceito de licitação a definição do ilustre jurista Marçal Justen Filho, que assim
afirma: “A licitação é um procedimento administrativo disciplinado por lei e por um ato
administrativo prévio, que determina critérios objetivos de seleção de proposta da contratação
mais vantajosa, com observância do princípio da Isonomia, conduzido por um órgão dotado de
competência específica.”
O art. 37, XXI, da CRFB determina que os contratos administrativos sejam precedidos
de licitação pública, bem como o art. 175 da Carta Magna, ao tratar das outorgas de Concessões
e Permissões, também faz referência à obrigatoriedade de licitar, imposta ao ente estatal.
Quanto à competência para legislar, de acordo com o art. 22, da Constituição Federal,
compete privativamente à União legislar sobre: (...) XXVII – normas gerais de licitação e
contratação, em todas as modalidades, para as administrações públicas diretas, autárquicas e
fundacionais da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, obedecido o disposto no art. 37,
XXI, e para as empresas públicas e sociedades de economia mista, nos termos do art. 173, §
1°, III.
No âmbito federal, a Nova Lei 14.133/21 convive com outras três legislações gerais de
licitações: Leis 8.666/93, Lei 10.520/02 (Lei do Pregão) e a lei 12462/11 que trata do Regime
Diferenciado de contratações.
A Licitação tem como finalidade viabilizar a melhor contratação possível para o poder
público, sempre buscando a proposta mais vantajosa ao Estado, evitar contratações com
sobrepreço ou com preços manifestamente inexequíveis e superfaturamento na execução dos
contratos, buscar incentivar inovações e o desenvolvimento nacional sustentável, bem como
permitir que qualquer pessoa tenha condições isonômicas de participar das contratações
públicas, desde que preencha os requisitos legais, consoante disposição do art. 11, da Lei
14.133/21.
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Vejamos abaixo a análise dos princípios aplicáveis de forma direta às licitações públicas.
Vinculação ao Edital - O edital é a “lei” interna da licitação, e deve definir tudo o que
for importante para o certame, vinculando os licitantes e a Administração Pública à sua
observância.
O edital deve estabelecer, de forma precisa e clara, qual critério será usado para seleção
da proposta vencedora.
Sigilo das Propostas - As propostas apresentadas pelos licitantes são sigilosas até a
data da abertura dos envelopes, a ser feita em conjunto por todos os concorrentes, em sessão
pública. Até este momento, previamente determinado pelo edital, um licitante não pode saber
da proposta do outro, pois a violação do sigilo da proposta representa Improbidade
Administrativa e crime definido na própria Lei de Licitações.
Competitividade - A licitação nada mais é senão um processo por meio do qual todos
poderão participar em igualdade de condições, para a escolha da proposta que esteja em
consonância com os interesses da coletividade.
Isonomia - Em seu aspecto material, isto significa tratar igualmente os iguais e oferecer
tratamento desigual aos desiguais na medida de suas desigualdades. Neste sentido, o princípio
visa a igualar juridicamente aqueles que são desiguais faticamente, formando o que se
convencionou chamar de isonomia material.
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3. TIPOS DE LICITAÇÃO
A priori, cumpre salientar que a expressão Tipos de licitação não pode ser confundida
com a expressão Modalidades de licitação por que esta se relaciona com a estrutura
procedimental da licitação, enquanto os Tipos de licitação se vinculam ao critério de julgamento
da licitação. Dessa forma, são modalidades de licitação a tomada de preços, a concorrência, o
convite, entre outros. Por sua vez, os tipos são divididos em licitação “menor preço”, “melhor
técnica”, “técnica e preço” e “maior lance”, consoante se analisará doravante.
Sendo assim, quatro critérios podem ser estabelecidos, no edital, como forma de
escolha do vencedor do certame. São os chamados tipos de licitação e estão definidos nos
artigos 33 e seguintes, da Lei 14.133/21.
ATENÇÃO! Este tipo é utilizado quando o produto pretendido pela Administração não
tiver nenhuma característica especial, ou quando as características especiais são definidas
como requisitos mínimos para contratação.
Maior desconto - Nesses casos, o julgamento terá como referência o preço global
fixado no edital de licitação, e o referido desconto deverá será estendido aos eventuais termos
aditivos.
Melhor técnica ou conteúdo artístico - Trata-se de licitação que tem por critério de
escolha a qualidade do produto a ser adquirido ou do serviço a ser prestado.
ATENÇÃO! Em razão do previsto no artigo 35, parágrafo único, da lei 14.133/21, este
tipo poderá ser utilizado para a contratação de projetos e trabalhos de natureza técnica,
científica ou artística.
Técnica e preço - Nas licitações deste tipo, a escolha do vencedor será adequada,
quando a variação de qualidade da prestação refletir na satisfação das necessidades do
Estado. Sendo assim, será feita uma análise de preço bem como de qualidade do bem ou
serviço a ser prestado pelo vencedor.
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Maior lance - A licitação do tipo maior lance se verifica para alienação pela
Administração Pública de bens e direitos, é apropriada para o leilão, que é modalidade licitatória
que utiliza sempre como critério de escolha do vencedor o maior lance, igual ou superior ao
valor da avaliação feita pelo ente público.
Caso nenhum desses critérios seja idôneo a desempatar a licitação, a lei determina
que o desempate se dará com base em critérios de preferência, a seguir expostos:
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Por fim, o art. 44, § 2º, da LC 123/06, dispõe “na modalidade de pregão, o intervalo
percentual estabelecido no § 1º deste artigo será de até 5% (cinco por cento) superior ao melhor
preço”.
Demais entidades controladas, direta ou indiretamente, pelo Poder Público – Isso inclui
todas as entidades que recebem dinheiro público para custeio ou para manutenção de pessoal.
Em 2016, foi editada a lei 13.303/16 que trata do Estatuto das empresas estatais,
inclusive, regulamentando novo procedimento licitatório para essas entidades. Enquanto esse
novo procedimento estiver em fase de vacância legal, lhes é aplicada a Lei 8.666/93, em sua
integralidade, devendo ser respeitado o art. 37, XXI, da Constituição Federal, independente da
finalidade da empresa estatal.
O TCU entende que, de fato, as empresas estatais precisam licitar, mas deve-se admitir
exceção. Quando a empresa estatal exploradora de atividade econômica licita para
contratações referentes à sua atividade-fim, está sendo impedida de concorrer com igualdade
no mercado. Isso porque a rapidez do mercado não se coaduna com a burocracia da licitação
e a realização de procedimento licitatório. Nestes casos, iria de encontro ao interesse público.
Assim, o Tribunal entende que não precisam realizar procedimento licitatório, por
motivo de inexigibilidade, uma vez que não há interesse público na licitação.
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No que diz respeito ao intervalo mínimo, este representa o prazo mínimo definido em
lei que deve ser respeitado entre a publicação do instrumento convocatório e a data da
abertura dos envelopes de documentação e de propostas. Se este prazo mínimo não for
observado pelo ente público, a licitação poderá ser considerada fraudulenta.
ATENÇÃO! Observe-se que o prazo previsto na lei é “mínimo”. Dessa forma, pode ser
concedido um prazo maior aos licitantes, a critério do Administrador Público, que deve buscar,
sempre, fixar um prazo suficiente para participação dos interessados.
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4. MODALIDADES LICITATÓRIAS
Por fim, foi criado o diálogo competitivo como nova modalidade de licitação, mais
moderna e que permite a discussão de técnicas de prestação e tecnologia entre a Administração
Pública e os particulares interessados na contratação.
Nessa modalidade, se admite que sejam usados como critério de escolha do vencedor
o menor preço, a melhor técnica ou conteúdo artístico, técnica e preço, maior retorno econômico
ou maior desconto. Assim, se caracteriza como uma modalidade mais ampla, abarcando quase
todos os tipos de licitação.
Cabe ressaltar que a legislação anterior exigia a concorrência para obras e compras de
valores mais altos, todavia, o novo regramento das licitações não faz distinção entre as
modalidades licitatórias em razão do valor.
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O Leilão, por sua vez, é a modalidade licitatória destinada para alienação de bens
pelo poder público àquele que ofertar o maior preço, seja ele igual ou superior ao valor da
avaliação. Nesse sentido, o art. 6º, XL da lei 14.133/21 dispõe que o leilão é “modalidade de
licitação para alienação de bens imóveis ou de bens móveis inservíveis ou legalmente
apreendidos a quem oferecer o maior lance”.
O leilão é realizado pelo leiloeiro, que pode ser o leiloeiro oficial ou um servidor
designado pela Administração Pública para cumprir a função de leiloeiro. Se optar pela
realização de leilão por intermédio de leiloeiro oficial, a Administração deverá selecioná-lo
mediante credenciamento ou licitação na modalidade pregão e adotar o critério de julgamento
de maior desconto para as comissões a serem cobradas, utilizados como parâmetro máximo
os percentuais definidos na lei que regula a referida profissão e observados os valores dos bens
a serem leiloados.
Ademais, conforme disposição legal, o leilão será sempre do tipo MAIOR LANCE, sendo
que a administração somente pode alienar o bem para lance vencedor que seja igual ou superior
ao valor da avaliação.
ATENÇÃO! Serviços e bens comuns são aqueles que podem ser designados no edital
com expressão usual de mercado.
Não pode ser utilizado para execução de obras públicas, mas tem sido aceito, até
mesmo, para contratação de serviços de engenharia.
A lei ainda prevê a designação de equipe de apoio, que não se trata de comissão
licitante e serve apenas para auxiliar o pregoeiro na realização do certame.
O Diálogo Competitivo é a modalidade de licitação que foi criada com a edição da Lei
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A Licitação para registro de preços ocorre quando o poder público licita com a
finalidade de registrar os preços, para o caso de eventual contratação posterior. Acontece
quando a administração entende que um bem ou serviço é adquirido com muita frequência e,
por isso, tem interesse em deixar um registro, no órgão, com o eventual fornecedor deste bem
ou serviço.
A ata de registro de preço terá validade de 1 (um) ano, prorrogável por igual período,
devendo ser realizado um novo procedimento licitatório, após este período.
Nesse sentido, o art. 83, da lei 14.133/21, dispõe que “A existência de preços registrados
implicará compromisso de fornecimento nas condições estabelecidas, mas não obrigará a
Administração a contratar, facultada a realização de licitação específica para a aquisição
pretendida, desde que devidamente motivada”.
Fase preparatória
A lei 14.133/21 aponta no sentido de que o início da licitação se dá com o ato que
instaura o procedimento administrativo, dando início ao que se convencionou chamar de fase
preparatória da licitação. Nesse momento, o procedimento licitatório já está formalmente
iniciado, tendo sido atribuído um número ao processo administrativo.
Nesta fase, a Administração Pública está, internamente, se organizando para licitar, com
a abertura do processo administrativo respectivo e com a realização dos atos preparatórios que
justifiquem a realização do certame. O texto legal define requisitos a serem observados para
início do procedimento.
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Ademais, o poder público deve ter um orçamento, definindo o valor máximo que está
disposto a pagar pela aquisição do bem ou serviço ou pela execução da obra a ser contratada
(art. 18, IV, da Lei 14.133/21).
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execução do objeto.
Além disso, ainda nesta fase interna, o Poder Público elabora a minuta do edital de
licitação que será encaminhado ao órgão de consultoria jurídica para aprovação.
Fase externa
Inicia-se essa fase mostrando aos interessados como participarão da disputa, através
da publicação do edital.
Verifique-se que o procedimento licitatório geral se desenvolve com a fase externa tendo
início com a divulgação do edital. Posteriormente, serão abertos os envelopes de propostas e
será feita a seleção da proposta vencedora. Somente após o julgamento das propostas, o poder
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Todavia, mediante justificativa do ente estatal, as fases podem ser invertidas por
determinação do edital, quando, então, serão habilitados os licitantes e, somente depois, será
feita a classificação das propostas.
Com a publicação, a Administração Pública marca uma data para que sejam abertos os
envelopes de propostas e documentação dos licitantes, respeitado o prazo de intervalo mínimo
exigido para cada modalidade de licitação. Nesse mesmo momento, se inicia a contagem do
prazo para a impugnação administrativa do edital.
Conforme a lei, qualquer cidadão pode impugnar o edital por irregularidade na aplicação
desta Lei ou para solicitar esclarecimento sobre os seus termos, devendo protocolar o pedido
até 3 (três) dias úteis antes da data de abertura das propostas.
Ressalte-se que o sistema pode ser fechado e aberto, quando, então, se apresentarão
as propostas fechadas e, posteriormente, serão selecionadas aquelas que seguirão na
apresentação dos lances sucessivos.
Não será permitida a utilização do modo de disputa aberto, quando se tratar de licitação
cujo critério de julgamento seja técnica e preço, assim como não se pode utilizar o modo
fechado para licitações do tipo menor preço e maior desconto.
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Julgamento
Habilitação
Essa fase é também conhecida como fase de qualificação, quando devem ser
analisados os requisitos e documentos pessoais dos licitantes. É a fase de análise da
documentação dos licitantes a fim de verificar se têm idoneidade para contratar com o Poder
Público.
É importante frisar que o edital não pode estabelecer critérios não previstos em lei, mais
especificamente no art. 62, da lei 14.133/21, evitando assim restringir a licitação de forma
desarrazoada. Para cumprimento desses requisitos, basta que se realize a apresentação de
documentos enumerados pela própria lei, que podem ser originais ou cópias do cartório
competente. Vejamos um elenco legal dos requisitos de habilitação.
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entidade que pretende participar da licitação não possui débitos em atraso com a Fazenda
Pública ou com a justiça do trabalho e que não viola disposições constitucionais que vedam a
exploração de trabalho infantil.
O recurso deve ser interposto no prazo de 3 (três) dias úteis, contado da data de
intimação ou de lavratura da ata, em face do julgamento das propostas, do ato de habilitação
ou inabilitação de licitante, ou ainda do ato que determine a anulação ou revogação da licitação
É o procedimento pelo qual o poder público realiza diálogo prévio com os particulares
como forma de encontrara a melhor solução para as suas necessidades e é restrita a
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circunstância não esteja disposta expressamente no texto legal, a licitação será inexigível
quando for inviável a realização de competição entre interessados.
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CONTRATOS ADMINISTRATIVOS
Inicialmente devemos ter em mente que a legislação, por diversas vezes, confunde
contratos administrativos com contratos da Administração, onde este é gênero do qual aquele é
espécie, pois a expressão “contratos da administração” (sentido amplo) engloba os contratos
administrativos e os contratos de direito privado celebrados pelo Poder Público.
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Não havendo lei local ou estadual acerca do tema, a legislação federal será aplicada
integralmente a todos os contratos administrativos celebrados por aquele ente.
Oneroso
Como regra, não são admitidos contratos gratuitos
firmados com o poder público.
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determinação do próprio texto constitucional (art. 37, XXI da Carta Magna), não obstante, tal
exigência também atinja os contratos celebrados pela Administração Pública, regidos pelo direito
privado.
Como regra geral, o contrato deve ser escrito, sendo que o termo de contrato ou
instrumento de contrato é o meio para a sua formalização, respeitando o art. 92, da Lei
14.133/21, que traz as cláusulas obrigatórias.
Com efeito, a lei diz que o instrumento de contrato será dispensado, quando se tratar de
contratos cujo valor enseje dispensa de licitação. Assim, o instrumento de contrato não se faz
necessário para obras e serviços de engenharia de até R$ 100.000,00 (cem mil reais) e para
aquisição de bens e outros serviços no valor de até R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais).
ATENÇÃO! A legislação estabelece como regra que NÃO é possível contrato verbal
celebrado pela administração, dispondo ser nulo e de nenhum efeito qualquer contrato verbal
realizado pelo ente estatal.
Contudo, excepcionalmente, admite-se contrato verbal, nas compras e serviços que não
ultrapassam R$ 10.000,00 (dez mil reais) – desde que se trate de compra de pronta entrega e
pronto pagamento. Isso significa que este contrato não gera nenhuma espécie de obrigação futura
(art. 95, §, 2º da lei 14.133/21).
A administração pública deve providenciar a publicação do contrato até o quinto dia útil
do mês seguinte ao da sua celebração, sendo que essa publicação deve acontecer, após as
providências, no prazo máximo de vinte dias corridos. Ou seja, o prazo de vinte dias só terá
início após o quinto dia útil do mês seguinte ao que o contrato foi celebrado.
A lei dispõe que essa divulgação deve se dar nos seguintes prazos, contados da sua
assinatura pelas partes:
Caso a administração deixe de publicar o contrato, ele é válido e perfeito, somente, não
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sendo eficaz. Não produz efeito, uma vez que a eficácia fica dependendo da publicidade do
contrato administrativo celebrado. Todavia, cabe ressaltar que os contratos firmados em caso
de urgência produzem efeitos desde a data da sua assinatura, devendo ser publicado nos prazos
apresentados acima, sob pena de nulidade.
3. GARANTIA
A Lei prevê a caução que poderá ser prestada em dinheiro, títulos da dívida pública, a
fiança bancária ou seguro garantia, a critério do contratado privado.
Ocorre que, nos contratos que envolvam alta complexidade técnica ou riscos financeiros
consideráveis, definido por meio de parecer tecnicamente aprovado pela autoridade
competente, a garantia pode chegar a 10% do valor inicial do contrato, sempre mantida a regra
que o ente estatal é quem define o valor da caução.
Lembre-se, ainda, que, quando o contrato for de fornecimento contínuo com vigência
superior a 1 (um) ano, assim como nas subsequentes prorrogações, será utilizado o valor anual
do contrato para definição e aplicação dos percentuais da garantia
Em caso de descumprimento contratual, a garantia pode ser utilizada pelo Estado como
mínimo indenizatório, ou seja, o ente público pode executar a garantia e cobrar indenização
excedente em caso de o prejuízo ultrapassar o valor da caução.
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sendo possível que essa empresa subcontrate a conclusão do contrato, total ou parcialmente.
4. CLÁUSULAS EXORBITANTES
Vejamos abaixo cada uma destas cláusulas, sob a ótica da supremacia do interesse
público sobre o privado.
A administração NÃO pode alterar o OBJETO do contrato, porque seria burla à licitação.
Alteração atinente ao valor da contração - Alteração quantitativa e, por sua vez, tem
limites definidos na lei, que prevê que o particular deve aceitar as modificações feitas
unilateralmente pela Administração Pública em até 25%, do valor original do contrato, para
acréscimos ou supressões. Nesses casos, a alteração não depende de concordância do
particular contratado.
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Por outro lado, como a lei prevê expressamente os valores devidos ao particular em
casos de rescisão unilateral por motivo de interesse público e excluiu, não por acaso, a
obrigação de pagar lucros cessantes, por se tratar de mera expectativa de direito, não passível
de indenização, nesses casos.
Por outro lado, inadimplente o particular contratado, o Poder Público deverá assumir
imediatamente o objeto do contrato, no estado e local em que se encontrar, ocupar e utilizar o
local, instalações, equipamentos, material e pessoal empregados na execução do contrato,
necessários à sua continuidade, executar a garantia contratual, para ressarcimento da
Administração, e dos valores das multas e indenizações a ela devidos e reter os créditos
decorrentes do contrato até o limite dos prejuízos causados à Administração. Todas essas
medidas independem da aplicação das penalidades cabíveis em virtude do descumprimento
contratual.
Nesse sentido, resta claro que o particular não pode determinar a rescisão unilateral,
no entanto, poderá suspender a execução do contrato pela exceção de contrato não
cumprido ou exceptio non adimplenti contractus.
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ATENÇÃO! Todos os agentes públicos que praticarem atos que possam prejudicar
a licitação ou frustrar seu caráter competitivo ficarão sujeitos às sanções administrativas, penais
e civis cabíveis, nos moldes das legislações pertinentes.
Impedimento Indireto
O Impedimento Indireto ainda é algo muito novo, com pouca jurisprudência, mas deve
ser analisado com bastante cuidado pelos gestores que atuam no setor de licitações. A intenção
do instituto é coibir o abuso da Pessoa Jurídica.
Alguns indícios devem ser observados para a configuração do impedimento indireto, tais
como:
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O particular contratado não pode sofrer prejuízos de situações não causados por ele,
durante a relação contratual, sob pena de se frustrar a garantia da proposta apresentada.
Atualização da margem de
Correção
monetária lucro inicialmente acordada,
mantendo o valor real do contrato.
Reajuste em face do
PAGAMENTOS
FEITOS AO
Reajustamento aumento ordinário e regular do
de preços
PARTICULAR custo dos insumos necessários ao
cumprimento do acordo.
Manutenção do equilíbrio
Repactuação econômico-financeiro de contrato
utilizada para serviços contínuos
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7. TEORIA DA IMPREVISÃO
Ocorre nos casos em que há uma situação fática não prevista quando da celebração do
contrato, portanto imprevisível, que venha a alterar o equilíbrio econômico-financeiro do contrato,
com reflexos em sua execução. Em virtude desta situação, se faz necessária a recomposição
dos preços.
Pode decorrer de fatos humanos, desde que não sejam provocados por nenhuma das
partes do acordo, ou podem ser causados por fatos da natureza, em relação aos quais nenhuma
medida pode ser tomada para obstar sua precipitação
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São situações preexistentes à celebração do contrato, mas que só vêm à tona durante
sua execução.
Fato da administração
Fato do príncipe
O desequilíbrio contratual também é causado pelo poder público e, por esta atuação,
haverá necessidade de recomposição do preço. Ocorre que, neste caso, há uma atuação
extracontratual (geral e abstrata) do ente estatal que termina por atingir diretamente a relação
contratual.
ATENÇÃO! Para que seja configurado o fato do princípe relevante que o agente que
pratica a conduta onerosa seja da mesma esfera de governo daquele que celebrou o contrato
administrativo atingido. Ente federativo diverso caracteriza caso fortuito.
8. ALOCAÇÃO DE RISCOS
Assim, será apresentada uma matriz que deve dividir os riscos de cada contrato entre
cada uma das partes, bem como deve buscar mecanismos que afastem a ocorrência do sinistro
e mitiguem os seus efeitos, caso ocorra durante a execução contratual. Atente-se para o fato
de que a previsão da matriz de alocação de riscos deve estar posta no instrumento convocatório
da licitação.
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Nesses casos, o particular que pretender subcontratar parte de suas atividades deve
apresentar à Administração documentação que comprove a capacidade técnica do
subcontratado, que será avaliada e juntada aos autos do processo correspondente.
10. DURAÇÃO
A duração dos contratos regidos pela lei 14.133/21 ficará adstrita à vigência dos
respectivos créditos orçamentários que, no direito brasileiro, são definidos pela lei orçamentária
anual, à qual cabe prever todas as despesas e receitas da entidade no período de um exercício.
Desse modo, os contratos administrativos devem ter duração máxima de um ano, para atender
à previsão orçamentária.
Com efeito, a lei orçamentária define as despesas que podem ser contraídas pelo ente
público naquele exercício, limitando toda atuação ou ajuste firmado pelo Estado durante a
vigência dos respectivos créditos.
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Alguns contratos
administrativos podem ser
celebrados, sem ensejar gastos ao
poder público. Nesses casos, pode-
se dizer que, além das exceções
mencionadas, os contratos que
Exceções não
previstas não geram despesas à
diretamente na
lei. Administração Pública não precisam
estar previstos na lei orçamentária,
logo, não precisam respeitar o limite
de vigência definido, no art. 105, da
lei 14.133/21, que condiciona a
vigência à adequação orçamentária.
Por fim, vale esclarecer que toda prorrogação de prazo contratual deverá ser justificada
por escrito e previamente autorizada pela autoridade competente para celebrar o contrato.
Importante salientar, ainda, que, para que haja prorrogação, é indispensável que haja previsão
orçamentária e que a empresa mantenha todas as condições necessárias à sua habilitação
para contratar com o poder público, além do respeito ao disposto no art. 7º, XXXIII, da
Constituição Federal.
Uma vez celebrado o contrato, as partes que firmaram o pacto têm o dever de cumprir
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Além disso, quaisquer prejuízos causados pelo particular, seja à Administração Pública
ou a terceiros, na execução da obra, ou prestação do serviço ensejam sua responsabilização e,
conforme já previamente estipulado, não excluem ou reduzem essa responsabilidade à
fiscalização ou ao acompanhamento pelo órgão interessado.
Noutro giro, o STF se manifestou no sentido de que é válida a aplicação da nova redação
da Súmula 331 do TST, no entanto, deixando claro que o empregado terá o ônus de provar que
houve a má fiscalização do gestor público.
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por esse meio, caso contrário, o particular deverá propor ação judicial pleiteando a rescisão
contratual.
• Extinção de pleno direito – por situações alheias à vontade das partes, em casos
excepcionais que impedem a manutenção do contrato e nas quais não seja possível a revisão
de preços.
Assim, o referido portal ficará responsável por dar publicidade aos procedimentos
licitatórios e ainda pode realizar os contratos firmados pelos entes públicos.
A partir do art. 179, a Lei 14.133/21 trata acerca dos crimes que podem ser cometidos
na execução dos procedimentos licitatórios e dos contratos administrativos, por meio de inserção
de tipos penais no Código Penal, no capítulo atinente aos Crimes contra a Administração
Pública.
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Sendo assim, caso a obra não seja executada diretamente pelo poder público, poderá
ser contratada para execução por instrumentos definidos na lei, quais sejam: a) empreitada por
preço global; b) empreitada por preço unitário; c) tarefa; d) empreitada integral
Por sua vez, a contratação integrada se configura uma espécie de contratação que
envolve a elaboração e o desenvolvimento dos projetos básico e executivo, a execução de obras
e serviços de engenharia, a montagem, a realização de testes, a pré-operação e as demais
operações necessárias e suficientes para a entrega final do objeto. Enfim, todas as etapas ficam
englobadas em uma única contratação, exigindo-se do ente estatal somente a elaboração de
um anteprojeto antes da realização do certame licitatório.
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Sendo assim, a lei 9649/98 regulamenta o contrato de gestão firmado entre entes da
Administração Direta e suas autarquias ou fundações públicas, ao mesmo tempo que a lei
9637/98 designa com o mesmo título, o acordo celebrado entre o Estado e entidades privadas
sem fins lucrativos que atuam na execução de serviços de utilidade pública, em um rol definido
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na própria lei. Por sua vez, o art. 37, §8º, da Constituição Federal, por meio de regulamentação
muito criticada pela doutrina brasileira, admite a celebração de contratos de gestão entre órgãos
e, até mesmo, entre órgãos públicos e seus administradores, pessoas físicas, configurando
verdadeira aberração jurídica, de impossível realização prática.
18. CONVÊNIOS
A previsão desta gestão associada tem base constitucional, haja vista a previsão no
art. 241 da Carta Magna e apresenta uma formalização jurídica estável, na qual, entidades
federativas firmam acordo para prestação de serviços públicos de forma associada,
garantindo maior eficiência e destinação de recursos mais consistentes para executar a
atividade pretendida.
Na formação do ajuste, o contrato de rateio é firmado para definir com que montante
cada uma destas entidades participará na formação de manutenção da nova pessoa jurídica
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criada.
Neste tópico serão apontados alguns pontos referentes à lei 13.303/16, a qual dispõe
sobre o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e de suas
subsidiárias, no âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
Dispensa e inexigibilidade
Trata-se, portanto, de rol taxativo ou exaustivo, não podendo ser ampliado por
entendimento da Administração Pública ou doutrina.
Por seu turno, a inexigibilidade de licitação estará presente sempre que se demonstrar
a inviabilidade de competição. Neste sentido, o art. 30 da lei 13.303/16 dispõe acerca de
algumas hipóteses em que se configura a contratação direta com base neste entendimento.
Lembrando-se que se trata de um rol meramente exemplificativo.
O art. 32, IV, da Lei 13.303/16 prevê que o pregão deverá ser a modalidade licitatória
preferencialmente utilizada nas contratações realizadas pelas empresas públicas e sociedades
de economia mista. Saliente-se que a lei deixa claro o caráter preferencial – e não exclusivo –
desta modalidade licitatória, que somente será escolhida quando for cabível, nos moldes da
legislação vigente, ou seja, para aquisição de bens e serviços comuns. Com efeito, não se pode
utilizar o pregão para a execução de obras ou alienação de bens pelas empresas estatais.
Trata-se de uma normatização equivocada e incongruente. O dispositivo legal dispõe
que o pregão é a modalidade preferencial, no entanto, trata de um procedimento licitatório
totalmente novo, não se compatibilizando com a sua estrutura.
Com efeito, mais correto seria imaginar que se trata de nova modalidade licitatória, haja
vista o procedimento totalmente inovador criado pela lei. Sendo assim, pode-se considerar que
se trata de NOVO pregão e não aquele apresentado pela lei 10.520/02.
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Pré-qualificação permanente
Cadastramento
Não se confunde com a pré-qualificação, uma vez que o cadastro se apresenta como
um conjunto de informações armazenadas no órgão público, ou seja, não há qualquer
provimento de caráter decisório proferido pelo órgão.
Prazos de implementação
A lei entrou 13.303 em vigor na data de sua publicação, ou seja, no dia 01 de julho de
2016, no entanto, algumas exigências definidas na legislação tiveram previsão de prazo para
implementação.
Inclusive, nesse sentido, o art. 173, II, da Constituição da República dispõe que essas
entidades devem se sujeitar ao regime jurídico próprio das empresas privadas, quanto aos
direitos e obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributários.
Sanções
A lei prevê que o descumprimento do contrato pelo particular, seja ele total ou parcial,
poderá, garantida a prévia defesa, aplicar ao contratado as seguintes sanções: a) advertência;
b) multa; c) suspensão temporária de participação em licitação e impedimento de contratar com
a Administração
Subcontratação
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técnica impostas ao contratado no bojo do procedimento licitatório (art. 78, da Lei 13.303/16).
Da mesma forma, não é possível que se firme este tipo de ajuste com entidades privadas
sem fins lucrativos que tenham como dirigente agente político de Poder ou do Ministério Público,
dirigente de órgão ou entidade da administração pública de qualquer esfera governamental, ou
respectivo cônjuge ou companheiro, bem como parente em linha reta, colateral ou por afinidade,
até o segundo grau. Neste caso, se busca vedar o favorecimento de agentes públicos e
seus parentes com o repasse de verbas públicas.
O decreto dispõe ainda que o convênio não pode ser firmado entre órgãos e entidades
da administração pública federal. O acordo não é permitido com entidades privadas sem fins
lucrativos que não comprovem ter desenvolvido, durante os últimos três anos, atividades
referentes à matéria objeto do convênio ou contrato de repasse ou com entidades privadas sem
fins lucrativos que tenham, em suas relações anteriores com a União, cometido algumas das
infrações reguladas no Decreto.
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